Buscar

Estudo dirigido- norma jurídica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Estudo dirigido – Norma Jurídica
1. Quais são as características da norma jurídica? Discorra sobre cada uma.
· BILATERALIDADE: O direito está sempre vinculando duas ou mais pessoas, atribuindo poder a uma parte e impondo dever à outra. Ou seja, a norma jurídica possui dois lados. 
· GENERALIDADE: A norma juridica é preceito de ordem geral, obrigatório a todos que se acham e igual situação jurídica. 
· ABSTRATIVIDADE: A norma juridica é abstrata, ou seja, não visa casos singulares, de modo a atingir o maior número possível de situações. 
· IMPERATIVIDADE: A norma, devido ao seu caráter imperativos, é uma imposição de vontade e não mero aconselhamento. 
2. Qual a diferença entre coerção, coação e sanção? Discorra sobre cada uma.
· COERCIBILIDADE: é a possibilidade do uso da força em casos de descumprimento da norma, ou seja, é a pressão sobre os indivíduos para que se comportem sob determinada maneira ou para que não pratiquem determinadas condutas. Essa pressão, a princípio psicológica e num segundo estágio efetiva, pelos instrumentos do Estado, traduz-se pela coerção.
· COAÇÃO: A coação é meio instrumental e não deve ser entendida como pertencente à norma, pois não é sentida permanentemente (Vasconcellos, 2001:15). É meio pelo qual se perfaz a norma na hipótese de transgressão, ou seja, a força em ato. Nas palavras de Paulo Nader, coação é uma reserva de força a serviço do Direito. Por exemplo, quando o juiz determina a condução d testemunha manu militari ou ordena o leilão de bens do executado, ele aciona a força a serviço do Direito. 
· SANÇÃO: É a medida punitiva para a hipótese de violação de normas. Em outras palavras, a sanção é o instrumento constrangedor que atua de modo direto ou indireto. A sanção, modernamente, pode ser pessoal ou patrimonial. É por meio da sanção, a face externa e material da coerção, que a lei se torna consequentemente obrigatória, pois não seria efetiva a obrigatoriedade, se não houvesse um meio constrangedor. O sentido da sanção é neutralizar, desfazer ou reparar um mal causado por um ato ilícito. Quando o juiz condena o acusado a uma pena privativa de liberdade ou pecuniária, por exemplo, aplica uma sanção legal. 
Entretanto, alguns autores referem-se aa sanção como estímulo à efetividade da norma – a SANÇÃO PREMIAL. Ela configura-se como o benefício conferido pelo ordenamento como incentivo ao cumprimento de determinada obrigação. 
3. Qual a distinção entre a norma jurídica e as normas morais, técnicas e naturais? 
Aborde o problema da sanção, da heteronomia e da alteridade.
As normas morais, técnica e naturais possuem caráter subjetivo. Ou seja, é o próprio individuo quem decide o que ele acredita/segue. As condutas contrárias a elas, nesse caso, não implicam sanções legais, pois não há imperatividade com amparo legal para determinado fim. 
Por outro lado, as normas jurídicas são amparadas pela alteridade e pela heteronomia. A primeira implica a intersubjetividade, ou seja, não é apenas a relação do indivíduo consigo mesmo, mas sim a relação de duas ou mais pessoas. Já a heteronomia implica o cumprimento da norma, mesmo que o indivíduo a concorde com ela. Além disso, o não cumprimento da norma gera sanções legais sobre o infrator. 
Em resumo, enquanto as normas morais, técnicas e naturais não possuem caráter imperativo de cumprimento delas, as normas jurídicas são exatamente o oposto. 
4. Discorra sobre a classificação da norma jurídica quanto ao âmbito de validade, interesse de tutela e quanto à sanção.
· QUANTO AO ÂMBITO DE VALIDADE: o prazo de validade da norma inicia-se com a sua publicação (ou com o término do período da vacatio legis) e se encerra com a revogação da lei ou com o término do prazo/condição estipulado na legislação. Toda lei (sentido lato) é criada, promulgada, publicada, entra em vigência até a sua extinção pela revogação.
Segundo Paulo Nader, a norma se classifica, no âmbito temporal de validez, como:
· Vigência por prazo indeterminado: prazo de vigência não é prefixado.
· Vigência por prazo determinado: prazo de vigência previamente fixado.
· QUANTO O INTERESSE DE TUTELA: classificação segundo Paulo Dorurado de Gusmão, em função de seu conteúdo, em razão do interesse da tutela.
· Regra de Direito Público: são aquelas que regem o Estado, suas funções, organização bem como a soberania interna do Estado e os serviços públicos básicos, e o interesse do Estado e no âmbito internacional do Direito Público este rege as relações entre Estados soberanos, com o intuito de manter-se a paz e as boas relações.
· Regra de Direito Privado: são aquelas que ditam as relações em que o interesse privado é o alvo, exemplo disso é a regulamentação do contrato de locação, compra e venda etc.
· Regra de Direito Misto: são aquelas que contém princípios de Direito Público e de Direito Privado como é o caso do Direito do Marítimo, Direito Aeronáutico e do Direito Falimentar.
· QUANDO À SANÇÃO: 
· Perfeita: prevê a nulidade do ato, na hipótese de sua violação.
· Mais do que perfeita: além da nulidade, estipula pena para os casos de violação.
· Menos do que perfeita: determina apenas penalidade, quando descumprida.
· Imperfeita: não considera nulo o anulável o ato que a contraria, nem comina castigo aos infratores. 
5. Qual a diferença entre validade, vigência, eficácia e legalidade?
· VALIDADE: refere-se ao devido cumprimento de todas as etapas do processo (requisitos técnicos-formais) para a norma poder produzir efeitos na sociedade. 
· VIGÊNCIA: está delimitada por um lapso temporal, isto é, por um “prazo de validade” da norma jurídica. 
· EFICÁCIA: produção, de fato, dos efeitos sociais objetivados pela norma. 
· LEGALIDADE: para WOLKMER, a legalidade reflete fundamentalmente o acatamento a uma estrutura normativa posta, vigente e positiva. Está relacionada à forma.