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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA JANAINA EDUARDO MATRÍCULA: 201908404566 CONSTRUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA O ENSINO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA RIO DE JANEIRO JANAINA EDUARDO MATRÍCULA: 201908404566 CONSTRUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA O ENSINO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA Atividade acadêmica apresentada ao Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estácio de Sá para requisito de Prática como componente Curricular, na disciplina de Metodologia do Ensino da Ginástica Geral e Artística, sob a orientação da Profª Alessandra Cury de Carvalho RIO DE JANEIRO 2021 JANAINA EDUARDO CONSTRUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA O ENSINO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA Atividade acadêmica apresentada ao Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estácio de Sá para requisito de Prática como componente Curricular, na disciplina de Metodologia do Ensino da Ginástica Geral e Artística, sob a orientação da Profª Alessandra Cury de Carvalho Rio de Janeiro, 22 de maio de 2021 Aprovado em: _____________________________________________________ ____________ Profª Alessandra Cury de Carvalho Universidade Estácio de Sá OBJETIVOS Identificar os materiais utilizados para as aulas de Ginástica artística; Criar um material similar ao utilizado com materiais de sucata ou baixo custo; Propor atividades, exercícios utilizando o material produzido no ensino da Ginástica Artística. Estimular à auto-aprendizagem e à aproximação do discente a realidade da prática profissional no espaço de intervenção profissional, mediada pela reflexão crítica sobre a inter-relação teoria e prática. INTRODUÇÃO O ensino da Ginática Artística na Educação Física escolar não é um hábito disseminado nas escolas brasileiras, seja por conta das dificuldades encontradas para se obter os aparelhos de sua prática, que são caros e de características muito específicas ou por uma não valorização frente a outras modalidades esportivas (Ayoub (2003). Para uma disseminação desta modalidade nas escolas faz-se necessário um desapego destes pressupostos e uma adaptação para as diversas realidades da nossa sociedade. Vivemos em um país em que, provavelmente, a maioria das nossas crianças estuda em escolas públicas de regiões periféricas ou em zonas rurais. Até poucos anos atrás nem mesmo quadras esportivas cobertas eram obrigatórias por lei, o que pode ser mudado pelo Projeto de Lei 3500/20. A utilização de materiais alternativos ou recicláveis é uma possibilidade de suma importância para que as aulas possam acontecer (Nista-Piccolo, 1988; Polito, 1996, Schiavon, 2003). O profissional de educação física deve adaptar-se á essa realidade e aproveitá-la como oportunidade para dinamizar sua aula, envolvendo os aspectos do meio ambiente, sustentabilidade e atividade física (Libaneo, 1985). Para este trabalho fiz uma visita a uma oficina de marcenaria para coletar sobras de madeira com o objetivo de construir uma trave de equilíbrio adaptada para alunos do Ensino Fundamental I. Também recolhi cabos de vassoura e garrafas pet que tinha em casa e comprei fita crepe, papel crepom e palitos de churrasco para fazer maças e fitas. Para a confecção da trave de equilíbrio pedi a ajuda de meu irmão que é marceneiro para fazer as furações e cortes na madeira. Construi uma trave com altura baixa para que crianças pequenas não sintam medo de cair ao fazer os exercícios. A trave foi feita com uma largura maior que a trave oficial (medida oficial da trave: 10cm de largura x 5m de comprimento). Para a confecção das maças comecei cortando os cabos de vassoura ao meio. Peguei as garrafas pet e enchi de areia e enciaxei os cabos de vassoura cortados até que ficaram firmes. Na junção dos dois coloquei fita crepe para prender e vedar. Para a confecção das fitas peguei o papel crepom e cortei em tiras de 3 cm. Para prender as tiras de papel no palito de churrusco usei a fita crepe. DESENVOLVIMENTO Para a aula com a trave de equilíbrio podemos inicialmente pedir ao aluno faça uma passagem pela trave para medir seu equilíbrio. Para auxiliá-lo num primenro momento o professor fará a condução de cada aluno segurando em sua mão durante a passagem. Em outro momento podemos pedir que o aluno pule por sobre a trave para treinar os saltos, aterrisagem e equilíbrio. Após os alunos se sentirem mais confiantes podemos dificultar um pouco e pedir que eles realizem uma estrela na trave ou uma ponte com o auxílio dos colegas Com os aparelhos de maças e fitas prontos em um primerio momento podemos deixar os alunos experimentarem os aparelhos. Após isso podemos demonstrar movimentos básicos do aparelho “maças”: lançamentos (para o alto, para o colega, lançando uma maça, duas maças, etc.), recuperações (em pé, sentado, de joelho), pequenos círculos, batidas no chão. Das “fitas”: serpentinas, espirais, lançamentos e recuperações, movimentos em oito. Incentivando os alunos a criarem movimentos novos e recriarem os já conhecidos. Se o espaço utilizado for amplo podemos trabalhar os arremessos e lançamentos dos aparelhos e e incentivar atividades em roda, depois em duplas, trios e grupos maiores. Fonte:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.decathlon.com.b r%2Fmacas-de-ginastica-ritmica-42-cm%2Fp&psig=AOvVaw1IzYJ2Yu9rkGQ74C6P TI7I&ust=1621825740041000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCKCrz f7p3vACFQAAAAAdAAAAABAM Fonte:https://static.todamateria.com.br/upload/gi/na/ginasticaritmicaapresentacao-ck e.jpg CONSIDERAÇÕES FINAIS Através das leituras realizadas para fazer este trabalho pude perceber a dificuldade de se inserir a Ginástica Geral e Artística como uma modalidade esportiva nas aulas de Educação Física escolar. Ao longo dos anos apenas as modalidades esportivas (handebol, voleibal, basquete e futebol) mais difundidas na mídia ganharam espaço nas escolas, deixando a ginástica apenas como parte preparatória ou de aquecimento para as aulas desses esportes. A união da possibilidade de utilização de materiais alternativos de baixo custo e de materiais recicláveis para a adaptação dos aparelhos utilizados na Ginástica abre o leque de oportunidade para o profissional da Educação Física iniciar um trabalho mais amplo nessa área e introduzir o seu aluno neste universo, antes somente visto pela televisão durante os eventos olímpicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AYOUB, Eliana. Ginástica Geral e Educação Física escolar. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2003. LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: pedagogia crítico – social dos conteúdos. SP: Loyola, 1985. NISTA-PICCOLO, V. L. Atividades físicas como proposta educacional para 1ª fase do 1º grau. 1988. 177f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação, UNICAMP, Campinas, 1988. POLITO, B. S. A Ginástica Artística na escola: realidade ou possibilidade. 1998. Monografia (Graduação) – Faculdade de Educação Física, UNICAMP, Campinas, São Paulo, 1998. SCHIAVON, L. M. O projeto “Crescendo com a Ginástica”: uma possibilidade na escola. 2003. 182 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação Física, UNICAMP, Campinas, São Paulo, 2003