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Interacoes Ecologicas 2021

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ECOLOGIA DE COMUNIDADES
INTERAÇÕES ECOLÓGICAS
INTERAÇÕES 
ECOLÓGICAS
http://www.barcroft.tv/baby-impala-befriends-leopard-kruger-national-park-south-africa
Interações
- são resultantes das atividades de obtenção de recursos 
(abrigo, alimento, condições favoráveis para reprodução) de 
cada espécie afetando positiva ou negativamente ou não 
afetando as outras com as quais convive.
- significativas apenas quando há efeito na dinâmica (aumento 
ou diminuição) de pelo menos uma das populações 
envolvidas.
- podem atuar como agente regulador das populações 
envolvidas.
- podem agir como forças seletivas em processos evolutivos 
das espécies envolvidas (- Processo de Coevolução.
Tipo de interação Espécie Observações
1 2
competição - - inibição mútua
predação - +
o predador mata 
ou explora a presa
parasitismo - +
o parasita explora 
o hospedeiro
amensalismo - 0 inibição unilateral
comensalismo + 0
benefício 
unilateral
protocooperação + +
benefício mútuo 
(facultativa)
mutualismo + +
benefício mútuo 
(obrigatória)
neutralismo 0 0
sem efeito em 
ambas as 
populações
Tipos possíveis 
de interação
Efeitos na 
população:
0 = sem 
alteração
- = decréscimo
+ = incremento
Competição
- Utilização de um mesmo recurso restrito;
- Maior gasto energético na aquisição do recurso → menos energia 
disponível para crescimento e reprodução → diminuição de ∆N/∆t 
para as partes envolvidas; 
- Competição Intraespecífica – na mesma população e 
Competição Interespecífica – entre populações diferentes.
Competição intra-específica
Competição interespecífica
Mecanismos da Competição
. Por exploração (indireta):
uma espécie torna o recurso menos disponível para outra
Cultivos de diatomáceas com
silicato fornecido em fluxo 
constante:
Isoladas: As duas espécies 
apresentam crescimento logístico.
Em interação: Devido ao consumo 
por Synedra a concentração de 
silicato do meio torna-se inferior 
àquela necessária a Asterionella
Begon et al.,1990
Mecanismos da Competição
. Por interferência (direta):
uma espécie impede ativamente a utilização do recurso por uma 
outra (territorialidade; comportamento agressivo, alelopatia). 
- Agaricia cresce mais rapidamente e 
sombreia Moussa;
- Moussa estende filamentos 
mesentéricos e digere porções da 
colônia do competidor;
- Agaricia desenvolve pólipos 30 
vezes maiores que os normais e com 
nematocistos mais potentes => 
vence a competição;
- formas maciças persistem no recife 
em áreas mais profundas (tolerantes 
ao sombreamento) ou com maior 
força de ondas.
Coral frondoso (Agaricia) x Coral maciço 
(Moussa) em recifes: competição por 
luz e espaço
Princípio da exclusão competitiva de Gause
Espécies que utilizam os mesmos recursos, de forma muito semelhante 
(grande sobreposição de nichos) não podem coexistir numa mesma área e 
num mesmo momento → A espécie que utiliza o recurso de forma mais 
eficiente exclui a outra. 
Parasitismo 
Parasitas são organismos obtendo recursos de tecidos 
e/ou fluidos vitais de outros organismos chamados 
hospedeiros, sem que haja exclusão imediata de 
indivíduos das populações destes últimos; 
- tipicamente, ocorre uma proximidade física muito 
grande entre parasita e hospedeiro, embora animais que 
consomem partes de outros seres também possam ser 
incluídos nesta categoria;
Parasitismo
Parasitóides são formas imaturas de insetos 
intimamente associadas a um outro organismo (inseto, 
aracnídeo), o qual acaba-se por completo.
Lagarta de Diatraea saccharalis e o 
parasitóide Cotesia flavipes.
Parasitóides
. Exigem somente um indivíduo 
para completar o 
desenvolvimento;
. Adultos têm vida livre;
. Consomem um hospedeiro 
(interna ou externamente);
. Matam o hospedeiro no final 
do ciclo;
. Vivem às custas de um 
hospedeiro, que morre;
. Alguns autores 
consideram os parasitóides
como predadores 
especializados.
Vespa Pompilidae parasitóide de aranha caranguejeira
Parasitóide primário
- É aquele que se desenvolve sobre hospedeiros 
não parasitados;
Hiperparasitóide ou Parasitóide secundário
- Desenvolve-se em outro parasitóide - é um 
parasitóide de parasitóide. 
Podem existir vários níveis de hiperparasitóide
Predadores
. Vida livre durante todo o ciclo de vida;
. Geralmente maior que a presa;
. Indivíduo mata e consome uma presa inteira ou 
parte dela. Ao longo de sua vida, o indivíduo consome 
grande número de presas.
Parasitas
. Usualmente menor que seu hospedeiro;
. Muitas gerações de parasitos podem ocorrer dentro 
do hospedeiro, o qual também se 
reproduz;
. Podem ser Ectoparasitas ou Endoparasitas.
Predação
Herbivoria - Caracterizada pela peculiaridade da presa ser um 
produtor, que pode ser consumido total ou parcialmente. 
Atualmente, alguns ecólogos agrupam certas relações sobre 
o termo antagonismo - predação e parasitismo;
- Antagonismo→ interação entre indivíduos de espécies 
diferentes, que causa redução na aptidão dos indivíduos 
de uma população e aumento na aptidão dos indivíduos 
da outra população.
Morfológicas Comportamentais Fisiológicas
Defesas mecânicas Agressividade Defesas químicas
Coloração 
aposemática
Postura de intimidação
Produção excepcional 
de frutos e sementes 
em alguns anos
Camuflagem/mimetis
mo
Fingimento de morte Sistema imunológico
Polimorfismo Período de atividade
Limpeza corpórea
Predação e parasitismo como fator seletivo -“Corrida armamentista“
- Presas e hospedeiros apresentam adaptações que os 
predadores/parasitas precisam sobrepujar para obter o recurso
Aposematismo Cripticidade
Mimetismo
Camuflagem e Cripticidade
- Existem vários tipos de adaptações, relacionadas com padrões 
de coloração, formato corporal e comportamento, cujo conjunto 
é muito importante para a efetividade da evasão à predação 
e/ou à ela;
- Estes tipos de defesa, como camuflagem ou
cripticidade são considerados muitas vezes como altamente 
custosas, levando, por exemplo, à redução de oportunidades 
em termos de procura de recursos alimentares ou parceiros
em micro habitats incompatíveis com a coloração críptica do 
animal, aumentando os riscos de predação quando a presa se 
movimenta para um lugar onde não consegue passar 
despercebida, ou o não sucesso do predador;
- A Camuflagem funciona de modo a evitar a detecção por 
parte do predador, sendo que a potencial presa deve parecer-
se com uma porção randômica do pano de fundo em que 
habita;
- A Cripticidade (crypsis), por sua vez, ocorre em animais que 
passam uma informação falsa a potenciais predadores, 
como imitadores de folhas ou galhos, fazendo-se parecer 
com algo não comestível ou que não desperte interesse no
Predador;
- Isso funciona também no modo inverso, quando o predador 
passa despercebido para capturar presas;
- Concluindo, a camuflagem não envolve a detecção da 
presa, enquanto que na cripticidade o predador nota a 
presença da presa, mas não a reconhece como parte de 
sua dieta. 
Calango seringueiro Plica plica
Camuflagem
https://www.youtube.com/watch?v=ydrc489USbM
https://www.youtube.com/watch?v=ydrc489USbM
Cripticidade
Mimetismo
- O mimetismo envolve um organismo (o mímico) que simula
propriedades de outro organismo (o modelo) de tal 
maneira que ambos são confundidos por um terceiro 
organismo vivo;
- O mímico ganha proteção, comida, vantagem de 
acasalamento (ou qualquer outra vantagem que pensemos que 
seja testável) como consequência da confusão;
- Mimetismo - Semelhança acentuada de um organismo 
(mímico) a outro (modelo) que tem como resultado enganar 
ou advertir um terceiro (operador);
Mimetismo Batesiano, Mimetismo Mülleriano
- Mimetismo Batesiano- Fenômeno em que um mímico 
palatável imita uma espécie impalatável (modelo), diminuindo 
assim a probabilidade de ser predado;
- Mimetismo Mülleriano- Convergência em aparência entre 
organismos desagradáveis, venenosos, perigosos ou impalatáveis
(co-modelos), que tem como resultado a distribuição do 
comportamento de educação de predadoresingênuos
através de várias espécies;
- Há alguns casos de convergência de padrões de coloração que 
não podem ser consideradas como mimetismo;
Mimetismo Mülleriano - Mimetismo Batesiano
Mimetismo Batesiano
Mimestimo Mülleriano
- As espécies possuem coloração de advertência e proteção;
- Todas as espécies devem ser igualmente abundantes;
- A semelhança entre as formas não é necessariamente tão exata
como a que ocorre no mimetismo Batesiano, porque a finalidade 
não parece ser enganar o predador, mas, sim lembrar-lhe certas 
qualidades perigosas ou desagradáveis; 
Nem sempre é possível determinar se uma certa associação é 
batesiana ou mülleriana e, em alguns casos, um mímico 
batesiano de uma espécie pode atuar como um mímico 
mülleriano de outra.
Mimetismo
É a imitação do padrão de coloração ou outro sinal de 
advertência, de um organismo que possui algum tipo de 
defesa, por outro que também possui (Mülleriano) ou não 
possui (Batesiano) algum tipo defesa natural, a fim de 
reforçar o aprendizado (Mülleriano) ou provocar um 
engano (Batesiano) em um terceiro organismo, 
geralmente um predador.
Amensalismo ou Antibiose
- Apenas uma das populações é desfavorecida pela 
interação, enquanto a outra não sofre alterações;
- É difícil de demonstrar se a população inibidora 
realmente não sofre influência com a interação (+ ou -).
Antibiose ou Amensalismo
Comensalismo
- Apenas uma das populações é favorecida pela interação, 
enquanto a outra não sofre alterações; 
-A espécie comensal associa-se de forma bastante próxima ao 
hospedeiro: 
. Sobre a superfície: rêmora, cracas (em cetáceos, tartarugas), 
epífitas;
. Em cavidades (internas/externas): tubos digestivos, cavidades 
respiratórias, ocos em troncos de árvore;
. Em tocas, ninhos, galerias, e tubos de outras espécies;
- Dependendo da quantidade de comensais, a associação pode 
causar alterações na população do hospedeiro.
Comensalismo
- Protocooperação é facultativa, não havendo 
prejuízo populacional na ausência de interação.
- Mutualismo é obrigatório, isto é, a ausência 
de uma das populações dificulta, ou mesmo 
impossibilita a existência da outra.
•A
Protocooperação
Mutualismo
Mutualismo...ou não...nem sempre
Tendência Evolutiva 
em Líquens
Odum, 1985
Sociedade
Colônia
Outras Interações
Bando
Sociedade Sociedade
Sociedade
Esclavagismo ou Sinfilia
Neutralismo
- Todas as interações estão sujeitas à seleção e podem
ser investigadas no campo e no laboratório, estabelecendo-se
até mesmo caracteres etológicos que possam diagnosticar
uma determinada espécie;
- Qualquer interação pode mudar com o tempo - pode 
ocorrer evolução.

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