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FACULDADE PITÁGORAS DE LINHARES CURSO DE MBA (MASTER IN BUSINESS ADMINISTRATION) EM GESTÃO DE PROJETOS THIAGO FERREIRA VASCONCELLOS PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS (CTR) NO MUNICÍPIO DE LINHARES/ES. LINHARES 2018 THIAGO FERREIRA VASCONCELLOS PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS (CTR) NO MUNICÍPIO DE LINHARES/ES. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras Linhares, como requisito parcial para obtenção do título de pós-graduado em MBA (Master In Business Administration) em Gestão de Projetos. Orientador: M.s.C Edson Vander Costa Alves LINHARES 2018 PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS (CTR) NO MUNICÍPIO DE LINHARES/ES. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras Linhares, como requisito parcial para a obtenção do título de pós- graduado em MBA (Master In Business Administration) em Gestão de Projetos. Aprovado em: __/__/____ BANCA EXAMINADORA Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Agradecemos primeiramente a Deus, pois sem Ele, não teríamos forças pаrа atravessarmos essa longa jornada, agradecemos também ao nosso orientador e amigo Edson Vander Costa Alves, não restrito a orientação do presente trabalho, mas, sobretudo pela grande dedicação nas atribuições de coordenador e professor. Fazemos deste momento oportuno, a reiteração do celebre psiquiatra austríaco Viktor Frankl que, na condição de prisioneiro de um campo de concentração nazista, escreveu um livro chamado “Em Busca de Sentido”, as quais recolham esta frase todos os dias - Quem tem um 'porquê' enfrenta qualquer 'como'. (in memoriam) Aldir Antonio Vasconcellos Filho. RESUMO O objetivo deste trabalho é apresentar um projeto de implantação e gerenciamento de uma Central de Tratamento de Resíduos (CTR) no município de Linhares/ES, que seja do ponto de vista ambiental, econômico e social, viável e posteriormente em operação. A metodologia foi fundamentada no Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action) e inspirada nos principais processos de gerenciamento de projetos do PMBOK (Project Management Body of Knowledge) - Guide - 2017. A padronização metodológica no gerenciamento de projetos aumenta seu índice de sucesso, melhora o aproveitamento dos recursos, reduz o nível de incerteza e riscos, aumentando suas chances de sucesso, ou seja, auxiliando no cumprimento do prazo, escopo, custo e qualidade. O Gerenciamento de Resíduos torna-se um problema de grande magnitude, atraindo os holofotes de entidades públicas e privadas, pelo fato da Lei Federal Nº 12.305/2010 referente à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ordenar tais entidades a realizarem coleta, transporte e destinação ambientalmente correta, inclusive, atentando-se a NBR 10.004/2004, esta que dispõe da classificação de Resíduos (Classe I e Classe II). O presente projeto aspira a Implantação de uma Central de Tratamento de Resíduos (CTR) no município de Linhares/ES. Central esta que deverá tratar os resíduos (Classe I e Classe II), fomentando o ciclo de recuperação dos resíduos que possam ser recuperados e os que não puderem ser recuperados, deverão ser destinados de forma ambientalmente correta, sendo, estes a aterro de resíduos sólidos – seja aterro industrial/urbano. Palavras-chaves: Gestão de Resíduos; Legislação; Lei nº 12.305/2010; Sustentabilidade; Desenvolvimento; Projetos: Gerenciamento; Qualidade; PDCA. ABSTRACT The objective of this work is to present a project for the construction and management of a Waste Treatment Plant (CTR) in Linhares / ES, from environmental, economic and social point of view, feasible and later implemented. The methodology was based on the PDCA Cycle (Plan, Do, Check, Action) and inspired by the main project management processes of the Project Management Body of Knowledge (PMBOK) Guide - 2017. Methodological standardization in project management increases its success rate , improves the use of resources, reduces the level of uncertainty and risks, increasing their chances of success, that is, helping to meet the deadline, scope, cost and quality. Waste Management becomes a problem of great magnitude, attracting the spotlight of public and private entities, due to the fact that Federal Law No. 12,305 / 2010 on the National Policy on Solid Waste (PNRS) orders such entities to collect, transport and (NBR 10.004 / 2004), which has the classification of Waste (Class I and Class II). The present project aims at the Implementation of a Waste Treatment Plant (CTR) in the municipality of Linhares / ES. (Class I and Class II), promoting the recovery cycle of waste that can be recovered and those that cannot be recovered, should be destined in an environmentally correct way, being these to solid waste landfill - be industrial / urban landfill. Keywords: Waste Management; Legislation; Law nº 12.305 / 2010; Sustainability; Development; Projects: Management; Quality; PDCA. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABAL Associação Brasileira de Alumínio Abief Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis ABIVIDRO Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas Abras Associação Brasileira de Supermercados BID Banco Interamericano de Desenvolvimento CETESB Companhia de Tecnologia do Saneamento Ambiental EPA Environmental Protection Agency GW.h Giga Watt hora INP Instituto Nacional do Plástico NBR Norma Brasileira OMS Organização Mundial da Saúde PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos PGRS Plano de Gestão de Resíduos Sólidos RCC Resíduos de Construção Civil RS Resíduos Sólidos SGA Sistema de Gestão Ambiental SISNAMA Sistema Nacional de Meio Ambiente SINISA Sistema Nacional em Saneamento Básico SNVS Sistema Nacional de Vigilância Sanitária SUASA Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO __________________________________________________________________ 8 2 REFERENCIAL TEÓRICO ________________________________________________________ 10 2.1 O CONCEITO DE LIXO (RESIDUOS SÓLIDOS) ___________________________________ 10 2.2 RESÍDUOS SÓLIDOS ________________________________________________________ 11 2.3 COLETA E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS _________________________ 12 2.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E RESÍDUOS SÓLIDOS _________________________________ 14 2.5 RECICLAGEM ______________________________________________________________ 15 2.6 PROJETO DE CETRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS – CTR ____________________ 16 2.7 MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO DA CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS – CTR LNHARES S/A ____________________________________________________________ 18 2.8 CRONOGRAMA MS PROJECT 2016 ____________________________________________ 26 3. LEI FEDERAL N º 12.305/2010 ____________________________________________________ 39 3.1 GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS __________________________________ 44 4. LEGISLAÇÃO SOBRE RESIDUOS SOLIDOS EM OUTROS PAÍSES _____________________ 52 4.1 ALEMANHA ________________________________________________________________ 52 4.2 ESTADOS UNIDOS __________________________________________________________ 53 5. RESIDUOS: DE PROBLEMA A SOLUÇÃO __________________________________________ 55 5.1 PROBLEMAS AMBIENTAIS PROVOCADOS PELOS RESIDUOS ______________________ 55 5.2 SOLUÇÕES ENVOLVENDO REUTILIZAÇÃO DE RESIDUOS ________________________ 58 6 METODOLOGIA ________________________________________________________________63 6.1 PMBOK GUIDE _____________________________________________________________ 64 6.2 PMI _______________________________________________________________________ 64 6.3 O QUE É O PMBOK GUIDE? ___________________________________________________ 64 6.4 O QUE É UM PROJETO? _____________________________________________________ 65 6.5 PARTES INTERESSADAS _____________________________________________________ 65 6.6 PROCESSOS POR ÁREA DE CONHECIMENTO DO PMBOK GUIDE __________________ 68 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS_________________________________________________ 77 8 1 INTRODUÇÃO O gerenciamento de projetos possui ferramentas, técnicas e métodos utilizados globalmente por empresas e governos, que buscam estabelecer práticas uniformes para gerenciar seus projetos. (PERRONE, I. B. A., 2017, p. 08) Diversas organizações modernas estão descobrindo que a utilização do gerenciamento de projetos traz muitas vantagens, como gerar produtos melhores e serviços mais rápidos, acompanhando as pressões do mercado e obtendo maior eficiência. (MEI, P. C., 2013) O uso de uma mesma metodologia para todos os projetos não é indicado, pois gera um descompasso entre a metodologia e o trabalho necessário ao projeto. Uma metodologia complexa é útil para projetos grandes, mas gera um esforço excessivo nos pequenos projetos e por outro lado, uma metodologia simplificada é ótima para pequenos projetos, mas inadequada para projetos médios ou grandes. Por isso, escolher a metodologia adequada para cada projeto aumenta a sua chance de sucesso. (PERRONE, I. B. A., 2017, p. 08) Este trabalho se propõe a desenvolver uma metodologia simplificada para o gerenciamento de projetos que possa ser utilizada pelas empresas sem burocracia e com eficiência. Ele está estruturado em: embasamento teórico, metodologia científica e análise dos dados (quantitativo-qualitativos), além da introdução, conclusões, referências bibliográficas. São apresentados o Ciclo PDCA, o gerenciamento de projetos do PMBOK Guide (2017) e o que os outros autores estão publicando sobre projetos, sua identificação e metodologias de gerenciamento. Os Resíduos Sólidos – RS – (o popular lixo) são produzidos pelo homem desde os antepassados, assim o crescimento na produção destes vem acompanhando o crescimento exponencial da humanidade. Casos relacionados à produção excessiva de resíduos e da má gestão e que acabaram em tragédias, exemplo este, foi um colapso de talude que desmoronou em Niterói (RJ) em 2010 matando mais de 50 pessoas devido a uma área residencial ocupada irregularmente sobre um lixão mal consolidado. Contudo, a humanidade nunca esteve e nem tampouco está, atualmente preocupada com essa problemática, haja vista, que mesmo com elevado grau de 9 conhecimento sobre e as consequências negativas da superprodução e da má gestão de RS ainda não se interessou o suficiente para mudar esse comportamento. É percebido quando se observa o descarte inadequado de RS por parte da população e também das empresas que mesmo sob a jurisdição, não a pratica. Historicamente a espécie humana é marcada por eventos ligados diretamente aos RS e que foram compreendidos apenas há pouco tempo. A cólera, a peste bubônica, a dengue e muitas outras enterites se devem ao fato da má gestão de resíduos gerando um problema de saúde pública. Problemas de cunho ambiental também são observados, haja vista que o acúmulo de RS geram os famosos lixões que causam poluição de aspecto visual, poluição do solo e da água. Referente ao cunho econômico tem-se a desvalorização imobiliária devido à sujeira encontrada nesses locais. A própria Lei nº 12.305/2010 propõe instrumentos para os problemas supracitados, mas que se não executados em sua plenitude, deixa lacunas quanto à inobservância da referida lei. Assim, quando o assunto é gestão e sustentabilidade, o tema gestão de resíduos toma uma vertente de problema para uma possível solução mais que meramente de caráter público, tornando-se imprescindível sua correta gestão e destinação de forma ambientalmente adequada. Este trabalho aspira à implantação de uma Central de Tratamento de Resíduos (CTR) no município de Linhares/ES de acordo com as normas técnicas vigentes em legislação municipal, estadual e federal. Como intempérie o projeto possui orçamento limitado, prazos consideráveis e um cenário complexo a ser desafiado. 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO O capítulo tem por objetivo revisão literária e analisar as informações já publicadas por outros autores sobre o que são resíduos sólidos e um projeto de implantação de aterro, seus métodos de gerenciamento. Os principais conceitos e processos do PMBOK Guide (2017) são descritos, bem como o Ciclo PDCA. Este referencial teórico foi obtido através do levantamento bibliográfico: leitura de livros, mídia eletrônica, periódicos, artigos, dissertações e diversos relatórios de pesquisas. 2.1 O CONCEITO DE LIXO (RESIDUOS SÓLIDOS) A palavra lixo deriva do termo latim LIX, que significa cinza. No dicionário, lixo é definido como: resto, despejo, sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, sem valor. Tecnicamente pode ser usado como sinônimo de resíduos sólidos e é representado por matérias descartadas pelas atividades humanas. Desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena escala. A partir da revolução industrial o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas aumentaram consideravelmente. O crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escasso. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo. (RODRIGUES E GRAVINATTO, 2003). Com a chegada da industrialização e sua expansão por todo o Planeta, o mundo começou a sofrer problemas jamais vistos ou sequer imagináveis, dentre todos esses problemas um deles vem se tornando um grande problema, para toda a População Mundial. É a questão do lixo urbano que é produzido em grande escala, mas não tem um local adequado para seu destino final (CARVALHO E TELLA, 1997, p.06 e 07). A chamada sociedade de consumo, na qual, para ser feliz não basta consumir o necessário, mas, se possível, também o supérfluo, acabou por conferir às relações 11 do homem com o meio ambiente um caráter extremamente agressivo. A revolução industrial, o crescimento urbano desordenado e o apelo da propaganda aumentaram o volume de lixo produzido e intensificaram a poluição do ar, das águas e dos solos. (ALMEIDA E GIGOLIN, 2004, p.115). 2.2 RESÍDUOS SÓLIDOS O resíduo sólido é um termo técnico e pode ser considerado como qualquer material que seu proprietário ou produtor não considera mais com valor suficiente para conservá-lo. Por outro lado, o resíduo sólido resulta da atividade humana, sendo, por isso, considerado inesgotável, além de diretamente proporcional à intensidade industrial e ao aumento populacional. Por esse motivo, uma das grandes preocupações da sociedade atual diz respeito aos resíduos sólidos. O crescimento desordenado da população e o aparecimento de grandes indústrias têm aumentado o consumo e com isso gerado maior quantidade de resíduos, que, geralmente, possuem manejo e destino inadequados, provocando, assim, efeitos indesejáveis ao meio ambiente. Segundo dados do ministério do meio ambiente, o Brasil produz cerca de 90 milhões de toneladas de resíduo sólido por ano e cada brasileiro gera, aproximadamente, 500 gramas de resíduo sólido por dia, podendo chegar a 1 kg, dependendo do local em que reside e de seu poder aquisitivo (NUNESMAIA, 1997; IBGE, 2012). Os resíduos sólidos são considerados perigosos quanto às suas propriedades físicas, químicas e infectocontagiosas.A inadequada remoção e coleta desses resíduos, sua destinação e seu tratamento final podem causar um grande impacto ao meio ambiente. O processo físico-químico de decomposição dos resíduos orgânicos, se não controlado de forma correta, irá produzir líquidos percolados (Cho rume), em sua maioria rica em metais pesados, chumbo, níquel, cádmio, dentre outros, que contaminam os veios hídricos e cursos d’água quando infiltrados no solo. A decomposição anaeróbica das frações orgânicas do resíduo sólido lança, no ar, compostos poluentes e gases de amônia, enxofre, gás carbônico, dentre outros (BIDONE; POVINELLI, 1999). 12 A disposição indiscriminada de resíduos sólidos no meio-ambiente pode causar danos sérios à vida, à natureza e à sociedade. A contaminação do solo e da água e o prejuízo grave a ecossistemas diversos, incluindo a vida humana, são alguns exemplos dos males que este tipo de prática pode ocasionar. 2.3 COLETA E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS A coleta dos resíduos sólidos é a parte mais sensível aos olhos da população, portanto, a mais passível de crítica. É necessário um bom planejamento dos serviços de coleta, pois eles representam cerca de 50 a 80% do custo de operação de limpeza pública. A coleta e transporte do resíduo sólido devem funcionar de forma sistemática, além de garantir os seguintes requisitos: a universalização dos serviços prestados e a regularidade da coleta, o que compreende periodicidade, freqüência e horário (LIMA, 1995). A destinação final do resíduo sólido é um problema em quase todos os municípios. Coletado pelo órgão público ou por empresas particulares, o resíduo sólido é levado a um depósito. Esses depósitos, muitas vezes, não possuem uma destinação final apropriada. A deposição a céu aberto, que causa grande prejuízo ao meio ambiente, continua sendo o destino da maior parte dos resíduos. O problema é que não existem grandes áreas disponíveis nos centros urbanos para instalação de aterros sanitários. Incentivando a reciclagem, evita-se que uma parcela dos resíduos produzidos seja lançada nos aterros, aumentando assim o tempo de utilização do local. É necessário desenvolver soluções que reduzam o volume dos resíduos (VAZ, CABRAL, 2005). A disposição final e adequada do resíduo sólido pode influir na qualidade do meio ambiente e na saúde do homem (saúde publica), além da preservação dos recursos naturais. Existem diversos tipos de disposição tais como vazadouro a céu aberto, aterro controlado, aterro sanitário, incineração e com postagem. Vazadouro a céu aberto, vulgarmente conhecido como lixão, é a forma mais impactante ao meio ambiente e às populações vizinhas. É um tipo de disposição dos resíduos diretamente no solo, sem nenhum processo de controle que permita evitar 13 a contaminação de lençóis freáticos e cursos de água, através dos líquidos percolados. O Chorume, oriundo da decomposição anaeróbica das frações orgânicas contidas nos materiais dispostos, gera liberação de gases voláteis ricos em enxofre (S), amônia (NH4), gás carbônico (CO2), dentre outros que são poluentes e alguns favoráveis à combustão. Portanto, percebe- se perfeitamente a grande contribuição à degradação ambiental sem contar os inúmeros indícios de comprometimento à saúde pública (LIMA, 2003). Aterro controlado é uma forma de disposição final em uma área previamente impermeabilizada, de resíduos sólidos urbanos no solo. Nos aterros controlados, os resíduos são compactados e formatados por um trator para melhor ordenamento. O resíduo sólido adensado é coberto por materiais de jazida (barro próprio para recobrimento) evitando dispersão de odores, presença de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos, etc.), animais nocivos e combustão espontânea por anaerobiose, minimizando os riscos de impactos ambientais e à saúde publica (FALCÃO; ARAUJO, 2005). Aterro sanitário, diferentemente do aterro controlado, é uma forma de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, baseada em critérios de engenharia e normas operacionais específicas. O local é normalmente recoberto por material de jazida, selecionado e compactado em níveis satisfatórios, evitando danos à saúde pública e minimizando os impactos ambientais. Os aterros sanitários possuem um sistema de drenagem periférica e superficial para captação de águas pluviais e um sistema de drenagem específica para captação e condução ao local de tratamento de líquidos percolados. Esse tratamento pode ser através de lagoas de estabilização que operam num sistema físico-químico de recuperação dos líquidos, objeto do processamento. Nesses aterros, existe também um sistema de captação para os gases, principalmente o gás carbônico, o gás metano e o gás sulfídrico para que o terreno não fique sujeito a explosões, deslizamentos e combustão. Ao final de sua vida útil, o aterro sanitário pode ser reutilizado mediante abertura das células, para retirada do material bioestabilizado ou utilização do mesmo em outras situações tais como: áreas de lazer e praças (BIDONE; POVINELLI, 1999; FALCÃO; ARAUJO, 2005). Incineração é um processo de 14 destruição térmica, pelo qual ocorre redução do peso, volume e das características de periculosidade dos resíduos, com conseqüente eliminação da matéria orgânica e características de patogenicidade (capacidade de transmissão de doenças) através da combustão controlada. A incineração tem que ser controlada para que não cause danos ao meio ambiente (VAZ; CABRAL, 2005). Com postagem é um processo biológico aeróbio de decomposição de matéria orgânica (animal ou vegetal), através do quais microrganismos convertem a parte orgânica dos resíduos sólidos urbanos num material bioestabilizado, conhecido como composto orgânico. O composto resulta da degradação biológica da matéria orgânica em presença do oxigênio do ar, sob condições controladas pelo homem. Os produtos gerados na decomposição são: gás carbônico, calor, água e matéria orgânica compostada. Esse material apresenta propriedades e características completamente diferentes do material que lhe deu origem e pode ser usado como enriquecedor do solo, minimizador de áreas erodidas e na própria compostagem, na cobertura das pilhas mais recentemente formadas, além de representar fonte de macro e micronutrientes para as plantas em geral (PLANETA, 2005). A compostagem, ou seja, a arte de produzir compostos orgânicos do resíduo sólido, embora seja uma prática remota, surge atualmente como um extravasamento do modo de pensar do homem moderno. 2.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E RESÍDUOS SÓLIDOS A educação ambiental constitui um processo informativo e formativo dos indivíduos, desenvolvendo habilidades e modificando atitudes em relação ao meio, tornando a comunidade educativa consciente de sua realidade global. Uma finalidade da educação ambiental é despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental com uma linguagem de fácil entendimento que contribui para que o indivíduo e a coletividade construam valores sociais, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. Assim, torna-se 15 necessário mudar o comportamento do homem com relação à natureza, com o objetivo de atender às necessidades ativas e futuras, no sentido de promover um modelo de desenvolvimento sustentável. Um programa de educação ambiental eficiente deve promover, simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atividades e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental (DIAS, 1992). Considerando que parte dos resíduos gerados pelas atividades humanas ainda possui valor comercial, se manejado de maneira adequada, deve-se adotar uma nova postura e começar a ver o resíduo sólido como uma matéria-prima potencial. Sendo assim, considerando a complexidade das atividades humanas, pode-se verificarque resíduos de uma atividade podem ser utilizados para outra, e assim sucessivamente. O material que não for consumido nesse ciclo será nomeado como resíduo sólido (D`ALMEIDA; VILHENA, 2000). Não há como não produzir resíduo sólido, mas podemos diminuir essa produção. 2.5 RECICLAGEM Os animais, quando morrem, assim como as folhas que caem das árvores, passam pelo processo de reciclagem da natureza. Todas as plantas e animais mortos apodrecem e se decompõem. São destruídos por larvas, minhocas, bactérias e fungos, e os elementos químicos e nutrientes que eles contêm voltam a terra. É um processo natural de reutilização de matérias. Enquanto a natureza se mostra eficiente em reaproveitamento e reciclagem, os homens o são em produção de resíduos sólidos. Os ciclos naturais de decomposição e reciclagem da matéria podem aproveitar os resíduos gerados pelo ser humano. Contudo, uma grande quantidade deste sobrecarrega o sistema. O problema agrava-se porque muitas das substâncias manufaturadas pelo homem não são biodegradáveis (JAMES, 1997). A sociedade consumista se preocupa apenas em descartar o resíduo sólido, não dando a devida atenção ao seu destino final. Com a finalidade de conscientizar 16 a população sobre esse problema, a educação ambiental apresenta três princípios básicos para os resíduos: reduzir, reutilizar e reciclar (conceito dos três R’s). A partir desses princípios, o cidadão deve aprender a reduzir o resíduo sólido gerado, reutilizar sempre que possível os materiais antes de descartá-los e, só por último, pensar na reciclagem dos materiais. O conceito dos três R’s visa a diminuir o desperdício, valorizando as possibilidades de reutilização como meio de preservação ambiental (DUTRA, 2005; NUNESMAIA, 1997). Os materiais não biodegradáveis podem passar pelo processo de reciclagem. Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram, sendo assim, a reciclagem permite retomar a origem, na forma de matérias-primas, os materiais que não se degradam, ou seja, materiais que se tornariam resíduo sólido, ou estão no resíduo sólido. Esses materiais são desviados, coletados, separados e processados para então serem usados como matéria-prima na produção de novos produtos. A reciclagem tem a finalidade de aproveitar os resíduos para fabricar novos produtos, idênticos ou não aos que lhes deram origem (VALLE, 2002). 2.6 PROJETO DE CETRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS – CTR Em virtude da Lei Federal Nº 12.305/2010, referente à coleta, transporte e destinação de resíduos deverá ser ambientalmente correto, para tal atribuição a implantação do CTR LINHARES S/A, justifica-se pela demanda de Linhares e região (sobretudo Sooretama, Jaguaré, Água Limpa, São Mateus, Pedro Canário e sudoeste da Bahia e em parte de nordeste de Minas Gerais serem desprovidos de tal CTR). Com a implantação do CTR LINHARES S/A os impactos positivos serão sobrepostos aos impactos negativos, dentre eles pode-se citar: a geração de emprego e renda, o aumento na arrecadação de tributos, ações sociais que incentivem a associações de catadores, atração de setores industriais, fomento da SUDENE. Linhares localiza-se em uma posição estratégica do ponto vista geográfico, sendo o meio termo entre a capital, Vitória, e o sul do estado, e, sobretudo, em relação à logística de fácil escoamento e comércio. Pode-se citar também outros 17 fatores que favorecem Linhares, referente à implantação deste projeto, tem-se o IDH de 0,789 (IBGE 2012), considerado satisfatório, e justamente a ausência de uma Central de Tratamento de Resíduos – CTR, fato este que o Plano de Gestão de Resíduos – PGR orienta municípios acima de 120.000 habitantes a adotarem políticas públicas que diminuam a geração de resíduos, concernente a Lei Federal Nº 6.938/1981 do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Atendendo a requisitos de custo-benefício tais como localização, orçamento, espaço, segurança, insumos, mão de obra, maquinário, dotação orçamentária, cronograma, e outros que integram a totalidade do projeto. Objetivo Implantar uma Central de Tratamento de Resíduos – CTR LINHARES S/A. Área a ser instalar o empreendimento consiste em ser classificada segundo o Plano Diretor Municipal – PDM como Zona Rural de Uso Controlado – Lei complementar nº 13/2012 (Lei de uso e ocupação do solo urbano do município de Linhares); Lei complementar nº 2613/2006 (Código de postura do município de Linhares); Lei complementar nº 18/2012 (Código de obras do município de Linhares e lei complementar nº 14/2012). Sistema de Abastecimento e Esgotamento Sanitário – Lei Federal nº 9.477/1987 e portaria 2914 do Ministério da Saúde. Prazos dos órgãos públicos referente à legalização. Os serviços de fundação serão realizados no período de seca; A execução da obra já está aprovada frente aos órgãos ambientais; A área da obra tem espaço suficiente para acomodar, vestiários e alojamentos para funcionários; A obra terá como funcionários próprios um engenheiro, um mestre de obras, três encarregados, quatro estagiários, um almoxarife e um auxiliar de almoxarife; A infraestrutura da obra será usada para estacionamento dos funcionários; A área da obra possui banheiros, vestiários, água, energia e espaço para acomodar todos os funcionários. 18 2.7 MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO DA CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS – CTR LNHARES S/A 1. DADOS DO CTR LINHARES S/A Dados do CTR LINHARES S/A População 100.000,00 hab Geração Per Capita 0,6 kg/hab.dia Taxa de crescimento populacional 0,0085 a.a Taxa de eficiência de coleta 0,8 % Cobertura de terra 20% % Peso específico lixo compactado 0,6 t/m³ Comprimento como 3 vezes a largura 01:03 Precipitação anual média 1100 mm valor de infiltração do maciço = k 0,3 Lamina máxina do percolado 0,3 m (30cm) Condutividade 315360 mm/ano (10^-3cm/s) obs 1cm/s = 3,154e^8 mm/ano Água percolada (PERC) 400 mm (400mm) Metano Lo= 160 m³/t Taxa de decaimento 0,06 Lixo moderadamente degradável 19 2. VOLUME ÚTIL DO CTR LINHARES S/A VOLUME ÚTIL/ANO Ano Idade Massa Diária Volume Diário Volume Diário de Terra 2021 1 48 t/dia 80,00 m³/dia 16,00 m³/dia 2022 2 48,82 t/dia 81,37 m³/dia 16,27 m³/dia 2023 3 49,24 t/dia 82,07 m³/dia 16,41 m³/dia 2024 4 49,66 t/dia 82,77 m³/dia 16,55 m³/dia 2025 5 50,08 t/dia 83,47 m³/dia 16,69 m³/dia 2026 6 50,51 t/dia 84,19 m³/dia 16,84 m³/dia 2027 7 50,94 t/dia 84,90 m³/dia 16,98 m³/dia 2028 8 51,38 t/dia 85,63 m³/dia 17,13 m³/dia 2029 9 51,82 t/dia 86,36 m³/dia 17,27 m³/dia 2030 10 52,26 t/dia 87,10 m³/dia 17,42 m³/dia 2031 11 52,70 t/dia 87,84 m³/dia 17,57 m³/dia 2032 12 53,15 t/dia 88,59 m³/dia 17,72 m³/dia 2033 13 53,61 t/dia 89,35 m³/dia 17,87 m³/dia 2034 14 54,07 t/dia 90,11 m³/dia 18,02 m³/dia 2035 15 54,53 t/dia 90,88 m³/dia 18,18 m³/dia Total 15º ano 281332,17 t/ano 468886,95 m³/ano 93777,39 m³/ano Volume total (resíduo + terra de cobertura) 562664,34 m³/ano 20 3. ÁREA DO CTR LINHARES S/A ÁREA DO ATERRO - TEMPO DE OPERAÇÃO 15 ANOS Volume 562664,34 m³/dia (V/p²) 62518,26 m l=b 68,74 m² H = raiz³(V/P²) 39,69 m P=(3XL) 206,2295259 m ÁREA TOTAL 14176,87 m²21 4. VAZÃO DO PERCOLADO DO CTR LINHARES S/A VAZÃO MÉDIA ANUAL DO CHORUME Q= 0,1483501 L/s Transformação 1l/s = 86,4 m³/dia Q= 12,817446 m³/dia 22 5. ESPAÇAMENTO DOS DRENOS DO CTR LINHARES S/A ESPAÇAMENTO DOS DRENOS ESP = 16,8470769 m Comprimento = 206,229526 m QUANTIDADE DE DRENOS Quant. Drenos = 12,2412646 drenos para cada lado Totalizando = 24,4825292 drenos 23 6. GERAÇÃO DE METANO DO CTR LINHARES S/A 7. Ano População Massa diaria (Kg/dia) Massa (t/ano) 1 100000 48000,00 17520,00 2 101714,53 48822,98 17820,39 3 102582,79 49239,74 17972,50 4 103458,46 49660,06 18125,92 5 104341,61 50083,97 18280,65 6 105232,29 50511,50 18436,70 7 106130,58 50942,68 18594,08 8 107036,53 51377,53 18752,80 9 107950,22 51816,11 18912,88 10 108871,71 52258,42 19074,32 11 109801,06 52704,51 19237,15 12 110738,35 53154,41 19401,36 13 111683,63 53608,14 19566,97 14 112636,99 54065,76 19734,00 15 113598,49 54527,27 19902,45 24 QUANTIDADE TOTAL DE GÁS METANO CH4 Lo= 160 m³/ton Taxa de decaimento produção de metano= 0,06 Vida útil do aterro= 15 anos Ano Idade Peso de Lixo (ton) Prod anual de gás (m3/ano) Produção total de gás (m3) 2021 0 17520,00 168192,00 168192,00 2022 1 17819,11 329460,68 497652,68 2023 2 17970,57 482791,84 980444,51 2024 3 18123,32 628660,08 1609104,59 2025 4 18277,37 767512,48 2376617,08 2026 5 18432,72 899770,19 3276387,26 2027 6 18589,40 1025829,91 4302217,17 2028 7 18747,41 1146065,38 5448282,55 2029 8 18906,76 1260828,67 6709111,22 2030 9 19067,47 1370451,46 8079562,68 2031 10 19229,55 1475246,22 9554808,90 2032 11 19393,00 1575507,34 11130316,25 2033 12 19557,84 1671512,18 12801828,42 2034 13 19724,08 1763522,05 14565350,47 2035 14 19891,73 1851783,16 16417133,63 2036 15 0,00 1743943,71 18161077,34 2037 16 0,00 1642384,33 19803461,67 2048 17 0,00 1546739,31 21350200,99 2039 18 0,00 1456664,23 22806865,21 2040 19 0,00 1371834,71 24178699,92 2041 20 0,00 1291945,27 25470645,20 2042 21 0,00 1168999,90 26639645,10 2043 22 0,00 1052399,82 27692044,92 2044 23 0,00 942177,55 28634222,47 2045 24 0,00 837958,18 29472180,65 25 2046 25 0,00 739388,59 30211569,25 2047 26 0,00 646136,20 30857705,44 2048 27 0,00 557887,75 31415593,19 2049 28 0,00 474348,22 31889941,41 2050 29 0,00 395239,72 32285181,13 2051 30 0,00 320300,52 32605481,66 2052 31 0,00 249284,11 32854765,77 2053 32 0,00 181958,28 33036724,04 2054 33 0,00 118104,32 33154828,36 2055 34 0,00 57516,24 33212344,60 2056 35 0,00 0,00 33212344,60 2057 36 0,00 0,00 33212344,60 26 2.8 CRONOGRAMA MS PROJECT 2016 EDT Nome da tarefa 1 Projeto de Implantação de Central de Tratamento de Resíduos – CTR LINHARES SA 1.1 PROJETO CTR 1.1.1 INICIAÇÃO 1.1.1.1 TAP - Termo de Abertura do Projeto 1.1.1.1.1 Reuniões executivas 1.1.1.1.2 Assinatura das Partes Interessadas 1.1.1.1.3 Criação do documento 1.1.1.2 Identificação das Partes Interessadas 1.1.1.2.1 Identificar Partes Interessadas 1.1.1.2.2 Mapear as Partes Interessadas 1.2 PLANEJAMENTO 1.2.1 Escopo 1.2.1.1 Lista de Requisitos 1.2.1.1.1 Entrevistas com clientes e Partes Interessadas 1.2.1.2 Declaração do Escopo 1.2.1.2.1 Definir o Produto do Projeto 1.2.1.2.2 Identificar Fatores Críticos de Sucesso 1.2.1.2.3 Registrar Objetivos 1.2.1.3 EAP - WBS 1.2.1.3.1 Decompor as entregas em pacotes 1.2.1.3.2 Criar a EAP - WBS 27 1.2.1.4 Dicionário EAP 1.2.1.4.1 Descrever os pacotes de trabalho 1.2.1.4.2 Descrever os critérios de aceite de cada pacote 1.2.2 Cronograma 1.2.2.1 Definir as atividades 1.2.2.2 Estimar os recursos necessários 1.2.2.3 Estimar as durações de cada recurso 1.2.2.4 Sequenciar as atividades 1.2.2.5 Revisar Cronograma 1.2.3 Custo 1.2.3.1 Estimar os custos do projeto 1.2.3.2 Estimar as Reservas Gerenciais 1.2.3.3 Criar o Plano de Gerenciamento de Custos 1.2.4 Recursos 1.2.4.1 Engenheiros 1.2.4.1.1 ADM 1.2.4.1.2 Ajudantes 1.2.4.2 Coordenadores 1.2.4.3 Gerente 1.2.5 Riscos 1.2.5.1 Identificar os Riscos 1.2.5.2 Realizar análise qualitativa e quantitativa 1.2.5.3 Criar respostas aos riscos 1.2.5.4 Definir o responsável por monitorar cada risco 1.2.5.5 Estimar as Reservas Contingenciais 28 1.2.5.6 Criar o Plano de Gerenciamento de Riscos 1.2.6 Qualidade 1.2.6.1 Analisar o Custo x Benefício 1.2.6.2 Reuniões para identificar os requisitos de qualidade 1.2.6.3 Detalhar os requisitos de qualidade 1.2.6.4 Criar o Plano de Gerenciamento da Qualidade 1.2.7 Comunicação 1.2.7.1 Registrar as Partes Interessadas 1.2.7.2 Identificar os métodos de comunicação 1.2.7.3 Criar o Plano de Gerenciamento de Comunicação 1.2.8 Aquisições 1.2.8.1 Realizar análise Fazer/Comprar/Alugar 1.2.8.2 Elaborar contratos de aquisição 1.2.9 Plano Integrado de Alterações 1.2.9.1 Definição do processo de mudanças 1.2.9.2 Coleta do aceite do Plano de Mudanças 1.2.10 Apresentação do Projeto 1.2.10.1 Apresentação do Plano de Projeto 1.2.10.2 Coleta do aceite do Patrocinador 1.3 REUNIÕES / RELATÓRIOS 1.3.1 Reuniões Executivas 1.3.1.1 Agendar reuniões periódicas com executivos e patrocinador 1.3.1.2 Criar e distribuir ATAs das reuniões 1.3.2 Relatórios Gerenciais 1.3.2.1 Gerar relatórios de desempenho 29 1.3.2.2 Distribuir relatórios 1.4 CONTROLE E MONITORAMENTO 1.4.1 Entregas aceitas 1.4.1.1 Realizar a verificação do escopo 1.4.1.2 Coletar assinaturas de aceite 1.4.2 Solicitações de Mudança 1.4.2.1 Avaliar necessidade de mudança 1.4.2.2 Atualizar documentação do projeto 1.4.3 Relatório Desempenho 1.4.3.1 Gerar relatório mensal de desempenho 1.4.3.2 Distribuir relatório 1.5 ENCERRAMENTO 1.5.1 Encerramento de contratos 1.5.1.1 Gerar documentação de encerramento dos contratos 1.5.1.2 Verificar os acordos negociados 1.5.2 Relatório de Entrega 1.5.2.1 Verificar entregas aceitas 1.5.2.2 Gerar informações históricas 1.5.2.3 Atualizar arquivos do projeto 1.5.3 Relatório Lições Aprendidas 1.5.3.1 Documentar lições aprendidas 1.5.3.2 Alimentar SIGP da empresa com informações históricas 1.5.4 Desmobilização 1.5.4.1 Retirar estruturas físicas 1.5.4.2 Devolução dos equipamentos contratados 30 1.5.4.3 Remoção de Resíduos 1.5.4.4 Realizar limpeza final da área 1.6 EXECUÇÃO 1.6.1 Dimensionamento (GeoBase/Qgis/TQS) 1.6.2 Topografia (Curvas de Nível/Planialtimétrico) 1.6.3 Sondagem SPT (Standard Penetration Test) 1.6.4 Terraplanagem I 1.7 INFRAESTRUTURA I 1.7.1 Terraplanagem II 1.7.2 Método de Área (Sapata de Fundação/Drenos de Ishikawa/Lona de PEAD) 1.7.3 Alvenaria (Vigas e Tijolos/Hidrossanitária/Elétrica) 1.7.4 Concretagem das bases 1.7.5 Drenagem (Águas Pluviais e Fluviais/Percolados/Chorume) 1.7.6 ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) 1.7.7 Aceite da Infraestrutura I 1.8 INFRAESTRUTURA II 1.8.1 Construção dos Pavimentos 1.8.2 Construção de Contenções 1.8.3 Montagem de Estrutura de Kevlar 1.8.4 Aceite da Infraestrutura II 1.9 LEGALIZAÇÃO1.9.1 Licenças Ambientais (LP+LI+LO)/Sanitárias/Fazenda/DAT/CADRI) 1.9.2 Alvarás (Bombeiro/Localização) 1.9.3 Habite-se (Termo de Conclusão de Obras) 31 1.9.4 ISO (s) (14.001/9.001/9.004/50.001/18.001) 1.9.5 Construção Finalizada 1.9.6 Aceite Legalização 1.9.7 Fim do Projeto A concepção de uma central ou usina acontece inicialmente baseada na quantidade de resíduos a ser processada. A quantidade de pessoas que habitam um município é um indicativo da quantidade de resíduos produzidos. Municípios são divididos em zonas, urbana e rural. Para comunidades muito afastadas ou de difícil acesso, é aconselhável que os resíduos orgânicos sejam tratados no local onde foram gerados. Para comunidades pequenas muito distantes ou de difícil acesso, é aconselhável que os resíduos sem destinação final local sejam devidamente armazenados e transportados somente quando atingirem uma quantidade mínima. A logística dos resíduos inclui nos custos operacionais e na viabilidade econômica de um projeto. O dimensionamento de uma central assim como a escolha da tecnologia correta deve ser feita em função dos tipos e quantidades de resíduos. De uma maneira geral, dizemos que um projeto é economicamente viável quando a venda dos produtos por ele comercializados é suficiente para custear seu financiamento e custos operacionais além de gerar lucro. A viabilidade econômica depende de um bom plano de negócio e da capacidade administrativa dos gestores do projeto e tem ligação direta com o dimensionamento do projeto. No vídeo abaixo você pode ver como acontece a dedução de valor de uma usina. 32 Dicionário da EAP Cód. EAP Entregáveis Atividades Descrição Condição de Aceite 1 Projeto de Implantação - Central de Tratamento de Resíduos - CTR LINHARES SA 1.1 PROJETO CTR 1.1.1 INICIAÇÃO 1.1.1.1 TAP - Termo de Abertura do Projeto 1.1.1.1.1 Reuniões executivas Reuniões executivas Troca de informações com acordos formados Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.1.1.1.2 Assinatura das Partes Interessadas Assinatura das Partes Interessadas Acordado as partes e feito o documento Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.1.1.1.3 Criação do documento Criação do documento Comprovante final do acordado Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.1.1.2 Identificação das Partes Interessadas 1.1.1.2.1 Identificar Partes Interessadas Identificar Partes Interessadas Levantar possíveis interesses Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.1.1.2.2 Mapear as Partes Interessadas Mapear as Partes Interessadas Encontrar os possíveis interesses Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2 PLANEJAMENTO 1.2.1 Escopo 1.2.1.1 Lista de Requisitos 1.2.1.1.1 Entrevistas com clientes e Partes Interessadas Entrevistas com clientes e Partes Interessadas Troca de informações com acordos Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.1.2 Declaração do Escopo 33 1.2.1.2.1 Definir o Produto do Projeto Definir o Produto do Projeto O que desejo alcançar Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.1.2.2 Identificar Fatores Críticos de Sucesso Identificar Fatores Críticos de Sucesso O que pode ser otimizado Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.1.2.3 Registrar Objetivos Registrar Objetivos Findar com documentos Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.1.3 EAP - WBS 1.2.1.3.1 Decompor as entregas em pacotes Decompor as entregas em pacotes Dividir em partes Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.1.3.2 Criar a EAP - WBS Criar a EAP - WBS Atribuir metas Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.1.4 Dicionário EAP 1.2.1.4.1 Descrever os pacotes de trabalho Descrever os pacotes de trabalho Informar os trabalhos Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.1.4.2 Descrever os critérios de aceite de cada pacote Descrever os critérios de aceite de cada pacote Informar a condição de serviço Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.2 Cronograma 1.2.2.1 Definir as atividades Definir as atividades Atribuir metas Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.2.2 Estimar os recursos necessários Estimar os recursos necessários Calcular os recursos Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.2.3 Estimar as durações de cada recurso Estimar as durações de cada recurso Calcular a duração Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.2.4 Sequenciar as atividades Sequenciar as atividades Interligar Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.2.5 Revisar Cronograma Revisar Cronograma Garantir a eficácia do cronograma Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.3 Custo 1.2.3.1 Estimar os custos do projeto Estimar os custos do projeto Calcular custos Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.3.2 Estimar as Reservas Gerenciais Estimar as Reservas Gerenciais Calcular reservas Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.3.3 Criar o Plano de Gerenciamento de Custos Criar o Plano de Gerenciamento de Custos Prever emergências Ser assinado pelo cliente e Gerente de Projetos 1.2.4 Recursos 1.2.4.1 Engenheiros Engenheiros Atividades técnicas correlatas a Ser aprovado pela equipe de projeto 34 formação 1.2.4.1.1 ADM ADM Atividades técnicas correlatas a formação Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.4.1.2 Ajudantes Ajudantes Atividades técnicas correlatas a formação Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.4.2 Coordenadores Coordenadores Assistente do GP Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.4.3 Gerente Gerente Gerenciar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.5 Riscos 1.2.5.1 Identificar os Riscos Identificar os Riscos Probabilidade de um evento indesejado Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.5.2 Realizar análise qualitativa e quantitativa Realizar análise qualitativa e quantitativa Afetar fatores de qualidade Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.5.3 Criar respostas aos riscos Criar respostas aos riscos Capacidade de reparação a danos Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.5.4 Definir o responsável por monitorar cada risco Definir o responsável por monitorar cada risco Designar responsabilidades Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.5.5 Estimar as Reservas Contingenciais Estimar as Reservas Contingenciais Calcular reservas Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.5.6 Criar o Plano de Gerenciamento de Riscos Criar o Plano de Gerenciamento de Riscos Prever emergências Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.6 Qualidade 1.2.6.1 Analisar o Custo x Benefício Analisar o Custo x Benefício Indica a probabilidade de o projeto ser alcançado Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.6.2 Reuniões para identificar os requisitos de qualidade Reuniões para identificar os requisitos de qualidade Afetar fatores de qualidade Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.6.3 Detalhar os requisitos de qualidade Detalhar os requisitos de qualidade Afetar fatores de qualidade Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.6.4 Criar o Plano de Gerenciamento da Qualidade Criar o Plano de Gerenciamento da Qualidade Prever emergências Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.7 Comunicação 35 1.2.7.1 Registrar as Partes Interessadas Registrar as Partes Interessadas Listar todas as partes do projeto Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.7.2 Identificar os métodos de comunicação Identificar os métodos de comunicação Listar todos os meios de comunicação Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.7.3 Criar o Plano de Gerenciamento de Comunicação Criar o Plano de Gerenciamento de Comunicação Gerenciar a comunicação Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.8 Aquisições 1.2.8.1 Realizar análise Fazer/Comprar/Alugar Realizar análise Fazer/Comprar/Alugar Analisar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.8.2 Elaborarcontratos de aquisição Elaborar contratos de aquisição Firmar acordos Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.9 Plano Integrado de Alterações 1.2.9.1 Definição do processo de mudanças Definição do processo de mudanças Adequar às alterações Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.9.2 Coleta do aceite do Plano de Mudanças Coleta do aceite do Plano de Mudanças Firmar acordos de adequações Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.10 Apresentação do Projeto 1.2.10.1 Apresentação do Plano de Projeto Apresentação do Plano de Projeto Apresentar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.2.10.2 Coleta do aceite do Patrocinador Coleta do aceite do Patrocinador Findar com documentos Ser aprovado pela equipe de projeto 1.3 REUNIÕES / RELATÓRIOS 1.3.1 Reuniões Executivas 1.3.1.1 Agendar reuniões periódicas com executivos e patrocinador Agendar reuniões periódicas com executivos e patrocinador Comunicar e definir as metas Ser aprovado pela equipe de projeto 1.3.1.2 Criar e distribuir ATAs das reuniões Criar e distribuir ATAs das reuniões Documentar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.3.2 Relatórios Gerenciais 1.3.2.1 Gerar relatórios de desempenho Gerar relatórios de desempenho Como esta a situação do projeto Ser aprovado pela equipe de projeto 1.3.2.2 Distribuir relatórios Distribuir relatórios Informar e distribuir Ser aprovado pela equipe de projeto 1.4 CONTROLE E MONITORAMENTO 36 1.4.1 Entregas aceitas 1.4.1.1 Realizar a verificação do escopo Realizar a verificação do escopo Garantir a eficácia do escopo Ser aprovado pela equipe de projeto 1.4.1.2 Coletar assinaturas de aceite Coletar assinaturas de aceite Findar com documentos Ser aprovado pela equipe de projeto 1.4.2 Solicitações de Mudança 1.4.2.1 Avaliar necessidade de mudança Avaliar necessidade de mudança Adequar as alterações Ser aprovado pela equipe de projeto 1.4.2.2 Atualizar documentação do projeto Atualizar documentação do projeto Findar com documentos Ser aprovado pela equipe de projeto 1.4.3 Relatório Desempenho 1.4.3.1 Gerar relatório mensal de desempenho Gerar relatório mensal de desempenho Monitorar o desempenho Ser aprovado pela equipe de projeto 1.4.3.2 Distribuir relatório Distribuir relatório Informar e distribuir Ser aprovado pela equipe de projeto 1.5 ENCERRAMENTO 1.5.1 Encerramento de contratos 1.5.1.1 Gerar documentação de encerramento dos contratos Gerar documentação de encerramento dos contratos Findar com documentos Ser aprovado pela equipe de projeto 1.5.1.2 Verificar os acordos negociados Verificar os acordos negociados Checar os acordos documentados Ser aprovado pela equipe de projeto 1.5.2 Relatório de Entrega 1.5.2.1 Verificar entregas aceitas Verificar entregas aceitas Garantir as entregas Ser aprovado pela equipe de projeto 1.5.2.2 Gerar informações históricas Gerar informações históricas Documentar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.5.2.3 Atualizar arquivos do projeto Atualizar arquivos do projeto Documentar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.5.3 Relatório Lições Aprendidas 1.5.3.1 Documentar lições aprendidas Documentar lições aprendidas Aplicar a melhoria continua Ser aprovado pela equipe de projeto 1.5.3.2 Alimentar SIGP da empresa com informações históricas Alimentar SIGP da empresa com informações históricas Documentar Ser aprovado pela equipe de projeto 37 1.5.4 Desmobilização 1.5.4.1 Retirar estruturas físicas Retirar estruturas físicas Limpar o terreno Ser aprovado pela equipe de projeto 1.5.4.2 Devolução dos equipamentos contratados Devolução dos equipamentos contratados Fazer o acordado Ser aprovado pela equipe de projeto 1.5.4.3 Remoção de Residuos Remoção de Residuos Limpar o terreno Ser aprovado pela equipe de projeto 1.5.4.4 Realizar limpeza final da área Realizar limpeza final da área Checar a Limpeza do terreno Ser aprovado pela equipe de projeto 1.6 EXECUÇÃO 1.6.1 Dimensionamento (GeoBase/Qgis/TQS) Dimensionamento (GeoBase/Qgis/TQS) Dimensionar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.6.2 Topografia (Curvas de Nível/Planialtimétrico) Topografia (Curvas de Nível/Planialtimétrico) Topografar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.6.3 Sondagem SPT (Standard Penetration Test) Sondagem SPT (Standard Penetration Test) Sondar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.6.4 Terraplanagem I Terraplanagem I Terraplanar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.7 INFRAESTRUTURA I 1.7.1 Terraplanagem II Terraplanagem II Terraplanar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.7.2 Metodo de Área (Sapata de Fundação/Drenos de Ishikawa/Lona de PEAD) Metodo de Área (Sapata de Fundação/Drenos de Ishikawa/Lona de PEAD) Fazer Fundação Ser aprovado pela equipe de projeto 1.7.3 Alvenaria (Vigas e Tijolos/Hidrossanitária/Elétrica) Alvenaria (Vigas e Tijolos/Hidrossanitária/Elétrica) Construir Ser aprovado pela equipe de projeto 1.7.4 Concretagem das bases Concretagem das bases Construir Ser aprovado pela equipe de projeto 1.7.5 Drenagem (Águas Pluviais/Percolados/Chorume) Drenagem (Águas Pluviais/Percolados/Chorume) Drenar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.7.6 ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Drenar Ser aprovado pela equipe de projeto 1.7.7 Aceite da Infraestrutura I Aceite da Infraestrutura Findar com documentos Ser aprovado pela equipe de projeto 1.8 INFRAESTRUTURA II Ser aprovado pela equipe de projeto 38 1.8.1 Construção dos Pavimentos Construção dos Pavimentos Construir 1.8.2 Construção de Contenções Construção de Contenções Construir Ser aprovado pela equipe de projeto 1.8.3 Montagem de Estrutura de Kevlar Montagem de Estrutura de Kevlar Construir Ser aprovado pela equipe de projeto 1.8.4 Aceite da Infraestrutura II Aceite da Infraestrutura II Findar com documentos Ser aprovado pela equipe de projeto 1.9 LEGALIZAÇÃO 1.9.1 Licenças Ambientais (LP+LI+LO)/Sanitárias/Fazenda/DAT/CADRI) Licenças Ambientais (LP+LI+LO)/Sanitárias/Fazenda/DAT/CADRI) Legalizar ambientalmente Ser liberada pelos devidos órgãos: municipal, estadual e federal. 1.9.2 Alvarás (Bombeiro/Localização) Alvarás (Bombeiro/Localização) Legalizar o espaço físico Ser liberada pelos devidos órgãos: municipal, estadual e federal. 1.9.3 Habite-se (Termo de Conclusão de Obras) Habite-se (Termo de Conclusão de Obras) Legalizar o espaço físico e habitação Ser liberada pelos devidos órgãos: municipal, estadual e federal. 1.9.4 ISO (s) (14.001/9.001/9.004/50.001/18.001) ISO (s) (14.001/9.001/9.004/50.001/18.001) Certificar Ser liberada por empresas certificadoras das ISO’s 1.9.5 Construção Finalizada Construção Finalizada Fim Findar com Assinatura 1.9.6 Aceite Legalização Aceite Legalização Findar com documentos Findar com Assinatura 1.9.7 Fim do Projeto Fim do Projeto Fim do Projeto Fim do Projeto 39 3. LEI FEDERAL N º 12.305/2010 A Lei Federal Nº 12.305, de Agosto de 2010, em seu primeiro ato, trata de responsabilizar as pessoas físicas e jurídicas tanto de poder público ou privado pela geração de Resíduos Sólidos - RS (exceto rejeitos radioativos, que obtém legislação própria), e a aplicabilidade em concomitância com as leis 11.445/2007 que dispõe sobre o Saneamento Básico, as normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA). Neste primeiro momento observamos que fica desde já estabelecido o princípio de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS reúne um conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações voltadas para uma correta gestão integrada e gerenciamento ambientalmente adequado dos RS, além de articular-se com outras leis correlatas, como a Lei do SaneamentoBásico, da Educação Ambiental, todas integrantes da Política Nacional do Meio Ambiente. No artigo 3º da lei foram dispostas algumas definições para uma melhor compreensão de termos inerentes ao tema, tais como, Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Gestão Integrada RS, logística reversa e responsabilidade compartilhada, termos que pela similaridade das palavras não refletem o mesmo em seus significados. Segundo o qual: X – gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei; XI – gestão integrada de resíduos sólidos: conjuntos de ações voltadas para a busca de soluções para resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável. 40 Dessa forma fica claro que enquanto a gestão integrada de RS busca soluções para os rejeitos sempre considerando as dimensões política, econômica, social e ambiental visando o desenvolvimento sustentável o gerenciamento dos RS são as ações diretas ou indiretas nas etapas de coleta, transporte, transbordo e destinação final, ou seja, gestão leva a uma conotação de política, estratégia, já o gerenciamento nos dá uma ideia de execução, operação. No artigo 6º, foram dispostos onze princípios, dentre os quais, para aproximar-se do objetivo dessa revisão, cabe salientar o princípio do reconhecimento de que os RS é reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerando trabalho e renda promovendo a cidadania. Sem esquecer claro que todos os demais princípios também têm o seu elevado grau de importância. Mas, entender esse princípio nos permitirá enxergar oportunidades onde até pouco tempo atrás isso não ocorria. No artigo 7º da PNRS, quinze objetivos foram propostos ao todo, mas é importante frisar o da não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos RS, bem como a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. É interessante esse objetivo, pois com ele pretende-se primeiramente a não geração de resíduos, algo no mínimo impensável nos dias atuais, porém ele nos dá uma segunda opção que é a da redução, isso sim é bem mais plausível. Contudo, ainda estamos na contramão dessa ideia, haja vista que, o consumismo está muito bem consolidado no cotidiano de nossas vidas. Como terceira via, caso não haja ou se mesmo havendo uma redução, temos a proposta da reutilização, que nada mais é do que encontrar uma forma de utilizar esse RS sem a necessidade de transformá-lo em algo totalmente novo. Em sequencia temos a ideia daquela que talvez seja a mais interessante, pois nos dá a oportunidade de transformar o RS em outro produto que necessariamente não precisa ser o mesmo de origem, é uma grande forma de reintroduzirmos no sistema econômico uma parte da matéria e/ou da energia, que se tornaria lixo ficando assim inaproveitada. Essa é a proposta da reciclagem, que é interessante, pois traz muitos benefícios para o objetivo geral, como: diminuir a exploração de recursos naturais, redução da poluição do solo, da água e do ar, melhora a limpeza da cidade e da qualidade de vida dos munícipes, prolonga a vida útil dos aterros sanitários, gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis, reforça o aspecto ambiental da gestão dos RS e exercita uma atitude de 41 respeito com relação a natureza, dentre outros. Por fim, aquilo que sobraria do processo de reciclagem, seria tratado e teria uma disposição final ambientalmente adequada. Outro objetivo que vale ressaltar é o de incentivar a indústria de reciclagem, fomentando o uso de matéria prima de origem reciclada. Esse objetivo pode ser alcançado por meio de políticas públicas adequadas. A Lei de Resíduos Sólidos em seu Artigo 8º estabeleceu alguns instrumentos dos quais objetivam contribuir e auxiliar na solução dos problemas. Todos esses instrumentos que constam na PNRS, são de extrema importância na construção eficaz e eficiente de uma gestão de resíduos, sem esses instrumentos ou a falta de quaisquer partes afetam diretamente em sua qualidade. São eles: I – os planos de resíduos sólidos; II – os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos; III – a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; IV – o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; V – o monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária; VI – a cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestão, reciclagem, reutilização tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos; VII – a pesquisa científica e tecnológica; VIII – a educação ambiental; IX – os incentivos fiscais, financeiros e creditícios; X – o Fundo Nacional de Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; XI – o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR); XII – o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA); XIII – os conselhos de meio ambiente e, no que couber, os de saúde; XIV – os órgãos colegiados municipais destinados ao controle social dos serviços de resíduos sólidos urbanos; 42 XV – o Cadastro Nacional De Operadores De Resíduos Perigosos; XVI – os acordos setoriais; XVII – no que couber, os instrumentos da Política Nacional De Meio Ambiente, entre eles: a) os padrões de qualidade ambiental; b) o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais; c) o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; d) a avaliação de impactos ambientais; e) o Sistema Nacional De Informações sobre Meio Ambiente (SINIMA); f) o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; XVIII – os termos de compromisso e os termos de ajustamento de conduta; XIX – o incentivo à adoção de consórcios ou de outras formas de cooperação entre os entes federados, com vistas à elevação das escalas de aproveitamento e à redução dos custos envolvidos. Os instrumentos supracitados são as ferramentas nos quais os gestores poderão utilizar-se para o desenvolvimento dos trabalhos, obviamente que além destes pode haver muitos outros. Devido à importância do objetivo proposto no inciso II do artigo 7º da Lei 12.305/2010, agora no art. 9º temos as diretrizes aplicáveis aos RS que não obstante volta a priorizar esse objetivo supracitado, mas dessa vez com caráter de plano. São as diretrizes para a não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos RS e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Outra diretriz estabelecida é a incumbência da gestão integrada dos RS ser de responsabilidade dos estados e municípios gerados em seus respectivos territórios, sem prejuízo das competências de controle e fiscalização dos órgãos federais e estaduais do SISNAMA, SNVS e SUASA, Art. 10º. Isso permite a construção de planos com as peculiaridades do local de origem. O Sistema Nacional de Informações sobre Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR) é outra diretriz e articula-se com os sistemas supra, e alimentado pelos 43 estados e municípios com todas as informações necessárias sobre resíduos sob sua esferade competência. Adiante em seu artigo 13º a lei dos Resíduos Sólidos classifica-os em apenas duas formas, sendo quanto sua origem e periculosidade. Pela categoria de sua origem temos os Resíduos Sólidos Urbanos – RSU estes são compostos pelos rejeitos domiciliares e os de serviços de limpeza urbana, originários de varrição de logradouros e limpeza urbana. Existem os resíduos provenientes de estabelecimentos comerciais e de prestadores de serviços, estes se caracterizados como não perigosos, podem por razão de sua natureza, composição ou volume, ser considerado domiciliar consequentemente estar sendo recolhido pelo poder público municipal, se assim o couber. Em contrapartida, temos os RS de serviços de saneamento básico, de indústrias, de serviços de saúde, de construção civil, de agrossilvopastoris, de serviços de transportes, de mineração, são classificações que responsabilizam seus geradores quanto à elaboração de um plano de gerenciamento dos RS, observando sempre as normas e regulamentos específicos para cada classificação acima citada. Vale ressaltar que a não elaboração e a ausência de informação passada para os órgãos competentes de controle e fiscalização pode acarretar em sanções penais e administrativas, previstas na Lei 9.605/1998 – Lei de Crimes Ambientais. A classificação do RS quanto a sua periculosidade, são aqueles provenientes de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcirnogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade apresentado considerável risco a saúde pública ou ambiental, conforme a lei, regulamento ou norma. Existem outras formas de classificação para os RS, e isso é importante, pois a correta caracterização dos mesmos permite um melhor encaminhamento adequado, e consequentemente uma disposição final economicamente viável e compatível em termos ambientais. Devido a essa importância instituições como a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, assim como outras instituíram diferentes formas de classificar os RS conforme a necessidade e peculiaridade. Fato este que a Norma Brasileira - NBR 10.004/2004 foi estabelecida. Nota-se que a lei objeto 44 dessa revisão literária foi estabelecida 6 anos após a criação dessa NBR, isso por si só mostra o quão importante é a caracterização dos RS. Segundo a determinação da NBR 10.004/2004, os rejeitos são classificados em: a) resíduos classe I – Perigosos; b) resíduos classe II – Não perigosos; - resíduos classe II A – Não inertes; - resíduos classe II B – Inertes. Outras possibilidades de classificação também podem ser observadas conforme a conveniência de cada finalidade. Por exemplo, a classificação segundo a atividade que os produziu, pelo grau de biodegradabilidade, pela forma de operacionalização dos serviços de coleta ou ate mesmo os RS provenientes do setor sanitário, conforme determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em sequencia a política resolve em seu capitulo II, dos planos de resíduos sólidos, estabelecendo que o mesmo seja dividido em plano nacional, regional, estadual, intermunicipal, municipal e do gerenciamento dos RS. 3.1 GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é a maneira de conceber, implementar e administrar sistemas de limpeza pública considerando uma ampla participação dos setores da sociedade sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade do desenvolvimento é vista de forma abrangente, envolvendo as dimensões ambientais, sociais, culturais, econômicas, políticas e institucionais. Isso significa articular políticas e programas de vários setores da administração e vários níveis de governo, envolver o legislativo e a comunidade local, buscar garantir os recursos e a continuidade das ações, identificar tecnologias e soluções adequadas à realidade local. 45 Especificamente com relação aos resíduos sólidos, as metas são reduzir ao mínimo sua geração, aumentar ao máximo a reutilização e reciclagem do que foi gerado, promover o depósito e tratamento ambientalmente saudável dos rejeitos e universalizar prestação dos serviços, estendendo-os a toda a população. Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos no que diz respeito aos Planos de Resíduos Sólidos em sua seção IV, tem-se. Art. 18. A elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, nos termos previstos por esta lei, é condição para o Distrito Federal e os municípios terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade. § 1º Serão priorizados no acesso aos recursos da União referidos no caput os municípios que: I – optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, incluída a elaboração e implementação de plano intermunicipal, ou que se inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos referidos no § 1º do art. 16; II – implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda. § 2º Serão estabelecidas em regulamento normas complementares sobre o acesso aos recursos da União na forma deste artigo. Conforme o que foi citado, os planos vieram para colocar em prática a gestão dos RS de forma adequada em relação ao desenvolvimento sustentável. A união estabeleceu que o acesso aos seus recursos fossem dada aos municípios que dessem prioridade em optar na elaboração de soluções consorciadas entre municípios, assim, teria um maior agilidade no controle de seus recursos e tornaria o processo mais econômico e também à aqueles municípios que implantarem a coleta seletiva com participação de associações de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis (geração de renda e emprego). É notório que desde a criação da lei nos avançamos em seu objetivo, contudo, ainda estamos avançando muito timidamente. 46 Assim, foi determinada no artigo 19 da Lei que a gestão intergrada de residuos tivessem alguns conteudos mínimos para sua correta funcionalidade, como se segue: Art. 19. O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo: I – diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território, contendo a origem, o volume, a caracterização dos resíduos e as formas de destinação e disposição final adotadas; II – identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, observado o plano diretor de que trata o § 1o do art. 182 da Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver; III – identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros municípios, considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de prevenção dos riscos ambientais; IV – identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de gerenciamento específico nos termos do art. 20 ou a sistema de logística reversa na forma do art. 33, observadas as disposições desta lei e de seu regulamento, bem como as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; V – procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a Lei no 11.445, de 2007; VI – indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos; VII – regras para o transporte e outras etapas do gerenciamentode resíduos sólidos de que trata o art. 20, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Política Nacional de Resíduos Sólidos Sisnama e do SNVS e demais disposições pertinentes da legislação federal e estadual; VIII – definição das responsabilidades quanto à sua implementação e operacionalização, incluídas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder público; IX – programas e ações de capacitação técnica voltados para sua implementação e operacionalização; X – programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos; XI – programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se houver; XII – mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos resíduos sólidos; 47 XIII – sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços, observada a Lei nº 11.445, de 2007; XIV – metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada; XV – descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; XVI – meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local, da implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20 e dos sistemas de logística reversa previstos no art. 33; XVII – ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de monitoramento; XVIII – identificação dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos, incluindo áreas contaminadas, e respectivas medidas saneadoras; XIX – periodicidade de sua revisão, observado prioritariamente o período de vigência do plano plurianual municipal. § 1º O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos pode estar inserido no plano de saneamento básico previsto no art. 19 da Lei no 11.445, de 2007, respeitado o conteúdo mínimo previsto nos incisos do caput e observado o disposto no § 2º , todos deste artigo. § 2º Para municípios com menos de vinte mil habitantes, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos terá conteúdo simplificado, na forma do regulamento. § 3o O disposto no § 2o não se aplica a Municípios: I - integrantes de áreas de especial interesse turístico; II - inseridos na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional; III - cujo território abranja, total ou parcialmente, Unidades de Conservação. § 4o A existência de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não exime o Município ou o Distrito Federal do licenciamento ambiental de aterros sanitários e de outras infraestruturas e instalações operacionais integrantes do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos pelo órgão competente do Sisnama. § 5o Na definição de responsabilidades na forma do inciso VIII do caput deste artigo, é vedado atribuir ao serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos a realização de etapas do gerenciamento dos resíduos a que se refere o art. 20 em desacordo com a respectiva licença ambiental ou com normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS. 48 § 6o Além do disposto nos incisos I a XIX do caput deste artigo, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos contemplará ações específicas a serem desenvolvidas no âmbito dos órgãos da administração pública, com vistas à utilização racional dos recursos ambientais, ao combate a todas as formas de desperdício e à minimização da geração de resíduos sólidos. § 7o O conteúdo do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos será disponibilizado para o Sinir, na forma do regulamento. § 8o A inexistência do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não pode ser utilizada para impedir a instalação ou a operação de empreendimentos ou atividades devidamente licenciados pelos órgãos competentes. § 9o Nos termos do regulamento, o Município que optar por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, assegurado que o plano intermunicipal preencha os requisitos estabelecidos nos incisos I a XIX do caput deste artigo, pode ser dispensado da elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos. O PGRS propriamente dito estabelece o seu conteúdo mínimo quando da sua elaboração por parte dos gestores. É fundamental que esse plano seja realizado em sua totalidade, sem omissão de informações e que tenha a participação de todos as partes envolvidas com a proposta. O gerenciamento dos RS, conforme esclarecido anteriormente é a parte, no qual ela nos estabelece quem são os atores responsáveis pela sua elaboração e de como os mesmos irão elaborá-los. É importante frisar aqui, que a lei atrela o PGRS ao licenciamento ambiental, ou seja, na obtenção da licença o empreendedor fica obrigado a elaborar um plano condizente com sua atividade. Isso é de extrema importância, pois a obrigatoriedade permite que as informações sejam transmitidas aos órgãos reguladores e que o empreendimento seja estudado integramente para a obtenção da licença. Quanto às responsabilidades, a lei deixa claro que sem a participação efetiva do poder público, do setor empresarial, e da coletividade não haverá a observância da política, nem das diretrizes, e regulamentos. Essa iniciativa permite que todos obtenham certo grau de comprometimento. A lei por ela mesma não é solução para todos os problemas. As pessoas físicas e jurídicas geradoras de resíduos são responsáveis pela elaboração e implementação do PGRS. Contudo, os geradores de RS domésticos 49 ficam isentos dessa responsabilidade quando da disponibilização para a coleta ou, nos casos abrangidos pelo art. 33, com a devolução. Outro termo muito interessante e abordado com destaque dentro da política é o da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, nela fica estabelecido que todos os fabricantes, importadores, distribuidores, e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana são responsáveis. Dentre os objetivos propostos pelo conceito vale citar o da reutilização, o de reduzir a geração de RS e de incentivo a boas práticas de responsabilidade socioambiental. A importância fica evidente quando da criação de outras ferramentas que tendem a fortalecer o conceito, como exemplo, a divulgação de informações relativas às formas de evitar, reciclar e eliminar os RS associados a seus respectivos produtos e do recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após o uso, (provenientes de produto de logística reversa). O conceito da logística reversa é outro mecanismo utilizado para a redução de matéria prima de origem natural e também de resíduos que poderiam ir para uma destinação final e consequentemente prolongando a vida útil de aterros sanitários, assim fica clara a importância desse mecanismo. Devido a isso, a logística reversa tem sua obrigatoriedade estabelecida no art. 33, deixando tal responsabilidade a cargo dos fabricantes, importadores, distribuidores, e comerciantes de: Agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes, produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Para tanto, tais responsáveis devem assegurar a implantação
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