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6 HEMORRAGIAS DIGESTIVAS

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TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
6. HEMORRAGIAS 
DIGESTIVAS 
 
- aparecem com certa frequência em prontos 
atendimentos 
 
- podem regredir de forma espontânea 
 
- paciente chega dizendo que teve episódio e 
hematêmese 
- pacientes que tenham bebido muita água, podem “diluir” 
o sangue, e parecer que a hematêmese foi de grande 
volume > quantificar hematêmeses é difícil 
- sangue digerido com saída do ânus > aspecto de borra 
de café, denominado melena 
- sangue em volta ou no meio das fezes > hematoquezia 
- sangue oculto > a perda do sangue é muito lenta >> 
paciente pode ter anemia 
- do intestino delgado pra baixo > sai pelo ânus 
 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
- o ângulo de Treitz é a referência para determinar se se 
trata de uma hemorragia digestiva alta ou baixa 
 > ângulo formado pela junção do duodeno com o 
jejuno; responsável por fixar o intestino e tem a função de 
limitar o trato gastrointestinal superior 
> também chamado de flexura duodenojenunal, é 
composto pelo encontro das porções intestinais, duodeno 
e jejuno 
- a partir da história do paciente deve-se avaliar o volume 
(para avaliar o grau de perda sanguínea e identificar 
choques) e deve-se tentar chegar a um diagnóstico 
 > hemorragia digestiva alta > chega com o 
endoscópio 
 > hemorragia digestiva baixa > chega com o 
colonoscópio 
 > exames contrastados chegam ao ID > na maioria 
das vezes é necessário exames de imagem para avaliar 
essa porção 
- obs: há 4 grandes fatores de risco para o 
desenvolvimento de HDA em pacientes com doença 
ulcerosa péptica (que é a maior causa de HDA): 
 > uso de AINEs (mais frequente em úlceras 
gástricas) 
 > infecção por H. pylori (mais frequente em 
úlceras duodenais) 
 > estresse 
 > acidez gástrica 
 
- perda de sangue > organismo tenta manter a pressão – 
primeira ação: taquicardia – organismo aumenta a FC 
para aumentar a pressão 
- em seguida, ocorre vasoconstrição periférica > 
organismo tenta preservar cérebro, coração e rins || pele 
fica pálida em decorrência desse desvio sanguíneo 
- paciente fica com pele pálida, fria e com sede 
 - em seguida, começa haver diminuição da 
eliminação de urina > visando a manutenção de volemia 
no organismo >> oligúria 
 - após, o paciente começa fazer vasoconstrição 
que impede funcionamento renal, hepático, cardíaco >> se 
há queda na volemia cerebral >> sintomas neurológicos – 
queda do nível de consciência 
 - em seguida, pode ocorrer falência cardíaca 
 
- paciente possui manifestação de hemorragia, mas não 
possui manifestações clínicas de hipovolemia 
 
- astenia, fraqueza, falta de ânimo 
- sintomas aparecem na emergência com sintomas de 
anemia e busca-se uma causa e pode-se encontrar 
sangue oculto 
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- esôfago, varizes esofagianas, lesões de estômago 
- Síndrome de Mallory-Weiss: também conhecida como 
Síndrome da laceração gastroesofágica – sangramento 
de lacerações das paredes na junção do estômago com o 
esôfago induzidos por ataques de tosse ou vômitos 
 
 
- uso de AINEs: voltaren (diclofenaco sódico), cataflan 
(diclofenaco potássico), aspirina (AAS), profenid 
(cetoprofeno) 
- 75mg de aspirina já geram lesão 
- podem aumentar acidez gástrica, que aumenta chances 
de doenças gástricas e sangramentos 
 
- mucosa fica enrugada, faz uma inflamação > ocorre 
maior liberação de ácido gástrico, a barreira não 
consegue neutralizar o ácido >> ocasiona dispepsia no 
paciente 
- o H. pylori potencializa o efeito da acidez estomacal 
 
- descontrole entre fatores protetores da mucosa e 
produção de ácido clorídrico e de pepsina 
 
- geralmente: dor em queimação em região epigástrica 
que melhora após a alimentação >> o alimento faz uma 
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barreira a mais entre a mucosa e a luz, o que diminui o 
efeito do ácido na mucosa duodenal 
 - piora ao uso de AAS 
- sinais de baixo débito: hipotenso, pálido, frio 
- abdome em tábua ocorre na presença de perfuração 
- ao Rx > pode haver pneumoperitônio >> ar fora 
da alça e fora do estomago 
- dificuldade de passagem de alimento do estomago ao 
duodeno > obstrução – vômitos 
- o exame físico inclui toque retal e avaliação das 
características do aspirado da sonda nasogástrica 
 
- paciente deve receber soro 
- paciente muito descorado, com grande perda sanguínea 
> transfusão sanguínea >> O- se não obtiver o fator 
sanguíneo 
- padrão ouro: endoscopia >> deve-se colher biópsia para 
avaliar displasias que provocam sangramento, se há 
neoplasia, se há H. pylori 
- deve-se oferecer medicamentos para inibir a produção 
de ácido no estômago (que piora a dor) – antiácidos – 
hidróxido de alumínio (lantaplus, milantaplus) >> 
neutraliza o ácido 
 > cora toda a mucosa gástrica > não pode ser 
dada antes de se fazer a endoscopia 
- o H. pylori piora a dispepsia >> fazer antibióticoterapia 
(amoxicilina) 
 
- endocópio rígido, utilizado anteriormente à atualidade 
 
- fibras endoscópicas flexíveis > forma atual de exame de 
endoscopia 
 
- UD: úlceras duodenais 
- UG: úlceras gástricas 
- UP: úlceras pépticas 
- tratamento: dieta – retirar alimentos ácidos: café, 
refrigerante, bebidas alcóolicas, abacaxi, laranja || esses 
alimentos aumentam a acidez gástrica 
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- geralmente o paciente apresenta distensão abdominal, 
visto que a absorção do alimento é demorada, lentificada 
- úlceras recorrentes podem gerar CA de estômago e de 
duodeno 
 > podem desencadear perfuração de estômago, 
duodeno e pâncreas >> produção de pancreatite aguda 
(ocorre digestão do pâncreas) 
 
- ranitidina, omeprazol, pantoprazol > inibidores de 
bombas de prótons 
- antibioticoterapia > tratamento de H. pylori 
- suspensão de AINEs (ex: voltaren, cataflan, AAS) 
- suspensão de corticoides (bronquite aguda, 
reumatismo) > corticóides estimulam sangramentos da 
parede digestória 
- elevar o pH com uso de antiácidos 
 
- inibidores de bombas de prótons: ranitidina e omeprazol 
- antiheméticos ou medicamentos que melhora o trânsito 
no trato digestório > bromoprida e metoclopramida 
- metoclopramida (plasil) > sensação de morte 
iminente por ativação >> deve ser diluído em grande 
quantidade de soro fisiológico para evitar o efeito 
extrapiramidal 
- vit. K (Kanakion) diminui quantidade de hemorragias > 
antagonista de sangramentos 
- transfusões de plasma fresco (que possui os fatores de 
coagulação) podem ser administrados 
 
- cirrose hepática pode promover o surgimento de 
varizes esofagianas 
- tratamento precoce: acompanhamento e durante uma 
manobra de endoscopia – esclerosar ou cauterizar essas 
varizes esofagianas 
- hipertensão portal: cirrose, hepatite >> gera alteração 
no sistema pulmonar e dilatação dos vasos esofagianos 
 
- visualização de cordões de botões varicosos || a mucosa 
deveria ser lisa 
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- última foto: hemorragia digestiva em curso > difícil 
realizar a esclerose quando a hemorragia estiver em 
curso 
 
- mesmo sistema é utilizado em hemorroidas 
 
- se o estancamento não for possibilitado por via 
tradicional, pode ser realizado por meio dessa sonda que 
possui 2 balões (um gástrico e um esofágico) >> passada 
por via nasal, descida até que a ponta fique na ponta do 
nariz > insufla-se o balão gástrico para que se aloje no 
fundo do estômago, de modo a comprimir as veias no 
fundo gástrico >> em seguida, insufla-se o balão 
esofagiano com pressão de 100mmHg > fecha-se as 
extensões externas onde se injetou o ar > há compressão 
dos vasos sanguíneos e cessação das hemorragias 
- glicemia pode cair muito em casos de hemorragia > 
indivíduo pode ter perda do nível de consciência, com 
risco de aspiração brônquica || hipoglicemia + queda no 
nível de consciência >> aspiração brônquica 
 
- a transição esôfago-estômago deveria estar mais acima>> mas há uma hérnia e o indivíduo pode ter laceração 
 
- 1. Normal 
- 2. Hérnia que se desloca para o tórax 
- 3. Hérnia paraesofágica 
 
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- sangramentos relacionados por escoriações >> comum 
em pacientes que vomitam muitas vezes e geram esses 
sangramentos 
- pacientes podem chegar a chocar por causa desse 
sangramento 
 
- lesão do esôfago com hemorragia subsequente 
 
- importante saber a origem do sangramento > hepatite, 
cirrose, úlceras gástricas, úlceras duodenais, 
hematêmese gravídica (pode gerar Mallory-Weiss) 
- paciente pode ter sinais de choque hipovolêmico > tto 
emergencial 
- pacientes com hipertensão portal (hepatite, cirrose, 
esquistossomose) 
- ascite é comum em pacientes cirróticos 
 
- endoscopia e colonoscopia, a depender do que se 
suspeita 
- arteriografia pode ser solicitada para se buscar o local 
do sangramento > pode ser utilizado contraste 
- obstruções e perfurações (pneumoperitônio) de alças 
intestinais podem ser verificadas por Rx 
 
- hemorragias maciças > paciente deve ficar internado 
- dieta nula no início do tto (dieta estimula liberação de 
ácido, o que prejudica a evolução positiva da situação) > 
depois que se tem o diagnóstico, pode-se fazer uso de 
antiácidos e voltar à dieta oral 
 
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- classificação do choque hemorrágico (grau I a grau IV) 
>> grau IV paciente perdeu mais de 40% de seu volume 
sanguíneo 
- pacientes com úlceras geralmente têm pouca perda 
sanguínea > passar cristaloides (soro fisiológico ou 
Ringer Lactato >> objetivo de manter a pressão > 
100mmHg) || obs: de 1 a 2L – reposição exacerbada pode 
aumentar o sangramento e deve ser evitada0 
- perda maciça – paciente está chocado 
 
 
 
- enterorragia (sangue vivo nas fezes), hematoquezia, 
manchas de sangue nas fezes 
- indicado colonoscopia 
- HDB – deve-se identificar a lesão por meio de 
colonoscopia 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
 > hemorragias baixas têm várias possibilidades 
de HD 
 > mais comum: diverticulose > herniações entre 
mucosa e camada muscular que provocam sangramento 
> dor em FIE e alteração do trânsito intestinal 
- cólon irritável > paciente apresenta muita diarreia 
- corpos estranhos introduzidos pela via anal podem 
causar ulcerações, perfurações ou lesões de mucosa que 
podem gerar sangramentos 
- pacientes que passaram por radioterapia para 
neoplasias podem desenvolver retites actínica > reto fica 
sem elasticidade e apresenta lesões erosivas na mucosa 
- HDB pode se manifestar de inúmeras formas: 
 > sangramento oculto 
 > melena 
 > fezes de cor marrom 
 > enterorragia 
 > hematoquezia 
 
 
 
 
- pólipos podem sangrar quando ficam “pendurados” 
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- EXAMES COMPLEMENTARES: 
- hemograma, plaquetas, coagulação, função renal, 
hepática, eletrólitos, teste rápido para HIV e tipagem 
sanguínea 
- endoscopia digestiva alta deve ser realizada quando há 
enterorragia com instabilidade hemodinâmica, melena, 
se houver sangue no aspirado gástrico ou os achados 
clínicos são sugestivos de HDA 
- a colonoscopia é o melhor método no OS para 
diagnóstico e tratamento inicial das HDB >> o paciente 
deve estar hemodinamicamente estável antes do seu 
início 
- DD: substancias que coram as fezes (sulfato ferroso, 
bismuto, beterraba); HDA

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