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CERÂMICAS ODONTOLÓGICAS “As cerâmicas dentais são conhecidas pela sua excelência em reproduzir artificialmente os dentes naturais. No século XVIII foi empregada pela primeira vez na Odontologia como dente artificial para próteses totais. A partir do século XX passou a ser utilizada para a confecção de restaurações metalo cerâmicas e mais recentemente, com o aprimoramento da tecnologia cerâmica, surgiram as restaurações livres de metal. As cerâmicas têm apresentado rápida evolução em âmbito científico com o intuito de melhorar suas propriedades físicas e mecânicas para suprir as necessidades estéticas que são cada vez mais exigidas pela sociedade moderna. Nesse contexto, é preciso conhecer cada sistema cerâmico disponível atualmente no mercado, desde suas principais características até suas limitações, para saber indicá-lo de modo correto em cada situação clínica específica.” HISTÓRIA Histórico – Busca pela estética Desde o fim da idade da pedra (10.000 a.C) Marfim ou osso (700 a.C) George Washington ( aprox.1780) Histórico 1 ª porcelana dentária – Chemant & Duchateau (1789) Charles Land – 1ª Coroa de cerâmica (1903) Porcelanas Feldspáticas – (1960) Histórico 1 ª porcelana dentária – Chemant & Duchateau (1789) Charles Land – (1903) Porcelanas “Em 1774 o francês Alexis Duchateau, insatisfeito com sua prótese total confeccionada com dentes de marfim, decidiu trocá-las por novas próteses de cerâmica, por verificar a durabilidade e resistência ao manchamento e a abrasão deste material quando utilizado em utensílios domésticos. Com o auxílio de Nicholas Dubois de Chemant, a arte das cerâmicas foi introduzida na Odontologia. “ HISTÓRIA O que podemos fazer com as cerâmicas em odontologia? Coroas unitárias Casquetes cerâmicos Pontes metálico-cerâmicas Lentes de contato dentais e facetas Blocos cerâmicos Fragmentos cerâmicos Próteses múltiplas sobre implantes - Protocolo Coroas cerâmicas unitárias sobre implantes Cerâmicas Biocompatibilidade Estabilidade de cor a longo prazo Durabilidade Resistência ao desgaste Altamente estética C A R A C T E R Í S T I C A S Vantagens: Estética; Baixa Condutibilidade térmica e elétrica; Alta resistência à compressão e desgastes; Radiopacidade semelhante ao dos dentes; Biocompatibilidade ( quimicamente inertes e lisura superficial). Desvantagens (GERAIS): Friabilidade; Potencial de desgaste dos antagonistas; Custo. Cerâmicas odontológicas Sistemas de classificação Método de confecção Composição Utilização Cerâmicas odontológicas 1. Método de confecção Sinterização Prensagem Infiltração Fresagem SINTERIZAÇÃO Processo de aquecimento das partículas adequadamente condensadas com o objetivo de promover a união entre estas. PRENSAGEM Pastilhas cerâmicas são submetidas a altas temperaturas e passam do estado sólido para o líquido em seguida são prensadas e levadas para uma mufla, onde existe o dente encerado e a cêra derretida é substituida por cerâmica. INFILTRAÇÃO A cerâmica In-Ceram (Vita Zahnfabrik, Bad Sackingen, Alemanha) foi desenvolvida visando melhorar os problemas relacionados com a resistência a fratura e tenacidade. Sua composição consiste em 2 fases tridimensionais interpenetradas: uma fase de alumina (óxido de alumínio) e uma fase vítrea (à base de óxido de lantânio), sendo sua confecção baseada em alumina porosa que, posteriormente, é infiltrada por vidro. FRESAGEM Um bloco cerâmico é reduzido através de cortes com brocas (fresados), num sistema CAD/CAM. ATENÇÃO FRESAGEM É DIFERENTE DE IMPRESSÃO 3D. FRESADORA DOS SISTEMAS CAD/CAM SÃO DIFERENTES DE IMPRESSORAS 3D. Classificação 2. Quanto à Composição: Feldspáticas Vidros ceramizados Aluminizadas Zircônias Porcelanas feldspáticas Composição Feldspato – 78 a 85% Quartzo (Sílica) – 12 a 22% Kaolin (Argila) – 3 a 4% Porcelanas feldspáticas - Indicações Coroas metalo-cerâmicas unitárias (anterior e posterior ) sobre dentes ou implantes Pontes fixas metalo-cerâmicas sobre dentes ou implantes Coroas e pontes metal-free (sobre sub-estrutura cerâmica não feldspática) sobre dentes ou implantes Inlays, Onlays e Facetas (sem sub-estrutura) Vantagens Equipamentos simples (forno e pincéis) Proporciona excelentes qualidades óticas Pode ser condicionada por ácido (fluorídrico 10%) Porcelanas feldspáticas Ácido gravável Desvantagens É a cerâmica mais frágil (friável) Restaurações de cobertura total necessitam de sub-estrutura Restaurações parciais só podem ser ajustadas após a cimentação Porcelanas feldspáticas Resistência Translucidez Resistência Translucidez Vidros ceramizados Aluminizadas Zirconia Feldspáticas Protocolo de cimentação – In(on)lays / Facetas em porcelana feldspática Tratamento da peça: Jateamento com óxido de alumínio Condicionamento com ácido fluorídrico 10% (1:30 a 2 minutos) Lavagem abundante Aplicação do silano Aplicação do adesivo (opcional) – Não fotopolimerizar Feldspáticas Vidros ceramizados Aluminizadas Zircônias FELDSPÁTICA LEUCITA DISSILICATO DE LITIO ALUMINIZADA ZIRCÔNIA Cobertura SIM SIM SIM NÃO NÃO Subestrutura NÃO NÃO SIM SIM SIM Ácido gravável SIM SIM SIM NÃO NÃO Cimentação Adesiva Adesiva Adesiva de preferência Qualquer cimento Qualquer cimento Translucidez Alta Alta Média Média-baixa Baixa Resistência 60-80 Mpa 120 Mpa 350-400 Mpa 250-700 Mpa 900-1200 Mpa Classificação Quanto à Composição: Feldspáticas Vidros ceramizados Aluminizadas Zircônias Vidros ceramizados Nesses sistemas utiliza-se a técnica da cêra perdida, onde pastilhas de vidro pré-ceramizadas na cor desejada são derretidas e injetadas sob pressão dentro do material de revestimento ou elas são fresadas em sistemas CAD/CAM Empress, Empress 2, E-max press, Optec, Dicor, OPC Dissilicato de lítio 350-400Mpa Porcelana feldspática reforçada com leucita 120 Mpa Vidros ceramizados Evolução Empress Empress 2 E-max Press Vidros ceramizados Maquiagem Consiste na pintura superficial da restauração após sua remoção do revestimento Estratificação É feita uma subestrutura deste material e sobre ele aplicada porcelana feldspática Cut-back É feito um desgaste da forma final da restauração e sobre ela aplicada a porcelana feldspática Vidros ceramizados Indicações: Coroas unitárias Inlays, onlays e facetas Próteses fixas anteriores de até 3 elementos Vidros ceramizados Vantagens: Pode ser ácido gravada Permite a prova e ajuste de restaurações antes da cimentação Ótima adaptação marginal Porcelanas aluminizadas Utilizadas como sub-estrutura Vantagens Maior resistência compressiva e flexural Podem ser cimentadas com cimentos de fosfato de zinco, ionômero de vidro ou resinoso In Ceram, Procera Alumina Porcelanas aluminizadas Desvantagens Menor translucidez Não são condicionáveis por ácido fluorídrico In Ceram, Procera Alumina Porcelanas aluminizadas Sistema In Ceram Spinell Alumina Zircônia ALUMINIZADAS In ceram Spinell In ceram Alumina In Ceram Zirconia Resistência 250 Mpa 400 Mpa 700 Mpa Coroas anteriores Sim Sim Não Coroas posteriores Não Sim Sim PPF Anteriores Não Sim (3 elementos) Sim PPF Posteriores Não Não Sim (3 elementos) Ácido gravável Não Não Não Translucidez Alta Média-baixa Opaca Zircônia pura densamente sinterizada Vantagens Alta resistência flexural Próteses fixas extensas sobre dentes e implantes (até 14 elementos) Altamente biocompatível Alta radiopacidade Ótima adaptação marginal Zircônia pura densamente sinterizada Desvantagens Alta dureza ao corte Não é condicionável por ácido (adesão crítica) Baixa translucidez Cercon – Dentsply Lava – 3M Procera – Nobel Biocare Neoshape – Neodent Cubo Entre outros… Sistemas CAD CAM
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