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pré vest - 30 - agosto-2021

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PRÉ -VESTIBULAR EXTENSIVO
LISTA DE EXERCÍCIOS
LITERATURA-ROMANTISMO
PROFESSORA :JACQUELINE DE SOUZA
1) Texto I
 (...)
 Esta noite eu ousei mais atrevido, nas telhas que estalavam nos meus passos, ir espiar seu venturoso sono, vê-la mais bela de Morfeu nos braços! Como dormia! que profundo sono!... Tinha na mão o ferro do engomado... Como roncava maviosa e pura!... Quase caí na rua desmaiado!
(...)
 (Alvares de Azevedo, “É ela! É ela! É ela! É ela!”)
Texto II
  Angeli, Folha de São Paulo, 25.041993
http://poemasemetaforas.blogspot.com.br/2014/02/
Os dois textos são exemplificativos de diferentes gêneros textuais, mas têm, como característica que os aproxima,
A) a desconstrução irônica dos ideais românticos.
B) a prevalência dos aspectos emotivos sobre os racionais.
C) a ótica idealizada da figura feminina por parte do homem. 
D) a demonstração das posturas intimistas da mulher.
E) a afirmação de posturas de preocupação e solidariedade.
2) PREFÁCIO
São os primeiros cantos de um pobre poeta. Desculpai-os. As primeiras vozes do sabiá não têm a doçura dos seus cânticos de amor.
É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem flores; uma coroa de folhas, mas sem viço.
Cantos espontâneos do coração, vibrações doridas da lira interna que agitava um sonho, notas que o vento levou, – como isso dou a lume essas harmonias.
São as páginas despedaçadas de um livro não lido...
E agora que despi a minha musa saudosa dos véus do mistério do meu amor e da minha solidão, agora que ela vai seminua e tímida por entre vós, derramar em vossas almas os últimos perfumes de seu coração, ó meus amigos, recebei-a no peito, e amai-a como o consolo que foi de uma alma esperançosa, que depunha fé na poesia e no amor – esses dois raios luminosos do coração de Deus.
AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. In: Obra completa. Organização de Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000. p. 120.
Se ao invés de usar períodos compostos como em “É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem flores; uma coroa de folhas, mas sem viço.”, o autor tivesse escolhido períodos simples: “É uma lira sem cordas. É uma primavera sem flores. É uma coroa de folhas sem viço.”, a imagem construída a respeito de sua obra não seria a mesma, porque
A) o pressuposto produzido pelo uso do termo sem indica a impossibilidade de os poemas retratarem a completude das coisas do mundo.
B) a oposição entre os objetos naturais e os produzidos pelo homem autoriza a interpretação de que a natureza seja a musa inspiradora dos poemas.
C) o subentendido produzido pelo uso do mas leva o leitor ao entendimento de que a obra é comparada a produções rudimentares
D) a contradição marcada pelo uso do mas permite a compreensão de que a essência das coisas se mantém mesmo quando lhes falta o atributo principal.
E) a antítese instaurada na comparação entre realidade e ficção produz a ideia de que a poesia deva realçar a aparência das coisas
3) De tanta inspiração e tanta vidaQue os nervos convulsivos inflamavaE ardia sem conforto...O que resta? uma sombra esvaecida, sem ânimo, sem alma
Um triste que sem mãe agonizava...Resta um poeta morto!Morrer! e resvalar na sepultura.Frias na fronte as ilusões no peito
Quebrado o coração!Nem saudades levar da vida impuraOnde arquejou de fome... sem um leito!
Em treva e solidão!Tu foste como o sol; tu pareciasTer na aurora da vida a eternidadeNa larga fronte escrita...Porém não voltarás como surgias!Apagou-se teu sol da mocidadeNuma treva maldita!
(Álvares de Azevedo – “Um Cadáver de Poeta” – Lira dos vint’anos, 1853)
Assinale a alternativa incorreta a respeito do poema acima transcrito:
A) a pontuação revela o estado de espírito do eu-poético;
B) os versos apresentam a temática da morte de maneira piedosa;
C) a postura ultrarromântica disfarça o humour impregnado de spleen;
D) ocorre o predomínio da função emotiva da linguagem;
E) O eu-poético está dividido entre a alegria do passado e a tristeza do presente.
4) “Teu romantismo bebo, ó minha lua,A teus raios divinos me abandono,Torno-me vaporoso… e só de ver-teEu sinto os lábios meus se abrir de sono.”
(Álvares de Azevedo, “Luar de verão”, Lira dos vinte anos)
Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico manifesta a:
A) ironia romântica.
B) tendência romântica ao misticismo.
C) melancolia romântica.
D) aversão dos românticos à natureza.
E) fuga romântica para o sonho.
5) Texto I:
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda.
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!
Texto II:
Deixem-se de visões, queimem-se os versos.
O mundo não avança por cantigas.
Creiam do poviléu os trovadores
Que um poema não val meia princesa.
Texto III:
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
(Álvares de Azevedo)
Os versos acima apresentam, respectivamente, as seguintes características da obra de Álvares de Azevedo:
A) Nacionalismo- ironia- byronismo.
B) Byronismo-indianismo-religiosidade.
C) Ironia-byronismo-idealização amorosa.
D) Idealização amorosa-ironia-byronismo.
E) Indianismo-religiosidade-ironia.
6) Inspirado pela literatura de Lord Byron e Musset, Álvares de Azevedo impregnou suas poesias com ares _______e _______e com ideias de autodestruição, morte, dor e de uma visão de amor _______________. Além disso, seus poemas de temáticas de frustração e sofrimento ganham um ar melancólico por lembranças da infância, da mãe e da irmã.
A) Sarcásticos; irônicos; irreal e idealizado.
B) Nacionalistas; indianistas; carnal e objetivo.
C) Críticos; antiescravagista; irreal e idealizado.
D) Religiosos; indianistas; carnal e objetivo.
E) Infantis; ingênuos; irreal e idealizado.
7) O fragmento do poema abaixo pertence à segunda parte da obra “Lira dos vinte anos”, de Álvares de Azevedo. Leia-o:
É ela! É ela! É ela! É ela!É ela! É ela! – murmurei tremendo,E o eco ao longe murmurou – é ela!Eu a vi – minha fada aérea e pura –A minha lavadeira na janela![...]Esta noite eu ousei mais atrevidoNas telhas que estalavam nos meus passosIr espiar seu venturoso sono,Vê-la mais bela de Morfeu nos braços![...]Afastei a janela, entrei medroso:Palpitava-lhe o seio adormecido...Fui beijá-la... roubei do seio delaUm bilhete que estava ali metido...Oh! Decerto... (pensei) é doce páginaOnde a alma derramou gentis amores;São versos dela... que amanhã decertoEla me enviará cheios de flores...[...]É ela! é ela! – repeti tremendo;Mas cantou nesse instante uma coruja...Abri cioso a página secreta...Oh! Meu Deus! era um rol de roupa suja!
A partir da leitura, analise as afirmativas que se seguem e assinale a alternativa correta:
A) No poema, a imagem da virgem sonhadora é simbolizada pela lavadeira, uma forma de denunciar os problemas sociais.
B) No poema, dizendo-se apaixonado, o eu lírico retira do seio da amada uma lista de roupa, que imaginara ser um bilhete de amor, o que demosntra uma forma melancólica de expressar a grandeza das relações humanas e representar a concretização do amor.
C) O emprego de termos elevados em referência à lavadeira, tais como “fada aérea e pura”, é um fator que reforça o riso por associar a lavadeira a uma musa inspiradora e exaltadora da paixão.
D) O poema, no conjunto das estrofes transcritas, revela tédio e melancolia. Esses sentimentos são reforçados pelo murmúrio do eulírico, “É ela! É ela!”, ao visualizar sua amada.
E) A figura da lavadeira no poema é a de uma mulher com a qual se pode realizar o amor carnal. Dessa maneira, o poema se insere em um dos ideias românticos de idealização da mulher.
8) Desânimo (Álvares de Azevedo)
Estou agora triste. Há nesta vida Páginas torvas que se não apagam, Nódoas que não se lavam... se esquecê-las De todo não é dado a quem padece... Ao menos resta ao sonhador consolo No imaginar dos sonhos de mancebo! Oh! voltai uma vez! eu sofro tanto! Meus sonhos, consolai-me!distraí-me! Anjos das ilusões, as asas brancas As névoas puras, que outro sol matiza. Abri ante meus olhos que abraseiam E lágrimas não tem que a dor do peito Transbordem um momento... E tu, imagem, Ilusão de mulher, querido sonho, Na hora derradeira, vem sentar-te, Pensativa e saudosa no meu leito! O que sofres? que dor desconhecida Inunda de palor teu rosto virgem? Por que tu'alma dobra taciturna, Como um lírio a um bafo d'infortúnio? Por que tão melancólica suspiras?
(...)
Os versos acima transcritos tipificam a nossa segunda geração romântica. Tais versos têm como um de seus elementos  
A) a constatação da hora da morte como desejada solução para o intenso sofrimento experimentado em vida.
B) a aversão aos elementos da natureza, marcada pela total ausência de menções por parte do eu lírico.
C) o extremo egocentrismo que provoca, no eu lírico, a postura de recusa a qualquer sentimento de tristeza.  
D) a imagem da mulher amada construída de forma onírica, em processo de idealização.
E) o tom irônico da menção à vida como reduto do sofrimento, do vício e da decadência espiritual.
9)                            I                       Solidão
 Nas nuvens cor de cinza do horizonte A lua amarelada a face embuça; Parece que tem frio e, no seu leito, Deitou, para dormir, a carapuça. Ergueu-se... vem da noite a vagabunda Sem xale, sem camisa e sem mantilha, Vem nua e bela procurar amantes... — É doida por amor da noite a filha. As nuvens são uns frades de joelhos, Rezam adormecendo no oratório... Todos têm o capuz e bons narizes E parecem sonhar o refeitório.
Os versos acima são característicos da fase irônica de Álvares de Azevedo já que:
A) De forma metalinguística, criticam o próprio fazer poético;
B) Ridicularizam a igreja católica ao dizer que os fiéis adormecem nos oratórios;
C) Idealizam a mulher utilizando-se da carapuça;
D) Quebram a idealização feminina ao colocá-la como vagabunda;
E) Ridicularizam a escola romântica ao usar termos desgastados como lua, nuvem, sonhos, etc.
10)          É o Paquequer : saltando de cascata em cascata, enroscando-se como uma serpente, vai depois se espreguiçar na várzea e embeber no Paraíba, que rola majestosamente em seu vasto leito.
        Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das águas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra os rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano. Perde então a beleza selvática; suas ondas são calmas e serenas como as de um lago, e não se revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam sobre elas: escravo submisso, sofre o látego do senhor.
        Não é neste lugar que ele deve ser visto; sim três ou quatro léguas acima de sua foz, onde é livre ainda, como o filho indômito desta pátria da liberdade.
        Aí, o Paquequer lança-se rápido sobre o seu leito, e atravessa as florestas como o tapir, espumando, deixando o pelo esparso pelas pontas do rochedo, e enchendo a solidão com o estampido de sua carreira. De repente, falta-lhe o espaço, foge-lhe a terra; o soberbo rio recua um momento para concentrar as suas forças, e precipita-se de um só arremesso, como o tigre sobre a presa.
        Depois, fatigado do esforço supremo, se estende sobre a terra, e adormece numa linda bacia que a natureza formou, e onde o recebe como em um leito de noiva, sob as cortinas de trepadeiras e flores agrestes.
                                                                        (O Guarani,  José de Alencar)
      Os romances indianistas de José de Alencar privilegiam, ao lado da figura heroica do índio, a exaltação dos elementos da natureza que lhes servem de ambiência.
     Na passagem acima, do romance “O Guarani”, o rio Paquequer é expressivamente valorizado com o emprego recorrente de elementos conotativos manifestado por meio das figuras de linguagem
A) metonímia e personificação.
B) comparação e metonímia.
C) comparação e personificação.
D) metonímia e sinestesia.
E) eufemismo e metáfora.
11) Era Peri
Altivo, nobre, radiante da coragem invencível e do sublime heroísmo de que já dera tantos exemplos, o índio se apresentava só em face de duzentos inimigos fortes e sequiosos de vingança.
[...]
Passado o primeiro espanto, os selvagens bramindo atiraram-se todos como uma só mole, como uma tromba do oceano, contra o índio que ousava atacá-los a peito descoberto.
Houve uma confusão, um turbilhão horrível de homens que se repeliam, tombavam e se estorciam; de cabeças que se levantavam e outras que desapareciam; de braços e dorsos que se agitavam e se contraíam, como se tudo isto fosse partes de um só corpo, membros de algum monstro desconhecido debatendo-se em convulsões.
José de Alencar. O guarani
No trecho acima, é possível identificar o índio:
A)  retratado com objetividade, numa perspectiva rigorosa e científica.
B)  idealizado sobre o pano de fundo da natureza, da qual é o herói épico.
C)  pretexto episódico para descrição da natureza.
D)  visto com o desprezo do branco preconceituoso, que o considera inferior.
E) representado como um primitivo feroz e de maus instintos.
12) "— Eu sou Ubirajara, o senhor da lança, o guerreiro invencível que tem por arma a serpente. Reconhece o teu vencedor, Pojucã, e proclama o primeiro dos guerreiros, pois te venceu a ti, o maior guerreiro que existiu antes dele."
José de Alencar, Ubirajara
O índio, em alguns romances de José de Alencar, como o do texto acima, apresenta-se:
A) retratado com objetividade, numa perspectiva rigorosa e científica.
B)  idealizado sobre o pano de fundo da natureza, da qual é o herói épico.
C)   pretexto episódico para descrição da natureza.
D)  visto com o desprezo do branco preconceituoso, que o considera inferior.
E)  representado como um primitivo feroz e de maus instintos.
13) “O indianismo dos românticos [...] denota tendência para particularizar os grandes temas, as grandes atitudes de que se nutria a literatura ocidental, inserindo-as na realidade local, tratando-as como próprias de uma tradição brasileira.”
CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira.
EXPLIQUE qual foi, para a literatura brasileira, a relevância da presença do índio ao longo de parte das obras da escola romântica.
14) Leia as seguintes sentenças sobre a obra Iracema, de José de Alencar.
Constitui obra de exaltação da flora e fauna brasileira, mas apresenta o índio como representante de uma raça inferior e inculta.
A obra representa o mito alencariano composto pelo herói, o índio, resistente à colonização e à presença do ‘outro’, e o branco, colonizador agressivo que deseja destruir o nativo.
A personagem Martim, representação do colonizador europeu, apesar de seu amor por Iracema, resiste à cultura indígena e rejeita a língua e os costumes nativos.
A personagem Iracema, representação do índio exaltado pela literatura do período romântico, pode ser considerada um símbolo da terra mãe, o Brasil.
O romance apresenta, por meio de estilo lírico, uma idealização do índio brasileiro.
Considerando-se as características da obra e os princípios estéticos e ideológicos do período romântico brasileiro, pode-se afirmar que:
A) somente as sentenças 1 e 2 estão corretas.   
B) somente as sentenças 3, 4 e 5 estão corretas.    
C) somente a sentença 1 está correta.   
D) somente a sentença 4 está correta.   
E) somente as sentenças 4 e 5 estão corretas.   
15)  José de Alencar, um dos mais importantes ficcionistas brasileiros do século XIX, escreveu romances históricos, regionais, urbanos e indianistas. Leia o fragmento do romance O Guarani, de José de Alencar.
Caía a tarde.
No pequeno jardim da casa do Paquequer, uma linda moça se embalançava indolentemente numa rede de palha presa aos ramos de uma acácia silvestre [...].
Os grandes olhos azuis, meio cerrados, às vezes se abriam languidamente como para se embeberem de luz [...].
Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor da gardênia dos nossos campos, orvalhada pelo sereno da noite [...].
Os longos cabelos louros, enrolados negligentemente em ricas tranças, descobriam a fronte alva, e caíam em voltado pescoço presos por uma rendinha finíssima de fios de palha cor de ouro. [...]
Esta moça era Cecília.
(ALENCAR, José de. O guarani. 25. ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 32.)
Em relação à obra O Guarani, ou ao fragmento acima descrito, assinale a alternativa correta.
A) Neste trecho, a descrição de Cecília revela um ideal de beleza típico da sociedade do Brasil colonial.   
B) A visão de mundo realista está posta no retrato harmonioso entre a beleza da jovem e a beleza da natureza brasileira.   
C) No romance, um dos triângulos amorosos é formado por Cecília, Loredano e Isabel.   
D) No fragmento, a languidez dos olhos de Cecília sugere um certo erotismo, desvinculando a obra do movimento romântico.   
E) Na obra, além da idealização da mulher, há elementos da idealização do índio, personificado na figura de Peri.   
16) Abriram-se os braços do guerreiro adormecido e seus lábios; o nome da virgem ressoou docemente. A juruti, que divaga pela floresta, ouve o terno arrulho do companheiro; bate as asas, e voa ao aconchegar-se ao tépido ninho. Assim a virgem do sertão aninhou-se nos braços do guerreiro. Quando veio a manhã, ainda achou Iracema ali debruçada, qual borboleta que dormiu no seio do formoso cacto. Em seu lindo semblante acendia o pejo vivos rubores; e como entre os arrebóis da manhã cintila o primeiro raio do sol, em suas faces incendiadas rutilava o primeiro sorriso da esposa, aurora de fruído amor.
ALENCAR, José de. Iracema, 1865.
Esse é um trecho de um dos mais conhecidos romances de José de Alencar, expressão maior de nossa prosa romântica.A participação de Alencar na literatura brasileira foi marcada, entre outros aspectos, pelo fato de sua obra
A) ter-se afastado da idealização dos elementos considerados como genuinamente brasileiros, notadamente a natureza e o índio.
B) apresentar traços da ficção naturalista tanto na criação das personagens quanto na tematização dos problemas do país.
C) expressar, na vertente indianista, a natureza e o índio como elementos contribuintes para um nascente sentimentonacionalista.
D) divergir da lírica de Gonçalves Dias, cujos poemas retratavam o índio de forma idealizada e heroica, típica do ideário romântico.
E) restringir-se a romances de cunho indianista, afastando-se de temáticas voltadas para críticas de costumes, no âmbitourbano.
17) Assim, o amor se transformava tão completamente nessas organizações*, que apresentava três sentimentos bem distintos: um era uma loucura, o outro uma paixão, o último uma religião.
............ desejava; ............. amava; .............. adorava
(*organizações = personalidades)
Neste excerto de O Guarani, o narrador caracteriza os diferentes tipos de amor que três personagens masculinas sentem por Ceci. Mantida a seqüência, os trechos pontilhados serão preenchidos corretamente com os nomes de:
A) Álvaro / Peri / D. Diogo.
B) Loredano / Álvaro / Peri.
C) Loredano / Peri / D. Diogo.
D) Álvaro / D. Diogo / Peri.
E) Loredano / D. Diogo / Peri.
18) Sobre Iracema, é incorreto afirmar que:
A) o relacionamento entre Martim e Iracema seria uma alegoria das relações entre metrópole e colônia.
B) Iracema é descrita de uma forma idealizante, comparada com elementos da natureza.
C) o personagem Martim é lendário; nunca existiu, tratando-se, portanto, de uma figura fictícia.
D) Moacir, que em tupi quer dizer "filho da dor", é levado por Martim para a Europa.
E) o romance é narrado em terceira pessoa, com narrador onisciente.
19) O indianismo de nossos poetas românticos é:
A) uma forma de apresentar o índio em toda a sua realidade objetiva; o índio como elemento étnico da futura raça brasileira.
B) um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a instalação da capitania de São Vicente.
C) um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que em nada difere do modelo europeu.
D) um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização que se instalava.
E) uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com simpatia e piedade; exaltação da bravura, do heroísmo e de todas as qualidades morais superior.
20)  Os fragmentos abaixo, retirados de obras da Literatura Brasileira, caracterizam a ideologia criada pelo Indianismo, exceto:
A) "(...) No Guarani o selvagem é um ideal, que o escritor intenta poetizar, despindo-o da crosta grosseira de que o envolveram os cronistas..."
B) "(...) Os tupis desceram para serem absorvidos. Para se diluírem no sangue da gente nova. Para viver subjetivamente e transformar numa prodigiosa força a bondade do brasileiro e o seu grande sentimento de humanidade."
C) "(...) Criaturas de Deus, de bons corpos e bom espírito, ainda sem religião e educáveis no bem ou no mal. Seria fácil trazê-las de sua virtude natural à virtude consciente do Cristianismo, para sua eterna salvação."
D) "(...) Era Peri. Altivo, nobre, radiante da coragem invencível e do sublime heroísmo de que já dera tantos exemplos, o índio se apresentava só em face de duzentos inimigos fortes e sequiosos de vingança."
E)  "(...) contra o índio de tocheiro. O índio filho de Maria, afilhado de Catarina de Médicis e genro de Antônio de Mariz."
21) "De um dos cabeços da Serra dos Órgãos desliza um fio de água que se dirige para o norte, e engrossado com os mananciais que recebe no seu curso de dez léguas, torna-se rio caudal.É o Paquequer: saltando de cascata em cascata, enroscando-se como uma serpente, vai depois se espreguiçar na várzea e embeber no Paraíba, que rola majestosamente em vasto leito.Dir-se-ia que vassalo e tributário desse rei das águas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra os rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano. Perde, então, a beleza selvática; suas ondas resvalam sobre elas: escravo submisso, sofre o látego do senhor."
Considere as afirmações abaixo e assinale alternativa correta:
I. O texto é predominantemente descritivo e carregado de recursos de linguagem poética. Um exemplo é a prosopopéia "curva-se humildemente aos pés do suserano".II. O narrador mostra a relação entre os rios Paraíba e Paquequer a partir de uma analogia com o mundo feudal, na qual o primeiro surge como "rei das águas" e o segundo, como "vassalo".III. No modo de qualificar a paisagem, há uma forte conotação de hierarquia.
A) Está correta apenas a afirmação I.
B) Estão corretas as afirmações I e II.
C) Estão corretas somente as afirmações I e III.
D) Estão corretas somente as afirmações I, II e III.
E) Está correta somente a afirmação III.
22) “O índio, antes de partir, circulou a alguma distância o lugar onde se achava Cecília, de uma corda de pequenas fogueiras feitas de louro, de canela, urataí e outras árvores aromáticas. Desta maneira tornava aquele retiro impenetrável; o rio de um lado, e do outro as chamas que afugentariam os animais daninhos, e sobretudo os répteis; o fumo odorífero que se escapava das fogueiras afastaria até mesmo os insetos. Peri não sofreria que uma vespa e uma mosca sequer ofendesse a cútis de sua senhora, e sugasse uma gota desse sangue precioso; por isso tomara todas essas precauções.”
Sobre o romance acima, é possível afirmar que:
A) projeta um futuro trágico para o Brasil.
B) aponta para um tempo em que os indígenas recuperarão o território brasileiro e expulsarão os brancos e negros.
C) defende a união entre negros e índios contra os colonizadores portugueses.
D) reconstitui acontecimentos históricos verídicos do período inicial da colonização do Brasil.
E) pretende narrar a fundação de uma nova nação a partir da miscigenação entre brancos e indígenas.
23) "Embora seja importante indagar das razões por que público brasileiro dos anos de 1870 avidamente leu e com entusiasmo aplaudiu "A Escrava Isaura", razões que encontram o principal motivo em onda então crescente de sentimento abolicionista – convenhamos em que muito mais importante o comportamento desse público é, para a crítica, a natureza desse romance.Mesmo lido com simpatia, "A Escrava Isaura" não resiste à crítica. Seu enredoresulta em ser inverossímel, tais e tantos são os expedientes primários do Autor, usados para conduzir por determinados caminhos e para desenlace preestabelecido: em freqüentes ex-abruptos, mudam os sentimentos dos protagonistas com relação à bela e desditosa Isaura, e assim de protetores se transformam de pronto em pérfidos algozes, servindo à linha dramática premeditada pelo ficcionistas; não menos precipitada e artificialmente se engendram e desenrolam as situações ou episódios concebidos sempre com a intenção de marcar "passus" da vida "crucis" da desgraçada heroína, que, por fim, mais arrastada pelo autor que pelas forças do drama que vive, encontra no alto do seu calvário, ao invés do sacrifício final (o que teria dado ao romance verossimilhança e forç, a salvação e a felicidade de extrema.Tão primário e artificial quanto enredo que domina a obra, dando-lhe típica estrutura novelesca ou romanesca, é, não digo a concepção, mas o modo de conduzir personagens: Isaura, Malvina, Rosa, Leôncio, Álvaro, Belchior, André, o Dr. Geraldo, Martim e Miguel, se têm peculiaridades físicas e morais que os caracterizam suficientemente e os individualizam na galeria das personagens da ficção romântica, se ocupam posições bem "marcadas" no palco dos acontecimentos, decomposto em dois cenários (uma fazenda de café da Baixada Fluminense e o Recif, não chegam contudo, a receber suficiente estofo psicológico: daí a impressão que deixam, não apenas de símbolos dramáticos quase vazios, senão que também títeres (vá lá a cansada imagem) conduzidos pelo autor, para esta ou aquela ação indispensável, a seu ver, às suas principais intenções".
(Antônio Soares Amora, "O Romantismo", vol. II da A Literatura Brasileir.
Segundo o texto:
A) "A Escrava Isaura" consagrou-se como um bom romance por causa da aceitação que teve entre o público leitor de 1870.
B) "A Escrava Isaura" não é um bom romance porque o público leitor de 1870 o leu avidamente e o aplaudiu com entusiasmo.
C) o leitor deve ter muito cuidado ao ler ou aplaudir um romance, pois poderá consagrar uma obra medíocre.
D) "A Escrava Isaura" não é um bom romance para a crítica, embora o público o haja lido com entusiasmo, movido pelo sentimento abolicionista.
E) "A Escrava Isaura" não pode ser considerado um bom romance por causa do sentimento abolicionista.
24)              Quanto mais seu passo o aproxima da cabana, mais lento se torna e pesado. Tem medo de chegar; e sente que sua alma vai sofrer, quando os olhos tristes e magoados da esposa entrarem nela.
            Há muito que a palavra desertou seu lábio seco; o amigo respeita este silêncio, que ele bem entende. É o silêncio do rio quando passa nos lugares profundos e sombrios.
            Tanto que os dois guerreiros tocaram as margens do rio, ouviram o latir do cão a chamá-los e o grito da ará, que se lamentava. Estavam mui próximos à cabana, apenas oculta por uma língua de mato. O cristão parou calcando a mão no peito para sofrear o coração, que saltava como o poraquê.
            - O latido de Japi é de alegria, disse o chefe.
            - Porque chegou; mas a voz da jandaia é de tristeza. Achará o guerreiro ausente a paz no seio da esposa solitária, ou terá a saudade matado em suas entranhas o fruto do amor?
            O cristão moveu o passo vacilante. De repente, entre os ramos das árvores, seus olhos viram sentada, à porta da cabana, Iracema com o filho no regaço, e o cão a brincar. Seu coração o arrojou de um ímpeto, e a alma lhe estalou nos lábios:
            - Iracema!...
                    ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: FTD, 1991, p.85
        A apreciação do romance Iracema, de onde se extrai a passagem acima, permite que se afirme, adequadamente, que
A) seu autor escreveu outros romances considerados indianistas, como “Lucíola” e “Senhora”.   
B) o romance é considerado pela crítica literária um exemplo expressivo da chamada “prosa poética”, um verdadeiro “poema em prosa”.   
C) o centro da narrativa envolve o romance entre Iracema e Peri, configurando simbolicamente a miscigenação.    
D) a figura da personagem Iracema afasta-se dos princípios da idealização que marcam a estética romântica.    
E) o romance se dá com foco narrativo em primeira pessoa, com a presença de um personagem-narrador
25) 
   Caía a tarde.    No pequeno jardim da casa do Paquequer, uma linda moça se embalançava indolentemente numa rede de palha presa aos ramos de uma acácia silvestre [...]    Os grandes olhos azuis, meio cerrados, às vezes se abriam languidamente como para se embeberem de luz [...].    Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor da gardênia dos nossos campos, orvalhada pelo sereno da noite [...].    Os longos cabelos louros, enrolados negligentemente em ricas tranças, descobriam a fronte alva, e caíam em volta do pescoço presos por uma rendinha finíssima de fios de palha cor de ouro. [...]    Esta moça era Cecília.                                    (ALENCAR, José de. O guarani. 25. ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 32.)
   A passagem acima, do romance “O guarani”, permite a consideração de que
A) Cecília tipifica a beleza do elemento branco, ironicamente descrita com tons exagerados.
B) a natureza descrita, ao contrário da descrição de Cecília, apresenta-se segundo uma perspectiva realista.
C) no enredo do romance, Cecília pode ser vista como personagem que contribui para a temática da miscigenação do povo brasileiro.
D) a figura de Cecília, pelo grau de sensualidade que revela, antecipa a descrição realista, em nossa literatura, das figuras femininas.
E) Cecília, contrariamente ao que acontece com o personagem Peri, é descrita com tons de idealização.
26) No período romântico brasileiro, os aspectos estéticos e os históricos ligaram-se de modo especialmente estreito e original: entre nós, o Romantismo deu expressão à consolidação da independência, à afirmação de uma nova Nação e à busca das raízes históricas e míticas de nossa cultura — características que se encontram amplamente
A) na poesia de Gonçalves de Magalhães influenciada pela de Gonçalves Dias.
B) nos romances urbanos da primeira fase de Machado de Assis.
C) nos romances de costumes de Joaquim Manuel de Macedo.
D) na lírica confidencial de Álvares de Azevedo e de Casimiro de Abreu.
E) na ficção regionalista e indianista de José de Alencar.
27) O índio, em alguns romances de José de Alencar, como Iracema e Ubirajara, é:
A) retratado com objetividade, numa perspectiva rigorosa e científica.
B) idealizado sobre o pano de fundo da natureza, da qual é o herói épico.
C) pretexto episódico para descrição da natureza.
D) visto com o desprezo do branco preconceituoso, que o considera inferior.
E) representado como um primitivo feroz e de maus instintos.
28) Em O Guarani, o autor procura valorizar as origens do povo brasileiro e transformar certos personagens em heróis, com traços do caráter do “bom selvagem”: pureza, valentia e brio. Essa tendência é típica do:
A) romance urbano.
B) romance regionalista.
C) romance indianista.
D) romance realista.
E) romance surrealista.
29) Nos romances Senhora e Lucíola, José de Alencar dá um passo em relação à crítica dos valores da sociedade burguesa, na medida em que coloca como protagonistas personagens que se deixam corromper por dinheiro. Entretanto, essa crítica se dilui e ele se reafirma como escritor romântico, nessas obras, porque:
A) pune os protagonistas no final, levando-os a um casamento infeliz.
B) justifica o conflito dos protagonistas com a sociedade pela diferença de raça: uns, índios idealizados; outros, brasileiros com maneiras europeias.
C) confirma os valores burgueses, condenando os protagonistas à morte.
D) resolve a contradição entre o dinheiro e valores morais tornando os protagonistas ricos e poderosos.
E) permite aos protagonistas recuperarem sua dignidade pela força do amor.
30)  “Ele era o inimigo do rei” , nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda , “ um romancista que colecionava desafetos azucrinava D. Pedro II e acabou inventandoo Brasil” . Assim era JOSÉ DE Alencar (1829-1877) , o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil. Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro,  advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.(História Viva, n.99,2011.)
Com base no texto, que trata do papel  do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que:
A) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
C) a divulgação das obras de José de Alencar , por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil imperial.
D) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
E) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.
Gabarito
1) Resposta: A
Gabarito Comentado:
Nos dois textos, a visão idealizada do amor romântico é desconstruída: nos versos de Álvares de Azevedo, pela descrição da mulher amada roncando ao lado de um ferro de engomar; na tira, pela desconsideração do homem, com a prevalência de seus valores objetivos em relação aos sentimentos expostos claramente pela mulher. Essa postura intimista feminina só existe no texto II.
2) Resposta: D
Gabarito Comentado:
 [D]
A conjunção adversativa “mas” tem o propósito de introduzir um argumento que restringe o que foi dito ou um argumento que funciona como ressalva ao que foi enunciado antes. Assim, é correta a alternativa [D], pois, se o autor usasse períodos simples, não seria passível de deduzir que “a essência das coisas se mantém mesmo quando lhes falta o atributo principal”.
3) Resposta: C
Gabarito Comentado:
Até pelo título, o poema ultrarromântico de Álvares de Azevedo é irônico e evidencia o satanismo cheio de spleen e de mal-do-séculopresente nas liras.
4) Resposta: A
Gabarito Comentado:
Ao longo do poema, percebemos que o autor ironiza a idealização amorosa, uma das principais características do Romantismo. As obras de Álvares de Azevedo se dividem em três partes: a primeira segue os preceitos de linguagem subjetiva do romantismo e o alto sentimentalismo; já a segunda – contida neste poema e que nos interessa – representa uma nova visão do autor, que ironiza características de exaltação amorosa e aborda sobre os falsos valores morais, mostrando também, a condição de desajuste do eu lírico durante o período Ultrarromântico.
5) Resposta: D
Gabarito Comentado:
O último verso do texto I comprova a idealização amorosa; a crítica àquele poeta que morre pobre corrobora a ironia no texto II e as palavras tédio, deixa, pesadelo corroboram byronismo do terceiro poema.
6) Resposta: A
Gabarito Comentado:
Álvares de Azevedo destaca-se da escola romântica pois, diferentemente dos demais poetas, explora a ironia em suas obras, além do amor idealizado e irrealizável.
7) Resposta: C
Gabarito Comentado:
O poema aborda o amor idealizado da voz poética pela lavadeira, o que representa certa ironia romântica, uma vez que foge dos padrões românticos da mulher idealizada. Essa ironia se confirma quando o eu-lírico, acreditando estar de posse de um bilhete de amor, encontra, por outro lado, um lista de roupas sujas. Trata-se, pois, de uma mulher real, apesar de não haver 
8) Resposta: D
Gabarito Comentado:
Expressões como “imagem”, “Ilusão de mulher”, “querido sonho”, “rosto virgem” configuram a idealização da mulher amada, uma das características da segunda geração romântica. Evidentemente, essa não é a única característica dessa geração, mas as demais alternativas - ainda que algumas a ela possam se referir -  não contemplam o que está presente no poema, como o pede o comando da questão.  Assim, embora se perceba a alusão à morte. não há, nos versos, menção a ela como “desejada solução” (letra “a”).  Também não está presente a “aversão a elementos da natureza” (letra “b”). Ao contrário do que está contido na letra “c”, não existe, por parte do eu lírico, uma “postura de recusa a qualquer sentimento de tristeza”, pois, pelo contrário, ele o afirma, já no verso inicial. Finalmente, não se percebe, no poema, um “tom irônico” nem referências ao “vício” ou à “decadência espiritual” (letra “e”).  
9) Resposta: D
Gabarito Comentado:
Não há, no trecho do poema crítica à igreja e nem metalinguagem. A ironia se dá na caracterização da mulher, colocada como vagabunda por conta da roupa que veste.
10) Resposta: C
Gabarito Comentado:
A comparação se apresenta de forma recorrente em passagens como "enroscando-se como uma serpente","suas ondas são calmas e serenas como as de um lago", "é livre ainda, como o filho indômito desta pátria da liberdade",  "atravessa as florestas como o tapir" , "precipita-se de um só arremesso, como o tigre sobre a presa"
A personificação é clara, na atribuição, ao rio, de ações de saltar, enroscar, espreguiçar, embeber, curvar-se, revoltar-se, sofrer, e muitas outras presentes no texto. Não se verifica a metonímia como emprego recorrente. 
11) Resposta: B
Gabarito Comentado:
Letra B.
Ao afirmar que Peri é invencível, o narrador apresenta-o de forma idealizada.
12) Resposta: B
Gabarito Comentado:
Letra B.
O índio, símbolo da identidade nacional, ao longo do romantismo, será o protagonista de inúmeros romances e será, portanto, idealizado, a fim de corroborar para a construção da figura de um herói nacional.
13) Resposta: Não Possui
14) Resposta: E
Gabarito Comentado:
O lirismo presente na narrativa, caracterizada como prosa poética, é fator preponderante para a idealização do índio brasileiro, principalmente o sofrimento amoroso de Iracema por Martim.  
15) Resposta: E
Gabarito Comentado:
As opções [A], [B], [C] e [D] estão incorretas, pois
[A] a descrição de Cecília corresponde ao ideal de beleza típico do Romantismo, estilo literário inserido no período nacional (1836 até os nossos dias);
[B] a beleza da jovem e da paisagem brasileira constituem idealização romântica;
[C] o triângulo amoroso, muito presente no Realismo, não faz parte do romance “O Guarani”, vinculado à estética romântica;
[D] a sensualidade, estimulada pelo uso da imaginação, é típica do Romantismo.  
16) Resposta: C
Gabarito Comentado:
Letra C.Esse sentimento nacionalista permeia a obra indianista de Alencar eé fortalecido pelos traços de idealização do índio e da natureza. Nãose percebem, em Alencar, traços naturalistas. Sua obra indianistaconverge para a de Gonçalves Dias na poesia. José de Alencar tambémescreveu romances urbanos, de costumes, como “Senhora” e “Lucíola”.
17) Resposta: B
Gabarito Comentado:
A alternativa B apresenta o desejo, o amor e a adoração, respectivamente.
18) Resposta: C
Gabarito Comentado:
O personagem Martim, ao contrário do que se afirma na alternativa, é baseado em  figura histórica real (Martim Soares Moreno, o primeiro colonizador português do Ceará). Ele representa o europeu português que leva até os índios a “civilização” e o cristianismo.
19) Resposta: E
Gabarito Comentado:
Esse perfil do índio em  nosso indianismo romântico contribui para a fixação de sua imagem como símbolo da emergente pátria brasileira.
Evidentemente, tratando-se do Romantismo, não há, no caso, uma apresentação objetiva do índio (letra . O indígena não é mostrado como “um grave perigo” (letra e, obviamente, não segue um “modelo francês” (letra nem simboliza a “aceitação  da nova civilização” (letra .
20) Resposta: E
Gabarito Comentado:
Essa opção-resposta não caracteriza o ideário do indianismo em nossa literatura, uma vez que se refere , criticamente, a um índio que seria totalmente europeizado, metaforicamente apresentado como “parente”de personalidades brancas históricas, enquanto, para o indianismo, o índio representaria um tipo de herói nacional, simbolizando a pátria brasileira.
21) Resposta: D
Gabarito Comentado:
As próprias alternativas exemplificam e justificam o porquê de todas estarem corretas.
22) Resposta: D
Gabarito Comentado:
O romance, O Guarani, retrata o encontro entre índios e portugueses, retomando esse acontecimento histórico brasileiro.
23) Resposta: D
Gabarito Comentado:
O trecho: Mesmo lido com simpatia, "A Escrava Isaura" não resiste à crítica corrobora o encontrado na alternativa D.
24) Resposta: B
Gabarito Comentado:
Pela natureza épica e lírica do romance, realmente a ele é atribuída a característica de verdadeira prosa poética, em função da seleção vocabular, da profusão de  imagens e do ritmo, que contribui para a construção de expressiva musicalidade.
“Lucíola” e “Senhora” não são romances indianistas, mas urbanos.  A relação amorosa que centraliza a narrativa se dá entre a índia Iracema e o branco Martim Soares Moreno. Evidentemente, Iracema é idealizada, bem ao gosto do ideário romântico. O foco narrativo é em terceira pessoa, com narrador-observador. 
25) Resposta: C
Gabarito Comentado:
“O Guarani”, como romance romântico , apresenta personagens e natureza idealizados. O texto mostra, pois, claramente e sem ironia ou erotismo, a idealização da figura feminina de Cecília, apresentada como um ser quase perfeito. O personagem Peri também é idealizado como um personagem heroico, marcado por atributos positivos: é corajoso, íntegro, representando  simbolicamente a nossa nacionalidade. A união entre os dois apresenta-se como metáfora para o processo de miscigenação na formação do povo brasileiro.
26) Resposta: E
Gabarito Comentado:
Efetivamente, a prosa regionalista e indianista de José de Alencar é marcada pela afirmação da identidade nacional, a partir de suas raízes culturais. Nenhuma das demais opções atende ao comando da questão.
27) Resposta: B
Gabarito Comentado:
O nosso índio romântico é apresentado nos romances indianistas de José de Alencar como herói nacional idealizado, tendo a exuberância da natureza como pano de fundo.
Obviamente, sendo um ícone romântico, não é descrito com objetividade.Também não é um “pretexto episódico” nem visto com desprezo, como inferior ou como primitivo feroz e de maus instintos.
28) Resposta: C
Gabarito Comentado:
O romance indianista integra o projeto de consolidação do nacionalismo, levando o índio à simbologia do herói nacional.
29) Resposta: E
Gabarito Comentado:
As obras de José de Alencar costumam fazer uma crítica social aos valores e aos costumes da época, demonstrando as relações por interesse e o rompimento de valores morais, observado tanto em “Lucíola”, quanto na obra “Senhora”. Os personagens masculinos, ao final da obra, se arrependem por suas atitudes, fazendo com que o sentimento amoroso e o perdão se sobreponham sobre os seus erros, de modo que a amada continue submissa e fiel a seus sentimentos.
30) Resposta: D
Gabarito Comentado:
A importância das obras de José de Alencar não acarretam somente a sua destacada contribuição para a implantação dos romances no cenário brasileiro, como também, a digitalização de seus textos permitirão a preservação de aspectos linguísticos e da identidade nacional, mostrando assim, os valores e costumes da época e servindo também, como contribuinte do patrimônio histórico-literário.

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