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Livro-Texto - Unidade III

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84
Unidade III
Unidade III
5 TIPOS DE ARMAZENAGENS
O processo de armazenagem tem as mais variadas formas e diferentes naturezas e finalidades. As 
instalações para armazenagem podem ser cobertas e descobertas, destinadas a receber, armazenar e 
proteger adequadamente mercadorias embaladas ou não, dos mais variados tipos, características e 
naturezas, proporcionando segurança no manuseio, tanto por pessoas quanto por equipamentos de 
movimentação.
O mercado oferece estruturas de armazenagem para todas as necessidades, desde estocagem de minúsculos 
componentes a granel, passando pelos itens embalados até itens unitizados das mais variadas formas.
A necessidade de armazenar os mais variados tipos de mercadorias exigiu maior diversidade de tipos 
de estruturas de armazenagens, o que foi reforçado pela evolução da atividade comercial, muito mais 
competitiva; assim, impõem‑se a busca incessante do conjunto custo e qualidade.
Então, para atender a essas necessidades, os armazéns se sofisticaram tecnologicamente, aumentaram 
sua complexidade e assumiram novas funções, passando a integrar definitivamente a cadeia logística, 
quer na condição de terminal portuário, quer como centros de distribuição integrada.
Como as opções de tipos de armazenagem são muitas, temos que considerar alguns pontos na escolha, 
por exemplo: fluxo dos materiais, movimentação, frequência de movimentação, operacionalidade, 
flexibilidade, seletividade e principalmente utilização volumétrica, discutido em unidades anteriores.
Importante: ocupação e seletividade
As empresas estão constantemente em busca de redução de custo, por isso tentam trabalhar com 
os mesmos espaços e têm como regra aproveitar ao máximo os espaços existentes, buscando a maior 
ocupação volumétrica de seus armazéns. Isso significa colocar o máximo de mercadoria nos armazéns, 
só que sem se preocupar com a seletividade.
Mas, o que é mais importante: preocupar‑se com a ocupação ou com a seletividade?
Vejamos, seletividade é a capacidade de acessar determinados itens de uma área de estocagem sem 
ter a necessidade de remanejamento de cargas; em outras palavras, todos os itens ficam disponíveis para 
serem acessados no primeiro momento.
Ocupação é o percentual de aproveitamento de um espaço de estocagem dos itens considerando 
todo o espaço disponível.
85
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
 Lembrete
Lembre‑se: há sistemas de armazenagem que privilegiam a seletividade 
e outros, como a ocupação; o ideal é buscar um equilíbrio entre os dois.
Vamos conhecer a seguir os tipos de armazenagem e depois as características de seletividade e 
ocupação de cada um deles.
Para cada tipo de mercadoria a ser armazenada, há um tipo específico de armazenagem. Vejamos alguns:
• Almoxarifado: chamamos de almoxarifado os depósitos próprios, ligados à movimentação interna 
de uma empresa, destinados à guarda, à proteção e ao controle dos diferentes insumos consumidos 
durante o processo de transformação. Ele pode ser dividido em:
— Almoxarifado de matérias‑primas: armazena os materiais básicos necessários ao processo de 
transformação adquiridos de terceiros, que, por questões estratégicas, devem estar localizados 
próximos ao local em que serão utilizados.
— Almoxarifado de componentes e sobressalentes: armazena os materiais prontos adquiridos 
de terceiros, que também são usados no processo industrial ou como peças de reposição em 
manutenção. Esse almoxarifado é estratégico para garantir a manutenção preventiva e que as 
operações continuem funcionando.
— Almoxarifado de produtos em processo: armazena produtos que não são mais matérias‑primas, 
mas que ainda não são produtos acabados. São itens processados parcialmente, e sofrerão mais 
algumas modificações antes de serem vendidos ou consumidos.
— Almoxarifado de produtos acabados: armazena produtos que estão acabados e prontos para as 
vendas; deve estar próximo à expedição. Deve‑se ter toda a preocupação de gestão de estoque 
em relação à agilidade e aos custos.
— Almoxarifado de ferramentas: utilizado para armazenar ferramentas a serem utilizadas pelos 
operários em cada turno, sendo eles mesmos os responsáveis pelas ferramentas.
• Depósito: área reservada à estocagem, guarda, proteção e controle de materiais acabados, 
destinados a consumo ou transformação futura ou ainda para possibilitar a consolidação de lotes 
a serem despachados.
• Centros de Distribuição (CDs): áreas de armazenagem altamente sofisticadas, pois dispõem de 
muita tecnologia de informação. São utilizados em operações de alta rotatividade e destinados 
ao recebimento de grandes lotes variados, que passarão por alguma preparação e serão enviados 
para os clientes. Os principais clientes dos centros de distribuição são:
— fabricantes de bens de consumo que tenham mercado pulverizado;
86
Unidade III
— varejistas que necessitam suprir suas unidades com grande frequência, como Casas Bahia, Pão 
de Açúcar etc.;
— empresas que vendam por catálogos ou internet.
Os CDs consolidam diversos produtos para fazer entregas sortidas nos pontos de consumo.
A partir de pontos de estocagem regionais de grande porte, estrategicamente localizados, os CDs 
concentram a distribuição ao cliente de forma centralizada. Podemos apontar os seguintes pontos como 
vantagens de se ter CDs:
— como o comando é centralizado e as operações também, há redução de pessoal em vários 
armazéns locais;
— o controle centralizado elimina atrasos, pois há posição real de estoque em qualquer CD;
— há redução tanto de gastos com transportes quanto de tempo nas entregas.
• Armazém: pode ter várias estruturas: construção em madeiras, metal, alvenaria ou concreto 
armado, ser coberto com telhas francesas, de fibrocimento ou de zinco, fechado de todos os lados, 
com acessos laterais para entrada das pessoas e dos equipamentos de movimentação. As formas 
ou características de construção dependerão dos fins a que se destina, como veremos a seguir.
Segundo Rodrigues (2008), pequenos volumes, com embalagens frágeis e baixo peso unitário, 
como são leves, podem ser estocados em níveis mais altos, por isso o pé‑direito deve ser elevado. 
Deve‑se dispor de prateleiras (exemplo 1) com gavetas em alguns casos, por exemplo, para componentes 
eletrônicos, e gaiolas (exemplo 2) para itens maiores. Sua movimentação pode ser por paleteira (exemplo 
3), carrinhos (exemplo 4) ou contenedores (exemplo 5) para movimentação horizontal e empilhadeiras, 
ou transelevador para movimentação vertical.
Exemplo 1
Figura 54 – Estantes leves com prateleiras inclinadas facilitam a visualização do interior e o acesso aos itens
87
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Figura 55 – Estantes metálicas com caixas plásticas com divisórias
Figura 56 – Estante para pequenos volumes e alto giro
Exemplo 2
Figura 57 – Gaiola tipo contêiner
88
Unidade III
Exemplo 3
 
Figura 58 – Paleteira com duas balanças acopladas: uma para a carga paletizada e outra específica para a contagem de peças
Figura 59 – Paleteira de acionamento hidráulico, que propicia a movimentação e a pesagem de cargas
Exemplo 4
Figura 60 – Carrinho para movimentação de caixas, o que minimiza os esforços
89
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Figura 61 – Carrinho‑plataforma que auxilia a separação de pedidos
Exemplo 5
Figura 62 – Contenedor de plástico com divisória
Para itens de grandes volumes, com elevado peso unitário, como máquinas e produtos siderúrgicos, 
o pé‑direito deve ser médio, as portas devem ser grandes e os vãos, livres. Para a movimentação, é 
importante ter a ponte rolante, guindastes elétricos sobre trilhos; é fundamental também que se 
proponham facilidades de locomoção de empilhadeiras e guindastes. Esses tipos de equipamentos foram 
demonstrados nas Unidades I e II.
Mercadorias passíveis de condensação ou exsudação: referem‑se a perdas de peso por redução 
do teor de umidade da mercadoria, decorrentes da secagem natural, como grãos verdes ensacados, 
madeira verde, ração animal etc.; armazéns com essas característicasdevem ter dispositivos para 
ventilação natural ou forçada.
Mercadorias congeladas: o armazém para acondicionar esse tipo de material deve ter 
paredes forradas por materiais isolantes, dispor de sistema de refrigeração, câmaras frigoríficas 
hermeticamente isoladas e túneis para congelamento rápido, com a possibilidade de se controlarem 
as temperaturas.
Mercadoria com baixo ponto de fulgor ou suscetíveis a deterioração por calor: o armazém 
deve ser climatizado, dispondo de ar‑condicionado ao longo das áreas de armazenagem.
90
Unidade III
Mercadorias suscetíveis a deterioração quando submetidas ao frio: o armazém deve dispor de 
sistemas de calefação (estufa).
Voltando aos tipos de armazenagem, vamos citar mais alguns:
Galpão: funciona como um suporte do armazém em período de congestionamento ou ainda para 
a guarda de estrados, implementos, ferramentas e materiais de separação etc.; normalmente é uma 
construção rudimentar, coberta, localizada entre os armazéns.
Pátio: tem função de auxílio operacional no armazém, em geral é uma área pavimentada descoberta, 
com áreas de empilhamento demarcadas, com vias de acesso para equipamentos de movimentação, sua 
estrutura deve ser de acordo com os materiais movimentados.
• Materiais como contêineres ou produtos siderúrgicos ou qualquer produto com grande volume e 
elevado peso unitário devem ter pátios equipados com pontes rolantes ou equipamentos similares 
e ainda espaços suficientes para manobras de empilhadeiras.
• Para a circulação de veículos rodoviários, os pátios devem estar dispostos na forma de áreas de 
parqueamento devidamente demarcadas, dotadas de áreas para carga e descarga, vistoria, pista 
de rolamento, dispositivo para a lavagem de carroceria e bomba de ar comprimido para calibrar 
pneus.
• Para transação com minério, devemos ter pátios especiais, dotados de sistemas compostos por 
torres de transferência, esteiras transportadoras, balanças por fluxo de batelada, viradores de 
vagões ou tambores e balanças rodoferroviárias e dispor de vias de acesso para tratores, pás 
carregadoras ou similares.
Silo: serve para armazenar cereais, fertilizantes ou rações animais, pode ser alimentado por sistemas 
transportadores contínuos como esteiras transportadoras, pode conter ainda moegas, balanças por fluxo 
de batelada, sistema de peneiramento ou despoeiramento. Pode ser de metal, aço ou concreto armado.
Exemplos de silos
Figura 63 – Armazena grãos e água, é resistente à umidade
91
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Figura 64 – Armazena cereais
Figura 65 – Armazena grãos – muito útil para produtores agrícolas
Tanque: pode ser de metal ou aço. Deve ter sistema de segurança máxima para aquecimento 
e resfriamento, bombeamento e sucção, dutos, laboratórios de análises, destinados a armazenar 
granéis líquidos com diferentes características físico‑químicas, como derivados de petróleo e 
produtos químicos.
Exemplos de tanques
Figura 66 
92
Unidade III
Figura 67 
Estantes: ideais para pequenos volumes, em torno de 0,5 m³, é o método de estocagem mais usual 
para produtos de pequeno peso e volume, ideal para atender ao Fifo (first In, First Out) ou Primeiro que 
Entra, Primeiro que Sai (Peps). Esse método tem como características:
• armazenagem manual;
• altura ideal: última prateleira ao alcance da mão;
• cargas de até 300 kg por prateleira;
• prateleiras reguláveis verticalmente.
São próprias para itens não unitizados, pois podem ocupar adequadamente o espaço vertical, 
possuem boa densidade de estocagem.
Podem ser fixas ou deslizantes, com rodas que correm sobre trilhos, assim minimizam os corredores, 
aproveitando melhor os espaços. Além de prateleiras, podem receber gavetas, classificadores e divisões 
internas, que evitam perdas de espaço.
Esses modelos já foram mostrados anteriormente.
Mezanino: é um sistema de armazenagem por meio de plataformas livres montadas sobre suporte 
ou estantes elevadas o suficiente para permitir estocagem em cima e embaixo da plataforma, como na 
figura a seguir:
93
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Figura 68 – Modelo de mezanino a ser abastecido com empilhadeira
Figura 69 
Para implantar um modelo de mezanino, é necessário que se tenha um pé‑direito que permita a 
implantação. Tem como características:
• dobrar ou triplicar a área de piso de armazenagem;
• ser facilmente desmontável, possibilitando ser utilizado somente em períodos de grandes 
movimentos, como no fim de ano;
• armazenar vários tipos de produtos;
• ser recomendável para itens de menor giro;
• não ser preciso construir prédios.
Blocagem: o conceito de blocagem é basicamente o empilhamento em blocos. Empilha‑se um 
palete sobre o outro com ou sem equipamentos de sustentação. Vejamos alguns exemplos:
94
Unidade III
Figura 70 – Estoque em sistema de blocagem. Observe a altura de empilhamento
Figura 71 – Suporte para sustentar cargas no sistema de blocagem: o impacto de pesos não se dá diretamente sobre as cargas
Esse sistema é mais indicado para materiais de baixa rotatividade e que se movimentem em grandes 
lotes, pois, para se ter acesso ao palete no chão, devem‑se retirar todos os que estão sobre ele.
O sistema oferece melhor utilização do espaço, o que reduz o custo total de armazenagem, pois 
há melhor aproveitamento do pé‑direito, desde que respeitados os limites de equipamentos. Oferece 
ainda alta densidade de armazenagem (maior volume nos espaços disponíveis). O sistema pode ser 
usado em períodos de maior movimentação, como em épocas festivas. Quando não utilizado, pode ser 
desmontado e, além disso, ocupa pouco espaço.
Como já dito, o acesso aos itens é mais complicado, comprometendo assim a seletividade e 
aumentando o tempo de movimentação, além de exigir a utilização de empilhadeiras.
95
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Porta‑paletes: pode ser configurado de algumas maneiras, oferecendo certa variedade de tipos de 
porta‑paletes. Vamos começar falando do convencional.
O porta‑palete convencional é o mais comum nas empresas para cargas unitizadas. Nesse modelo, 
cada palete é acessado individualmente com certa facilidade. São estruturas fáceis de se ajustar. Os 
espaços dos corredores dependem da escolha dos veículos e se o tráfego em ambas as direções é possível. 
Por exemplo, há empilhadeiras que exigem espaços de corredores de 2,4 a 3 m; outras, a combustão, 
exigem espaços de até 4 m; e há empilhadeiras selecionadoras de pedidos que trabalham com espaços 
a partir de 1,2 m.
Exemplos
Figura 72 – Estrutura porta‑palete convencional com cinco níveis de altura
Figura 73 – Estrutura porta‑palete convencional sendo utilizada em áreas externas
Estrutura porta‑palete de dupla profundidade: os paletes podem ser estocados em dupla 
profundidade. O sistema minimiza a quantidade de estoques, pois possibilita que quatro paletes sejam 
estocados entre cada par de corredores. Porém, exige veículos com garfos duplos para movimentar os 
paletes e um corredor de aproximadamente 2,6 m. É um sistema de excelente utilização de espaço de 
estocagem, que possibilita uma economia de até 25% em relação ao convencional.
96
Unidade III
Vejamos um exemplo:
Figura 74 
Observe a economia de corredor, duas estruturas podem ser acessadas de cada lado, a única exigência 
é a necessidade de equipamentos adequados.
Estocagem com corredor estreito: oferece estrutura similar de porta‑palete, mas, para economizar 
espaço, os corredores são estreitos e, para garantir sua funcionalidade, há necessidade de equipamentos 
como empilhadeira elétrica trilateral.
Nesse modelo, o acesso aos paletes é mais rápido que o convencional. Trata‑se de uma solução de 
custo eficaz quando os custos por m² são elevados ou há restrição de espaço. Exige largura de corredor 
entre 1,5 e 1,8 m de largura.
Estrutura porta‑paletes drive‑in drive‑through: é uma estocagem com boa economia de espaço, 
ideal para armazéns com pouca variedade de itens. A gestão drive‑in significa que a empilhadeira entra 
para colocar material e o retira pelomesmo lado; é um modelo em que a estocagem é feita de maneira 
contínua, sem corredores intermediários. Pode ser utilizado para estocagem com grandes volumes e 
pouca variedade. No sistema drive‑through, a empilhadeira coloca o material por um lado e o retira 
pelo outro.
Vejamos exemplos:
Figura 75 – Modelo drive‑in sem corredores: a empilhadeira acessa o interior da estrutura
97
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Figura 76 – Empilhadeira acessando o interior da estrutura
Com uma visão mais ampla e simplificada, podemos enxergar a estrutura da seguinte maneira:
Entrada de 
material
A empilhadeira ou qualquer equipamento 
de movimentação entra até o final da pilha.
Saída de material
Figura 77 
O sistema drive‑through tem esta estrutura simplificada:
Entrada de 
material
A empilhadeira ou qualquer equipamento 
de movimentação abastece por um lado e 
retira por outro lado.
Saída de material
Figura 78 – Sistema drive‑through
98
Unidade III
Nesse modelo é mais fácil garantir o Fifo (primeiro que entra, primeiro que sai).
No drive‑in, para tal atividade, devem‑se retirar os itens que estão na frente.
Cada modelo tem suas vantagens e desvantagens:
• Drive‑in
Vantagens:
— Ótimo aproveitamento da área, maximizando o volume armazenado pela ausência de 
corredores; a ocupação é excelente.
— É possível armazenar o mesmo número de paletes na metade da área de um porta‑palete 
convencional.
— Como armazena maior quantidade, ao comparar com outro sistema, proporciona baixo custo 
por unidade de palete armazenada.
— Podem‑se utilizar vários tipos de empilhadeiras, com mínimas alterações na proteção ao 
operador.
Desvantagens:
— Há necessidade de movimentar os paletes que estão à frente para atingir os do meio ou do fim.
— A movimentação do estoque atende ao UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai). Essa 
estrutura limita a variedade dos materiais a armazenar e também não seria aplicável em 
produtos perecíveis, pois geraria vencimento e perda do produto.
• Drive‑through
Vantagens:
— Melhor utilização do Peps.
— Pode‑se ter operação de entrada e saída ao mesmo tempo, desde que se tenham equipamentos 
para tal.
— Como o drive‑in, podem‑se utilizar vários modelos de empilhadeiras.
Desvantagens:
— Perde‑se um pouco do espaço que se teria no sistema drive‑in, pois dois corredores terão que 
ser mantidos, o de entrada e o de saída.
99
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Porta‑palete dinâmico: é um modelo de estocagem indicado para itens de alto giro; ideal para 
armazenagens com pouca variedade que devam atender ao Peps.
Ele é adequado para produtos paletizados ou em caixa de papelão. Os produtos deslizam sobre 
transportadores contínuos de roletes livres com rodas de freio, ou sobre roletes acionados, ou ainda com 
contentores com rodinhas.
Veja exemplo:
Modelo dos roletes. O produto desliza 
até aqui
Este lado é o lado de 
abastecer.
Figura 79 
O modelo de estocagem é funcional. O abastecimento é feito por um lado, o produto desliza até a 
base da estrutura.
 
Figura 80 
100
Unidade III
A retirada é feita pelo outro lado; ao se retirar uma caixa, as seguintes deslizam para ocupar o lugar. 
Esse sistema é acionado por gravidade; como é inclinado, o deslizamento é automático.
Figura 81 
Porta‑palete push‑back: esse modelo é um sistema de estocagem em que os paletes são estocados 
em diversas linhas de profundidade e movimentados para dentro e para fora do armazém pelo mesmo 
lado.
A estrutura tem a parte da frente com um nível de altura inferior em relação ao fundo. Assim, para 
estocar, o operador deve empurrar o palete para o fundo, movendo os já existentes na estrutura; para 
retirar, retira‑se o último que foi colocado, e os demais descem para frente pela força da gravidade, pois 
é uma estrutura inclinada. Segue a filosofia Filo (First In, Last Out) – primeiro a entrar, último a sair.
Exemplo:
Figura 82 
101
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
A empilhadeira empurra os materiais que já estão na estrutura. Na hora da retirada, retiram‑se os da 
ponta, e os demais ocupam seu lugar.
Cantilever: é um modelo de estocagem próprio para estocagem de produtos com grandes 
comprimentos ou comprimentos variáveis. O modelo facilita o acesso a materiais compridos e 
irregulares e propicia bom aproveitamento vertical; é um sistema de alta densidade e alta 
seletividade.
Exemplos de produtos a serem estocados:
• tubos, barra de ferro, móveis etc.;
• móveis estocados em sistema cantilever.
Figura 83 
Figura 84 – Armazenagem de barras de ferro
102
Unidade III
Fazendo um comparativo entre alguns tipos de estrutura de armazenagem, Moura (2007) aponta a 
seguinte tabela:
Tabela 5
Blocagem Porta‑ paletes
Porta‑paletes 
dupla 
profundidade
Drive‑in / 
Drive‑through Dinâmica
Push‑ 
back Cantilever Transelevador 
Potencial de 
densidade de 
estocagem
A D C B B B B B
Acesso ao 
material E A C B B A A A
Capacidade 
de rotas B B C C A C C A
Controle de 
estoque e 
localização
E A C D C C B A
Atender ao 
FIFO E A C D A C A A
Habilidade 
para variar o 
tamanho da 
carga
A C C D D C B D
Facilidade de 
instalação A C C C E C B E
A = excelente B = bom C = regular D = fraco E = ruim
Fonte: Moura e Banzato (1998).
É importante salientar que a blocagem tem ótimo potencial de densidade, mas possui acesso mais 
complicado aos itens; a localização e o atendimento ao Fifo são ruins, mas pode estocar cargas variadas, 
além de ser fácil de instalar.
O porta‑paletes tem densidade fraca, pois, dependendo do tipo de material, podem‑se ter espaços 
perdidos e ainda devem‑se respeitar os limites do porta‑palete, mas o acesso aos itens é excelente, assim 
como o controle de estoque; entretanto, a dificuldade de instalação já é maior.
 Lembrete
Não se esqueça de que cada estrutura tem seus pontos fortes e fracos, 
a decisão vai depender dos objetivos da organização.
Para cada uma das estruturas, é necessário escolher equipamentos adequados. Vejamos a seguir 
alguns deles.
103
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Equipamentos
Figura 85 – Empilhadeira a gás
Figura 86 – Empilhadeira elétrica
Figura 87 – Paleteira elétrica
104
Unidade III
Figura 88 – Carrinhos hidráulicos
Cada equipamento tem suas necessidades e características próprias:
Tabela 6
Características da 
empilhadeira
Combustão 
gasolina, diesel e GLP Elétricas
Ambiente de trabalho Locais abertos e fechados (exceto diesel).
Ideais para ambientes 
fechados – ausência de 
gases tóxicos.
Piso
Trabalho pesado, 
qualquer tipo de piso, 
superfície irregular, 
pneumáticos.
Exige piso plano, sem 
rugosidade e de alta 
resistência e trabalha 
com pneus maciços.
Características
Aplicações em ambiente 
sujeito a longos períodos 
sem interrupção e altas 
temperaturas (diesel). 
Capacidade para subir 
rampas.
Silenciosas e não 
poluentes. Operam em 
áreas de risco.
Preço Mais cara.
Custo de manutenção 
(anual)
Maior custo de 
manutenção (desgaste e 
combustível).
Menor custo de 
manutenção.
Largura dos corredores Exigem corredores mais largos. Corredores estreitos.
Alturas de estocagem Menores alturas de elevação.
Maiores alturas de 
estocagem.
Velocidade de operação Maior velocidade de operação.
Fonte: Moura (2007).
Exemplo de aplicaçãoExemplo de aplicação
1. Um distribuidor de televisores de LCD, dos mais variados tamanhos, que recebe as mercadorias 
paletizadas e que tenham grande giro, deve escolher quais dos sistemas de armazenagem para 
garantir alta seletividade? Justifique.
105
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
2. A Gerdau S/A trabalha com barras de ferro de grande comprimento, de grande peso e com alto 
giro. Qual sistema de estocagem seria indicado? Por quê?
3. Um distribuidor de produtos perecíveis, que atua com cinco tipos de produtos somente, precisa 
montar um sistema de armazenagem. Após estudar vários modelos, decidiu utilizar o drive‑in. O 
que você, como consultor, diria para essa empresa?
Resolução dos exercícios
1. As estruturas porta‑paletes seriam indicadas – a convencional,a dinâmica e a pushback –, pois 
comprometem um pouco a densidade, mas ampliam a seletividade aos itens, visto que, por causa 
do alto giro, a localização imediata para separar os itens é importante.
2. O cantilever, pois é o sistema indicado para armazenar materiais compridos como os que foram 
citados no exemplo.
3. Não seria indicado, pois, nesse sistema, o primeiro a entrar é o ultimo a sair; poderia haver 
problemas de produtos vencidos no estoque. Para atuar com produtos perecíveis, é necessário 
que se utilize qualquer sistema que garanta o Peps plenamente.
 Saiba mais
Pesquise e leia:
Portaria n.° 7, de 30 de março de 2007, publicada no Diário Oficial da 
União (02/04/2007, Seção 1, pp. 96‑98).
6 RISCOS DE CARGAS E MERCADORIAS
Vamos iniciar diferenciando mercadorias e cargas.
Para Rodrigues (2008), mercadoria é qualquer produto que seja objeto do comércio, ou seja, define 
a ótica do proprietário.
Carga é qualquer mercadoria entregue a terceiros com a finalidade de ser transportada, pagando‑se 
frete, ou ser armazenada, pagando‑se tarifa. As cargas podem ser divididas em dois grupos:
• Carga geral: denominam‑se carga geral os volumes diferenciados fracionados e acondicionados 
em sacos, fardos, caixas, cartões, engradados, amarrados, tambores etc. ou veículos unitários 
de grande porte e sem embalagem, como veículos e máquinas industriais. Há ainda as cargas 
106
Unidade III
especiais, que são aquelas que exigem cuidados diferenciados e específicos, como mercadorias 
refrigeradas com temperaturas controladas, cargas vivas (animais ou plantas) e as mercadorias 
classificadas como perigosas.
• Granéis: carga homogênea, normalmente commodities, adquiridas em grandes lotes, sem 
acondicionamento ou embalagem, apresentadas sob a forma de sólidos, líquidos ou gases. Os 
granéis sólidos podem ser derivados de petróleo ou não.
As cargas possuem características que devem ser conhecidas, eis algumas delas:
• Peso: para a armazenagem, é importante, pois determina o tipo e a capacidade individual dos 
equipamentos de elevação, ou seja, quais são mais indicados para as operações com maior segurança. É 
a partir do peso dos itens a serem movimentados que se fazem as escolhas dos equipamentos.
• Volume: vai determinar o quanto pode ser estocado nos espaços disponíveis, pois determina a 
ocupação volumétrica nos armazéns. É ainda mais importante nos transportes, já que é possível 
planejar quantas viagens ou veículos serão necessários.
• Dimensões: estão associadas às características dos tamanhos da embalagem em todos os ângulos, 
altura, largura e comprimento. Proporciona a informação de metragem cúbica, essencial para 
os cálculos de capacidade do armazém, pois mesmo os itens leves podem ter comprimento ou 
largura que exijam cuidados especiais para sua movimentação.
• Valor: está relacionado aos cuidados específicos que teremos que ter com cada item, como 
referenciado na classificação ABC, em que os itens de classe A, por serem os mais caros, devem ter 
cuidados especiais; está ligado também aos seguros dos itens.
• Fragilidade: é o grau de perecibilidade, possibilidade de avaria ou contaminação, exigindo cuidados 
especiais na movimentação, no transporte e na armazenagem para que sua integridade física seja 
preservada.
Conhecendo agora os conceitos de carga e seus tipos, assim como suas características, podemos 
iniciar os estudos sobre os riscos sofridos pelas cargas. Para fins de seguro, os principais riscos sofridos 
pelas cargas pode ocorrer durante o procedimento de movimentação, transporte e armazenagem. Eles 
podem ser enquadrados nos seguintes tipos:
Principais riscos:
• Mecânicos: são resultantes de vibração, trepidação, frenagens, compressão, oscilação, atrito e 
impactos. É muito comum no transporte em veículos com excesso de velocidade, estradas em 
mau estado, motoristas despreparados e/ou alocação nos veículos sem amarração.
• Riscos físicos: esses tipos de riscos estão associados à movimentação e ao manuseio, por causa 
do uso inadequado de equipamentos e pelo fato de a prática de armazenagem e empilhamento 
107
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
ser feita de maneira inadequada. A qualificação dos envolvidos é essencial para se minimizar esse 
tipo de risco.
• Riscos químicos: causados por reações químicas que alterem as características da mercadoria, 
como combustão espontânea, oxidação etc.
• Riscos climáticos: associados à ação de agentes ambientais externos, tais como calor, frio, 
condensação, salinidade, umidade e mofo. Esses riscos estão ligados à armazenagem em locais 
inadequados ou transportados em veículos impróprios ou embalagens inadequadas.
• Riscos contaminantes: associados à deterioração dos produtos: diminuição da perecibilidade, 
putrefação, manchas e emissão de odores.
• Riscos humanos: causados por embalagens inadequadas, imperícia, imprudência ou negligência, 
dolo, roubo ou furto.
• Riscos imponderáveis: são riscos inesperados causados por atos da natureza, como raios, 
tempestades, furacões, enchentes etc.
• Vício próprio: são problemas impossíveis de se detectar no ato da transferência de responsabilidade 
ou devido a informações inadequadas na embalagem ou qualquer outro problema oculto, inerente 
ao produto, que favoreça a incidência de avarias.
Mas, o que é avaria?
Pode‑se defini–la como qualquer dano ou prejuízo, de caráter endógeno ou exógeno, total ou parcial, 
causado à mercadoria, instalações ou equipamentos de movimentação ou transporte.
Especificamente para transporte marítimo, as avarias podem ser classificadas em: grossas ou comuns.
Para Rodrigues (2005), avaria é qualquer dano material ou despesa extraordinária causada ao navio 
ou à carga, por ato deliberado, diante de perigo real e iminente, em benefícios de vidas, da embarcação 
ou das cargas.
Ficando caracterizada avaria grossa, as despesas serão rateadas proporcionalmente por todos os 
interessados envolvidos ou beneficiados com o fato, sendo as exigências as seguintes:
• ser ato deliberado;
• comunhão dos benefícios.
Vejamos alguns exemplos:
• Quando há necessidade de se jogarem no mar cargas explosivas ou combustíveis soltas no convés, 
colocando em risco a segurança do navio e das demais cargas a bordo.
108
Unidade III
• Cargas molhadas com água salgada para se apagar incêndio no interior do navio.
• Despesas de remoção, transbordo e fretes das cargas quando o navio fica sem condições de 
navegabilidade para levá‑las ao destino contratual.
Avaria simples ou particular corresponde a todo dano material ou despesa extraordinária causados 
involuntariamente à carga ou ao navio, ações que fogem à ação humana.
Para que se caracterize avaria simples, é necessário que exista perigo que comprometa a segurança 
do navio ou da própria carga e, ainda, que haja a ausência de vontade dos envolvidos.
Vejamos alguns exemplos:
• Quando causas naturais, de caráter inevitável e sem a interferência humana, são responsáveis por 
jogar as cargas do convés no mar.
• Quando uma carga sofre incêndio sem afetar nenhuma outra carga ou estrutura do navio e tem 
as chamas apagadas por água salgada.
• Quando, sem intenção de causar dano, há danos provocados por imperícia, negligência ou 
imprudência da tripulação.
• Danos provocados com a intenção de causar dano, de natureza ilegal e fraudulenta da tripulação.
Para lidar com cargas perigosas, há a exigência de identificação dos riscos corridos. Essa necessidade 
se aplica quando há características de fragilidade, perecibilidade, periculosidade e outras peculiaridades, 
e as indicações de riscos são feitas com adesivos padronizados na cor preta, conforme os símbolos 
pictóricos ISO‑780, que apontam os cuidados a serem tomados no seu manuseio, transporte e 
armazenagem.
Vejamos alguns símbolos internacionais:
Lingar aqui
Figura 89 – Mostra o ponto em que a carga deve ser erguida
109
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Frágil
Manuseie com cuidado
Figura 90 – Carga que pode quebrar, arranhar ou sofrer qualquer avaria facilmentenas movimentações ou empilhamento
Não use ganchos
Figura 91 – Produto com restrição a içamento por guinchos
Não role
Figura 92 – Restrição quanto a girar o produto no chão. Chances de causar avarias, deve ser movimentado na
mesma posição até o destino
110
Unidade III
Este lado para cima
Figura 93 – A embalagem deve ser movimentada obrigatoriamente sempre nessa posição
Proteja do calor
Figura 94 – Produtos frágeis ao calor; devem ser protegidos do sol
Mantenha seco
Figura 95 – Produto que não deve ser molhado
111
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Não use carrinho 
de mão aqui
Figura 96 – Comum a cargas pesadas, em que o uso de carrinhos de mão pode comprometer a saúde dos operadores
Centro de gravidade
Figura 97 – Aponta o centro de peso para possíveis empilhamentos e/ou para quando for colocada nos veículos para transporte
Limitação de empilhamento
Figura 98 – Informação que não deve ser ignorada. O empilhamento inadequado pode gerar avarias nos produtos, limita a 
capacidade de estocagem e transporte
112
Unidade III
Limitação de temperatura
ºC
ºC
Figura 99 – Aponta os limites de temperatura; para produtos perecíveis, é um indicador importantíssimo
Esses são apenas alguns símbolos. Para ampliar os estudos, seria importante pesquisar outros 
também. Como sugestão, pesquise na sua empresa ou em qualquer outra fonte, como internet, revista 
e livros. Caso encontre símbolos não citados aqui, podemos discuti‑los via fórum. Esses símbolos têm 
como objetivos identificar adequadamente os cuidados a serem tomados com mercadorias que serão 
transportadas e armazenadas por terceiros. De maneira geral, uma embalagem bem identificada deve 
conter:
• marcas e contramarcas do fabricante;
• destinatário (se necessário);
• logotipo do produtor;
• peso bruto;
• peso líquido;
• dimensões;
• origem e destino;
• número do volume;
• conteúdo;
• pontos de içamento em caso de itens pesados;
• identificação de posição;
• identificação de fragilidade;
• adesivos relativos à sua classe de IMO em caso de cargas perigosas.
113
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Você deve estar se perguntando: mas, o que é IMO ou classe de cargas perigosas? Vamos ampliar os 
estudos e entender isso.
6.1 Cargas perigosas
Muitos produtos manuseados em transporte ou armazenagem diariamente são de natureza perigosa 
tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente e para a própria carga. Muitos desses produtos são 
químicos, assim, constatou‑se a necessidade de se padronizarem critérios de segurança. Tomar precauções 
especiais na movimentação desses itens passou a ser uma necessidade e, mais tarde, uma obrigação.
Então, normas de segurança foram criadas para reduzir riscos de acidentes ou prováveis danos 
decorrentes de seu extravasamento, de acordo com a quantidade e característica dos produtos.
Cada carga classificada como perigosa tem um grau de periculosidade. É importante salientar que 
trata‑se de uma probabilidade de perigo às pessoas, ao meio ambiente, à própria carga e ao patrimônio 
ao seu redor, ou seja, não necessariamente significa que vai acontecer, mas as identificações têm o papel 
de informar qual é o risco provável.
Cargas perigosas devem cumprir rigorosamente todas as normas de segurança em todas as fases da 
movimentação, da armazenagem e dos transportes das mercadorias.
 Observação
Cuidados especiais em movimentação na armazenagem ou transporte 
não são exclusivos de cargas classificadas como perigosas. Para evitar 
que uma carga impregne outra, deve‑se evitar a aproximação daquelas 
que possam exalar odores; deve‑se também prevenir a aproximação de 
cargas sujeitas a vazamento de outras sujeitas a avarias, inclusive por 
contaminação. Exemplos de produtos que podem contaminar por cheiro 
são: bacalhau; café; fumo; algumas frutas; charque; peles; couros; madeiras; 
carvão; naftalina; borracha; fertilizantes; vegetais cuja fermentação exale 
fortes odores etc.
IMO significa Organização Marítima Internacional e tem como função fazer a classificação 
das cargas consideradas perigosas de acordo com os critérios padronizados internacionalmente. Cada 
substância perigosa é enquadrada em uma das classes de 1 a 8, enquanto os não classificáveis em 
nenhuma dessas são alocados na classe 9.
Cada produto deve receber um número de identificação e um nome, atribuídos pela IMO e que 
devem constar em qualquer documento relativo à carga.
Esse procedimento é regulado pela Portaria nº 204/97 do Ministério dos Transportes e pela NBR 7500 
da ABNT, revisada em março de 2000.
114
Unidade III
Vejamos agora as classificações de cada uma das classes perigosas aceitas internacionalmente:
Quadro 2
Classe Subclasse Tipo 
1
Explosivos
1.1 Substâncias com risco de explosão de toda a massa (baixo ponto de fulgor).
1.2 Substância com risco de projeção, mas não de explosão de toda a massa (médio ponto de fulgor).
1.3
Substância com risco de ignição ou efeitos de onda de choque ou 
projeção, ou de ambos, mas sem risco de explosão de toda a massa (alto 
ponto de fulgor).
1.4 Substância sem risco significativo de explosão.
1.5 Substância pouco sensível à explosão.
1.6 Substância extremamente insensível à explosão.
2
Gases
2.1 Gases inflamáveis.
2.2 Gases não inflamáveis, não tóxicos.
2.3 Gases tóxicos.
3
Líquidos inflamáveis
3.1 Baixo ponto de fulgor: <0° F (‑18°C).
3.2 Médio ponto de fulgor: < 73° F (23° C) > 0 °F (‑18°C).
3.3 Alto ponto de fulgor: <141°F (61°C) > 73° F(23°C).
4
Sólidos inflamáveis, sujeitos à combustão expontânea ou que 
emitem gases inflamáveis em contato com água
4.1 Rápida combustão espontânea, que pode causar ignição por fricção, autorreativos e explosivos neutralizados.
4.2 Sujeito à combustão expontânea.
4.3 Emitem gases inflamáveis em contato com água.
5
Óxidos e peróxidos
5.1 Substâncias oxidantes.
5.2 Peróxidos orgânicos.
6
Substâncias tóxicas e infectantes
6.1 Tóxicos ou venenosos.
6.2 Infectantes.
7 Materiais radioativos
8 Substâncias corrosivas
9 Substâncias perigosas não especificadas
Como fator de segurança, é indicado colar as classes de riscos e seus significados em todos os 
equipamentos de movimentação, assim eles ficam sempre em evidência para os operadores. De maneira 
simplificada:
115
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Quadro 3
1 2 3 4 5 6 7 8 9
EX GA LI SOL OXI VE RA CO ES
Quanto às formas de identificação nos produtos ou nos contêineres de cargas perigosas, há adesivos 
padronizados internacionalmente em modelo de 0,33 m X 0,33 m, que devem obrigatoriamente ser colados.
Vejamos a seguir os rótulos de identificação:
Classe 1: explosivos
* **1
Figura 100 – Símbolo para indicar o grupo de compatibilidade, que vai de 1.1 a 1.3
1.4
1*
Figura 101 – Pertence ainda à classe de explosivos, mas sem grandes riscos
1.5
1*
Figura 102 – Mesma estrutura do anterior, indicando o número de classificação
1.6
1*
Figura 103 – Mesma estrutura do anterior, indicando o número de classificação
116
Unidade III
Classe 2: gases
2
Figura 104 – Gás inflamável, subclasse 2.1
2
Figura 105 – Gás não inflamável, não tóxico
2
Figura 106 – Gases tóxicos, subclasse 2.3
Classe 3: líquidos inflamáveis
3
Figura 107 – Líquidos inflamáveis
117
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Classe 4: sólidos inflamáveis
Subclasse 4.1
4
Figura 108 – O símbolo conta com sete listas verticais vermelhas
Subclasse 4.2
4
Figura 109 
Subclasse 4.3
4
Figura 110 – Substâncias que, em contato com a água, soltam gases inflamáveis
Classe 5: substâncias oxidantes e peróxidos
Subclasse 5.1
5.1
Oxidante
Figura 111 
118
Unidade III
Subclasse 5.2
5.2
Peróxido 
Orgânico
Figura 112 – Peróxidos orgânicos
Classe 6: substâncias tóxicas e infectantes
Subclasse 6.1
6
Figura 113 – Substância tóxica venenosa – grupos de embalagens I e II
Subclasse 6.1
6
NOCIVO
Figura 114 – Substância tóxica venenosa – grupo de embalagem III
Subclasse 6.2
6
SUBSTÂNCIA 
INFECTANTE
Figura 115 – Substância infectante
119
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Classe 7: materialradioativo
A classe de material radioativo é dividida em três categorias:
Categoria I
7
RADIOATIVO
CONTEÚDO________
ATIVIDADE_________
Figura 116 
Categoria II
7
RADIOATIVO
CONTEÚDO________
ATIVIDADE_________
Figura 117 
Categoria III
7
RADIOATIVO
CONTEÚDO________
ATIVIDADE_________
Figura 118 
Classe 8: corrosivos
8
Figura 119 
120
Unidade III
Classe 9: substâncias perigosas diversas
9
Figura 120 – Símbolo conta sete listas pretas na parte superior
 Observação
Pode ocorrer de um produto ter mais de uma classificação de risco. Em 
situações desse tipo, podem‑se utilizar dois rótulos diferentes, um principal 
e outro secundário.
 Saiba mais
Para entender mais sobre o tema, leia:
NR 19 – Explosivos. Disponível em: <portal.mte.gov.br/data/files/8A7C
812D302E6FAC013032FD75374B5D/nr_19.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2013.
Portaria GM n. 3.214, de 8 de junho de 1978. Disponível em: <www010.
dataprev.gov.br/sislex/paginas/63/mte/1978/3214.htm>. Acesso em: 11 
mar. 2013.
Portaria SSMT n. 2, de 2 de fevereiro de 1979. Disponível em: <www.
legnet.com.br/sislegnet/integra/cliente‑1/pais‑1/un2173.htm>. Acesso em: 
11 mar. 2013.
Portaria SIT n. 7, 30 de março de 2007. Disponível em: <www.anest.org.
br/noticias/Port_SIT_N_7_anexo_nr_19_fogos.doc>. Acesso em: 11 mar. 
2013.
Exemplos de aplicaçãoExemplos de aplicação
1. Temos um galpão que mede 30 x 50 e não tem prateleira. Os itens estão estocados no chão, 
empilhados em dois níveis, como ilustrado ao lado do galpão:
121
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
A parte coberta está lotada (há também uma área aberta fora do galpão). Apesar de a embalagem 
informar que se podem empilhar em três níveis, o empilhamento praticado é de dois níveis, pois 
o responsável pela armazenagem argumentou que os itens são sensíveis a peso. Há mais uma 
centena de caixas estocadas na área aberta; a previsão é de que fiquem nessa área por 7 dias.
Indagado sobre suas ações, o gestor da área, sem entender, questionou o que havia de errado 
nelas. O que você diria a ele?
2. Para ampliar os conceitos discutidos, pesquise um tipo de explosivo, de gás, de líquido inflamável 
e de material radioativo. Poste‑os no fórum para conhecimento de todos.
Resolução dos exercícios
1. Se há permissão para estocar em três níveis, não há motivo para fazê‑lo em dois níveis. Se as 
recomendações na embalagem fossem seguidas, não seria necessário colocar itens na parte 
aberta, pois se aproveitaria melhor o espaço útil do estoque.
Foi uma decisão entre algo permitido – empilhar em três níveis – e algo não permitido: a exposição 
do item ao sol. Como visto, a decisão foi equivocada e vai comprometer a integridade dos itens.
2. Não há uma resposta específica – será fruto de pesquisa dos alunos.
 Resumo
Esta Unidade conceituou os tipos de armazenagem, apontou os 
conceitos, mostrou quando utilizar cada um deles e quais os equipamentos 
utilizáveis em cada um.
Também apontou as técnicas de trabalho com cargas perigosas, 
indicando os principais riscos e símbolos que minimizem os riscos. Mostrou 
as técnicas de trabalho com cargas perigosas, indicando os principais riscos 
nos transportes dessas cargas e os símbolos utilizados no transporte para 
minimizar os riscos com produtos perigosos.
Relacionou ainda a classificação IMO de itens perigosos e as formas de 
identificação.
122
Unidade III
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2012) O procedimento de despacho aduaneiro é iniciado na parametrização da 
carga em canais, onde é submetida à análise fiscal e selecionada para um dos canais de conferência. Os 
canais de conferência são quatro: verde, amarelo, vermelho e cinza. Considerando esse contexto, avalie 
as afirmações abaixo:
I − A importação selecionada para o canal verde é simples, liberada automaticamente, sem qualquer 
verificação.
II − No caso de seleção para o canal vermelho ocorre a conferência documental, mas não há 
verificação física da mercadoria.
III − No canal amarelo é realizada a verificação física da mercadoria e a aplicação de procedimento 
especial de controle aduaneiro, para verificação de elementos indiciários de fraude.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
Justificativa geral: a importação selecionada para o canal verde é desembaraçada, automática e 
direta. No caso do canal vermelho ocorre a conferência documental e temos a verificação física da 
mercadoria. No canal amarelo temos a conferência dos documentos da instrução e das informações 
constantes na declaração.
Questão 2. A Camurati S.A. é uma empresa de médio porte que produz rolos de filmes plásticos que 
serão utilizados como embalagens. Seus clientes são grandes empresas alimentícias e seus fornecedores 
são grandes empresas petroquímicas. O produto da Camurati S.A. é altamente padronizado, a concorrência 
é intensa e a competição se dá unicamente por preço.
123
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Qual das seguintes alternativas descreve a situação competitiva para a Camurati S.A.? 
A) A rivalidade entre as empresas do setor é baixa e, por isso, a situação da empresa no longo prazo 
é estável. 
B) Existe uma elevada diferenciação dos produtos da empresa e, devido a isso, ela apresenta uma 
vantagem competitiva perante os concorrentes. 
C) Existe uma elevada homogeneidade entre as empresas do setor e, por isso, ela necessita ser 
operacionalmente eficiente ou ter economias de escala.
D) A empresa possui um grande poder de barganha perante seus fornecedores e, em consequência, 
consegue comprar a mercadoria a custos inferiores aos dos seus concorrentes. 
E) A empresa tem grande poder de barganha com seus clientes, e, por isso, consegue vender a 
mercadoria a preços superiores aos de seus concorrentes. 
Resolução desta questão na plataforma.

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