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PRATICA FERIDAS

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CURSO CUIDADOR DE IDOSOS
Professor: Jhai Abreu Maduro
Enfermeiro
COREN RJ 550059
Alterações Tegumentares
As principais doenças dermatológicas que afetam os membros inferiores em idosos são:
• Eczema asteatótico: afeta principalmente os membros inferiores, embora possa acometer também os membros superiores e o dorso. Esta condição resulta do ressecamento excessivo da pele
• Psoríase: pode acometer a superfície extensora dos joelhos
• Úlceras: as características essenciais de uma úlcera quanto à sua localização, o tamanho, a forma, a superfície, a base, as bordas e as condições dos tecidos que a circundam devem sempre ser observadas. Deve-se procurar por evidência de uma causa subjacente como doença arterial, neuropatia periférica e/ou hipertensão venosa crônica. 
A presença de mais de um fator etiológico é possível particularmente em pacientes idosos.
Envelhecimento cutâneo 
Componentes Extrínseco
•Fatores externos
•Raios solares
•Tabagismo 
•Agentes químicos
Componentes Intrínseco 
•Idade
•Genética
Pele do tipo foto envelhecida 
•Espessura aumentada
•Rugas mais proeminentes
•Pigmentação irregular com tonalidade amarelada
•Grande variedade de lesões benignas, pré-malignas e neoplásicas 
•Colágeno diminui 1% ao ano, fibrilas colágenas remanescentes tornam-se desorganizadas modificando a cicatrização da pele do idoso.
Prevenção
•Exposição solar com filtro solar passar 20 minutos antes da exposição solar, reaplicar após contato com água. 
Xerose–Eczema asteatótico
 Pele Seca 
•Geralmente acompanhada de prurido
•É uma achado quase universal entre idosos, deve-se a atrofia natural da pele que cursa com perda na produção e na retenção de agua decorrente da deficiência micro e macrovascular. 
•Localização mais comum MMII 
•Nome dado ao ressecamento da pele, causado pela diminuição das glândulas sudoríparas, que causa prurido e descamação. O uso de sabões, banhos de imersão, banhos quentes e demorados pioram o problema.
Xerose–Asteatose–Pele Seca –Tratamento
•Evitar banhos excessivamente e quentes e demorados.
•Uso de sabonetes e buchas ou esponjas de banho.
•Hidratação corporal com emolientes padrão ouro o creme de ureia sobre a pele ainda úmida. 
Prurido Agudo –Causas mais comuns
•Farmacodermia
•Dermatite de contato e urticária
Prurido Crônico –Causas mais comuns
•Xerose 
•Endocrinopatias (Hipoe hipertireoidismo e D.M) 
•Insuficiência renal crônica (Causa mais frequente de prurido em idosos)
Escabiose
•Característica definidora Prurido noturno
•Localização: mãos, pés, entre os dedos, axilas, coxa e virilha
•Tratamento: Oral (Ivermectina) tópico (Benzoatode benzila) e loções de permetrina
Dermatite Seborreica
•A dermatite seborreica é uma doença crônica comum em idosos. Acompanha algumas doenças neurológicas como doença de Parkinson, siringomielia, poliomielite e trauma medular, além de manifestar-se como possível efeito colateral de neurolépticos. 
•Em portadores do vírus AIDS, as manifestações clínicas tendem a ser mais exuberantes. 
•Sua patogenia ainda não é totalmente esclarecida, podendo relacionar-se à produção aumentada da secreção das glândulas sebáceas, concomitantemente ou não à presença de fungos 
Disfunção Tátil
O processo de envelhecimento pode causar redução nas sensações de dor, vibração, frio, calor, pressão e toque. 
O sistema sensorial somático, com receptores difusamente presentes no corpo, evoca diversas modalidades perceptuais: tato, pressão, vibração, propriocepção, dor e sensações térmicas.
Os receptores para tato, pressão e vibração são terminações nervosas localizadas na pele. Os receptores para a propriocepção, por outro lado, localizam-se nas cápsulas das articulações, nos tendões e na musculatura esquelética.
Com o envelhecimento, pode haver reduções nas sensações de dor, vibração, frio, calor, pressão e toque. Parte dessas alterações deve-se a deficiências microcirculatórias nos receptores periféricos, na medula espinal ou no córtex cerebral.
•Deficiências vitamínicas (principalmente do complexo B), diabetes melito, uso abusivo de álcool, doenças renais, mielomamúltiplo, neoplasias (de pulmão, linfoma, leucemia), doenças autoimunes, exposição a toxinas e infecções (vírus da imunodeficiência humana) podem causar perda sensorial na forma de neuropatia periférica. Em alguns casos, após o controle do fator etiológico, pode haver certa recuperação funcional.
•A perda da sensibilidade às alterações de temperatura faz com que os idosos estejam mais suscetíveis a hipotermia, queimaduras (quando aplicam compressas quentes nos pés) ou congelamento de extremidades (como na exposição à neve).
•A redução das sensibilidades ao toque, à pressão e à vibração aumenta a possibilidade de ocorrerem lesões de pele, como as lesões por pressão.
•A perda das aferências proprioceptivas pode dificultar a percepção da posição dos membros em relação ao chão,causando quedas e lesões em extremidades inferiores (como as lesões dos pés dos pacientes diabéticos com neuropatia periférica).
•Por outro lado, o limiar da sensibilidade dolorosa aumenta cerca de 20% com o avançar da idade, predispondo a lesões traumáticas cutâneas mais graves.
Cuidados de enfermagem para idosos com disfunção tátil:
•Limitar a temperatura máxima da água em sua residência. (reduzir risco de queimaduras) 
•Inspecionar calçados antes de calçá-los
•Manter unhas dos pés bem aparadas e limpas
•Examinar rotineiramente os pés em busca de infecções 
Skin Tears - Lesão por Fricção
A lesão por fricção é restrita a derme e sua ocorrência está relacionada à fragilidade cutânea. 
É uma ferida traumática que ocorre principalmente nas extremidades de idosos, resultante de forças de cisalhamento ou fricção que separam a epiderme da derme (ferida de espessura parcial) ou que separam ambas, epiderme e derme, das estruturas subjacentes (ferida de espessura total).
1-Controlar o sangramento e limpar a ferida de acordo com o protocolo institucional
2-Realinhar (se possível) a aba de pele ao leito da ferida
3-Examinar o grau de perda tecidual e a coloração do retalho de pele
4-Examinar a pele ao redor para identificar fragilidade, edema, descoloração ou lesão
5-Examinar o paciente, suas condições de cicatrização, fatores ambientais etc.
6-Se a aba de pele estiver pálida, opaca ou escurecida, re-examinarem 24-48h ou no momento da próxima troca de curativo. 
Fatores de risco 
Extremos de idade (recém-nascido) e muito idoso (>75 anos) 
Imobilidade (cadeirante/ acamado) 
Dificuldade de locomoção/desequilíbrio 
Ingestão nutricional inadequada 
Demência 
História prévia de lesões por fricção 
Alterações neuromusculares (rigidez/espasticidade/contraturas articulares) 
Deficiência mental
 Neuropatia 
Pele seca / descamativa e frágil 
Equimoses 
Púrpura senil 
Problemas vasculares 
Problemas cardíacos 
Problemas pulmonares 
Deficiência visual/ auditiva Incontinência/continência 
Edema de membros 
Fraqueza muscular 
Hemiplegia/paraplegia 
Agitação 
Paralisia 
Unhas compridas
Prevalência
A prevalência de lesão por fricção varia entre 3,3% a 22 % no ambiente hospitalar
•E de 5,5 % a 19,5% no domicílio.
•Foi associada principalmente à idade avançada e dependência para as atividades básicas de vidas diárias. 
Ações Preventivas
1. Proporcionar um ambiente seguro para movimentação do paciente 
2. Proteger áreas frágeis e delgadas (utilizar meias, ataduras ou outros matérias suaves) 
3. Utilizar técnicas corretas de posicionamento, mudança de decúbito e transferência visando diminuir as forças de fricção e cisalhamento. 
4. Não utilizar produtos que prejudicam o phlevemente ácido da pele, tais como: sabão, detergentes e perfumes. 
5. Evitar banho quente e prolongado 
6. Hidratar a pele 
7. Não massagear a pele dos pacientes em risco. 
8. Manter unhas aparadas e lixadas.
Tratamento
Adesivo a base de acrilato
•Promove hemostasia•Proteção contra bactérias
•Aumento da velocidade da epitelização
•Umidade ideal para cicatrização
•Redução da dor
Tratamentos
Evitar coberturas adesivas
•Quando não existir retalho de pele utilizar produtos à base de silicone ou acrilato
•Dentre as coberturas adesivas, dar preferência as que sejam pouco adesivas e que tenham capacidade de absorção do exsudato.

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