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Infra-estrutura-de-Cabeamento-Estruturado--Conceitos-e-Aplicações

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE 
FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLOGICAS – FATEC 
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO 
 
 
 
FILIPE ARAUJO 
LUCAS MENDES PORTO COSTA 
 
 
 
Infra estrutura de Cabeamento Estruturado – 
Conceitos e Aplicações 
 
 
GOVERNADOR VALADARES 
2011 
 
 
 
FILIPE ARAUJO 
LUCAS MENDES PORTO COSTA 
 
 
 
Infra estrutura de Cabeamento Estruturado – 
Conceitos e Aplicações 
 
 
Monografia para obtenção do grau de 
bacharelado em Ciência da 
Computação, apresentada à Faculdade 
de Ciência e Tecnologia da 
Universidade Vale do Rio Doce. 
Orientador: Rossana Cristina Ribeiro 
Morais 
Co-Orientador: Anderson Cordeiro 
Cardoso 
 
 
 
 
Governador Valadares 
2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A mente que se abre a uma nova 
idéia jamais voltará ao seu tamanho 
original.” 
Albert Einstein 
 
“Obrigado, amigo, pelos erros que me 
emprestastes,pois com eles pude 
 corrigir os meus.” 
 
Silvestre C. Cabral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À Deus, 
aos professores, 
aos colegas de curso e 
aos nossos familiares, 
dedicamos este trabalho. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Inicialmente queremos agradecer a Deus, pelos dons recebidos. Aos nossos pais, 
pelo amor incondicional e a oportunidade concedida. Aos nossos professores, pelos 
conhecimentos adquiridos.E finalmente aos colegas de curso pela convivência e 
trocas. 
 
 
 
Resumo 
 
O principal objetivo do presente trabalho é desenvolver um projeto de cabeamento 
estruturado para salas de informática da instituição. Um sistema de cabeamento 
estruturado consiste de um conjunto de produtos de conectividade empregado de 
acordo com regras específicas de engenharia. Esse sistema integra diversos meios 
de transmissão (cabos metálicos, fibra óptica, rádio etc...) que suportam múltiplas 
aplicações de telecomunicação. O conjunto de especificações garante uma 
implantação modular com capacidade de expansão programada. Os produtos 
utilizados asseguram conectividade máxima para os dispositivos existentes e 
preparam a infra-estrutura para as tecnologias emergentes. A topologia empregada 
facilita os diagnósticos e manutenções. Assim, um sistema de cabeamento 
estruturado é uma concepção de engenharia fundamental na integração de 
aplicações distintas tais como voz, dados, vídeo. 
 
Palavras-Chave: 
Cabeamento estruturado, infra-estrutura, telecomunicação 
 
 
Abstract 
 
The main objective of this research project is to develop a structured cabling for 
computer rooms of the institution. A structured cabling system consists of a set of 
connectivity products used in accordance with specific rules of engineering. This 
system integrates various modes of transmission (wires, fiber optic, radio etc ...) that 
support multiple applications of telecommunication. The set of specifications 
provides a modular implementation capacity of the planned expansion. The materials 
used ensure maximum connectivity for existing devices and prepare the 
infrastructure for emerging technologies. The topology used easier diagnosis and 
maintenance. Thus, a structured cabling system is a key engineering design in the 
integration of different applications such as voice, data, and video. 
 
 
Keywords: 
Structured cabling, infrastructure, telecommunications 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
ARPA - Advanced Research Projects Agency, (Agencia de Pesquisa e Projetos 
Avançados). 
ARPANET - Advanced Research Projects Agency Network . 
AT&T – American Telephone and Telegraph - companhia americana de 
telecomunicações. 
CIT – Centro de Informação e Tecnologia 
DEC – Digital Equipment Corporation 
EIA/TIA - Electronic Industries Association/ Telecommunications Industry 
Association. 
EUA – Estados Unidos da America 
IBM – International Business Machines 
IES – Instituição de Ensino Superior. 
ISO – (International Organization for Standardization) 
ISO/IEC – International Organization for Standardization/International 
Electrotechnical Commission 
MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts. 
TCP – Protocolo de Controle de Transmissão 
URSS – União Soviética 
UTP – Unshielded Twisted Pair 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE IMAGENS 
 
 
Figura 1 - Estrutura do Cabeamento ......................................................................... 17 
Figura 2 - Cabo Par Trançado Categoria 5 ............................................................... 28 
Figura 3 - Conector IEC 61076-3-104 ....................................................................... 29 
Figura 4 - Cabo S/FTP .............................................................................................. 29 
Figura 5 - Fibra Óptica Monomodo e Multimodo ....................................................... 31 
Figura 6 - Cabo de Fibra Óptica ................................................................................ 32 
Figura 7 - Cabo Coaxial............................................................................................. 32 
Figura 8 - Conector RJ45 Macho .............................................................................. 33 
Figura 9 - Conector RJ45 Fêmea .............................................................................. 33 
Figura 10 - Conector RJ45 Macho para cabos CAT6 ................................................ 33 
Figura 11 - Conector RJ45 Fêmea para CAT6 .......................................................... 34 
Figura 12 - Pinagem / Polarização dos Conectores RJ45 ......................................... 35 
Figura 13 - Conectores para Fibra Óptica ................................................................. 35 
Figura 14 - Conectores Coaxiais BNC....................................................................... 36 
Figura 15 - Tomada de Telecomunicação ................................................................. 36 
Figura 16 - Cabo Montodo (Line Cord / Patch Cord) ................................................. 37 
Figura 17 - Modelos de Patch Panel ......................................................................... 38 
Figura 18 - Painel de Distribuição ............................................................................. 38 
Figura 19 - Ring Run ................................................................................................. 39 
Figura 21 - Rack Aberto ............................................................................................ 40 
Figura 20 - Rack Fechado ......................................................................................... 40 
Figura 22 - Laboratório 1 ........................................................................................... 43 
Figura 23 - Laboratório 2 ........................................................................................... 44 
Figura 24 - Laboratório 3 ........................................................................................... 45 
Figura 25 - Iniciação Científica .................................................................................. 46 
Figura 26 - Laboratório 1 Remodelado ...................................................................... 48 
Figura 27 - Laboratório 2 Remodelado ...................................................................... 49 
Figura 28 - Laboratório 3 Remodelado ...................................................................... 50 
Figura 29 – Iniciação Científica Remodelado ............................................................ 51 
Figura 30 - Estrutura Nova ........................................................................................ 52 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 - Normas do Cabeamento .......................................................................... 25 
Tabela 2 - Categorias de Cabeamento...................................................................... 30 
Tabela 3 - Sequencia de Crimpagem ........................................................................34 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11 
1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 14 
1.2 SISTEMAS NÃO ESTRUTURADOS VS. SISTEMAS ESTRUTURADOS ........... 14 
1.3 OBJETIVO GERAL.............................................................................................. 15 
1.4 OBJETIVOS ESPECIFICOS ............................................................................... 15 
2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 16 
2.1 CABEAMENTO ESTRUTURADO ....................................................................... 16 
2.1.1 Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling)............................................... 18 
2.1.2 Cabeamento Backbone (Backbone Distribution) ........................................ 20 
2.1.3 Área de Trabalho (Work Area) ....................................................................... 21 
2.1.4 Sala de Telecomunicações (Telecommunications Room) .......................... 21 
2.1.5 Sala de equipamentos (Equipment Room) ................................................... 22 
2.1.6 Entrada do edifício (Entrance Facility) ......................................................... 23 
2.2 NORMAS E PADRÕES ..................................................................................... 24 
3.3 NORMAS EIA / TIA ............................................................................................. 24 
2.4 ESPECIFICAÇÕES DOS CABOS. ..................................................................... 26 
2.4.1 Cabos UTP e STP ( Cabos par trançado ). ................................................... 26 
2.4.2 Tipos de cabos UTP / STP ............................................................................. 27 
2.4.3 Cabos de fibra óptica. .................................................................................... 30 
2.4.4 Tipos de fibra óptica ...................................................................................... 31 
2.4.5 Cabos coaxiais. .............................................................................................. 32 
2.5 ESPECIFICAÇÃO DE CONECTORIZAÇÃO. ..................................................... 32 
2.5.1 Opções para conectorização ......................................................................... 33 
2.5.2 Padrões de conectorização RJ45.................................................................. 34 
2.6 TOMADA DE TELECOMUNICAÇÕES ............................................................... 36 
2.7 LINE CORDS E PATCH CABLES ...................................................................... 36 
2.8 PAINÉIS DE DISTRIBUIÇÃO ( PATCH PANELS ) ............................................ 37 
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 40 
3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................ 41 
4. PROJETO ............................................................................................................. 42 
5. CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS .......................................................... 53 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 54 
 
 
APÊNDICE(S) ........................................................................................................... 56 
 
11 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Antes do advento de computadores dotados com algum tipo de sistema 
de telecomunicação, a comunicação entre máquinas calculadoras e computadores 
antigos era realizada por usuários humanos através do carregamento de instruções 
entre eles. 
Em setembro de 1940, George Stibitz usou uma máquina de teletipo para 
enviar instruções para um conjunto de problemas a partir de seu Model K 
na Faculdade de Dartmouth em Nova Hampshire para a sua calculadora em Nova 
Iorque e recebeu os resultados de volta pelo mesmo meio. Conectar sistemas de 
saída como teletipos a computadores era um interesse na Advanced Research 
Projects Agency (ARPA) quando, em 1962, J.C.R.Licklider foi contratado e 
desenvolveu um grupo de trabalho o qual ele chamou de a "Rede Intergaláctica", um 
precursor da ARPANET. 
Em 1964, pesquisadores de Dartmouth desenvolveram o Sistema de 
Compartilhamento de Tempo de Dartmouth para usuários distribuídos de grandes 
sistemas de computadores. No mesmo ano, no MIT, um grupo de pesquisa apoiado 
pela General Electric e Bell Labs usou um computador (DEC’s PDP-8) para rotear e 
gerenciar conexões telefônicas. 
Durante a década de 1960, Leonard Kleinrock, Paul Baran e Donald Davies, 
de maneira independente, conceituaram e desenvolveram sistemas de redes os 
quais usavam datagramas ou pacotes, que podiam ser usados em uma rede 
de comutação de pacotes entre sistemas de computadores. 
Em 1969, a Universidade da Califórnia em Los Angeles, SRI (em Stanford), 
a Universidade da Califórnia em Santa Bárbara e a Universidade de Utah foram 
conectadas com o início da rede ARPANET usando circuitos de 50 kbits/s. 
A ARPANET funcionava através de um sistema conhecido como 
chaveamento de pacotes, que é um esquema de transmissão de dados em rede de 
computadores no qual as informações são divididas em pequenos "pacotes", que por 
12 
 
 
 
sua vez contém trecho dos dados, o endereço do destinatário e informações que 
permitiam a remontagem da mensagem original. 
Redes de computadores e as tecnologias necessárias para conexão e 
comunicação através e entre elas continuam a comandar as indústrias de hardware 
de computador, software e periféricos. Essa expansão é espelhada pelo crescimento 
nos números e tipos de usuários de redes, desde o pesquisador até o usuário 
doméstico. 
Atualmente, redes de computadores são o núcleo da comunicação moderna. 
O escopo da comunicação cresceu significativamente na década de 1990 e essa 
explosão nas comunicações não teria sido possível sem o avanço progressivo das 
redes de computadores. 
As redes de computadores surgiram e evoluíram com a crescente 
necessidade de compartilhamento de recursos computacionais e de informações 
nas empresas. As primeiras redes eram de pequeno porte, com poucos 
computadores interligados. 
Nessa perspectiva, o governo dos Estados Unidos temia um ataque às suas 
bases militares pela URSS. Acontece que em caso de um ataque (deve-se levar em 
consideração o clima de tensão que permeia a década de 60), informações 
importantes e sigilosas poderiam ser perdidas não oferecendo aos EUA condições 
de resistência e reação. 
Então foi idealizado um modelo de troca e compartilhamento de informações 
que permitisse a descentralização das mesmas. Assim se o Pentágono fosse 
atingido, as informações armazenadas ali não estariam perdidas. Era preciso, 
portanto, criar um rede, a ARPANET, criada pela ARPA. Vale lembrar que em 1962, 
J.C.R LickLider do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) já falava em 
termos da existência de uma "Rede-Galáctica". 
O ataque inimigo nunca aconteceu, mas o que o Departamento de Defesa 
dos Estados Unidos não sabia que tinha acabado de dar o pontapé inicial para o 
maior fenômeno midiático do século. O único meio de comunicação que em apenas 
4 anos conseguiria atingir cerca de 50 milhões de pessoas. 
13 
 
 
 
Foram nos anos 60 que surgiram os primeiros estudos sobre comutação de 
pacotes, com a intenção de criar uma forma de comunicação mais eficiente e 
robusta do que a de circuitos. A década seguinte, 70, foi a responsável pelo 
desenvolvimento do TCP, inicialmente especificado por Vint Cerf, em 1974. O 
objetivo era obter um protocolo que transmitisse de forma eficiente e confiável 
,pacotes em redes de longa distância. 
Os anos 80 marcam a proliferação das redes conectadasà Internet e 
finalmente, com a criação da Web , e dos browsers com interface gráfica. Na década 
de 90, surgiu a inclusão do usuário doméstico na rede, e o início do fenômeno 
comercial e cultural que se tornou a Internet. ( KUROSE, 2006). 
O cabeamento estruturado remonta as tecnologias de redes dos anos 80 
quando empresas de telecomunicações e computação como AT&T, Dec e IBM 
criavam seus próprios sistemas de cabeamento proprietários. Nos anos 90, o 
cabeamento estruturado teve um grande progresso com a introdução do cabo par 
trançado. Nesse sentido, a criação das normas EIA/TIA e ISO, ajudaram na 
padronização de cabos, conectores e procedimentos. 
O conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado baseia-se na disposição 
de uma rede de cabos, com integração de serviços de dados e voz, que facilmente 
pode ser redirecionada por caminhos diferentes, no mesmo complexo de 
Cabeamento, para prover um caminho de transmissão entre pontos da rede 
distintos. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
1.1 JUSTIFICATIVA 
 
As organizações enfrentam mudanças constantes, que exigem a 
movimentação ou reorganização das pessoas, espaços de trabalho e os serviços 
que elas executam. À medida que a tecnologia continua a evoluir, uma rede 
corporativa deve suportar aplicações de voz, dados, vídeo e multimídia. 
O rápido crescimento na capacidade de processamento, o aumento do porte 
das redes e a introdução de métodos de acesso de maior velocidade, criaram uma 
necessidade incontestável de sistemas de cabeamento confiáveis e gerenciáveis. 
Para isto é sugerida a implantação do sistema de cabeamento estruturado que visa 
facilitar e adequar a estrutura física da empresa com suas necessidades. 
Um sistema de cabeamento estruturado é à base de uma rede de 
informações moderna, mesmo com todas as alterações e desafios que fazem parte 
de seus negócios, pois possui um ciclo de vida mais longo, reduz os gastos com 
manutenção da rede, aumenta o desempenho da mesma, pode eliminar a 
necessidade de interrupção do fluxo de trabalho e o tempo inativo da rede, que 
estão associados à reestruturação de um escritório. 
1.2 SISTEMAS NÃO ESTRUTURADOS VS. SISTEMAS ESTRUTURADOS 
 
Os sistemas não estruturados são aqueles aos quais todos nós já estamos 
acostumados, como as redes locais de computadores, redes de telefonia, circuitos 
para distribuição de sinais de televisão, circuitos de segurança, de automação de 
processos, e muitos outros. Tais sistemas tiveram origens diferentes e se 
desenvolveram também de forma independente, fazendo com que seus métodos de 
comunicação fossem exclusivos, dando origem a sistemas prioritários. 
Ao utilizar sistemas independentes é necessário um maior número de dutos e 
espaços para a passagem dos cabos e acomodação dos elementos, pois os 
mesmos deverão ser exclusivos para cada sistema, gerando uma mão-de-obra 
maior. 
15 
 
 
 
Os sistemas estruturados surgiram com a finalidade de criar uma infra-
estrutura única de elementos passivos que pudesse servir aos mais variados 
sistemas de comunicação de sinais de baixa tensão. 
 O cabeamento estruturado apesar de possuir vantagens em relação aos 
sistemas convencionais como normatização, flexibilidade, fácil gerenciamento e 
segurança entre outros, não vem tendo a aceitação esperada. Este fato se dá 
principalmente a barreiras culturais de engenheiros projetistas e instaladores que 
argumentam o fato de que o custo inicial do cabeamento estruturado é maior, 
condenando assim seu uso. 
1.3 OBJETIVO GERAL 
 
Propor a implementação de um projeto de cabeamento estruturado nos 
laboratórios de informática da IES a fim de proporcionar um ambiente de fácil 
manutenção e com custo reduzido e ainda uma rede segura e confiável para o 
compartilhamento de dados, voz, imagens e multimídia. 
1.4 OBJETIVOS ESPECIFICOS 
 
 Adquirir o conhecimento na área de cabeamento estruturado. 
 Avaliação do ambiente físico, facilidade de cada espaço. 
 Avaliação do projeto de edificação, arquiteturas e espaços. 
 Avaliação dos meios a serem utilizados (cabos). 
 Estudar as melhorias que deverão ser feitas nos laboratórios da IES. 
 Verificar as necessidades atuais e futuras dos serviços de comunicação de 
dados, vídeo e áudio. 
 Definição da topologia de distribuição do sistema de Redes Locais. 
 Gerar um ambiente de estudo mais estruturado e de menos custo em longo 
prazo. 
 Melhorar a infra-estruturar dos laboratórios de informática IES. 
 
 
16 
 
 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 CABEAMENTO ESTRUTURADO 
 
No final dos anos 80, as companhias dos setores de telecomunicações e 
informática estavam preocupadas com a falta de uma padronização para os 
sistemas de fiação de telecomunicações em edifícios e campus. 
Em 1991, a associação EIA/TIA propôs a primeira versão de uma norma de 
padronização de fios e cabos para telecomunicações em prédios comerciais, 
denominada de EIA/TIA-568 cujo objetivo básico era implementar um padrão 
genérico de cabeamento de telecomunicações a ser seguido por fornecedores 
diferentes, estruturar um sistema de cabeamento intra e inter predial, com produtos 
de fornecedores distintos e estabelecer critérios técnicos de desempenho para 
sistemas distintos de cabeamento. 
Até então, o mercado não dispunha de padronização para cabeamento, 
assim, os prédios possuíam cabeamento para voz, dados, sistemas de controle, 
eletricidade, segurança, cada qual com uma padronização proprietária. Neste 
cenário, alguns problemas surgiram para desestimular essa forma de cabeamento 
não estruturada entre eles: mudança rápida de tecnologia, microcomputadores 
(PCs) mais velozes, serviços integrados de voz e dados, redes locais de alta 
velocidade, infra-estrutura de telefonia privada inadequada para novas tecnologias, 
rápida saturação de dutos, canaletas e outros suportes de cabeamento, 
inflexibilidade para mudanças, cabeamento não reaproveitável com novas 
tecnologias, suporte técnico dependente de fabricantes, aumento de custo. 
A partir de janeiro de 1994, a EIA/TIA deu inicio a publicação de normas para 
padronização do cabeamento de forma que se tornasse regular sua utilização em 
todas as estruturas em que foram instalados visando fornecer ao ambiente de 
trabalho facilidades na instalação e remoção de equipamentos, assim como agilizar 
os procedimentos de administração, manutenção e resolução de problemas de rede. 
Instalações realizadas de acordo com as especificações das normas devem ter uma 
vida útil de, no mínimo, 15 anos. (PORTNOI,2002) 
17 
 
 
 Além de melhorar a confiabilidade da rede, o cabeamento estruturado é uma 
excelente infra-estrutura para soluções convergentes (ex. Voz sobre IP - VoIP, Vídeo 
Vigilância sobre IP, Automação Residencial/Predial), garantindo confiabilidade e 
agregando flexibilidade a essas tecnologias. A padronização do sistema permite a 
utilização de materiais de fabricantes distintos, proporcionando ao projetista a 
adequação do sistema dentro das limitações de tempo e orçamento do cliente. 
Sistemas esse que são divididos em seis subsistemas, os quais, para um melhor 
entendimento serão demonstrados a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: OLIVEIRA,2002 
 
Figura 1 - Estrutura do Cabeamento 
18 
 
 
 
1. Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling) 
2. Cabeamento Backbone (Backbone Distribution) 
3. Área de Trabalho (Work Area) 
4. Sala de Telecomunicações (Telecommunications Room – TR) 
5. Sala de Equipamentos (Equipment Room) 
6. Entrada do Edifício (Entrance Facility) 
 
2.1.1 Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling) 
 É o nome dado ao cabeamento responsável pela conexão dos painéis de 
distribuição localizados nas salas de telecomunicações com os pontos de 
telecomunicações distribuídos nas áreas de trabalho. De acordo com a norma 
ANSI/TIA/EIA 568-B, são aceitas as seguintes mídias para o cabeamento horizontal: 
 Cabo UTP de 4 pares¹; 
Cabo ScTP de 4 pares¹; 
 Cabo de fibra óptica multimodo de 2 fibras com diâmetro de 50/125 µm e 62,5/125 
µm; 
Abaixo estão citadas algumas considerações a serem observadas em relação 
ao cabeamento horizontal: 
 O cabeamento horizontal é constituído de um ponto de telecomunicações, da 
terminação mecânica e dos cabos de conexão; 
 Cada posição do painel de distribuição corresponde somente a um único conector 
na área de trabalho; 
 
________________ 
¹ Para o cabeamento horizontal, somente serão aceitos cabos com condutores sólidos devido a sua 
menor perda em relação aos flexíveis 
19 
 
 
 
 Cabos de pares trançados devem ser instalados com uma folga de 3 metros na 
sala de telecomunicações e 30 cm nas caixas de tomadas (outlets), e 7 metros e 
1 metro, respectivamente, quando se usar cabos de fibras ópticas; A norma prevê 
100 metros totais para o Cabeamento Horizontal: 90 metros entre o Armário de 
Telecomunicações e as Tomadas de Telecomunicações (conectores de parede); 10 
metros para cabos entre uma estação de trabalho e o conector de parede, (em geral, 3 
metros) mais as conexões internas do Armário de Telecomunicações e entre este e os 
equipamentos ativos (7 metros restantes); 
 É proibido o uso de emendas; 
 O comprimento do cabo jamais poderá exceder 90 metros; 
 Deve prover com um mínimo de duas tomadas no ponto de telecomunicações 
onde pelo menos uma deve ser conectada a um cabo UTP 4 pares; 
 Os cabos devem ser terminados em painéis dentro da mesma categoria dos 
cabos ou maior; 
 Os cabos não devem localizar-se próximos a fontes de EMI e RFI; 
 É indicado utilizar no mínimo dutos de 1 polegada; 
 Qualquer lançamento de eletrodutos não deve servir mais de três saídas; 
 Nenhum trecho de eletrodutos deverá ser maior que 30 metros ou conter mais de 
2 ângulos de 90° sem caixas de passagem; 
 A taxa de ocupação durante a instalação deverá ser de 40%, garantindo um 
espaço para futuras expansões; 
Há uma solução, denominada cabeamento por zona (Zone Wire), que oferece 
uma maior flexibilidade ao cabeamento horizontal. 
 
 
 
20 
 
 
 
 
2.1.2 Cabeamento Backbone (Backbone Distribution) 
O backbone tem a função de providenciar a interligação entre as salas de 
telecomunicações, salas de equipamentos e entrada do edifício. Também é utilizado 
para prédios em ambientes externos (campus backbone). Algumas considerações 
devem ser feitas em relação ao backbone: 
 Está limitado a no máximo duas hierarquias (dois níveis). Não deverá existir mais 
do que duas conexões cruzadas além da principal; 
 Distância máxima de 90 metros quando utilizados cabos metálicos; 
 Evitar a instalação próxima a fontes de EMI e RFI (Radio Frequence Interference); 
 Evitar a utilização de cabos multipares (devido a diafonia); 
 Não devem localizar-se na coluna dos elevadores; 
 Deverá se dispor de um duto de 4" para cada 5.000 metros quadrados de área 
útil, mais dois dutos adicionais para crecimento ou reserva; 
 Devem estar devidamente equipados com bloqueios contra fogo; 
Ao projetar um backbone, deveremos tomar o cuidado de fazer uma análise 
rigorosa das necessidades futuras para que não incorramos ao erro de especificar 
um backbone que não suporte aplicações a longo prazo. Uma solução é a utilização 
de fibras ópticas, pelo fato delas possuírem uma largura de banda superior aos 
cabos metálicos, fazendo com que a aceitação a futuras expansões e atualizações 
tecnológicas seja maior. 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
2.1.3 Área de Trabalho (Work Area) 
É na área de trabalho que se encontra instalado o usuário do sistema de 
cabeamento estruturado. Ali estão instalados equipamentos como: 
 Microcomputadores; 
 Telefones; 
 Câmeras ou monitores de vídeo (CFTV); 
 Sensores (de invasão, incêndio ou outros); etc 
Os cabos utilizados para conectar os equipamentos acima aos pontos de 
telecomunicações também fazem parte da área de trabalho. Esta área engloba 
também adaptadores, baluns ou outros elementos, que deverão rigorosamente ser 
instalados externamente aos conectores dos pontos de telecomunicações. A área de 
trabalho é o único elemento de um sistema de cabeamento estruturado no qual o 
usuário pode interagir realizando alterações. 
 
2.1.4 Sala de Telecomunicações (Telecommunications Room) 
 
As salas de telecomunicações (a ANSI/TIA/EIA 568-A dá a denominação de 
armários de telecomunicações) têm a função de abrigar as conexões cruzadas 
horizontais bem como os elementos ativos (se utilizada a arquitetura distribuída). 
Algumas características a serem tomadas quanto ao projeto de uma sala de 
telecomunicações: 
 As conexões cruzadas ou interconexões devem ficar dentro destas salas; 
 Deverá existir uma sala de telecomunicações para atender cada pavimento; 
 Deve localizar-se o mais próximo possível do centro da área a ser atendida; 
 Deve-se prever espaços para expansões; 
22 
 
 
 
 Deverá possuir um barramento de aterramento (TGB); 
 Deve possuir controle de temperatura se houverem equipamentos ativos; 
 Deverão existir pontos de energia elétrica em circuito próprio (quando utilizados 
equipamentos ativos); 
 Deve atender no máximo 1000 m² de área; 
 Se um lance horizontal ultrapassar 90 metros deverá ser providenciada uma sala 
adicional; 
 
A sala de telecomunicações é dimensionada de acordo com a área atendida, 
ou seja, de acordo com o número de pontos de telecomunicações. Dessa forma, 
para pequenas instalações, é comum a montagem em racks ou em pequenos 
armários. Uma conexão cruzada é a ligação entre os painéis que concentram o 
cabeamento proveniente das áreas de trabalho e do backbone. 
Uma interconexão é a ligação entre os painéis concentradores do cabeamento 
horizontal e os elementos ativos. Nesse caso, os elementos ativos são conectados 
diretamente ao backbone. É importante salientar que, na prática, é aconselhável a 
utilização de conexões cruzadas devido ao fato de que os painéis possuem uma 
resistência maior as operações de inserção dos conectores. 
 
2.1.5 Sala de equipamentos (Equipment Room) 
É na sala de equipamentos que ficam instalados os principais equipamentos 
de telecomunicações do edifício, como centrais, PABX, switches, roteadores, etc. 
Também fica localizada nesta a conexão cruzada principal (MCC – Main Cross-
Connect) do cabeamento estruturado, que serve como partida para o primeiro nível 
de backbone. Quanto ao projeto de uma sala de equipamentos, é necessário ter em 
mente alguns critérios: 
 Fácil acesso e localização (proporcionando as menores distâncias); 
 Cuidados com temperatura, umidade, alimentação elétrica, fontes de EMI 
(Electromagnetic Interference) e aterramento; 
23 
 
 
 
 Uso restrito a equipamentos destinados ao sistema de telecomunicações do 
edifício; 
2.1.6 Entrada do edifício (Entrance Facility) 
 
A entrada do edifício é o ponto de transição entre os serviços externos 
(concessionária de telefonia, provedora de serviços de dados, etc.) e o sistema 
interno. Esse subsistema comporta os cabos de entrada, hardware de conexão, 
equipamentos de proteção e outros elementos necessários para ligar sistemas 
externos ao sistema interno estruturado. A entrada dos cabos no edifício pode ser: 
Subterrânea: Através de dutos instalados sob o piso. 
Características: 
 Devem ser bem seladas para evitar a entrada de água, roedores e outros 
inconvenientes; 
 Geralmente possuem tempo de instalação maior quando houver a necessidade 
de montagem de infra-estrutura; 
 Preservam a estética do prédio. 
Enterrada: Nesse caso os cabos são diretamente enterrados em valas abertas 
por processo manual ou mecânico e logo depois recobertos. 
Características: 
 Dificilmente possuem uma rota bem definida pois podem alterá-la com facilidade; 
 São mais susceptíveis a esforços mecânicos bem como acidentes; 
 Possuem pouca facilidade de expansão; 
 Preservam a estética do prédio; 
Aérea: Ocabo vem de um poste próximo ao edifício e é preso à fachada 
através de ancoramento. 
Características: 
 Possuem fácil manutenção; 
 Possuem normalmente um tempo de instalação menor; 
24 
 
 
 
 Não preservam a estética do prédio; 
 Não permitem a entrada de outro sistema no mesmo ponto; 
 
É importante esclarecer que no projeto, ao considerar a entrada de um 
serviço, deverão ser obedecidos os padrões e critérios impostos pela companhia 
local responsável pelo fornecimento do serviço. 
2.2 NORMAS E PADRÕES 
 
Devido à falta de padronização, empresas das áreas de telecomunicações e 
informática reuniram-se, em meados da década de 80, com o proposto de criar um 
sistema que fosse “não-proprietário”, ou seja, garantisse que um cliente pudesse 
comprar a infra-estrutura de um fabricante e equipamentos de outro, interagindo 
todos entre si, já que até o momento nada garantia que isso pudesse ocorrer. 
 
3.3 NORMAS EIA / TIA 
 
A tabela abaixo mostra uma visão geral das normas adotadas no Cabeamento 
Estruturado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
Tabela 1 - Normas do Cabeamento 
Norma Assunto 
EIA/TIA 568 Especificação geral sobre cabeamento estruturado em 
instalações comerciais. 
EIA/TIA 569 Especificações gerais para encaminhamento de cabos Infra 
estrutura , canaletas, bandejas, eletrodutos, calhas. 
EIA/TIA 606 Administração da documentação. 
EIA/TIA 607 Especificação de aterramento. 
EIA/TIA 570 Especificação geral sobre cabeamento estruturado em 
instalações residenciais. 
 
Através dessas normas, a EIA (Electric Industries Association) reuniu-se coma 
a TIA (Telecommunication Industry Association) para criar em 1991, nos Estados 
Unidos, a primeira versão da norma ANSI/EIA/TIA 568-A. Desde então surgiram 
atualizações chamadas de TSBs (Technicals Systems Bulletin) com finalidade de 
acompanhar as evoluções da indústria. Em julho de 2001 foi publicada a 
ANSI/EIA/TIA 568-B em substituição à antiga norma. 
Também é importante citar outras três normas norte-americanas utilizadas em 
sistemas de cabeamento estruturado que são a ANSI/EIA/TIA 569-A que trata da 
infra-estrutura, a ANSI/EIA/TIA 606 que aborda a identificação e administração e a 
ANSI/EIA/TIA 607 sobre aterramento. 
Outra norma bastante utilizada é a ISO/IEC 11801 intitulada Generic Cabling 
for Customer Premises (Cabeamento Genérico para Instalações do Cliente), norma 
internacional elaborada por um sub-comitê criado pela ISO (International 
Standardization for Organization) e a IEC (International Electrothecnical Comission), 
que possui poucas diferenças em relação à norma americana, defendendo também 
um sistema de cabeamento genérico. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
26 
 
 
 
No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que é o órgão 
responsável pela normalização técnica no país, lançou em julho de 2001 a norma 
NBR 14565 – Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de 
telecomunicações para rede interna estruturada – apresentando os parâmetros 
necessários para a elaboração de projetos de cabeamento estruturado. Antes disto, 
a norma para cabeamento de edifícios comerciais válida para o Brasil era a ISO/IEC 
11801. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
2.4 ESPECIFICAÇÕES DOS CABOS. 
 
A norma EIA/TIA 568 classifica o sistema de cabeação em categorias levando 
em consideração aspectos de desempenho, largura de banda, comprimento, 
atenuação e outros fatores de influência neste tipo de tecnologia. A seguir, serão 
apresentadas as categorias de cabeação com tecnologia de par trançado UTP e 
STP e de fibra óptica. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
2.4.1 Cabos UTP e STP ( Cabos par trançado ). 
 
Os cabos UTPs são compostos de pares de fios trançados não blindados de 
100 Ohms. Este tipo de cabo, nos dias de hoje, são projetados para alto 
desempenho na transmissão de dados ou voz.Os cabos de pares trançados 
blindados STPs, combinam as técnicas de blindagem. Os STP projetados para 
redes têm dois tipos. O STP mais simples é chamado "blindado de 100 ohms", pois, 
a exemplo do UTP, tem uma impedância de 100 ohms e contém uma blindagem 
formada por uma folha de cobre ao redor de todos os seus fios. No entanto, o 
formato mais comum de STP, lançado pela IBM e associado à arquitetura de rede 
token-ring IEEE 802.5, é conhecido como STP de 150 ohms devido a sua 
impedância de 150 ohms. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
27 
 
 
 
2.4.2 Tipos de cabos UTP / STP 
 
 Categoria 1 
Normalmente, um cabo da Categoria 1 é um fio não-trançado AWG 22 ou 24, com 
grandes variações de valores de impedância e atenuação. A Categoria 1 não é 
recomendada para dados e velocidades de sinalização superiores a 1 megabit por 
segundo. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
 Categoria 2 
 Esse cabo utiliza fios de pares trançados A WG 22 ou 24. Pode ser utilizado com 
uma largura de banda máxima de 1 MHz, mas é testado em relação à paradiafonia. 
Você pode utilizar esse cabo para conexões de computador IBM 3270 e AS/400 e 
com o Apple LocalTalk. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
 
 Categoria 3 
Essa categoria utiliza fios de pares trançados sólidos A WG24. Esse fio apresenta 
uma impedância típica de 100 ohms e é testado para atenuação e para diafonia a 16 
megabits por segundo, esse fio é o padrão mais baixo que você poderá usar para 
instalações 10Base-T e é suficiente para redes Token-Ring de 4 megabits. 
(ALVARO ANDRÉ,2007) 
 Categoria 4 
Esse cabo tem uma impedância de 100 ohms, e é testado para uma largura de 
banda de 20 MHz. Os cabos dessa categoria são formalmente classificados para 
uma velocidade de sinalização de 20 MHz. Portanto, eles representam uma boa 
opção caso você pretenda utilizar um esquema Token-Ring de 16 megabits por 
segundo em fios de pares trançados sem blindagem. O cabo da Categoria 4 também 
funciona bem com instalações 10Base-T. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
 Categoria 5 
Trata-se de um cabo de fios de pares trançados sem blindagem AWG 22 ou 24 com 
uma impedância de 100 ohms. Testado para uma largura de banda de 100 MHz, 
28 
 
 
 
esse cabo é capaz de transportar uma sinalização de dados a 100 megabits por 
segundo sob determinadas condições. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
 
Figura 2 - Cabo Par Trançado Categoria 5 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 Categoria 5e 
O Cat5e suporta até 1gbps de transmissão de dados, cada um de seus pares 
trançados podem trabalhar no máximo em transmissão e recepção de até 250mbps, 
caso trabalhem na condição de Tx/Rx e seus receptores suportem a mesma 
condição. O Cat5e trabalha geralmente na taxa de 100mbps. Uma de suas melhores 
características é a maleabilidade que este cabo possui, facilitando a instalação, é um 
bom cabo em relação custo x benefício devido ao seu custo ser relativamente baixo. 
 Categoria 6 
Trabalha com a taxa de 1gbps onde dois de seus pares trabalham como receptores 
(Rx) e outros dois pares trabalham com transmissores (Tx), cada par trançado do 
Cat6 tem capacidade de taxa de 500mbps, ou seja, 500mbps x 2 para recepção e 
500mbps x 2 para transmissão. O Cat6 requer eletrônica simples para cada receptor 
em cada extremidade, ele possui um conduíte interno o que tira um pouco sua 
maleabilidade, é um cabo com maior diâmetro assim dificultando instalações quando 
muitos cabos são utilizados. 
 
 Categoria 7 
É uma nova categoria ou classe de desempenho que apresenta uma largura de 
banda de 600Mhz e que usa um tipo de conector diferente do RJ-45 tradicional. No 
caso do conector, foi padronizada pelo IEC uma interface do tipo não-RJ designada 
29 
 
 
 
por IEC 61076-3-104, padrão destinado aos sistemas de cabeamento estruturado de 
Categoria 7/Classe F. 
 
Figura 3 - Conector IEC 61076-3-104 
 Fonte: PINHEIRO,2004 
 
A infra-estrutura para atender a Categoria 7 utiliza cabeamento S/FTP 
(Screened Foil Twisted Pair). São cabos com dupla blindagem, onde cada par 
individual recebe uma blindagem do tipo "folha metálica" (foirl) e todos recebem uma 
blindagemgeral tipo malha de blindagem (screened). Os sistemas dessa Categoria 
somente podem ser implementados utilizando os cabos S/FTP, não existindo 
nenhum cabo UTP e ScTP Classe F/ Categoria 7. 
 
Figura 4 - Cabo S/FTP 
Fonte: PINHEIRO,2004 
 
A Categoria 7 foi desenvolvida para ser um sistema aberto, capaz de suportar 
algum padrão de rede Gigabit Ethernet, ou mesmo para ser utilizada em alguma 
arquitetura de rede ainda mais rápida. Dessa forma, os cabos da Categoria 7 se 
enquadram em um novo padrão de cabeamento de rede em par trançado, que 
utilizam os 4 pares de fios blindados e hardware de conexão também blindado, 
sendo capazes de trabalhar com freqüências de 600MHz. 
 
 
30 
 
 
 
Tabela 2 - Categorias de Cabeamento 
ISO EIA/TIA Utilização 
 Cat 1 Serviços telefônicos e dados de baixa velocidade 
 Cat 2 RDSI e circuitos T1/E1 - 1,536 Mbps/2,048 Mbps 
Classe 
C Cat 3 Dados até 16 MHz, incluindo 10Base-T e 100Base-T 
Classe 
B Cat 4 Dados até 20 MHz, incluindo Token-Ring e 100B-T (extinto) 
Classe 
D Cat 5 
Dados até 100 MHz, incluindo 100Base-T4 e 100Base-TX 
(extinto) 
 Cat 5e Dados até 100 MHz, incluindo 1000Base-T e 1000Base-TX 
Classe 
E Cat 6 Dados até 200/250 MHz, incluindo 1000Base-T e 1000Base-TX 
Classe 
F Cat 7 Dados até 500/600 MHz 
 
 
 2.4.3 Cabos de fibra óptica. 
 
Enquanto os cabos de cobre transportam corrente elétrica, os cabos de fibra 
óptica transportam luz, divido a isso apresentam imunidade a interferências 
eletromagnéticas e de rádio freqüência . A isenção de ruídos internos possibilita um 
maior alcance do sinal com integridade.Também pelo fato de não transportarem 
sinais elétricos, são ideais para interligação entre prédios e até em Backbones de 
cabeamento vertical entre andares de um mesmo prédio. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
Um cabo de fibra óptica possui dois condutores ( TX e RX ), com dois 
conectores separados em cada extremidade. Cabos com várias fibras também são 
muito comuns, assim como cabos para ambientes úmidos, cabos auto-sustentáveis ( 
para lances em posteamento ), etc. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
31 
 
 
 
2.4.4 Tipos de fibra óptica 
 
A fibra óptica pode ser utilizada tanto para a Cabeação Horizontal como para a 
Vertical. A fibra para Cabeação Horizontal é do tipo multimodo de 62,5/125m m com 
um mínimo de duas fibras. A Cabeação Vertical ou Backbone utiliza fibras dos tipos 
multimodo de 62,5/125m m e monomodo formados em grupos de 6 ou 12 fibras. 
(ALVARO ANDRÉ,2007) 
 
 
Figura 5 - Fibra Óptica Monomodo e Multimodo 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 
 Fibra Multimodo 
Possui largura de banda reduzida. 
Baixas velocidades. 
Pequenas distâncias. 
Cabeamento vertical e horizontal. 
 
 
 Fibra Monomodo 
Maior largura de banda. 
Velocidades entre 2Mbps e 1Gbps. 
Maiores distâncias. 
Cabeamento vertical ( Backbone ). 
32 
 
 
 
 
Figura 6 - Cabo de Fibra Óptica 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
2.4.5 Cabos coaxiais. 
O cabo coaxial é composto de um condutor interno circundado por um material 
isolante ( dielétrico ) e este por uma malha de blindagem. Foi até pouco tempo atrás, 
o meio de transmissão mais difundido para ligações em redes locais. (ALVARO 
ANDRÉ,2007) 
Tipos de cabos coaxiais 
 Cabo coaxial grosso ( Yellow Cable ) 
 Cabo coaxial fino 
 
Figura 7 - Cabo Coaxial 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
2.5 ESPECIFICAÇÃO DE CONECTORIZAÇÃO. 
Temos várias possibilidades para o cabeamento de uma rede como : coaxial, 
par trançado e fibra óptica. Para os diversos tipos de cabos utilizados em redes, 
existem diversos tipos de conectores, que são elementos mecânicos utilizados para 
acoplar as placas de comunicação a estes cabos. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
 
 
 
33 
 
 
 
2.5.1 Opções para conectorização 
 
 Conector RJ45 ( Par trançado ) 
Quando se tem uma rede de topologia em estrela, onde o cabo utilizado é o 
par trançado, geralmente se usa o conector RJ45 nas pontas dos cabos e nas 
placas de comunicação. Nas placas de comunicação e tomadas os conectores 
são do tipo “fêmea” enquanto nas extremidades dos cabos, são do tipo “macho”. 
 
 
Figura 8 - Conector RJ45 Macho 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 
 
Figura 9 - Conector RJ45 Fêmea 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 
Figura 10 - Conector RJ45 Macho para cabos CAT6 
Fonte: Google, 2011 
34 
 
 
 
 
Figura 11 - Conector RJ45 Fêmea para CAT6 
Fonte: Google, 2011 
 
2.5.2 Padrões de conectorização RJ45 
 
Visando padronizar o cabeamento, a norma prevê duas possibilidades de 
conectorização, no que se refere à disposição dos pares nos conectores padrão RJ-
45. Estes padrões, denominados 568A e 568B, podem ser utilizados indistintamente, 
observando-se apenas que, ao optar por uma configuração, a conectorização em 
todos os dispositivos (Patch Panel, RJ-45 macho e fêmea) deverão ser feitas da 
mesma forma. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
 
Tabela 3 - Sequencia de Crimpagem 
PINAGEM 568A PINAGEM 568B 
1 Branco/Verde 1 Branco / Laranja 
 2 Verde 2 Laranja 
 3 Branco / Laranja 3 Branco / Verde 
 4 Azul 4 Azul 
 5 Branco / Azul 5 Branco / Azul 
 6 Laranja 6 Verde 
 7 Branco / Marron 7 Branco / Marron 
 8 Marron 8 Marron 
 
35 
 
 
 
 
 
Figura 12 - Pinagem / Polarização dos Conectores RJ45 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 
 Conectores ópticos 
Quando se usa cabo de fibra óptica para instalação de uma rede, é 
necessário a utilização de conectores ópticos. Os principais conectores são do 
tipo SMA, ST, MIC e SC.Os conectores do tipo ST são os mais atuais usado em 
redes Ethernet de 10Mbits e os SC em redes Ethernet de 100Mbits e o MIC em 
redes FDDI. 
 
Figura 13 - Conectores para Fibra Óptica 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 
 Conectores coaxias 
Geralmente utilizado com cabos coaxiais, nas redes de topologia em barra. 
Em cada ponta do cabo coaxial existirá um conector do tipo BNC. As placas 
padrão Ethernet possuem conectores BNC tipo fêmea que receberão os 
conectores tipo macho do cabo coaxial. 
 
36 
 
 
 
 
 
Figura 14 - Conectores Coaxiais BNC 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 
2.6 TOMADA DE TELECOMUNICAÇÕES 
 
A norma EIA/TIA 568 prevê a utilização das tomadas de telecomunicações 
para interligação dos equipamentos de rede ao cabeamento horizontal. (ALVARO 
ANDRÉ,2007) 
 
 
Figura 15 - Tomada de Telecomunicação 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 2.7 LINE CORDS E PATCH CABLES 
 
Os line Cords e Patch Cables são cabos utilizados para interligação dos 
equipamentos de redes a tomada de telecomunicação e dos hubs aos Patch panels 
37 
 
 
respectivamente.Os cabos devem ser adquiridos diretamente do fabricante ou 
montados pelos instaladores, utilizando-se cabo par trançado de 4 pares com 
condutores flexíveis e não sólidos. O conector RJ45 deverá ser o apropriado para 
cabos par trançado flexíveis, que é diferente do utilizado normalmente.Para os line 
cords deverá ter um comprimento máximo de 3 metros e no máximo 6 metros para 
os patch cables. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
 
 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 2.8 PAINÉIS DE DISTRIBUIÇÃO ( PATCH PANELS ) 
 
Possui a função de fazer a conexão entre o cabeamento que sai do Rack e 
chaga as tomadas de telecomunicação e permitir que uma mudança, como por 
exemplo, de um determinado usuário de um segmento para outro seja feita 
fisicamente no próprio Rack. 
Os Patch Panels são dimensionados pelo número de portas, geralmente, 24, 
48 e 96 portas RJ45. A quantidade de Patch Panels assim como o número de portas 
dependem do número de pontos de rede. (ALVARO ANDRÉ,2007) 
Os Patch Panels podem ainda ser modulares, onde podemos instalar 
conectores extras como conectores RJ45, BNC e conectores para fibra óptica.Na 
norma EIA/TIA 568 o patch panel deve ficar instalado no Telecommunications 
Closets ( TC ).Os componentes de cabeamento estruturado para montagem em 
Figura 16 - Cabo Montodo (Line Cord / Patch Cord) 
38 
 
 
Rack, devem seguir a largura de 19” e altura variando em Us ( 1 U = 44mm). 
(ALVARO ANDRÉ,2007) 
 
 
 
 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 
2.9 PAINÉIS DE CONEXÃO ( CROSS CONECTIONS ) 
 
Os painéis de conexão tem a função semelhante a do patch panel, porém não 
possuem conectores RJ45. Estes dispositivos possuem uma base onde são 
montados os conectores IDC ( Insulation Displacement Contact ). A utilidade se dá 
no caso de necessidade de emendas ou distribuições em andares. (ALVARO 
ANDRÉ,2007) 
 
 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 
 
 
 
 
 2.10 RING RUN 
Figura 17 - Modelos de Patch Panel 
Figura 18 - Painel de Distribuição 
39 
 
 
 
São dispositivos utilizados para guiar os patch cables dentro do Rack para 
melhor organização dos mesmos e evitar que o peso dos cabos não interfira nos 
contatos tanto nos Hubs como nos patch panels. 
 
 
 
 
 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 
 
 
 2.11 RACKS 
 
O Rack também chamado de bastidor ou armário, tem a função de acomodar 
os Hubs, Patch Panels e Ring Runs. Suas dimensões são : Altura variável em Us ( 1 
U = 44mm ) e largura de 19”.Quanto a utilização de um Rack aberto ou fechado 
dependerá do nível de segurança onde o mesmo será instalado. Se for em um CPD, 
onde só entram pessoas autorizadas, é aconselhável utilizar-se de Rack aberto, pois 
como ele é composto de hastes laterais, a manutenção fica facilitada. (ALVARO 
ANDRÉ,2007) 
Em instalações onde existe a necessidade de Racks distribuídos (em 
andares, por exemplo), aconselha-se o uso de Racks fechados que possuam porta 
frontal em acrílico, para visualização dos equipamentos, e que esta porta tenha 
chave. 
Figura 19 - Ring Run 
40 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
Desenvolvimento de um projeto para possibilitar melhorias nos laboratórios de 
informática de uma Instituição de Ensino Superior, atravez da utilização das normas 
de cabeamento estruturado. 
Figura 21 - Rack Fechado Figura 20 - Rack Aberto 
41 
 
 
 
 3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Foi utilizado a pesquisa exploratória que têm como objetivo proporcionar 
maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a 
constituir hipóteses. Pode-ser dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal 
o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, 
portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais 
variados aspectos relativos ao fato estudado. 
Na maioria dos casos, essas pesquisas envolver:levantamento bibliográfico, 
entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema 
pesquisado, análise de exemplos que “estimulam a compreensão”. Embora o 
planejamento da pesquisa exploratória seja bastante flexível, na maioria dos casos 
assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso. De acordo com 
(Gil,1994) entende-se pesquisas exploratórias como sendo aquelas cujos objetivos 
se concentram em conhecer melhor o objeto a ser investigado. Segundo o autor, 
“pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de 
idéias ou a descoberta de intuições”. 
Bem como a pesquisa exploratória, também foi utilizada a entrevista 
estruturada que desenvolve-se a partir de uma relação fixa de perguntas, cuja ordem 
e redação permanecem invariável para todos os entrevistados, que geralmente são 
em grande número. Por possibilitar o tratamento quantitativo dos dados, este tipo de 
entrevista torna-se o mais adequado para o desenvolvimento de levantamentos 
sociais.(GIL,1999) 
42 
 
 
 
4. PROJETO 
 
Analisando os laboratórios de uma IES percebeu-se uma deficiência em suas 
instalações de rede física. Visando a melhoria da estrutura existente, propõem-se, 
um projeto de estruturação da rede atual, buscando adequá-la as normas de 
cabeamento estruturado atendendo as necessidades da instituição de ensino. 
A IES possui 9 laboratórios de informática que são utilizados tanto para as 
aulas quanto para atividades extra classe dos alunos. Além dos laboratórios, 
também existe uma sala de iniciação científica que é utilizada no desenvolvimento 
de pesquisas dos alunos dos cursos da área da computação. Esses ambientes são 
coordenados pelo Núcleo de Laboratório de Informática (NLI) que faz todo o controle 
lógico e físico dos ambientes. 
 Para o desenvolvimento do referido trabalho, foram escolhidos 3 laboratórios 
para serem reestruturado dentro do escopo proposto. Esses 3 laboratórios foram 
escolhidos por necessitarem de um maior desempenho da rede pois são 
específicos para os cursos de Ciência da Computação e Sistema de Informação, 
que trabalham com o desenvolvimento de sistemas necessitando de um auto 
desempenho da rede. 
Cada laboratório possui 21 máquinas interligadas a um switch instalado em 
cada ambiente. Esses switches estão interligados a estrutura de rede do NLI, que 
possibilita os computadores de cada sala acesso aos servidores e à internet, já a 
sala de iniciação científica possui uma inalação diferenciada contendo não 21 
computadores mas somente 5 que são ligados a um ativo que se conecta ao NLI 
para obter conexão com a internet e acesso aos servidores. 
A central de rede possui 4 servidores principais e outros 2 secundários que 
ficam responsáveis pelas autenticações dos usuários bem como o armazenamento 
das informações dispostas pelos professores e documentos salvos pelos usuários, 
ficam responsáveis também pela proteção da rede e controle de trafego da mesma. 
As estruturas atuais dos laboratórios deixam suas vulnerabilidades muito 
expostas de forma que o ambiente possa interferir no funcionamento da rede, um 
43 
 
 
 
exemplo disso é a localização dos ativos dentro de cada sala sem a utilização de um 
rack fechado possibilitando que qualquer pessoa possa alterar a seqüência dos 
cabos que foram colocadas pelos funcionários, bem como danificar o equipamento, 
outra vulnerabilidade presente na atual estrutura e a falta de documentação do 
cabeamento que dificulta o gerenciamento da rede por parte de seus responsáveis. 
Será demonstrado a seguir as imagens contendo a estrutura dos cabeamento 
atual dos laboratórios: 
Estrutura do laboratório 1: 
 
 
Figura 22 - Laboratório 1 
Fonte: NLI,2011 
44 
 
 
 
 
 
 
Estrutura do laboratório 2: 
 
 
 
Figura 23 - Laboratório 2 
Fonte: NLI,2011 
 
 
45 
 
 
 
 
 
Estrutura do laboratório 3: 
 
 
Figura 24 - Laboratório 3 
Fonte: NLI,2011 
 
46 
 
 
 
 
 
Estrutura da Iniciação Científica: 
 
Figura 25 Iniciação Científica 
Fonte: NLI,2011 
 
Depois de levantada todas as informações iniciou-se um trabalho de analises 
de referenciais teóricos para embasar a construção de uma solução tendo como 
ponto principal as normas de cabeamento estruturado, este estudo culminou-se na 
escrita de um artigo que foi apresentado no 9º Simpósio de Pesquisa e Iniciação 
Cientifica da Universidade Vale Do Rio Doce – UNIVALE. Após o termino das 
pesquisas e entrevistas realizadas, deu-se inicio ao projeto de reformulação do 
cabeamento nos laboratórios da IES. 
A construção do projeto teve inicio com o levantamento do tipo de 
cabeamento utilizado, informações sobre a categoria de cabo implementada, suas 
tomadas de telecomunicação e sua documentação até então inexistente, para 
construir esse levantamento realizamos uma entrevista com o coordenador do 
laboratório onde o mesmo apresentou problemas que podem ser relacionados à 
estrutura física e apontou procedimentos que não condizem com as normas de 
47 
 
 
 
cabeamento dificultando tanto o desempenho da rede como seu gerenciamento, não 
esquecendo de mencionar o tempo que a presente estrutura está instalada sem a 
utilização do cabeamento. 
Depois de uma entrevista e algumas conversas com o coordenador dos 
laboratórios da IES foram detectados alguns problemas provenientes da não 
utilização das normas, também pode ser registrado de forma alarmante a idadedo 
cabeamento implementado que já excede a expectativa de vida de uma estrutura 
construída sem a utilização de normas. 
Diante de tais fatos apurados durante as pesquisas de campo foi construída a 
proposta da implementação das normas de cabeamento estruturado nos laboratórios 
em questão, e claro que por se tratar de construções de difícil modificação física 
nem todas as normas poderão ser implementadas e visando também a utilização de 
pouco capital financeiro pra essa reestruturação. 
Após levantadas as características do ambiente atual iniciou-se a construção 
de uma proposta de melhoria na estrutura apresentada buscando minimizar os 
impactos de mudanças físicas e de investimentos para a implantação de um novo 
projeto de cabeamento. O projeto apresentado tomou por base os quesitos de 
segurança de documentação e de melhoria na transmissão de dados, propondo-se a 
troca de todo cabeamento que se apresenta hoje em categoria 5e pela categoria 6 
visando trazer um aumento de performance no fluxo de dados, concentrou-se todos 
os ativos dentro do núcleo de informática com o intuito de melhorar e facilitar o 
gerenciamento dessa estrutura bem como garantir a segurança dos ativos que não 
mais estariam instalados nos laboratórios permitindo o manuseio por pessoas 
indevidas. 
O novo projeto foi proposto em cima das estruturas apresentadas nas figuras 
22, 23, 24 e 25 que por meio da utilização de algumas normas foram estruturadas e 
serão demonstradas a seguir: 
 
 
 
48 
 
 
 
Estrutura do laboratório 1: 
 
 
Figura 26 - Laboratório 1 Remodelado 
Fonte: Elaborado pelos autores,2011 
 
 
 
 
49 
 
 
 
Estrutura do laboratório 2: 
 
 
 
Figura 27 - Laboratório 2 Remodelado 
Fonte: Elaborado pelos autores,2011 
 
 
 
 
50 
 
 
 
Estrutura do laboratório 3: 
 
 
 
Figura 28 - Laboratório 3 Remodelado 
Fonte: Elaborado pelos autores,2011 
 
 
 
51 
 
 
 
Estrutura da Iniciação Científica: 
 
 
Figura 29 – Iniciação Científica Remodelado 
Fonte: Elaborado pelos autores,2011 
 
O novo projeto tem como objetivo a mudança dos ativos para dentro da 
central de rede de forma a aumentar a segurança com os equipamentos e facilitar a 
manutenção dos mesmos, não podemos deixar de mencionar também que através 
dessa reestruturação a categoria de cabeamento utilizada nos laboratórios que 
atualmente corresponde CAT5 seria substituída pela categoria 6 visando uma maior 
velocidade na comunicação entre os computadores, dessa forma essa 
reestruturação possibilitaria a construção de uma documentação de identificação e 
trajetos do cabeamento inexistente na estrutura atual. Criando dessa forma uma 
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nova estrutura protegida e eficiente com o uso do cabeamento estruturado e suas 
normas. 
Estrutura utilizando as normas e o estudo aprendidos nesse trabalho: 
 
 
 
 
Figura 30 - Estrutura Nova 
Fonte: Elaborado pelos autores,2011 
 
E importante mencionar que o projeto acima está fazendo uma adequação da 
estrutura existente que foi levada em consideração a implementação do mesmo 
visando a utilização de menos recursos e menos transtornos técnicos e de 
construção civil pois o objetivo é remodelar a rede de forma que ela possa utilizar as 
normas do cabeamento estruturado para uma melhoria de seu gerenciamento e de 
seu desempenho. 
 
53 
 
 
 
5. Conclusão e Trabalhos Futuros 
 
O uso do cabeamento estruturado tem se mostrado uma forma eficiente e 
alternativa ao aprendizado, principalmente, bem como outras aplicabilidades 
descritas anteriormente. Sua representação na forma de normas, propostas pelo 
EIA/TIA mostra-se uma solução elegante para o problema de cabeamento não 
estruturado ou do inconveniente de fornecer manutenção em um emaranhado de 
cabos. 
A falta de organização que melhorasse o processo de manutenção e 
administração de uma rede que tenha um enorme fluxo de dados foi a motivação 
deste trabalho, que além de um desafio, já que as tecnologias e metodologias são 
novidades, sendo uma contribuição representativa para as pessoas, empresas e 
alunos que utilizam desses recursos. 
A continuação do desenvolvimento do projeto para a rede wireless fará parte 
dos trabalhos futuros, onde procuraremos melhorar funcionalidades e realizar testes 
de usabilidade e comunicabilidade com possíveis usuários para que possa atender 
totalmente as necessidades da IES. 
 
 
54 
 
 
 
6. Referências Bibliográficas 
 
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Arquivo acessado em 25/10/2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE(S) 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE A - Entrevista realizada no dia 18 de agosto: 
 
1) A estrutura atual atende? 
Pode melhorar. 
2) Desempenho, a estrutura prejudica? 
Quando tem uma maior quantidade de maquinas ligada a rede, ela reduz seu 
desempenho. 
3) Quanto tempo o cabeamento esta sendo utilizado? 
10 anos sendo utilizado. 
4) A manutenção na estrutura atual e fácil? 
Facilidade apenas nos conectores já no cabeamento possui muitos 
problemas. 
5) A rede esta perfeitamente identificada? 
Apenas nas pontas, não possui identificação nem mapeamento dos cabos. 
6) Tem necessidade de um Ativo (swich) dentro de cada sala de aula? 
Pode ser alterada para analisar a melhor situação sobre uma possívelalteração 
7) Qual a categoria atualmente utilizada no cabeamento? 
Cat 5, fibra ótica apenas na conexão com o CIT 
8) Seguem as normas? De caneletas ou só de conectorização? 
Não, Apenas a conectorização utilizando 568A.

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