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ADMINISTRAÇÃO-FINANCEIRA

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1 
SUMÁRIO 
1 CONCEITOS E PAPEL DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ................... 4 
2 O ADMINISTRADOR FINANCEIRO ........................................................... 6 
3 MERCADOS ............................................................................................... 9 
4 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ........................................................ 10 
5 ÓRGÃOS LIGADOS AO SUBSISTEMA NORMATIVO............................. 11 
6 ÓRGÃOS LIGADOS AO SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO .............. 12 
6.1 Instituições financeiras bancárias ....................................................... 12 
7 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO BANCÁRIAS ................................. 14 
8 SISTEMA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO .................... 14 
9 INSTITUIÇÕES AUXILIARES ................................................................... 15 
10 INSTITUIÇÕES NÃO FINANCEIRAS .................................................... 16 
11 ORDENAMENTO JURÍDICO DAS EMPRESAS ................................... 17 
12 TIPOS DE SOCIEDADES MAIS CONSTITUÍDAS NO BRASIL ............ 18 
12.1 Sociedades Anônimas (Atualizado pela Lei nº 11.638 de 28/12/07)
 18 
12.2 Constituição .................................................................................... 18 
12.3 Ações .............................................................................................. 19 
12.4 Partes Beneficiárias ........................................................................ 20 
12.5 Debêntures ...................................................................................... 21 
12.6 Bônus de subscrição ....................................................................... 21 
12.7 Livros sociais ................................................................................... 21 
12.8 Assembleias-Gerais ........................................................................ 22 
12.9 Conselho de Administração ............................................................ 23 
12.10 Diretoria .......................................................................................... 23 
12.11 Conselho Fiscal .............................................................................. 23 
 
2 
12.12 Demonstrações financeiras ............................................................. 24 
12.13 Subsidiária integral ......................................................................... 24 
12.14 Extinção .......................................................................................... 24 
12.15 Desvantagens: ................................................................................ 25 
13 SOCIEDADE POR COTA DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (LTDA.)
 25 
13.1 Principais vantagens: ...................................................................... 25 
13.2 Principais desvantagens: ................................................................ 26 
14 FIRMA INDIVIDUAL .............................................................................. 26 
14.1 Principais vantagens: ...................................................................... 26 
14.2 Principais desvantagens: ................................................................ 27 
14.3 ORÇAMENTOS .............................................................................. 28 
15 ORÇAMENTO EMPRESARIAL ............................................................. 30 
15.1 Orçamento de vendas ..................................................................... 30 
15.2 Orçamento de consumo de matérias-primas .................................. 31 
15.3 Orçamento De Vendas .................................................................... 32 
15.4 Orçamento De Produção (Ud) ......................................................... 32 
15.5 Orçamento De Consumo De Matérias-Primas ................................ 32 
15.6 Orçamento De Compras ................................................................. 33 
16 ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO EMPRESARIAL ............................. 33 
16.1 Orçamento De Vendas .................................................................... 34 
16.2 Orçamentos De Produção (Em Unidades) ...................................... 36 
16.3 Orçamento De Consumo De Matérias-Primas ................................ 36 
16.4 Orçamento De Compras ................................................................. 37 
16.5 Orçamento De Mão-De-Obra Direta ............................................... 38 
16.6 Consumo De Horas/Homem ........................................................... 38 
16.7 Custo Da Mão-De-Obra Direta ........................................................ 38 
 
3 
16.8 Orçamento do custo indireto de fabricação. .................................... 39 
16.9 Orçamento De Estoque Final .......................................................... 40 
16.10 Orçamento De Despesas Operacionais .......................................... 41 
16.11 Orçamento De Despesas De Capital .............................................. 41 
16.12 Orçamento De Custo Dos Produtos Vendidos ................................ 42 
16.13 Orçamento De Caixa ...................................................................... 43 
16.14 Controle Orçamentário .................................................................... 43 
17 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
1 CONCEITOS E PAPEL DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
 
Fonte: mastercomp.net 
Quando se pretende administrar financeiramente uma empresa, tem-se que ter 
em mente todo um conjunto de decisões que norteará seu rumo. Estas decisões são 
calcadas no estudo da movimentação de fundos, e pressupõem duas rotas básicas: 
as decisões de financiamento e as de investimento. A primeira está correlacionada 
com as atividades de captação de recursos e a segunda com as atividades de 
aplicação de recursos. Ambas podem ser estudadas no curto ou no longo prazo, 
dependendo de suas características. Os recursos captados, por sua vez, podem ser 
próprios ou de terceiros, o que implica num estudo mais aprofundado para determinar 
qual o mais viável. 
Assim sendo, podemos definir FINANÇAS, como a arte e a ciência de 
administrar o dinheiro, ou a ciência que estuda a movimentação financeira entre os 
agentes econômicos. Estes agentes podem ser instituições, mercados ou 
instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre pessoas, empresas e 
órgãos governamentais. 
A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA, por sua vez, é a ciência cuja finalidade é 
maximizar a riqueza dos proprietários, gerindo com competência seus recursos. A 
empresa deverá proporcionar aos seus donos o maior retorno possível sobre seus 
investimentos. 1 
 
1 Ver mais em Assaf Neto, 2002 pp 46 -47. 
 
5 
A administração financeira, juntamente com a administração de pessoal, de 
compras ou materiais, de vendas ou marketing e da produção, forma as cinco grandes 
áreas funcionais da administração. A cada uma dessas áreas cabem as funções 
básicas de planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar. À administração 
financeira compete a gestão operacional dos recursos financeiros da empresa. Uma 
vez que os recursos são escassos, cabe ao departamento financeiro tomar as 
decisões a fim de obter deles os melhores benefícios no futuro. Decisões sempre 
implicam numa escolha entre duas ou mais alternativas ou cursos de ação, e mesmo 
se há uma única alternativa, deve-se decidir entre colocá-la em prática ou não. 
A administração financeira, assim como a maioria das ciências, é fruto do 
aprofundamento natural dos estudos no processo de desenvolvimento da 
humanidade. Nasceu com as teorias econômicas para após, com os estudos de 
Taylor, Fayol e Ford, caminhar para sua independência, com forte ascensão após a 
grande depressão americana dos anos1929/30, destacando-se na época estudos 
sobre solvência, liquidez e recuperação financeira das empresas. Estudos de fluxos 
de caixa, investimentos e retornos, foram transformando a teoria da administração 
financeira em uma ciência independente. Somente após a década de 50 é que se 
procurou compreender as várias consequências das políticas de investimento, 
financiamento e dividendos sobre o comportamento do fluxo de caixa da empresa. A 
caracterização definitiva está ligada aos estudos de Modigliani e Miller (1958) aos 
quais se convencionou chamar de Moderna Teoria de Finanças ou Finanças 
Corporativas, e aos estudos de risco que se desenvolveram a partir da Teoria do 
Portfólio, patrocinada principalmente por Markowitz e Sharpe (1952), que permitiram 
fechar o esboço no qual trafega a moderna administração financeira. 
Como toda ciência moderna, a administração financeira contou e conta com a 
estreita colaboração de outras ciências, tais como2: 
 Contabilidade – Ciência que subsidia as decisões financeiras com os dados de 
seus demonstrativos e relatórios. 
 Matemática Financeira – Ciência que situa os números das finanças no tempo 
e facilita seu entendimento. 
 
2 Ver mais em Silva, 2001 pp 30-31. 
 
6 
 Estatística – Ciência que colabora com seus dados e previsões às decisões de 
cunho administrativo/financeiro. 
 Economia – Ciência que ensina como a empresa deve se colocar dentro das 
variáveis econômicas e das leis que as regem. 
 Direito – Ciência que orienta o disciplinamento legal dos procedimentos 
administrativo/financeiros. 
 Informática – Ciência recente, mas de grande utilidade para o administrador 
financeiro pela rapidez e confiança no ordenamento de dados e elaboração de 
relatórios. 
2 O ADMINISTRADOR FINANCEIRO 
A administração financeira é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, 
essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de 
captação e alocação de recursos de capital. Portanto ela envolve-se tanto com a 
problemática da escassez de recursos, quanto à realidade operacional e prática da 
gestão financeira das empresas, assumindo uma definição de maior amplitude. Para 
tanto, necessita de pessoas qualificadas que administrem as decisões necessárias ao 
seu funcionamento. Estas decisões, via de regra, estão ligadas a atividades que 
envolvem recursos financeiros direta ou indiretamente. Podemos catalogá-las em três 
atividades principais: 
 Planejamento, análise e controle. 
 Decisões de investimento. 
 Decisões de financiamento. 
A atividade de PLANEJAMENTO, ANÁLISE E CONTROLE consiste em 
visualizar no futuro as consequências financeiras dos atos presentes, analisar os 
resultados apresentados e fazer com que o planejamento seja aplicado de maneira 
adequada, monitorando sua aplicação. A consulta aos demonstrativos contábeis 
permite estudar os dados registrados e suas projeções através do orçamento 
empresarial, uma ferramenta de grande importância, que ajuda também ao 
administrador financeiro a orientar financeiramente a empresa. A análise dos 
 
7 
relatórios contábeis e gerenciais denuncia possíveis desvios de roteiro do 
planejamento, que devem ser corrigidos nas proporções e tempo requeridos. 
A atividade de selecionar INVESTIMENTO existe em decorrência das decisões 
político-administrativas da empresa, e delimitam o montante de recursos a serem 
aplicados em decorrência daquelas decisões. Esta atribuição atinge os ativos 
tangíveis e intangíveis que são uma constante preocupação na administração 
financeira. A aquisição, a depreciação, o risco, o retorno, todos estes itens devem ser 
questionados, como forma de manter a melhor produtividade e os menores custos. 
Todo investimento torna-se atraente quando seu retorno esperado excede a taxa 
exigida pelos acionistas. 
A atividade de buscar FINANCIAMENTO executa a seleção do menor custo 
para viabilização da função anterior. Os financiamentos de longo e curto prazo devem 
ser pesquisados para se evitar custos desnecessários em épocas desnecessárias. O 
equilíbrio do Balanço Patrimonial deve ser sempre perseguido como forma de se ter 
uma interação entre fontes e aplicação de recursos. O objetivo central da seleção de 
financiamentos é determinar a melhor estrutura de financiamento da empresa, de 
maneira a preservar sua capacidade de pagamento e dispor de fundos com custos 
reduzidos em relação ao retorno que se espera apurar de suas aplicações. 
 O administrador financeiro é responsável pela execução das atribuições 
financeiras da empresa. Ele utiliza basicamente duas atribuições financeiras: As de 
tesouraria e as de controladoria. Dentre as principais tarefas de tesouraria destacam-
se: 
 Orçamento de caixa 
 Cadastro 
 Câmbio 
 Financiamento 
 Investimento 
 Crédito e Cobrança 
 Relacionamento com instituições financeiras 
Dentre as principais tarefas de CONTROLADORIA (O termo vem do inglês 
controller), destacam-se: 
 Administração de custos e preços 
 Auditoria interna 
 
8 
 Contabilidade 
 Orçamento Geral 
 Controle Patrimonial 
 Planejamento tributário 
 Relatórios gerenciais 
Estas tarefas variam em função do porte da empresa. Em empresas pequenas, 
os sócios se incumbem de muitas destas atividades, e a contabilidade geralmente é 
terceirizada. Nas grandes empresas, as atividades se subdividem, na maioria das 
vezes, conforme organograma a seguir: 
 
 
Fonte: Acervo do autor. 
Em consonância com a administração estão os stakeholders, que são partes 
interessadas na administração da empresa. Compõem-se de funcionários, clientes, 
fornecedores, credores e outros que tenham ligação direta com o negócio. 
Os administradores podem ser considerados representantes dos proprietários 
e em seus nomes gerir os negócios empresariais. O conflito entre os interesses dos 
acionistas e os interesses dos gestores pode gerar problemas que se denominam 
problemas de agency. Enquanto os proprietários focam o lucro, os administradores 
também focam os interesses em suas carreiras profissionais. Portanto um bom plano 
 
9 
de carreira, bonificações em dinheiro pelo bom desempenho e opções pela compra 
de ações podem minimizar estes problemas. 
3 MERCADOS 
As empresas estão inclusas em complexos mecanismos de funcionamento que 
se denominam mercados e, dentre eles, os mercados financeiros. Estes mercados 
podem ser distribuídos em quatro grandes grupos: 
 MERCADO MONETÁRIO – É o mercado de curto e curtíssimo prazo. 
Caracteriza-se pelas políticas de controle da oferta da moeda e das taxas de 
juros que garantem sua liquidez. Nesse mercado, os papéis mais negociados 
são aqueles emitidos pelo Banco Central do Brasil, que servem para a 
execução da política monetária do Governo Federal, e pelo Tesouro Nacional, 
cujo propósito é o financiamento do déficit público. Além desses papéis, 
também são negociados os CDI’s (Certificados de Depósitos Interfinanceiros), 
exclusivamente entre instituições financeiras, os títulos de emissão privada, 
como o CDB (Certificado de Depósito Bancário) e as debêntures. Quem 
executa e controla este mercado é o Banco Central através dos seguintes 
instrumentos: 
o Depósito compulsório: regula o multiplicador bancário através de reserva 
obrigatória de recolhimento de depósitos e recursos de terceiros 
determinado pelo CMN através de percentuais. 
o Redesconto ou empréstimo de liquidez: é o socorro que o Banco Central 
fornece à rede bancária para atender às necessidades de caixa. 
o Mercado Aberto (Open Market): é um ágil instrumento de política 
monetária pelo qual o BC pode regular o fluxo de recursos de mercado 
através de operações de mercado aberto (open market). 
o Controle e seleção de crédito: se dão através do controle de volume e 
destino do crédito, controle das taxas de juros, fixação de limites e 
condições de crédito. 
 MERCADO DECRÉDITO – É o mercado que tem como objetivo suprir as 
necessidades de recursos da economia através dos agentes econômicos que 
 
10 
interligam poupadores e tomadores. Neste mercado se destacam os bancos 
comerciais e múltiplos. 
 MERCADO DE CAPITAIS – É um mercado predominantemente de longo 
prazo. Seu principal ambiente é a Bolsa de Valores. Divide-se em primário, 
quando as operações são realizadas ali pela primeira vez e secundário, 
quando são realizadas nas demais oportunidades. As operações também 
podem ser realizadas por instituições financeiras e seus recursos podem ser 
destinados para giro ou para o permanente das empresas. 
 MERCADO CAMBIAL – É o mercado que envolve a contrapartida do mercado 
internacional. Inclui agentes econômicos variados como importadores e 
exportadores, investidores e instituições financeiras. 
4 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL3 
Até 1964 o Sistema Financeiro Nacional carecia de uma estruturação racional 
para administrar suas necessidades. A partir de então foi montado um organograma 
funcional para disciplinar e entender as entidades participantes. Segundo o 
organograma (elaborado na página seguinte), conceitua-se: 
O Conselho Monetário Nacional– CMN é o órgão máximo do Sistema 
Financeiro Nacional. Sua missão é definir as diretrizes de funcionamento do Sistema 
Financeiro Nacional e formular toda a política da moeda e crédito da economia, 
visando atender a seus interesses econômicos e sociais. 
O Conselho de Gestão e Previdência Complementar - CGPC é um órgão 
colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social e cuja 
competência é regular, normatizar e coordenar as atividades das entidades fechadas 
de previdência complementar. Também cabe ao CGPC julgar, em última instância, os 
recursos interpostos contra as decisões da Secretaria de Previdência Complementar. 
O Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP é o órgão responsável por 
fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados no Brasil. É composto pelo 
Ministro da Fazenda (presidente), representante do Ministério da Justiça, 
 
3 Ler mais em Hoji, 2001, pp 34-41 e Fortuna, 2002, pp 11-43. 
 
 
 
11 
representante do Ministério da Previdência Social, do Banco Central do Brasil e da 
Comissão de Valores Mobiliários, além do superintendente da Superintendência de 
Seguros Privados. 
5 ÓRGÃOS LIGADOS AO SUBSISTEMA NORMATIVO 
O Banco Central é o principal órgão executivo do CMN funcionando como sua 
secretaria executiva. É órgão fiscalizador do mercado financeiro e executor da política 
monetária do governo. 
 
 
Fonte: economia.estadao.com.br 
A Comissão de Valores Mobiliários – CVM controla e fomenta o mercado de 
valores mobiliários, atingindo as instituições financeiras, as companhias de capital 
aberto e os investidores. 
A Secretaria de Previdência Complementar funciona como secretaria executiva 
do Conselho de Gestão e Previdência Complementar. 
A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP é o órgão responsável, pelo 
controle e fiscalização do mercado de seguros, previdência privada aberta e 
capitalização. 
O IRB – Brasil Resseguros regulamenta as atividades de seguros no Brasil. 
 
12 
 
Fonte: Acervo do autor 
6 ÓRGÃOS LIGADOS AO SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO 
6.1 Instituições financeiras bancárias 
O Banco do Brasil até janeiro de 1986 assemelhava-se a uma autoridade 
monetária mediante ajustamentos da conta movimento do BACEN e do Tesouro 
 
13 
Nacional. Hoje, é um banco comercial comum, embora responsável pela Câmara de 
Compensação. 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES é 
responsável pela política de investimentos de longo prazo do Governo e também pela 
gestão do processo de privatização. É a principal instituição financeira de fomento do 
Brasil por impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios 
regionais, promover o crescimento das exportações, dentre outras funções. 
A Caixa Econômica Federal - CEF caracteriza-se por estar voltada ao 
financiamento habitacional e ao saneamento básico, além de controlar as loterias. É 
um instrumento governamental de financiamento social. 
Os bancos comerciais e múltiplos são intermediários financeiros que transferem 
recursos dos agentes superavitários para os deficitários, mecanismo esse que acaba 
por criar moeda através do efeito multiplicador. Eles podem descontar títulos, realizar 
operações de abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar operações 
especiais de crédito rural, de câmbio e comércio internacional, captar depósitos à vista 
e a prazo fixo, obter recursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes, 
etc. 
As Caixas Econômicas Estaduais têm, em círculo mais restrito, as atribuições 
da Caixa Econômica Federal. São agentes econômicos que estão desaparecendo do 
mercado. 
Os Bancos de Desenvolvimento, cujo principal agente é o já citado BNDES, 
são os principais agentes de financiamento do governo federal. Destacam-se os 
bancos regionais de desenvolvimento como, por exemplo, o Banco do Nordeste do 
Brasil (BNB), o Banco da Amazônia (BASA), e o Banco Regional de Desenvolvimento 
do Extremo Sul (BRDES). 
Os Bancos de Investimento captam recursos através de emissão de CDB e 
RDB. Esses recursos são direcionados a empréstimos e financiamentos específicos 
à aquisição de bens de capital pelas empresas ou subscrição de ações e debêntures. 
Os Bancos de Investimento não podem destinar recursos a empreendimentos 
mobiliários e têm limites para investimentos no setor estatal. 
 
14 
7 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO BANCÁRIAS 
As Sociedades de Crédito Financeiro e Investimentos, as “financeiras” captam 
recursos através de letras de câmbio e sua função é financiar bens de consumo 
duráveis aos consumidores finais (crediário). Tratando-se de uma atividade de alto 
risco, seu passivo é limitado a 12 vezes seu capital mais reservas. 
As Sociedades de Arrendamento Mercantil trabalham com operações de 
“leasing”, que se trata de locação de bens de forma que, no final do contrato, o 
locatário pode renová-lo, adquirir o bem por um valor residencial ou devolver o bem 
locado à sociedade. Atualmente, tem sido comum operação de leasing em que o valor 
residual é pago de forma diluída ao longo do período contratual ou de forma 
antecipada, no início do período. As Sociedades de Arrendamento Mercantil captam 
recursos através da emissão de debêntures, com características de longo prazo. 
As Cooperativas de Crédito equiparam-se às instituições financeiras. As 
cooperativas normalmente atuam em setores primários da economia ou são formadas 
entre os funcionários das empresas. No setor primário, permitem uma melhor 
comercialização dos produtos rurais e criam facilidades para o escoamento das safras 
agrícolas para os consumidores. No interior das empresas em geral, as cooperativas 
oferecem possibilidades de crédito aos funcionários, os quais contribuem 
mensalmente para a sobrevivência e crescimento da mesma. Todas as operações 
facultadas às cooperativas são exclusivas aos cooperados. 
8 SISTEMA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO 
As Sociedades de Crédito Imobiliário, ao contrário das Caixas Econômicas, 
essas sociedades são voltadas ao público de maior renda. A captação ocorre através 
de Letras Imobiliárias, depósitos de poupança e repasses de CEF. Esses recursos 
são destinados, principalmente, ao financiamento imobiliário direto ou indireto. 
As Associações de Poupança e Empréstimo são sociedades civis onde os 
associados têm direito à participação nos resultados. A captação de recursos ocorre 
através de caderneta de poupança e seu objetivo é principalmente financiamento 
imobiliário. 
 
15 
9 INSTITUIÇÕES AUXILIARES 
As Bolsas de Valores são entidades físicas, constituídas sob a forma de 
associações civis sem fins lucrativos, com responsabilidades e funções de interessepúblico. As bolsas operam em três tipos preferenciais de mercado: 
 Mercado à vista – Onde a entrega dos títulos do vendedor ao comprador 
é efetuada no segundo dia útil após o fechamento do negócio na Bolsa. 
O pagamento da ação pelo comprador deve ocorrer no 3º dia útil após a 
negociação. 
 Mercado a termo – Onde a liquidação das operações ocorre em prazos 
diferidos, em geral 30, 60 ou 90 dias. Para operar neste mercado é 
exigido, tanto do comprador quanto do vendedor, um depósito de valores 
como margem de garantia da operação. 
 Mercado de opções – Onde se negocia os direitos de compra ou venda 
futura de ações a um preço pré-estabelecido. O comprador de uma 
opção de compra de ações, por exemplo, adquire até a data limite de 
vencimento da operação o direito de comprar o lote objeto de ações. O 
comprador de uma opção de venda, por outro lado, poderá exercer o 
seu direito de vender os papéis objetos na data de vencimento da opção. 
A principal contribuição deste mercado é a proteção contra o risco 
(hedge). 
A Bolsa de Mercadorias e de Futuros é a bolsa cujo objetivo é organizar 
operacionalizar e desenvolver um mercado de futuros (commodities, taxas de juros, 
taxas de câmbio, metais, índice de ações e de conjuntura) livre e transparente. 
Mantém as seguintes modalidades de operação: Futuro, opções sobre o disponível, 
opções sobre futuro, termo e disponível ou à vista (spot). 
As Sociedades Corretoras são instituições membros das Bolsas de Valores 
habilitadas para operar em seus pregões por conta própria e determinadas por seus 
clientes, por meio de negociações com títulos e valores mobiliários. 
As Sociedades Distribuidoras têm uma faixa operacional mais restrita do que 
as corretoras e não têm acesso às Bolsas de Valores e de Mercadorias. 
Os Agentes Autônomos de Investimento são pessoas físicas, credenciadas por 
Bancos de Investimentos, Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento, 
 
16 
Sociedades de Crédito Imobiliário, Sociedades Corretoras e Distribuidoras que 
exercem atividades por conta e ordem de quem os credenciou. 
10 INSTITUIÇÕES NÃO FINANCEIRAS 
As Sociedades de Fomento Comercial são conhecidas como “factoring”, e 
operam na venda de um direito de crédito, feita diretamente pelo detentor deste crédito 
(o sacador) a uma instituição compradora (o factor). Esta fornece os recursos ao 
sacador, mediante um deságio sobre o valor de face deste direito de crédito, que pode 
ser, por exemplo, uma duplicata ou cheque. 
As Seguradoras operam o sistema de seguros do país e são regidas pelo 
Decreto-Lei nº. 73 de 21/11/66 e suas alterações posteriores. Não estão sujeitas à 
falência nem podem impetrar concordata além de não poderem explorar qualquer 
outro ramo de comércio ou indústria. 
As Sociedades de Capitalização são sociedades mercantis cujo objetivo é 
fornecer ao público, de acordo com planos aprovados pelo Governo Federal, a 
constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano. Este 
capital é pago em moeda corrente num prazo máximo indicado no mesmo plano, à 
pessoa que possuir um título, segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas 
nos próprios títulos. DL 261, de 28.2.1967. 
As Agências de Fomento ou Desenvolvimento são constituídas e funcionam 
sob as regras da Resolução nº. 2.828 de 30/03/2001. Realizam operações de 
financiamento de capital fixo e de giro associados a projetos na unidade da federação 
onde tenha sede. Prestam garantias e serviço de consultoria e ainda administram 
fundos de desenvolvimento, observando o disposto no Art. 35 da LC 101 de 
04/05/2000. 
As Administradoras de Cartão não são empresas financeiras, e sim empresas 
prestadoras de serviços, que fazem a intermediação entre os portadores de cartões, 
os estabelecimentos afiliados, as bandeiras (Visa, Mastercard, etc.) e as instituições 
financeiras. 
Os Consórcios. A atividade de consórcio é uma invenção brasileira, hoje 
difundida no mundo inteiro. Diversos são os instrumentos legais de regulamentação 
da atividade. A Circular nº. 3.070 e seus regulamentos estabelecem as regras e 
 
17 
condições para a concessão de autorização para administrar grupos de consórcios e 
outros aspectos societários relacionados ao assunto. 
Os Fundos Mútuos de Investimentos são constituídos sob a forma de 
condomínio aberto ou fechado e representam a reunião de recursos de poupança, 
destinados à aplicação em carteira diversificada de títulos e/ou valores mobiliários, 
com o objetivo de propiciar aos seus condôminos a valorização de cotas, a um custo 
global mais baixo, ao mesmo tempo em que tais recursos se constituem em fonte de 
recursos para investimento em capital permanente das empresas. 
As Empresas Abertas ou Fechadas de Previdência Complementar são 
instituições restritas a determinado grupo contribuintes ou não, com o objetivo de 
valorização de seu patrimônio, para garantir a complementação da aposentadoria e, 
por esta razão, orientadas a aplicar parte de suas reservas técnicas no mercado 
financeiro e de capitais. 
11 ORDENAMENTO JURÍDICO DAS EMPRESAS 
De acordo com o Código Civil, as empresas, denominadas pessoas jurídicas, 
estão divididas em Pessoas Jurídicas de Direito Privado e de Direito Público Interno 
ou Externo. Pertence ao Direito Público Interno: a União, Estados, Distrito Federal, 
Territórios, Municípios, Autarquias e demais entidades públicas criadas por lei. São 
pessoas de direito público externo os estados estrangeiros e todas as pessoas que 
forem regidas pelo direito internacional público. As Pessoas Jurídicas de Direito 
Privado dividem-se em associações, sociedades e fundações. As sociedades, por sua 
vez, subdividem-se em personificadas e não personificadas. Ao segundo grupo 
pertence à Sociedade em Conta de Participação. Ao primeiro grupo pertencem as 
Sociedades Simples, Em Nome Coletivo, Comandita Simples, Limitada, Anônima, 
Comandita por Ações e Cooperativas. 
Segundo o Novo Código Civil (Lei nº. 10.406/02) Sociedade Simples é a 
sociedade constituída por pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com 
bens e serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos 
resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade própria de empresário (Art. 
981 e 982). 
 
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Sociedade Empresária (Art.983) tem por objeto o exercício de atividade própria 
de empresário sujeita o registro, inclusive a sociedade por ações, independentemente 
de seu objeto, devendo inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado. Isto é, 
Sociedade Empresária é aquela que exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, constituindo 
elemento de empresa. Divide-se em: Comandita Simples, Em Comandita por Ações, 
De Capital e Indústria, em Nome Coletivo, Limitada, Anônima e Cooperativa. O 
presente estudo será desenvolvido no ambiente das Sociedades Anônimas. 
12 TIPOS DE SOCIEDADES MAIS CONSTITUÍDAS NO BRASIL 
12.1 Sociedades Anônimas (Atualizado pela Lei nº 11.638 de 28/12/07) 
12.2 Constituição 
A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos 
preliminares: 
 Subscrição, pelo menos por duas pessoas, de todas as ações em que se divide 
o capital social fixado no estatuto; 
 Realização, como entrada, de 10%, no mínimo, do preço de emissão das ações 
subscritas em dinheiro, excetuado nas companhias nas quais a lei exige 
realização inicial de parte maior do capital social; 
 Depósito no Banco do Brasil S.A., ou em qualquer estabelecimento bancário 
autorizado pela CVM, da parte do capital realizado em dinheiro. 
A companhia ou Sociedade Anônima têm seu capital dividido em ações, e a 
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das 
ações subscritas ou adquiridas.A responsabilidade dos sócios ou acionistas é limitada 
ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. 
O objetosocial da companhia pode ser qualquer empresa de fim lucrativo, não 
contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes. A sociedade será designada por 
denominação acompanhada das expressões “companhia” ou “sociedade anônima” 
expressas por extenso ou abreviadamente mas vedada a utilização da primeira ao 
final. A Sociedade Anônima poderá ser aberta ou fechada, conforme os valores 
 
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mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de 
valores mobiliários, que para isso exige o registro na Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM). 
O estatuto da companhia fixará o valor do capital social, expresso em moeda 
nacional, que poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer 
espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro. A sociedade anônima, qualquer 
que seja seu objeto, será sempre empresária e se regerá pelas leis e usos do 
comércio. Isto significa dizer que seus atos constitutivos e estatutos serão arquivados 
no Registro do Comércio, o que não ocorrerá com uma sociedade simples, cujos atos 
constitutivos e contrato social devem ser arquivados em Cartório. 
12.3 Ações 
Ações são títulos negociáveis e corresponde à menor fração em que se divide 
o capital da companhia. Tem natureza jurídica de título de crédito, ou seja, é o título 
que dá direito de propriedade sobre parte de uma companhia. 
As ações rendem dividendos, que é a parcela de lucro líquido distribuída aos 
acionistas, na proporção da quantidade de ações detidas, ao fim de cada exercício 
social. A companhia deve distribuir, no mínimo, 25% do seu lucro líquido ajustado. 
O estatuto fixará o número das ações em que se divide o capital social e 
estabelecerá se as ações terão, ou não, valor nominal, que será o mesmo para todas 
as ações da companhia. O valor nominal das ações de uma companhia aberta não 
poderá ser inferior ao mínimo fixado pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Quanto à espécie, as ações poderão ser preferenciais, ordinárias ou de fruição. 
Ações preferenciais têm preferência na distribuição de resultados. Ações ordinárias 
são as que dão direito a voto nas Assembleias Gerais. Ações de fruição são as que 
podem ser distribuídas aos acionistas em substituição à ação que foi amortizada pela 
companhia. Este tipo de ação, mesmo não sendo negociável assegurará aos seus 
detentores o direito de receber a parte do patrimônio da sociedade que ainda lhe 
couber em caso de liquidação. 
O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas à restrição no 
exercício deste direito, não poderá ultrapassar 50% do total de ações emitidas. As 
ações preferenciais poderão ter direito a voto se a companhia, pelo prazo previsto no 
 
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estatuto, não superior a três exercícios consecutivos, deixar de pagar dividendos fixos 
ou mínimos a que fizerem jus, direito que conservarão até o pagamento, se tais 
dividendos não foram cumulativos, ou até que sejam pagos os cumulativos em atraso. 
Quanto à forma, todas as ações devem ser nominativas. A emissão de 
certificado de ação somente será permitida depois de cumpridas as formalidades 
necessárias ao funcionamento legal da companhia. Estes certificados serão escritos 
em vernáculo e conterão as declarações previstas em Lei. 
A propriedade das ações nominativas presume-se pela inscrição do nome do 
acionista no livro de Registro das Ações Nominativas ou pelo extrato que seja 
fornecido pela instituição custo diante, na qualidade de proprietária fiduciária das 
ações. 
O estatuto da companhia pode autorizar ou estabelecer que todas as ações da 
companhia, ou uma ou mais classes delas, sejam mantidas em contas de depósito, 
em nome de seus titulares, na instituição que designar, sem emissão de certificado. 
São as ações escriturais. 
O resgate de ações consiste no pagamento do valor das ações para retirá-las 
definitivamente de circulação, com redução ou não do capital social, mantido o mesmo 
capital, será atribuído, quando for o caso, novo valor nominal às ações 
remanescentes. 
A amortização de ações consiste na distribuição aos acionistas, a título de 
antecipação e sem redução do capital social, de quantias que lhes poderiam tocar em 
caso de liquidação da companhia. 
O reembolso é a operação pela qual, nos casos previstos em lei, a companhia 
paga aos acionistas dissidentes de deliberação da assembleia-geral o valor de suas 
ações. 
12.4 Partes Beneficiárias 
A companhia pode criar a qualquer tempo títulos negociáveis sem valor nominal 
e estranhos ao capital social, denominados Partes Beneficiárias. Elas conferirão aos 
seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na 
participação nos lucros anuais. Essa participação não poderá ultrapassar 10% dos 
lucros. 
 
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O estatuto fixará o prazo de duração das partes beneficiárias e, sempre que 
estipular resgate, que poderá ser conversível em ações, deverá criar reserva especial 
para esse fim. O prazo de duração delas, atribuídas gratuitamente, salvo as 
destinadas a sociedades ou fundações beneficentes dos empregados da companhia, 
não poderá ultrapassar 10 anos. 
12.5 Debêntures 
A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos seus titulares direito 
de crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão e, se houver, 
do certificado. A debênture terá valor nominal expresso em moeda nacional, salvo nos 
casos de obrigação que, nos termos da legislação em vigor, possa ter o pagamento 
estipulado em moeda estrangeira. A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, 
fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e prêmio de reembolso, além 
de poder ser conversível em ações. 
12.6 Bônus de subscrição 
A companhia poderá emitir, por decisão da Assembleia-geral (se o estatuto não 
atribuir ao Conselho de Administração), dentro do limite de aumento de capital 
autorizado no estatuto, títulos negociáveis denominados Bônus de Subscrição. Estes 
bônus conferirão aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, direito 
de subscrever ações do capital social, que será exercido mediante apresentação do 
título à companhia e pagamento do preço de emissão das ações. 
12.7 Livros sociais 
A companhia deve ter, além dos livros obrigatórios para qualquer comerciante, 
os seguintes, revestidos das mesmas formalidades legais: 
 Livro Registro de Ações Nominativas 
 Livro de Transferência de Ações Nominativas 
 Livro Registro de Partes Beneficiárias Nominativas 
 Livro de Atas das Assembleias Gerais 
 
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 Livro de Presença dos Acionistas 
 Livro de Atas das Reuniões do Conselho de Administração 
 Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal 
12.8 Assembleias-Gerais 
A Assembleia-Geral, convocada e instalada de acordo com a lei e o estatuto, 
tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar 
as resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento. Compete ao 
Conselho de Administração, se houver, ou aos diretores, observado o disposto no 
estatuto, convocar a assembleia-geral. 
A assembleia-geral pode também ser convocada: 
 Pelo Conselho Fiscal, nos casos previstos em lei; 
 Por qualquer acionista, quando os administradores retardarem, por mais 
de sessenta dias, a convocação nos casos previstos em lei ou no 
estatuto; 
 Por acionistas que representem 5%, no mínimo, do capital social, 
quando os administradores não atenderem, no prazo de oito dias, o 
pedido de convocação que apresentarem, devidamente fundamentado, 
com indicação das matérias a serem tratadas; 
 Por acionistas que representem 5%, no mínimo do capital votante, ou 
cinco por cento, no mínimo, dos acionistas sem direito a voto, quando os 
administradores não atenderem, no prazo de oito dias, o pedido de 
convocação de assembleia para instalação do conselho fiscal. 
A assembleia-geral é dita ordinária, quando tem por objeto tomar as contas dos 
administradores, examinar,discutir e votar as demonstrações financeiras; deliberar 
sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição dos dividendos; 
eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o caso; 
aprovar a correção da expressão monetária do capital social. Nos demais casos é 
dita extraordinária. 
 
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12.9 Conselho de Administração 
A administração da companhia competirá, conforme dispuser o estatuto, ao 
conselho de administração e à diretoria, ou somente à diretoria. As companhias de 
capital aberto e as de capital autorizado terão, obrigatoriamente, o conselho de 
administração, que será formado por, no mínimo três membros, eleitos em 
assembleia-geral e por ela destituíveis a qualquer tempo, devendo o estatuto 
estabelecer: 
 O número máximo e mínimo de conselheiros; 
 O modo de substituição dos conselheiros; 
 O prazo de gestão, não superior a três anos, permitida a reeleição; 
12.10 Diretoria 
A diretoria será composta por dois ou mais diretores, eleitos e destituíveis a 
qualquer tempo pelo conselho de administração ou, se inexistente, pela assembleia-
geral devendo o estatuto estabelecer o número de diretores, o modo de sua 
substituição, o prazo de sua gestão, que não será superior a três anos, permitida a 
reeleição e as atribuições e poderes de cada diretor. Um terço dos membros do 
conselho de administração pode assumir os cargos de diretoria. 
12.11 Conselho Fiscal 
A companhia terá um conselho fiscal e o estatuto disporá sobre seu 
funcionamento, de modo permanente ou nos exercícios sociais em que for instalado, 
a pedido de acionistas. Ele será composto de, no mínimo três membros e no máximo 
cinco membros, e suplentes em igual número, acionistas ou não, eleitos pela 
assembleia-geral. 
Quando o funcionamento do conselho fiscal não for permanente, será instalado 
pela assembleia-geral a pedido de acionistas que representem no mínimo 10% das 
ações com direito a voto ou 5% das ações sem direto a voto, e seu período de 
funcionamento irá até a próxima assembleia-geral ordinária. 
 
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12.12 Demonstrações financeiras 
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na 
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que 
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações 
ocorridas no exercício: 
 Balanço patrimonial; 
 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados; 
 Demonstração de resultados do exercício; 
 Demonstração dos fluxos de caixa; 
 Nas companhias abertas, demonstração do valor adicionado. 
12.13 Subsidiária integral 
É a chamada de subsidiária integral, a companhia constituída mediante 
escritura pública, tendo como único acionista uma sociedade brasileira. 
12.14 Extinção 
A companhia se extingue pelo encerramento da liquidação ou pela 
incorporação ou fusão, e pela cisão com versão de todo o patrimônio em outras 
sociedades. 
Vantagens das Sociedades Anônimas: 
 Responsabilidade limitada: cada acionista é um sócio com responsabilidade 
limitada, não podendo perder além do que investiu no negócio. 
 Dimensão do negócio: o capital pode ser obtido a partir de muitos investidores, 
pela facilidade com que as ações podem ser negociadas. A sociedade pode 
ser pulverizada entre uma infinidade de acionistas, pequenos, médios ou 
grandes. 
 Transferência de propriedade: a propriedade é comprovada pelos certificados 
de ações, que podem ser facilmente transferidos a outras pessoas. As bolsas 
de valores facilitam enormemente a venda e compra de ações. 
 
25 
 Vida ilimitada: a S/A não se dissolve com a morte ou retirada de um proprietário 
e pode perdurar indefinidamente no tempo. 
 Crescimento: A S/A pode expandir-se através de aumento de capital devido ao 
rápido acesso aos mercados de capitais. 
 Administração profissional: a direção da empresa passa para administradores 
profissionais contratados e que podem ser promovidos ou substituídos. 
12.15 Desvantagens: 
Regulamentação governamental: como a S/A é uma entidade legalmente 
estabelecida, ela está submetida a regulamentações federais, estaduais e municipais, 
tornando necessários alguns órgãos para prestar serviços burocráticos e atender a 
todas essas regulamentações. 
Falta de sigilo: como os acionistas devem conhecer o desempenho e a situação 
financeira da S/A através das demonstrações financeiras, a empresa torna-se muito 
transparente. O Novo Código Civil (2002) estabelece algumas normas visando uma 
maior transparência das sociedades anônimas. 
13 SOCIEDADE POR COTA DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (LTDA.) 
São sociedades de pessoas, constituídas de dois ou mais proprietários que se 
associam no mesmo negócio, com o objetivo de obter lucro. Embora quase sempre 
maiores do que as firmas individuais, geralmente não chegam a assumir grandes 
proporções. A sociedade limitada é constituída através de um contrato social firmado 
entre os sócios e registrado na Junta Comercial. A responsabilidade de cada sócio é 
restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela 
integralização do capital social. Nas sociedades limitadas, os bens pessoais dos 
sócios respondem pelas dívidas assumidas no negócio. 
13.1 Principais vantagens: 
 Economias fiscais: é semelhante à firma individual quanto aos custos 
organizacionais e certos tributos. 
 
26 
 Capital social: Geralmente maior que as firmas individuais, pois são sociedades 
com participação de mais de uma pessoa. 
 Facilidade de crédito: Os bens pessoais dos sócios garantem os valores 
emprestados. 
 Administração: cooperação e habilidades administrativas de vários sócios 
envolvidos no negócio são somadas. 
13.2 Principais desvantagens: 
 Responsabilidade solidária dos sócios: os sócios respondem conjunta e 
solidariamente pelo negócio. No caso de liquidação do negócio os bens 
pessoais de um dos sócios podem ser levados a garantir o prejuízo, caso os 
demais sócios não o possa fazê-lo. 
 Vida limitada: do ponto de vista técnico, quando um dos sócios se afasta ou 
morre, a sociedade é dissolvida. 
14 FIRMA INDIVIDUAL 
A firma individual é constituída por um único empresário ou proprietário que 
responde pelos seus negócios. É a empresa cujo proprietário é uma pessoa que opera 
em seu próprio benefício. A firma individual é geralmente uma pequena empresa, 
registrada em Junta Comercial, onde o proprietário toma todas as decisões e opera a 
propriedade juntamente com alguns poucos empregados. O capital da firma individual 
advém de recursos próprios ou de empréstimos de curto prazo. É grande a quantidade 
de firmas individuais, porém sua participação é pequena no volume de faturamento 
de todas as empresas. 
14.1 Principais vantagens: 
 O proprietário é o seu próprio patrão. 
 O proprietário assume todo o lucro e todo o resto do negócio. 
 Baixos custos operacionais. 
 
27 
 Economias fiscais. 
14.2 Principais desvantagens: 
 Responsabilidade ilimitada em relação aos credores. A riqueza total do 
proprietário – e não o capital investido – responde pelas dívidas do negócio. 
 Limitação de capital: a capacidade financeira do proprietário é limitada e pode 
restringir operações maiores. 
 O proprietário deve jogar em todas as posições do negócio, isto é, deve 
conhecer e dominar todos os aspectos técnicos, comerciais e financeiros da 
sua empresa. 
Segundo Sanvicente (1983), “Planejar é estabelecer com antecedência as 
ações a serem executadas, estimar os recursos a serem empregados e definir as 
correspondentes atribuições de responsabilidades em relação a um período futuro 
determinado, para que sejam alcançados satisfatoriamente os objetivos porventura 
fixados para uma empresa e suas diversas unidades”. 
Os níveis de planejamento podem ser: 
 Estratégico – Onde as decisões são de natureza político-administrativas e 
estão geralmente voltadas para o ambiente externo da empresa. Administrativo (tático) - Onde o foco é na administração interna da empresa, 
seus procedimentos e distribuição de recursos humanos. 
 Operacional – São os procedimentos de curto prazo, buscando a máxima 
eficiência no que foi programado. 
O planejamento busca a finalidade de antecipar os fatos através de planos e 
orçamentos. 
Segundo Welsch4, “orçamento é um meio de coordenar os esforços individuais 
num plano de ação que se baseia em dados de desempenhos anteriores e guiado por 
julgamentos racionais dos fatores que influenciarão o rumo dos negócios no futuro”. 
Assim, orçar é processar o sistema de informações contábeis atual, introduzir as 
alterações pretendidas e organizar os dados de acordo com as demonstrações 
regulamentares. 
 
4 WELSH, 1978, pp 171-265. 
 
28 
A origem da palavra orçamento deve-se aos antigos romanos que usavam uma 
bolsa de tecido chamada fiscus para coletar impostos. No início da idade média esta 
bolsa já era conhecida da Inglaterra sob o nome de fisc. Posteriormente, na França, 
esta bolsa tomou o nome de bouge ou bougette, cujo termo procede do latim bouga. 
A Inglaterra adaptou o termo para budget (orçamento). 
Em 1860 a França adotou um sistema de contabilidade uniforme que foi 
aplicado a todos os departamentos. Era o rudimento dos sistemas orçamentários 
atuais. Nos Estados Unidos, já no século XX, foram desenvolvidos conceitos e uma 
série de práticas para planejamento e administração financeira que se tornariam, em 
1907, o primeiro orçamento público da cidade de Nova York. Em 1921 estes 
procedimentos foram universalizados pelo Congresso norte-americano. 
A iniciativa privada começou a adaptá-lo em 1929 através da empresa Du Pont 
de Memours. 
14.3 ORÇAMENTOS 
O orçamento tem como principais objetivos: 
 Estabelecer e coordenar metas 
 Planejar o futuro 
 Facilitar o entendimento dos propósitos da política da empresa 
 Gerar dados para tomada de decisões 
 Servir de guia para avaliação dos programas 
Para consecução destes objetivos se torna necessário uma orientação para 
objetivos reais, envolvimento dos participantes com bons índices motivacionais e 
flexibilidade no processo de implantação e acompanhamento. 
Diversos foram os tipos de orçamento estudados e implantados. Entre eles 
podemos citar: 
 Orçamento empresarial – Onde é feita a projeção dos recursos baseada nos 
objetivos e no controle por meio de acompanhamento de dados contábeis. 
 Orçamento contínuo – Onde é feita a renovação do orçamento com acréscimo 
para o futuro. 
 Orçamento flexível – Onde a projeção de recursos é realizada com a opção de 
análise de várias perspectivas. 
 
29 
 Orçamento por atividade – Onde a ênfase da projeção de recursos é dada por 
tipo de atividade desempenhada. 
 Orçamento padrão – Tipo de orçamento projetado como ideal para as 
atividades da empresa. 
Na preparação dos orçamentos deve-se se seguir a seguinte ordem de 
procedimentos: 
 Estabelecer os objetivos: 
o Participação No mercado 
o Lucro líquido sobre vendas 
o Retribuição do investimento 
o Possibilidade de ampliação das instalações 
o Novos produtos 
 Determinar o volume e condições de vendas 
 Elaborar os demais orçamentos em função do orçamento de vendas 
 Revisar os procedimentos 
 Acompanhar os resultados, analisando-os. 
Os orçamentos devem seguir um roteiro, onde primeiro se elaboram as 
premissas, para em seguida serem feitas as projeções. 
O primeiro orçamento a se elaborar é o operacional. Nele estão contidos as 
vendas, custos e despesas operacionais. Suas principais peças são os orçamentos 
de: 
 
 Vendas 
 Produção 
 Compras de materiais e estoques 
 Despesas indiretas, incluindo mão-de-obra e materiais indiretos. 
Em seguida devem ser elaborados os orçamentos de investimentos, 
financiamentos e despesas financeiras. 
Depois de elaborados todos os orçamentos, são feitas as projeções financeiras, 
que podem ser subdivididas conforme abaixo: 
 Receitas e despesas não operacionais 
 Receitas e despesas financeiras 
 
30 
 Demonstração de Resultados projetada 
 Balanço Patrimonial projetado 
 Fluxo de caixa ou Demonstração de Origens e Recursos Projetada. 
Depois dessas providências é hora do acompanhamento e análise dos dados. 
15 ORÇAMENTO EMPRESARIAL5 
No orçamento empresarial, o importante é se ter uma imagem futura da 
empresa com o planejamento inserido no contexto. Desta forma se uma empresa 
quiser saber quanto gastará com compras para compor o seu produto no próximo 
período, poderá orçar conforme a seguir: 
Dados: 
Produto: A 
Venda anual: 10.000 unidades 
Preço unitário de vendas: R$ 20,00 
Estoque Inicial: 1.600 unidades 
Estoque Final: 600 unidades 
Matérias-primas: X e Y 
Consumo de unidades de matéria-prima por produto: 
 X = 3 unidades por produto A 
 Y = 2 unidades por produto A 
Estoque inicial de X = 1.500 unidades 
Estoque inicial de Y = 1.500 unidades 
Estoque final de X = 2.000 unidades 
Estoque final de Y = 1.000 unidades 
Preço unitário de X = 5,00 
Preço unitário de Y = 6,00 
15.1 Orçamento de vendas 
10.000 unidades x R$ 20,00 = R$ 200.000,00 
 
5 O exemplo foi retirado do capítulo 6 de FIGUEIREDO e CAGGIANO. 
 
31 
ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO (ud) 
Estoque final 600 ud 
(+) Vendas 10.000 ud 
(-) Estoque Inicial 1.600 ud 
(=) Quantidade Produzida 9.000 ud 
15.2 Orçamento de consumo de matérias-primas 
Matéria-prima Consumo unitário Produção Total de Matéria-Prima 
X 3 9.000 27.000 unidades 
Y 2 9.000 18.000 unidades 
 
ORÇAMENTO DE COMPRA 
Matéria-Prima X Y Total (R$) 
Estoque Final 2.000 1.000 
(+) Consumo 27.000 18.000 
(-) Estoque Inicial 1.500 1.500 
(=) Compras (ud) 27.500 17.500 
(x) Preço unitário 5,00 6,00 
(=) Compras (R$) 137.500,00 +105.000,00 = 242.500,00 
 
 Se, no entanto produzir dois produtos e consumir quatro matérias-primas, seu 
orçamento de compras será: 
 
Dados: 
Produtos Quantidade anual vendida Preço Unitário 
A 10.000 20,00 
B 15.000 15,00 
 
Estoques A B 
Final 1.000 1.500 
Inicial 2.000 2.500 
 
 
32 
Matérias-Primas Estoque inicial Estoque Final Preço Unitário 
X 500 1.000 3,00 
Y 1.000 1.500 4,00 
Z 1.000 500 1,00 
W 2.500 2.000 2,00 
 
Consumo Unitário 
 
Matéria-Prima X Y Z W 
Produto A 3 2 1 2 
Produto B 1 0 3 2 
15.3 Orçamento De Vendas 
A - 10.000 X 20 = 200.000,00 
B - 15.000 X 15 = 225.000,00 
Total R$ 425.000,00 
15.4 Orçamento De Produção (Ud) 
Produto A B 
Estoque Final 1.000 1.500 
(=) Vendas 10.000 15.000 
(-) Estoque Inicial 2.000 2.500 
(=) Produção 9.000 14.000 
15.5 Orçamento De Consumo De Matérias-Primas 
Matéria-Prima Produto A Produto B Total 
X 3 x 9.000 = 27.000 1 x 14.000 = 14.000 41.000 
Y 2 x 9.000 = 18.000 0 x 14.000 = 0 18.000 
Z 1 x 9.000 = 9.000 3 x 14.000 = 42.000 51.000 
W 2 x 9.000 = 18.000 2 x 14.000 = 28.000 46.000 
 
33 
15.6 Orçamento De Compras 
Matéria-Prima X Y Z W Total 
Estoque Final 1.000 1.500 500 2.000 
(+) Consumo 41.000 18.000 51.000 46.000 
(-) Estoque Inicial 500 1.000 1.000 2.500 
(=) Compra (ud) 41.500 18.500 50.500 45.500 
(x) Preço Unitário 3,00 4,00 1,00 2,00 
(=) Compra (R$) 124.500,00+74.000,00+50.500,00+91.000,00= 340.000,00 
 
No entanto, um orçamento empresarial é muito mais complexo. Ele segue uma 
sequência de orçamentos, que culminam com a projeção do Demonstrativo de 
Resultados e do Balanço Patrimonial. 
São eles: 
 Orçamento de Vendas 
 Orçamento de Produção 
 Orçamento de Consumo de Matérias-primas 
 Orçamento de Compras 
 Orçamento de Mão-de-obra Direta 
 Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação 
 Orçamento de Estoques Finais 
 Orçamento deDespesas Operacionais 
 Orçamento de Despesas de Capital 
 Orçamento de Custo das Mercadorias Vendidas 
 Orçamento de Caixa 
16 ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO EMPRESARIAL 
Vamos supor que uma empresa queira elaborar seu orçamento empresarial 
anual. Seus demonstrativos financeiros publicados são o Demonstrativo de 
Resultados do Exercício e o Balanço Patrimonial, que transcrevemos a seguir: 
 
 
34 
Demonstração de Resultados do Exercício Inicial 
Vendas 135.000 
(-) Custo dos Prod. Vendidos 80.000 
(=) Resultado Bruto 55.000 
(-) Desp. Operacionais 25.000 
(=) Lucro Operacional (LAIR) 30.000 
(-) Imposto de Renda (40%) 12.000 
(=) Lucro Líquido 18.000 
 
Balanço Patrimonial Inicial 
Ativo 253.000 Passivo 253.000 
Circulante 33.000 Circulante 17.000 
Disponibilidades 5.325 Fornecedores 5.000 
Contas a Receber 20.000 Impostos a pagar 12.000 
Estoques 7.675 Patrimônio Líquido 236.000 
Matérias-Primas 1.650 Capital 150.000 
Produtos Acabados 6.025 Reservas 60.000 
Permanente 220.000 Lucros Acumulados 26.000 
Imobilizado 250.000 
(-) Depreciação Acumulada 30.000 
 
16.1 Orçamento De Vendas 
Este orçamento é elaborado com base no estudo das duas forças que o 
compõe: O mercado do produto oferecido e a capacidade instalada da empresa. Em 
outras palavras não se pode projetar o que não se consegue produzir nem o que o 
mercado não tem condições de absorver. Constam desse orçamento as seguintes 
previsões e providências: 
 Quantidades do produto. 
 Preços esperados 
 Política de concessão de créditos 
 Política de descontos 
 Impacto tributário sobre vendas 
 Inadimplência 
 Variação dos clientes 
 Pesquisa de mercado 
Essa empresa vende os produtos A e B e tem levantamentos trimestrais. As 
vendas seriam realizadas dentro da área geográfica do município, não havendo 
 
35 
diferenciação de preços. Os valores são calculados com base no histórico de vendas 
da empresa e nas projeções de seu departamento de vendas. Devem-se levar em 
consideração também as projeções da economia, evolução dos concorrentes e o 
comportamento dos atuais clientes. As projeções de crédito também devem ser 
analisadas, assim como a capacidade de produção, armazenamento, tempo de 
atendimento, disponibilidade de matérias-primas etc. O levantamento de vendas foi 
orçado em unidades, conforme quadro 1 abaixo. Os preços unitários de venda de A 
e B são respectivamente R$ 11,00 e R$ 14,00. 
 
Quadro 1 - ORÇAMENTO DE VENDAS 
 Vendas em unidades 
Produto 
1º 
trimestre 
2º 
Trimestre 
3º 
Trimestre 
4º 
Trimestre Total $ Unitário 
A 1.500 1.000 1.000 1.500 5.000 11,00 
B 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000 14,00 
 
Após elaborar o orçamento de vendas em unidades devemos elaborar o 
orçamento de vendas em valores, onde é necessário apenas multiplicar as unidades 
vendidas pelo seu preço unitário de vendas. Desta forma teremos: 
 
Quadro 2 
 Vendas em R$ 
Produto 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total 
A 16.500,00 11.000,00 11.000,00 16.500,00 55.000,00 
B 28.000,00 28.000,00 28.000,00 28.000,00 112.000,00 
Total 44.500,00 39.000,00 39.000,00 44.500,00 167.000,00 
 
De posse do que se vai vender, é necessário agora apurar o que se vai produzir. 
Para tanto é necessário ter também as informações sobre os estoques. Assim a 
empresa determinou que os estoques finais de cada trimestre devessem ser iguais à 
metade das vendas do trimestre seguinte. Para o último trimestre, determinou que 
fosse igual ao trimestre anterior. 
O estoque inicial do produto A é de 750 unidades e do produto B é de 1.000 
unidades. 
Desta forma podemos orçar a produção em unidades. 
 
36 
16.2 Orçamentos De Produção (Em Unidades) 
Quadro 3 
 Unidades 
Produto A 
1º 
trimestre 
2º 
Trimestre 
3º 
Trimestre 
4º 
Trimestre Total 
Estoque Final 500 500 750 750 750 
(+)vendas 1.500 1.000 1.000 1.500 5.000 
(-)Estoque Inicial 750 500 500 750 750 
(=)Produção 1.250 1.000 1.250 1.500 5.000 
 
 Unidades 
Produto B 
1º 
trimestre 
2º 
Trimestre 
3º 
Trimestre 
4º 
Trimestre Total 
Estoque Final 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 
(+)vendas 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000 
(-)Estoque Inicial 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 
(=)Produção 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000 
 
Com o orçamento acima, já se sabe o quanto produzir por trimestre e por ano 
de cada produto. O problema agora é saber o quanto se gasta de matérias-primas na 
produção. As matérias-primas são os produtos que são agregados ao produto final. 
Assim, tem-se que saber o quanto cada produto usa de matéria-prima na sua 
confecção. Descobrimos que para fabricar A se gasta duas unidades da matéria-prima 
X e para fabricar B se gasta 3 unidades da matéria-prima Y. Agora se pode orçar o 
consumo de matéria-prima multiplicando a produção pelas quantidades componentes. 
Sabe-se também que o custo unitário de X é R$ 0,50 e de Y é R$ 0,30. Assim ter-se-
ia: 
16.3 Orçamento De Consumo De Matérias-Primas 
Quadro 4 
 Consumo por unidade Custo 
Matéria-prima A B Unitário 
X 2 0 0,50 
Y 0 3 0,30 
 Unidades consumidas 
Matéria-prima 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total 
X 2.500 2.000 2.500 3.000 10.000 
Y 6.000 6.000 6.000 6.000 24.000 
 
37 
 
De posse da informação do consumo de matérias-primas, é necessário saber 
seu preço (já informado) e a situação de seus estoques. Sabendo-se que os estoques 
finais correspondem à metade do consumo do trimestre seguinte e que o último 
trimestre é igual ao anterior, e ainda que o estoque inicial de X é de 1.500 unidades e 
de Y é de 3.000 unidades, pode-se começar a orçar as compras. Desta forma ter-se-
ia: 
16.4 Orçamento De Compras 
Quadro 5 
 Unidades 
Matéria-prima X 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total 
Estoque Final 1.000 1.250 1.500 1.500 1.500 
(+) consumo 2.500 2.000 2.500 3.000 10.000 
(-) Estoque Inicial 1.500 1.000 1.250 1.500 1.500 
(=) compras em Ud 2.000 2.250 2.750 3.000 10.000 
Custo unitário 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 
Compras em R$ 1.000 1.125 1.375 1.500 5.000 
 
 Unidades 
Matéria-prima Y 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total 
Estoque Final 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 
(+) consumo 6.000 6.000 6.000 6.000 24.000 
(-) Estoque Inicial 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 
(=) compras em Ud 6.000 6.000 6.000 6.000 24.000 
Custo unitário 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 
Compras em R$ 1.800 1.800 1.800 1.800 7.200 
 
Total de compras 2.800 2.925 3.175 3.300 12.200 
 
Uma vez terminado o orçamento de matérias-primas, passa-se a elaboração 
do segundo componente dos custos dos produtos vendidos que é a mão-de-obra 
direta. Para orçá-la é necessário calcular a quantidade de hora/homens alocada 
diretamente na produção para confeccionar a quantidade de produtos projetados, ou 
seja, é necessário diagnosticar o tempo necessário para produzir cada peça. 
Na linha de produção da empresa existem dois departamentos: Corte e 
Montagem. Tem-se que determinar quanto se gasta de horas-homens (H/H) em cada 
departamento, para depois levantar o custo. Inicialmente levantou-se que para 
 
38 
produzir A no Departamento de Corte levar-se-ia 12 minutos (0,20 da hora) e para 
produzir B levar-se-ia 30 minutos (0,5 da hora). No departamento de montagem se 
gastaria 30 minutos para produzir cada produto. Apurado o custo do salário/hora 
chegou-se a R$ 2,00 para cada produto em cada departamento. Agora se pode montar 
o seguinte quadro: 
16.5 Orçamento De Mão-De-Obra Direta 
Quadro 6 
 MOD - Tempo Salário/H MOD R$ 
Departamento A B R$ A B 
Corte 0,20 0,50 2,00 0,40 1,00 
Montagem 0,50 0,50 2,00 1,00 1,00 
Total 1,40 2,00 
 
Em sequência pode-se montar o orçamento de mão-de-obra direta, primeiro 
elaborando o quadro de consumo de horas trabalhadas e após o custo destas horas. 
O primeiro quadro se obtém multiplicando o consumo de tempo pelas unidades 
produzidas e então se tem: 
16.6 Consumo De Horas/Homem 
Quadro 7Depto de Corte Tempo H/H 
Produto 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total 
A 250 200 250 300 1.000 
B 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 
Total 1.250 1.200 1.250 1.300 5.000 
Depto de Montagem 
Produto 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total 
A 625 500 625 750 2.500 
B 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 
Total 1.625 1.500 1.625 1.750 6.500 
 
16.7 Custo Da Mão-De-Obra Direta 
Quadro 8 
 
39 
 Custo - R$ 
Depto de Corte 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total 
Horas trabalhadas 1.250 1.200 1.250 1.300 5.000 
Custo unitário 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 
Total 2.500 2.400 2.500 2.600 10.000 
Depto de Montagem 
Horas trabalhadas 1.625 1.500 1.625 1.750 6.500 
Custo unitário 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 
Total 3.250 3.000 3.250 3.500 13.000 
 
Total da Mão-de-Obra 5.750 5.400 5.750 6.100 23.000 
 
Parte-se então para o terceiro componente dos custos de produção, os custos 
indiretos de fabricação. Estes custos são divididos em duas partes: Os custos fixos e 
os custos variáveis. Portanto, para confeccionar este orçamento tem-se que saber o 
custo variável unitário, para multiplicá-lo pelas unidades produzidas e obter-se a parte 
variável. Sabe-se que este custo foi rateado pelos dois produtos, resultando R$ 0,50 
para A e R$ 1,00 para B. A parte fixa é considerada constante, de sorte que a previsão 
anual será dividida pelo número de trimestres. Desta forma teremos: 
16.8 Orçamento do custo indireto de fabricação. 
Quadro 9 
 
Custo Variável 
1º 
trimestre 
2º 
Trimestre 
3º 
Trimestre 
4º 
Trimestre Total 
A 625 500 625 750 2.500 
B 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000 
Total 2.625 2.500 2.625 2.750 10.500 
Custo Fixo 
1º 
trimestre 
2º 
Trimestre 
3º 
Trimestre 
4º 
Trimestre Total 
Depreciação 2.500 2.500 2.500 2.500 10.000 
Taxas e seguros 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 
Salário de 
supervisores 1.500 1.500 1.500 1.500 6.000 
Total 5.000 5.000 5.000 5.000 20.000 
 
Custo Ind de 
Fabricação 7.625 7.500 7.625 7.750 30.500 
 
 
40 
Está claro que o total dos custos fixos foi informado. O trabalho foi dividir por 
quatro trimestres. Em seguida monta-se o orçamento de estoques finais, com as 
informações já existentes. 
16.9 Orçamento De Estoque Final 
Quadro 10 
Matéria-Prima X Y Total Obs. 
Estoque Final -ud 1.500 3.000 (Quadro 5) 
Custo unitário - R$ 0,50 0,30 (Quadro 4) 
Estoque final - R$ 750 900 1.650 
 
PRODUTOS ACABADOS 
Produto A B Total Obs. 
Estoque Final - ud 750 1.000 (Quado 3) 
Custo Unitário - R$ 2,90 3,90 (Quadro 11) 
Estoque Final - R$ 2.175 3.900 6.075 
Estoque total 7.725 
 
Quadro 11 
 Produtos Obs: 
 A B 
Matéria-Prima 1,00 0,90 A = 0,50 x 2 e B = 0,30 x 3 
Mão-de-obra Direta 1,40 2,00 Quadro 6 
Custos Variáveis Indiretos 0,50 1,00 Informação após quadro 8 
Custo Variável Unitário 2,90 3,90 Soma 
 
O orçamento de despesas operacionais é montado de acordo com as 
informações coletadas. As despesas administrativas podem representar salários do 
pessoal de administração, encargos sociais, viagens, publicações, comunicação via 
telefone, fax, Internet, etc., material de escritório, computação, assessorias e 
depreciação, entre outras. As despesas comerciais ou de vendas, podem representar 
gastos com salários, encargos sociais, comissões, viagens, publicidade, material de 
escritório, comunicação, fretes, combustível e lubrificantes, seguros e depreciação, só 
para enumerar algumas. 
No nosso caso enumeraram-se poucas despesas. Inexistem despesas 
financeiras líquidas, por exemplo, fruto de relacionamento bancário e suas 
implicações financeiras tais como: juros de empréstimos, financiamentos, descontos, 
 
41 
taxas de serviços, reciprocidade, seguros, cadastros, cauções, etc. Ainda há 
despesas junto aos fornecedores, como juros por atraso, multas, etc. 
De posse das informações monta-se o quadro orçamentário, conforme se segue: 
16.10 Orçamento De Despesas Operacionais 
Quadro 12 - ORÇAMENTO DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS E DE VENDAS 
 
Desp. 
Administrativas 1º trimestre 
2º 
Trimestre 
3º 
Trimestre 
4º 
Trimestre Total 
Salários da 
Administração 4.500 4.500 4.500 4.500 18.000 
Despesas fixas 250 250 250 250 1.000 
Outras despesas 250 250 250 250 1.000 
Total 5.000 5.000 5.000 5.000 20.000 
Desp. com 
vendas 1º trimestre 
2º 
Trimestre 
3º 
Trimestre 
4º 
Trimestre Total 
Salários 3.750 3.750 3.750 3.750 15.000 
Propaganda 1.250 1.250 1.250 1.250 5.000 
Total 5.000 5.000 5.000 5.000 20.000 
 
Total das 
despesas 10.000 10.000 10.000 10.000 40.000 
 
Após este orçamento, orça-se os valores destinados ao Ativo Permanente, que 
são os investimentos de capital. Os valores fornecidos referem-se aos valores a pagar 
pelos investimentos a realizar. Foram levantados pela empresa e fornecidos. 
16.11 Orçamento De Despesas De Capital 
Quadro 13 - ORÇAMENTO DAS DESPESAS DE CAPITAL 
 
 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total 
Despesas de capital 10.000 15.000 8.000 20.000 53.000 
 
O orçamento de investimentos é estratégico para a empresa. Investimentos de 
curto prazo são atividades operacionais para a empresa, como investimentos em 
manutenção, reformas internas, pequenas obras, trocas de equipamentos de 
 
42 
máquinas, etc. Quando há previsão de vendas de parte do parque industrial, pode-se 
prever um orçamento de desinvestimento. 
O orçamento de financiamento é estreitamente correlacionado com o 
orçamento de investimento. É nele onde são alocados os recursos que subsidiarão os 
investimentos. Entre suas informações deverão constar: 
Dentre as fontes selecionadas, é necessário ter em mãos as seguintes 
informações: 
 Tipo de financiamento e respectivas garantias 
 Indexadores 
 Taxas de juros e demais despesas financeiras 
 Impostos (IOF, IOC, IRRF, etc.) 
Prazos de carência e plano de amortizações. 
No caso não houve financiamentos. 
Agora já se dispõe de dados para elaborar o orçamento dos custos dos 
produtos vendidos. É o que se fará a seguir com os dados que dispomos em quadro 
autoexplicativo. 
16.12 Orçamento De Custo Dos Produtos Vendidos 
Quadro 14 
 
ORÇAMENTO DOS CUSTOS DOS 
PRODUTOS VENDIDOS Obs. 
Estoque Inicial de MP 1.650 (Balanço Patrimonial) 
(+) Compras 12.200 (Quadro 5) 
(=) MP disponível 13.850 
(-) Ef de MP 1.650 (Quadro 10) 
(=) MP consumida na Prod. 12.200 
(+) Custo da MOD 23.000 (Quadro 8) 
(+) CIF 30.500 (Quadro 9) 
(=) Custo de Produção Orçado 65.700 
(+) Ei de produtos acabados 6.025 (Balanço Patrimonial) 
(-) Ef de produtos acabados 6.075 (Quadro 10) 
(=) Custo dos produtos vendidos 65.650 
 
43 
16.13 Orçamento De Caixa 
Para elaborar o orçamento de caixa é necessário se ter em mãos algumas 
informações fundamentais. No nosso caso, têm-se as seguintes informações: 
 As vendas são recebidas 50% no trimestre e 50% no trimestre seguinte. 
 Os custos de matéria-prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de 
fabricação são pagos no trimestre da ocorrência. 
 Os impostos não pagos, no montante de R$ 12.000,00 serão pagos ¼ em cada 
trimestre. 
 O saldo de fornecedores constante do Balanço não será quitado. 
 As despesas de capital serão quitadas no trimestre da ocorrência. 
De posse das informações acima se monta o quadro a seguir: 
ORÇAMENTO DE CAIXA 
16.14 Controle Orçamentário 
De nada adiantaria todo este trabalho, se ele não fosse acompanhado. Cada 
empresa verifica qual a melhor maneira de fazê-lo. Algumas optam por periodicidade 
Entradas 1º trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Ano 
Saldo Inicial 5.325 10.900 11.325 15.275 5.325 
Clientes 20.000 0 0 0 20.000 
Vendas a vista (50%) 22.250 19.500 19.500 22.250 83.500 
Vendas com 30dd (50%) 0 22.250 19.500 19.500 61.250 
total de entradas 42.250 41.750 39.000 41.750 164.750 
Caixa disponível 47.575 52.650 50.325 57.025 170.075 
Saídas 
Compras 2.800 2.925 3.175 3.300 12.200Mão-de-Obra direta 5.750 5.400 5.750 6.100 23.000 
Custos Indiretos de 
Fabricação 7.625 7.500 7.625 7.750 30.500 
(-) Depreciação 2.500 2.500 2.500 2.500 10.000 
Desp. Adm e de Vendas 10.000 10.000 10.000 10.000 40.000 
Saídas de capital 10.000 15.000 8.000 20.000 53.000 
Impostos 3.000 3.000 3.000 3.000 12.000 
Total de saídas 36.675 41.325 35.050 47.650 160.700 
 
Saldo final de caixa 10.900 11.325 15.275 9.375 9.375 
 
44 
mensal, outras por bimestral, etc. Algumas dão ênfase aos custos de produção, outras 
aos fatores de comercialização, e assim por diante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
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