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Cap 12 Moeda e bancos

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ECONOMIA – Micro e Macro
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MOEDAS E BANCOS
PROF. MSc. ALEXANDRE DE SOUZA CORRÊA
ECONOMIA – Micro e Macro
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Moeda: Conceito e Funções 
Meios de Pagamento: Conceito e Composição
Oferta de Moeda (Pelo BACEN e Bancos Comerciais)
Demanda por Moeda
Moedas e Bancos
ECONOMIA – Micro e Macro
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Definição de moeda: objeto de aceitação geral, utilizado na troca
de bens e serviços. Aceitação garantida por lei.
Instrumento ou
Meio de Troca
Medida de
Valor
Reserva de 
Valor
Promove e facilita o intercâmbio de
bens e serviços. Evita a chamada
economia de trocas ou escambo.
Unidade de Conta. Permite apurar o
valor Monetário.
Liquidez absoluta. Efeitos da Inflação.
O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
ECONOMIA – Micro e Macro
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Não precisa ter valor intrínseco ou ser lastreada em metal
precioso, bastando ter a confiança (moeda fiduciária) e a 
aceitação geral pelos agentes econômicos. 
Reserva de Valor: o que determina a riqueza de um país é
sua produção global e não o montante de moeda
existente.
O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
ECONOMIA – Micro e Macro
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Meios de Pagamento (Oferta de Moeda): representam todos os
haveres com liquidez imediata em poder do público, exceto o setor
bancário. São uma medida do nível de liquidez do sistema econômico.
M = PMPP + DV
Onde:
M = meios de pagamento
PMPP = papel moeda em poder do público (ativo de maior liquidez)
DV = depósito a vista (moeda escritural ou moeda bancária), é o valor
que o correntista tem, não é o cheque.
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e 
Composição)
ECONOMIA – Micro e Macro
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M1
M2
M3
M4
=
=
=
=
Moeda em poder do Público 
(+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais
Conceito M1
(+) Depósitos Especiais Remunerados 
(+) Depósitos de Poupança
(+) Títulos emitidos por Instituições Depositárias
Conceito M2
(+) Fundos de Renda Fixa
(+) Posição líquida de títulos SELIC(Sistema Especial de 
Liquidação e Custódia)
Conceito M3
(+) Títulos Públicos de alta liquidez
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e 
Composição)
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Quando se altera o saldo de M1 (PMPP + DV)
Corresponde a uma queda ou aumento da oferta de moeda disponível.
Ex.: Criação (C), Destruição (D) e (N) p/ qdo não houve (C nem D). 
Exportadores trocam dólares por reais no BC ............................
BC vende dólares aos importadores, recebendo reais em troca..
Empréstimo dos bancos comerciais ao setor privado.................
Resgate de um empréstimo bancário..........................................
Saque por meio de cheque..........................................................
Depósito a longo prazo...............................................................
Empresa paga Funcionários sacando contra seus depósitos a vista
C
D
C
D
N
D
N
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e 
“Destruição” de Moeda)
ECONOMIA – Micro e Macro
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Setor não Bancário: as unidades familiares, as empresas, o
Governo e o sistema financeiro não-monetário (BNDS, Banco de
Investimento). Não recebem depósitos à vista, apenas transferem
dinheiro dos emprestadores para os tomadores.
Setor Bancário: pode criar ou destruir moeda. É permitido aos
bancos comerciais manterem depósitos do público e emprestar uma
quantia superior a suas reservas monetárias (podem emprestar parte
de suas obrigações, que são os depósitos a vista).
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e 
“Destruição” de Moeda)
ECONOMIA – Micro e Macro
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O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e 
Instrumentos de Política Monetária)
Objetivos: a função da política monetária é regular o ritmo de crescimento da
demanda agregada da economia no curto prazo, de tal maneira a impedir um
crescimento mais rápido que o da oferta agregada, evitando assim preções no nível
geral de preços (pressões inflacionárias). Para tanto o Banco Central se utiliza de
alguns instrumentos:
1. Compulsório: é a parcela dos depósitos a vista que um banco deve manter
obrigatoriamente depositada no Bacen, sem remuneração.;
• Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de recursos para
empréstimos e, assim, diminui a oferta de moeda.
2. Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de empréstimos do BC
aos bancos comerciais em situações de falta temporária de liquidez (geralmente
esta linha é punitiva);
• Aumento da taxa de redesconto leva os bancos diminuirem a oferta de
moeda
ECONOMIA – Micro e Macro
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O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e 
Instrumentos de Política Monetária)
3. Operações de Open Market ou Mercado Aberto: são compras ou vendas
de títulos públicos realizadas pelo Bacen junto ao sistema bancário. É o
instrumento de maior eficência no mercado financeiro para ajustar a liquidez
do mercado monetário .
• Quando o Bacen compra títulos públicos do mercado ele injeta reais,
elevando a liquidez da economia devido ao aumento da oferta de moeda.
• Quando o Bacen vende títulos públicos do mercado ele retira reais,
diminuindo a liquidez da economia devido à redução da oferta de moeda
4. Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a disposição dos
bancos em conceder crédito ou tomar posições no mercado de títulos, de
câmbio ou futuros de acordo com:
• Regulação do crédito;
• Persuasão moral;
• Supervisão e Fiscalização bancária
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Modelo Keynesiando de Demanda por Moeda
Porque reter moeda, se existem alternativas de aplicação em ativos
que produzem rendimentos ?
Segundo Keynes os motivos são :
• Transações: necessidade de manter moeda para pagar compromissos.
Descompasso entre recebimentos e pagamentos (relação direta com a renda);
• Precaução: devido as incertezas quanto à datas de recebimentos e de pagamentos
(relação direta com a renda);
• Especulação ou Portfólio: para aproveitar oportunidades de investimento (títulos,
imóveis, etc.) – Relação inversa com a taxa de juros. A moeda é um ativo que não
rende juros, mas possui valor estável. Os “títulos” pagam rendimento, mas seu
valor oscila em função de mudanças da taxa de juros. Quando os juros sobem o
preço dos títulos cai. Quando os juros estão baixos e um investidor espera
(especula) que subirão logo, ele vende títulos e demanda moeda, visando preservar
o valor de seu patrimônio.
O Lado Monetário: Política Monetária (Demanda de Moeda)
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Assim, a demanda por moeda é função direta da renda e inversa da taxa de juros. A
taxa de juros pode ser vista como o custo de oportunidade de reter moeda.
Demanda por MoedaÞ Md = k.Y - h.i
onde:
k = sensibilidade da demanda monetária em relação à uma variação na renda
h = sensibilidade da demanda por moeda em relação à uma variação na taxa de juros
O Lado Monetário: Política Monetária (Demanda de Moeda)
,L f Y i
+ -æ ö= ç ÷
è ø
( )0L Y
L
i
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Definição: a taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo. É
uma taxa de rentabilidade para os aplicadores, e o custo do empréstimo,
para os tomadores. O BC, devido ao seu monopólio de emissão de
moeda, influencia de maneira decisiva a taxa de juros.
Uma taxa de juros alta, gera como conseqüências:
i. Sobe o custo para os tomadores de fundos;
ii. Aumenta o custo de oportunidade em estocar mercadorias dada a
atratividade de aplicar no mercado financeiro;
iii. Incentiva o ingresso de recursos de outros países;
iv. Freia a atividade econômica, ao desestimular o consumo e o investimento,
estimulando a especulação no mercado financeiro;
v. Aumenta o custo da dívida pública interna.
O Lado Monetário: Política Monetária (Taxa de Juros)
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Apêndice
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Órgãos de Regulamentação e Fiscalização 
do Mercado
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ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
CONSELHO
MONETÁRIO
NACIONAL (CMN)
BANCO
CENTRAL
(BACEN)
(CVM) COMISSÃO
VALORES
MOBILIÁRIOS
INSTITUIÇÕES
ESPECIAIS
B.B.
BNDES
CEF
Comissões
Consultivas
Responsável pelo
funcionamento do 
mercado financeiroe
de suas instituições.
SUBSISTEMA
NORMATIVO
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CMN: Conselho Monetário Nacional
Composição: Ministro da Fazenda, Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
e Presidente do Banco Central.
• Controlar o volume dos meios de pagamentos;
• Controle do valor interno da moeda: inflação
• Regular o valor externo da moeda e o BP;
• Orientar a aplicação de recursos
• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras (IFs);
• Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública
(interna e externa);
• Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou
financeiros;
• Determinar as taxas de compulsório; redesconto de liquidez;
• Estabelecer normas a serem seguidas pelo BC nas operações com títulos públicos;
• Regulamentação, fiscalização e funcionamento de todas as IFs que operam no país.
ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
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Banco Central do Brasil: BACEN / BC
• Órgão executivo central do SFN
• Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez;
• Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção;
• Executor de Política Monetária: Controle dos MP, Orçamento Monetário
/ Instrumentos de Política Monetária;
• Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda
metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN);
• Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos);
• Administração da dívida pública interna e externa do país;
• Representante junto as IFs internacionais;
É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no SFN e indiretamente
na economia.
ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
ECONOMIA – Micro e Macro
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CVM: Comissão de Valores Mobiliários (Lei 6404/76)
• Normatização e fiscalização do mercado de valores mobiliários (ações, debêntures e,
mais recentemente, fundos de investimento);
• Fiscalizar a emissão, registro, distribuição e negociação de títulos das S.A. de capital
aberto;
• Disciplinar o funcionamento das bolsas de valores.
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
• Subordinada ao Ministério da Fazenda, fiscaliza as companhias de seguros privados
(seguradoras) e as entidades abertas de previdência;
• Assumirá as funções de regulação do mercado de resseguros (MP em
questionamento), permitindo a privatização do IRB.
Superintendência de Previdência Complementar (PREVIC, antiga SPC)
• Ligada ao Ministério da Previdência e Assistência Social, fiscaliza as entidades
fechadas de previdência complementar, tenham elas patrocinadores públicos ou
privados.
ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
ECONOMIA – Micro e Macro
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BB: BANCO DO BRASIL
• Adiministrar a Câmara de Compensação de cheques e outros papéis;
• Efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do
Orçamento Geral da União;
• A aquisição e o financiamento dos estoques de produção exportável;
• Agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora do país;
• Operação de Fundos de Investimento Setorial;
• Crédito rural;
• Política de preços mínimos para produtos agropastoris;
• Execução do serviço da dívida pública consolidada;
• Compra e venda de moeda estrangeira por ordem própria ou do BC;
• Arrecadação de tributos federais e estaduais.
ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE 
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
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BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
• Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país;
• Fortalecer o setor empresarial do país;
• Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de produção;
• Promover o crescimento e a diversificação das exportações;
• FINAME, FINEM e FINAC
CEF: Caixa Econômica Federal
• Políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico 
à Banco de apoio ao trabalhador de baixa renda;
• Prestação de serviços de natureza social delegada pelo Governo Federal;
• FGTS, PIS, loterias, Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS)
ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE 
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
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Instituições
Financeiras Bancárias
SUBSISTEMA
OPERATIVO
Composto pelas instituições
bancárias e não bancárias
que atuam em operações de
intermediação financeira.
Bolsas
Corretoras
Distribuidoras
Clearings
ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE 
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
ECONOMIA – Micro e Macro
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• Bancos Comerciais
• Caixas Econômicas
• Bancos de Desenvolvimento
• Cooperativas de Crédito
• Bancos de Investimento
• Sociedades de Crédito, 
Financiamento e Investimento –
Financeiras
• Sociedades Corretoras
• Sociedades Distribuidoras
• Sociedades de Arrendamento 
Mercantil (leasing)
• Associações de Poupança e 
Empréstimo
• Sociedades de Crédito 
Imobiliário
• Fundos Mútuos de Investimento
• Entidades Fechadas de 
Previdência Privada
• Seguradoras
• Companhias Hipotecárias
• Agências de Fomento
• Bancos Múltiplos
• Bancos Cooperativos
Composta por 18 agentes no total:
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CARACTERIZAÇÃO DOS AGENTES OPERATIVOS SEGUNDO SUA ATUAÇÃO
Bancos Comerciais
Caixas Econômicas
Bancos Cooperativos / Cooperativas de Crédito
Bancos Múltiplos com Carteira Comercial
Bancos de Desenvolvimento
Bancos de Investimento
Caixas Econômicas
Bancos Múltiplos com Carteira Comercial de Invest. e Desenv.
Sociedades de Crédito, Financeimento e Investimento - Financeiras
Caixas Econômicas
Bancos Múltiplos com Carteria de Aceite
Caixas Econômicas
Associações de Poupança e Empréstimo
Sociedades de Crédito Imobiliário
Cias Hipotecárias
Bancos múltiplos com carteira hipotecária
Sociedades Corretoras
Sociedades Distribuidoras
Bancos de Investimento
Bancos Múltiplos com Carteira de Investimento
Agentes autônomos de investimento
Seguradoras
Corretoras de Seguro
Entidades Abertas de Previdência Privada
Entidades Fechadas de Previdência Privada
Sociedades de Capitalização
Sociedades de Arrendamento Mercantil
Bancos Múltiplos com Carteira de Arrendamento Mercantil
Intermediação no Mercado de 
Capitais
Seguros e Capitalização
Arrendamento mercantil 
(leasing)
Crédito de Curto Prazo
Crédito de Médio e LP
Crédito para Financiamento de 
Bens de Consumo Duráveis
Sistema Financeiro de 
Habitação

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