Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR WAGNER DEBONI SINAIS VITAIS: PRESSÃO ARTERIAL A pressão arterial é a força exercida pelo sangue contra a parede das artérias. Durante um ciclo cardíaco normal a pressão sanguínea atinge um pico, seguido de uma queda. O pico de pressão máximo (pressão sistólica) ocorre durante a sístole, quando o ventrículo esquerdo bombeia sangue para o interior da aorta. A queda da pressão (pressão diastólica) ocorre durante a diástole, quando os ventrículos relaxam. A pressão diastólica é sempre a pressão mínima exercida sobre as paredes arteriais. A unidade padrão para a medição da pressão arterial é a de 70 milímetros de mercúrio (mmHg), sendo que se registra primeiro a pressão sistólica e depois a pressão diastólica, ex: 120 X 80 mmHg. Dentro desses valores, consideramos a PA normal. Se exceder à máxima, denominamos alta (hipertensão) e, ao contrário, se não atinge o nível mínimo, denominamos baixa (hipotensão). SINAIS VITAIS: PRESSÃO ARTERIAL Verificação da pressão arterial: A posição recomendada para a medida da pressão arterial é a sentada. O manguito do aparelho de pressão a ser utilizado deve ter dimensões apropriadas ao tamanho do braço do paciente, de modo a se obter uma mensuração correta. O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4o espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido. A largura da câmara de ar (manguito pneumático) deve ser 40% ou mais da circunferência do braço; A câmara de ar deve cobrir 80% (+ ou – 2/3) da circunferência do braço; A AHA recomenda que a câmara de ar tenha 13X24 cm para a maioria dos adultos SINAIS VITAIS: PRESSÃO ARTERIAL SINAIS VITAIS: FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA A respiração consiste na inspiração ou entrada de ar nos pulmões e na expiração ou saída de ar dos pulmões. É a troca gasosa entre as células do organismo e o meio externo e consiste na absorção de oxigênio e eliminação do gás carbônico. O movimento da entrada e saída de ar dos pulmões é chamado de respiração externa ou ventilação. A passagem do oxigênio do interior dos vasos sanguíneos para o interior das células e a passagem do gás carbônico do interior das células para os vasos sanguíneos é chamada respiração interna. Valores normais: Adulto 12 – 20 Movimento ventilatório por minuto (mvpm) Criança 20 – 40 Movimento ventilatório por minuto (mvpm) Lactentes 40 – 40 Movimento ventilatório por minuto (mvpm) SINAIS VITAIS: FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Profundidade e amplitude: respiração profunda observa-se uma expansão plena dos pulmões quanto a respiração superficial ocorre uma pequena entrada de ar nos pulmões e o movimento respiratório é difícil de ser observado. Ritmo respiratório: refere-se a regularidade entre os movimentos inspiratórios e expiratórios e o ciclo respiratório normal. Apneia: é a ausência de respiração; parada respiratória. Bradipneia: diminuição do número de respirações por minuto; respiração lenta; abaixo do que é considerado normal para o indivíduo. Dispneia: respiração difícil Eupneia: é a respiração normal ou fácil. Ortopneia: é a dificuldade que pacientes cardiopatas ou pneumopatas tem de respirar em posição supina (decúbito dorsal plano), apresentando melhora quando colocados em posição mais elevada. Hiperpnéia: aumento na profundidade das respirações. SINAIS VITAIS: FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA - Observar os movimentos torácicos de expansão e retração (incursões respiratórias); - Realizar a contagem dos movimentos torácicos de expansão por 1 minuto (IRM); - Complementar com a avaliação da regularidade, ritmo e profundidade da ventilação, e com a avaliação da utilização de musculatura acessória. - É importante que o paciente não perceba que está sendo avaliado, para não ocorrer a indução da ventilação e a medida incorreta dos valores. FONTE: SAMU SINAIS VITAIS: FREQUÊNCIA CARDÍACA PULSO: Cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai e lança o sangue na artéria aorta, podemos sentir uma ondulação nas artérias periféricas; a isso denominamos de pulso. Para que possamos sentir o pulso periférico é necessário realizar uma pequena compressão da artéria sobre um plano duro, geralmente um osso. Valores normais: - Adulto 60 – 100 (bpm) - Criança 100 – 120 (bpm) - Lactentes 120 – 140 (bpm) SINAIS VITAIS: FREQUÊNCIA CARDÍACA Terminologia Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal Bradisfigmia: pulso fino e lento Mormocardia: frequência cardíaca normal Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal Taquisfgmia: pulso fino e acelerado SINAIS VITAIS: TEMPERATURA A temperatura corporal normal de uma pessoa varia dependendo do sexo, de suas atividades físicas recentes, do consumo de alimentos e líquidos, do horário e do dia em que é mensurada e, nas mulheres, do estágio do ciclo menstrual. É a diferença entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo humano. A temperatura pode ser medida das seguintes maneiras: Temperatura axilar - pode ser verificada sob o braço usando um termômetro de mercúrio ou digital as temperaturas medidas desta forma tendem a ser 0,3ºc a 0,6ºc mais baixas do que aquelas temperaturas mensuradas pela via oral ou retal Temperatura bucal-oral - pode ser medida pela boca usando termômetro de mercúrio ou utilizando termômetro digital que possui um sensor eletrônico. Temperatura retal - medida pela introdução retal(usando termômetro de mercúrio ou digital) e tende a ser 0,6ºc mais alta do que a temperatura oral. SINAIS VITAIS: TEMPERATURA Apirexia: ausência de febre; Febre: temperatura corporal superior a 38 C; Febrícula ou estado sub febril: variações de temperatura corporal entre 37,2 até 37,8 C; Hiperpirexia: elevação da temperatura acima de 40,5 C; Hipotermia: temperatura corporal abaixo dos valores normais; Hipertermia: temperatura corporal acima de 38 C; Normotermia: temperatura corporal normal (adulto axilar de 36 a 36,7 C, criança 37 C). Convém recordar que a pele é a grande responsável pela regulação da temperatura e pode apresentar-se normal, quente ou fria, úmida ou seca. Durante a avaliação continuada, o Emergencista deve utilizar o termômetro clínico, para real certificação da temperatura corporal. Com relação à coloração, a pele pode estar: Pálida, Ruborizada ou Cianótica. Nas pessoas negras, a cianose pode ser notada nos lábios, ao redor da fossas nasais e nas unhas. SINAIS VITAIS: TEMPERATURA 1. Explicar o procedimento ao paciente; 2. Colocar o paciente em posição confortável, preferencialmente; 3. Realizar desinfecção do termômetro; 4. Considerar a necessidade de enxugar a axila do paciente antes da aferição; 5. Certificar-se que o termômetro esteja pronto para a aferição; 6. Colocar o termômetro na axila, mantendo-o com o braço bem encostado ao tórax. Obs.: O paciente pode ser orientado a comprimir o braço contra o tórax; 7. Retirar o termômetro após 5 minutos; 8. Ler a temperatura apontada; Fonte: SAMU SINAIS VITAIS: COLORAÇÃO DA PELE A coloração da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos vasos sanguíneos subcutâneos. Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vítimas em choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada (cianose) é observada na insuficiência cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e também em alguns casos de envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em certos estágios do envenenamento por monóxido de carbono (CO) e na insolação. Perfusão capilar é o termo usado para verificar a circulação da pele nas extremidades. SINAIS VITAIS: DOR A dor é um mecanismo essencial de sobrevivência, sinaliza que algo tem que ser feito para o trauma ou doença presente no organismo. Para verificar o nível de dor da vítima e utilizado escalas que variam de zero (sem dor) até dez (dor insuportável). AVALIAÇÃO PRIMÁRIA AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA A avaliação secundária é a avaliação da cabeça aos pés da vítima. Este exame somente é realizado após o término da avaliação primária com identificação e tratamentode todas as lesões que ameaçam a vida. O objetivo da avaliação secundária é a identificações das lesões ou problemas não observados durante a avaliação primária. É realizado após a estabilização dos sinais vitais do acidentado. Subjetiva: trata-se de um rol de perguntas direcionadas à complementação da avaliação da vítima (anamnese). SAMPLA: Sintomas: De que a vitima se queixa, Tem dor, dificuldade respiratória, Dormência, Formigamento. Alergias: Principalmente a medicamentos. Medicações: Medicamentos prescritos ou não que o doente usa regularmente. Passado médico e antecedentes cirúrgico: problemas clínicos importantes para os quais a vítima recebe tratamento. Líquido e alimentos: Muitos doentes traumatizados necessitarão de cirurgia, e alimentação recente pode aumentar o risco de vômitos e aspiração durante a indução da anestesia. Ambiente: Eventos que levaram ao trauma. BIOMECÂNICA DO TRAUMA Primeiro impacto Do veículo contra um objeto ou obstáculo, causando danos ao veículo e ao objeto ou obstáculo. Segundo impacto Do corpo da vítima contra as partes internas do veículo, em decorrência da inércia, causando lesões que são normalmente externas e visíveis no corpo da vítima. Terceiro impacto Dos órgãos internos da vítima contra as paredes internas das cavidades corporais ou mesmo outros órgãos, causando lesões, normalmente, internas e mais difíceis de identificar. ACIDENTE EM MASSA: START A criação do método START data de 1983 quando bombeiros-paramédicos de Newport Beach e a equipe médica do Hoag Memorial Hospital (EUA) propuseram um processo de triagem de vítimas simplificado e tratamento rápido (Simple Triage and Rapid Treatment – START). Para tanto, esse método de triagem de vítimas não preconiza o diagnóstico médico e, sim, a classificação das pessoas acidentadas com base nas necessidades de cuidados e chance de sobrevivência. Durante a triagem o profissional deve atentar para os seguintes pontos: • Procedimento baseia-se no restabelecimento dos sentidos vitais e como proceder o tratamento; • Identifica vítima de acordo com o risco de morte; • Inicia-se no atendimento pré-hospitalar e no processo de “evacuação”; • Organiza a entrada da vítima na emergência e para onde este deve ser encaminhado. ACIDENTE EM MASSA: START O método START de triagem objetiva a organizar o atendimento com intuito de salvar o maior número de vítimas possíveis, organizando assim o atendimento e a remoção das vítimas. Atenta-se para o seguinte ponto, os socorristas que estiverem realizando a triagem NÃO devem se envolver no atendimento a vítimas até sua tarefa ter sido completada. Pode-se realizar abertura de vias aéreas, se o paciente “voltar” a respirar, este deve receber atendimento imediato (VERMELHO). Caso não volte espontaneamente a respirar e dado como vítima morta (PRETO). Outro procedimento que pode ser realizado é o de estancar hemorragias. Importante observação com relação ao AMV é o de que não se realiza reanimação durante a triagem. ACIDENTE EM MASSA: START • Vermelha / Imediata: Lesões graves e severas; Risco sobrevida depende de cuidados imediatos; Ex: vítima com obstrução de vias aéreas +hemorragia. • Amarela / Pode aguardar: Vítima com lesão grave; Sem risco iminente; Sobrevida independe de cuidados imediatos. Ex: Vítima com fratura de osso longo. • Verde / Leve: Vítima com lesões leves; Deambulando; Podem ajudar no socorro; Pode ser atendido no local ou encaminhado a emergência. Ex: Escoriações em membros. Obedece e deambula •Preta/Expectante: Vítima muito grave ou morta; Prognóstico sombrio; Não responsiva e sem pulso; Ex: Queimaduras de 3º grau em 90 % do corpo. PCR – Não reanima ACIDENTE EM MASSA: START Fonte: SAMUFonte: CBMRS ACIDENTE EM MASSA: START Na zona quente deve ficar somente a equipe dos Bombeiros. O crachá tem sua parte inferior destacável permanecendo o último como a gravidade da vítima. http://3.bp.blogspot.com/-BXIzPBOcHy8/T2EnHFrr0vI/AAAAAAAAAAo/v_Bc0Du4Mhw/s1600/START2.jpg PARADA RESPIRATÓRIA: PEDIÁTRICA Paciente irresponsivo ao estímulo, com respiração agônica ou ausente, com pulso central palpável e com frequência maior do que 60 batimentos por minuto (bpm). Conduta 1. Checar responsividade: • No bebê: estímulo plantar; • Na criança: tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta. 2. Se paciente não responsivo: • Solicitar apoio do suporte avançado de vida (SAV), além de providenciar o desfribilador externo automático (DEA) • Checar respiração e pulso simultaneamente. ATENÇÃO: checar pulso central por, no máximo, 10 segundos: • No bebê: pulso braquial; • Na criança: pulso carotídeo ou femoral. Fonte: SAMU PARADA RESPIRATÓRIA: PEDIÁTRICA Posicionar o paciente em decúbito dorsal em superfície plana, rígida e seca. 4. Se respiração ausente ou agônica (gasping) e pulso presente e com frequência maior do que 60 bpm: • Abrir via aérea e administrar insuflações com dispositivo bolsa-valva-máscara (a insuflação de boa qualidade deve ter duração de 1 segundo e promover visível elevação do tórax); • Administrar uma insuflação de boa qualidade a cada 3 a 5 segundos (12 a 20 insuflações/minuto) e verificar a presença de pulso a cada 2 minutos; • Lembrar da proteção cervical na presença de trauma; • Instalar rapidamente suprimento de oxigênio 100% em alto fluxo (10 a 15 L/min) na bolsa- valva-máscara; • Considerar a instalação da cânula orofaríngea; 5. Instalar oxímetro de pulso. 6. Manter constante atenção para a ocorrência de parada cardiorrespiratória. Fonte: SAMU PARADA RESPIRATÓRIA: ADULTO Quando suspeitar ou critérios de inclusão: Paciente irresponsivo ao estímulo, com respiração agônica ou ausente, com pulso central palpável. Conduta: 1. Checar responsividade (tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta) e checar a presença de respiração. 2. Se não responsivo e respiração ausente ou gasping, posicionar o paciente em decúbito dorsal em superfície plana, rígida e seca. 3. Solicitar ajuda (DEA). 4. Checar pulso central (carotídeo) PARADA RESPIRATÓRIA: ADULTO - se pulso presente: • abrir via aérea e aplicar 1 insuflação com bolsa valva-máscara. • a insuflação de boa qualidade deve ser de 1 segundo e obter visível elevação do tórax. Considerar a escolha da manobra manual segundo a presença de trauma; • precocemente instalar suprimento de O2, alto fluxo (10 a 15l/min) na bolsa valva-máscara; • considerar a instalação da cânula orofaríngea (COF); • na persistência da PR, realizar 1 insuflação de boa qualidade a cada 5 a 6 segundos (10 a 12/min); • verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. Na ausência de pulso, iniciar RCP com compressões torácicas eficientes; e • manter atenção para a ocorrência de PCR. - se pulso ausente: • iniciar RCP com compressões torácicas eficientes. Fonte: SAMU PCR A sobrevivência após uma PCR sempre foi tema de estudo entre especialistas de diversos países, e os serviços de urgência e emergência sempre estão investindo esforços no sentido de, cada vez mais, dar um suporte adequado e o mais rápido possível em situações como esta; sendo que o atendimento e a reabilitação da circulação sanguínea através das manobras de RCP devem acontecer num período inferior a 4 minutos, caso contrário, podem acontecer danos irreversíveis no cérebro, um dos órgãos vitais e sensíveis à falta de oxigênio. Após este período, a cada 1(um) minuto, a vítima perderá 10% de chances de sobreviver, ou seja, após 15 minutos de PCR, ocorrerá morte encefálica – óbito. PCR é definida pela interrupção súbita da atividade mecânica cardíaca, cessando a atividade respiratória e circulatória efetiva, levando à falência cardiopulmonar, que torna insuficiente o fluxo sanguíneo para os órgãos vitais, como coração e cérebro. PCR Em pacientes de parada cardiorrespiratória, a maior causa provável é a fibrilação ventricular, variando de 40% a 80% dos casos. A fibrilação é o estado patológico do coração, no qual possui a maior chance de reversão desse quadro quando utilizado um desfibrilador. Esse fatonos mostra a importância do atendimento imediato e da desfibrilação precoce. A sobrevivência à parada cardiorrespiratória depende de uma série de intervenções fundamentais, que correspondem à corrente de sobrevivência. Ao atender uma PCR, deve-se observar o mnemônico do SBV, que é o “CABD primário”, o qual corresponde em checar o nível de consciência e respiração da vítima, pedir ajuda, verificar pulso, compressões torácicas, abertura das vias aéreas, ventilação e desfibrilação. PCR IDENTIFICANDO UMA PCR Inconsciência; Falta de tônus muscular; Respiração Agônica (Gasping) ou Apnéia; Ausência de Pulso; Palidez, pele fria e úmida; Presença de cianose de extremidades; Dilatação das pupilas. PCR CONDUTA 1 - Verifique se a cena está segura; 2 - Verificar se a vítima não responde, se não está respirando ou se está com respiração do agonizante (gasping). Ao mesmo tempo, checar o pulso carotídeo. Tudo no tempo médio de DEZ segundos (suficiente para sentir o pulso); 3 - Se a vitima não responder com ausência de pulso solicitar ajuda do Suporte Médico Especializado – SME; 4 - Colocar a vítima em superfície rígida; 5 - Se a equipe de emergência tiver desfibrilador Esterno Automático - DEA, usá-lo assim que possível. Considerar o trabalho em equipe, enquanto um socorrista realiza as compressões, o segundo prepara o equipamento e as pás. O importante é não perder tempo para iniciar a RCP; PCR CONDUTA 6 - O socorrista 1 se posiciona na lateral da vítima e realiza 30 compressões torácicas. As compressões têm que ser rápidas e fortes, permitindo que o tórax retorne. Não descansar sobre o tórax, fazer força para comprimir de 5 a 6 cm. A frequência de compressão deverá estar entre 100 a 120 por minuto. A forma de comprimir é utilizando as mãos sobrepostas, com os braços sempre esticados em cima do osso esterno, na linha dos mamilos da vítima (centro do tórax); 7 - Considerando o trabalho em equipe, o socorrista 2 deve desobstruir as vias aéreas e estabilizar a cervical. Usar as mãos e depois as pernas para deixar a cervical neutralizada e estabilizada. Isso deverá acontecer ainda durante as primeiras compressões. 8 - O socorrista 2 deverá posicionar o ventilador manual (BVM) para as ventilações de resgate. Segurar firme o equipamento, vedando a saída de ar, realizar duas ventilações, cada uma no tempo de 1 segundo. Verifique se o tórax se eleva durante as ventilações; PCR CONDUTA 9 - Logo em seguida o socorrista 1 inicia as 30 compressões, de forma rápida e forte, permitindo que o tórax retorne. Durante o segundo ciclo, o socorrista 2 poderá reposicionar as vias aéreas novamente, se necessário, e colocar o colar cervical na vítima; 10 - Realizar 5 ciclos de 30 compressões para duas ventilações, tudo em 2 minutos aproximadamente; 11 - Após o quinto ciclo, checar o pulso carotídeo, continuando o atendimento caso ausente; 12 - Alternar a função. O socorrista que estava na compressão vai para ventilação e vice-versa; 13 - Realizar o procedimento até a entrega da vítima ao suporte avançado de vida. PCR Em vítima adulta, independente se for um ou dois socorristas, inicia-se o ciclo com 30 compressões torácicas e, após, se estiver disponível equipamento de barreira como máscara facial ou ventilador manual, realizam-se duas ventilações. Em criança e bebê, se o socorro for realizado em dupla, o ciclo é realizado com 15 compressões por duas ventilações, se estiver sozinho são 30 compressões e 02 ventilações. Se não se dispuser de equipamento de ventilação, realiza-se somente compressões torácicas, pois estudos comprovam que são eficientes para manter o fluxo sanguíneo. Devem-se realizar no mínimo as compressões torácicas em todos os pacientes em PCR (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2013). PCR VARIÁVEIS DA RCP: CRIANÇAS E BEBÊS - Em criança (quando não houver característica da puberdade) ou bebê (até 1 ano de idade), realizar ciclos de 15 compressões para 2 ventilações, com dois socorristas. Neste caso, serão 10 ciclos em torno de 2 minutos. Todos os outros casos possíveis realizar ciclos de 30 por 2; - A compressão deverá ser de no mínimo um terço do diâmetro anteroposterior do tórax da vítima, e o socorrista poderá fazê-la com uma ou duas mãos sobre o esterno, na linha intermamilar. Sempre analisar o porte da criança para realizar as compressões. Em crianças menores utilizar apenas uma mão; - Em bebês de até 1 ano, um socorrista deverá comprimir o tórax com dois dedos. Com dois socorristas na reanimação, um socorrista usará as mãos para envolver o tórax da criança e comprimi-lo com os polegares. A depressão deverá ser de 4 cm; - Em bebês, verificar o pulso femoral ou braquial. PCR VARIÁVEIS DA RCP: CRIANÇAS E BEBÊS - Em criança deve-se utilizar somente uma das mãos, com profundidade das compressões de aproximadamente 5 cm. - Já em bebê, recomenda-se afundar o tórax cerca de 4 cm, sendo as compressões realizadas com dois dedos na região logo abaixo da linha mamária ou com os dois polegares com as mãos abraçando o tórax. Deve-se dar ênfase para as compressões torácicas, minimizando as interrupções. Para que as compressões sejam eficientes, é indicado que os socorristas que realizam as compressões revezem a cada dois minutos ou a cada 5 ciclos de 30 compressões e 02 ventilações. Esse revezamento deve ser rápido e sincronizado. PCR EM AFOGAMENTO Cheque se existe respiração, ouça e sinta a respiração e veja se o tórax se movimenta, se houver respiração é um caso de resgate, ou grau 1, 2, 3, ou 4. Coloque em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para grau. Se não houver respiração, realize 5 (cinco) ventilações de resgate iniciais observando um intervalo entre cada uma que possibilite a elevação do tórax, e logo em seguida o seu esvaziamento. É recomendável a utilização de barreira de proteção (máscara) ou Ventilador manual (BVM); Palpe o pulso arterial carotídeo ou cheque sinais de circulação (movimentos ou reação à ventilação) - Coloque os dedos (indicador e médio) da mão direita no “pomo de adão” e escorregue perpendicularmente até uma pequena cavidade para checar a existência ou não do pulso arterial carotídeo ou simplesmente observe movimentos na vítima ou reação a ventilação feita. PCR EM AFOGAMENTO Se houver pulso, é uma parada respiratória isolada - grau 5, mantenha somente a ventilação com 12 vezes por minuto até o retorno espontâneo da respiração. Se não houver pulso ou sinais de circulação, retire os dois dedos do queixo e passe-os pelo abdômen localizando o encontro das duas últimas costelas, marque dois dedos, retire a mão da testa e coloque-a no tórax e a outra por sobre a primeira. Inicie 30 compressões em caso de 1 socorrista; ou 15 compressões em caso de dois socorristas para casos de afogamento. A velocidade destas compressões deve ser de 100 a 120 vezes em 60 segundos. Em crianças de 1 a 9 anos utilize apenas uma mão para as compressões. Mantenha alternando 2x30 ou 2x15 com dois socorristas (RCP em afogamento com dois socorristas), e não pare até que: a - Haja resposta e retorne a respiração e os batimentos cardíacos. Coloque então a vítima de lado e aguarde o socorro médico solicitado; b – Você entregue o afogado a uma equipe médica especializada; ou c – Você fique exausto DEA Muitos pacientes adultos, em parada por FV, podem sobreviver sem sequelas neurológicas, quando a desfibrilação é realizada de 4 a 5 minutos após a parada cardíaca súbita. Quanto mais cedo a desfibrilação ocorrer mais alta a taxa de sobrevivência. O DEA é um equipamento portátil que tem um sistema automatizado de análise de ritmo cardíaco, seleciona o nível de energia e carrega automaticamente. Uma voz e luzes indicadoras guiam e orientam o usuário passo a passo, analisando o ritmo cardíaco, podendo ser indicada a desfibrilação, cabendo, neste caso, ao operador apenas apertar o botão de choque. Assim que o DEA estiver disponível, se houver dois socorristas, um instala o aparelho seguindo os comandos de voz, enquanto o outro segue nas compressões torácicas, sóparando quando o DEA emitir um som avisando: “Analisando ritmo cardíaco, não toque no paciente”. Se houver só um socorrista, deve-se interromper as compressões para instalar o DEA (ACLS, 2013). DEA Antes de aplicar o DEA, o operador deve determinar, primeiro, se há situações especiais que podem requerer que o operador adote outras ações antes de usar um DEA ou durante sua operação: ⦁ a vítima tem menos de 8 anos (ou pesa até 25 quilos, aproximadamente): utilizar pás pediátricas. ⦁ a vítima está na água ou próxima dela: seque o tórax do paciente. ⦁ a vítima tem um marcapasso implantado: posicione as pás de 2 a 10 centímetros da localização do marcapasso. ⦁ há um adesivo de medicação transcutânea ou outro objeto sobre a pele da vítima, onde se colocam as pás autoadesivas do DEA: remova-o. ⦁ pelos excessivos no tórax: remova-os. Observação: o DEA só deverá ser utilizado em pacientes a partir de 1 ano de vida. Ao fazer o uso do DEA, é preciso certificar-se que a vítima não esteja em contato com a água ou metal, pois esses são excelentes condutores de eletricidade DEA O DEA, apesar de ser de fácil manejo e automático, apresenta alguns perigos que devem ser observados, tais como: em vítima de afogamento, é necessário afastá-la da água e secá-la bem antes de usar o DEA; evitar materiais inflamáveis, como álcool para limpar a pele, inclusive oxigênio; não usar o DEA quando estiver em movimento dentro de veículos; não usar celular ou radiocomunicação em um raio de 2 metros; nunca tocar na vítima enquanto o DEA estiver analisando o ritmo ou liberando o choque. Os DEA devem ser utilizados somente quando os pacientes apresentarem, em conjunto, os seguintes sinais clínicos: - Ausência de responsividade; - Ausência de respiração efetiva; - Ausência de sinais de circulação. DEA 1. Ligue o DEA, em primeiro lugar (isso ativa as mensagens sonoras para guiá-lo em todos os passos subsequentes, alguns começarão a funcionar, automaticamente, quando se abre a tampa ou o estojo); 2. Remova a roupa do tórax do paciente. Seque a área e corte ou remova pelos excessivos, se necessário; 3. Fixe as pás autoadesivas (eletrodos) no paciente. Consulte a ilustração no verso de cada eletrodo, para identificar a posição correta; 4. Conecte o cabo dos eletrodos ao DEA (em alguns modelos, os cabos estão pré-conectados e outros apresentam uma luz intermitente que mostra o local de conexão); 5. Assim que o DEA detectar que os eletrodos estão conectados adequadamente, automaticamente, inicia a análise do ritmo cardíaco do paciente. Alguns modelos exibem o eletrocardiograma do paciente na tela; DEA 6. Se for recomendada a aplicação do choque, o aparelho carregará para preparar a aplicação do choque, apresentando avisos de voz e na tela para informar ao operador que o choque é recomendado. Assegure-se de que ninguém esteja em contato com o paciente; 7. Pressione o botão CHOQUE, se a descarga estiver indicada. (nos modelos automáticos, o aparelho realiza este passo sem ação do socorrista); 8. Após o choque, o aparelho realiza uma pausa de 2 minutos, permitindo que o socorrista execute a RCP, e então, volta a analisar o ritmo cardíaco. OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA A obstrução pode ser parcial ou completa. Se for somente parcial, a vítima conseguirá tossir e poderá haver um ruído semelhante a um ronco quando ela respira. Se a troca de ar for razoavelmente boa, incentivar a vítima a tossir e expelir o corpo estranho. Monitorar cuidadosamente a vítima, observando os seguintes sinais de redução da passagem de ar: - Tosse fraca e improdutiva; - Chiado alto durante a inalação; - Dificuldade durante a respiração; - Agarrar a garganta com as mãos; - Leve cianose. OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA Os sinais de obstrução completa das vias aéreas são: ⦁ Incapacidade de falar, gemer, tossir ou gritar; ⦁ Ausência de sons respiratórios; ⦁ Uso intenso dos músculos necessários para a respiração – narinas dilatadas, pescoço e músculos faciais contraídos; ⦁ Inquietação, ansiedade e confusão progressivas; ⦁ Ausência de resposta e cianose; OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA Manobra de Heimlich Vítima Adulta 1. Ficar atrás da vítima em pé ou sentada e envolver os braços ao redor de sua cintura. Manter os cotovelos afastados das costelas da vítima. 2. Feche uma das mãos, em punho, colocar o polegar de uma das mãos na linha média do abdome, ligeiramente acima da cicatriz umbilical e bem abaixo do processo xifóide (a ponta do esterno), mantendo o polegar posicionado, formando um punho. 3. Segurar o punho com a outra mão (polegares em direção à vítima). Com um impulso rápido para dentro e para cima, pressionar o punho contra o abdome da vítima. 4. Dar impulsos, separados e distintos, e depois reavaliar a vítima até que o objeto seja eliminado ou a vítima consiga respirar e emitir sons ou a vítima tornar-se não responsiva. Esta manobra causa uma elevação do diafragma e aumento da pressão nas vias aéreas, forçando a saída do corpo estranho. OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA Manobra de Heimlich Vítima obesa ou grávida 1. Ficar em pé atrás da vítima com os braços sob suas axilas, envolvendo o tórax da vítima com os braços; 2. Posicionar o punho, pelo lado do polegar, no meio do osso do peito; 3. Segurar o punho firmemente com a outra mão e impulsionar de maneira brusca para trás. Repetir até o objeto ser expelido ou até que a vítima perca a consciência; 4. Se a vítima estiver ou ficar inconsciente, colocá-la de costas e ajoelhar-se ao lado dela para iniciar as manobras de RCP com a relação 30 compressões torácicas e 2 ventilações. OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA Manobra de Heimlich Criança (1 a 8 anos) 1. Ficar atrás da vítima em pé ou de joelhos e envolver os braços ao redor de sua cintura. Manter os cotovelos afastados das costelas da vítima. Colocar o polegar de uma das mãos na linha média do abdome, ligeiramente acima da cicatriz umbilical e bem abaixo do processo xifoide (a ponta do esterno), mantendo o polegar posicionado, formar um punho. 2. Segurar o punho com a outra mão (polegares em direção à vítima). 3. Com um impulso rápido para dentro e para cima, pressionar o punho contra o abdome da vítima. OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA Manobra de Heimlich Bebê 1. Se o bebê está consciente, segure-o de barriga para baixo, apoiando o tórax no seu antebraço, com a cabeça mais baixa que o corpo. Dê até 5 pancadas nas costas, a meio dos ombros. 2. Se não conseguir remover o corpo estranho, deite o bebê de barriga para cima mantendo igualmente a cabeça a um nível inferior ao do corpo. Faça até 5 compressões torácicas, tal como estivesse a fazer manobras de reanimação, após as quais inspecione a boca e se tiver algum objeto visível retire-o. 3. Enquanto não resolver a obstrução e o bebê estiver consciente, alterne as pancadas com as compressões. 4. Se o Bebê ficar inconsciente e sem pulso considere a possibilidade de RCP. FRATURAS Quebra de um osso. Ruptura total ou parcial de um osso. Perda da continuidade óssea. CLASSES DE FRATURAS: Fraturas fechadas (simples): São aquelas onde a pele não é perfurada pelas extremidades ósseas. Fraturas abertas (expostas): São aquelas onde os ossos se quebram atravessando a pele ou existe uma ferida associada que se estende desde o osso fraturado até a pele (área externa ao corpo). FRATURAS SINAIS E SINTOMAS FRATURAS: Deformidade - A fratura produz uma posição anormal ou angulação num local que não possui articulação; Sensibilidade - Geralmente o local da fratura está muito sensível à dor; Crepitação - Num movimento da vítima podemos escutar um som áspero, produzido pelo atrito das extremidades fraturadas. Não pesquisar este sinal intencionalmente, porque aumenta a dor e pode provocar lesões; Edema e alteração de coloração - Quase sempre a fratura é acompanhada de certo inchaço provocado pelo líquido entre os tecidos e as hemorragias. A alteração de cor poderá demorar várias horas para aparecer; Impotência funcional - Perda total ou parcial dos movimentos das extremidades. A vítima geralmente protege o local fraturado, nãopode mover-se ou o faz com dificuldade e dor intensa; Fragmentos expostos - Numa fratura aberta, os fragmentos ósseos podem se projetar através da pele ou serem vistos no fundo do ferimento. LUXAÇÃO LUXAÇÃO: É o desalinhamento das extremidades ósseas de uma articulação fazendo com que as superfícies articulares percam o contato entre si. SINAIS E SINTOMAS: Deformidade: Mais acentuada na articulação luxada; Edema: inchaço local; Dor: Aumenta se a vítima tenta movimentar a articulação; e Impotência funcional: perda completa ou quase total dos movimentos articulares. ENTORSE Entorse: É a torção ou distensão brusca de uma articulação, além de seu grau normal de amplitude. SINAIS E SINTOMAS: Edema; Dor; Incapacidade funcional total ou diminuída. São similares aos das fraturas e aos das luxações. Mas nas entorses os ligamentos geralmente sofrem ruptura ou estiramento, provocados por movimento brusco. AMPUTAÇÕES São lesões geralmente relacionadas a acidentes automobilísticos (amputações traumáticas). Seu tratamento inicial deve ser rápido, pela gravidade da lesão e pela possibilidade de reimplante. O procedimento a ser adotado em caso de amputação é: - Controlar a hemorragia; - Aplicar curativo estéril; - Fixar o curativo com bandagens ou ataduras; e - Guardar a parte amputada envolta em gaze ou compressa estéril (pano limpo), umedecido com solução fisiológica, colocando dentro de um saco plástico e este, então, dentro de um segundo saco ou caixa de isopor repleta de gelo. IMOBILIZAÇÃO RAZÕES PARA A IMOBILIZAÇÃO PROVISÓRIA: - Evitar a dor; - Prevenir ou minimizar lesões em músculos, nervos ou vasos sanguíneos, rompimento da pele, diminuição do fluxo sanguíneo, sangramento excessivo, paralisia das extremidades; - Manter a perfusão no membro; e - Auxiliar a hemostasia. DISPOSITIVOS UTILIZADOS PARA IMOBILIZAR Talas rígidas; Talas moldáveis; Talas infláveis; Talas de tração; Colares cervicais; Coletes de imobilização dorsal; Macas rígidas; Bandagens triangulares; Auto-imobilização. IMOBILIZAÇÃO - Informe o que planeja fazer; - Exponha o local. As roupas devem ser cortadas e removidas sempre que houver suspeita de fratura, entorse ou luxação; - Controle hemorragias e cubra feridas. Não empurre fragmentos ósseos para dentro do ferimento, nem tente removê-los. Use curativos estéreis; - Observe o pulso distal, a mobilidade, a sensibilidade e a perfusão; - Reúna e prepare todo o material de imobilização (use se possível, talas acolchoadas); - Imobilize e use tensão suave para que o local fraturado possa ser colocado na tala. Movimente o mínimo possível. Imobilize todo o osso fraturado, uma articulação acima e abaixo. Em alguns casos, a extremidade deve ser imobilizada na posição encontrada; - Revise a presença de pulso e a função nervosa. Assegure-se que a imobilização está adequada e não restringe a circulação; e - Previna ou trate o estado de choque. IMOBILIZAÇÃO Os socorristas devem observam a circulação (perfusão e presença de pulso distal), a sensibilidade e a capacidade motora do paciente antes e após a imobilização... Na maioria das vezes, é impossível sabermos sem o uso do raio-X, se o paciente é verdadeiramente portador de uma fratura, entorse ou luxação. No entanto, até ser provado o contrário, devemos sempre tratá-lo como se fosse portador de fratura. TRAUMATISMO DE COLUNA: TRM São aqueles onde ocorre o comprometimento da estrutura óssea (vértebras) e medula espinhal. Os danos causados por traumas nessas estruturas poderão ocasionar lesões permanentes, se a região atingida for a cervical poderá comprometer a respiração, levar à paralisia ou até mesmo à morte. Sinais e sintomas Dor regional (pescoço, dorso e região lombar); Perda da sensibilidade tátil nos membros superiores e inferiores; Perda da capacidade de movimentação dos membros (paralisia); Sensação de formigamento nas extremidades; Deformidade em topografia da coluna; Lesões na cabeça, hematomas nos ombros, escápula ou região dorsal do paciente; Perda do controle urinário ou fecal; Dificuldade respiratória com pouco ou nenhum movimento torácico; e Priapismo (ereção peniana contínua). TRAUMATISMO DE COLUNA: TRM Complicações: Paralisia dos músculos do tórax (respiratórios). A respiração sendo feita exclusivamente pelo diafragma. A lesão medular provoca dilatação dos vasos sanguíneos, podendo se instalar o choque (neurogênico). Tratamento Pré-Hospitalar - Corrija os problemas que ameaçam a vida. Mantenha a permeabilidade das VA, a respiração e a circulação e administre oxigênio; - Controle o sangramento importante; - Evite movimentar o paciente e não deixe que ele se movimente; - Não mobilize uma vítima com trauma de coluna, a menos que necessite RCP, controle de sangramento que ameace a vida e/ou remoção do local por risco iminente; - Imobilize a cabeça e o pescoço com emprego do colar cervical, fixadores de cabeça e prancha rígida; - Monitore os sinais vitais constantemente e tenha cuidado com o choque e a parada respiratória. TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO FRATURAS DE CRÂNIO As fraturas de crânio são comuns nas vítimas de acidentes que receberam impacto na cabeça. A gravidade da lesão depende do dano provocado no cérebro. São mais frequentes lesões cerebrais, nos traumatismos sem fratura de crânio. As fraturas poderão ser abertas ou fechadas. Fraturas Abertas: São aquelas que permitem a comunicação entre as meninges ou o cérebro e o meio exterior. Há ruptura do couro cabeludo com exposição do local da fratura. Fraturas Fechadas: São as que afetam o osso sem, entretanto, expor o conteúdo da caixa craniana, não existe solução de continuidade da pele. TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO LESÕES ENCEFÁLICAS Concussão: Quando uma pessoa recebe um golpe na cabeça ou na face, pode haver uma concussão encefálica. Não existe um acordo geral sobre a definição de concussão exceto que esta envolve a perda temporária de alguma ou de toda a capacidade da função encefálica. Pode não haver lesão encefálica demonstrável. O paciente que sofre uma concussão pode se tornar completamente inconsciente e incapaz de respirar em curto período de tempo, ou ficar apenas confuso. Em geral, o estado de concussão é bastante curto e não deve existir quando o emergencista chegar ao local do acidente. Se o paciente não consegue se lembrar dos eventos ocorridos antes da lesão (amnésia), existe uma concussão mais grave. TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO LESÕES ENCEFÁLICAS Contusão: O cérebro pode sofrer uma contusão quando qualquer objeto bate com força no crânio. A contusão indica a presença de sangramento a partir de vasos lesados. Quando existe uma contusão cerebral, o paciente pode perder a consciência. Outros sinais de disfunção por contusão incluem a paralisia de um dos lados do corpo, dilatação de uma pupila e alteração dos sinais vitais. As contusões muito graves podem produzir inconsciência por período de tempo prolongáveis e também causar paralisia em todos os membros. Mesmo em contusões graves, pode haver recuperação sem necessidade de cirurgia intracraniana. As mudanças na recuperação são diretamente proporcionais aos cuidados dispensados ao paciente desde o início das lesões. Os pacientes devem receber ventilação adequada, reanimação cardiorrespiratória quando necessário, devendo ser transportado para o serviço de emergência para uma avaliação e cuidados neurocirúrgicos. TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Os tipos de lesões encefálicas são: DIRETAS São produzidas por corpos estranhos que lesam o crânio, perfurando-o e lesando o encéfalo. INDIRETAS Golpes na cabeça podem provocar, além do impacto do cérebro na calota craniana, com consequente dano celular, hemorragias dentro do crânio. Este hematoma acarreta compressão do tecido cerebral. A hipertensão intracraniana provocada pela hemorragia e edema causa lesão nas células cerebrais TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Sinais e sintomas do trauma crânio-encefálico (TCE) Cefaleia e/ou dor no local da lesão; Náuseas e vômitos; Alteraçõesda visão; Alteração do nível de consciência podendo chegar à inconsciência; Ferimento ou hematoma no couro cabeludo; Deformidade do crânio (depressão ou abaulamento); Pupilas desiguais (anisocoria); Sangramento observado através do nariz ou dos ouvidos; Líquido claro (líquor) que flui pelos ouvidos ou pelo nariz; Alteração dos sinais vitais; Postura de decorticação ou descerebração TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Tratamento Pré-Hospitalar: Corrija os problemas que ameaçam a vida. Mantenha a permeabilidade das vias aéreas (abertas), a respiração e a circulação; Suspeite de lesão cervical associada ao acidente e adote os procedimentos apropriados; Controle hemorragias (não detenha a saída de sangue ou líquor pelos ouvidos ou pelo nariz); Cubra e proteja os ferimentos abertos; Mantenha a vítima em repouso; Proteja a vítima para a possibilidade de entrar em convulsão; Monitore o estado de consciência, a respiração e o pulso; Trate o choque e evite a ingestão de líquidos ou alimentos; e Esteja preparado para o vômito. Nunca tente remover objetos transfixados na cabeça. Não se deve conter sangramento ou impedir a saída de líquor pelo nariz ou pelos ouvidos nos traumatismos crânio-encefálico (TCE). Poderá ocorrer aumento na pressão intracraniana ou infecção no encéfalo. TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO TRAUMATISMOS ESPECÍFICOS: FACE O principal perigo das lesões e fraturas faciais são os fragmentos ósseos e o sangue que poderão provocar obstruções nas vias aéreas. Sinais e sintomas Coágulos de sangue nas vias aéreas; Deformidade facial; Equimose nos olhos; Perda do movimento ou impotência funcional da mandíbula; Dentes amolecidos ou quebrados (ou a quebra de próteses dentárias); Grandes hematomas ou qualquer indicação de golpe severo na face. Tratamento Pré-Hospitalar: É o mesmo tratamento utilizado no cuidado de ferimentos em tecidos moles, sua atenção deve estar voltada para a manutenção da permeabilidade das vias aéreas e controle de hemorragias. Cubra com curativos estéreis os traumas abertos, monitore os sinais vitais e esteja preparado para o choque. TRAUMATISMOS NO TÓRAX Dependendo da extensão, presença de lesões associadas (fratura de esterno, costelas e vértebras) e comprometimento pulmonar e/ou dos grandes vasos, o paciente poderá apresentar: - Aumento da sensibilidade ou dor no local da fratura que se agrava com os movimentos respiratórios; - Respiração superficial (dificuldade de respirar, apresentando movimentos respiratórios curtos); - Eliminação de sangue através de tosse; - Cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas; - Postura característica: o paciente fica inclinado sobre o lado da lesão, com a mão ou o braço sobre a região lesada, imóvel; e - Sinais de choque, como pulso rápido e PA baixa. TRAUMATISMOS NO TÓRAX Tipos de traumatismos no tórax Fratura de Costelas Sinais e sintomas Dor na região da fratura; Dor ao respirar movimentos respiratórios curtos; e Crepitação. Tratamento pré-hospitalar Na fratura de uma ou duas costelas, posicione o braço do paciente sobre o local da lesão; e Use bandagens triangulares como tipoia e outras para fixar o braço no tórax. Não use esparadrapo direto sobre a pele para imobilizar costelas fraturadas. TRAUMATISMOS NO TÓRAX Tipos de traumatismos no tórax Ferimentos Penetrantes São os traumas abertos de tórax, geralmente provocados por objetos que não se encontram cravados, assim como lesões provocadas por armas brancas, de fogo ou lesões ocorridas nos acidentes de trânsito etc. Pelo ferimento é possível perceber o ar entrando e saindo pelo orifício. Tratamento Pré-Hospitalar - Tampone o local do ferimento usando a própria mão protegida por luvas, após a expiração; - Faça um curativo oclusivo com plástico ou papel aluminizado (curativo de três pontas), a oclusão completa do ferimento pode provocar um pneumotórax hipertensivo grave; e - Conduza o paciente com urgência para um hospital e ministre oxigênio, de acordo com o protocolo local. TRAUMATISMOS NO TÓRAX Tipos de traumatismos no tórax Objetos cravados ou encravados Não remova corpos estranhos encravados (pedaços de vidro, facas, lascas de madeiras, ferragens etc). As tentativas de remoção poderão causar hemorragia grave, ou ainda, lesar nervos e músculos próximos da lesão. Tratamento Pré-Hospitalar - Controle a hemorragia por pressão direta; - Use curativo volumoso para estabilizar o objeto encravado, fixando-o com fita adesiva; - Transporte o paciente administrando oxigênio suplementar. TRAUMATISMOS NO TÓRAX Tipos de traumatismos no tórax Lesões do coração e pulmão O ar que sai do pulmão perfurado leva ao pneumotórax hipertensivo que resulta em colapso pulmonar. As hemorragias no interior da caixa torácica (hemotórax) provocam compressão do pulmão, levando também à insuficiência respiratória. As lesões na caixa torácica acabam provocando lesões internas nos pulmões e no coração. O sangue envolvendo a cavidade do pericárdio pode também resultar em uma perigosa compressão no coração. Todas estas lesões são emergências sérias que requerem pronta intervenção médica. Sinais e sintomas Desvio de traqueia; Estase jugular; Cianose; Sinais de choque; e Enfisema subcutâneo. Tratamento Pré-Hospitalar Ministre oxigênio e conduza o paciente com urgência para receber tratamento médico. HEMORRAGIAS PULSOS O pulso é mais facilmente palpável nos locais onde as artérias calibrosas estão posicionadas próximas da pele e sobre um plano duro. Os pulsos mais comumente usados são: carotídeo, braquial, femural, radial, dorsal do pé e tibial posterior. SANGUE Composição do sangue: O sangue é formado por 2 partes: plasma (líquido aquoso que contém sais, proteínas,etc) e os elementos figurados (células do sangue: hemácias ou glóbulos vermelhos, leucócitos ou glóbulos brancos e as plaquetas ou trombócitos). Funções do sangue: Transportar oxigênio e nutrientes para as células e trazer para os pulmões o dióxido de carbono. HEMORRAGIAS CONCEITO DE HEMORRAGIA Hemorragia é o extravasamento de sangue para fora dos vasos ou do coração e é sempre patológico, exceto durante a menstruação ou trauma. HEMORRAGIA INTERNA: Geralmente não é visível, porém e bastante grave, pois pode provocar choque e levar a vítima a morte. HEMORRAGIA EXTERNA: Geralmente visível, ocorre devido a ferimentos abertos. Pode ser dos tipos arterial, venosa ou capilar. HEMORRAGIAS TIPOS DE HEMORRAGIAS EXTERNAS (ocorrem devido a ferimentos abertos) Hemorragia arterial: Faz jorrar sangue pulsátil de coloração vermelho vivo. Hemorragia venosa: O sangue sai lento e contínuo na cor vermelho escuro. Hemorragia capilar: O sangue sai lentamente por vasos menores. A cor é menos viva que na hemorragia arterial. HEMORRAGIAS SINAIS E SINTOMAS DE HEMORRAGIAS: - Visualização do sangramento; - Agitação; - Palidez; - Sudorese intensa; - Pele fria; - Pulso acelerado (taquicardia); - Respiração rápida (taquipneia); - Pressão baixa (Hipotensão); - Sede; - Fraqueza; - Rigidez abdominal. TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR: - Alertar o SEM - Abrir as VA e vigiar a respiração e a circulação - Prevenir ou tratar o choque - Afrouxar roupas apertadas - Estar preparado para o vômito - Não dar nada de comer ou beber - Ministrar oxigênio suplementar - Informar a suspeita da hemorragia. HEMORRAGIAS SINAIS E SINTOMAS DE HEMORRAGIAS INTERNAS: Idênticos aos da hemorragia externa; Saída de sangue ou ruídos pelo nariz e/ou pavilhão auditivo externo; Vômito ou tosse com presença de sangue; Contusões; Rigidez ou espasmos dos músculos abdominais; Dor abdominal; Sangramento pelas genitálias. HEMORRAGIAS: TÉCNICAS 1. Pressão direta sobre o ferimento 2. Elevação do membro (sem pesquisa que comprove eficácia) 3. Compressão dos pontos arteriais (sem pesquisa que comprove eficácia) 4. Curativo compressivo 5. Torniquete Obs. A imobilização, apesar de não ser considerada uma das técnicas padronizadas de controle de sangramento, pode ser utilizada para auxiliar no controle de hemorragias. Torniquete: Seu usoé indicado se a compressão direta não for eficaz, embora comprima nervos e vasos sanguíneos até uma possível perda de membro, porém, o sacrifício do membro em razão da vida é óbvio. Deve ser utilizado logo acima do local do ferimento hemorrágico. Se não conseguir estancar, aplica-se outro logo acima do primeiro. Como medida alternativa, até um manguito de pressão arterial pode ser utilizado. A pressão deverá ser suficiente para impedir o fluxo sanguíneo e impedir o pulso distal no membro afetado e pode ser utilizado por um período de 120 até 150 minutos. HEMORRAGIAS: Torniquete CHOQUE INTRODUÇÃO AO CHOQUE HIPOVOLÊMICO: A função do sistema circulatório é distribuir sangue com oxigênio e nutrientes para todas as partes do corpo. Quando isso, por qualquer motivo, deixa de acontecer e começa a faltar oxigênio nos tecidos corporais, ocorre o que denominamos estado de choque, ou seja, as células começam a entrar em sofrimento e, se esta condição não for revertida, as células acabam morrendo. CONCEITO DE PERFUSÃO: É a circulação de sangue dentro de um órgão. O fluxo constante de sangue pelos vasos capilares. CHOQUE Podemos conceituar o choque como uma reação do organismo a uma condição onde o sistema circulatório não fornece circulação suficiente para cada parte vital do organismo. O choque é um quadro grave, que pode ocorrer de forma rápida ou desenvolver-se lentamente. CAUSAS DE CHOQUE: Insuficiência cardíaca: Quando o coração não conseguir bombear quantidade suficiente de sangue. Se o coração por algum motivo deixar de bombear sangue adequadamente ou parar de funcionar (parada cardíaca), o choque se desenvolverá de imediato. Lesão nos vasos sanguíneos: O sistema circulatório deve, obrigatoriamente, ser um sistema fechado. Se os vasos (artérias, veias ou capilares) forem lesados e perderem muito sangue, o paciente entrará em choque. Diminuição do volume de sangue circulante: Se houver uma diminuição no volume de sangue circulante ou se os vasos sanguíneos por algum motivo se dilatarem (aumentarem seu diâmetro), impedindo que o sistema permaneça preenchido corretamente, o choque se desenvolverá. CHOQUE: Tipos Choque hemorrágico: É o choque causado pela perda de sangue e/ou pela perda de plasma. Ex.: Sangramentos graves ou queimaduras. Choque cardiogênico: É o choque cardíaco. Este choque é causado pela falha do coração no bombeamento sanguíneo para todas as partes vitais do corpo. Choque neurogênico: É o choque do sistema nervoso, em outras palavras, a vítima sofre um trauma e o sistema nervoso não consegue controlar o calibre (diâmetro) dos vasos sanguíneos. O volume de sangue disponível é insuficiente para preencher todo o espaço dos vasos sanguíneos dilatados. Choque anafilático: É o choque alérgico. Desenvolve-se no caso de uma pessoa entrar em contato com determinada substância da qual é extremamente alérgica, por exemplo, alimentos, medicamentos, substâncias inaladas ou em contato com a pele. O choque anafilático é o resultado de uma reação alérgica severa e que ameaça a vida. CHOQUE: Tipos Choque séptico: É o choque da infecção. Micro-organismos lançam substâncias prejudiciais que provocam uma dilatação dos vasos sanguíneos. O volume de sangue torna-se insuficiente para preencher o sistema circulatório dilatado. O choque séptico ocorre geralmente no ambiente hospitalar e, portanto, é pouco observado pelos profissionais emergencistas que atuam no ambiente pré-hospitalar. CHOQUE SINAIS E SINTOMAS GERAIS DO CHOQUE: Agitação ou ansiedade Respiração rápida e superficial Pulso rápido e filiforme (fraco) Pele fria e úmida Sudorese Face pálida e posteriormente cianótica Olhos estáveis, sem brilho e pupilas dilatadas Sede Náuseas e vômitos Queda da pressão arterial SINAIS E SINTOMAS DO CHOQUE ANAFILÁTICO: Prurido na pele (coceira, irritação) Sensação de queimação na pele Edema generalizado Dificuldade para respirar Inconsciência CHOQUE: Tratamento APH Avalie nível de consciência; Posicione a vítima deitada (decúbito dorsal); Abra as VA estabilizando a coluna cervical; Avalie a respiração e a circulação; Efetue a hemostasia; Afrouxe as roupas; Aqueça o paciente; Não dê nada de comer ou beber; Eleve os MMII (caso haja fraturas, eleve-a após posicioná-la sobre uma maca rígida, exceto se houver suspeita de TCE); Imobilize fraturas; Ministre oxigênio suplementar; e Transporte o paciente imediatamente para o hospital. Na entrevista, pergunte se o paciente é alérgico a alguma substância e se teve contato com ela. FERIMENTOS: CLASSIFICAÇÃO Os ferimentos podem ser classificados em abertos e fechados: Ferimento ou Trauma Aberto: é aquela onde existe uma perda de continuidade da superfície e cutânea, ou seja, onde a pele está aberta. Ferimento ou Trauma Fechado: a lesão ocorre abaixo da pele, porém não existe perda da continuidade na superfície, ou seja, a pele continua intacta. Tratamento pré-hospitalar dos ferimentos fechados: Estes ferimentos podem variar o grau de lesão abaixo da pele até lesões severas em órgãos internos. Basicamente, o tratamento pré-hospitalar consiste em avaliar o acidentado, identificar a lesão e tratar a hemorragia interna com imobilização e prevenir o choque. FERIMENTOS: CLASSIFICAÇÃO Tipos de ferimentos abertos: - Abrasões ou escoriações; - Ferimentos incisos; - Lacerações; - Ferimentos penetrantes ou perfurantes; - Avulsões; - Eviscerações; FERIMENTOS: TRATAMENTO APH Abrasões ou Escoriações: São lesões superficiais de sangramento discreto e muito doloroso. Devem ser protegidas com curativo estéril de material não aderente, bandagens ou ataduras. Ferimentos Incisos: São lesões de bordas regulares produzidas por objetos cortantes, que podem causar sangramentos variáveis e danos a tecidos profundos, como tendões, músculos e nervos. Devem ser protegidas com curativo estéril fixado com bandagens ou ataduras. Lacerações: São lesões de bordas irregulares, produzidas por objetos rombos, onde o tecido ao longo da extremidade da ferida é rasgado, produzindo extremidades ásperas. Devem ser protegidas com curativo estéril fixado com bandagens e ataduras. FERIMENTOS: TRATAMENTO APH Amputações: São lesões geralmente relacionadas a acidentes automobilísticos. Seu tratamento inicial deve ser rápido, pela gravidade da lesão e pela possibilidade de reimplante. Deve-se controlar a hemorragia, aplicar curativo estéril e fixá-lo com bandagens ou ataduras; guardar a parte amputada envolta em gaze estéril umedecida com soro fisiológico (o soro não pode escorrer) colocando-a dentro de um saco plástico e colocando este então dentro de um segundo saco ou caixa de isopor repleta de gelo. Avulsões: São lesões que envolvem rasgos ou arrancamentos de uma grande parte da pele. Se possível e se a pele estiver ainda presa, deve ser recolocada sobre o ferimento, controlada a hemorragia e, a seguir, coberta com curativo estéril fixado com bandagens ou ataduras. FERIMENTOS: TRATAMENTO APH Eviscerações: Lesão na qual a musculatura do abdome é rompida em decorrência de violento impacto ou lesão de objeto penetrante ou cortante, expondo o interior da região abdominal à contaminação ou exteriorizando vísceras. É preciso remover vestes para expor a lesão e não recolocar nenhum órgão eviscerado para dentro do abdome, em seguida, cobrir com plástico ou curativo oclusivo. Não lavar a lesão. FERIMENTOS: TRATAMENTO APH Ferimentos Penetrantes ou Perfurantes: São lesões que avançam através da pele e danificam os tecidos em uma linha transversal. Podem ser provocados por objetos pontiagudos e armas de fogo. Uma ferida penetrante pode ser perfurante, quando há um ponto de entrada e outro de saída. O emergencista deve considerar lesões de órgãos internos, quando o ferimento localizar-se nas regiões do tórax ou abdome. As lesões devem ser cobertas completamente com curativo estéril. 1. Tamponar o local do ferimento usando a própria mão protegida por luvas; 2. Fazer um curativo oclusivo com plástico ou papel alumínio (curativo de três pontas),a oclusão completa do ferimento pode provocar um pneumotórax hipertensivo e grave. 3. Conduzir com urgência para um hospital e ministrar oxigênio suplementar (ver protocolo local). FERIMENTOS: TRATAMENTO APH TRATAMENTO DE UM FERIMENTO ABERTO Utilize proteção individual do emergencista (EPI); Exponha o local do ferimento (se necessário, corte as vestes); Cubra o ferimento com um curativo estéril (curativo = compressa de gaze e atadura) para controlar sangramentos e prevenir contaminação; Mantenha o paciente em repouso e tranquilize-o; Trate o choque. Não remova um curativo já colocado, caso não tenha ocorrido a hemostasia. FERIMENTOS: TRATAMENTO APH TRATAMENTO DE FERIMENTOS FECHADOS Estes ferimentos podem variar desde lesões abaixo da pele até lesões severas em órgãos internos. Tratamento pré-hospitalar: Avalie o acidentado; Identifique a lesão; e Trate a hemorragia interna com imobilização, prevenindo o choque. FERIMENTOS: TRATAMENTO APH Ferimentos abertos no couro cabeludo: Controlar a hemorragia através de compressão direta (controlada, não puntiforme) sobre a ferida. Não lave, nem limpe a ferida no couro cabeludo para evitar sangramento adicional; Suspeitar de lesão adicional na cabeça (TCE) ou pescoço (TRM); Não fazer pressão com os dedos sobre o ferimento se houver suspeita de fratura no crânio; Oferecer apoio emocional ao paciente. Ferimentos na face: Reviste a boca procurando corpos estranhos ou sangue coagulado; Mantenha as vias aéreas permeáveis; Se houver objeto penetrante nas bochechas, empurre de dentro para fora e cubra com compressas interna e externamente; Se necessário, transporte o paciente lateralizado para drenar o sangue da boca; Tenha cuidado se houver lesão associada de pescoço; Mantenha a posição neutra da cabeça. FERIMENTOS: TRATAMENTO APH Hemorragias nasais: Mantenha as vias aéreas abertas; Mantenha a cabeça um pouco fletida, comprimindo um pouco acima das fossas nasais, para estancar as hemorragias; e Se houver saída de líquido cefalorraquidiano, NÃO oclua o nariz. Ferimentos nos olhos: Não comprima diretamente sobre os olhos; Cubra o globo ocular lesado com curativo úmido e proteja com copo plástico ou bandagem triangular em anel e compressas de gaze e esparadrapo; Estabilize objetos cravados e nunca tente removê-los; Tampe os dois olhos; e Dê apoio emocional. FERIMENTOS: TRATAMENTO APH Nas lesões nos ouvidos e orelhas: Não tentar remover objetos cravados; Não tamponar a saída de sangue ou líquor; Aplique gaze externamente (frouxa e em grande quantidade) e fixe com esparadrapo. Oferecer apoio emocional ao paciente. Ferimentos no pescoço: Aplique pressão direta com a mão para cessar hemorragias; Aplique curativo com uma bandagem sem comprimir ambos os lados do pescoço; Trate o choque (oxigênio etc); Observe a respiração; e Mantenha a posição neutra da cabeça. FERIMENTOS: TRATAMENTO APH FERIMENTOS ABDOMINAIS: Órgãos sólidos: fígado, baço (sangram muito). Órgãos ocos: estômago, intestino (altamente contaminantes). Sinais de trauma fechado: - Dor ou contração; - Abdômen protegido; - Posturas características; - Respiração rápida e superficial; - Abdome sensível ou rígido. Tratamento para ferimentos abdominais abertos: Descubra o local e aplique curativo estéril úmido sobre o ferimento; Não recoloque órgãos eviscerados; Não remova objetos cravados; Previna-se para a ocorrência de vômito; Trate o choque (oxigênio etc); e Transporte a vítima com as pernas fletidas. Nunca remova objetos cravados. Controle a hemorragia e estabilize o objeto. FERIMENTOS: TRATAMENTO APH Ferimentos dos genitais: Controle o sangramento com pressão direta; Nas contusões, use bolsa de gelo ou água fria; Não remova os objetos transfixados; e Preserve as partes avulsionadas, envolvendo-as em plástico, curativos esterilizados ou qualquer curativo limpo FERIMENTOS: TRATAMENTO APH OBJETOS CRAVADOS OU ENCRAVADOS: Não remover corpos estranhos encravados (pedaços de vidro, facas, lascas de madeiras, ferragens, etc.). As tentativas de remoção poderão causar hemorragia grave ou ainda, lesar nervos e músculos próximos da lesão. Obs: Objetos cravados em orifícios naturais são denominados de ferimentos empalados. FERIMENTOS: TRATAMENTO APH LESÕES DO CORAÇÃO, PULMÕES E EM GRANDES VASOS: O ar que sai do pulmão perfurado leva ao pneumotórax que resulta em colapso pulmonar. As hemorragias no interior da caixa torácica (hemotórax) provocam compressão do pulmão, levando também à insuficiência respiratória. As lesões na caixa torácica acabam provocando lesões internas nos pulmões e no coração. O sangue envolvendo a cavidade do pericárdio pode também resultar em uma perigosa compressão no coração. Todas estas lesões são emergências sérias que requerem pronta intervenção médica. SINAIS E SINTOMAS: Desvio de traquéia; Estase jugular; Cianose; Sinais de choque; Enfisema subcutâneo, etc. DESMAIO E COMA A SÍNCOPE é o fenômeno da perda da consciência associada à perda do tônus postural. O evento é causado por comprometimento global do fluxo sanguíneo cerebral. A pré-síncope é o período de tempo em que a redução do fluxo cerebral se inicia, provocando mal-estar geral que precede a perda de consciência. Ocasionalmente, a hipoperfusão pode estar restrita aos hemisférios cerebrais ou ao tronco cerebral, e o envolvimento de qualquer destas estruturas provoca a inconsciência. A síncope tem que ser diferenciada das convulsões, que pode manifestar-se de forma semelhante, porém com propriedades peculiaridades. A perda súbita da consciência e do tônus postural resulta da redução brusca do fluxo sanguíneo para o cérebro. A adequação desse fluxo normalmente é protegida pelo mecanismo de autorregulação intrínseco compensatório cardíaco. Quando esse mecanismo é ineficiente, a pressão média das carótidas cai abaixo do limiar de manutenção do fluxo nutricional, levando à diminuição do tônus postural e da consciência caracterizado como lipotimia. Quando o mecanismo é completamente abolido, há a perda completa do tônus e da consciência. DESMAIO E COMA Normalmente as perdas de consciência estão relacionadas com: (CAUSAS) ● Hipoglicemia; ● Cansaço excessivo; ● Nervosismo intenso; ● Emoções súbitas; ● Sustos; ● Dor intensa; ● Permanência prolongada em pé; ● Acidentes, principalmente os que envolvem perda sanguínea; ● Mudança súbita de posição (hipotensão postural); ● Ambientes fechados e quentes; e ● Disritmias cardíacas (bradicardia) etc. As principais manifestações das perdas repentinas de consciência são percebidas juntamente com: (SINAIS E SINTOMAS) ● Fraqueza; ● Sudorese excessiva; ● Náuseas ou ânsia de vômito; ● Palidez intensa; ● Pulso fraco; ● Respiração lenta ou com dificuldades; ● Extremidades frias e cianóticas; ● Tonturas e vertigens; e ● Sensação de escurecimento da visão, atenção para possível queda, podendo gerar algum trauma. DESMAIO E COMA Condutas ● Realizar o ABC; ● Não deixe que pessoas se aglomerem em torno da vítima; ● Afrouxe suas vestes; ● Eleve as pernas da vítima, com cuidado se houver suspeita de TCE. ● Nunca jogue água na vítima ou coloque algo no nariz para cheirar; ● Nunca ofereça nenhum líquido à vítima; e ● Monitore sinais vitais e se necessário acione o suporte avançado de vida. DESMAIO E COMA CRISE CONVULSIVA São movimentos musculares involuntários que podem ser acompanhados por contrações tônicas-clônicas generalizadas ou focais. Em algumas crises é comum o paciente morder a língua, e apresentar dificuldade respiratória, chegando, algumas vezes, à cianose. Após a crise, o paciente apresenta-se confuso durante 1 minuto ou mais, ficando muito fatigado e adormecido horas depois. Manifestações: - Tônica: São prolongadas e imobilizam os membros atingidos; - Clônica: Resultam de uma série de contrações rápidas e rítmicas; e - Tônico-clônica: A imobilização da parte atingida é interrompida por contrações clônicas. CAUSAS Intoxicações; Doenças neurológicas; Traumatismo crânio-encefálico;Febre e doenças infecciosas (meningite, tétano). CRISE CONVULSIVA EPILEPSIA É uma condição neurológica que de tempo em tempo produz breves distúrbios nas funções elétricas cerebrais normais. A função cerebral normal é garantida por milhões de pequenas cargas elétricas passando entre células nervosas no cérebro e em todas as partes do corpo. Quando alguém tem epilepsia, este padrão normal pode ser interrompido por surtos intermitentes de energia elétrica muito mais intensa do que o habitual. Isto pode afetar a consciência da pessoa e provocar movimentos corporais ou sensações por curtos períodos de tempo. Estas mudanças fisiológicas são chamadas de crises epilépticas. Por isso a epilepsia é por vezes chamada de desordem convulsiva. Os surtos não habituais de energia podem ocorrer em apenas uma área do cérebro (crises parciais), ou podem afetar células nervosas através de todo cérebro (crises generalizadas). A função cerebral normal não pode retornar até que o surto elétrico desapareça. Condições cerebrais que produzem estes episódios podem estar presentes desde o nascimento ou podem se desenvolver mais tarde devido a traumatismos, infecções, anormalidades estruturais, exposição a agentes tóxicos, etc. CRISE CONVULSIVA Tradicionalmente, no quadro característico de crises convulsivas consta as seguintes manifestações: ● Inconsciência; ● Perda do tônus postural seguida da queda desamparada; ● Perda do controle da musculatura; ● Olhar fixo, vago ou em movimentos oculares descoordenados; ● Sudorese; ● Midríase (pupila dilatada), com dor referida em todo o abdome ou em região especifica; ● Náuseas e vômitos; ● Taquicardia ou bradicardia; ● Taquipneia ou dispneia; ● Febre; ● Lábios cianóticos, podendo ocorrer parada respiratória; ● Salivação excessiva a escorrer pela boca; CRISE CONVULSIVA ● Movimentos de mastigação, podendo morder a língua e/ou lábios; ● Palidez intensa; ● Movimentos de membros ou de todo o corpo de forma involuntária e desordenada; e ● Relaxamento dos esfíncteres, incorrendo em liberação de fezes e urina. As crises podem durar de poucos segundos a alguns minutos. Em casos raros podem durar algumas horas. Exemplificando, uma crise tônico-clônica típica dura de 1 a 7 minutos. Crises de ausência podem durar apenas poucos segundos e crises parciais complexas duram de 30 segundos até 2 ou 3 minutos. Algumas vítimas podem pressentir o início da crise e chamar por ajuda, usar expressões exclamativas ou balbuciar outro som antes da chamada “aura epiléptica”. Depois das convulsões, o paciente recupera seu estado de consciência lentamente. CRISE CONVULSIVA Classificação Existem basicamente dois tipos de crises convulsivas: ● Focais (ou parciais): início limitado a um hemisfério cerebral; e ● Generalizadas: decorrentes da hiper estimulação simultânea dos dois hemisférios cerebrais, portanto de maior importância para o socorro, pois períodos prolongados desse quadro de hiper metabolismo celular cerebral podem levar à exaustão neuronal e a lesões celulares que podem deixar sequelas. CRISE CONVULSIVA Causas Algumas causas comuns de crises convulsivas estão relacionadas à: ● Disfunções metabólicas como hipoglicemia e hiperglicemia e insuficiência renal; ● Febre alta acima de 40ºC em crianças e bebê; ● Infecções, sepse, encefalite (viral), meningite bacteriana, tétano; ● Disfunções endócrinas, hipertireoidismo, hipotireoidismo; ● Outras condições sistêmicas, crise falciforme, encefalopatia hipertensiva, lúpus eritematoso sistêmico, poliartrite, eclampsia, febre alta (de qualquer causa); e ● Neoplasias ou trauma do sistema nervoso central, lesões vasculares, arritmias, acidente vascular encefálico, hemorragia intracerebral, hipotensão, aneurisma, TCE; ● Intoxicações (substâncias tóxicas em doses altas); ● Problemas cardiovasculares (AVC). CRISE CONVULSIVA Condutas: ● Posicione o paciente no piso ou em uma maca. Evite que se machuque com golpes em objetos dispostos ao seu redor; ● Afrouxe bem as roupas apertadas; ● Proteja a cabeça do paciente; ● Monitore a respiração e administre oxigênio suplementar; ● Depois da crise, proteja a privacidade do paciente e explique-o que deve receber auxilio médico; ● Coloque na posição lateral de segurança (paciente inconsciente) e/ou de lado (paciente consciente) caso venha a vomitar para evitar aspiração de secreções; e ● Transporte o paciente para o hospital. Não introduza nada na boca do paciente. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO O acidente vascular encefálico é caracterizado pelo fluxo sanguíneo insuficiente em região determinada do sistema nervoso central. Esse fluxo interrompido pode acontecer por obstrução (trombo ou êmbolo) ou rompimento de vaso (artéria ou veia) cerebral. O encéfalo é um órgão essencial e responsável pela coordenação de todo organismo. Ele coordena desde as funções de dormir e acordar, andar e sentar até nossas memórias. Escala de Cincinnati - Queda facial; - Debilidade do braço; e - Fala anormal (não fala ou fala arrastada ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Os principais sinais e sintomas do AVE são: ●Fraqueza súbita ou paralisia da face, braço ou perna, especialmente em um dos lados do corpo; ●Confusão mental de início abrupto; ●Dificuldade para falar ou compreender outras pessoas; ●Diminuição da visão, em um ou nos dois olhos; ●Dificuldade para caminhar; ●Tontura ou perda do equilíbrio ou da coordenação dos movimentos; ●Dor de cabeça intensa e súbita sem causa conhecida; ●Pode apresentar rigidez de nuca, caso tenha tido sangramento cerebral; ●Paciente pode apresentar anisocoria (pupilas de tamanhos diferentes); e ●Dificuldade para engolir. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Classificação Isquêmico: artéria ou veia cerebral sofre interrupção de fluxo sanguíneo, devido principalmente a formação de trombo ou êmbolo; e Hemorrágico: artéria ou veia cerebral sofre interrupção de fluxo sanguíneo devido ao rompimento de vaso, com extravasamento de sangue para o tecido cerebral. Condutas: ● Durante o atendimento inicial, questionar familiares e acompanhante sobre doenças existentes e medicamentos em uso. Pacientes que possuem doenças como diabetes, arritmias cardíacas, hipertensão arterial, além de fumantes e obesos, sendo estes mais propensos; ● Ofertar oxigênio para todos os pacientes, sendo com máscara com O2 úmido; ● Manter oximetria de pulso acima de 94%; ● Manter a cabeça elevada a 45°, pois se hemorrágico melhora a pressão intracraniana. ● Proceder com o ABCDE, com perda de consciência o paciente poderá cair e sofrer algum tipo de trauma. Suspeita de trauma cranioencefálico, proceder a imobilização de coluna cervical. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ● Paciente inconsciente com queda da língua, proceder a colocação da cânula de Guedel e/ou manobras de desobstrução de vias aéreas (elevação do mento e/ou da mandíbula). ● Se mesmo com as manobras anteriores houver dificuldade respiratória, devemos instituir a ventilação assistida com máscara e BVM com reservatório de O2; ● Aferir a pressão arterial, pois níveis elevados estão mais associados ao AVE hemorrágico; ● Avaliar as pupilas, analisando tamanho, simetria e resposta à luz; ● Avaliar força motora, se o paciente estiver consciente, peça que levante os membros inferiores, um por vez e que aperte cada uma de suas mãos; ● Avalie a musculatura facial, peça que cerre os olhos e sorria. São indícios de possível AVE os casos em que o paciente que apresenta desvio da boca ou não consegue fechar os olhos; ● O diagnóstico definitivo do evento só será feito no ambiente hospitalar e com exames de imagens (tomografia de crânio sem contraste ou ressonância magnética de crânio) ; e ● Quanto mais precoce o tratamento desse paciente, seja com trombolíticos ou cirurgia para drenagem de hematoma, melhor será o prognóstico e o tratamento será mais eficiente. QUEIMADURAS Queimadura é uma lesão produzida nos tecidos de revestimento do organismo e causada por agentes térmicos, produtos químicos, eletricidade, radiação, etc. As queimaduraspodem lesar a pele, os músculos, os vasos sanguíneos, os nervos e os ossos. As causas das queimaduras são: Térmicas - por calor (fogo, vapores quentes, objetos quentes) e por frio (Obj. congelados, gelo); Químicas - Inclui vários cáusticos, tais como substâncias ácidas e álcalis; Elétricas - Materiais energizados e descargas atmosféricas; Substâncias radioativas - Materiais radioativos e raios ultravioletas (incluindo a luz solar) etc. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A PROFUNDIDADE 1º grau: atinge a epiderme (camada superficial da pele). Apresentação com vermelhidão sem bolhas e discreto inchaço local. A dor está presente, e a lesão é seca e não produz bolhas. Geralmente melhoram no intervalo de 3 a 6 dias, podendo descamar e não deixam sequelas. Caso típico das queimaduras provocadas pelo sol. QUEIMADURAS 2º grau: atinge a epiderme e parte da derme (2ª camada da pele). Há presença de bolhas e a dor é acentuada. A cura é mais demorada podendo levar até 3 semanas, não costuma deixar cicatriz, mas o local da lesão pode ficar mais claro. Caso típico das queimaduras em panelas quentes no fogão de casa ou acidentes com água quente/fervente. 3º grau: atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos. Ocorre necrose da pele (morte do tecido), que se apresenta com cor esbranquiçada ou escura. A dor é ausente, devido à profundidade da queimadura, que lesa todas as terminações nervosas responsáveis pela condução da sensação de dor. São lesões deformantes que não curam sem apoio cirúrgico, necessitando de enxertos. QUEIMADURAS Quanto à extensão: A extensão de uma queimadura é representada em percentagem da área corporal queimada. Leves: atingem menos de 10% da superfície corporal; Médias: atingem de 10% a 20% da superfície corporal; Graves: atingem mais de 20% da área corporal; Duas regras podem ser utilizadas para "medir" a extensão da queimadura: Regra dos nove: é atribuído, a cada segmento corporal, o valor nove (ou múltiplo dele): Cabeça - 9% Tronco frente - 18% Tronco costas - 18% Membros superiores - 9% cada Membros inferiores - 18% cada Genitais - 1% QUEIMADURAS Quanto à extensão: Regra da palma da mão: geralmente a palma da mão de um indivíduo representa 1% de sua superfície corporal. Assim pode ser estimada a extensão de uma queimadura, calculando-se o “número de palmas”. As queimaduras de mãos, pés, face, períneo, pescoço e olhos, quaisquer que sejam a profundidade e a extensão, necessitam de tratamento hospitalar. A gravidade da queimadura será determinada pela profundidade, extensão e a área afetada QUEIMADURAS Queimaduras maiores Qualquer queimadura que envolva toda a área corporal ou áreas críticas. Queimaduras complicadas por lesões no sistema respiratório ou por outras lesões do tipo fraturas. Queimaduras de 2º ou 3º graus na face, mãos, pés, genitais ou nádegas. Queimaduras que atinjam todo o corpo. - Inicialmente detenha o processo da lesão (fogo na roupa: técnica do PARE, DEITE e ROLE); - Avalie a vítima e mantenha as VA permeáveis, observe frequência e qualidade da respiração; - Não retire os tecidos aderidos pele, apenas recorte as partes soltas sobre as áreas queimadas; - Cubra toda a área queimada; - Use curativo estéril; Não obstrua a boca e o nariz; Não aplique nenhum creme ou pomada; - Cuidados especiais para queimaduras nos olhos, cobrir com curativo estéril úmido; - Tenha cuidado para não juntar dedos queimados sem separá-los com curativos estéreis; e - Previna o choque e transporte a vítima QUEIMADURAS Queimaduras químicas - Limpe e remova substâncias químicas da pele do paciente e das roupas antes de iniciar a lavação; - Lave o local queimado com água limpa corrente por no mínimo 15 minutos; - Use EPIS apropriados; - Cubra com curativo estéril toda a área de lesão; - Previna o choque e transporte a vítima; - Se possível, conduza amostra da substância em invólucro plástico; - Se a lesão for aos olhos, lave-os bem, no mínimo por 15 minutos, com água corrente e depois cubra com curativo úmido estéril. Volte a umedecer o curativo a cada 5 minutos. QUEIMADURAS Queimaduras elétricas Os problemas mais graves produzidos por uma descarga elétrica são: parada respiratória ou cardiorrespiratória, dano no SNC e lesões em órgãos internos. - Reconheça a cena e acione, se necessário, a companhia energética local; - Realize a avaliação inicial e, se necessário, inicia manobras de reanimação; - Identifique o local das queimaduras (no mínimo dois pontos: um de entrada e um de saída da fonte de energia); - Aplique curativo estéril sobre as áreas queimadas; e - Previna o choque e conduza o paciente, com monitoramento constante, ao hospital. PARTO DE EMERGÊNCIA Quanto à um sinal importante, que são as contrações uterinas, nem sempre é fácil distinguir aquelas que são um sinal de início de trabalho de parto, das contrações de Braxton- Hicks, popularmente chamadas de falso trabalho de parto. As contrações de Braxton-Hicks, normalmente, iniciam-se entre a 30ª e a 34ª semana de gestação e têm por objetivo o encaixe do bebê na bacia e o treino da musculatura uterina, mas são descoordenadas e indolores. Geralmente aumentam em intensidade e frequência nas últimas semanas de gravidez. Já as contrações indicativas de trabalho de parto, são aquelas que se iniciam geralmente na região supra púbica, vão-se instalando na região lombar e, posteriormente, em todo o abdómen. São consideradas regulares quando se apresentam de 10 em 10 minutos. E quando acontecem “de 5 em 5 minutos, com duração de 1 minuto e prolongadas há mais de 1 hora. Na primeira gravidez o trabalho de parto é um processo que, normalmente, dura em média entre 8 a 12 horas, desde que começa até o nascimento do bebê. PARTO DE EMERGÊNCIA SINAIS - Saída de secreção vaginal sanguinolenta; - Rompimento da bolsa de água (bolsa amniótica) com um líquido mais transparente, Perda de líquido em grande quantidade; - Observar a cor do líquido da bolsa: Liquido claro com grumos: NORMAL; Liquido esverdeado: indica sofrimento fetal. - Enrijecimento da musculatura abdominal, acompanhada de dor e presença de contrações uterinas fortes e frequentes (duas ou mais em 10 minutos), dor semelhante cólica menstrual forte com pontadas no baixo ventre de forma irregular. Frequência das contrações, abaixo de 5 minutos com duração de 30 segundos a 50 segundos: expulsão próxima - Sensação intensa de evacuação; - Visualização da cabeça do bebê no canal de parto (coroamento); Quanto mais regulares as contrações, mais próximo ela estará de dar à luz. PARTO DE EMERGÊNCIA FASES DO TRABALHO DE PARTO Primeira fase - Dilatação A dilatação do colo uterino tem início com as contrações e termina no momento em que o feto entra no canal de parto. Segunda fase - Expulsão A partir do momento em que o feto está no canal de parto até o nascimento do bebê. Terceira fase - Dequitação Após o nascimento do bebê até a completa expulsão da placenta (10 a 20 minutos). PARTO DE EMERGÊNCIA ENTREVISTA: Pergunte o nome e idade da mãe; Pergunte se realizou o exame pré-natal; Pergunte se é o primeiro filho (se for primípara, o trabalho de parto demorará cerca de 16 horas. O tempo de trabalho de parto será mais curto a cada parto subsequente); Pergunte se há indicação de parto gemelar (múltiplo); Pergunte a que horas iniciaram-se as contrações (checar e anotar); Pergunte se já houve a ruptura do saco amniótico; e Pergunte se sente vontade de defecar e/ou urinar. Se após a entrevista o emergencista avaliar que o parto não é iminente, deve proceder o transporte da parturiente e controle de hemorragias. Cubra com curativos estéreis os traumas abertos, monitore os sinais vitais e esteja preparado para o choque. PARTO DE EMERGÊNCIA: CONDUTAS - Assegure a privacidade da parturiente, escolha um local apropriado; - Explique a mãe o que fará e como ira fazê-lo. Procure tranquilizá-la informando que o que está acontecendo é normal. Peça para que após cada contração relaxe, pois isto facilitará o nascimento; - Posicione a
Compartilhar