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ATENDIMENTO PRÉ HPS

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ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR
WAGNER DEBONI
SINAIS VITAIS: PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial é a força exercida pelo sangue contra a parede das artérias.
Durante um ciclo cardíaco normal a pressão sanguínea atinge um pico, seguido de uma queda.
O pico de pressão máximo (pressão sistólica) ocorre durante a sístole, quando o ventrículo
esquerdo bombeia sangue para o interior da aorta.
A queda da pressão (pressão diastólica) ocorre durante a diástole, quando os ventrículos
relaxam. A pressão diastólica é sempre a pressão mínima exercida sobre as paredes arteriais. A
unidade padrão para a medição da pressão arterial é a de 70 milímetros de mercúrio (mmHg),
sendo que se registra primeiro a pressão sistólica e depois a pressão diastólica, ex: 120 X 80
mmHg. Dentro desses valores, consideramos a PA normal. Se exceder à máxima, denominamos
alta (hipertensão) e, ao contrário, se não atinge o nível mínimo, denominamos baixa
(hipotensão).
SINAIS VITAIS: PRESSÃO ARTERIAL
Verificação da pressão arterial:
A posição recomendada para a medida da pressão arterial é a sentada.
O manguito do aparelho de pressão a ser utilizado deve ter dimensões apropriadas ao tamanho
do braço do paciente, de modo a se obter uma mensuração correta.
O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4o espaço
intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo
ligeiramente fletido.
A largura da câmara de ar (manguito pneumático) deve ser 40% ou mais da circunferência do
braço;
A câmara de ar deve cobrir 80% (+ ou – 2/3) da circunferência do braço;
A AHA recomenda que a câmara de ar tenha 13X24 cm para a maioria dos adultos
SINAIS VITAIS: PRESSÃO ARTERIAL
SINAIS VITAIS: FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
A respiração consiste na inspiração ou entrada de ar nos pulmões e na expiração ou saída de
ar dos pulmões. É a troca gasosa entre as células do organismo e o meio externo e consiste na
absorção de oxigênio e eliminação do gás carbônico. O movimento da entrada e saída de ar
dos pulmões é chamado de respiração externa ou ventilação. A passagem do oxigênio do
interior dos vasos sanguíneos para o interior das células e a passagem do gás carbônico do
interior das células para os vasos sanguíneos é chamada respiração interna.
Valores normais:
Adulto 12 – 20 Movimento ventilatório por minuto (mvpm)
Criança 20 – 40 Movimento ventilatório por minuto (mvpm)
Lactentes 40 – 40 Movimento ventilatório por minuto (mvpm)
SINAIS VITAIS: FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
Profundidade e amplitude: respiração profunda observa-se uma expansão plena dos pulmões
quanto a respiração superficial ocorre uma pequena entrada de ar nos pulmões e o movimento
respiratório é difícil de ser observado.
Ritmo respiratório: refere-se a regularidade entre os movimentos inspiratórios e expiratórios e o
ciclo respiratório normal.
Apneia: é a ausência de respiração; parada respiratória.
Bradipneia: diminuição do número de respirações por minuto; respiração lenta; abaixo do que é
considerado normal para o indivíduo.
Dispneia: respiração difícil
Eupneia: é a respiração normal ou fácil.
Ortopneia: é a dificuldade que pacientes cardiopatas ou pneumopatas tem de respirar em
posição supina (decúbito dorsal plano), apresentando melhora quando colocados em posição
mais elevada.
Hiperpnéia: aumento na profundidade das respirações.
SINAIS VITAIS: FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
- Observar os movimentos torácicos de expansão e retração (incursões respiratórias);
- Realizar a contagem dos movimentos torácicos de expansão por 1 minuto (IRM);
- Complementar com a avaliação da regularidade, ritmo e profundidade da ventilação, e com 
a avaliação da utilização de musculatura acessória.
- É importante que o paciente não perceba que está sendo avaliado, para não ocorrer a 
indução da ventilação e a medida incorreta dos valores.
FONTE: SAMU
SINAIS VITAIS: FREQUÊNCIA CARDÍACA
PULSO: Cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai e lança o sangue na artéria aorta,
podemos sentir uma ondulação nas artérias periféricas; a isso denominamos de pulso. Para
que possamos sentir o pulso periférico é necessário realizar uma pequena compressão da
artéria sobre um plano duro, geralmente um osso.
Valores normais:
- Adulto 60 – 100 (bpm) 
- Criança 100 – 120 (bpm) 
- Lactentes 120 – 140 (bpm)
SINAIS VITAIS: FREQUÊNCIA CARDÍACA
Terminologia
Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal 
Bradisfigmia: pulso fino e lento 
Mormocardia: frequência cardíaca normal 
Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal 
Taquisfgmia: pulso fino e acelerado 
SINAIS VITAIS: TEMPERATURA
A temperatura corporal normal de uma pessoa varia dependendo do sexo, de suas atividades
físicas recentes, do consumo de alimentos e líquidos, do horário e do dia em que é mensurada
e, nas mulheres, do estágio do ciclo menstrual. É a diferença entre o calor produzido e o calor
perdido pelo corpo humano.
A temperatura pode ser medida das seguintes maneiras:
Temperatura axilar - pode ser verificada sob o braço usando um termômetro de mercúrio ou
digital as temperaturas medidas desta forma tendem a ser 0,3ºc a 0,6ºc mais baixas do que
aquelas temperaturas mensuradas pela via oral ou retal
Temperatura bucal-oral - pode ser medida pela boca usando termômetro de mercúrio ou
utilizando termômetro digital que possui um sensor eletrônico.
Temperatura retal - medida pela introdução retal(usando termômetro de mercúrio ou digital) e
tende a ser 0,6ºc mais alta do que a temperatura oral.
SINAIS VITAIS: TEMPERATURA
Apirexia: ausência de febre;
Febre: temperatura corporal superior a 38 C;
Febrícula ou estado sub febril: variações de temperatura corporal entre 37,2 até 37,8 C;
Hiperpirexia: elevação da temperatura acima de 40,5 C;
Hipotermia: temperatura corporal abaixo dos valores normais;
Hipertermia: temperatura corporal acima de 38 C;
Normotermia: temperatura corporal normal (adulto axilar de 36 a 36,7 C, criança 37 C).
Convém recordar que a pele é a grande responsável pela regulação da temperatura e pode
apresentar-se normal, quente ou fria, úmida ou seca. Durante a avaliação continuada, o
Emergencista deve utilizar o termômetro clínico, para real certificação da temperatura corporal.
Com relação à coloração, a pele pode estar: Pálida, Ruborizada ou Cianótica. Nas pessoas
negras, a cianose pode ser notada nos lábios, ao redor da fossas nasais e nas unhas.
SINAIS VITAIS: TEMPERATURA
1. Explicar o procedimento ao paciente;
2. Colocar o paciente em posição confortável,
preferencialmente;
3. Realizar desinfecção do termômetro;
4. Considerar a necessidade de enxugar a axila do
paciente antes da aferição;
5. Certificar-se que o termômetro esteja pronto
para a aferição;
6. Colocar o termômetro na axila, mantendo-o
com o braço bem encostado ao tórax.
Obs.: O paciente pode ser orientado a comprimir
o braço contra o tórax;
7. Retirar o termômetro após 5 minutos;
8. Ler a temperatura apontada;
Fonte: SAMU
SINAIS VITAIS: COLORAÇÃO DA PELE
A coloração da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos vasos
sanguíneos subcutâneos.
Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vítimas em choque ou com
infarto do miocárdio.
Uma cor azulada (cianose) é observada na insuficiência cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e
também em alguns casos de envenenamento.
Poderá haver uma cor vermelha em certos estágios do envenenamento por monóxido de
carbono (CO) e na insolação.
Perfusão capilar é o termo usado para verificar a circulação da pele nas extremidades.
SINAIS VITAIS: DOR
A dor é um mecanismo essencial de sobrevivência, sinaliza que algo tem que ser feito para o
trauma ou doença presente no organismo. Para verificar o nível de dor da vítima e utilizado
escalas que variam de zero (sem dor) até dez (dor insuportável).
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
A avaliação secundária é a avaliação da cabeça aos pés da vítima. Este exame somente é realizado
após o término da avaliação primária com identificação e tratamentode todas as lesões que
ameaçam a vida. O objetivo da avaliação secundária é a identificações das lesões ou problemas não
observados durante a avaliação primária. É realizado após a estabilização dos sinais vitais do
acidentado. Subjetiva: trata-se de um rol de perguntas direcionadas à complementação da avaliação
da vítima (anamnese). SAMPLA:
Sintomas: De que a vitima se queixa, Tem dor, dificuldade respiratória, Dormência, Formigamento.
Alergias: Principalmente a medicamentos.
Medicações: Medicamentos prescritos ou não que o doente usa regularmente.
Passado médico e antecedentes cirúrgico: problemas clínicos importantes para os quais a vítima
recebe tratamento.
Líquido e alimentos: Muitos doentes traumatizados necessitarão de cirurgia, e alimentação recente
pode aumentar o risco de vômitos e aspiração durante a indução da anestesia.
Ambiente: Eventos que levaram ao trauma.
BIOMECÂNICA DO TRAUMA
Primeiro impacto
Do veículo contra um objeto ou obstáculo, causando danos ao veículo e ao objeto ou
obstáculo.
Segundo impacto
Do corpo da vítima contra as partes internas do veículo, em decorrência da inércia,
causando lesões que são normalmente externas e visíveis no corpo da vítima.
Terceiro impacto
Dos órgãos internos da vítima contra as paredes internas das cavidades corporais ou
mesmo outros órgãos, causando lesões, normalmente, internas e mais difíceis de
identificar.
ACIDENTE EM MASSA: START
A criação do método START data de 1983 quando bombeiros-paramédicos de Newport Beach e 
a equipe médica do Hoag Memorial Hospital (EUA) propuseram um processo de triagem de 
vítimas simplificado e tratamento rápido (Simple Triage and Rapid Treatment – START). Para 
tanto, esse método de triagem de vítimas não preconiza o diagnóstico médico e, sim, a 
classificação das pessoas acidentadas com base nas necessidades de cuidados e chance de 
sobrevivência.
Durante a triagem o profissional deve atentar para os seguintes pontos:
• Procedimento baseia-se no restabelecimento dos sentidos vitais e como proceder o 
tratamento;
• Identifica vítima de acordo com o risco de morte;
• Inicia-se no atendimento pré-hospitalar e no processo de “evacuação”;
• Organiza a entrada da vítima na emergência e para onde este deve ser encaminhado.
ACIDENTE EM MASSA: START
O método START de triagem objetiva a organizar o atendimento com intuito de salvar o maior 
número de vítimas possíveis, organizando assim o atendimento e a remoção das vítimas.
Atenta-se para o seguinte ponto, os socorristas que estiverem realizando a triagem NÃO devem 
se envolver no atendimento a vítimas até sua tarefa ter sido completada.
Pode-se realizar abertura de vias aéreas, se o paciente “voltar” a respirar, este deve receber 
atendimento imediato (VERMELHO). Caso não volte espontaneamente a respirar e dado como 
vítima morta (PRETO). Outro procedimento que pode ser realizado é o de estancar hemorragias.
Importante observação com relação ao AMV é o de que não se realiza reanimação durante a 
triagem.
ACIDENTE EM MASSA: START
• Vermelha / Imediata:
Lesões graves e severas;
Risco sobrevida depende de cuidados 
imediatos;
Ex: vítima com obstrução de vias aéreas 
+hemorragia.
• Amarela / Pode aguardar:
Vítima com lesão grave;
Sem risco iminente;
Sobrevida independe de cuidados imediatos.
Ex: Vítima com fratura de osso longo.
• Verde / Leve:
Vítima com lesões leves; Deambulando;
Podem ajudar no socorro;
Pode ser atendido no local ou encaminhado a 
emergência.
Ex: Escoriações em membros.
Obedece e deambula
•Preta/Expectante:
Vítima muito grave ou morta;
Prognóstico sombrio;
Não responsiva e sem pulso;
Ex: Queimaduras de 3º grau em 90 % do corpo.
PCR – Não reanima
ACIDENTE EM MASSA: START
Fonte: SAMUFonte: CBMRS
ACIDENTE EM MASSA: START
Na zona quente deve ficar somente a equipe dos Bombeiros.
O crachá tem sua parte inferior destacável permanecendo o 
último como a gravidade da vítima.
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PARADA RESPIRATÓRIA: PEDIÁTRICA
Paciente irresponsivo ao estímulo, com respiração agônica ou ausente, com pulso central 
palpável e com frequência maior do que 60 batimentos por minuto (bpm).
Conduta
1. Checar responsividade:
• No bebê: estímulo plantar;
• Na criança: tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta.
2. Se paciente não responsivo:
• Solicitar apoio do suporte avançado de vida (SAV), além de providenciar o desfribilador
externo automático (DEA) 
• Checar respiração e pulso simultaneamente.
ATENÇÃO: checar pulso central por, no máximo, 10 segundos:
• No bebê: pulso braquial;
• Na criança: pulso carotídeo ou femoral.
Fonte: SAMU
PARADA RESPIRATÓRIA: PEDIÁTRICA
Posicionar o paciente em decúbito dorsal em superfície plana, rígida e seca.
4. Se respiração ausente ou agônica (gasping) e pulso presente e com frequência maior do
que 60 bpm:
• Abrir via aérea e administrar insuflações com dispositivo bolsa-valva-máscara (a insuflação
de boa qualidade deve ter duração de 1 segundo e promover visível elevação do tórax);
• Administrar uma insuflação de boa qualidade a cada 3 a 5 segundos (12 a 20
insuflações/minuto) e verificar a presença de pulso a cada 2 minutos;
• Lembrar da proteção cervical na presença de trauma;
• Instalar rapidamente suprimento de oxigênio 100% em alto fluxo (10 a 15 L/min) na bolsa-
valva-máscara;
• Considerar a instalação da cânula orofaríngea;
5. Instalar oxímetro de pulso.
6. Manter constante atenção para a ocorrência de parada cardiorrespiratória.
Fonte: SAMU
PARADA RESPIRATÓRIA: ADULTO
Quando suspeitar ou critérios de inclusão:
Paciente irresponsivo ao estímulo, com respiração agônica ou ausente, com pulso central 
palpável.
Conduta:
1. Checar responsividade (tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta) e checar a 
presença de respiração.
2. Se não responsivo e respiração ausente ou gasping, posicionar o paciente em decúbito 
dorsal em superfície plana, rígida e seca.
3. Solicitar ajuda (DEA).
4. Checar pulso central (carotídeo)
PARADA RESPIRATÓRIA: ADULTO
- se pulso presente:
• abrir via aérea e aplicar 1 insuflação com bolsa valva-máscara.
• a insuflação de boa qualidade deve ser de 1 segundo e obter visível elevação do tórax. 
Considerar a escolha da manobra manual segundo a presença de trauma;
• precocemente instalar suprimento de O2, alto fluxo (10 a 15l/min) na bolsa valva-máscara;
• considerar a instalação da cânula orofaríngea (COF);
• na persistência da PR, realizar 1 insuflação de boa qualidade a cada 5 a 6 segundos (10 a 
12/min);
• verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. Na ausência de pulso, iniciar RCP com 
compressões torácicas eficientes; e
• manter atenção para a ocorrência de PCR.
- se pulso ausente:
• iniciar RCP com compressões torácicas eficientes.
Fonte: SAMU
PCR
A sobrevivência após uma PCR sempre foi tema de estudo entre especialistas de diversos
países, e os serviços de urgência e emergência sempre estão investindo esforços no sentido de,
cada vez mais, dar um suporte adequado e o mais rápido possível em situações como esta; sendo
que o atendimento e a reabilitação da circulação sanguínea através das manobras de RCP devem
acontecer num período inferior a 4 minutos, caso contrário, podem acontecer danos irreversíveis
no cérebro, um dos órgãos vitais e sensíveis à falta de oxigênio. Após este período, a cada 1(um)
minuto, a vítima perderá 10% de chances de sobreviver, ou seja, após 15 minutos de PCR,
ocorrerá morte encefálica – óbito.
PCR é definida pela interrupção súbita da atividade mecânica cardíaca, cessando a atividade
respiratória e circulatória efetiva, levando à falência cardiopulmonar, que torna insuficiente o fluxo
sanguíneo para os órgãos vitais, como coração e cérebro.
PCR
Em pacientes de parada cardiorrespiratória, a maior causa provável é a fibrilação ventricular,
variando de 40% a 80% dos casos. A fibrilação é o estado patológico do coração, no qual possui
a maior chance de reversão desse quadro quando utilizado um desfibrilador. Esse fatonos
mostra a importância do atendimento imediato e da desfibrilação precoce.
A sobrevivência à parada cardiorrespiratória depende de uma série de intervenções
fundamentais, que correspondem à corrente de sobrevivência. Ao atender uma PCR, deve-se
observar o mnemônico do SBV, que é o “CABD primário”, o qual corresponde em checar o nível
de consciência e respiração da vítima, pedir ajuda, verificar pulso, compressões torácicas,
abertura das vias aéreas, ventilação e desfibrilação.
PCR
IDENTIFICANDO UMA PCR
Inconsciência;
Falta de tônus muscular;
Respiração Agônica (Gasping) ou Apnéia;
Ausência de Pulso;
Palidez, pele fria e úmida;
Presença de cianose de extremidades;
Dilatação das pupilas.
PCR
CONDUTA
1 - Verifique se a cena está segura;
2 - Verificar se a vítima não responde, se não está respirando ou se está com respiração do
agonizante (gasping). Ao mesmo tempo, checar o pulso carotídeo. Tudo no tempo médio de
DEZ segundos (suficiente para sentir o pulso);
3 - Se a vitima não responder com ausência de pulso solicitar ajuda do Suporte Médico
Especializado – SME;
4 - Colocar a vítima em superfície rígida;
5 - Se a equipe de emergência tiver desfibrilador Esterno Automático - DEA, usá-lo assim que
possível. Considerar o trabalho em equipe, enquanto um socorrista realiza as compressões, o
segundo prepara o equipamento e as pás. O importante é não perder tempo para iniciar a
RCP;
PCR
CONDUTA
6 - O socorrista 1 se posiciona na lateral da vítima e realiza 30 compressões torácicas. As
compressões têm que ser rápidas e fortes, permitindo que o tórax retorne. Não descansar
sobre o tórax, fazer força para comprimir de 5 a 6 cm. A frequência de compressão deverá estar
entre 100 a 120 por minuto. A forma de comprimir é utilizando as mãos sobrepostas, com os
braços sempre esticados em cima do osso esterno, na linha dos mamilos da vítima (centro do
tórax);
7 - Considerando o trabalho em equipe, o socorrista 2 deve desobstruir as vias aéreas e
estabilizar a cervical. Usar as mãos e depois as pernas para deixar a cervical neutralizada e
estabilizada. Isso deverá acontecer ainda durante as primeiras compressões.
8 - O socorrista 2 deverá posicionar o ventilador manual (BVM) para as ventilações de resgate.
Segurar firme o equipamento, vedando a saída de ar, realizar duas ventilações, cada uma no
tempo de 1 segundo. Verifique se o tórax se eleva durante as ventilações;
PCR
CONDUTA
9 - Logo em seguida o socorrista 1 inicia as 30 compressões, de forma rápida e forte, 
permitindo que o tórax retorne. Durante o segundo ciclo, o socorrista 2 poderá reposicionar as 
vias aéreas novamente, se necessário, e colocar o colar cervical na vítima; 
10 - Realizar 5 ciclos de 30 compressões para duas ventilações, tudo em 2 minutos 
aproximadamente; 
11 - Após o quinto ciclo, checar o pulso carotídeo, continuando o atendimento caso ausente; 
12 - Alternar a função. O socorrista que estava na compressão vai para ventilação e vice-versa;
13 - Realizar o procedimento até a entrega da vítima ao suporte avançado de vida.
PCR
Em vítima adulta, independente se for um ou dois socorristas, inicia-se o ciclo com 30
compressões torácicas e, após, se estiver disponível equipamento de barreira como máscara
facial ou ventilador manual, realizam-se duas ventilações. Em criança e bebê, se o socorro for
realizado em dupla, o ciclo é realizado com 15 compressões por duas ventilações, se estiver
sozinho são 30 compressões e 02 ventilações. Se não se dispuser de equipamento de
ventilação, realiza-se somente compressões torácicas, pois estudos comprovam que são
eficientes para manter o fluxo sanguíneo. Devem-se realizar no mínimo as compressões
torácicas em todos os pacientes em PCR (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2013).
PCR
VARIÁVEIS DA RCP: CRIANÇAS E BEBÊS
- Em criança (quando não houver característica da puberdade) ou bebê (até 1 ano de idade),
realizar ciclos de 15 compressões para 2 ventilações, com dois socorristas. Neste caso, serão 10
ciclos em torno de 2 minutos. Todos os outros casos possíveis realizar ciclos de 30 por 2;
- A compressão deverá ser de no mínimo um terço do diâmetro anteroposterior do tórax da
vítima, e o socorrista poderá fazê-la com uma ou duas mãos sobre o esterno, na linha
intermamilar. Sempre analisar o porte da criança para realizar as compressões. Em crianças
menores utilizar apenas uma mão;
- Em bebês de até 1 ano, um socorrista deverá comprimir o tórax com dois dedos. Com dois
socorristas na reanimação, um socorrista usará as mãos para envolver o tórax da criança e
comprimi-lo com os polegares. A depressão deverá ser de 4 cm;
- Em bebês, verificar o pulso femoral ou braquial.
PCR
VARIÁVEIS DA RCP: CRIANÇAS E BEBÊS
- Em criança deve-se utilizar somente uma das mãos, com profundidade das compressões de
aproximadamente 5 cm.
- Já em bebê, recomenda-se afundar o tórax cerca de 4 cm, sendo as compressões realizadas
com dois dedos na região logo abaixo da linha mamária ou com os dois polegares com as mãos
abraçando o tórax. Deve-se dar ênfase para as compressões torácicas, minimizando as
interrupções. Para que as compressões sejam eficientes, é indicado que os socorristas que
realizam as compressões revezem a cada dois minutos ou a cada 5 ciclos de 30 compressões e
02 ventilações. Esse revezamento deve ser rápido e sincronizado.
PCR EM AFOGAMENTO
Cheque se existe respiração, ouça e sinta a respiração e veja se o tórax se movimenta, se
houver respiração é um caso de resgate, ou grau 1, 2, 3, ou 4.
Coloque em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para grau.
Se não houver respiração, realize 5 (cinco) ventilações de resgate iniciais observando um
intervalo entre cada uma que possibilite a elevação do tórax, e logo em seguida o seu
esvaziamento.
É recomendável a utilização de barreira de proteção (máscara) ou Ventilador manual (BVM);
Palpe o pulso arterial carotídeo ou cheque sinais de circulação (movimentos ou reação à
ventilação) - Coloque os dedos (indicador e médio) da mão direita no “pomo de adão” e
escorregue perpendicularmente até uma pequena cavidade para checar a existência ou não do
pulso arterial carotídeo ou simplesmente observe movimentos na vítima ou reação a
ventilação feita.
PCR EM AFOGAMENTO
Se houver pulso, é uma parada respiratória isolada - grau 5, mantenha somente a ventilação
com 12 vezes por minuto até o retorno espontâneo da respiração.
Se não houver pulso ou sinais de circulação, retire os dois dedos do queixo e passe-os pelo
abdômen localizando o encontro das duas últimas costelas, marque dois dedos, retire a mão
da testa e coloque-a no tórax e a outra por sobre a primeira. Inicie 30 compressões em caso de
1 socorrista; ou 15 compressões em caso de dois socorristas para casos de afogamento.
A velocidade destas compressões deve ser de 100 a 120 vezes em 60 segundos.
Em crianças de 1 a 9 anos utilize apenas uma mão para as compressões.
Mantenha alternando 2x30 ou 2x15 com dois socorristas (RCP em afogamento com dois
socorristas), e não pare até que:
a - Haja resposta e retorne a respiração e os batimentos cardíacos. Coloque então a vítima de
lado e aguarde o socorro médico solicitado;
b – Você entregue o afogado a uma equipe médica especializada; ou
c – Você fique exausto
DEA
Muitos pacientes adultos, em parada por FV, podem sobreviver sem sequelas neurológicas,
quando a desfibrilação é realizada de 4 a 5 minutos após a parada cardíaca súbita. Quanto mais
cedo a desfibrilação ocorrer mais alta a taxa de sobrevivência.
O DEA é um equipamento portátil que tem um sistema automatizado de análise de ritmo
cardíaco, seleciona o nível de energia e carrega automaticamente. Uma voz e luzes indicadoras
guiam e orientam o usuário passo a passo, analisando o ritmo cardíaco, podendo ser indicada a
desfibrilação, cabendo, neste caso, ao operador apenas apertar o botão de choque. Assim que
o DEA estiver disponível, se houver dois socorristas, um instala o aparelho seguindo os
comandos de voz, enquanto o outro segue nas compressões torácicas, sóparando quando o
DEA emitir um som avisando: “Analisando ritmo cardíaco, não toque no paciente”. Se houver
só um socorrista, deve-se interromper as compressões para instalar o DEA (ACLS, 2013).
DEA
Antes de aplicar o DEA, o operador deve determinar, primeiro, se há situações especiais que
podem requerer que o operador adote outras ações antes de usar um DEA ou durante sua
operação:
⦁ a vítima tem menos de 8 anos (ou pesa até 25 quilos, aproximadamente): utilizar pás
pediátricas.
⦁ a vítima está na água ou próxima dela: seque o tórax do paciente.
⦁ a vítima tem um marcapasso implantado: posicione as pás de 2 a 10 centímetros da
localização do marcapasso.
⦁ há um adesivo de medicação transcutânea ou outro objeto sobre a pele da vítima, onde se
colocam as pás autoadesivas do DEA: remova-o.
⦁ pelos excessivos no tórax: remova-os.
Observação: o DEA só deverá ser utilizado em pacientes a partir de 1 ano de vida.
Ao fazer o uso do DEA, é preciso certificar-se que a vítima não esteja em contato com a água
ou metal, pois esses são excelentes condutores de eletricidade
DEA
O DEA, apesar de ser de fácil manejo e automático, apresenta alguns perigos que devem ser
observados, tais como: em vítima de afogamento, é necessário afastá-la da água e secá-la bem
antes de usar o DEA; evitar materiais inflamáveis, como álcool para limpar a pele, inclusive
oxigênio; não usar o DEA quando estiver em movimento dentro de veículos; não usar celular
ou radiocomunicação em um raio de 2 metros; nunca tocar na vítima enquanto o DEA estiver
analisando o ritmo ou liberando o choque.
Os DEA devem ser utilizados somente quando os pacientes apresentarem, em conjunto, os
seguintes sinais clínicos:
- Ausência de responsividade;
- Ausência de respiração efetiva;
- Ausência de sinais de circulação.
DEA
1. Ligue o DEA, em primeiro lugar (isso ativa as mensagens sonoras para guiá-lo em todos os 
passos subsequentes, alguns começarão a funcionar, automaticamente, quando se abre a 
tampa ou o estojo);
2. Remova a roupa do tórax do paciente. Seque a área e corte ou remova pelos excessivos, se 
necessário; 
3. Fixe as pás autoadesivas (eletrodos) no paciente. Consulte a ilustração no verso de cada 
eletrodo, para identificar a posição correta;
4. Conecte o cabo dos eletrodos ao DEA (em alguns modelos, os cabos estão pré-conectados e 
outros apresentam uma luz intermitente que mostra o local de conexão);
5. Assim que o DEA detectar que os eletrodos estão conectados adequadamente, 
automaticamente, inicia a análise do ritmo cardíaco do paciente. Alguns modelos exibem o 
eletrocardiograma do paciente na tela;
DEA
6. Se for recomendada a aplicação do choque, o aparelho carregará para preparar a aplicação 
do choque, apresentando avisos de voz e na tela para informar ao operador que o choque é 
recomendado. Assegure-se de que ninguém esteja em contato com o paciente;
7. Pressione o botão CHOQUE, se a descarga estiver indicada. (nos modelos automáticos, o 
aparelho realiza este passo sem ação do socorrista); 
8. Após o choque, o aparelho realiza uma pausa de 2 minutos, permitindo que o socorrista 
execute a RCP, e então, volta a analisar o ritmo cardíaco.
OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
A obstrução pode ser parcial ou completa. Se for somente parcial, a vítima conseguirá tossir e
poderá haver um ruído semelhante a um ronco quando ela respira. Se a troca de ar for
razoavelmente boa, incentivar a vítima a tossir e expelir o corpo estranho. Monitorar
cuidadosamente a vítima, observando os seguintes sinais de redução da passagem de ar:
- Tosse fraca e improdutiva;
- Chiado alto durante a inalação;
- Dificuldade durante a respiração;
- Agarrar a garganta com as mãos;
- Leve cianose.
OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
Os sinais de obstrução completa das vias aéreas são:
⦁ Incapacidade de falar, gemer, tossir ou gritar;
⦁ Ausência de sons respiratórios;
⦁ Uso intenso dos músculos necessários para a respiração – narinas dilatadas, pescoço e 
músculos faciais contraídos;
⦁ Inquietação, ansiedade e confusão progressivas;
⦁ Ausência de resposta e cianose;
OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
Manobra de Heimlich
Vítima Adulta
1. Ficar atrás da vítima em pé ou sentada e envolver os braços ao redor de sua cintura.
Manter os cotovelos afastados das costelas da vítima.
2. Feche uma das mãos, em punho, colocar o polegar de uma das mãos na linha média do
abdome, ligeiramente acima da cicatriz umbilical e bem abaixo do processo xifóide (a ponta
do esterno), mantendo o polegar posicionado, formando um punho.
3. Segurar o punho com a outra mão (polegares em direção à vítima). Com um impulso
rápido para dentro e para cima, pressionar o punho contra o abdome da vítima.
4. Dar impulsos, separados e distintos, e depois reavaliar a vítima até que o objeto seja
eliminado ou a vítima consiga respirar e emitir sons ou a vítima tornar-se não responsiva.
Esta manobra causa uma elevação do diafragma e aumento da pressão nas vias aéreas,
forçando a saída do corpo estranho.
OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
Manobra de Heimlich
Vítima obesa ou grávida
1. Ficar em pé atrás da vítima com os braços sob suas axilas,
envolvendo o tórax da vítima com os braços;
2. Posicionar o punho, pelo lado do polegar, no meio do osso
do peito;
3. Segurar o punho firmemente com a outra mão e impulsionar
de maneira brusca para trás. Repetir até o objeto ser expelido
ou até que a vítima perca a consciência;
4. Se a vítima estiver ou ficar inconsciente, colocá-la de costas e
ajoelhar-se ao lado dela para iniciar as manobras de RCP com a
relação 30 compressões torácicas e 2 ventilações.
OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
Manobra de Heimlich
Criança (1 a 8 anos)
1. Ficar atrás da vítima em pé ou de joelhos e envolver os braços ao redor de sua cintura.
Manter os cotovelos afastados das costelas da vítima. Colocar o polegar de uma das mãos na
linha média do abdome, ligeiramente acima da cicatriz umbilical e bem abaixo do processo
xifoide (a ponta do esterno), mantendo o polegar posicionado, formar um punho.
2. Segurar o punho com a outra mão (polegares em direção à vítima).
3. Com um impulso rápido para dentro e para cima, pressionar o punho contra o abdome da
vítima.
OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
Manobra de Heimlich
Bebê
1. Se o bebê está consciente, segure-o de barriga para baixo,
apoiando o tórax no seu antebraço, com a cabeça mais baixa
que o corpo. Dê até 5 pancadas nas costas, a meio dos ombros.
2. Se não conseguir remover o corpo estranho, deite o bebê de
barriga para cima mantendo igualmente a cabeça a um nível
inferior ao do corpo. Faça até 5 compressões torácicas, tal
como estivesse a fazer manobras de reanimação, após as quais
inspecione a boca e se tiver algum objeto visível retire-o.
3. Enquanto não resolver a obstrução e o bebê estiver
consciente, alterne as pancadas com as compressões.
4. Se o Bebê ficar inconsciente e sem pulso considere a
possibilidade de RCP.
FRATURAS
Quebra de um osso. Ruptura total 
ou parcial de um osso. Perda da 
continuidade óssea.
CLASSES DE FRATURAS:
Fraturas fechadas (simples): São 
aquelas onde a pele não é 
perfurada pelas extremidades 
ósseas.
Fraturas abertas (expostas): São
aquelas onde os ossos se quebram
atravessando a pele ou existe uma
ferida associada que se estende
desde o osso fraturado até a pele
(área externa ao corpo).
FRATURAS
SINAIS E SINTOMAS FRATURAS:
Deformidade - A fratura produz uma posição anormal ou angulação num local que não possui
articulação;
Sensibilidade - Geralmente o local da fratura está muito sensível à dor;
Crepitação - Num movimento da vítima podemos escutar um som áspero, produzido pelo atrito
das extremidades fraturadas. Não pesquisar este sinal intencionalmente, porque aumenta a dor
e pode provocar lesões;
Edema e alteração de coloração - Quase sempre a fratura é acompanhada de certo inchaço
provocado pelo líquido entre os tecidos e as hemorragias. A alteração de cor poderá demorar
várias horas para aparecer;
Impotência funcional - Perda total ou parcial dos movimentos das extremidades. A vítima
geralmente protege o local fraturado, nãopode mover-se ou o faz com dificuldade e dor
intensa;
Fragmentos expostos - Numa fratura aberta, os fragmentos ósseos podem se projetar através da
pele ou serem vistos no fundo do ferimento.
LUXAÇÃO
LUXAÇÃO: É o desalinhamento das 
extremidades ósseas de uma articulação 
fazendo com que as superfícies articulares 
percam o contato entre si.
SINAIS E SINTOMAS:
Deformidade: Mais acentuada na articulação 
luxada; 
Edema: inchaço local; 
Dor: Aumenta se a vítima tenta movimentar a 
articulação; e 
Impotência funcional: perda completa ou 
quase total dos movimentos articulares.
ENTORSE
Entorse: É a torção ou distensão brusca de uma articulação, além de seu grau normal de 
amplitude.
SINAIS E SINTOMAS:
Edema;
Dor;
Incapacidade funcional total ou diminuída.
São similares aos das fraturas e aos das luxações. 
Mas nas entorses os ligamentos geralmente sofrem
ruptura ou estiramento, provocados por movimento brusco. 
AMPUTAÇÕES
São lesões geralmente relacionadas a acidentes automobilísticos (amputações traumáticas). 
Seu tratamento inicial deve ser rápido, pela gravidade da lesão e pela possibilidade de 
reimplante. 
O procedimento a ser adotado em caso de amputação é: 
- Controlar a hemorragia; 
- Aplicar curativo estéril; 
- Fixar o curativo com bandagens ou ataduras; e 
- Guardar a parte amputada envolta em gaze ou compressa estéril (pano limpo), umedecido 
com solução fisiológica, colocando dentro de um saco plástico e este, então, dentro de um 
segundo saco ou caixa de isopor repleta de gelo. 
IMOBILIZAÇÃO
RAZÕES PARA A IMOBILIZAÇÃO PROVISÓRIA:
- Evitar a dor;
- Prevenir ou minimizar lesões em músculos, 
nervos ou vasos sanguíneos, rompimento da pele, 
diminuição do fluxo sanguíneo, sangramento 
excessivo, paralisia das extremidades;
- Manter a perfusão no membro; e 
- Auxiliar a hemostasia.
DISPOSITIVOS UTILIZADOS PARA 
IMOBILIZAR
Talas rígidas;
Talas moldáveis;
Talas infláveis;
Talas de tração;
Colares cervicais;
Coletes de imobilização dorsal;
Macas rígidas;
Bandagens triangulares;
Auto-imobilização.
IMOBILIZAÇÃO
- Informe o que planeja fazer;
- Exponha o local. As roupas devem ser cortadas e removidas sempre que houver suspeita de
fratura, entorse ou luxação;
- Controle hemorragias e cubra feridas. Não empurre fragmentos ósseos para dentro do
ferimento, nem tente removê-los. Use curativos estéreis;
- Observe o pulso distal, a mobilidade, a sensibilidade e a perfusão;
- Reúna e prepare todo o material de imobilização (use se possível, talas acolchoadas);
- Imobilize e use tensão suave para que o local fraturado possa ser colocado na tala.
Movimente o mínimo possível. Imobilize todo o osso fraturado, uma articulação acima e
abaixo. Em alguns casos, a extremidade deve ser imobilizada na posição encontrada;
- Revise a presença de pulso e a função nervosa. Assegure-se que a imobilização está
adequada e não restringe a circulação; e
- Previna ou trate o estado de choque.
IMOBILIZAÇÃO
Os socorristas devem observam a circulação (perfusão e presença de pulso distal), a 
sensibilidade e a capacidade motora do paciente antes e após a imobilização...
Na maioria das vezes, é impossível sabermos sem o uso do raio-X, se o paciente é 
verdadeiramente portador de uma fratura, entorse ou luxação. No entanto, até ser provado 
o contrário, devemos sempre tratá-lo como se fosse portador de fratura.
TRAUMATISMO DE COLUNA: TRM
São aqueles onde ocorre o comprometimento da estrutura óssea (vértebras) e medula
espinhal. Os danos causados por traumas nessas estruturas poderão ocasionar lesões
permanentes, se a região atingida for a cervical poderá comprometer a respiração, levar à
paralisia ou até mesmo à morte.
Sinais e sintomas 
Dor regional (pescoço, dorso e região lombar); 
Perda da sensibilidade tátil nos membros superiores e inferiores; 
Perda da capacidade de movimentação dos membros (paralisia); 
Sensação de formigamento nas extremidades; 
Deformidade em topografia da coluna; 
Lesões na cabeça, hematomas nos ombros, escápula ou região dorsal do paciente; 
Perda do controle urinário ou fecal; 
Dificuldade respiratória com pouco ou nenhum movimento torácico; e 
Priapismo (ereção peniana contínua).
TRAUMATISMO DE COLUNA: TRM
Complicações: Paralisia dos músculos do tórax (respiratórios). A respiração sendo feita
exclusivamente pelo diafragma. A lesão medular provoca dilatação dos vasos sanguíneos,
podendo se instalar o choque (neurogênico).
Tratamento Pré-Hospitalar
- Corrija os problemas que ameaçam a vida. Mantenha a permeabilidade das VA, a respiração e
a circulação e administre oxigênio;
- Controle o sangramento importante;
- Evite movimentar o paciente e não deixe que ele se movimente;
- Não mobilize uma vítima com trauma de coluna, a menos que necessite RCP, controle de
sangramento que ameace a vida e/ou remoção do local por risco iminente;
- Imobilize a cabeça e o pescoço com emprego do colar cervical, fixadores de cabeça e prancha
rígida;
- Monitore os sinais vitais constantemente e tenha cuidado com o choque e a parada
respiratória.
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
FRATURAS DE CRÂNIO
As fraturas de crânio são comuns nas vítimas de acidentes que receberam impacto na
cabeça. A gravidade da lesão depende do dano provocado no cérebro. São mais
frequentes lesões cerebrais, nos traumatismos sem fratura de crânio.
As fraturas poderão ser abertas ou fechadas.
Fraturas Abertas: São aquelas que permitem a comunicação entre as meninges ou o
cérebro e o meio exterior. Há ruptura do couro cabeludo com exposição do local da
fratura.
Fraturas Fechadas: São as que afetam o osso sem, entretanto, expor o conteúdo da caixa
craniana, não existe solução de continuidade da pele.
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
LESÕES ENCEFÁLICAS
Concussão: Quando uma pessoa recebe um golpe na cabeça ou na face, pode haver uma
concussão encefálica. Não existe um acordo geral sobre a definição de concussão exceto que
esta envolve a perda temporária de alguma ou de toda a capacidade da função encefálica.
Pode não haver lesão encefálica demonstrável. O paciente que sofre uma concussão pode se
tornar completamente inconsciente e incapaz de respirar em curto período de tempo, ou
ficar apenas confuso. Em geral, o estado de concussão é bastante curto e não deve existir
quando o emergencista chegar ao local do acidente. Se o paciente não consegue se lembrar
dos eventos ocorridos antes da lesão (amnésia), existe uma concussão mais grave.
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
LESÕES ENCEFÁLICAS
Contusão: O cérebro pode sofrer uma contusão quando qualquer objeto bate com força no
crânio. A contusão indica a presença de sangramento a partir de vasos lesados. Quando
existe uma contusão cerebral, o paciente pode perder a consciência. Outros sinais de
disfunção por contusão incluem a paralisia de um dos lados do corpo, dilatação de uma
pupila e alteração dos sinais vitais. As contusões muito graves podem produzir inconsciência
por período de tempo prolongáveis e também causar paralisia em todos os membros.
Mesmo em contusões graves, pode haver recuperação sem necessidade de cirurgia
intracraniana. As mudanças na recuperação são diretamente proporcionais aos cuidados
dispensados ao paciente desde o início das lesões. Os pacientes devem receber ventilação
adequada, reanimação cardiorrespiratória quando necessário, devendo ser transportado
para o serviço de emergência para uma avaliação e cuidados neurocirúrgicos.
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
Os tipos de lesões encefálicas são:
DIRETAS São produzidas por corpos estranhos que lesam o crânio, perfurando-o e lesando o
encéfalo.
INDIRETAS Golpes na cabeça podem provocar, além do impacto do cérebro na calota
craniana, com consequente dano celular, hemorragias dentro do crânio. Este hematoma
acarreta compressão do tecido cerebral. A hipertensão intracraniana provocada pela
hemorragia e edema causa lesão nas células cerebrais
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
Sinais e sintomas do trauma crânio-encefálico (TCE)
Cefaleia e/ou dor no local da lesão;
Náuseas e vômitos;
Alteraçõesda visão;
Alteração do nível de consciência podendo chegar à inconsciência;
Ferimento ou hematoma no couro cabeludo;
Deformidade do crânio (depressão ou abaulamento);
Pupilas desiguais (anisocoria);
Sangramento observado através do nariz ou dos ouvidos;
Líquido claro (líquor) que flui pelos ouvidos ou pelo nariz;
Alteração dos sinais vitais;
Postura de decorticação ou descerebração
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
Tratamento Pré-Hospitalar:
Corrija os problemas que ameaçam a vida. Mantenha a permeabilidade das vias aéreas
(abertas), a respiração e a circulação;
Suspeite de lesão cervical associada ao acidente e adote os procedimentos apropriados;
Controle hemorragias (não detenha a saída de sangue ou líquor pelos ouvidos ou pelo nariz);
Cubra e proteja os ferimentos abertos;
Mantenha a vítima em repouso;
Proteja a vítima para a possibilidade de entrar em convulsão;
Monitore o estado de consciência, a respiração e o pulso;
Trate o choque e evite a ingestão de líquidos ou alimentos; e
Esteja preparado para o vômito.
Nunca tente remover objetos transfixados na cabeça. Não se deve conter sangramento ou
impedir a saída de líquor pelo nariz ou pelos ouvidos nos traumatismos crânio-encefálico
(TCE). Poderá ocorrer aumento na pressão intracraniana ou infecção no encéfalo.
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
TRAUMATISMOS ESPECÍFICOS: FACE
O principal perigo das lesões e fraturas faciais são os fragmentos ósseos e o sangue que poderão 
provocar obstruções nas vias aéreas. 
Sinais e sintomas 
Coágulos de sangue nas vias aéreas; 
Deformidade facial; 
Equimose nos olhos; 
Perda do movimento ou impotência funcional da mandíbula; 
Dentes amolecidos ou quebrados (ou a quebra de próteses dentárias); 
Grandes hematomas ou qualquer indicação de golpe severo na face.
Tratamento Pré-Hospitalar: 
É o mesmo tratamento utilizado no cuidado de ferimentos em tecidos moles, sua atenção deve 
estar voltada para a manutenção da permeabilidade das vias aéreas e controle de hemorragias. 
Cubra com curativos estéreis os traumas abertos, monitore os sinais vitais e esteja preparado 
para o choque.
TRAUMATISMOS NO TÓRAX
Dependendo da extensão, presença de lesões associadas (fratura de esterno, costelas
e vértebras) e comprometimento pulmonar e/ou dos grandes vasos, o paciente poderá
apresentar:
- Aumento da sensibilidade ou dor no local da fratura que se agrava com os movimentos
respiratórios;
- Respiração superficial (dificuldade de respirar, apresentando movimentos respiratórios
curtos);
- Eliminação de sangue através de tosse;
- Cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas;
- Postura característica: o paciente fica inclinado sobre o lado da lesão, com a mão ou o braço
sobre a região lesada, imóvel; e
- Sinais de choque, como pulso rápido e PA baixa.
TRAUMATISMOS NO TÓRAX
Tipos de traumatismos no tórax
Fratura de Costelas 
Sinais e sintomas
Dor na região da fratura;
Dor ao respirar movimentos respiratórios curtos; e
Crepitação.
Tratamento pré-hospitalar 
Na fratura de uma ou duas costelas, posicione o braço do paciente sobre o local da lesão; e
Use bandagens triangulares como tipoia e outras para fixar o braço no tórax.
Não use esparadrapo direto sobre a pele para imobilizar costelas fraturadas.
TRAUMATISMOS NO TÓRAX
Tipos de traumatismos no tórax
Ferimentos Penetrantes 
São os traumas abertos de tórax, geralmente provocados por objetos que não se encontram
cravados, assim como lesões provocadas por armas brancas, de fogo ou lesões ocorridas nos
acidentes de trânsito etc. Pelo ferimento é possível perceber o ar entrando e saindo pelo
orifício.
Tratamento Pré-Hospitalar 
- Tampone o local do ferimento usando a própria mão protegida por luvas, após a expiração;
- Faça um curativo oclusivo com plástico ou papel aluminizado (curativo de três pontas), a
oclusão completa do ferimento pode provocar um pneumotórax hipertensivo grave; e
- Conduza o paciente com urgência para um hospital e ministre oxigênio, de acordo com o
protocolo local.
TRAUMATISMOS NO TÓRAX
Tipos de traumatismos no tórax
Objetos cravados ou encravados 
Não remova corpos estranhos encravados (pedaços de vidro, facas, lascas de madeiras,
ferragens etc). As tentativas de remoção poderão causar hemorragia grave, ou ainda, lesar
nervos e músculos próximos da lesão.
Tratamento Pré-Hospitalar 
- Controle a hemorragia por pressão direta;
- Use curativo volumoso para estabilizar o objeto encravado, fixando-o com fita adesiva;
- Transporte o paciente administrando oxigênio suplementar.
TRAUMATISMOS NO TÓRAX
Tipos de traumatismos no tórax
Lesões do coração e pulmão 
O ar que sai do pulmão perfurado leva ao pneumotórax hipertensivo que resulta em colapso
pulmonar. As hemorragias no interior da caixa torácica (hemotórax) provocam compressão do
pulmão, levando também à insuficiência respiratória. As lesões na caixa torácica acabam
provocando lesões internas nos pulmões e no coração. O sangue envolvendo a cavidade do
pericárdio pode também resultar em uma perigosa compressão no coração. Todas estas lesões
são emergências sérias que requerem pronta intervenção médica.
Sinais e sintomas 
Desvio de traqueia; Estase jugular;
Cianose; Sinais de choque; e
Enfisema subcutâneo.
Tratamento Pré-Hospitalar 
Ministre oxigênio e conduza o paciente com urgência para receber tratamento médico.
HEMORRAGIAS
PULSOS
O pulso é mais facilmente palpável nos locais onde as artérias calibrosas estão 
posicionadas próximas da pele e sobre um plano duro.
Os pulsos mais comumente usados são: carotídeo, braquial, femural, radial,
dorsal do pé e tibial posterior.
SANGUE
Composição do sangue: O sangue é formado por 2 partes: plasma (líquido aquoso 
que contém sais, proteínas,etc) e os elementos figurados (células do sangue: hemácias ou 
glóbulos vermelhos, leucócitos ou glóbulos brancos e as plaquetas ou trombócitos). Funções 
do sangue: Transportar oxigênio e nutrientes para as células e trazer para os pulmões o 
dióxido de carbono.
HEMORRAGIAS
CONCEITO DE HEMORRAGIA
Hemorragia é o extravasamento de sangue para fora dos vasos ou do coração e é
sempre patológico, exceto durante a menstruação ou trauma.
HEMORRAGIA INTERNA:
Geralmente não é visível, porém e bastante grave, pois pode provocar choque e
levar a vítima a morte.
HEMORRAGIA EXTERNA:
Geralmente visível, ocorre devido a ferimentos abertos. Pode ser dos tipos arterial,
venosa ou capilar.
HEMORRAGIAS
TIPOS DE HEMORRAGIAS EXTERNAS (ocorrem devido a ferimentos abertos)
Hemorragia arterial: Faz jorrar sangue pulsátil de coloração vermelho vivo.
Hemorragia venosa: O sangue sai lento e contínuo na cor vermelho escuro.
Hemorragia capilar: O sangue sai lentamente por vasos menores. A cor é menos 
viva que na hemorragia arterial.
HEMORRAGIAS
SINAIS E SINTOMAS DE HEMORRAGIAS:
- Visualização do sangramento;
- Agitação;
- Palidez;
- Sudorese intensa;
- Pele fria;
- Pulso acelerado (taquicardia);
- Respiração rápida (taquipneia);
- Pressão baixa (Hipotensão);
- Sede;
- Fraqueza;
- Rigidez abdominal.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR:
- Alertar o SEM
- Abrir as VA e vigiar a respiração e a circulação
- Prevenir ou tratar o choque
- Afrouxar roupas apertadas
- Estar preparado para o vômito
- Não dar nada de comer ou beber
- Ministrar oxigênio suplementar
- Informar a suspeita da hemorragia.
HEMORRAGIAS
SINAIS E SINTOMAS DE HEMORRAGIAS INTERNAS:
Idênticos aos da hemorragia externa;
Saída de sangue ou ruídos pelo nariz e/ou pavilhão auditivo externo;
Vômito ou tosse com presença de sangue;
Contusões; 
Rigidez ou espasmos dos músculos abdominais;
Dor abdominal;
Sangramento pelas genitálias.
HEMORRAGIAS: TÉCNICAS
1. Pressão direta sobre o ferimento 
2. Elevação do membro (sem pesquisa que comprove eficácia)
3. Compressão dos pontos arteriais (sem pesquisa que comprove eficácia)
4. Curativo compressivo 
5. Torniquete 
Obs. A imobilização, apesar de não ser considerada uma das técnicas padronizadas de
controle de sangramento, pode ser utilizada para auxiliar no controle de hemorragias.
Torniquete: Seu usoé indicado se a compressão direta não for eficaz, embora comprima
nervos e vasos sanguíneos até uma possível perda de membro, porém, o sacrifício do
membro em razão da vida é óbvio. Deve ser utilizado logo acima do local do ferimento
hemorrágico. Se não conseguir estancar, aplica-se outro logo acima do primeiro. Como
medida alternativa, até um manguito de pressão arterial pode ser utilizado. A pressão deverá
ser suficiente para impedir o fluxo sanguíneo e impedir o pulso distal no membro afetado e
pode ser utilizado por um período de 120 até 150 minutos.
HEMORRAGIAS: Torniquete
CHOQUE
INTRODUÇÃO AO CHOQUE HIPOVOLÊMICO:
A função do sistema circulatório é distribuir sangue com oxigênio e nutrientes para
todas as partes do corpo. Quando isso, por qualquer motivo, deixa de acontecer e começa a
faltar oxigênio nos tecidos corporais, ocorre o que denominamos estado de choque, ou seja,
as células começam a entrar em sofrimento e, se esta condição não for revertida, as células
acabam morrendo.
CONCEITO DE PERFUSÃO:
É a circulação de sangue dentro de um órgão. O fluxo constante de sangue pelos
vasos capilares.
CHOQUE
Podemos conceituar o choque como uma reação do organismo a uma condição onde o
sistema circulatório não fornece circulação suficiente para cada parte vital do organismo. O
choque é um quadro grave, que pode ocorrer de forma rápida ou desenvolver-se lentamente.
CAUSAS DE CHOQUE:
Insuficiência cardíaca: Quando o coração não conseguir bombear quantidade suficiente de
sangue. Se o coração por algum motivo deixar de bombear sangue adequadamente ou parar
de funcionar (parada cardíaca), o choque se desenvolverá de imediato.
Lesão nos vasos sanguíneos: O sistema circulatório deve, obrigatoriamente, ser um sistema
fechado. Se os vasos (artérias, veias ou capilares) forem lesados e perderem muito sangue, o
paciente entrará em choque.
Diminuição do volume de sangue circulante: Se houver uma diminuição no volume de sangue
circulante ou se os vasos sanguíneos por algum motivo se dilatarem (aumentarem seu
diâmetro), impedindo que o sistema permaneça preenchido corretamente, o choque se
desenvolverá.
CHOQUE: Tipos
Choque hemorrágico: É o choque causado pela perda de sangue e/ou pela perda de plasma.
Ex.: Sangramentos graves ou queimaduras.
Choque cardiogênico: É o choque cardíaco. Este choque é causado pela falha do coração no
bombeamento sanguíneo para todas as partes vitais do corpo.
Choque neurogênico: É o choque do sistema nervoso, em outras palavras, a vítima sofre um
trauma e o sistema nervoso não consegue controlar o calibre (diâmetro) dos vasos
sanguíneos. O volume de sangue disponível é insuficiente para preencher todo o espaço dos
vasos sanguíneos dilatados.
Choque anafilático: É o choque alérgico. Desenvolve-se no caso de uma pessoa entrar em
contato com determinada substância da qual é extremamente alérgica, por exemplo,
alimentos, medicamentos, substâncias inaladas ou em contato com a pele. O choque
anafilático é o resultado de uma reação alérgica severa e que ameaça a vida.
CHOQUE: Tipos
Choque séptico: É o choque da infecção. Micro-organismos lançam substâncias prejudiciais
que provocam uma dilatação dos vasos sanguíneos. O volume de sangue torna-se
insuficiente para preencher o sistema circulatório dilatado. O choque séptico ocorre
geralmente no ambiente hospitalar e, portanto, é pouco observado pelos profissionais
emergencistas que atuam no ambiente pré-hospitalar.
CHOQUE
SINAIS E SINTOMAS GERAIS DO CHOQUE:
Agitação ou ansiedade 
Respiração rápida e superficial 
Pulso rápido e filiforme (fraco) 
Pele fria e úmida 
Sudorese 
Face pálida e posteriormente cianótica 
Olhos estáveis, sem brilho e pupilas dilatadas 
Sede 
Náuseas e vômitos 
Queda da pressão arterial
SINAIS E SINTOMAS DO CHOQUE 
ANAFILÁTICO: 
Prurido na pele (coceira, irritação)
Sensação de queimação na pele 
Edema generalizado 
Dificuldade para respirar 
Inconsciência 
CHOQUE: Tratamento APH
Avalie nível de consciência; 
Posicione a vítima deitada (decúbito dorsal); 
Abra as VA estabilizando a coluna cervical; 
Avalie a respiração e a circulação; 
Efetue a hemostasia; 
Afrouxe as roupas; 
Aqueça o paciente; 
Não dê nada de comer ou beber; 
Eleve os MMII (caso haja fraturas, eleve-a após posicioná-la sobre uma maca rígida, exceto se 
houver suspeita de TCE); 
Imobilize fraturas; 
Ministre oxigênio suplementar; e 
Transporte o paciente imediatamente para o hospital. 
Na entrevista, pergunte se o paciente é alérgico a alguma substância e se teve contato com ela. 
FERIMENTOS: CLASSIFICAÇÃO
Os ferimentos podem ser classificados em abertos e fechados:
Ferimento ou Trauma Aberto: é aquela onde existe uma perda de continuidade da superfície
e cutânea, ou seja, onde a pele está aberta.
Ferimento ou Trauma Fechado: a lesão ocorre abaixo da pele, porém não existe perda da
continuidade na superfície, ou seja, a pele continua intacta.
Tratamento pré-hospitalar dos ferimentos fechados:
Estes ferimentos podem variar o grau de lesão abaixo da pele até lesões severas em órgãos
internos. Basicamente, o tratamento pré-hospitalar consiste em avaliar o acidentado,
identificar a lesão e tratar a hemorragia interna com imobilização e prevenir o choque.
FERIMENTOS: CLASSIFICAÇÃO
Tipos de ferimentos abertos:
- Abrasões ou escoriações;
- Ferimentos incisos;
- Lacerações;
- Ferimentos penetrantes ou perfurantes;
- Avulsões;
- Eviscerações;
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
Abrasões ou Escoriações:
São lesões superficiais de sangramento discreto e muito doloroso. Devem ser
protegidas com curativo estéril de material não aderente, bandagens ou ataduras.
Ferimentos Incisos:
São lesões de bordas regulares produzidas por objetos cortantes, que podem causar
sangramentos variáveis e danos a tecidos profundos, como tendões, músculos e nervos.
Devem ser protegidas com curativo estéril fixado com bandagens ou ataduras.
Lacerações:
São lesões de bordas irregulares, produzidas por objetos rombos, onde o tecido ao
longo da extremidade da ferida é rasgado, produzindo extremidades ásperas. Devem ser
protegidas com curativo estéril fixado com bandagens e ataduras.
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
Amputações:
São lesões geralmente relacionadas a acidentes automobilísticos. Seu tratamento inicial deve
ser rápido, pela gravidade da lesão e pela possibilidade de reimplante. Deve-se controlar a
hemorragia, aplicar curativo estéril e fixá-lo com bandagens ou ataduras; guardar a parte
amputada envolta em gaze estéril umedecida com soro fisiológico (o soro não pode escorrer)
colocando-a dentro de um saco plástico e colocando este então dentro de um segundo saco
ou caixa de isopor repleta de gelo.
Avulsões:
São lesões que envolvem rasgos ou arrancamentos de uma grande parte da pele. Se possível e
se a pele estiver ainda presa, deve ser recolocada sobre o ferimento, controlada a hemorragia
e, a seguir, coberta com curativo estéril fixado com bandagens ou ataduras.
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
Eviscerações:
Lesão na qual a musculatura do abdome é rompida em decorrência de violento impacto ou
lesão de objeto penetrante ou cortante, expondo o interior da região abdominal à
contaminação ou exteriorizando vísceras. É preciso remover vestes para expor a lesão e não
recolocar nenhum órgão eviscerado para dentro do abdome, em seguida, cobrir com plástico
ou curativo oclusivo. Não lavar a lesão.
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
Ferimentos Penetrantes ou Perfurantes:
São lesões que avançam através da pele e danificam os tecidos em uma linha transversal.
Podem ser provocados por objetos pontiagudos e armas de fogo. Uma ferida penetrante pode
ser perfurante, quando há um ponto de entrada e outro de saída. O emergencista deve
considerar lesões de órgãos internos, quando o ferimento localizar-se nas regiões do tórax ou
abdome. As lesões devem ser cobertas completamente com curativo estéril.
1. Tamponar o local do ferimento usando a própria mão protegida por luvas;
2. Fazer um curativo oclusivo com plástico ou papel alumínio (curativo de três pontas),a 
oclusão completa do ferimento pode provocar um pneumotórax hipertensivo e grave.
3. Conduzir com urgência para um hospital e ministrar oxigênio suplementar (ver
protocolo local).
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
TRATAMENTO DE UM FERIMENTO ABERTO 
Utilize proteção individual do emergencista (EPI); 
Exponha o local do ferimento (se necessário, corte as vestes); 
Cubra o ferimento com um curativo estéril (curativo = compressa de gaze e atadura) para
controlar sangramentos e prevenir contaminação;
Mantenha o paciente em repouso e tranquilize-o; 
Trate o choque.
Não remova um curativo já colocado, caso não tenha ocorrido a hemostasia.
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
TRATAMENTO DE FERIMENTOS FECHADOS 
Estes ferimentos podem variar desde lesões abaixo da pele até lesões severas em órgãos 
internos. 
Tratamento pré-hospitalar: 
Avalie o acidentado; 
Identifique a lesão; e 
Trate a hemorragia interna com imobilização, prevenindo o choque. 
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
Ferimentos abertos no couro cabeludo:
Controlar a hemorragia através de compressão direta (controlada, não puntiforme) sobre a
ferida. Não lave, nem limpe a ferida no couro cabeludo para evitar sangramento adicional;
Suspeitar de lesão adicional na cabeça (TCE) ou pescoço (TRM);
Não fazer pressão com os dedos sobre o ferimento se houver suspeita de fratura no crânio;
Oferecer apoio emocional ao paciente.
Ferimentos na face:
Reviste a boca procurando corpos estranhos ou sangue coagulado; 
Mantenha as vias aéreas permeáveis; 
Se houver objeto penetrante nas bochechas, empurre de dentro para fora e cubra com 
compressas interna e externamente; 
Se necessário, transporte o paciente lateralizado para drenar o sangue da boca; 
Tenha cuidado se houver lesão associada de pescoço; 
Mantenha a posição neutra da cabeça. 
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
Hemorragias nasais:
Mantenha as vias aéreas abertas; 
Mantenha a cabeça um pouco fletida, comprimindo um pouco acima das fossas nasais, para 
estancar as hemorragias; e 
Se houver saída de líquido cefalorraquidiano, NÃO oclua o nariz. 
Ferimentos nos olhos:
Não comprima diretamente sobre os olhos; 
Cubra o globo ocular lesado com curativo úmido e proteja com copo plástico ou bandagem 
triangular em anel e compressas de gaze e esparadrapo; 
Estabilize objetos cravados e nunca tente removê-los; 
Tampe os dois olhos; e 
Dê apoio emocional. 
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
Nas lesões nos ouvidos e orelhas:
Não tentar remover objetos cravados;
Não tamponar a saída de sangue ou líquor;
Aplique gaze externamente (frouxa e em grande quantidade) e fixe com esparadrapo.
Oferecer apoio emocional ao paciente.
Ferimentos no pescoço:
Aplique pressão direta com a mão para cessar hemorragias; 
Aplique curativo com uma bandagem sem comprimir ambos os lados do pescoço; 
Trate o choque (oxigênio etc); 
Observe a respiração; e 
Mantenha a posição neutra da cabeça. 
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
FERIMENTOS ABDOMINAIS:
Órgãos sólidos: fígado, baço (sangram
muito).
Órgãos ocos: estômago, intestino (altamente
contaminantes).
Sinais de trauma fechado:
- Dor ou contração;
- Abdômen protegido;
- Posturas características;
- Respiração rápida e superficial;
- Abdome sensível ou rígido.
Tratamento para ferimentos abdominais 
abertos:
Descubra o local e aplique curativo estéril 
úmido sobre o ferimento; 
Não recoloque órgãos eviscerados; 
Não remova objetos cravados; 
Previna-se para a ocorrência de vômito; 
Trate o choque (oxigênio etc); e 
Transporte a vítima com as pernas fletidas.
Nunca remova objetos cravados. Controle 
a hemorragia e estabilize o objeto.
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
Ferimentos dos genitais:
Controle o sangramento com pressão direta; 
Nas contusões, use bolsa de gelo ou água fria; 
Não remova os objetos transfixados; e 
Preserve as partes avulsionadas, envolvendo-as em plástico, curativos esterilizados ou 
qualquer curativo limpo
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
OBJETOS CRAVADOS OU ENCRAVADOS:
Não remover corpos estranhos encravados (pedaços de vidro, facas, lascas de madeiras,
ferragens, etc.).
As tentativas de remoção poderão causar hemorragia grave ou ainda, lesar nervos e músculos
próximos da lesão.
Obs: Objetos cravados em orifícios naturais são denominados de ferimentos empalados.
FERIMENTOS: TRATAMENTO APH
LESÕES DO CORAÇÃO, PULMÕES E EM GRANDES VASOS:
O ar que sai do pulmão perfurado leva ao pneumotórax que resulta em colapso pulmonar. As
hemorragias no interior da caixa torácica (hemotórax) provocam compressão do pulmão,
levando também à insuficiência respiratória. As lesões na caixa torácica acabam provocando
lesões internas nos pulmões e no coração. O sangue envolvendo a cavidade do pericárdio
pode também resultar em uma perigosa compressão no coração. Todas estas lesões são
emergências sérias que requerem pronta intervenção médica.
SINAIS E SINTOMAS:
Desvio de traquéia;
Estase jugular;
Cianose;
Sinais de choque;
Enfisema subcutâneo, etc.
DESMAIO E COMA
A SÍNCOPE é o fenômeno da perda da consciência associada à perda do tônus postural. O
evento é causado por comprometimento global do fluxo sanguíneo cerebral. A pré-síncope é o
período de tempo em que a redução do fluxo cerebral se inicia, provocando mal-estar geral que
precede a perda de consciência.
Ocasionalmente, a hipoperfusão pode estar restrita aos hemisférios cerebrais ou ao tronco
cerebral, e o envolvimento de qualquer destas estruturas provoca a inconsciência. A síncope
tem que ser diferenciada das convulsões, que pode manifestar-se de forma semelhante, porém
com propriedades peculiaridades.
A perda súbita da consciência e do tônus postural resulta da redução brusca do fluxo sanguíneo
para o cérebro. A adequação desse fluxo normalmente é protegida pelo mecanismo de
autorregulação intrínseco compensatório cardíaco. Quando esse mecanismo é ineficiente, a
pressão média das carótidas cai abaixo do limiar de manutenção do fluxo nutricional, levando à
diminuição do tônus postural e da consciência caracterizado como lipotimia. Quando o
mecanismo é completamente abolido, há a perda completa do tônus e da consciência.
DESMAIO E COMA
Normalmente as perdas de consciência estão 
relacionadas com: (CAUSAS)
● Hipoglicemia; 
● Cansaço excessivo; 
● Nervosismo intenso; 
● Emoções súbitas; 
● Sustos; 
● Dor intensa; 
● Permanência prolongada em pé; 
● Acidentes, principalmente os que envolvem perda 
sanguínea;
● Mudança súbita de posição (hipotensão postural); 
● Ambientes fechados e quentes; e 
● Disritmias cardíacas (bradicardia) etc. 
As principais manifestações das perdas 
repentinas de consciência são percebidas 
juntamente com: (SINAIS E SINTOMAS)
● Fraqueza; 
● Sudorese excessiva; 
● Náuseas ou ânsia de vômito; 
● Palidez intensa; 
● Pulso fraco; 
● Respiração lenta ou com dificuldades; 
● Extremidades frias e cianóticas; 
● Tonturas e vertigens; e 
● Sensação de escurecimento da visão, 
atenção para possível queda, podendo 
gerar algum trauma. 
DESMAIO E COMA
Condutas 
● Realizar o ABC; 
● Não deixe que pessoas se aglomerem em torno da vítima; 
● Afrouxe suas vestes; 
● Eleve as pernas da vítima, com cuidado se houver suspeita de TCE. 
● Nunca jogue água na vítima ou coloque algo no nariz para cheirar; 
● Nunca ofereça nenhum líquido à vítima; e 
● Monitore sinais vitais e se necessário acione o suporte avançado de vida.
DESMAIO E COMA
CRISE CONVULSIVA
São movimentos musculares involuntários que podem ser acompanhados por contrações
tônicas-clônicas generalizadas ou focais. Em algumas crises é comum o paciente morder a
língua, e apresentar dificuldade respiratória, chegando, algumas vezes, à cianose. Após a
crise, o paciente apresenta-se confuso durante 1 minuto ou mais, ficando muito fatigado e
adormecido horas depois.
Manifestações:
- Tônica: São prolongadas e imobilizam os membros atingidos;
- Clônica: Resultam de uma série de contrações rápidas e rítmicas; e
- Tônico-clônica: A imobilização da parte atingida é interrompida por contrações clônicas.
CAUSAS
Intoxicações;
Doenças neurológicas;
Traumatismo crânio-encefálico;Febre e doenças infecciosas (meningite, tétano).
CRISE CONVULSIVA
EPILEPSIA
É uma condição neurológica que de tempo em tempo produz breves distúrbios nas funções
elétricas cerebrais normais. A função cerebral normal é garantida por milhões de pequenas
cargas elétricas passando entre células nervosas no cérebro e em todas as partes do corpo.
Quando alguém tem epilepsia, este padrão normal pode ser interrompido por surtos
intermitentes de energia elétrica muito mais intensa do que o habitual. Isto pode afetar a
consciência da pessoa e provocar movimentos corporais ou sensações por curtos períodos de
tempo. Estas mudanças fisiológicas são chamadas de crises epilépticas. Por isso a epilepsia é
por vezes chamada de desordem convulsiva. Os surtos não habituais de energia podem
ocorrer em apenas uma área do cérebro (crises parciais), ou podem afetar células nervosas
através de todo cérebro (crises generalizadas). A função cerebral normal não pode retornar
até que o surto elétrico desapareça. Condições cerebrais que produzem estes episódios
podem estar presentes desde o nascimento ou podem se desenvolver mais tarde devido a
traumatismos, infecções, anormalidades estruturais, exposição a agentes tóxicos, etc.
CRISE CONVULSIVA
Tradicionalmente, no quadro característico de crises convulsivas consta as seguintes 
manifestações: 
● Inconsciência; 
● Perda do tônus postural seguida da queda desamparada; 
● Perda do controle da musculatura; 
● Olhar fixo, vago ou em movimentos oculares descoordenados; 
● Sudorese; 
● Midríase (pupila dilatada), com dor referida em todo o abdome ou em região especifica; 
● Náuseas e vômitos; 
● Taquicardia ou bradicardia; 
● Taquipneia ou dispneia; 
● Febre; 
● Lábios cianóticos, podendo ocorrer parada respiratória;
● Salivação excessiva a escorrer pela boca; 
CRISE CONVULSIVA
● Movimentos de mastigação, podendo morder a língua e/ou lábios;
● Palidez intensa;
● Movimentos de membros ou de todo o corpo de forma involuntária e desordenada; e
● Relaxamento dos esfíncteres, incorrendo em liberação de fezes e urina.
As crises podem durar de poucos segundos a alguns minutos. Em casos raros podem durar
algumas horas. Exemplificando, uma crise tônico-clônica típica dura de 1 a 7 minutos. Crises
de ausência podem durar apenas poucos segundos e crises parciais complexas duram de 30
segundos até 2 ou 3 minutos.
Algumas vítimas podem pressentir o início da crise e chamar por ajuda, usar expressões
exclamativas ou balbuciar outro som antes da chamada “aura epiléptica”.
Depois das convulsões, o paciente recupera seu estado de consciência lentamente.
CRISE CONVULSIVA
Classificação 
Existem basicamente dois tipos de crises convulsivas: 
● Focais (ou parciais): início limitado a um hemisfério cerebral; e 
● Generalizadas: decorrentes da hiper estimulação simultânea dos dois hemisférios 
cerebrais, portanto de maior importância para o socorro, pois períodos prolongados desse 
quadro de hiper metabolismo celular cerebral podem levar à exaustão neuronal e a lesões 
celulares que podem deixar sequelas.
CRISE CONVULSIVA
Causas 
Algumas causas comuns de crises convulsivas estão relacionadas à: 
● Disfunções metabólicas como hipoglicemia e hiperglicemia e insuficiência renal; 
● Febre alta acima de 40ºC em crianças e bebê;
● Infecções, sepse, encefalite (viral), meningite bacteriana, tétano; 
● Disfunções endócrinas, hipertireoidismo, hipotireoidismo; 
● Outras condições sistêmicas, crise falciforme, encefalopatia hipertensiva, lúpus eritematoso 
sistêmico, poliartrite, eclampsia, febre alta (de qualquer causa); e 
● Neoplasias ou trauma do sistema nervoso central, lesões vasculares, arritmias, acidente 
vascular encefálico, hemorragia intracerebral, hipotensão, aneurisma, TCE;
● Intoxicações (substâncias tóxicas em doses altas); 
● Problemas cardiovasculares (AVC). 
CRISE CONVULSIVA
Condutas:
● Posicione o paciente no piso ou em uma maca. Evite que se machuque com golpes em
objetos dispostos ao seu redor;
● Afrouxe bem as roupas apertadas;
● Proteja a cabeça do paciente;
● Monitore a respiração e administre oxigênio suplementar; 
● Depois da crise, proteja a privacidade do paciente e explique-o que deve receber auxilio
médico;
● Coloque na posição lateral de segurança (paciente inconsciente) e/ou de lado (paciente
consciente) caso venha a vomitar para evitar aspiração de secreções; e
● Transporte o paciente para o hospital.
Não introduza nada na boca do paciente.
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
O acidente vascular encefálico é caracterizado pelo fluxo sanguíneo insuficiente em região
determinada do sistema nervoso central.
Esse fluxo interrompido pode acontecer por obstrução (trombo ou êmbolo) ou rompimento
de vaso (artéria ou veia) cerebral.
O encéfalo é um órgão essencial e responsável pela coordenação de todo organismo. Ele
coordena desde as funções de dormir e acordar, andar e sentar até nossas memórias.
Escala de Cincinnati
- Queda facial; 
- Debilidade do braço; e 
- Fala anormal (não fala ou
fala arrastada
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Os principais sinais e sintomas do AVE são: 
●Fraqueza súbita ou paralisia da face, braço ou perna, especialmente em um dos lados do 
corpo; 
●Confusão mental de início abrupto; 
●Dificuldade para falar ou compreender outras pessoas; 
●Diminuição da visão, em um ou nos dois olhos; 
●Dificuldade para caminhar; 
●Tontura ou perda do equilíbrio ou da coordenação dos movimentos; 
●Dor de cabeça intensa e súbita sem causa conhecida; 
●Pode apresentar rigidez de nuca, caso tenha tido sangramento cerebral; 
●Paciente pode apresentar anisocoria (pupilas de tamanhos diferentes); e 
●Dificuldade para engolir. 
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Classificação 
Isquêmico: artéria ou veia cerebral sofre interrupção de fluxo sanguíneo, devido
principalmente a formação de trombo ou êmbolo; e
Hemorrágico: artéria ou veia cerebral sofre interrupção de fluxo sanguíneo devido ao
rompimento de vaso, com extravasamento de sangue para o tecido cerebral.
Condutas: 
● Durante o atendimento inicial, questionar familiares e acompanhante sobre doenças
existentes e medicamentos em uso. Pacientes que possuem doenças como diabetes, arritmias
cardíacas, hipertensão arterial, além de fumantes e obesos, sendo estes mais propensos;
● Ofertar oxigênio para todos os pacientes, sendo com máscara com O2 úmido;
● Manter oximetria de pulso acima de 94%;
● Manter a cabeça elevada a 45°, pois se hemorrágico melhora a pressão intracraniana.
● Proceder com o ABCDE, com perda de consciência o paciente poderá cair e sofrer algum tipo
de trauma. Suspeita de trauma cranioencefálico, proceder a imobilização de coluna cervical.
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
● Paciente inconsciente com queda da língua, proceder a colocação da cânula de Guedel e/ou
manobras de desobstrução de vias aéreas (elevação do mento e/ou da mandíbula).
● Se mesmo com as manobras anteriores houver dificuldade respiratória, devemos instituir a
ventilação assistida com máscara e BVM com reservatório de O2;
● Aferir a pressão arterial, pois níveis elevados estão mais associados ao AVE hemorrágico;
● Avaliar as pupilas, analisando tamanho, simetria e resposta à luz;
● Avaliar força motora, se o paciente estiver consciente, peça que levante os membros
inferiores, um por vez e que aperte cada uma de suas mãos;
● Avalie a musculatura facial, peça que cerre os olhos e sorria. São indícios de possível AVE os
casos em que o paciente que apresenta desvio da boca ou não consegue fechar os olhos;
● O diagnóstico definitivo do evento só será feito no ambiente hospitalar e com exames de
imagens (tomografia de crânio sem contraste ou ressonância magnética de crânio) ; e
● Quanto mais precoce o tratamento desse paciente, seja com trombolíticos ou cirurgia para
drenagem de hematoma, melhor será o prognóstico e o tratamento será mais eficiente.
QUEIMADURAS
Queimadura é uma lesão produzida nos tecidos de revestimento do organismo e causada por
agentes térmicos, produtos químicos, eletricidade, radiação, etc. As queimaduraspodem lesar a
pele, os músculos, os vasos sanguíneos, os nervos e os ossos. As causas das queimaduras são:
Térmicas - por calor (fogo, vapores quentes, objetos quentes) e por frio (Obj. congelados, gelo);
Químicas - Inclui vários cáusticos, tais como substâncias ácidas e álcalis;
Elétricas - Materiais energizados e descargas atmosféricas;
Substâncias radioativas - Materiais radioativos e raios ultravioletas (incluindo a luz solar) etc.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A PROFUNDIDADE
1º grau: atinge a epiderme (camada superficial da pele).
Apresentação com vermelhidão sem bolhas e discreto
inchaço local. A dor está presente, e a lesão é seca e não
produz bolhas. Geralmente melhoram no intervalo de 3 a 6
dias, podendo descamar e não deixam sequelas. Caso típico
das queimaduras provocadas pelo sol.
QUEIMADURAS
2º grau: atinge a epiderme e parte da derme (2ª camada
da pele). Há presença de bolhas e a dor é acentuada. A
cura é mais demorada podendo levar até 3 semanas, não
costuma deixar cicatriz, mas o local da lesão pode ficar
mais claro. Caso típico das queimaduras em panelas
quentes no fogão de casa ou acidentes com água
quente/fervente.
3º grau: atinge todas as camadas da pele, músculos e
ossos. Ocorre necrose da pele (morte do tecido), que se
apresenta com cor esbranquiçada ou escura. A dor é
ausente, devido à profundidade da queimadura, que lesa
todas as terminações nervosas responsáveis pela condução
da sensação de dor. São lesões deformantes que não curam
sem apoio cirúrgico, necessitando de enxertos.
QUEIMADURAS
Quanto à extensão:
A extensão de uma queimadura é representada em percentagem da área corporal queimada.
Leves: atingem menos de 10% da superfície corporal;
Médias: atingem de 10% a 20% da superfície corporal;
Graves: atingem mais de 20% da área corporal;
Duas regras podem ser utilizadas para "medir" a extensão da queimadura:
Regra dos nove: é atribuído, a cada segmento corporal,
o valor nove (ou múltiplo dele):
Cabeça - 9%
Tronco frente - 18%
Tronco costas - 18%
Membros superiores - 9% cada
Membros inferiores - 18% cada
Genitais - 1%
QUEIMADURAS
Quanto à extensão:
Regra da palma da mão: geralmente a palma da
mão de um indivíduo representa 1% de sua
superfície corporal. Assim pode ser estimada a
extensão de uma queimadura, calculando-se o
“número de palmas”.
As queimaduras de mãos, pés, face, períneo,
pescoço e olhos, quaisquer que sejam a
profundidade e a extensão, necessitam de
tratamento hospitalar. A gravidade da
queimadura será determinada pela
profundidade, extensão e a área afetada
QUEIMADURAS
Queimaduras maiores 
Qualquer queimadura que envolva toda a área corporal ou áreas críticas. Queimaduras
complicadas por lesões no sistema respiratório ou por outras lesões do tipo fraturas.
Queimaduras de 2º ou 3º graus na face, mãos, pés, genitais ou nádegas. Queimaduras que
atinjam todo o corpo.
- Inicialmente detenha o processo da lesão (fogo na roupa: técnica do PARE, DEITE e ROLE);
- Avalie a vítima e mantenha as VA permeáveis, observe frequência e qualidade da respiração;
- Não retire os tecidos aderidos pele, apenas recorte as partes soltas sobre as áreas
queimadas;
- Cubra toda a área queimada;
- Use curativo estéril; Não obstrua a boca e o nariz; Não aplique nenhum creme ou pomada;
- Cuidados especiais para queimaduras nos olhos, cobrir com curativo estéril úmido;
- Tenha cuidado para não juntar dedos queimados sem separá-los com curativos estéreis; e
- Previna o choque e transporte a vítima
QUEIMADURAS
Queimaduras químicas 
- Limpe e remova substâncias químicas da pele do paciente e das roupas antes de iniciar a 
lavação; 
- Lave o local queimado com água limpa corrente por no mínimo 15 minutos; 
- Use EPIS apropriados; 
- Cubra com curativo estéril toda a área de lesão; 
- Previna o choque e transporte a vítima; 
- Se possível, conduza amostra da substância em invólucro plástico; 
- Se a lesão for aos olhos, lave-os bem, no mínimo por 15 minutos, com água corrente e depois 
cubra com curativo úmido estéril. Volte a umedecer o curativo a cada 5 minutos. 
QUEIMADURAS
Queimaduras elétricas 
Os problemas mais graves produzidos por uma descarga elétrica são: parada respiratória ou 
cardiorrespiratória, dano no SNC e lesões em órgãos internos.
- Reconheça a cena e acione, se necessário, a companhia energética local; 
- Realize a avaliação inicial e, se necessário, inicia manobras de reanimação; 
- Identifique o local das queimaduras (no mínimo dois pontos: um de entrada e um de saída da 
fonte de energia); 
- Aplique curativo estéril sobre as áreas queimadas; e 
- Previna o choque e conduza o paciente, com monitoramento constante, ao hospital. 
PARTO DE EMERGÊNCIA
Quanto à um sinal importante, que são as contrações uterinas, nem sempre é fácil 
distinguir aquelas que são um sinal de início de trabalho de parto, das contrações de Braxton-
Hicks, popularmente chamadas de falso trabalho de parto.
As contrações de Braxton-Hicks, normalmente, iniciam-se entre a 30ª e a 34ª 
semana de gestação e têm por objetivo o encaixe do bebê na bacia e o treino da musculatura 
uterina, mas são descoordenadas e indolores. Geralmente aumentam em intensidade e 
frequência nas últimas semanas de gravidez.
Já as contrações indicativas de trabalho de parto, são aquelas que se iniciam 
geralmente na região supra púbica, vão-se instalando na região lombar e, posteriormente, em 
todo o abdómen. São consideradas regulares quando se apresentam de 10 em 10 minutos. E 
quando acontecem “de 5 em 5 minutos, com duração de 1 minuto e prolongadas há mais de 1 
hora.
Na primeira gravidez o trabalho de parto é um processo que, normalmente, dura 
em média entre 8 a 12 horas, desde que começa até o nascimento do bebê.
PARTO DE EMERGÊNCIA
SINAIS
- Saída de secreção vaginal sanguinolenta;
- Rompimento da bolsa de água (bolsa amniótica) com um líquido mais transparente, Perda 
de líquido em grande quantidade;
- Observar a cor do líquido da bolsa: 
Liquido claro com grumos: NORMAL; Liquido esverdeado: indica sofrimento fetal.
- Enrijecimento da musculatura abdominal, acompanhada de dor e presença de contrações 
uterinas fortes e frequentes (duas ou mais em 10 minutos), dor semelhante cólica menstrual 
forte com pontadas no baixo ventre de forma irregular. Frequência das contrações, abaixo de 
5 minutos com duração de 30 segundos a 50 segundos: expulsão próxima
- Sensação intensa de evacuação;
- Visualização da cabeça do bebê no canal de parto (coroamento);
Quanto mais regulares as contrações, mais próximo ela estará de dar à luz. 
PARTO DE EMERGÊNCIA
FASES DO TRABALHO DE PARTO 
Primeira fase - Dilatação A dilatação do colo uterino tem início com as contrações e termina
no momento em que o feto entra no canal de parto.
Segunda fase - Expulsão A partir do momento em que o feto está no canal de parto até o
nascimento do bebê.
Terceira fase - Dequitação Após o nascimento do bebê até a completa expulsão da placenta
(10 a 20 minutos).
PARTO DE EMERGÊNCIA
ENTREVISTA: 
Pergunte o nome e idade da mãe; 
Pergunte se realizou o exame pré-natal; 
Pergunte se é o primeiro filho (se for primípara, o trabalho de parto demorará cerca de 16 
horas. O tempo de trabalho de parto será mais curto a cada parto subsequente); 
Pergunte se há indicação de parto gemelar (múltiplo); 
Pergunte a que horas iniciaram-se as contrações (checar e anotar); 
Pergunte se já houve a ruptura do saco amniótico; e 
Pergunte se sente vontade de defecar e/ou urinar.
Se após a entrevista o emergencista avaliar que o parto não é iminente, deve proceder o
transporte da parturiente e controle de hemorragias. Cubra com curativos estéreis os traumas
abertos, monitore os sinais vitais e esteja preparado para o choque.
PARTO DE EMERGÊNCIA: CONDUTAS
- Assegure a privacidade da parturiente, escolha um local apropriado;
- Explique a mãe o que fará e como ira fazê-lo. Procure tranquilizá-la informando que o que
está acontecendo é normal. Peça para que após cada contração relaxe, pois isto facilitará o
nascimento;
- Posicione a

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