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UniAGES
CENTRO UNIVERSTÁRIO 
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA 
ANA CARLA BARBOSA VARJÃO
ETNOBOTÂNICA: PLANTAS UTILIZADAS COMO RECURSO MEDICINAL NA APA SERRA BRANCA NO MUNICÍPIO DE JEREMOABO, BAHIA 
Fichamento apresentado ao curso de Ciências Biológicasn Licenciatura do Centro Universitário UniAGES como um dos pré-requisitos para a obtenção de nota parcial da disciplina Metodologia Trabalho da Pesquisa de no 8º período sob orientação do Prof. Me.Tiago Rozário. 
 
	CRITÉRIOS
	VALOR MÁXIMO
	VALOR OBTIDO
	FORMATAÇÃO (capa, espaçamento, margem, etc)
	1,0
	
	REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
	1,0
	
	RESUMO DA OBRA (contexto geral e tema abordado)
	1,0
	
	CITAÇÕES DIRETAS (10 a 20, representativas)
	1,0
	
	TEXTO DISSERTATIVO (construção própria do estudante, relação com as citações selecionadas)
	6,0
	
	TOTAL
	10,0
	
Paripiranga
Agosto de 2017 
RESUMO 
A etnobotânica compreende o estudo das sociedades humanas, passadas e presentes, e suas interações ecológicas, genéticas, evolutivas, simbólicas e culturais com as plantas. Além do seu valor próprio como ciência, pesquisas nesta área facilitam a determinação de práticas apropriadas ao manejo da vegetação com finalidade utilitária, pois empregam os conhecimentos tradicionais obtidos para solucionar problemas comunitários ou para fins conservacionistas. 
Os estudos etnobotânicos apresentam uma importante contribuição no resgate e na transmissão do conhecimento tradicional para futuras gerações, fornecem informações sobre o plantio de espécies com risco de extinção e sugerem novas espécies para estudos farmacológicos e fitoquímicos. O uso tradicional dos recursos vegetais é transmitido de pai para filho, através de comunicação oral, no decorrer da existência humana. Porém, o processo de aculturação, onde as novas gerações sofrem a ação inexorável da modernidade, causa a redução ou mesmo o desaparecimento desta valiosa transmissão. Desta forma, estes conhecimentos populares que são passado de geração em geração por via oral, estão intimamente interligados com a necessidade dos povos em aplicá-los em seu proveito, muitas vezes para garantir a sobrevivência humana.
Os estudos etnobotânicos têm se preocupado, cada vez mais, não só em levantar listas de espécies úteis, mas em analisar o valor de uso e o significado cultural das plantas para as comunidades que delas fazem uso. No Nordeste do Brasil, ainda são raros os estudos com caboclos, pescadores, comunidades urbanas e comunidades rurais e estudos etnobotânicos em comunidades nordestinas muito contribuirão para resgatar os conhecimentos e conceitos desenvolvidos pelas comunidades sobre as plantas, além de auxiliar na conservação da cultura local e obter informações sobre os tipos e potencial medicinal e fitoquímico das plantas.
PALAVRAS CHAVES 
Etnobotânica, plantas medicinais, conhecimento popular , Caatinga e nordeste 
ARTIGO 1
GOMES, Thiago Bezerra; BANDEIRA, F. P. S. F. Uso e diversidade de plantas medicinais em uma comunidade quilombola no Raso da Catarina, Bahia. Acta Botanica Brasilica, v. 26, n. 4, p. 796-809, 2012.
A Etnobotânica é definida como o estudo das interrelações, ecológicas, evolucionárias e simbólicas das sociedades humanas, passadas e presentes, com as plantas (Alexiades 1996; Albuquerque 2005). Os estudos realizados nessa área são de alta relevância científica, econômica e social e têm mostrado sua importância para a conservação e manejo da vegetação nas regiões tropicais, especialmente no Brasil, uma vez que seu território abriga uma das floras mais ricas do planeta, da qual 99% são desconhecidas quimicamente (Gottlieb et al. 1998; Simões at al. 1998) aliado ao fato de que o país apresenta uma alta diversidade cultural (Toledo 2001).(p.797)
Os registros do conhecimento tradicional das comunidades negras no Brasil ainda são escassos, porém, muitas dessas comunidades mantêm ainda tradições que seus antepassados trouxeram da África, como práticas agrícolas, de cuidado da saúde física e espiritual, práticas religiosas bem como técnicas de mineração, arquitetura e construção, além do artesanato, da culinária, de relações comunitárias de uso da terra, dentre outras formas de expressão cultural (Anjos, 2000). (p.797)
Falando especificamente sobre o conhecimento tradicional sobre as plantas medicinais, vale ressaltar que esses conhecimentos vêm sofrendo ameaças constantes para sua manutenção, devido à influência direta da medicina moderna e pelo desinteresse dos jovens das comunidades, interrompendo assim o processo de transmissão de saberes entre as gerações (Amorozo 1996). (p.797)
O artigo trata da contribuição dos povos afrodescendentes que é de extrema importância para a formação da cultura brasileira. Esses povos são em parte representados pelas comunidades remanescentes de quilombos, que mantém costumes e conhecimentos sobre utilização e manejo dos recursos vegetais. A pesquisa teve como objetivo realizar um inventario das plantas medicinais utilizadas bem como medir a saliência cultural das mesmas, na comunidade Casinhas, município de Jeremoabo, estado da Bahia, localizada numa região de Caatinga. 
As coletas de dados foram realizadas por meio de entrevista semi-estruturadas com sete pessoas reconhecidas pela comunidade como os maiores detentores do conhecimento sobre plantas. Os resultados obtidos durante a pesquisa indicam que 87 espécies são utilizadas na medicina tradicional local, merecendo destaque Poincianella pyramidalis (catingueira), que apresentou maior freqüência de citação e maior valor de saliência.
O número de indicação de plantas com relação às doenças determinadas estão relacionado ao sistema digestório que teve o maior número de indicações de plantas relacionadas às suas afecções (21 espécies); as folhas (36%) e as cascas (30%) foram as partes mais citadas nas indicações terapêuticas; o chá foi a forma de uso mais indicada (49%).
Os resultados da pesquisa está relacionado com a base para bioprospecção bem como subsídio para seleção de espécies da caatinga prioritárias para estudos posteriores de ecologia de populações, visando o seu uso e manejo sustentável.
É importante ressaltar que durante a pesquisa, a comunidade passava por um processo de reconhecimento como quilombola, porém Casinhas já havia sido identificada durante a realização da primeira configuração espacial dos remanescentes de antigos quilombos no Brasil. No dia 06/07/2010, a comunidade foi oficialmente reconhecida pela Fundação Palmares.
Na comunidade casinhas um dos problemas apresentado no artigo está relacionado ao atendimento médico precário e, quando os moradores necessitam de assistência recorrem aos postos de saúde da rede pública existentes na sede municipal e em outros municípios vizinhos. Mediante ao cenário, o uso de plantas medicinais pela comunidade para tratar suas doenças se constitui em uma das poucas alternativas de promoção da saúde.
ARTIGO 2
ROQUE, Alan de Araújo; ROCHA, Renato de Medeiros; LOIOLA, Maria Iracema Bezerra. Uso e diversidade de plantas medicinais da Caatinga na comunidade rural de Laginhas, município de Caicó, Rio Grande do Norte (nordeste do Brasil). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 12, n. 1, p. 31-42, 2010.
“As comunidades rurais estão intimamente ligadas aos usos de planas medicinais, por estas serem, na maioria das vezes, o único recurso disponível para o tratamento de doenças na região. (p.32)”
Segundo Diegues (2000), a importância de trabalhos que contemplem o conhecimento tradicional, se encontra na diferença do termo “biodiversidade” que, na maioria das vezes, é traduzida em longas listas de espécies de plantas e animais descontextualizados do domínio cultural, para a “biodiversidade” em grande parte construída e apropriada material e simbolicamente pelas populações tradicionais. Quando se une o natural e o cultural, obtêm-se espécies de maior valor simbólico, onde fica mais viável lutar pela conservação. (p.32)
O artigo trata de uma pesquisa realizada com o objetivo identificar as formas de uso de plantas medicinais nativasdo bioma Caatinga, em comunidade rural no município de Caicó, Rio Grande do Norte (Nordeste do Brasil). Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e estruturadas buscando informações, junto a especialistas locais, sobre o uso das plantas.
Durante a pesquisa foram descritos os usos medicinais de 62 espécies, reportadas por 12 informantes (mateiros, rezadeiras, raizeiros, agricultores e donas-de-casa) com idade superior a 35 anos. As famílias com maior representatividade na consulta foram Fabaceae (13 spp.), Euphorbiaceae (6 spp.) Cactaceae (3 spp.) e Lamiaceae (3 spp.).
 Para revelar as espécies mais importantes foi considerado o grau de consenso entre as respostas dos informantes. A aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão) e o cumaru (Amburana cearensis (Allemão) A. C. Sm.) destacaram-se como as espécies com o maior número de citações, sendo estas também as que obtiveram o maior número de indicações de usos terapêuticos. As cascas e as raízes foram às partes predominantemente consumidas. 
No artigo retrata que os dados levantados com a pesquisa evidenciaram uma diversidade de espécies da flora seridoense com potencial medicinal e reforçam a importância que a biodiversidade tem sobre as comunidades rurais, viabilizando o início do estudo de manejo da vegetação local.
O objetivo do artigo esta relacionada ao estudo etnobotânico de espécies vegetais nativas utilizadas como plantas medicinais por especialistas locais da comunidade rural de Laginhas, município de Caicó - RN. Para tanto foram investigados as partes das plantas utilizadas; as principais doenças combatidas; a forma de preparo dos medicamentos caseiros e os índices de concordância de uso entre os entrevistados.
ARTIGO 3
OLIVEIRA, F. C. S.; BARROS, R. F. M.; MOITA NETO, J. M. Plantas medicinais utilizadas em comunidades rurais de Oeiras, semiárido piauiense. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 12, n. 3, p. 282-301, 2010.
As populações humanas convivem com uma grande diversidade de espécies vegetais, desenvolvendo maneiras particulares de explorá-las para distintas finalidades, usando-as como alternativa de sobrevivência. Dentre estas, do repertório cultural, destaca-se o conhecimento sobre a utilização de plantas para fins terapêuticos. (p. 283)
“Desta forma, o presente estudo enfoca as relações etnobotânicas de comunidades rurais deste município, de forma pioneira, como forma de registro e valorização da cultura tradicional nativa, por meio do uso atribuído à vegetação pela população. (p. 283)”
O artigo trata que a pesquisa que foi realizada no período de fevereiro de 2007 a maio de 2008, em vinte e uma comunidades rurais do município de Oeiras, localizadas em área de transição vegetacional Caatinga/Cerrado, onde predomina a Caatinga no estado do Piauí. 
A pesquisa teve como Objetivo conhecer as plantas tradicionalmente utilizadas pela população com fins terapêuticos. É tratado que foi feito coletas botânicas, seguido metodologia usual e os exemplares identificados foram incorporados ao acervo do Herbário Graziela Barroso.
 	Como procedimento metodológico realizou-se entrevistas semiestruturadas com formulários padronizados a 20 moradores indicados por líderes comunitários locais como pessoas de reconhecido saber, que acompanharam as coletas. As espécies citadas foram agrupadas em de17 categorias de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). 
	Os dados quantitativos foram obtidos através do cálculo da Importância Relativa (IR) para cada espécie e do Fator de Consenso dos Informantes (FCI). Assim, identificou-se 167 etnoespécies, distribuídas em 59 famílias botânicas e 143 gêneros, sendo 65,86% nativas. 
	As famílias com maior representatividade em número de espécies foram a Leguminosae (28) e a Euphorbiaceae (18). Os gêneros mais representativos foram Croton L. (9), Senna Mill. (5), Jatropha L. e Solanum L. (4). Caesalpinia ferrea, Ximenia americana, Myracrodruon urundeuva Allem. e Lippia alba, obtiveram os maiores valores de IR.
	 É salientado no artigo, a elevada frequência de usos terapêuticos destas espécies, concentradas no tratamento dos transtornos do sistema respiratório (56 espécies) e das doenças infecciosas intestinais, hepáticas e helmintíases (65), sendo gripe e diarréia as doenças mais citadas. A folha é a parte do vegetal mais utilizada na medicina caseira local (31,5% dos casos) e as formas de preparo mais utilizadas são a decocção (32,2% dos casos) seguida por infusão (23,8%). Os dados possibilitam inferir que os moradores das comunidades rurais possuem conhecimento acerca das plantas utilizadas como medicinais, especialmente as nativas.
ARTIGO 4
BAPTISTEL, A. C. et al. Plantas medicinais utilizadas na Comunidade Santo Antônio, Currais, Sul do Piauí: um enfoque etnobotânico. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 16, n. 2 supl I, p. 406-425, 2014.
Porém, alguns autores argumentam que este conjunto de saberes está ameaçado pela medicina moderna e pelo crescente desinteresse dos jovens que tem migrado para os centros urbanos cada vez mais cedo em busca de novas conquistas profissionais (Franco & Barros, 2006; Oliveira, 2009; Sousa, 2010). (p.406)
Monteiro et al. (2011), através de técnicas oriundas da economia ambiental, valoraram a aroeira do sertão (Myracrodruon urundeuva Allemao) e, com base nos resultados, estabeleceram que a planta apresenta uma larga importância local e pode ser alvo de propostas conservacionistas financiada pela sociedade. (p.407)
	O artigo trata como objetivo a realização de inventário sobre as plantas medicinais utilizadas pelos membros da Comunidade Rural de Santo Antônio, Currais, Piauí, e dessa forma analisar o valor de uso e a riqueza de espécies conhecidas.
	Na pesquisa foram mencionadas 121 espécies pelos 32 entrevistados. As famílias mais representativas foram Fabaceae, Arecaceae e Anacardiaceae. A espécie com maior valor de uso foi a imburana (Amburana cearensis Allemao)
	 É importante destacar que os as informações coletas não houve diferenças significativas quanto ao conhecimento entre gêneros, assim como a renda e escolaridade. No entanto, a idade influenciou significativamente no conhecimento sobre plantas úteis. 
	Desta forma é importante evidenciar que a riqueza da flora piauiense, marcada por apresentar áreas de transição entre caatinga e cerrado na região sul, oferece uma oportunidade ímpar para o desenvolvimento de pesquisas abrangendo o escopo da biodiversidade vegetal e do conhecimento tradicional associado.
ARTIGO 5
SANTOS, AB N. et al. Plantas medicinais conhecidas na zona urbana de Cajueiro da Praia, Piauí, Nordeste do Brasil. Rev. bras. plantas med, v. 18, n. 2, p. 442-450, 2016.
Particularmente no caso das plantas medicinais, a influência direta da medicina ocidental moderna oportunizada pelos centros e profissionais da saúde somada à facilidade de acesso aos medicamentos alopáticos por meios das farmácias presentes nas áreas urbanas, são alguns dos fatores que afetam o conhecimento e práticas da medicina local. (p.443)
“Estudos sobre plantas medicinais desenvolvidos em comunidades urbanas, quando comparados àqueles realizados em comunidades rurais, ainda são recentes e pontuais. (p.443) ”
	O artigo trata da utilização de plantas com fins medicinais para tratamento, cura e prevenção de doenças sendo considerado uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. 
	 A pesquisa teve como objetivo identificar as espécies de plantas medicinais usadas dentro da comunidade de Cajueiro da Praia, Piauí, bem como a parte da planta utilizada, o modo de preparo, a sua importância relativa, o valor de uso e o consenso em relação às propriedades terapêuticas das espécies citadas. 
	Durante a coleta de dados foram aplicadas 12 entrevistas semiestruturadas com especialistas locais indicados, utilizando o método de amostragem por “bola-de-neve” e a técnica de “turnê-guiada” para coleta das espécies citadas. 
	As análises quantitativas tais como Valor de Uso, Importância Relativa e Fator de Consenso dos Informantes foram associadas as análises qualitativas.As coletas botânicas seguiram a metodologia usual. Foram citadas 43 espécies, distribuídas em 24 famílias botânicas, sendo Lamiaceae a mais representada em número de espécies (oito espécies), seguida de Euphorbiaceae, Fabaceae, Myrtaceae e Rutaceae (todas com três). 
	A Chenopodium ambrosioides L. (mastruz) obteve o maior valor de uso, sendo portanto, a planta com elevado potencial de uso para a comunidade. Quanto ao uso terapêutico, observou-se que um maior número de espécies foi indicado no combate à gripe, seguido por má digestão.
	 O IR demonstrou que planta mais versátil foi Chenopodium ambrosioides L. (mastruz), referido em cinco categorias de uso e apontou que os sistemas corporais que apresentam maior importância local são: sistema circulatório, seguido por lesões e consequências de causas externas, sistema endócrino e respiratório. 
	No âmbito geral, verificou-se que a diversidade de plantas medicinais conhecida e a obtenção das plantas na comunidade estudada sugerem uma correlação entre uso/conhecimento de plantas medicinais e disponibilidade das mesmas; que a flora medicinal é representada, em boa parte, por plantas exóticas cultivadas nos quintais e que a transmissão do conhecimento tradicional feito localmente e por via oral demonstra uma herança cultural na cidade.
ARTIGO 6
LEMOS, Jesus Rodrigues; ARAUJO, Jairla Lima. Estudo etnobotânico sobre plantas medicinais na comunidade de Curral Velho, Luís Correia, Piauí, Brasil. Biotemas, v. 28, n. 2, p. 125-136, 2015.
As comunidades rurais estão intimamente ligadas ao uso de plantas medicinais, devido à sua disponibilidade, sendo, geralmente, cultivadas em hortas, quintais ou coletadas em matas (áreas de vegetação primária ou secundária), ao conhecimento acumulado de antepassados e a precariedade de assistência médica convencional, sendo as plantas, na maioria das vezes, o único recurso disponível para o tratamento de doenças (AMOROZO, 2002). Além disso, existe a falta de medicamento em locais de difícil acesso e a crença no potencial dos chamados produtos naturais, associada à propaganda “de que faz bem” (SILVA, 2003). (p.126)
O artigo tratar da utilização das plantas como medicamento no estado do Piauí que tem sido uma prática comum e que vem sendo transmitida de geração a geração. A pesquisa teve por objetivo analisar o uso de plantas medicinais pelos moradores da comunidade Curral Velho, município de Luís Correia, norte do Piauí, contribuindo para o registro e a preservação do conhecimento botânico tradicional da comunidade estudada.
Na pesquisa foi feito o levantamento das espécies vegetais utilizadas como recurso terapêutico sendo realizado por meio de entrevistas com questionário semiestruturado aplicado a 38 informantes. As plantas foram coletadas para identificação científica.
 Foi determinado o valor de uso, fator do consenso do informante e importância relativa das espécies. Registraram-se 62 espécies, pertencentes a 38 famílias e 57 gêneros, com destaque para a família Fabaceae. 
As espécies Aristolochia triangularis, Petiveria alliaceae e Stachytarpheta cayennensis apresentaram os maiores valores de uso sendo Turnera subulata a mais versátil. 
Dos 10 sistemas corporais identificados, os que apresentaram maior concentração de espécies medicinais estão relacionados a enfermidades mais corriqueiras como sinais gerais (inflamação, febre), doenças do aparelho respiratório e doenças do aparelho geniturinário.
A pesquisa permitiu identificar alguns aspectos relevantes sobre o uso e o conhecimento de plantas medicinais na comunidade. A diversidade de plantas medicinais conhecida e a obtenção das plantas na própria comunidade sugerem uma correlação entre uso/conhecimento de plantas medicinais e sua disponibilidade.
ARTIGO 7
ALVES, Jayra Juliana Paiva et al. Conhecimento popular sobre plantas medicinais e o cuidado da saúde primaria: um estudo de caso da comunidade rural de Mendes São Jose de Mipibu/RN. CARPE DIEM: Revista Cultural e Científica do UNIFACEX, v. 13, n. 1, p. 136-156, 2015.
[...], a valorização dessa ciência é de grande relevância não só para a comunidade científica que necessita cada vez mais da confirmação dos valores terapêuticos das ervas medicinais, mas também para o enriquecimento cultural de um povo, além de contribuir para conservação desse recurso vegetal baseado em sua importância. (p.137)
O artigo trata de uma pesquisa realizada no povoado de Mendes, zona rural do município de São José de Mipibu/RN, tendo como principal objetivo realizar um levantamento qualitativo e quantitativo em relação ao conhecimento popular de plantas medicinais. 
A pesquisa objetivou-se descrever as plantas utilizadas com maior frequência pela população, assim como a forma de preparo e a sua indicação para determinada finalidade comparando-as com a indicação da literatura. 
Durante a pesquisa foram entrevistadas 100 pessoas, no período de junho a outubro de 2012, sendo realizadas visitas semanais nas casas e estabelecimentos comerciais dos moradores do próprio povoado. 
Desta forma os dados da pesquisa mostraram que do total de entrevistados, 82% confirmaram utilizar as plantas medicinais, sendo mais de 60 espécies citadas pela população na cura e prevenção de diversas patologias. 
A pesquisa mostrou que as plantas medicinais são bastante utilizadas e valorizadas pela população do povoado, sendo assim uma herança cultural a sua utilização visto que se tratar de uma alternativa barata e eficaz. 
É importante trata que o artigo aborda que os conhecimentos são tornar-se relevantes para o desenvolvimento de futuros estudos etnobotânicos, para o desenvolvimento da comunidade local, e posteriormente para se chegar à comprovação científica de determinadas ações terapêuticas das plantas medicinais.
ARTIGO 8
FREITAS, Ana Valeria Lacerda et al. Plantas medicinais: um estudo etnobotânico nos quintais do Sítio Cruz, São Miguel, Rio Grande do Norte, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, v. 10, n. 1, p. 48, 2012.
“Sistemas agroflorestais são formas de uso da terra, onde várias espécies, vegetais e animais, são manejados na mesma área, simultaneamente, ou em uma sequência temporal. Existem diversos tipos de sistemas agroflorestais, sendo o quintal um dos mais importantes (Almeida 2000). (p.48) ”
“[...] que investigaram as plantas e o uso medicinal pelas comunidades, as principais doenças combatidas, formas de preparo dos remédios e coleta das partes vegetais usadas, mas não abordaram a estrutura dos quintais. (p.49) ”
O artigo tratar que os quintais são sistemas agroflorestais compostos por diversas espécies, principalmente de uso medicinal. A pesquisa teve como objetivo de efetuar um levantamento etnobotânico das espécies medicinais dos quintais do Sítio Cruz em São Miguel, Rio Grande do Norte.
 Foram entrevistadas vinte pessoas responsáveis por quintais. Utilizou-se a metodologia de pesquisa participante, técnica da bola de neve, mapeamento participativo e entrevistas semiestruturadas. 
Os dados mostraram que a maioria dos entrevistados era do sexo feminino (90%) e a idade média, 52 anos. Nos quintais do Sítio Cruz foram encontradas, em média, 24 espécies por quintal. Sessenta etnoespécies e 35 famílias botânicas foram citadas. 
As famílias Lamiaceae, Anacardiaceae e Rutaceae foram as mais frequentes e as principais doenças estavam relacionadas com problemas respiratórios. As folhas foram às partes da planta mais utilizadas, principalmente na forma de chá e lambedor. 
Os quintais do Sítio Cruz apresentam grande diversidade de espécies medicinais que são usadas para tratar as principais doenças na comunidade. Ocorre também diversidade de espaços manejados dentro do quintal, nos quais o número de espécies medicinais mantidas é variável. 
O artigo aborda que a mulher tem papel fundamental no cultivo e uso das plantas e manutenção dos quintais. É importante destacar que os entrevistados têm pouco conhecimento dos possíveis riscos na utilização de plantas medicinais, sendo este um aspecto a ser trabalhado na comunidade.
ARTIGO 9 
SILVA, Simoneda. Conhecimento e uso de plantas medicinais em uma comunidade rural no município de Cuitegi, Paraíba, Nordeste, Brasil. 2014.
Segundo Albuquerque (2010), plantas medicinais são espécies vegetais que possuem diversos tipos de princípios ativos, que podem atuar nos organismos humanos e animais, no combate a diversas doenças, eliminando agentes causadores, como vermes, fungos e bactérias, além de oferecer uma forte ação preventiva, contra estas e muitos outros problemas de saúde. (p.249)
Os conhecimentos práticos das comunidades tradicionais sobre as plantas medicinais, estão intimamente relacionados aos recursos naturais disponíveis e a seu patrimônio cultural, sendo uma reprodução sociobiocultural e econômica de seus antepassados, que vem sendo transmitido para as gerações atuais. Pois, as plantas medicinais e seus derivados vêm, há muito tempo, sendo utilizados pelas populações locais, nos seus cuidados básicos de saúde, com destaque para as comunidades indígenas, quilombolas e rurais, através da transmissão oral de conhecimentos entre as gerações [...]. (p. 249)
O artigo abordar as comunidades tradicionais que são responsáveis por manter um grande elenco de plantas cultivadas para suprir necessidades alimentícias, industriais ou médicas. O conhecimento tradicional fornece dados importantes para novas descobertas científicas, e nesse panorama as pesquisas sobre o uso de plantas medicinais têm aumentado no Brasil.
O artigo salientar que muitos estudos etnobiológicos vêm sendo realizados no Brasil, sendo a etnobotânica um dos campos mais desenvolvidos, devido ao seu caráter interdisciplinar na busca de entender as inter-relações entre os seres humanos e as plantas. 
 A pesquisa foi realizada na comunidade do Sítio Palmeira no município de Cuitegi, localizado no estado da Paraíba (Nordeste do Brasil), na Mesorregião do Agreste paraibano e na Microrregião de Guarabira-PB, tendo como objetivo registrar o uso e importância das plantas medicinais utilizadas pelas mulheres da comunidade do Sítio Palmeira.
Para obter dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 40 mulheres, aplicando-se o índice de Importância Relativa, realizando distinção entre as citações do valor de uso atual e valor potencial. 
Os dados registraram 140 espécies pertencentes a 63 famílias e para esse total obtivemos 92 indicações terapêuticas. A espécie mais citada foi Lippia alba (erva-cidreira), com 43citações. A família botânica Lamiaceae com (10), se destacou quanto ao número de espécies representadas. 
Considerando a importância relativa, a espécie que possui o maior valor foi Cymbopogon citratus. (Capim santo). Quanto às partes das plantas mais utilizadas pelas mulheres, destacam-se as folhas com 440 citações. O modo de preparo mais utilizado foi: infusão (chá abafado) com 215 citações e decoto (chá cozido) com 194 citações. Quanto ao valor de uso atual e valor potencial destacaram-se o Cymbopogon citratus (Capim santo).
 As indicações de uso terapêuticas mais enfatizadas foram: tosse (143 citações) e dor de barriga (87 citações). Os transtornos do sistema respiratório e digestório com 217 citações obteve destaque dentre os sistemas corporais. A perpetuação do conhecimento das (85%) mulheres afirmou que ensina como é feito os preparos caseiros, para seus familiares. 
O artigo retratar que o amplo conhecimento sobre as plantas usadas pelas moradoras da comunidade dar-se através da propagação do conhecimento tradicional compartilhado entre os membros de uma mesma família. 
ARTIGO 10
VÁSQUEZ, Silvia Patricia Flores; MENDONÇA, MS de; NODA, S. do N. Etnobotânica de plantas medicinais em comunidades ribeirinhas do Município de Manacapuru, Amazonas, Brasil. Acta Amazonica, v. 44, n. 4, p. 457-472, 2014.
“Além de sua reconhecida riqueza natural, a Amazônia abriga expressivo conjunto de povos indígenas e populações tradicionais que aprenderam, ao longo do tempo, como conviver com ambientes diversificados. (p.458)
Esses grupos (índios, caboclos, ribeirinhos, seringueiros, quilombolas, pescadores, pequenos produtores rurais e extrativistas) são detentores de um vasto conhecimento sobre as plantas e seu ambiente. Estes conhecimentos têm passado de geração em geração por via oral, estando intimamente interligados com a necessidade dos povos em aplicá-los em seu proveito, muitas vezes para garantir a sobrevivência humana [...]. (p.458)
O artigo abordar que a utilização de plantas medicinais é uma prática comum entre as populações humanas. A pesquisa teve por objetivo efetuar levantamento etnobotânico sobre o conhecimento e uso das plantas medicinais em quatro comunidades ribeirinhas do Município de Manacapuru. 
Durante a pesquisa foram coletadas informações de 164 moradores locais, selecionados aleatoriamente, por meio de entrevistas semi-estruturadas, observações participantes e visitas guiadas. Os problemas de saúde citados foram classificados de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde e índices de concordância foram utilizados para identificar os principais usos de cada espécie. 
Identificaram-se 171 plantas medicinais, pertencentes a 65 famílias. Lamiaceae (14 espécies), Asteraceae (9 espécies), Fabaceae e Euphorbiaceae (8 espécies) foram as famílias mais comuns. As espécies mais citadas foram Mentha arvensis (hortelã), Ruta graveolens (arruda) e Citrus sinensis (laranja). As folhas foram às partes da planta mais utilizadas e a decocção da folha o procedimento mais comum usado para preparar medicamentos. 
Os problemas mais comuns citados foram doenças do aparelho digestivo, doenças do aparelho respiratório e problemas com sintomas não classificados. 
Plantas com índices de concordância maior que 25% foram Plectranthus amboinicus, Chenopodium ambrosioides, Citrus aurantiifolia, Acmella oleracea, Plectranthus barbatus, Mentha arvensis, Citrus sinensis, Lippia origanoides, Lippia alba, Cymbopogon citratus e Ruta graveolens. Os resultados da pesquisa confirmam que as populações que vivem em Manacapuru ainda utilizam plantas medicinais como uma das formas de tratar suas doenças mais frequentes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A abordagem em entonobotânica possibilitar conhecer como se dar a disseminação dos conhecimentos popular das comunidades encontradas em diversas áreas, em destaque ao bioma Caatinga. Além, do uso de recursos medicinais possibilita a cura de doenças relacionadas a diversos sistemas do corpo humano como uma forma de tratamento. Os principais estudos abordar como ocorre a transmissão dos conhecimentos mediante ao contexto de globalização que acabar afetado este processo. 
Os artigos citados possibilitaram conhece-se as influencias dos estudos etnobotânicos para a sociedade por meio da compreensão de aspectos relacionada ao ambiente sociocultural econômico. Mediante ao que foi citado possibilitar solucionar a falta de atendimento de um médico em áreas distantes por meio do uso de plantas medicinais como forma de amenizar ou solucionar a questão, sendo um conhecimento transmitido de geração em geração.
Enquanto futura professora de Biologia e Ciências, procurei trabalha essa temática relacionada à preservação do bioma Caatinga e importância para a sociedade para obtenção de recursos medicinais. Mediante ao contexto, estarei analisado os conhecimentos dos alunos sobre determinadas espécies endêmicas do bioma, por meio do estudo de plantas presente no cotidiano dos alunos. 
É importante salientar a etnobotânica é riquíssima em possibilidades de pesquisa para um futuro pesquisado, ao qual procurara estudar as plantas relevantes para a comunidade em sua pesquisa. A minha monografia será um registro neste contexto sobre as pastas mais utilizadas por duas comunidades rurais abordadas a importância destas plantas no cotidiano, além de como se dar o processo de transmissão dos conhecimentos.

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