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Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 Anatomia Topográfica do Dorso I. Divisões do Dorso: Linhas: a) Na nuca - região cervical posterior (pescoço) - linha perpendicular b) Linha mediana posterior (vertebral) vai da região occipital até a região sacral É cruzada por várias linhas horizontais. - Uma das principais estruturas do dorso: coluna vertebral. Linhas transversais: c) Ao nível da espinha escapular d) No ângulo inferior da escápula e) Na 12ª costela Nomenclatura das regiões: a) Supra escapular (parte mais alta, acima da espinha escapular) - onde começa a coluna torácica. b) Escapular (tem o maior comprimento, fica entre a espinha escapular e o ângulo inferior da escápula). c) Infra Escapular (abaixo do ângulo inferior da escápula). d) Lombar (abaixo da 12ª costela). e) CRISTA ILÍACA: Delimita o dorso e a raiz do membro inferior. II. Pontos de anatomia de superfície (referências): * Protuberåncia occipital externa: ponto mais alto do dorso (ponto de referência para o início do corpo). * VC7 é proeminente (processo espinhoso mais saliente) OBS: é difícil de enxergar e contar as vértebras cervicais superiores, pois o ligamento nucal recobre seus processos espinhosos. * Ângulo Superior a escápula: ao nível do processo espinhoso de VT1 e VT2 * Espinha escapular (bem palpável): corresponde a VT3 (referência para acidentes raquimedulares) * Ângulo Inferior da escápula: VT7 (passa linha infra escapular) OBS II: A escápula é uma boa referência para saber o nível vertebral. * Já na região torácica, os processos espinhosos são mais inclinados para baixo, não podendo fazer a contagem vertebral deles. * Crista ilíaca (entre as espinhas ilíacas Antero e póstero-superior): ao nível de VL4. É um ponto de referência para anestesias do tipo raquimedular, para punção e colheita do líquor. �1 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 * Espinhas Ilíacas Póstero Superiores: V S2. São duas depressões na parte inferior do dorso. Retraem a nossa pele. Além disso, é onde termina o saco dural da medula, onde está a cisterna lombar (espaço entre a medula espinhal e a dura-máter e onde se acumula muito líquido cefalorraquidiano), onde tem muito líquor, onde tem os filamentos radiculares da cauda equina e onde está o ponto mais baixo da dura-máter. * Anestesia caudal= epidural: injetada no hiato sacral (entre os cornos sacrais e abaixo do processo espinhoso da S4). Ela se atua sobre S4 até os nervos espinhais coccgíeos na cauda equina. Utilizada em partos (a pessoa sente a contração do útero, mas não sente a dor do parto). OBS: diferença da anestesia caudal e da raquimedular na hora do parto: na caudal a mulher não perde a contração do útero, pois a inervação do útero se localiza acima da S2. Como a caudal é feita em S4 +/- ela não pega essa inervação. Já a anestesia raqui atinge essa inervação, pois é feita na altura da crista ilíaca (L4). OBS II: medula termina em L1 e L2. III. Pele * Bastante extensa no DORSO, por ser uma região EXTERNSOR do tronco. * Apresenta linhas de força de Langer (linhas de clivagem), que são horizontais e utilizadas para fazer incisões em cirurgias, e como possuem muito colágeno, possuem uma eficaz cicatrização. * As fibras da derme (Tec. Conj.) sofrem deteriorização com a idade -> rugas e flacidez. IV. Fáscia Superficial: * Fáscia Superficial (“hipoderme”) é uma tela subcutânea, localizada logo após a pele (epiderme + derme). * Tecido conjuntivo frouxo + Camada de gordura, flácida na sua superfície e mais compacta no seu interior. Nela, há pequenos vasos e nervos cutâneos sensitivos, com axônios sensitivos a dor, ao tato… * Responsável pela maior parte da reserva de gordura corporal. V. Fáscia Profunda: Serve para contenção dos m.m. intrínsecos do dorso e evita a expansão da área. * Fáscia tóraco lombar: fáscia profunda no dorso, serve para a proteção dos músculos, fazendo contenção dos m.m. INTRÍNSECOS. * Essa FÁSCIA TÓRACO-LOMBAR: dá origem ao m. oblíquo interno, o m. transverso e o m. laltíssimo do dorso (grande dorsal). �2 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 * Separa a musculatura extrínseca da intrínseca e é formada por uma lâmina superficial e uma profunda. * Lâmina superficial: é anterior ao quadrado lombar e insere-se na face anterior dos processos transversos e ligamentos intertransversos. * Lâmina profunda: insere-se nos processos espinhosos e cobre os músculos da coluna. * Região intrínseca do dorso: trabalha com a postura. OBS: As fáscias do corpo são contínuas. * Até agora, rebate a pele -> tela subcutânea -> gordura (fáscia superficial) -> fáscia tóraco lombar (fáscia profunda) -> músculos extrínsecos MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO DORSO: 1. m.m. Extrínsecos: estão no dorso mas se relacionam com os movimentos superiores do corpo. * Compreendem os músculos da camada superficial e da intermediária. * Função: produzem e controlam os movimentos do membro (grupo superficial e alguns intermediários) e os respiratórios (os outros do grupo intermediário). a) Extrínsecos SUPERFICIAIS: * Na filogênese, quando o ser humano passou de quadrúpede para bípede, os músculos de origem braquial migraram de lugar. Dessa forma, todos os m.m. de origem braquial são inervados por nervos cranianos e não nervos espinhais. * Com isso, o músculo trapézio é inervado pelo nervo acessório (XI), assim sendo, tem relação com a parte superior do corpo, não com o dorso. 1ª Camada: Superficial e de musculatura extrínseca * M. Trapézio e M. Latíssimo do dorso M. TRAPÉZIO: * Origem: na Protuberância Occipital Externa (entre o ápice do occipital e o forame magno) e termina ao nível do processo espinhoso de T12. * 3 inserções: cíngulo do membro superior (espaço entre os ossos fixos do membro superior: clavícula e escápula) - vai até a espinha lateral da escápula e na frente, no acrômio (clavícula). * Ação: elevação, retração e abaixamento do OMBRO. (Não atua no braço, apenas no ombro) * Quando o músculo trapézio e o m. Serrátil anterior se contraem, a cavidade glenóide se eleva (gerando abdução do braço até 120º). Depois de 120º o braço só rotaciona, não levanta/abduz mais que isso. �3 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 * Inervação: nervo acessório (XI) - Lesão no nervo acessório: DIFICULDADE DE PENTEAR O CABELO. LATÍSSIMO DO DORSO/ GRANDE DORSAL: * Origem: processos espinhosos de T6 (até T12). * Pega coluna vertebral de T6 para baixo, 3 últimas costelas, fáscia tóraco lombar e parte posterior da crista ilíaca. * Inserção: região medial do sulco intertubercular (assim, pegando no úmero - atua apenas no BRAÇO) * Ação: 1. Extensão (braço p/ trás) 2. Adução (aproximação do braço ao corpo), 3. Rotação medial (interna, pois o músculo está p/ o lado interno do BRAÇO - rotação medial é como uma pronação). * Inervação: N. tóraco dorsal (sai do fascículo posterior do plexo braquial). * Também chamado de músculo das escalada e músculo da tosse. a) m. da escalada: levanta o corpo (eleva quadril) quando o braço está fixado mais acima. Também é chamado de m. do cadeirante. b) m. da tosse: ajuda na EXPIRAÇÃO, por pegar as últimas costelas ele atua abaixando-as, diminuindo, assim, o diâmetro látero-lateral da caixa torácica -> forçando o ar a sair. Relembre: * Origem: Ponto Fixo (mais Proximal, também chamado de inserção proximal). * Inserção: Ponto Móvel (Distal). Movimentos: * Todos os movimentos do braço: flexão, extensão, abdução, adução, rotação lateral e medial. * Extensão: para trás (o m. laltísimo do dorso ao contrair, extende o braço, pois está para trás). * Flexão: para frente (logo, envolve a contração dos músculos do peitoral). * Adução: para baixo | Abdção: para cima * Pronação: rotação medial. * Supinação: rotação lateral. �4 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 2ª Camada: Intermediária * Esses m.m. se encontram embaixo do trapézio e são o M.Elevador da escápula, m. Rombóide maior e m. Rombóide Menor. * Todos eles se inserem na borda medial da escápula. * O m. Elevador da escápula se insere a cima da espinha escapular. * O m. Rombóide Menor se é ao nível da espinha. * O m. Rombóide Maior toda região abaixo da espinha escapular. * Inervação DOS 3: ramos do plexo braquial e nervo escapular-dorsal (também faz parte do plexo braquial). * Nos dois últimos músculos, os Rombóides, sua contração abaixa a cavidade glenóide (aproximam medialmente o ângulo inferior da escápula). Por ex, quando você vai pegar algo no chão (Esses m/m. São anatagoistas ao m. Trapézio e ao m. Serrátil Anterior, que elevam). M. ELEVADOR DA ESCÁPULA: * Origem: C1-C4 * Inserções: na borda medial da escápula, em cima da espinha escapular. * Ação: elevar o ombro (junto com o trapézio) - eleva a escápula e faz a rotação inferior dela (quando se roda o braço para baixo) M. ROMBÓIDE MENOR: Em cima do rombóide maior * Origem: Processos espinhosos de C7-T1 * Inserção: ao nível da espinha escapular (na borda medial da escápula) * Ação: RETRAÇÃO da escápula, abaixando a cavidade glenoidal. OBS: Retração: puxar parte do corpo para trás. É o mov. oposto ao de protração (parte do corpo para frente - As únicas articulações capazes de protrair são do ombro e a mandíbula). M. ROMBÓIDE MAIOR: * Origem: T2-T5 * Inserção: abaixo da espinha escapular (na borda medial da escápula) * Ação: retração da escápula, abaixando a cavidade glenoidal. �5 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 b) Extrínsecos Intermediários: m.m. Serráteis - m.m de ventilação * São músculos espino costais: saem dos processos espinhos e vão para as costelas. * Não se relacionam com os movimentos dos membros, mas sim com o levantamento e abaixamento das costelas. * Todo m.m. que eleva a costela é inspiratório (alça do balde para cima, aumenta diâmetro látero-lateral da caixa torácica). * Os que rebaixam a costela são expiratórios (alça do balde para baixo). M. SERRÁTIL PÓSTERO SUPERIOR: Está profundamente aos romboides. * Origem: do Ligamento Nucal (C7 - porção mais baixa da coluna cervical) até processo espinhoso de VT3 * Inserção: 2ª à 5ª costela OBS: a primeira costela não está relacionada com o músculo serrátil póstero-superior e sim com o escaleno. * Ação (quando ele se contrai): elevação das 2ª à 5ª costelas (inspiração, aumenta o volume torácico) * Inervação: ramos do N. Dorsal da escápula M. SERRÁTIL PÓSTERO INFERIOR: Está profundo ao latíssimo do dorso. * Origem: Processos espinhosos de T11, T12, L1 e L2 * Inserção: 4 últimas costelas (margem inferior das cost. 9, 10, 11 e 12). * Ação: expiração (abaixa as costelas, diminui o volume torácico) * Inervação: ramos do N. Tóraco Dorsal (o mesmo que inerva o Latíssimo do dorso) MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO DORSO: 2. m.m. Intrínsecos: são revestidos por fáscia muscular. * Camada mais profunda. * Inervação: ramos posteriores/ dorsais dos nervos espinhais. OBS: Os nervos espinhais são mistos, ao contrário de todos os cranianos. Os nervos espinhais, quando saem do forame vertebral, dão 1 ramo anterior (motor) e 1 posterior (sensitivo). Exceção: região torácica, onde dão origem aos plexos �6 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 * Não migraram na filogênese, atuam na coluna vertebral, mantendo a estabilidade do tronco (postura). OBS: os músculos menores são mais rotacionais. 1ª Camada: ELI (do m. + medial para o mais lateral) a) M. ESPLÊNIOS: Na região da nuca (são suboccipitais) * Fazem a proteção na nuca (mantém os músculos profundos do pescoço na posição). 1. Esplênio da Cabeça: C7 à T3 2. Esplênio do Pescoço: de VT3 até VT5, processo mastóide * Contração unilateral: flexão lateral da cabeça para o MESMO lado do músculo ativo. * Contração bilateral: extensão da cabeça e do pescoço. M. ERETORES DA ESPINHA: m. íleo costal, longuíssimo e espinhal (são longitudinais e os principais EXTENSORES da coluna) A ação desses 3 músculos é a mesma : * Contração unilateral: FLEXÃO LATERAL da coluna. * Contração bilateral: EXTENSÃO da cabeça e da coluna e ajuda na manutenção da POSTURA ERETA. OBS: dorso é mais extensor, quem faz a flexão são músculos ventrais. b) M. ÍLEO COSTAL: Lateral * Ao nível do ângulo das costelas é o mais LATERAL. * Possui 3 porções: M. íleo costal do lombo, do tórax e do pescoço, atingindo toda essa região. * Não chega na cabeça. b) M. LONGUÍSSIMO: Intermédio * Entre o ângulo costal e os Processos transversos (?) (é o INTERMEDIÁRIO) * Longuíssimo do tórax, do pescoço e da cabeça. * Chega até o processo mastóide, no osso occipital c) M. ESPINHAL: Medial * Entre os processos espinhosos (é o mais MEDIAL) * M. Espinhal da cabeça (inconstante), do tórax e do pescoço, atingindo toda essa região. �7 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 2ª Camada - músculos intrínsecos: Complexo Transverso Espinhal * Origem: saem dos processos transversos das vértebras. * Inserção: vão para os processos espinhais de cima (das vértebras superiores). * Como todos o m.m. intrínsecos a inervação é pelos ramos posteriores/ dorsais dos nervos espinhais. a) M. SEMIESPINHAIS: do tórax, do pescoço e da cabeça (mais espesso na região da cabeça). OBS: o da cabeça vai até a linha nucal superior. O do pescoço até a linha nucal inferior. Ação dos semi-espinhais da cabeça e do pescoço: * Contração unilateral: ROTAÇÃO CONTRALATERAL DA COLUNA CERVICAL E TORÁCICA E DA CABEÇA. * Contração bilateral: EXTENSÃO, restrição e estabilização das partes cervicais e torácicas da coluna e da cabeça. b) M. MULTÍFIDOS: Somente na região lombar - Podem funcionar como órgãos de propriocepção. c) M. ROTADORES: mais profundos e de menor tamanho - tem + na região torácica, pois é a região que mais rotaciona. 1. ROTADORES CURTOS: quando se dirigem para o processo transverso da vértebra adjacente. 2. LONGOS: quando se dirigem para o processo transverso da outra vértebra (pula-se uma vertebra). 3ª Camada: Camada mais profunda dos m.m. intrínsecos * São longitudinais e pequenos * Como todos o m.m. intrínsecos a inervação é pelos ramos posteriores/ dorsais dos nervos espinhais. a) Músculos intertransversais (nos processos transversos) - Ação: EXTENSÃO e ROTAÇÃO da coluna vertebral. b) Músculos interespinhais (nos processos espinhosos) - Ação: FLEXÃO LATERAL da coluna. Quando agem bilateralmente, ESTABILIZAM a coluna. c) Elevadores das costelas (inspiração) se dirigem do processo transverso de uma vértebra para a costela. * Parte da coluna que mais se movimenta é a CERVICAL. * Quanto mais lateralizado o músculo, mais envolvido com a FLEXÃO LATERAL ele estará. * Quando mais medial o músculo, mais envolvido com a ROTAÇÃO. OBS: * Se a cabeça rotaciona para o lado direito: * O esplênio que se contrai é o do lado direito. * O esternomastoideo e o semi-espinhal que se contrai é o do lado esquerdo. �8 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 TRÍGONOS NO DORSO: TRÍGONO/ TRIÂNGULO DA AUSCULTA: * Delimitado pela borda lateral da escápula, borda lateral do trapézio e borda superior/ medial do laltíssimo do dorso. * Assoalho: m. rombóíde maior * Essas regiões tem menor espessura (menos músculos) por isso tem maior proximidade com o pulmão e fornecem uma ausculta melhor. TRÍGONO LOMBAR INFERIOR/ DE PETIT: * Área pouco fortalecida - probabilidade de hérnia (hérnias lombares de Petit). * Borda do latíssimo do dorso, borda do oblíquo externo e a crista ilíaca. * Assoalho: m. oblíquo interno do abdômen * Da superfície para a profundidade: oblíquo externo, oblíquo interno e transverso. "TRÍGONO" LOMBAR SUPERIOR/ DE GYNFELTT: * É QUADRICULAR Delimitado pela: * 12ª costela * Serrátil Póstero Inferior * Eretores da espinha * Oblíquo interno * Transverso do abdôme forma seu assoalho (profundidade) * Por só ter o transverso e na frentedele não ter mais nada, é nesse trígono lombar superior que a maioria das HÉRNIAS LOMBARES se formam. OBS: Hérnia: projeção (saliência) formada pela saída de parte de um tecido por meio de uma abertura anormal. Podecorrer quando fazemos muita força. TRÍGONO SUBOCCIPITAL: Na região occipital (nuca). * Entre a linha nucal superior e inferior. Formação e limites do trígono: * ÍNFERO-LATERAL: M. Oblíquo inferior da cabeça (o qual sai do processo espinhoso do áxis - VC2). �9 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 * SÚPERO-LATERAL: M. Oblíquo superior da cabeça (sai do processo transverso do atlas -VC1 - em direção as linhas nucais superior e inferior). * SÚPERO MEDIAL: M. Reto Posterior Maior da CABEÇA * Assoalho: membrana atlanto occipital posterior (perfurada) CONTEÚDO DO TRÍGONO SUBOCCIPITAL: * Perfurado pela a artéria vertebral (é o primeiro ramo da artéria subclávia). * Nervo suboccipital (C1 - é um nervo apenas motor, sem sensibilidade e sem dermátomos). * Apenas a partir de C2 que há dermátonos (partes cutâneas inervadas por um nervo espinhal). Sendo possível sentir sensibilidade. * Ramo Occipital maior é o ramo posterior de C2 (áxis) * Occipital terceiro �10 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 COLUNA VERTEBRAL: * Aproximadamente 44 cm e, geralmente, fica até L1. * Corresponde a aproximadamente 2/5 da nossa altura total. * Entre as vértebras, encontra-se os discos intervertebrais (cerca de 23) com seus mecanismos de hidratação, durante o dia esses discos vão se desgastando e perdemos cerca de 2 cm de altura, os quais depois será reposto com reposição hídrica a partir do núcleo pulposo. * Os discos intervertebrais são formados por ANEL FIBROSO (mais externo) e NÚCLEO PULPOSO (mais interno e formado por água). Mais volumosos na região CERVICAL e TORÁCICA. * Vértebra L5 fundida com a S1 (sacro): SACRALIZAÇÃO DA L5. * Curvaturas da coluna: ocorre devido ao formato dos discos vertebrais e NÃO devido a modificações das vértebras. * CIFOSE: desvio da coluna vertebral de convexidade posterior. Na maioria das vezes é localizada na região torácica. * LORDOSE: desvio da coluna vertebral de convexidade anterior. Na maioria das vezes é localizada na região lombar. LIGAMENTOS CRANIOCERVICAIS EXTERNOS: a) Membrana Atlanto-occiptal (2) sinovial condilar * Fixam o atlas (C1) ao nível do forame magno. * Ocorre entre as massas laterais do atlas e os côndilos occipitais * Membrana Atlanto occipital anterior: espessamento do ligamento longitudinal anterior. * Membrana Atlanto-occipital posterior: é como se fosse a continuação do ligamento flavo (amarelo). É perfurada pela artéria vertebral. * A artéria vertebral (ramo da artéria subclávia) sobe pelos forames transversos das vertebras cervicais (EXCEÇÃO: C7) e quando chega na parte do atlas (C1), ela perfura a membrana atlanto-occipital posterior. Depois, vai para o crânio por meio do forame magno. Lá ela vai formar a artéria basilar. b) Membrana Atlanto-axial: sinovial * ROTAÇÃO da cabeça (TROCÓIDE ou PIVÔ) * A luxação dessas vértebras pode causar a compressão da parte cervical superior. Isso pode atingir o bulbo (medula oblonga - porção inferior do tronco encefálico) c) ARTICULAÇÕES INTERCORPOVERTEBRAIS: * A coluna é protegida por ligamentos longitudinais, os quais recobrem a região anterior, ântero- lateral e posterior. �11 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 * Como a região póstero-lateral não tem nenhum ligamento, os discos intercorpovertebrais estão MAIS SUJEITOS A HERNIAÇÃO. * Ligamento SUPRAESPINHAL: tangencia as pontas dos processos espinhosos, devido ao fato de que as vértebras cervicais (com excessão de C7) tem processos espinhosos muito curtos, forma o chamado LIGAMENTO NUCAL. * Ligamentos LONGITUDINAIS: protegem apenas os corpos vertebrais e os discos 1. Ligamento longitudinal POSTERIOR: recobre a parte posterior da vértebra. A partir do áxis (C2) tem um diâmetro maior chamado de MEMBRANA TECTÓRIA, * Se a membrana tectória for retirada, encontra-se o ligamento mais importante o ligamento CRUCIFORME DO ATLAS (complexo do ligamento transverso + dois fascículos longitudinais, o superior e o inferior). 2. Ligamento longitudinal ANTERIOR: recobre a parte anterior do corpo vertebral. É mais largo que o posterior. Seu espessamento origina a MEMBRANA ATLANTO-OCCIPITAL ANTERIOR. * Ligamentos alares (São lateralizados) * Ligamento do ápice do dente do áxis d) ARTICULAÇÕES INTER-VERTEBRAIS: I. Entre os corpos: * Discos interverterias * Ligamentos Longitudinais (2); O Anterior (na frente do canal vertebral, vai do forame magno até o sacro) e o Ligamento Longitudinal Posterior II. Entre os arcos vertebrais: * Ligamento supraespinhal * Ligamento interespinhal * Ligamento flavo (amarelo) -> membrana atlanto-occipital posterior Relembre Articulações: * Sindesmoses: juntura fibrosa. Ligamento nucal, supra-espinhal, interespinhais e amarelos. * Sínfises: juntura cartilaginosa. Disco intercorpovertebral. * Sínfise: juntura cartilagínea fibrosa. Ligamento longitudinal anterior e posterior. * Sinovial: Entre os processos articulares -> plana. * Art. Atlanto-occipital: memb. Atlanto-occipital ant e posterior: -> condilar. * Art. Atlanto-axiais lat: memb. Atlanto-axial �12 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 MEDULA ESPINHAL: * Dentro do canal vertebral. * É o principal centro de reflexo e via de condução entre o corpo e o encéfalo. * Medula começa no forame magno e termina entre L1 e L2, ou seja, antes de acabar a coluna vertebral. * Alargamento/abaulamento da medula: * Serve para a inervação dos membros superiores e inferiores. * INTUMESCÊNCIA CERVICAL: de C4 até T1. A maior parte dos ramos anteriores que saem dessa região formam o plexo braquial, o qual inerva os membros superiores. * INTUMESCÊNCIA LOMBAR: de T11 até L1. A maior parte dos ramos que saem dessa região formam os plexos lombar e sacral, os quais vão inervar os membros inferiores. * CAUDA EQUINA: são remanescentes/ filamentos da medula que continuam. É composta pelas raízes dos últimos nervos espinais que se originam da intumescência e do cone medular. Esses últimos nervos “correm” através da cisterna lombar (espaço subaracnóideo que contém líquor). * Cone medular: é o afinamento da medula. * Filamento medular: é o filamento da medula que continua depois do cone medular. Relações vértebro- medulares: entre os corpos vertebrais e os segmentos medulares Relembre: * Há 8 segmentos medulares cervicais e 7 vértebras * Torácica: 12 segmentos * Lombar: 5 Segmentos * Sacral: 5 Segmentos * Coccígeno: 1 Segmento * Totalizando 31 Segmentos medulares * As vértebras dão flexibilidade à coluna vertebral e se articulam através de articulações sinoviais (realizam a comunicação entre uma extremidade óssea e outra. Composição: cartilagem, ligamentos, liquido sinovial e cápsula articular). RELAÇÃO DOS CORPOS VERTEBRAIS E SEGMENTOS MEDULARES: Regra prática para descobrir o segmento: * VC -> + 1 - Exemplo: segmento medular que está na VC4 -> é o C5. * VT altas (até VT6) -> + 2 - Exemplo:na VT6 está o segmento medular T8. * VT7 a VT9 -> +3 �13 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 - Exemplo: segmento medular que está na VT8 -> é o T11. * VT10 -> corresponde aos segmentos medulares L1 e L2 * VT11 -> L3 e L4 * VT 12 -> L5 * VL1 -> segmentos sacrais SAÍDA DOS NERVOS ESPINHAIS: * EXISTEM MAIS NERVOS ESPINHAIS DO QUE VÉRTEBRAS. Isso acontece pois existe o nervo C8. * Eles se originam nos segmentos medulares correspondentes e saem dos forames intervertebrais da seguinte forma: * NERVOS CERVICAIS: saem sempre ACIMA DA VÉRTEBRA CORRESPONDENTE. * Exemplo: O nervo C2 sai entre as vértebras C1 e C2. O C7 sai entre as vértebras C6 e C7. * IMPORTANTE: existe NERVO C8. Ele sai entre a vértebra C7 e a T1. Já o C1 sai acima da vértebra C1. * NERVOS TORÁCICOSe LOMBARES: saem sempre ABAIXO DA VÉRTEBRA CORRESPONDENTE. * Exemplo: o nervo T5 sai entre as vértebras T5 e T6. O nervo L4 sai entre as vértebras L4 e L5. * É importante notar que em L4 e L5 a medula já acabou. Só existe a cauda equina. Devido a isso, o nervo L5 se origina no segmento medular L5 que está localizado na vértebra T12. HÉRNIA DE DISCO: * As raízes dos nervos podem ser comprimidas por discos herniados: o núcleo pulposo do disco intervertebral extravasa e comprime o nervo espinhal correspondente na região póstero-lateral. Se a hérnia estiver entre L4 e L5, afetará o nervo de L5 (sempre da de baixo, soma 1) Se uma hérnia de disco entre L5 e S1 pega nervo em S1 Entre as vértebras C6 e C7: afetará o nervo C7. Entre as vértebras C7 e T1: afetará o nervo C8. * Sinal clínico de Lasegue: pessoa não consegue levantar a perna mais de 30º. Pode ser por um hérnia ou uma irritação neuronal. * Ramos comunicantes brancos e cinzentos do nervo espinhal fazem parte do SN Autônomo. * Ramos anteriores do nervo espinhal formam os plexos, como o plexo braquial. * Espinha bífida oculta: fechamento incompleto da coluna vertebral (Pode haver o crescimento de tufo de cabelo nas costas da criança). Quando apenas as meninges estão expostas: MENINGOCELE. Quando as meninges, a medula e as raízes nervosas estão expostas: MIELOMENINGOCELE. �14 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 VASCULARIZAÇÃO: ARTÉRIAS DA MEDULA ESPINHAL: * As artérias da medula correm longitudinalmente do bulbo para o cone medular. * Na região superior (cervical): ramos da artéria vertebral (a.a. vertebrais), ramos de troncos que saem da artéria subclávia (como a a. cervical profunda e a a. cervical ascendente). Elas nutrem toda a parte do dorso e ainda contribui para a nutrição da medula espinhal. * Região torácica: a.a. intercostais posteriores * Região lombar: a.a. lombares (ramos da artéria aorta descendente) * Região sacral: a. Sacrais laterais (ramo da a. Ilíaco interna) * a. Sacral mediana (sai da a. Ilíaca comum) * Essas artérias principais e os ramos vão contribuir tanto para a nutrição da medula como para os músculos. * Toda essa drenagem vai cair no sistema das veias ázigos, hemi ázigos e hemiázigos acessório. * Artéria Segmentar Magna (Artéria de Adam Kievicy): responsável pela nutrição da região que inerva os membros inferiores - itumescência lombar. * Portanto, uma lesão na Artéria Segmentar Magna pode tornar o indivíduo paraplégico. VEIAS: SISTEMA AVALVULAR DE BATSON: RETORNO VENOSO * Todo retorno venoso é feito através de dois plexos venosos: o plexo venoso externo e o plexo venoso interno. * As veias desses plexos ou são desprovidas de válvulas ou elas não funcionam bem, sendo insuficientes (ou seja, o sangue pode subir ou descer dependendo da pressão interna abdominal). Isso facilita a propagação de tumores, estando relacionado ao câncer metastático. - Câncer de próstata ou ovários pode levar a metástase ao crânio, coluna… PLEXO VENOSO EXTERNO: * Tem veias anteriores aos corpos vertebrais e veias nos processos espinhosos. PLEXO VENOSO INTERNO: * Principalmente no espaço epidural. Raquianestesia: ao nível de L4. �15 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 DRENAGEM LINFÁTICA SUPERFICIAL: * No dorso, a maior parte da drenagem superficial se refere à pele e à tela subcutânea. * LINFONODOS AXILARES: Linfonodos acima da Crista Ilíaca. * LINFONODOS INGUINAIS SUPERFICIAIS: Linfonodos abaixo da Crista Ilíaca. PROFUNDA: Região cervical: * Maioria da drenagem linfática é profunda na região cervical. * Linfonodos estão juntos à Veia Jugular Interna. * Há uma série de órgãos cuja linfa drena para os linfonodos cervicais profundos, e desembocam no TRONCO CERVICAL → DUCTO TORÁCICO → DUCTO COLETOR DIREITO Região torácica: Drenagem acontece para os linfonodos mediastínicos. Região lombar: * No Abdome: Linfonodos ficam ao lado da Aorta (linfonodos paraórticos) e da Veia Cava Superior (linfonodos paracavais). * Na pelve: linfonodos sacrais * Linfonodos da região lombar sesembocam na cisterna do quilo → onde sai o ducto torácico → ângulo venoso (v. Jugular + v. cava) OBS: * Sempre palpar no paciente a fossa supraclavicular esquerda → toda a linfa do diafragma para baixo chegará nessa região * Linfonodo de Virchow → gânglio linfático de tamanho aumentado na região supra-cavicular esquerda. Pode ser o 1º sinal de câncer testicular. * SINAL DE TROISIER: linfonodo supraclavicular esquerdo aumentado e endurecido. É um indicativo de cânceres abdominais, em particular do câncer gástrico. DERMÁTOMOS: * Dermátomo: relação da superfície do corpo humano com cada segmento medular (é a sensibilidade do SEGMENTO e não do nervo). Muitas vezes não é possível distinguir pelo toque, na pele, um dermátomo do outro. * Os dermatómos do membro superior são todos cervicais. �16 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 Camada Superficial: Camada Intermediária: �17 Anatomia Topográfica do Dorso Aula 01 Camada Profunda: �18
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