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T O X O P L A S M O S E Alice Barros – MEDICINA – DOENÇAS TROPICAIS DOENÇA ✔ Toxoplasma gondii, agente etiológico da toxoplasmose, é um protozoário intracelular obrigatório que apresenta ciclo evolutivo com três formas principais sendo todas elas dotadas de competência para realizar a infecção: taquizoítos (que ocorrem na fase aguda ou na reagudização da doença e são capazes de atravessar a placenta e infectar o feto); bradizoítos (que se encontram nos tecidos dos seres humanos e de todos os animais infectados pelo protozoário) esporozoítas que se encontram dentro dos oocistos (formados exclusivamente no intestino dos felinos, seu hospedeiro definitivo). O oocisto é a forma de resistência do parasito presente no meio ambiente, podendo ficar viável e infectivo por períodos superiores a um ano no solo ou em fontes de água doce ou salinizada ✔ Após a infecção aguda, o parasito persiste por toda a vida do hospedeiro sob a forma de cistos teciduais podendo ocasionar ou não repercussões clínicas em pessoas imunocompetentes. ✔ Na gestação, se a gestante adquire a toxo ela não sente nada geralmente, mas esse parasita está se proliferando e isso pode causar sequelas nessa criança/feto. ✔ Tem que pedir sorologia de toxoplasmose dos 3 semestres pra saber se essa gestante teve a toxoplasmose. ✔ Doença febril geralmente benigna e autolimitada (em pacientes imunocompetentes). ✔ Causada pelo Toxoplasma gondii que infecta os seres humanos através de cistos ou oocistos ou por transmissão vertical; ✔ Os felinos são os único hospedeiros definitivos. A toxoplasmose na maioria das vezes é assintomática ou com pouquíssimos sintomas. ✔ Os gatos eliminam os oocistos por meio das fezes e isso favorece a disseminação da doença. A toxo pode causar lesões na retina, e pode levar até mesmo a cegueira. TRANSMISSÃO Fecal-oral: – Ingestão de oocistos eliminados nas fezes de felinos; Carnivorismo – Consumo de carnes e produtos de origem animal (suínos, caprinos e ovinos) crus ou mal cozidos contendo cistos teciduais; Transplacentária – Passagem de taquizoítos via circulação materno-fetal (fase aguda da infecção materna) Transplante de Órgãos, sangue em transfusões, acidentes de laboratório, leite cru de cabra e da mulher infectada (raramente) PATOGENIA ✔ Período de incubação: o 10 a 23 dias após a ingestão de carne mal cozida; o 5 a 20 dias após a ingestão de oocistos; ✔ O parasita pode causar uma grande destruição de células devido à sua própria ação ou pela hipersensibilidade apresentada pelo hospedeiro. As manifestações da doença no homem estão, geralmente, relacionadas a uma vulnerabilidade tissular especial associada à regeneração lenta ou ausente. ✔ A infecção materna, embora inaparente, pode determinar lesões destrutivas no feto. TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO ✔ Mulheres grávidas são frequentemente assintomáticas ou apresentam sintomas leves, tornando o diagnóstico clínico difícil, fazendo com que os exames laboratoriais sejam importantes para estabelecer o diagnóstico definitivo da infecção materna. ✔ Determinar o período em que a infecção ocorreu na gestante é importante pois a infecção antes da concepção apresenta baixo risco de transmissão para o feto, ao contrário do que ocorre quando a primoinfecção ocorre durante a gravidez. O MÉDICO PEDE A DOSAGEM DE TOXO IGG E IGM PARA TOXOPLASMOSE. ✔ O Diagnóstico clínico é pouco fidedigno, pois os sintomas, quando referidos, são inespecíficos e semelhantes a um quadro gripal. ✔ A linfadenomegalia e a febre são as queixas mais freqüentes e podem estar acompanhadas de cefaléia, coriza, mialgia e astenia. ✔ Cerca de 80 a 90% dos casos são assintomáticos , o que torna o diagnóstico basicamente sorológico. PODE CAUSAR NO FETO: Óbito Fetal Retardo Mental Calcificações intracranianas Coriorretinite aos 20 – 30 anos Hepato-esplenomegalia Hidrocefalia DIAGNÓSTICO ✔ O diagnóstico de toxoplasmose é muito complexo, sendo em muitos casos difícil de distinguir a infecção aguda da crônica, (BAQUERO-ARTIGAO, 2013) e deve ser fundamentado na associação entre as manifestações clínicas, riscos para o adoecimento e a confirmação por meio de estudos sorológicos (BRASIL, 2010). Isolamento do Toxoplasma gondii ✔ A pesquisa direta de T. gondii pode ser realizada em amostras de: sangue, líquido cefalorraquidiano, saliva, escarro, medula óssea, cortes de placenta, assim como dos conteúdos coletados de infiltrados cutâneos, de manifestações exantemáticas, do baço, do fígado, músculo e, especialmente de gânglios linfáticos. Histopatológico PCR ✔ Ministério da Saúde recomenda no “Roteiro para Rastreamento Pré-Natal da Toxoplasmose” a realização do exame de PCR de amostras de líquido amniótico para fins de diagnóstico da infecção fetal. ✔ Se na região houver possibilidade desse exame, a indicação é realizar a amniocentese quatro semanas após a infecção materna ou após a 18 semanas e não ultrapassando 21 semanas de gestação • Sorologia (mais comuns) o Teste do corante Sabin Feldman o Teste de Aglutinação o IFI o ELISA (IgG, IgM, IgA, IgE) * + comum o Teste de Avidez para IgG Toxoplasmose ✔ TAQUIZOITA INVADE A PLACENTA. ✔ O rastreamento sorológico permite a identificação de gestantes suscetíveis para seguimento posterior, com vistas à prevenção da infecção aguda por meio de medidas de prevenção primária e a detecção precoce. Além disso, o monitoramento apoia o diagnóstico diferencial e o tratamento para: mononucleose infecciosa, citomegalovírus, arboviroses, sífilis, rubéola, herpes, AIDS e outras doenças febris. DIAGNÓSTICO LABORAL ✔ Pesquisa de anticorpos específicos anti-T. gondii, são os mais utilizados para o diagnóstico da toxoplasmose. ✔ As curvas de ascensão e queda de títulos dos anticorpos específicos de diferentes isotipos (IgM, IgA, IgE e, principalmente, IgG) obedecem ritmos diversos e refletem a evolução da infecção. – IgM positivam-se em 5 a 14 dias após a infecção, atingem níveis elevados em um mês e podem permanecer positivos por 18 meses ou mais; Isso pode atrapalhar – IgG positivam-se após 7 a 14 dias, atingem o pico máximo cerca de 2 meses após a infecção, declinam 5 a 6 meses depois e podem ser detectados pelo resto da vida. ✔ A comparação dos títulos de IgG obtidos por meio de um mesmo teste laboratorial em duas amostras consecutivas de sangue, colhidas com pelo menos três semanas de intervalo, permite o diagnóstico de infecção aguda materna se forem detectados soroconversão (exame previamente negativo torna-se positivo) ou aumento dos níveis de anticorpos IgG associado à presença de IgM ✔ Em geral, os títulos de testes sorológicos para detecção de IgG no RN são bastante semelhantes aos títulos maternos no momento do parto. Os anticorpos IgG transferidos da mãe durante a gestação são gradativamente degradados pela criança ao longo do primeiro ano de vida. Considerando-se as dificuldades existentes na interpretação dos resultados de testes sorológicos realizados no período neonatal, em muitos RN o diagnóstico de toxoplasmose congênita só pode ser confirmado ou descartado por meio do acompanhamento da evolução dos títulos de IgG ao longo do primeiro ano de vida, pois os anticorpos IgG anti-T. gondii produzidos pela criança persistem ou aumentam nas crianças infectadas ✔ A infecção congênita pode ser excluída com a negativação dos anticorpos IgG antes de 12 meses de idade. A soronegativação deve ser confirmada com novo exame, colhido após dois meses de intervalo. Em crianças que receberam tratamento, a soronegativação só deve ser considerada definitiva após dois meses da suspensão das drogas antiparasitárias ✔ O teste de avidez de IgG é importante para determinar a época da infecção pelo toxoplasma na gestante, visto que alta avidez indica que os anticorpos foramproduzidos há mais de 12-16 semanas (MARQUES, 2015). Portanto, quando se verifica alta avidez em gestantes que apresentam IgG e IgM positivos já na primeira amostra coletada no primeiro trimestre de gestação, conclui-se que a toxoplasmose foi adquirida há mais de 4 meses, consequentemente antes da concepção. ✔ A presença de baixa avidez de IgG associada ao resultado positivo de IgM e IgG indica uma infecção recente, adquirida durante a gestação ou antes dela, pois baixos índices de avidez podem durar até um ano. Nesses casos, a repetição da sorologia após 2 a 3 semanas pode mostrar elevação dos títulos dos anticorpos IgM e IgG evidenciando uma infecção aguda, ou mostrar títulos estáveis de IgG e persistentemente baixos de IgM mostrando que a infecção ocorreu há alguns meses e estamos diante de IgM residual. É importante destacar que, na gestante, a associação entre baixa avidez de IgG e títulos elevados de IgM e IgG são fortemente sugestivos de infecção aguda adquirida na gestação Imunoglobulina A (IgA) e Imunoglobulina M (IgM) ✔ No RN, a detecção de anticorpos IgA ou IgM antitoxoplasma tem a mesma interpretação e sensibilidade semelhante. Alguns estudos relatam o aumento da sensibilidade quando as sorologias para IgM e IgA são realizadas em conjunto para identificar a TC. Por isso, recomenda-se, quando possível, a determinação simultânea de IgM e IgA no RN. A presença destas classes de imunoglobulina no RN menor que seis meses de idade confirma a toxoplasmose congênita, já que elas não ultrapassam a barreira placentária. O caso pode ser excluído definitivamente pela ocorrência de negativação dos títulos de IgG antitoxoplasma antes de 12 meses de idade. ✔ Em crianças que receberam tratamento, a soronegativação só deve ser considerada definitiva seis meses após a suspensão das drogas antiparasitárias. TESTE DE AVIDEZ ✔ O teste de avidez de anticorpos IgG baseia-se na maior força das ligações iônicas entre antígeno e anticorpo nas infecções antigas, quando comparadas com infecções recentes. (BARINI et al., 2000). Em qualquer resposta imunológica primária, os anticorpos desencadeados por um estímulo antigênico, inicialmente, apresentam baixa avidez. ✔ O teste de avidez é feito quando dá IgM e IgG positivo. ✔ À medida que a resposta imunológica ocorre, os anticorpos da classe IgG apresentam avidez cada vez maior. (LESER, 2003). Este teste é de grande valor na diferenciação de infecção crônica (ocorrida há mais de quatro meses), na qual se apresenta elevada, da infecção recente (ocorrida há menos de quatro meses), cuja avidez apresenta-se baixa. o Baixa Avidez= infecção há menos de 4 meses o Alta Avidez = infecção há mais de 4 meses (infeccionada a muito tempo) ✔ Então se essa pessoa tem IgM e IgG positivo e o teste de avidez dá alto, significa que essa pessoa se infectou a bastante tempo. Então, se for no primeiro trimestre da gravidez você fica mais tranquilo porque essa pessoa adquiriu a toxoplasmose antes de ficar gravida. ✔ Observar a relação trimestre-avidez. ✔ O teste de avidez de IgG é recomendado para mulheres que realizam a primeira sorologia antes de 16 semanas de gestação e apresentarem IgM reagente ✔ Classificação dos casos de acordo com a sorologia - Algoritmos 1 e 2 A) Gestante com infecção antiga, exposição anterior ao parasita (provavelmente imune). • IgG reagente e IgM não reagente. B) Gestante com possível infecção recente. • IgG reagente e IgM reagente. • Nesses casos, o laboratório deve realizar o teste de avidez de anticorpo IgG e/ou pesquisa de IgA, na mesma amostra de soro. • A interpretação dependerá da idade gestacional no momento da coleta da amostra. INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS E CONDUTAS PARA GESTANTES ATÉ A 16ª SEMANA DE GESTAÇÃO (NO 3º TRIMESTRE DE GESTAÇÃO) ✔ A espiramicina trata a mãe e não passa pela placenta. INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS E CONDUTA PARA GESTANTES A PARTIR DA 16ª SEMANA DE GESTAÇÃO ( A PARTIR DO 3º TRIMESTRE) • Deve-se levar em consideração a idade gestacional e se a paciente está em investigação ou com infecção confirmada. • Recomenda-se o tratamento com o esquema tríplice para as gestantes com diagnóstico DEFINITIVO ou PROVÁVEL e tratamento com espiramicina para aquelas com diagnóstico POSSÍVEL, conforme a classificação de Lebech et al. (1996). DIAGNÓSTICO Métodos Radiológicos o – TC o – RNM LCR DEFINIÇÕES DE CASO Caso suspeito o Gestante que apresentar resultado para anticorpo IgM anti-T. gondii reagente ou indeterminado; o Gestante que apresentar história clínica compatível com toxoplasmose (BRASIL, 2016). o Gestante que apresentar ultrassonografia (USG) obstétrica ou exames de imagem sugestivos para toxoplasmose congênita; o Qualquer gestante identificada em situações de surto de toxoplasmose. Caso provável Caso suspeito que apresentar uma das seguintes situações: o Resultado reagente de anticorpos IgM e IgG com baixa avidez de IgG ou avidez intermediária em qualquer idade gestacional. o Títulos ascendentes de anticorpos IgG em amostras seriadas com intervalo mínimo de duas semanas e IgM reagente. o Primeira sorologia realizada após 16 semanas de idade gestacional que apresente resultado para anticorpos IgG em nível elevado (acima de 300 UI/dl ou de acordo com a metodologia utilizada) e IgM reagente. Caso confirmado Caso suspeito que apresente uma das seguintes situações: o Soroconversão de anticorpos IgG e IgM anti-T. gondii durante o período gestacional (BRASIL, 2014). o Detecção de DNA do Toxoplasma gondii em amostra de líquido amniótico (BRASIL, 2006), em tecido placentário, fetal ou de órgãos (exame anatomopatológico, cultivo de tecido ou bioensaio). o Mae de criança que teve toxoplasmose congênita confirmada. Caso Descartado Caso suspeito que apresente uma das seguintes situações: o IgG reagente mais de três meses antes da concepção (considera-se IgM residual, portanto gestante com infecção crônica, anterior à gestação). o Índice de avidez de IgG alto colhido até 16 semanas de gestação (13). o Duas amostras de IgG negativas para T. gondii (colhidas com intervalo de duas a três semanas), apesar de IgM reagente (resultado falso-positivo para IgM portanto, considerar gestante suscetível) (BRASIL, 2014). O achado mais característico, no entanto, é a presença de calcificações intraparenquimatosas que praticamente são exclusivas da toxoplasmose congênita. A tríade clássica constitui: calcificações, coriorretinite e hidrocefalia. Lembrar que a avidez somente pode ser avaliada até 16 semanas de gestação; após essa idade gestacional, esse teste não tem validade. Além disso, na ausência da disponibilidade do teste da avidez, ou diante de resultados inconclusivos (avidez > 30% e < 60%), indica-se iniciar diretamente o tratamento com espiramicina. O resultado de IgG e IgM negativos de fato indicam susceptibilidade imunológica, situação na qual devem ser adotadas medidas de prevenção primária para toxoplasmose, e o rastreio sorológico deve ser realizado de dois em dois ou de três em três meses O achado de IgG positivo e IgM negativo indica gestante com imunidade remota e possível infecção pregressa por toxoplasmose (ou seja, se a gestante for imunocompetente, não há risco de recontaminação) IgG negativo e IgM positivo, há possibilidade de infecção muito recente na qual apenas o IgM teve tempo de positivar, ou então podemos estar diante de um IgM falso-positivo. Nessas situações, em geral se indica o início do tratamento com espiramicina pela suspeita de infecção, e a repetição do IgG em três semanas para confirmação da infecção (em caso positivo, manter o tratamento, e em caso negativo, suspender a espiramicina e continuar o rastreio sorológico padrão) No achado de IgG e IgM ambos positivos, devemos pensar na possibilidade de infecção aguda,ocorrida durante a gestação, porém não podemos também descartar a possibilidade de uma infecção pregressa com IgM residual, motivo pelo qual nessas situações cabe empregarmos o teste da avidez para diferenciarmos infecções recentes (menos de 4 meses) de infecções antigas (mais de 4 meses) Segundo o Ministério da Saúde, o número mínimo de consultas no pré-natal é de seis, sendo distribuídas de acordo com os seguintes critérios: consultas mensais até 28 semanas de gestação; quinzenais entre 28 e 36 semanas; semanais a partir da 36ª semana. Durante essas consultas, devem ser realizados exames de rastreio das principais doenças e que oferecem maior risco à mãe e ao concepto, como as sorologias para toxoplasmose (IgG, indicador de infecção crônica ou memória imunológica; e IgM, indicador de infecção aguda). Essa sorologia deve ser solicitado na primeira consulta do pré-natal e repetida a cada 2-3 meses se a paciente for susceptível. Os resultados da sorologia devem ser analisados da seguinte forma: IgM e IgG (-) - paciente susceptível, repetir o exame a cada 2-3 meses; IgM (-) e IgG (+) - paciente imune ou com infecção crônica, sem risco de reativação se imunocompetente; IgM (+) e IgG (-) - infecção aguda ou falso positivo, solicitar dosagem de IgA se disponível ou iniciar o tratamento; IgM e IgG (+) - infecção aguda ou crônica, solicitar teste de avidez, pois quando a avidez é alta indica infecção crônica. Quando o resultado da sorologia é indicativo de infecção deve ser iniciado o tratamento da infecção materna e pesquisa de infecção fetal pela amniocentese. Diante da positivação da sorologia para toxoplasmose torna-se necessário o tratamento da mãe com investigação da infecção do concepto através da realização da amniocentese, como citado anteriormente. A droga de escolha é a espiramicina, 1g, via oral, de 8/8h; e se houver comprometimento fetal, deve ser associado ao tratamento a terapia tríplice: sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico, alternando a cada 3 semanas com a espiramicina A sorologia IgG e IgM para toxoplasmose, no pré-natal de risco habitual, deve ser solicitada na primeira consulta do pré-natal e depois repetida em gestantes susceptíveis a cada 2-3 meses. O IgM representa infecção aguda em atividade e IgG informa sobre infecção crônica/memória imunológica. A seguir a interpretação dos resultados da sorologia e a conduta: *IgM (-) e IgG (+): paciente susceptível (repetir a sorologia a casa 2-3 messes); *IgM (+) e IgG (-): Infecção aguda (solicitar PCR do líquido amniótico para investigação da infecção do feto e tratar a mãe); *IgM (-) e IgG (+): Infecção crônica; *IgM (+) e IgG (+): Infecção aguda ou crônica (solicitar teste de avidez do IgG para distinguir o tempo de infecção. Se aguda, tratar a mãe e pesquisar PCR no líquido amniótico; se for crônica, não é necessária outra conduta). O tratamento materno de toxoplasmose é realizado com espiramicina 1g, VO, de 8/8h. Já o tratamento da infecção fetal coexistente (confirmada pelo PCR de líquido amniótico) é realizado com terapia tripla (sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico) que se alterna com a espiramicina a cada 3 semanas. Deve-se atentar para a IG da paciente (11 semanas) sendo contraindicado o uso da pirimetamina pois é teratogênico quando IG Este constitui o tratamento recomendado para o tratamento da infecção fetal por toxoplasmose intercalada com a terapia materna a cada três semanas. = 3 semanas espiramicina 3g dia, alternadas com pirimetamina 25 mg a cada 12 h, sulfadiazina 3 g dia e ácido folínico 5 mg dia, a cada 3 semanas Uma gestante realizou sorologia pré‐natal de toxoplasmose com doze semanas, obtendo resultado positivo para IgG e IgM. As demais sorologias foram negativas. O médico iniciou espiramicina 3 g/dia e solicitou teste de avidez IgG, realizado à 14.ª semana, cujo resultado foi igual a 65% (alta avidez). Considerando esse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta a melhor conduta médica: considerar infecção antiga e suspender a medicação
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