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MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - Victoria Link Awada - Tradução BCM 2 ➔ Conversão da informação contida no mRNA para proteína representada uma tradução da informação em outra linguagem, composta por símbolos bastante diferentes; RNAt: traz um aminoácido por vez; Código degenerado são as 64 combinações de códons; RNAm sempre tem o códon de iniciação que vai traduzir em uma metionina (AUG); Para cada RNAt (tem o próprio anticódon) precisa-se de uma enzima específica que consiga ligar o RNA no sítio específico; RNAr são produzidos a partir da transcrição no núcleo (parte mais condensada do núcleo); Código genético ➔ Regra que dita como uma sequência de nucleotídeos de um gene, por intermédio do mRNA, é traduzida em uma sequência de aminoácidos de uma proteína. Componentes da tradução ➔ Aminoácidos; ➔ mRNA (RNA mensageiro); ➔ tRNA (RNA transportador); ➔ Ribossomos: rRNA (RNA ribossomal) + proteínas; ➔ Enzimas (ex: aminoacil tRNA sintetase, ribozimas); ➔ Outras proteínas (ex: fatores de iniciação IF, alongamento e liberação RF); Aminoácidos e o código genético mRNA (RNA mensageiro) ➔ Contém a informação genética para a sequência de aminoácidos das proteínas; ➔ CÓDON: (CÓDIGO DA TRADUÇÃO) 3 nucleotídeos consecutivos sobre o mRNA que especifica um aminoácido; ➔ Diferença de mRNA de procarioto e eucarioto; 1 MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - Victoria Link Awada - mRNA de procarioto: ● Policistrônico (vários genes controlados por um único promotor); mRNA de eucarioto: ● Monocistrônico (cada gene controlado por um promotor). Geralmente é assim eucarioto; ● Tradução mais devagar; ● mRNA mais estável; O mRNA contém a informação genética para a sequência de aminoácidos das proteínas; tRNA (RNA transportador) ➔ Molécula adaptadora; ➔ Transporta os aminoácidos de acordo com o códon; ➔ Anticódon? Três nucleotídeos consecutivos, presentes no tRNA, que sofrem pareamento com o CÓDON complementar sobre a molécula de um mRNA; Moléculas de tRNA são adaptadores moleculares, que conectam os aminoácidos aos códons. Nessa série de diagramas, a mesma molécula de tRNA (um tRNA específico para aminoácidos fenilalanina (Phe) é ilustrada sob diferentes apresentações). A. estrutura formada em folha de trevo, uma convenção utilizada para mostrar a complementaridade do pareamento de bases (linhas vermelhas) que cria as regiões de dupla-hélice na molécula. O anticódon (vermelho) é a sequência de três nucleotídeos que forma pares de bases com o códon no mRNA. O aminoácido correspondente ao par códon-anticódon está ligado à extremidade 3´ do tRNA. Os tRNAs contém algumas bases não usuais, as quais são produzidas alterações químicas após a síntese do tRNA. As bases 2 MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - Victoria Link Awada - identificadas como (de pseudouridina) e D (de di-hidrouridina) são derivadas da uracila. B e C. Vistas da molécula real em forma de L, com base em análise de difração de raio X. Essas imagens apresentam um ângulo de rotação de 90 graus, uma em relação a outra . D. A sequência nucleotídica linear da molécula, colorida de acordo com A,B e C. E. Representação esquemática do tRNA enfatizando o anticódon; ➔ Função do tRNA: transporta os aminoácidos para os códons de mRNA; O código genético é traduzido por meio de dois adaptadores que atuam um após o outro. O primeiro adaptador é a aminoacil-tRNA-sintetase, que une um aminoácido específico ao seu tRNA correspondente; esse processo de acoplamento é denominado carregamento. O segundo adaptador é a própria molécula de tRNA, cujo anticódon forma pares de bases com o códon apropriado no mRNA. Um tRNA acoplado a seu aminoácido é também denominado tRNA carregado. Um erro em qualquer desses passos-no carregamento ou na ligação do tRNA carregado ao seu códon-provocará a incorporação de um aminoácido errado na cadeia de proteína. Na sequência de eventos ilustrada, o aminoácido triptofano (Trp) é selecionado pelo códon UGG no mRNA. Aminoacil tRNA sintetase ➔ 1 enzima para cada tipo de aminoácido; 3 MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - Victoria Link Awada - Local de reconhecimento do códon pelo anticódon/ local da ligação peptídica ➔ A rápida e exata tradução do mRNA em proteínas requer uma maquinaria molecular grande que deslize sobre a cadeia de mRNA, capturando as moléculas de tRNA complementares, colocando-as em posição e ligando covalentemente os aminoácidos que elas carregam para que seja formada a cadeia protéica. Ribossomos ➔ Definição/localização/função; ➔ Papel das subunidades dos ribossomos ◆ Subunidade pequena (menor): pareia os tRNAs aos códons do mRNA; ◆ Subunidade grande (maior): catalisa a formatação das ligações peptídicas que unem os aminoácidos uns aos outros, formando a cadeia polipeptídica; ◆ Duas subunidades se associam sobre uma molécula de mRNA para a síntese protéica; 4 MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - Victoria Link Awada - ◆ Duas subunidades se separam após síntese protéica; Composição dos ribossomos ➔ Dobrado de forma tridimensional; ➔ Composto de rRNA e proteínas; ➔ Proteínas ⅓; ◆ Função estrutural e estabilidade; ➔ rRNA ⅔ ◆ Forma os sítios E, P e A; ◆ Sítio P (catalítico/ligação peptídica)- Ribozimas: moléculas rRNA com função catalítica; Comparação entre ribossomos bacterianos e eucarióticos. ➔ Diferenças no número e tamanho de seus rRNAs e componentes proteicos, ambos os ribossomos bacterianos e eucarióticos, apresentam aprox. a mesma estrutura e funcionam de modo semelhante. Embora os rRNAs 185 e 285 dos ribossomos eucarióticos 5 MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - Victoria Link Awada - contenham muitos nucleotídeos extras que não ocorrem não equivalentes bacterianos, esses nucleotídeos estão presentes como inserções múltiplas que formam domínios extras, não alterando muito a estrutura básica do rRNA. Sítios de ligação dos ribossomos para tRNA ➔ Sítio E (Exit): saída de tRNA, sem o aminoácido; ➔ Sítio P (Peptidil tRNA): ligação peptídica/ sítio de iniciação da síntese protéica; ➔ Sítio A (Aminoacil tRNA): entrada do tRNA, exceto o que contém a MET; Etapas da tradução ➔ Etapas da síntese protéica Iniciação Elongação Terminação 1. Iniciação: conjuntos de reações que precedem a formação da primeira ligação peptídica da proteína; 2. Elongação/ alongamento: inclui todas as reações que ocorrem desde a formação da primeira ligação peptídica até a incorporação do último aminoácido a proteína; 3. Terminação/finalização: processos envolvidos na liberação do polipeptídeo já pronto; Iniciação: ➔ Fase de iniciação em eucarioto e procarioto; Procarioto: Eucarioto: Fase de iniciação em eucarioto ➔ Consenso Kosak ◆ Sequência evolutivamente conservada; ◆ Indica a fase de iniciação da síntese protéica; 6 MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - Victoria Link Awada - ➔ Códon AUG ◆ O início da tradução se inicia com um códon AUG e o aminoácido carregado pelo tRNA que contém o anticódon específico a esse códon é a METIONINA; ◆ A fase da iniciação da síntese de proteínas em eucariotos requer fatores de iniciação e um tRNA inciador especial. Uma iniciação de tradução eficiente também requer proteínas adicionais ligadas ao quepe 5´ e a cauda poli-A do mRNA. Dessa maneira, o aparato da tradução se certifica que ambas as extremidades do mRNA estejam intactas antes da iniciação da tradução. Fatores de iniciação (IF) em eucarioto Eucariótica Fator Função elF2 Facilita a ligação do Met-tRNA de iniciação a subunidade ribossomica 40S elF2B, elF3 Primeiros fatores a se ligarem a subunidade 40S; facilitam as etapas subsequentes; elF4A A atividade RNA helicase remove a estrutura secundária do RNA no mRNA para permitir a ligação à subunidade 40S; parte do complexo e IF4F; elF4B Liga-se ao mRNA; facilita o rastreamento do mRNA para localizar o primeiro AUG; 7 MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - Victoria Link Awada - elF4E Liga-se ao capacete 5´ do mRNA; parte do complexo elF4F; elF4G Liga-se ao eIF4E e a proteína de ligação poli(A)(PAB); parte do complexo eIF4F; elF5 Promove a dissociação de vários outros fatores de iniciação da subunidade 40S como preliminar a associação da subunidade 60S, para formar o complexo de iniciação 80S; elF6 Facilita a dissociação do ribossomo 80S nas subunidades 40S e 60S; Fatores de iniciação em procarioto: ➔ IF-1 e IF-3 (impede ligação prematura das subunidades do ribossomo); ➔ IF-2 conduz o tRNA ao sítio P; ➔ Associação das subunidades e liberação dos IFs; Alongamento: ➔ A tradução ocorre em um ciclo de 4 etapas. Este ciclo é repetido muitas e muitas vezes durante a síntese de uma cadeia proteica. Na etapa 1, um sRNAt que transporta o próximo aminoácido da cadeia se liga ao sítio A livre no ribossomo pela formação de pares de bases com o códon que está ali exposto. Visto que apenas um dos diversos tipos de moléculas tRNA na célula pode formar pares de bases com cada códon, esse códon determina o aminoácido específico que será adicionado à cadeia polipeptídica em crescimento. Os sítios A e P estão suficientemente próximos para que as duas moléculas de tRNA ali fixadas sejam forçadas a formar pares de bases com códons contíguos, sem que fique qualquer base entre eles. Esse posicionamento dos tRNAs assegura que a fase de leitura correta seja mantida ao longo 8 MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - Victoria Link Awada - de toda a síntese da proteína. Na etapa 2, a extremidade carboxila da cadeia polipeptídica é separada do tRNA presente no sítio P e unida por ligações peptídicas ao grupo amino livre do aminoácido que se encontra ligado ao tRNA presente no sítio A. Essa reação catalisada por um sítio enzimático na subunidade grande. Na etapa 3, um movimento da subunidade grande em relação a subunidade pequena faz com que os dois tRNAs sejam posicionados nos sítios E e P da subunidade grande. Na etapa 4, a subunidade pequena se move exatamente três nucleotídeos sobre a molécula de mRNA, o que se reposiciona novamente sobre sua posição original em relação a subunidade grande. Esse movimento reinicializa o ribossomo que apresenta um sítio A vazio de tal forma que o próximo aminoacil-tRNA pode ligar-se. Como indicado, o mRNA é traduzido no sentido 5´-3´, e a extremidade N-terminal de uma proteína é sintetizada primeiro, cada ciclo adiciona um novo aminoácido a extremidade C-terminal da cadeia polipeptídica. Fase de alongamento ➔ No sítio A um novo códon é exposto. O sítio A será o ´´desembarque´´ do próximo RNAt; ➔ Fatores de alongamento são necessários (EF-Tu, EF-Ts, EF-G); ➔ Peptidiltransferase (RIBOZIMA) catalisa a ligação peptídica (radical amino aminoácido 1 + radical ácido carboxílico do aminoácido 2); 9 MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - Victoria Link Awada - ➔ Após a ligação peptídica se formar, o ribossomo avança na direção 3´- Translocação (requer energia); ➔ O RNAt não-carregado (sem aminoácido) vai para o sítio E antes de ser liberado e o RNAt carregando o peptídeo vai para o sítio P; Fase de terminação Códons UAA, UAG, UGA ➔ Ocorre quando 1 dos 3 códons (UAA, UAG, UGA) de terminação é ´´colocado´´ no sítio A; ➔ Códons de parada são reconhecidos por proteínas (Release factor-RF) Fatores de liberação; ➔ Liberação dos componentes; ➔ Dissociação das subunidades do ribossomo; ➔ Reciclagem do RNAm; ➔ Recolocação de aminoácidos nos tRNA; Polirribossomos 10
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