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Farmacologia - Antifúngicos

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FARMACOLOGIA Bruna Mello
Odonto 2020.1
Antifúngic�
Loca� d� açã� da� droga� antifúngica�
Drogas que atuam sobre a parede celular do
fungo:
● Caspofangina
Drogas que atuam na membrana celular do
fungo:
● Polienos (anfotericina): ligam-se ao
ergosterol da membrana alterando a
sua integridade;
● Imidazóis (Cetoconazol) - inibem o
citocromo P-450;
● Triazóis (Fluconazol) - inibem o
citocromo P-450;
Desmetilase: bloqueia a síntese de ergosterol,
necessário ao desenvolvimento e manutenção
da membrana.
Drogas que atuam na divisão celular dos
fungos:
● Griseofulvina: inibe a mitose de
fungos, ligando-se a proteína
microtubular intracelular.
Drogas que atuam na síntese de ácidos
nucleicos:
● 5-flucitosina: convertida em
5-fluorouracil, que é incorporada ao
RNA do fungo, inibindo a síntese de
proteínas, inibe a timidilato-sintase
após a conversão de flucitosina em
5-fluorodesoxiuridina e
fluorodesoxiurina-monofosfato.
Principai� droga� antifúngica�
1. Macrolídeos poliênicos (anfotericina B
e Nistatina);
2. Macrolídeos não-poliênicos:
Griseofulvina;
3. Derivados imidazólicos e triazólicos;
4. Flucitosina;
5. Caspofungina
Anfotericin� B
- Via de administração: Intravenosa;
- É usada a nível hospitalar, quando o
paciente está com uma infecção sistêmica
grave;
- Tem uma ligação em torno de 91-95 com as
beta-lipoproteínas;
- Distribuição: [LCR] 2 a 4% da [plasmática];
- Meia-vida de eliminação longa: 15 dias;
- Tem perigo de nefrotoxicidade devido a
eliminação lenta, porém por ser usada a nível
hospitalar, está bem controlada.
Mecanism� d� açã�
A anfotericina vai se ligar pelo seu lado
hidrofóbico ao ergosterol, fazendo um poro e
os nutrientes, macromoléculas e íons
começam a ser liberados. Com esse
extravasamento, vai levar à morte do fungo.
Espectr� d� açã�
● Candida albicans
● Cryptococcus neoformans
● Histoplasma capsulatum
● Blastomyces dermatidis
● Coccidioides immitis
● Sporothrix schenki
● Paracoccidiodes brasiliensis
● Aspergillus ssp
● Clasdosporium spp
● Phialophora spp
● Madurella spp
Us� clínic�
São as doenças causadas pelos
microorganismos que foram apontados acima.
Efeit� advers� � t�icidad�
- Nefrotoxicidade reversível e reação
pirogênica (febre) são constantes;
- Alterações sanguíneas (anemia hemolítica,
anemia aplástica, agranulocitose e
pancitopenia);
- Cefaléia, anorexia, náuseas, vômitos,
diarréia;
- Reações ligadas às vias de administração:
tromboflebites, irritação local, exantema e
neuropatia.
Nistatin�
- Tetraeno produzido por S. noursei;
- Uso oral e tópico, usado em candidíase
cutânea e de mucosas;
- Apresenta o mesmo mecanismo de ação de
Anfotericina B;
- Os efeitos adversos são diarréia, distúrbios
gastrointestinais, hipersensibilidade e irritação
local.
Mecanism� d� resistênci�
- Diminuição do ergosterol da membrana do
fungo;
- Modificação na estrutura da membrana de
modo que ela se combine menos com a
droga.
Griseo�lvin�
→ Produzida em 1939 pelo Penicillium
Griseofulvum, porém foi introduzido na clínica
para o tratamento de dermafitoses apenas de
1957;
→ Apresentação: micro-cristais;
→ Não se descrevem mecanismos de
resistência;
→ Uso bastante limitado;
→ Via de administração: oral e tópica;
→ Baixa absorção gastroinstestinal;
→ Concentra-se no fígado, tecido adiposo e
nos músculos esqueléticos;
→ Metabolismo hepático;
→ Meia-vida plasmática: 1 dia;
→ Excreção renal.
Mecanism� d� açã�
A droga inibe a mitose da célula fúngica
através do rompimento da estrutura do fuso
mitótico, impedindo assim a metáfase da
divisão celular. No entanto, esse mecanismo é
pouco conhecido.
Us� clínic�
Micoses superficiais da pele, unhas e pelos:
- Tinhas do couro cabeludo, da barba, do
corpo, inguinal e podal (pé-de-atleta);
- Tinhas das unhas causadas pelos gêneros
Epidermophyton, Microsporum e Tricophyton.
Efeit� advers� � t�icidad�
● Náusea, vômito e cefaléia
● Fotossensibilidade
● Hematológica: citopenias
● Hepática
● Renal: albuminúria e cilindrúria
Derivad� �ói�
Mecanism� d� açã�
- Inibição da 14-alfa-desmetilase (inibe a
biossíntese do colesterol - ergosterol). Essa
inibição leva a morte do fungo, sendo assim,
essa droga é fungicida;
- Alteração da composição química da parede
celular: também se dá na morte do fungo;
- Inibição da atividade citocromo C da
peroxidase e catalase, levando ao acúmulo a
níveis letais do peróxido de hidrogênio no
interior da célula fúngica.
Mecanism� d� resistênci�
Há uma diminuição da concentração
intracelular e aumento ou alteração da
14-alfa-desmetilase;
- Efeito teratogênico
- Droga fungicida
Micon�o�
Preparações tópicas (loção cremosa a 2% e
creme vaginal).
Us� clínic�
- Micoses e afecções vulvovaginais
produzidas por Candida albicans.
Efeit� advers�
- Dermatite alérgica de contato, erupção na
pele, irritação, sensibilização ou queimação
vulvovaginal, urticária, dor de cabeça.
Cetocon�o�
- É de segunda geração;
- Usado na forma oral e tópica (creme vaginal
a 2% e shampoo);
- Foi a primeira droga a apresentar efeito
sobre fungos superficiais e sistêmicos,
embora não possa ser uma micose sistêmica
muito grave, pois ela é de uso oral.
Us� clínic�
● Micoses profundas
● Paracoccidioidomicose sistêmica,
blastomicose disseminada e
histoplasmose
● Micoses superficiais
● Infecção do couro cabeludo, da unha,
pitiríase versicolor, dermatite
seborréica e candidíase vaginal
T�icidad�
- Náuseas, vômitos, dor abdominal e anorexia;
- Cefaléia, febre, calafrios e fotofobia;
- Perda libido, impotência, ginecomastia,
irregularidades menstruais.
Itracon�o�
- Indicado nas micoses cutâneas causadas
por dermatófitos e na candidíase vaginal;
- Primeira droga ativa na esporotricose,
aspergilose cromomicose;
- A meia-vida sérica é mais prolongada e tem
melhor afinidade tecidual do que o
cetoconazol;
- Apresenta menor toxicidade e pouca
influência sobre a esteroidogênese do que o
cetoconazol.
T�icidad�
● Prurido
● Náusea e vômitos
● Cefaléia e tontura
● Hipopotassemia com doses elevadas
● Alterações endócrinas muito raras
Flucon�o�
- Vias de administração:
● Oral: comprimidos de 50, 100 ou
200mg
● Endovenosa: ampolas de 200mg
- Indicações: criptococose e candidíase
T�icidad�
- Náuseas e vômitos
- Cefaléia e convulsões
- Hepatite sintomática (rara)
Flucit�in�
- É uma droga de síntese química análoga
fluorada da citosina;
- É uma droga bem absorvida por via oral,
distribuindo-se amplamente no organismo,
incluindo o LCR;
- Excretada na urina na forma não
metabolizada.
- É usada por via parenteral em associação
com a anfotericina B numa situação grave,
tendo uma ação sinérgica.
Atividade antifúngica:
● Cryptococcus neformans
● Candida spp
● Sportotrix sp
● Aspergillus spp
Mecanism� d� açã�
- A flucitosina é convertida nas células
fúngicas pela citosina-desaminase ao
composto 5-fluorouracil e em seguida ele é
monofosfato no composto
5-fluor-2’-desoxiuridina-5’-monofosfatado. A
partir daí, ele vai interferir sobre a
timidolato-sintetase, que é uma enzima
responsável por formar a síntese de DNA do
fungo, inibindo a síntese de DNA do fungo.
Efeit� colaterai� � t�icidad�
- Mielotoxicidade (por ação tóxica sobre a
medula óssea). Consiste na inibição não
seletiva das células da medula, inibindo a
replicação do DNA;
- Nefrotoxicidade;
- Náuseas, vômitos, diarreia, erupções
cutâneas
Indicações clínicas: aspergilose invasiva em
pacientes refratários ou intolerantes a outros
medicamentos (anfotericina B e/ou
itraconazol).
Caspo�ngin�
- Grupo das equinocandinas;
- É uma droga fungicida que atua inibindo a
síntese do glicano, componente da parede
celular do fungo;
- Apresenta espectro de ação estreito, incluem
Candida sp e Aspergillus;
- Apresenta-se como uma melhor opção do
que a anfotericina B para as candidíases com
menor toxicidade;
- Administrada por infusão de pelo menos uma
hora.

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