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Correção PET 3 Filosofia 2º Ano Ensino Médio 2021 Todas as Semanas

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162
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
COMPONENTE CURRICULAR: FILOSOFIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA:
BIMESTRE: 3º
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 
TURNO:
TOTAL DE SEMANAS: 
NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO: 
Conhecer.
TEMA/TÓPICO: 
Objetividade e verdade / A preocupação com o conhecimento
HABILIDADE(DE): 
Distinguir e relacionar sujeito e objeto. Distinguir a origem do conhecimento. Relacionar conhecimento e 
subjetividade. 
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Relativismo e absolutismo moral.
TEMA: Posicionamento de Sócrates e dos Sofistas
Olá, estudante!
Percebemos até aqui, em nossos estudos, como a filosofia tem como missão tornar verdadeira e real a 
busca pela verdade e pela felicidade. Ela nos estimula a questionar o mundo, a desenvolver um pensa-
mento crítico, a refletir sobre o mundo e sobre a nossa existência, a duvidar de todo pensamento impos-
to, e eliminar nossos preconceitos perante o outro. Muitos são os benefícios que ela nos proporciona, 
para o nosso crescimento, e para o alcance da sabedoria, em todos os setores de nossa vida. A filosofia 
oferece amplitude para a reflexão do nosso agir humano.
Faremos aqui, nessa primeira semana do PET 3, um estudo sobre o posicionamento de Sócrates e dos 
Sofistas, e como lidavam com a temática do conhecimento.
Então, vamos juntos, dar continuidade à nossa busca pelo conhecimento, tendo como premissa a hu-
mildade de reconhecer que nada sabemos, e que nossa busca por explicações e respostas é constante. 
Também não vamos esquecer que há coisas que são inexplicáveis, para as quais possivelmente nunca 
teremos respostas. E que temos muito para aprender e muito para ensinar. Somos eternos alunos e 
professores do palco da vida.
“O que sei é que nada sei” (Sócrates) 
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163
QUEM É O SER HUMANO?
Desde a Grécia antiga, no período clássico, os filósofos buscavam e investigavam sobre quem é o ser 
humano. E nessa busca eles se deram conta de que nosso pensamento parece seguir certas leis para 
conhecer as coisas, e que há uma diferença entre perceber e pensar.
Será que pensamos com base no que percebemos ou negando o que percebemos? O pensamento con-
tinua, nega ou corrige a percepção? O modo como os seres nos aparecem é o modo como eles realmen-
te são? Diante destas preocupações e indagações, surgiram duas atitudes filosóficas diferentes: a dos 
Sofistas e a de Sócrates.
OS SOFISTAS
Os Sofistas, palavra derivada do grego sophistés, que significa algo como “professor de sabedoria”, eram 
pensadores que ensinavam os jovens da Grécia antiga em troca de remuneração. Um ensino voltado 
para forma instrumental, isto é, com o objetivo de realizar determinados interesses. Foram duramente 
criticados por Sócrates e por outros adversários, porque foram os primeiros a fazer da filosofia uma 
ocupação prática. Eles estavam menos preocupados com o conhecimento do ser, pois acreditavam 
que se pudéssemos conhecê-lo, todos pensaríamos da mesma maneira e haveria uma única filosofia. 
Consequentemente, só podemos ter opiniões subjetivas sobre a realidade. Por isso eles se preocupa-
vam em ensinar a arte da argumentação, a retórica, que significa a arte de bem utilizar a palavra e a 
linguagem para persuadir os ouvintes. A retórica, então, é utilizada como instrumento de poder, muito 
mais importante do que a percepção e o pensamento.
Os principais representantes sofistas da antiga Grécia foram: Protágoras, Hípias, Trasímaco e Górgias. 
De suas obras restaram poucos fragmentos, em citações de outros filósofos mais recentes.
“ (...) a retórica, por assim dizer, abrange o conjunto das artes, que ela mantém sob sua autoridade. Vou 
apresentar uma prova eloquente disso mesmo. Por várias vezes fui com meu irmão ou com outros mé-
dicos à casa de doentes que se recusam a ingerir remédios ou a deixar-se amputar ou cauterizar; e, não 
conseguindo o médico persuadi-los, eu o fazia com a ajuda exclusivamente da arte da retórica. Digo 
mais: se na cidade que quiseres , um médico e um orador se apresentarem a uma assembleia do povo 
ou a qualquer outra reunião para argumentar sobre qual dos dois deverá ser escolhido como médico, 
não contaria o médico com nenhum probabilidade para ser eleito, vindo a sê-lo, se assim o desejasse, 
o que soubesse falar bem. (...) Tal é a natureza e a força da arte da retórica!” (PLATÃO. Górgias. In: Pro-
tágoras, Górgias, Fedão. 2.ed. Belém: EDUFPA, 2002.p.140-141 (Coleção Platão Diálogos).
Os Sofistas afirmavam que cada ser humano possui suas próprias percepções e nenhuma outra pessoa 
pode realmente decifrar qual dessas percepções é a “verdadeira”. O conhecimento é derivado dos sen-
tidos e não revela o verdadeiro, o universal ou o imutável no mundo. Assim, nunca se chegará a saber 
o que é a “Verdade” ou o “Bem”, porque o “O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que
são o que são, e das coisas que não são o que são”. Protágoras, com essa frase, concluiu que qual-
quer afirmação sempre será relativa a um ponto de vista, a uma sociedade ou a um modo de pensar.
O pensamento, portanto, é algo subjetivo, que se refere a cada sujeito individualmente. (Este modelo
de interpretação filosófica passou a ser denominado “Relativismo”).
Relatividade (1953), gravura de M.C. Escher. O artista explora a relatividade espacial. 
Em um desenho bidimensional, por meio da perspectiva, ele trabalha com planos 
e centros de gravidade diferentes, possibilitando ao observador diversas leituras 
tridimensionais. Para os relativistas, os valores morais não são absolutos e podem ser 
interpretados de diversas maneiras.
164
Mas, em contrapartida a este modelo relativista de pensamento, existe o Absolutismo moral. Este mo-
delo do campo da Ética, propõe que todas as ações possuem valores inerentes de “certo” ou “errado”. 
Mesmo os indivíduos considerados profundamente emotivos, e irracionais, em algum momento, re-
fletem racionalmente sobre o que devem fazer. Estamos sempre tendo que refletir e decidir sobre as 
nossas atitudes e os valores nelas implicados – a mentira, a traição, o engano, a injustiça, a verdade, 
o amor... Nesse sentido, é impossível ser amoral, isto é, viver sem entender minimamente o que os va-
lores significam.
SÓCRATES
Nasceu e viveu em Atenas, na Grécia, entre 470 a.C e 399 a.C.). Atenas, sua cidade, foi o berço da 
Democracia. Ele conhecia a doutrina dos filósofos que o antecederam, mas elegeu o Ser Humano, 
e não a Natureza, como seu objeto principal de reflexão. O filósofo acreditava que a virtude humana 
poderia ser alcançada pelo autoconhecimento e pela utilização da razão como guia para viver bem. 
Por isso, Sócrates é considerado um marco do pensamento ético. Também é considerado o fundador 
da filosofia ocidental.
Sócrates foi uma figura marcante, pois atuou firmemente durante a guerra do Peloponeso (península 
montanhosa do sul da Grécia). Combateu e criticou, também os sofistas. Para ele, o homem precisava 
ter consciência de si, de sua importância e de sua atuação na sociedade. Para os poderosos de Atenas, 
ele era um perigo, pois fazia a juventude pensar, refletir e questionar. Então, foi acusado pelos gregos 
de sua época, de “corromper” os jovens, e de violar as leis da cidade, recebendo como punição a morte 
por envenenamento. Teve vários discípulos, e os principais foram Platão e Xenofonte.
Curiosidades: Sócrates não deixou nada escrito. Toda sua história e vivência foi relatada pelos seus 
discípulos Platão e Xenofonte. Sócrates também não dava respostas em seus diálogos, sempre respon-
dia a uma pergunta com outra pergunta. A resposta poderia ser encontrada mediante a reflexão, dentro 
de si mesmo.
Citações para elucidar:
• “Uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida” (Sócrates). Ele faz esta afirmação em sua
sentença de morte, pois não se arrepende de ter sido uma pessoa que refletia, questionava,in-
dagava e duvidava, que realmente buscava o conhecimento da verdade.
• “O livro é um mestre que fala, mas não responde.” (Platão). Nessa afirmação, ele demonstra que
o conhecimento e a reflexão devem andar de mãos dadas. Que o conhecimento sem sabedoria é
vazio, não edifica e nem acrescenta.
Sócrates era conhecido por cultivar conversas com todas as pessoas. O filósofo acreditava ser uma 
espécie de “parteiro das ideias”, e a este processo se dá o nome de Maiêutica. Nele, o diálogo é o instru-
mento principal para a busca da verdade ou do conhecimento verdadeiro. Assim ele procedia, conver-
sando com políticos, artistas, sofistas e qualquer cidadão de Atenas sobre, “amor”, “verdade”, “bondade”, 
“sabedoria”, “conhecimento”, “bem”, entre outros temas relacionados às virtudes humanas. Segundo 
ele, para praticar uma virtude, é preciso conhecê-la.
Opondo-se aos Sofistas, Sócrates afirmava que a Verdade pode ser conhecida quando compreende-
mos que precisamos começar afastando as ilusões dos sentidos, as imposições das palavras e a multi-
plicidade das opiniões. Os órgãos dos sentidos, dão-nos somente as aparências das coisas, e as pala-
vras, meras opiniões sobre elas. A aparência e a opinião variam de pessoa para pessoa e em um mesmo 
indivíduo. Mas não só variam: também se contradizem.
Conhecer é começar a examinar as contradições das aparências e das opiniões para poder abandoná-las 
e passar da aparência à essência, da opinião ao conceito. O exame das opiniões é o procedimento que 
Sócrates chamava de IRONIA, com o qual o filósofo conseguiu que seus interlocutores reconhecessem 
que não sabiam aquilo que imaginavam saber.
165
PARA SABER MAIS: 
Assista ao vídeo “Sofistas” Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=SvotSs5AjM0>. 
Acesso em: 13 maio 2021.
REFERÊNCIAS:
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. Ed.São Paulo: Ática, 2014
MELANI, Ricardo.Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna,2016.
ATIVIDADES
1 - (UEG GO/2011) No século V a.C., Atenas vivia o auge de sua democracia. Nesse mesmo período, os teatros 
estavam lotados, afinal, as tragédias chamavam cada vez mais a atenção. Outro aspecto importante da 
civilização grega da época eram os discursos proferidos na agora. Para obter a aprovação da maioria, 
esses pronunciamentos deveriam conter argumentos sólidos e persuasivos. Nesse caso, alguns cidadãos 
procuravam aperfeiçoar sua habilidade de discursar. Isso favoreceu o surgimento de um grupo de filósofos 
que dominavam a arte da oratória. Esses filósofos vinham de diferentes cidades e ensinavam sua arte em 
troca de pagamento. Eles foram duramente criticados por Sócrates e são conhecidos como:
a) Hedonistas.
b) Maniqueístas.
c) Sofistas.
d) Epicuristas.
e) Platonistas.
2 - Sobre a história do relativismo moral, é correto afirmar que na filosofia ela:
a) Iniciou com os Sofistas e está presente em afirmações como “ O homem é a medida de todas as coisas”.
b) Começou com a crítica de Nietzsche à moralidade e seu anúncio da morte de Deus.
c) Teve origem nas reflexões morais de Kant e nas suas alegações de que a moralidade é definida
pelas leis morais presentes na razão humana.
d) Surgiu com as grandes navegações do século XV.
e) Surgiu na época da mitologia grega.
3 - (FATEC SP) Sócrates, grande filósofo grego, formou numerosos discípulos, que seguiram diferentes 
caminhos para buscar o conhecimento real.
A grande preocupação socrática era:
a) Interpretar o mundo como sendo espiritual e organizado segundo uma moral baseada em verda-
deiros conceitos imutáveis.
b) Compreender as causas primeiras e os fins últimos de todas as coisas, pois só se pode dizer que
se conhece alguma coisa quando se conhece sua causa primeira.
c) O autoconhecimento que poderia ser obtido por meio da ironia e da maiêutica, métodos que
consistem em fazer indagação, fingindo ignorância, para despertar no interlocutor o conheci-
mento latente.
d) Fazer um estudo crítico da História, comparando a História Grega com a dos povos orientais,
a fim de mostrar que o mundo era mais amplo do que se imaginava.
e) Mostrar que todo o conhecimento era obtido por intermédio dos sentidos humanos e que, por
esses serem falhos, era relativo e limitado.
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166
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO: 
Conhecer.
TEMA/TÓPICO: 
Objetividade e verdade/ Metodologia Científica e Teoria do Conhecimento.
HABILIDADE (DE): 
Distinguir as diferentes teorias de conhecimento. Relacionar realidade e verdade. Relacionar fato e verdade, 
experiência e percepção.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Tipos de conhecimento.
TEMA: Tipos de conhecimento
Olá, estudante!
Vamos dar continuidade nessa semana, abordando as teorias do conhecimento, que nos conduzem a 
uma melhor compreensão do ser no mundo e suas diversas formas de pensar e raciocinar. O conhecer 
é o ato de entender, compreender, apreender algo por meio da experiência ou do raciocínio. O conhe-
cimento fascina a humanidade desde a antiguidade, quando o ser humano passou a pensar os modos 
como pode conhecer a verdade. Vamos juntos?!
A palavra “conhecimento” tem origem no latim, da palavra cognoscere, que significa “ato de conhecer”. 
Conhecer, no latim, também advém do mesmo radical “gno”, presente na língua latina e no grego antigo, 
da palavra “gnose”, que significa conhecimento, ou “gnóstico”, que é aquele que conhece. O conheci-
mento é possível apenas ao ser humano. Os animais desenvolvem mecanismos de aprendizagem por 
meio da experiência prática e da repetição de experiências. Porém o conhecimento complexo, racional, 
somente é apreendido pelo ser humano. Isso ocorre porque o conhecimento estruturado que desen-
volvemos só pode ser elaborado, organizado, codificado e decodificado pela linguagem, e por nossos 
mecanismos racionais (linguagem e raciocínio são elementos necessariamente interligados, sendo im-
possível determinar qual tenha surgido primeiro no ser humano, visto que há uma interdependência 
entre ambos - Vygotsky) 
Tipos de conhecimento 
Desde que desenvolvemos a linguagem, o ser humano busca mecanismos para conhecer e estabelecer 
relações entre o mundo e as suas experiências com ele, tentando desmistificar e entender a complexi-
dade da existência. Por isso, desenvolvemos, ao longo de mais ou menos dez milênios, variadas formas 
de entender o mundo, o que atesta a existência de diversos tipos diferentes de conhecimento. Vejamos 
alguns deles:
Conhecimento empírico ou do senso comum 
É um dos tipos mais abrangentes do conhecimento humano, pois se baseia nas vivências particulares e 
sociais, compartilhadas por meio de trocas de experiências e das relações hereditárias. Parte da sabe-
doria popular e da manifestação de opiniões, ligado à formação cultural. Intimamente manifestado por 
crenças, o conhecimento de senso comum não procura embasamento para afirmar com certeza algo, 
pois, não utiliza de validação ou método para atestar a veracidade e o seu sentido lógico racional.
167
Conhecimento Teológico
É o tipo de conhecimento que também habita a sociedade e os modos particulares da vida humana, vis-
to que o ser humano busca a religião desde o início para explicar aquilo que é, até o momento, inexplicá-
vel. Podemos estabelecer duas marcas dentro do registro acerca do conhecimento teológico. Uma é a 
religião em si, que o ser humano busca como forma de conforto e explicação do “sobrenatural”; e a outra 
é o registro da Teologia, enquanto um ramo do saber científico que tenta criar uma estrutura de fatos 
e elementos que compõem as religiões. O conhecimento teológico, enquanto religião, está baseado 
na fé pessoal que as pessoas manifestam e em elementos da própria religião, como escritos sagrados, 
práticas, rituais, dogmas, crenças etc.
Conhecimento Filosófico
A Filosofia surgiu como um conjunto de saberes necessários para questionar e, às vezes, complemen-
tar o conhecimento fornecido pelo senso comum e pela religião. A Filosofia é uma formade estabelecer 
normas para a obtenção de um tipo de conhecimento mais seguro, assim como a ciência, mas não po-
demos dizer que o conhecimento científico acontece da mesma forma que o conhecimento filosófico. 
A Filosofia, nesse sentido, é como a “mãe” de todas as ciências, pois ela foi a primeira forma de conhe-
cimento que buscou uma maneira de conhecer as coisas com mais segurança, a partir do uso da razão, 
e com princípios lógicos sistematizados.
Conhecimento Científico
Esse tipo de conhecimento, por sua vez, deve ser rigorosamente testado e verificado, o que lhe garante 
maior veracidade. Isso faz com que busquemos a ciência para determinar formas válidas e corretas de 
pensamento, para que não caiamos no erro com facilidade. É tarefa do cientista, sobretudo dos que 
trabalham com as ciências naturais, observar fenômenos, identificar problemas, formular hipóteses, 
testar para verificar as hipóteses formuladas, formular deduções e concluir a sua tarefa por meio da 
formulação de teorias.
As formas do conhecer
Ao longo da história da filosofia, vários pensadores apresentaram diferentes teorias sobre o modo 
como o ser humano conhece e as formas de se conhecer. Na Antiguidade, com Platão, admite-se a 
existência de apenas dois graus para o conhecimento: o sensível e o inteligível. O conhecimento sen-
sível, causado por dados oriundos dos sentidos do corpo (visão, tato, olfato, audição e paladar) era tido 
como inferior e enganoso, enquanto o inteligível (pensamento) era racional e superior. Já para Aristó-
teles, outro filósofo da época, o conhecimento estabelece uma mistura de graus diferentes, que deve 
passar, necessariamente, pelo conhecimento sensível para que desperte na pessoa uma informação e 
uma interpretação.
As propostas destes dois pensadores influenciaram todo o debate sobre o conhecimento feito por filó-
sofos posteriores. Estes debates deram origem ao campo da Filosofia chamado Epistemologia, que se 
ocupa do problema do saber. “Episteme” vem do grego e significa conhecimento e “Logos”, de onde -lo-
gia, significa estudo. Assim, a epistemologia é o estudo do conhecimento, de suas fontes e de como 
ocorre sua aquisição. Outra área que surge como resultado destes debates é a Filosofia da Ciência, que 
busca problematizar a questão do método e do conhecimento científico, proporcionando avanços para 
utilização da própria ciência.
Se considerarmos as questões históricas dentro da Filosofia da Ciência, temos o momento, na Moder-
nidade, em que Galileu Galilei, pela primeira vez, dedicou-se a explicar a necessidade de se atingir um 
método para alcançar um conhecimento científico. Porém, o embate acerca do conhecimento que mais 
marcou a Modernidade foi aquele entre empiristas e racionalistas. Que veremos a seguir.
168
Racionalismo
Essa corrente de pensamento, defendia que a razão é a origem ou a fonte de todo conhecimento segu-
ro, que o conhecimento é puramente racional e intelectual, não sendo necessariamente afetado pelo 
meio externo. Seus principais representantes foram Gottfried Leibniz, Baruch de Espinosa e René Des-
cartes. Vamos apresentá-los brevemente para você.
René Descartes (1596 – 1650), foi o representante mais importante do racionalismo europeu. Para ele, 
o conhecimento verdadeiro é única e exclusivamente obra de nossos raciocínios, e por isso devemos 
desconfiar de qualquer tipo de conhecimento advindo dos sentidos do corpo, pois estes podem facil-
mente nos enganar.
(…) Vários juízos apressados nos impedem agora de alcançar o conhecimento da verdade, e, de tal manei-
ra nos tornam confiantes, que não há sinal aparente de que deles nós possamos libertar se não tomarmos 
a iniciativa de duvidar, uma vez na vida, de todas as coisas em que encontrarmos a mínima suspeita de 
incerteza (DESCARTES, René. Princípios da filosofia. 4. ed. Lisboa: Guimarães, 1989. p. 51).
Segundo Descartes, não se deve confiar nas crenças e nas tradições, pois nelas as ideias e as concep-
ções não passam pelo crivo da razão e da reflexão criteriosa, não sendo submetidas a uma investigação 
racional. Quem duvida, cogita e questiona, é um ser que pensa e, portanto, existe como ser pensante. 
O fundamento do conhecimento verdadeiro está aí, no pensamento. É esta a interpretação da famosa 
frase “Cogito ergo sum”, popularmente traduzida como “Penso, logo existo”, de Descartes.
Descartes declara que entre as coisas criadas por Deus (ideia de perfeição), há antes de tudo, a subs-
tância pensante e a substância extensa. Esta distinção é a base de uma forma de interpretação chama-
da dualismo. Todas as coisas da natureza são substâncias extensas. E a substância pensante é o ser 
humano, sua mente, sua alma.
Resta-me apenas examinar como recebi de Deus esta ideia. Porque nem a tirei dos sentidos, nem ela 
chegou nunca a mim contra a minha expectativa, como costuma acontecer com as ideias das coisas 
sensíveis, quando estas oferecem ou parecem oferecer-se, aos órgãos externos dos sentidos; nem 
também a inventei, porque de nenhum modo posso tirar-lhe nada ou acrescentar-lhe nada. Assim, 
só resta que ela me seja inata, do mesmo modo como também me é inata a ideia de mim próprio. E 
certamente, não é de admirar que Deus, criando-me, tenha posto em mim esta ideia, para que fosse 
como a marca do artista impressa na sua obra (DESCARTES, René. Meditações sobre a filosofia pri-
meira. Coimbra: Almedina, 1992.p.162-163).
Já o filósofo Baruch de Espinosa (1632-1677) também um racionalista, influenciado por Descartes, 
acreditava que só era possível obter qualquer conhecimento verdadeiro através de procedimentos ra-
cionais.
Por substância compreendo aquilo que existe em si mesmo e que por si mesmo é concebido, isto é, 
aquilo cujo conceito não exige o conceito de outra coisa da qual deva ser formado.
Por Deus compreendo um ente absolutamente infinito, isto é, uma substância que consiste em in-
finitos atributos, cada um dos quais exprime uma essência eterna e infinita (ESPINOSA, Baruch de. 
Ética. 3. Ed. Belo Horizonte. Autêntica, 2010. P.13).
Espinosa compreendia que todas as coisas que existem participam da composição daquilo que é Deus, 
que é equivalente à sua ideia de Natureza. O ser humano, por este motivo, é parte dessa Substância, ou 
seja, é parte da ordem divina. Se tudo é manifestação de Deus, se nada existe a não ser Deus (manifes-
tado por todas as coisas que existem), significa que todas as coisas, sejam concretas, sejam abstratas, 
são modos diferentes de uma mesma Substância. Este modelo de pensamento, diferente do dualismo 
de Descartes, é chamado de monista.
169
Outro marcante filósofo racionalista, menos radical que Espinosa, foi Gottfried W. Leibniz ( 1646-1716), 
que traz uma abordagem original sobre a questão do livre-arbítrio e da liberdade. Se Deus é a única 
substância, e a natureza, o homem e tudo o que existe, são manifestações da substância divina, então 
precisamos perguntar: o indivíduo é mesmo livre para agir? Existe de fato o livre-arbítrio?
“Entendo por razão, não a faculdade de raciocinar, que pode ser bem ou mal utilizada, mas o encadeamento das verdades que só pode 
produzir verdades, e uma verdade não pode ser contrária a outra.“ — Gottfried Wilhelm Leibniz
PARA SABER MAIS: 
Descartes e o Racionalismo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=A1PmZ3LtAjg> 
Acesso em: 13 jun. 2021.
Filosofia - O conhecimento Científico. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=OJk-
WGX9QVh8> e <https://mundoeducacao.uol.com.br/>. Acesso em: 13 jun. 2021.
REFERÊNCIAS:
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. Ed.São Paulo: Ática, 2014.
MELANI, Ricardo. Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna, 2016.
ATIVIDADES
1 - Leia o trecho a seguir: “(…) é quase impossível que nossos juízos sejam tão puros e tão sólidos 
como teriam sido se tivéssemos tido inteiro uso de nossa razão desde a hora de nosso nascimento, e 
se tivéssemos sido conduzidos sempre por ela” (DESCARTES, René. Discurso do Método. São Paulo: 
Martins Fontes. 1996,p. 17).
A razão cartesiana inaugurou, na modernidade, uma forma de se pensar a partir de uma linguagem ra-
cionalista, inspirada em modelos matemáticos. Esse modelo racional pretendia servir como guia para o 
conhecimento da realidade. Sobre o método cartesiano, é correto afirmar que:
a) Tem sua formulação mais bem acabada na obra “Crítica da Razão Pura”.
b) Consistia em colocar o mundo, a realidade, “entre parênteses”, operando assim em uma “redução
fenomenológica”.
c) Foi duramente combatido pelos filósofos contemporâneos a Descartes, não tendo assim exerci-
do influência em nenhuma geração posterior.
d) Consistia em duvidar de tudo e, a partir da dúvida, reconduzir o pensamento à possibilidade da
realidade, processo que se sintetiza na frase: “penso, logo existo”.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
2 - Qual a crítica feita por Leibniz a respeito do problema do livre-arbítrio da filosofia de Espinosa?
Leibniz ao analisar a proposição de Espinosa, de que Deus é a única substância e todo o resto (como a 
natureza e nós) são manifestações da substância divina, questiona a ideia de livre-arbítrio. Como pode o 
ser-humano ser livre para agir, ter autonomia e portanto responsabilidade sobre seus atos, se suas ações 
forem produtos também divinos?
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3 - Baruch Spinoza nasceu em Amsterdã em 1632, filho de imigrantes judeus de origem hispano-
portuguesa. Por ser considerado um livre pensador e crítico do pensamento religioso da sua época, 
no dia 27 de julho de 1656, os anciãos judaicos de Amsterdã proferiram uma condenação a ele. Spinoza 
escreveu a sua principal obra, Ética, demonstrada segundo o método geométrico, publicada após a sua 
morte. Esta que revela sua concepção de sistema filosófico, bem como seu uso do método geométrico 
para demonstração das verdades que buscava.
Considerando as ideias de Spinoza, leia as afirmativas abaixo:
I. O Deus não é um Deus pessoal, religioso, mas um princípio metafísico.
II. Spinoza era considerado um panteísta.
III. Deus não está fora nem dentro do universo, ele é o próprio universo.
IV. O livre-arbítrio existe, uma vez que Deus se identifica com a natureza universal, sendo assim,
tudo o que há é necessário.
A partir destas afirmativas, assinale a alternativa que contenha a(s) afirmativa(s) INCORRETA(S):
a) III; IV.
b) IV.
c) I; II.
d) I; III.
e) II.
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SEMANA 3 
EIXO TEMÁTICO: 
Conhecer.
TEMA/TÓPICO: 
Objetividade e verdade.
HABILIDADE(DE): 
Distinguir e relacionar as diversas formas de pensar, sujeito e objeto, metodologia.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Empirismo.
TEMA: Empirismo
Olá, estudante!
Estamos abordando em nossos estudos os tipos de conhecimento e o desenvolvimento da racionali-
dade científica. Sabemos que a ciência é uma ferramenta importante para o conhecimento, que veio 
para contribuir muito para a vida humana. E tem evoluído a cada dia. Mas será ela a única que detém o 
conhecimento verdadeiro? Será ela capaz de responder a todos os questionamentos feitos por todas 
as pessoas? Percebemos cada dia mais, o quão importante é a filosofia para a nossa vida e para a refle-
xão que conduz à verdade. Conhecemos, na semana 2, sobre a corrente de pensamento racionalista e 
daremos agora continuidade, compreendendo, contextualizando e refletindo sobre o modelo de pensa-
mento denominado “empirismo”.
Empirismo
Os empiristas defendem que o conhecimento é obtido mediante a experiência prática e sensível, que 
por meio dos dados obtidos pelos órgãos dos sentidos e enviados ao cérebro é que se produzem as 
ideias. Os principais representantes do empirismo, que defenderam a experiência como modo de aces-
sar o conhecimento verdadeiro, foram John Locke por David Hume, Francis Bacon e George Berkeley.
John Locke (1632-1704) é um importante personagem do empirismo moderno: para ele a experiência 
é a base do conhecimento. Em umas das suas principais obras, Ensaio sobre o entendimento humano, 
afirmou que seu propósito era investigar a origem, a certeza e a extensão do conhecimento humano. 
Sua justificativa, estava na importância do objeto investigado: o conhecimento era aquilo que situa o 
ser humano acima dos outros animais.
Supondo que a mente seja, por assim dizer, uma tela em branco, sem nenhum caractere, sem nenhu-
ma ideia inata: de onde vem seu suprimento?]...] De onde vêm os materiais de toda razão e conheci-
mento? A isso respondo, numa palavra: da experiência, na qual se funda todo o nosso conhecimento, 
que dela deriva em última instância. Nossa observação, seja de objetos externos sensíveis, seja de 
operações internas de nossa mente que percebemos e refletimos em nós mesmos, eis aquilo que su-
pre nosso entendimento de todo o material do pensar (LOCKE, John. Ensaio sobre o entendimento 
humano. São Paulo: Martins Fontes, 2012. p. 97-98.).
O que Locke propõe é que as ideias vêm da percepção dos objetos externos ao ser humano (sensação 
externa) ou das operações internas da mente (reflexão). Com base nessa compreensão, o conhecimen-
to sensível (dos cinco sentidos) deixa de ser entendido como algo inferior ou descartável (como Platão 
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percebia, por exemplo), e passa a ser pressuposto de conhecimento seguro e verdadeiro. A ação da ra-
zão é, então, fundamental para guiar a vida humana, mas ela precisa ser “alimentada” pelas sensações.
Para a teoria do conhecimento de Locke, as ideias do ser humano vem das sensações externas e inter-
nas. Dependem, por um lado, do poder que as coisas externas tem de afetar o indivíduo por suas qua-
lidades primárias (aquilo que elas são, ou seja, os objetos reais) ou secundárias (o que são capazes de 
provocar); e por outro, da capacidade humana de percebê-las e de refletir sobre elas.
É a recepção atual de ideias de fora que nos adverte da existência de outras coisas e nos permite 
conhecer a existência de algo, naquele instante, fora de nós, de algo que causa em nós a ideia, mes-
mo que não saibamos nem imaginemos o que seja. Em nada diminui a certeza de nossos sentidos e 
das ideias deles recebidas pelo fato de não sabermos qual via as produziria. Por exemplo, enquan-
to escrevo, produz-se em minha mente, pelo papel que afeta meus olhos, a ideia chamada branco, 
não importa qual objeto cause. Eu sei que essa qualidade ou acidente (cuja aparição diante de meus 
olhos causa sempre essa ideia) realmente existe fora de mim. A maior garantia do alcance de minhas 
faculdades é o testemunho de meus olhos, próprios e únicos juízes, que confio ser tão certo que não 
ouso duvidar, enquanto escrevo, de que vejo branco e preto, realmente existentes e causando em 
mim uma sensação, assim como eu não duvidaria que ao escrever movo minha mão (LOCKE, John.
Ensaio sobre o entendimento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2012. p. 693-694).
Outro grande representante do empirismo foi o escocês David Hume (1711-1776), que para desenvolver 
suas investigações sobre o conhecimento humano, teve como referência o avanço das ciências natu-
rais, da física e da mecânica de Isaac Newton, que buscava os princípios que ordenam os acontecimen-
tos naturais da mente: as ideias e os pensamentos.
Quais são as regras para a associação entre as ideias? Que tipos de ideias existem? O que é imaginação? 
Para ele, as respostas a essas indagações só podem ser dadas mediante a aplicação do método experi-
mental ao estudo da mente humana.
As percepções da mente humana se reduzem a dois gêneros distintos que chamarei impressões e 
ideias. A diferença entre estas consiste nos graus de força e vividez com que atingem a mente e pe-
netram em nosso pensamento ou consciência. As percepções que entram com mais força e violên-
cia podem ser chamadas de impressões; sob esse termo inclui todas as nossas sensações, paixões e 
emoções, em sua primeira aparição à alma. Denomino ideias as pálidas imagens dessas impressões 
no pensamento e no raciocínio, como,por exemplo, todas as percepções despertadas pelo presente 
discurso, excetuando-se apenas as que derivam da visão e do tato, e excetuando-se igualmente o 
prazer ou o desprazer imediatos que esse mesmo discurso possa vir a ocasionar. Creio que não serão 
necessárias muitas palavras para explicar essa distinção. Cada um, por si mesmo, percebe imedia-
tamente a diferença entre sentir e pensar (David Hume. Tratado da natureza humana. São Paulo, 
Unesp, 2009. Adaptado).
Contudo, se na teoria de Hume a causa das impressões sensíveis não eram as coisas materiais e con-
cretas, então, de onde elas vieram ou como se manifestam na mente humana? O Princípio de cau-
salidade é o agente que liga dois processos, sendo um a causa e outro o efeito, em que o primeiro é 
entendido como sendo, ao menos em parte, responsável pela existência do segundo, de tal modo que o 
segundo é dependente do primeiro. Diz-se “em parte” porque um efeito pode ter mais de uma causa em 
seu passado. E o outro de necessidade é o efeito, na mente, da impressão de uma união constante de 
objetos no passado, e é reiteração da imagem dessa união constante que faz a mente supor que ela se 
repetirá no futuro.
Quanto às impressões provenientes dos sentidos, sua causa última é, em minha opinião, inteiramen-
te inexplicável pela razão humana, e será para sempre impossível decidir com certeza se elas surgem 
imediatamente do objeto, se são produzidas pelo poder criativo da mente, ou ainda se derivam do 
autor de nosso ser. Tal questão, diga-se de passagem, não tem nenhuma importância para nosso 
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propósito presente. Podemos fazer inferências partindo da coerência de nossas percepções, sejam 
estas verdadeiras ou falsas, representem elas a natureza de maneira correta ou sejam meras ilusões 
dos sentidos (HUME, David. Tratado da natureza humana: uma tentativa de introduzir o método ex-
perimental de raciocínio nos assuntos morais. São Paulo: Editora Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 
2001. p. 113)
Podemos notar que os filósofos empiristas foram influenciados pelo desenvolvimento das ciências na-
turais do século XVII e início do século XVIII, responsável por fundar a ciência moderna. O modelo de 
investigação construído por diversos cientistas, em especial por Galileu Galilei e por Isaac Newton, ba-
seava-se, entre outros princípios, na observação e na experimentação. Hume buscou utilizar, nas ciên-
cias humanas, essa metodologia até então bem-sucedida nas ciências naturais. Uma passagem da obra 
Óptica, na qual Newton trata do método científico, pode explicar as características dessa metodologia:
Como na matemática, assim também na filosofia natural, a investigação de coisas difíceis pelo méto-
do de análise deve sempre preceder o método de composição. Esta análise consiste em fazer experi-
mentos e observações, e em traçar conclusões gerais deles por indução, não se admitindo nenhuma 
objeção às conclusões, senão aquelas que são tomadas dos experimentos (...).Pois as hipóteses não 
devem ser levadas em conta em filosofia experimental. (NEWTON, Isaac. Óptica. São Paulo: Nova 
Cultural, 1996. P. 297-298 (Coleção Os Pensadores).
Tanto os racionalistas quanto os empiristas procuravam investigar a fonte ou origem do conhecimento, 
com o objetivo de encontrar fundamentos ou princípios seguros nos quais eles pudessem sustentar, 
o que possibilitaria o conhecimento científico. Isso tudo sem deixar de lado a problemática existente
entre a experiência sensível e o conhecimento científico.
PARA SABER MAIS: 
JOHN LOCKE (1) – SENSAÇÃO, REFLEXÃO E EMOÇÕES | EMPIRISMO BRITÂNICO 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=iyAWuHgyqr0>. Acesso em: 13 jun. 2021. 
JOHN LOCKE (2) – ASSOCIACIONISMO, EDUCAÇÃO E GOVERNO | EMPIRISMO BRITÂNICO 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RoQlbAXKsaM>. Acesso em: 13 jun. 2021.
DAVID HUME (1) – O ESTUDO DA NATUREZA HUMANA | EMPIRISMO BRITÂNICO
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Sak1rOiC7fM>. Acesso em: 13 jun. 2021.
REFERÊNCIAS:
MELANI, Ricardo. Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna,2016.
ATIVIDADES
1 - Leia a citação e responda às questões:
“O entendimento não tem, ao que me parece, a mais vaga noção de ideias que não receba de uma destas 
fontes, objetos externos, que oferecem à mente ideias de qualidade sensíveis, cada uma delas diferen-
tes percepções produzidas em nós, e a mente, que oferece ao entendimento ideias de suas próprias 
operações.
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(…) não há em nossa mente nada que não entre por uma dessas duas vias. Que cada um examine seus 
próprios pensamentos, vasculhe todo o seu entendimento e me diga se as ideias originais que ali en-
contra são mais que objetos dos sentidos ou que operações da mente tomadas como objetos de refle-
xão” (LOCKE, John.Ensaio sobre o entendimento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2012. P.99).
De acordo com o texto, quais são as fontes de nossas ideias? Podemos dizer que o autor defende o po-
sicionamento de qual corrente do pensamento? Justifique.
2 - (UNICAMP/2014) A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico 
moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória de todo 
conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito 
crítico próprio da Filosofia (Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar: Porto Alegre: 
Editora Globo, 1970, p.11). A partir do texto, é correto afirmar que:
a) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e verdades são
coincidentes.
b) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do pensamento
filosófico moderno.
c) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos equivalentes.
d) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o rigor
metodológico.
e) O senso comum determina o caminho para o encontro da verdade.
3 - O filósofo René Descartes pertenceu a corrente de pensamento filosófica denominada:
a) Empirismo.
b) Liberalismo.
c) Racionalismo.
d) Existencialismo.
e) Materialismo.
Nesse trecho podemos perceber a posição empirista de John Locke, pois o filósofo defende a tese de que as 
ideias só podem ser formadas por meio dos objetos externos ou das operações da mente. Desse modo, afasta 
a possibilidade da existência das ideias inatas, e enfatiza a importância da experiência para a construção do 
conhecimento.
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SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO: 
Conhecer.
TEMA/TÓPICO: 
Objetividade e verdade / Dogmatismo, ceticismo, pragmatismo e criticismo.
HABILIDADE(DE): 
Distinguir e relacionar as diversas formas de pensar, sujeito e objeto, objetividade e verdade.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Objetividade e Subjetividade; Verdade; Ceticismo; Dogmatismo; Realismo; Relativismo; Pragmatismo.
TEMA: Verdade, Dogmatismo, Ceticismo, Pragmatismo e Criticismo
Olá, estudante!
Desde a infância acreditamos que o mundo existe, que é tal como o percebemos e tal como nos ensina-
ram que ele é. Essa crença nos permite, por exemplo, interpretarmos a realidade, organizarmos nossa 
economia, criarmos instituições sociais e políticas. Acreditamos que o mundo pode ser modificado por 
nós, e também que ele é explicado pelas religiões e ciências e que é representado pelas artes. Acredi-
tamos que os outros seres humanos também são racionais, pois graças à linguagem, trocamos ideias 
e opiniões.
Porém, o que assegura que os conhecimentos sobre os quais nossa crença se apoia são verdadeiros? 
Qual é a garantia de que nosso conhecimento não passa de um engano, de um erro, de que nossas opi-
niões são falsas e não correspondem à realidade?
O que é verdade?
Esta é uma busca fundamental e constante da filosofia. Nossa ideia de verdade foi construída ao longo 
dos séculos com base em três concepções diferentes, cujos conceitos nos vêm da língua grega, da la-
tina e da hebraica.
Em grego, verdade se diz aletheia, e significa“o não esquecido”. Para Platão, é aquilo que se mostra ou 
manifesta aos olhos do corpo e do espírito. O verdadeiro se opõe ao falso. Assim, a verdade é uma ma-
nifestação da realidade. Sendo assim, o verdadeiro é o ser (o que algo realmente é) e o falso é o parecer 
(o que algo aparenta ser, mas não é). Em latim, verdade se diz veritas, e significa “precisão” e rigor de um 
relato. O Verdadeiro se refere, portanto, à linguagem como narrativa de fatos reais. Sendo assim, seu 
oposto é a mentira ou a falsificação.
Em hebraico, verdade se diz emunah, que significa “confiança”. Nesta concepção, verdadeiro é aquilo 
que tem credibilidade. A verdade, neste sentido, se relaciona com a presença, a cumplicidade de al-
guém (seja Deus, seja o ser humano) e com a espera de que a promessa ou pacto se cumpra.
A concepção de verdade que circula hoje em nossa sociedade é uma síntese das três concepções acima 
citadas. Nossa concepção da verdade abrange o que é (a realidade), o que foi (os acontecimentos do 
passado) e o que será (as ações futuras). O problema da verdade, ou melhor, a verdade como problema, 
foi tratada por duas correntes filosóficas importantes: o ceticismo e o dogmatismo.
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Dogmatismo e Ceticismo
O que é o Dogmatismo?
Ao longo da história, o dogmatismo assumiu diversos significados, inclusive pejorativos. No entendi-
mento geral, é dogmático o conhecimento imposto sem que se prove sua verdade ou se discuta sua 
validade. Na filosofia, pode significar também a crença de que é possível alcançar verdades absolutas 
ou, ainda, a busca pelo conhecimento que ultrapassa as faculdades de conhecer da razão.Porém, o es-
tranhamento e a dúvida diante das coisas, que irá romper com o pensamento dogmático. O termo dog-
matismo surgiu ainda na Antiguidade para demarcar uma oposição ao ceticismo. Assim, os filósofos 
dogmáticos eram os que definiam sua opinião sobre todos os assuntos, enquanto os céticos não a de-
finiam. Um dos primeiros filósofos a utilizar o termo desse modo foi e Sexto Empírico, um cético pirrô-
nico que teria vivido entre os séculos II e III. Para ele, eram dogmáticos todos os que não eram céticos.
O que é o Ceticismo?
É uma corrente filosófica fundada pelo filósofo grego Pirro (318-272 a.C.), caracterizada, essencialmen-
te, por duvidar de todos os fenômenos que rodeiam o ser humano. A palavra ceticismo vem do grego 
“sképsis” que significa “exame, investigação”. Atualmente, a palavra designa aquelas pessoas que du-
vidam de tudo e não acreditam em nada. Podemos afirmar que o ceticismo defende que a felicida-
de consiste em não julgar coisa alguma; mantém uma postura de neutralidade em todas as questões; 
questiona tudo o que lhe é apresentado; não admite a existência de dogmas, fenômenos religiosos ou 
metafísicos. Aqueles que estejam dispostos a aceitar estas condições, seriam capazes de alcançar a 
epoché, que consiste em não emitir opiniões sobre qualquer tema. Em seguida, entramos no estado de 
ataraxia (despreocupação) e somente assim, poderemos viver a felicidade, com a renúncia de qualquer 
condição de certeza.
Vimos até aqui que o ceticismo e o dogmatismo são duas correntes filosóficas opostas. Mas existem 
mais oposições na filosofia. Por exemplo, aquela que existe entre os pragmáticos e os críticos. Vejamos 
de que se trata.
Pragmatismo e Criticismo
O que é o Pragmatismo?
É uma palavra derivada do grego “pragmatikos” que significa “ o que é próprio da ação, o que é eficaz”, 
“ação que se faz, o que se faz, o que se deve fazer”.
O pragmatismo propõe que o raciocínio siga caminhos similares aos da ciência, priorizando observação 
de fenômenos, testes, formulação de hipóteses e revisão de teorias. Para o pragmatismo, não existem 
verdades absolutas.
A marca do verdadeiro é a verificabilidade dos resultados e a eficácia de sua aplicação. Essa concepção 
de verdade está muito próxima da teoria de correspondência entre coisa e ideia, para qual o resultado 
prático na maioria das vezes, é conseguido porque o conhecimento alcançou as próprias coisas e pode 
agir sobre elas.
William James foi o primeiro filósofo que registrou o uso do termo em 1898, creditando o autor a Char-
les Sanders Peirce. O termo pragmatismo passou a ser usado por Peirce, a partir do ano de 1905, para 
nomear sua filosofia. Ele alterou o termo original, pragmatismo, pois os jornais literários o usavam de 
maneira desaprovada pelo autor.
O que é o Criticismo?
É uma doutrina filosófica que nega todo o conhecimento cujos fundamentos não tenham sido anali-
sados criticamente. Elaborado pelo filósofo iluminista Immanuel Kant (1724-1804), o criticismo cons-
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truiu-se como uma opção metodológica ao racionalismo e ao empirismo, que há séculos dividiam os 
estudiosos sobre a maneira pela qual o conhecimento é adquirido. Kant defendia que o conhecimento 
é resultado da interação entre o objeto de estudo e o sujeito. Para ele, os indivíduos possuem um con-
junto de conhecimentos “a priori”, que são anteriores às experiências e conhecimentos resultantes de 
experiências, chamados de “a posteriori”.
Insatisfeito com ambas as doutrinas, e inspirado pelas ideias do empirismo David Hume, Kant demons-
tra que o conhecimento é adquirido por meio da interação entre o objeto e o sujeito e tem como ponto 
de partida o interesse do indivíduo em aprender sobre o objeto. Ou seja, Kant coloca o sujeito como 
peça principal em um processo de conhecimento.
Diferente da perspectiva ceticista, Kant acredita na possibilidade do conhecimento, mas defende que o 
indivíduo tem um conteúdo sensível, a partir do qual ele capta e interpreta informações. Isso significa 
que um pensamento não pode ser explicado com elementos externos ao indivíduo, mas deve ser rela-
cionado com o próprio funcionamento de sua mente. Ao compreender a relação entre o sujeito e o co-
nhecimento – colocando o indivíduo como peça central dessa relação – Kant promove uma revolução na 
maneira de entender como o processo de aprendizagem acontece. Essa mudança de perspectiva ficou 
conhecida como Revolução Copernicana, numa referência à Copérnico, que revolucionou a ciência ao 
mostrar que não era a Terra o centro do universo, mas o Sol. Estudaremos um pouco sobre Kant e sua 
teoria, nas semanas cinco e seis deste nosso PET.
PARA SABER MAIS: 
Em busca da Verdade - Ceticismo e Dogmatismo
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=J2KDbn8XQAQ>. Acesso em: 13 jun. 2021. 
O que é “VERDADE”? A Filosofia explica
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-KnQpSEkf_g>. Acesso em: 13 jun. 2021. 
REFERÊNCIAS:
MELANI, Ricardo.Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna, 2016.
ATIVIDADES
1 - Entre os filósofos abaixo, qual pode seguramente ser considerado um cético?
a) Aristóteles.
b) Pirro.
c) Platão.
d) Kant.
e) Hume.
2 - Pirro de Élida é considerado o fundador do ceticismo. Esse filósofo não escreveu nenhum livro e 
temos poucas informações sobre sua vida e as que temos não é possível saber ao certo em que medida 
são verdadeiras. Uma dessas histórias afirma que durante uma tempestade em alto-mar, num barco no 
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qual todos os tripulantes estavam desesperados com o perigo da morte, Pirro permaneceu tranquilo, 
sem qualquer demonstração de medo. Qual a relação entre o ceticismo e esse comportamento de Pirro?
a) A epoché do cético leva à indiferença em relação a tudo e, assim, à tranquilidade.
b) O cético tem um problema cerebral que o impede de sentir medo.
c) O cético é uma pessoa que já nasce tranquila com uma capacidade natural de não se afetar.
d) O cético acredita que o pior nunca acontece .
e) Nenhuma das alternativas acima.
3 - Cite exemplos de comportamentos e formas de interpretação da realidade que se inspiram no 
dogmatismo.
4 - (Enem 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates 
paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os 
temperamentais,como Alcibíades sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, 
mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. Sobretudo a esses 
jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação (BRÉHIER, E. História da filosofia. 
São Paulo: Mestre Jou, 1977).
O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na:
a) Contemplação da tradição mítica.
b) Sustentação do método dialético.
c) Relativização do saber verdadeiro.
d) Valorização da argumentação retórica.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
1) A religião é repleta de dogmas, verdades absolutas e inquestionáveis que devem ser seguidas pelos 
fiéis.
2) Na economia nós temos a famosa Lei da Oferta e da Procura, que esconde a possibilidade dos 
preços e da oferta de produtos ser manipulada pelos agentes econômicas, como no caso do petróleo. 
3) As pessoas também adotam atitudes dogmáticas sem se darem conta disso. Um exemplo é quando 
se diz que política é um assunto que não se discute.
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SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO: 
Conhecer.
TEMA/TÓPICO:
Objetividade e verdade / Filosofia crítica ou transcendental.
HABILIDADE(DE): 
Distinguir e relacionar as diversas formas de pensar, experiência, entendimento, dogmatismo, razão.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Iluminismo. Filosofia crítica.
TEMA: Iluminismo
Olá, estudante!
“É evidente que todas as ciências têm uma relação, maior ou menor, com a natureza humana; e que por 
mais que alguma dentre elas possa parecer se afastar dessa natureza, ela sempre retornará por um cami-
nho ou outro. Mesmo a matemática, a filosofia da natureza e a religião natural dependem em certa medida 
da ciência do homem, que as julgam por meio de seus poderes e faculdades. Assim, como a ciência do 
homem é o único fundamento sólido para as outras ciências, assim também o único fundamento sólido 
que podemos dar a ela deve estar na experiência e na observação. “
HUME, David. Tratado da natureza humana: uma tentativa de introduzir o método experimental de racio-
cínio nos assuntos morais. São Paulo: Editora Unesp/ Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 20-23.
Iluminismo
Foi um movimento intelectual, filosófico e cultural que se tornou popular no século XVII e XVIII, conhe-
cido como “Século das Luzes”. Surgida na França, a principal característica desta corrente de pensa-
mento foi defender o uso da razão sobre o da fé para entender e solucionar os problemas da sociedade, 
que deveria ter maior liberdade econômica e política. Os principais filósofos iluministas foram: Montes-
quieu (1689-1755), Voltaire (1694-1778), Diderot (1713-1784), D’Alembert (1717-1783), Rousseau (1712-1778), 
John Locke (1632-1704), Adam Smith (1723-1790), entre outros. Os iluministas acreditavam que pode-
riam reestruturar a sociedade do Antigo Regime. Através da união de escolas de pensamento filosófi-
cas, sociais e políticas, enfatizavam a defesa do conhecimento racional para desconstruir preconceitos 
e ideologias religiosas. Por sua vez, essas seriam superadas pelas ideias de progresso e perfectibilida-
de humana.
O iluminismo rejeitava a herança intelectual medieval e, por isso, passaram a chamar este período de 
“Idade das Trevas”. Foram esses pensadores que inventaram a ideia que nada de bom havia acontecido 
nesta época, o que não é necessariamente verdadeiro.
As ideias iluministas se espalharam de tal modo que muitos governantes buscaram implantar medidas 
embasadas no iluminismo para modernizar seus respectivos Estados.
Isso acontecia sem que os monarcas abdicassem de seu poder absoluto, apenas conciliando-o aos in-
teresses populares. Deste modo, a postura destes governantes ficou conhecida como Despotismo Es-
clarecido.
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O Iluminismo chegou ao Brasil através das publicações que eram contrabandeadas para a Colônia. 
Igualmente, vários estudantes que iam à Universidade de Coimbra, em Portugal, também tinham con-
tato com as ideias iluministas e passaram a difundi-las.
Essas ideias passavam a questionar o próprio sistema colonial e fomentar o desejo de mudanças. As-
sim, o movimento das Luzes influenciou a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração Baiana (1798) e a 
Revolução Pernambucana (1817).
Os ideais iluministas tiveram sérias implicações sociopolíticas. Como exemplo, o fim do colonialismo e 
do absolutismo e implantação do liberalismo econômico, bem como a liberdade religiosa, o que culmi-
nou em movimentos como a Revolução Francesa (1789).
Immanuel Kant - Investigação da razão 
Os estudos do alemão Immanuel Kant são referências tanto para filosofia moderna como para a con-
temporânea. Sua filosofia, que é considerada o ponto alto da reflexão do movimento iluminista, influen-
ciou muitas das principais correntes filosóficas contemporâneas. Vamos estudar os aspectos da filo-
sofia kantiana, conhecida como filosofia crítica.
(…) é um convite à razão para de novo empreender a mais difícil das suas tarefas, a do conhecimento 
de si mesma e da constituição de um tribunal que lhe assegure as pretensões legítimas e, em contra-
partida, possa condenar-lhe todas as presunções infundadas; e tudo isto, não por decisão arbitrária, 
mas em nome das suas leis eternas e imutáveis. Esse tribunal outra coisa não é que a própria crítica 
da razão pura (KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 3. Ed. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian, 
1994, p.5).
A obra de Kant é um convite para que a razão humana se auto investigue, isto é, averigue suas possibili-
dades e seus limites, o que ela pode ou não conhecer. Por meio dessa investigação, as pretensões legí-
timas da razão seriam enaltecidas, enquanto suas falsas presunções seriam rebatidas. A razão ergueria 
uma espécie de tribunal para julgar-se a si mesma. A obra de Kant seria esse tribunal, no qual seriam 
investigadas as leis eternas e imutáveis e, portanto, universais e necessárias, da razão.
Dessa maneira, a expressão “filosofia crítica” condiz com a investigação kantiana. Afinal, entendemos 
atitude crítica como aquela que se baseia na reflexão profunda e independente, que não aceita nada 
que não seja alvo de exame da razão ou dos princípios racionais. É o que faz a filosofia de Kant, convi-
dando a razão a investigar seus princípios ou suas leis universais.
Admito sem hesitar: a recordação de David Hume foi exatamente aquilo que, há muitos anos, primei-
ro interrompeu meu sono dogmático e deu uma direção completamente diversa à minhas investiga-
ções no campo da filosofia especulativa.
(…) Investiguei, em primeiro lugar, se a objeção de Hume não se deixaria representar de forma geral, 
e logo descobri que o conceito da conexão de causa e efeito está longe de se o único pelo qual o en-
tendimento pensa a priori conexões entre coisas, e, mais ainda, descobri que a metafísica consiste 
inteiramente nesses conceitos (KANT, Immanuel. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que 
possa apresentar-se como ciência. São Paulo: Estação Liberdade, 2014. P. 28).
O rumo das investigações de Kant sobre o conhecimento humano foi determinado pela crítica de David 
Hume ao princípio de causalidade. Os racionalistas defendem a ideia de que a metafísica poderia ex-
plicar o Universo e provar, por exemplo, a existência de Deus ou a imaterialidade da alma, como tentou 
fazer René Descartes. Eles acreditavam que todo esse conhecimento seria alcançado apenas com o 
uso da razão, sem o auxílio da sensibilidade.
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Se a conclusão de Hume fosse considerada correta, seria possível afirmar que o conhecimento humano 
teria um alcance muito limitado. Foi nesse sentido que Kant orientou suas investigações.
Para Kant, as impressões sensíveis fornecidas pela experiência atuam na construção de nosso conhe-
cimento sobre o mundo. No entanto, nós não conseguiríamos apreender essas impressões sem uma 
prévia capacidade de conhecer.
PARA SABER MAIS: 
Iluminismo.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5jrGMeGYc3w>. Acesso em: 13 jun. 2021. 
Kant e a grande revoluçãoda Filosofia.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2-HlwkOBueE>. Acesso em: 13 jun. 2021. 
REFERÊNCIAS:
MELANI, Ricardo.Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna, 2016.
O que é iluminismo. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-ilu-
minismo.html>. Acesso em: 13 jun. 2021.
ATIVIDADES
1 - O Iluminismo ou Ilustração foi uma escola filosófica que criticava abertamente o poder absoluto dos 
reis. No entanto, os próprios iluministas propunham um novo sistema político que consistia:
a) Na limitação do poder real através da Constituição e das leis municipais.
b) Na divisão do poder absoluto em três ramos distintos, mas interligados no Executivo, Legislativo 
e Judiciário.
c) Na criação de uma Assembleia de Notáveis em cada país cuja função seria fiscalizar o poder do 
rei e assim evitar abusos.
d) Na supressão da figura do monarca e sua substituição por uma democracia direta eleita por su-
frágio universal.
e) Em desequilibrar o poder de decisão.
2 - O Iluminismo é uma filosofia que deixou marcas profundas na sociedade ocidental. Atualmente, 
inclusive, podemos verificar a influência do iluminismo em fatos como:
a) Criação da Constituição.
b) Elaboração de leis escritas.
c) Surgimento do parlamento.
d) Instituição dos Três Poderes.
e) Na conscientização.
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3 - (Cesgranrio) O movimento conhecido como Ilustração ou Iluminismo marcou uma revolução 
intelectual, ocorrida na sociedade europeia ao longo do século XVIII. O Iluminismo, em seu âmbito 
intelectual, expressou a:
a) Negação do humanismo renascentista baseado no experimentalismo, na física e na matemática.
b) Aceitação do dogmatismo católico e da escolástica medieval.
c) Consolidação do racionalismo como fundamento do conhecimento humano.
d) Supremacia da idéia de providência divina para a explicação dos fenômenos naturais.
e) Nenhuma das alternativas acima citadas.
4 - Explique resumidamente por que o século XVIII acabou sendo conhecido como o “Século das Luzes”.
Porque o Iluminismo combateu as práticas culturais e sociais da Sociedade de Antigo Regime cujas 
principais características eram o Absolutismo (poder político concentrado nas mãos do rei), 
Mercantilismo (intervenção do Estado na economia e monopólios comerciais), Sociedade Estamental 
(condição social definida a partir de privilégios de nascimento). O Iluminismo trouxe novos princípios, 
tais como a divisão dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário; o liberalismo econômico e o fim 
dos privilégios do Clero e da Nobreza. Não podemos esquecer ainda o pensamento racional, o 
desenvolvimento da ciência e o questionamento dos dogmas religiosos.
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SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO: 
Conhecer.
TEMA/TÓPICO: 
Objetividade e verdade / Filosofia crítica ou transcendental.
HABILIDADE(DE): 
Distinguir e relacionar as diversas formas de pensar, experiência, entendimento, dogmatismo, razão, auto-
nomia e liberdade e arte.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Conhecimento a priori e a posteriori.
TEMA: Conhecimento a priori e a posteriori.
Olá, estudante!
Nessa semana, continuaremos nossos estudos abordando mais um aspecto do rico pensamento de 
Kant, sua filosofia transcendental. A palavra transcendental significa o tipo de conhecimento que in-
vestiga os princípios gerais, os conceitos a priori que possibilitam a experiência sensível e o conhe-
cimento. Com isso teremos ainda mais subsídios para uma reflexão crítica e profunda sobre o nosso 
conhecer e agir no mundo.
Conhecimento a priori e a posteriori
Quando alguém diz “esta bola é branca”, afirma coisas com base no conhecimento sensível, que não 
apresenta necessidade de lógica e universalidade. Kant chamou esse tipo de conhecimento de a pos-
teriori, ou seja, conhecimento adquirido depois da experiência.
Há no entanto um outro tipo de conhecimento, alicerçado no raciocínio lógico, que ele denominou a 
priori, ou seja, anterior à experiência sensível. Exemplo: “o casado não é solteiro”, “o triângulo tem três 
lados”. Podemos perceber que este tipo de afirmação ou juízo (juízos são o estabelecimento de relação 
entre duas coisas) se baseiam no conhecimento a priori, ou seja, o predicado está implicado no sujeito 
ou faz parte do próprio conceito. Sendo assim, os juízos do conhecimento a priori são explicativos ou 
analíticos, e nada acrescentam ao que já é conhecido. Já o conhecimento fundamentado na experiên-
cia sensível, cujo predicado não está implicado no sujeito nem faz parte do conceito, são conhecidos 
como juízos empíricos/ampliativos ou sintéticos.
Os juízos analíticos são necessários (são assim e não podem ser de outro modo), e os juízos sintéticos 
são contingentes (são deste modo muito embora possam ser de outro).
Não resta dúvida de que todo o nosso conhecimento começa pela experiência; efetivamente, que 
outra coisa poderia despertar e pôr em ação a nossa capacidade de conhecer senão os objetos que 
afetam os sentidos e que, por um lado, originam por si mesmos as representações, e por outro lado, 
põem em movimento a nossa faculdade intelectual e levam-na a compará-las, ligá-las ou separá-las, 
transformando assim a matéria bruta das impressões sensíveis num conhecimento que se denomina 
experiência? Assim, na ordem do tempo, nenhum conhecimento precede em nós a experiência, e é 
com esta que todo conhecimento tem o seu início (KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 3. Ed.Lis-
boa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994. P.36).
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Há ainda juízos que são ao mesmo tempo sintéticos e a priori. Sintéticos, pois envolvem relações entre 
várias impressões sensíveis ou percepções distintas. A priori, porque englobam elementos da razão ou 
da capacidade de conhecer que são independentes da experiência sensível e a possibilitam.
(…) se retirarmos das intuições empíricas dos corpos e suas alterações (movimento) tudo o que é 
empírico, a saber, o que pertence à sensação, restam ainda espaço e tempo, que são, portanto, in-
tuições puras nas quais as intuições empíricas se fundam a priori, e por isso não podem ser retira-
das, mas precisamente por serem intuições puras a priori, provam que são meras formas da nossa 
sensibilidade, que devem preceder toda intuição empírica, isto é, percepção de objetos reais, e em 
conformidade com as quais objetos podem ser conhecidos a priori, embora, é certo, apenas como 
aparecem para nós (KANT, Immanuel. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que possa apre-
sentar-se como ciência. São Paulo: Estação Liberdade, 2014. p.56).
O conhecimento, na concepção kantiana, é um composto entre sensibilidade e entendimento. A sen-
sibilidade é a capacidade humana de receber as impressões sensíveis, de intuir; já o entendimento é a 
capacidade de pensar as representações da percepção.
Sem sensibilidade, nenhum objeto nos seria dado; sem o entendimento, nenhum seria pensado. Pen-
samentos sem conteúdos são vazios; intuições sem conceitos são cegas (KANT, Immanuel. Crítica 
da razão pura. 3. Ed. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian, 1994. P. 89)
Dessa forma Kant, estabelece o limite do conhecimento humano. Para que se conheça algo, esse algo 
tem de ser conformado pelas intuições a priori da sensibilidade, que são as noções de espaço e de tem-
po, e pelos conceitos a priori do entendimento. Kant chama esse objeto conformado de fenômeno. O 
ser humano só pode conhecer a representação de um objeto como esta representação lhe aparece na 
consciência. E esse parecer tem regras. Sem essas regras de conformação, o ser humano não receberia 
as impressões sensíveis, não criaria representações, não pensaria e, portanto, não teria conhecimento.
A investigação kantiana deixou claro o limite do conhecimento humano: só podemos conhecer fenô-
menos, isto é, representações, que são conformados pelas intuições da sensibilidade e pelas catego-
rias do entendimento humano.
Assim é apenas por meio da forma da intuição sensorial que podemos intuir a priori, mas por esse 
meiopodemos apenas conhecer objetos tal como eles podem aparecer para nós ( para nossos sen-
tidos), e não como podem ser em si mesmos (…) (KANT, Immanuel. Prolegômenos a qualquer meta-
física futura que possa apresentar-se como ciência. São Paulo: Estação Liberdade, 2014. P. 55-56).
Com esta linha de argumentação, Kant provocou uma revolução na teoria do conhecimento, que ele 
mesmo designou como “virada copernicana na filosofia”, reafirmando que o homem é o centro do co-
nhecimento. O ser humano não é agente passivo, que só recebe informações, mas atua decisivamente 
na constituição do conhecimento e do que se compreende como realidade.
O conhecimento seria em grande parte produto da atividade do sujeito que conhece.
Só um ser racional tem capacidade de agir segundo a representação das leis, isto é, segundo prin-
cípios,ou só ele tem uma vontade. (…) a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a razão, in-
dependentemente da inclinação, reconhece como praticamente necessário, quer dizer, como bom. 
Mas se a razão só por si não determina suficientemente a vontade (…) numa palavra, se a vontade não 
é em si plenamente conforme à razão (como acontece realmente entre os homens), então as ações, 
que objetivamente são reconhecidas como necessárias, são subjetivamente contingentes, e a de-
terminação de uma tal vontade, conforme a leis objetivas, é obrigação; quer dizer, a relação das leis 
objetivas para uma vontade não absolutamente boa apresenta-se como a determinação da vontade 
de um ser racional (…) (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: 
Abril Cultural, 1980. P 123-124. (Coleção Os Pensadores).
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O ser humano tem, portanto, livre-arbítrio. É um ser não apenas racional, mas tem sentimentos, emo-
ções, impulsos e suas atitudes e ações podem sofrer influência por parte de interesses pessoais. Nessa 
perspectiva, a fonte da ética ou da moralidade humana é a razão, no sujeito transcendental. A fonte e as 
consequências desta ética fundada no sujeito, Kant designou como imperativo categórico:
Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de 
uma legislação universal (KANT, Immanuel. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, 1994. P. 42)
Além de tratar do conhecimento e da moral, Kant voltou-se também para o juízo estético e a investi-
gação do belo. Ele procurou explicar a arte e o belo a partir da superação dos critérios do objetivo e do 
subjetivo. A experiência estética, isto é, o juízo de gosto sobre o belo, é diferente da mera sensação de 
prazer particular.
No entanto, quando se afirma que uma coisa é bela, espera-se que as outras pessoas compartilhem 
do mesmo juízo. Quando se diz, por exemplo, “veja a beleza dessa flor!”, espera-se que essa beleza 
não seja algo percebido apenas pelo indivíduo que exclamou. Um juízo estético, então, apesar de ser 
essencialmente subjetivo, pois advém do prazer de cada um, pressupõe universalidade subjetiva. Para 
Kant, a arte não é uma imitação pura e simples da natureza, embora, para ele, o belo natural seja su-
perior ao belo .
PARA SABER MAIS: 
Kant - Ética do dever. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dtJKzLO_0OE>. Acesso em: 13 jun. 2021.
Crítica da Razão Pura Immanuel Kant.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ubeX51CSW3A>. Acesso em: 13 jun. 2021.
Diferença entre o belo e o agradável na filosofia de Kant.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-1GhnYJ7-6M>. Acesso em: 13 jun. 2021.
REFERÊNCIAS:
MELANI, Ricardo. Diálogos: primeiros estudos em filosofia. Ed.São Paulo: Moderna, 2016.
ATIVIDADES
1 - Immanuel Kant dedicou sua Crítica da razão pura à questão do conhecimento. De acordo com o 
que escreve o filósofo alemão na abertura da parte sobre a “razão em geral” desta obra, todo o nosso 
conhecimento começa:
a) Na razão, vai daí aos sentidos e termina no entendimento.
b) Na razão, vai do entendimento e termina nos sentidos.
c) Nos sentidos, vai daí ao entendimento e termina na razão.
d) No entendimento, vai da razão e termina na ilusão.
e) Nenhuma das alternativas acima citadas.
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2 - Sobre a questão do conhecimento na filosofia kantiana, é CORRETO afirmar que:
a) O ato de conhecer se distingue em duas formas básicas: conhecimento empírico e conhecimen-
to puro.
b) Para conhecer, é preciso se lançar ao exercício do pensar conceitos concretos.
c) As formas distintas de conhecimento, descritas na obra Crítica da razão pura, são denominadas,
respectivamente, juízo universal e juízo necessário e suficiente.
d) O registro mais contundente acerca do conhecimento se faz a partir da distinção de dois juízos,
a saber: juízo analítico e juízo sintético ou juízo de elucidação.
e) Nenhuma das alternativas acima citadas.
3 - Acerca do formalismo moral desenvolvido na filosofia Kantiana, julgue de acordo com Kant, a seguinte 
colocação: “ agir racionalmente que depende dos princípios, e a vontade é da razão prática”. Justifique.
Só um ente racional tem a faculdade de agir segundo a representação de leis, isto é, segundo princípios, 
ou uma vontade. Visto que para a dedução de ações de leis requer-se razão, a vontade não é senão uma 
razão prática. Se a razão determina inevitavelmente a vontade, então as ações de um tal ente, 
conhecidas como objetivamente necessárias, são também subjetivamente necessárias, isto é, a vontade é 
uma faculdade de escolher somente aquilo que a razão, independentemente das inclinações, conhece 
como praticamente necessário, isto é, como bom.
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