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Terapia Manual Qual a importância da terapia manual na fisioterapia? Podemos ter todos os aparelhos na fisioterapia e todos são importantes. O que nunca se renova é as nossas mãos, podemos ensinar os pacientes a realizar exercícios, mas quando tocamos o paciente e sentimos a mudança dos tecidos, dos músculos, sentimos a estrutura óssea na palpação. É um contato que só o terapeuta que tem. Conjunto de técnicas para prevenir lesões, disfunções: com uso das mãos podemos direcionar o foco, buscando normalizar uma disfunção e equilibrar alterações musculares, como dores. A fisioterapia como profissão nasceu a partir do contato manual, a partir do emprego do uso das mãos, como forma terapêutica. A gente pode ser plena no mercado, somente com o uso das nossas mãos, do nosso conhecimento e das nossas mãos? Sim, importante ressaltar essa ideia, conseguimos sim plenitude com a fisioterapia usando somente nossos conhecimentos e nossas mãos, é logico que podemos usar outros recursos complementares. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Capacitar o aluno para avaliação funcional e tratamento das alterações articulares e tissulares (tecidos moles), através do aprendizado teórico e prático das técnicas de manipulação, mobilização e conscientização corporal. Capacitar o aluno, técnica e cientificamente para utilização das técnicas diagnosticas e terapêuticas através da terapia manual. INTRODUÇÃO Histórico: Existem dados de uso das mãos como princípios terapêuticos desde antiguidade (A.c – Egito). Porém o que abordamos é a terapia manual moderna, em relação a medicina manual. O inicio do processo de profissionalização começou por volta de 1892, nessa época já haviam os chamados Bonesetters (colocadores de ossos no lugar, tradução literal – Inglaterra/Europa). Andrew Taylor Still (1892): criador do conceito da osteopatia tinha um conhecimento de manipulação articular assim como os Bonesetters, ele elaborou um conceito de avaliação e tratamento manual, que foi chamado de osteopatia. Sua base foi a ANATOMIA. “o aluno para conhecer/praticar a osteopatia precisa conhecer a ANATOMIA, anatomia e mais anatomia”. OSTEOPATIA = doença influenciada pelos ossos. Americano nasceu - texas. David Daniel Palmer (1897): Um dos alunos do still e 5 anos depois criou a quiropraxia foi formulada por ele. Utiliza-se de manipulações articulares como conceito de tratamento. Algumas manipulações são similares á osteopatia. Mas a quiropraxia e um método de tratamento nos EUA, pode ate usar de conceito holístico assim como a osteopatia, mas o conceito é cientifico. QUIROPRAXIA = prática das mãos. Século 20 a gente tem uma serie de nomes importantes: Cyriax G.D Maitland (médico ortopedista 1940/50 que fazia muito uso das mãos com princípios de avaliação e tratamento, tanto que a massagem transversa e profunda foi criada por ele). Freddy M. Kaltenborn (inglês utilizou do termo côncavo e convexo, importante para nós fisioterapeuta, é essa teoria que diz qual plano devemos utilizar naquela manipulação e qual a direção). Mulligan (fisioterapeuta inglês que criou uma serie de técnicas bastantes práticas que de certa forma fáceis de serem utilizada com resultados imediatos). As principais técnicas verão em ortopedia I. Mc Connel (inglês precursor do uso de bandagem rígida, normalmente essas bandagens era precedidas por mobilizações articulares e aplicava bandagem rígida para manter os ganhos de a mobilização articular). David Butler (australiano falou muito em técnicas de mobilização neural. Muitas vezes técnicas que a gente deve utilizar no final do tratamento, relacionada à complacência neural – déficit – técnica importante e relativamente fáceis de aplicar) Na metade do século 20 tivemos outros autores que utilizaram terapia manual mais abordam outros princípios como as cadeias musculares: Françoise Mazièré (primeira pessoa que falou sobre cadeias musculares anterior/posterior – influencia da retração dessas cadeias na postura corporal, e a partir disso utilizava técnicas de massagem –miofáscial). Souchard (francês, elaborou o conceito de RPG, ficou famoso no Brasil, pois trouxe a RPG no brasil). Leopold Busquet (Utilizava de cadeias musculares). etc. DEFINIÇÃO Fazer uso das mãos com propósito de avaliação e tratamento das disfunções do sistema músculo – esquelético. CARACTERÍSTICAS DE UM BOM TERAPEUTA MANUAL Conhecimento das ciências básicas Raciocínio clinico – conhecimento das ciências básicas e o uso desse conhecimento em conjunto; Habilidade tátil – conseguimos com treino/prática; Ser crítico na escolha das fontes de informações – Importante que saibamos escolher essas bases, procurar nos devidos lugares, não buscar direto no google, assim como nos pautar pela ciência, o paciente muitas vezes fala que conhece um massagista oriental por exemplo, mas não tem formação acadêmica, mas ele e muito bom, por que muitas vezes não é recomendado esses profissionais? Justamente por não conhecermos a base de conhecimento desses profissionais, muitas vezes eles já têm uma habilidade tátil, terapêutica nata, mas será que ele tem conhecimento das ciências básicas? Será que mesmo com toda essa habilidade ele conhece uma contra indicação? Saber lidar com o ser humano Fundamentação cientifica da técnica – formaliza uma formação acadêmica Treinamento adequado - indispensável. DIFERENÇAS Mobilização x Manipulação Mobilização: É técnica empregada pelo fisioterapeuta na qual ele move uma superfície articular do paciente de forma passiva, rítmica e gradativa. Paciente tem controle dessa técnica. Normalmente mobilizando em uma frequência de 2Hz (duas mobilizações por segundo – forma rítmica da mobilização). Manipulação: Em termos gerais, é qualquer técnica que faz utilização da mão. Técnica manual de alta velocidade e baixa amplitude, geralmente ocasionando a cavitação articular (estalo articular = thrust), na qual o paciente não tem controle sobre a técnica, ou seja, o paciente não interrompe, pois o terapeuta está a realizar um movimento inesperado, movimento de alta velocidade e baixa amplitude. Em termos restritos da terapia manual. Se encaixa no grau 5 de Meitland. Osteopatia x Quiropraxia Osteopatia – é um método de avaliação e tratamento manual, só que não envolve somente manipulações no termo restrito da terapia manual. As vezes o tratamento envolver apenas uma manipulação de uma víscera ou só inibição do diafragma. Quiropraxia – trabalha muito com manipulações articular. Muitas técnicas com tecido mole cicatriz, vísceras. Osteocinemática x Artrocinemática Osteocinemática – tem relação com os movimentos fisiológicos entre os ossos, ex quando realiza movimento de flexão do cotovelo, flexão do antebraço em relação ao antebraço. Assim como a extensão. Se mobilizar o cotovelo de um paciente de forma fisiológica, ex. fratura do cotovelo e tem restrição na flexo extensão do cotovelo e o terapeuta realiza passivamente um movimento de flexo extensão está realizando mobilização passiva fisiológica para recuperar esses movimentos fisiológicos. Paciente que sofreu uma retirada de menisco em uma cirurgia, a gente mobiliza de forma fisiológica o joelho. Artrocinemática – Refere-se aos movimentos acessórios entra as superfícies articulares, ex o movimento entre a capsula articular da cabeça do úmero e a cápsula articularem da face glenóide, acontece ali movimentos acessórios e esses movimentos não dependemdo nosso controle voluntário, a gente não controla esse movimentos, mas eles são imprescindíveis para amplitude completa de movimento, se durante a flexão do ombro (movimento Osteocinemática) a cabeça do úmero tem uma limitação no rolamento e deslizamento ele não ocorre durante toda sua amplitude. Enquanto a Osteocinemática relacionava ao movimento entre o osso em relação a outro. São 5 movimentos acessórios que acontecem entre as articulações ROLAMENTO; DESLIZAMENTO; TRAÇÃO; COMPRESSÃO; GIRO. E esses movimentos acessórios não dependem do nosso controle. Eles ocorrem a partir da ação de todo o sistema conectivo, tendões, ligamentos e alguns músculos (se pensar na função primordial do manguito rotador – função de coaptação, portanto ele colabora muito com a ação acessória). Disfunção x Sintomas Disfunção – devemos buscar e tratá-los. Nos somos terapeutas da função! E não terapeutas clínicos (ligado a uma questão patológica) como pode tratar de forma clínica e funcional uma síndrome do impacto: pode tratar de forma clínica e preocupando somente com os sintomas (tratando a dor) funcional: precisa identificar a disfunção. Pensando na atividade que a pessoa irá realizar trazer mais para o fisiológico. E pode tratar o paciente atendo somente a função. Pode trabalhar de forma hibrida. Sintomas – abre mão dos recursos físicos: Eletroterapia, hidroterapia, fototerapia, calor e assim por diante. Quando pegamos o diagnóstico do médico: Ex. Paciente que vem com a guia do ortopedista: hérnia de disco l4 e l5, esse diagnóstico clínico. É importante para nós, mas vamos não vamos tratar uma hérnia de disco. Nós tratamos as disfunções que levaram o paciente a ter uma hérnia discal. O diagnóstico clínico – Produto de uma série de disfunções - ele é o ponto de partida para uma investigação retrograda. Informação inicial, ponto de partida para realizar uma investigação retrograda, ou seja, o que houve antes do paciente adquirir essa hérnia discal? Acontecimentos anteriores é que levaram o paciente a ter uma hérnia discal. A importância da disfunção/fisioterapeuta. Se entendermos as patologias de forma geral são decorrentes de disfunções, temos realmente a faca e o queijo, pois não há outro profissional apto para descobrir disfunções. Ex. Paciente tem uma hérnia discal (L4 e l5), pensando em uma cadeia disfuncional. Se o paciente chega com um diagnóstico de hérnia discal de l4 l5 vai avaliar o paciente, ele apresenta uma restrição na flexão do tronco, seja pela dor e nessa flexão de tronco limitada, no teste de mobilidade ele apresentou também uma retração dos músculos Isquíotibiais (cadeia posterior). Nessa mobilidade da tíbia distal, no tornozelo distal percebe que a tíbia direita tem pouca mobilidade no sentido posterior e a tíbia esquerda tem boa mobilidade no sentido posterior. Isso indica que ele tem uma tíbia distal anterior. Encontrou que a cabeça da fíbula dele (próximo ao joelho) face lateral do joelho apresenta uma restrição de mobilidade para anterior, ela está então posteriorizada, associado a esses achados de mobilidade articular percebemos uma retração dos músculos Isquíotibiais (por causa da tíbia e fíbula). Ilíaco posterior do lado direito (biomecânica – se articula com o sacro) seguindo nessa cadeia: o problema então na flexão do tronco. Esse raciocínio clínico que teremos que fazer. Ilíaco, tíbia está hipermóvel. Será que não são essas hipomobildiades que geraram essa hérnia de disco? Qual será nossa função? Tentar melhorar essas cadeias, trabalhar nessas hipomobildiades. Para fazer esse movimento de flexão do tronco, o tornozelo participa a tíbia distal desliza para posterior, a cabeça da fíbula desliza para anterior os Isquíotibiais se distendem e o ilíaco deve-se mover para anterior, se esses movimentos não ocorrerem outras articulações está sobrecarregado, um excesso de movimento para que a amplitude seja realizada, vai tentar recompensar. Nesse caso nem mechemos na hérnia, tratando essas hipo/hipomobildiades passamos a trabalhar de forma harmônica, para não haver sobrecarga na lombar. Hipomobildiades e hipermobilidade racional, o que é hipermóvel a terapia manual vai mobilizar. Se pensar nos sintomas pode tratar à região a hérnia discal. Buscamos sempre a disfunção na terapia manual. DIAFRAGMA – Musculo fundamental – trabalhos holísticos basicamente inspiratórios. Insere-se no ESTERNO, na 6º – 7º – 8º- 9º - 10º -11º - 12º a origem. Musculo com várias origens, seu pilar diafragmático está nas vertebras T11 T12 e L1. A terapia manual é um conceito holístico, deve abordar o paciente ao todo, envolvimento holístico do paciente. Se estiver falando de conceito holístico eu entendo que tons corporais devem atuar de forma harmônica. Musculo inspiratório, tem uma relação importante com os quadros emocionais, se está muito agitado o ritmo respiratório muda. SNAS tem essas questões. Por isso trabalhamos a respiração. Predominantemente inspiratório. Expiração ocorre de forma passiva. Portanto é um musculo que se afeta diretamente aos quadros emocionais, podendo interpretar o paciente ao todo. Músculo chave, pois atua bastante nele, inibindo-o realizando técnicas posturais como controle respiratório ou controle verbal e muitas técnicas têm como base a respiração. DIAFRAGMA = EMOÇÕES = SISTEMA SOMÁTICO Individuo em pé nível vertebral – T11 /T12 Observar contorno – na primeira imagem: curvatura da vértebra, de forma harmônica | segunda imagem: Não está harmônica, há uma depressão em um determinado momento da flexão de tronco, indica que as vertebras torácica não acompanharam o movimento de flexão, portanto estão em extensão/ está anteriorizada, zona plana. Diafragma se esse nível que esta anteriorizada em relação com T11 T 12 e L1, é possível que o diafragma seja uma das causas para essa disfunção, pois tem inserção nesses níveis (se está contraído/tenso) impõe a vertebra a uma disfunção, questão disfuncional. Pode ter uma questão postural que o paciente adotou. Diafragma tenso pode trazer as vertebras para anterior e mantê-las em extensão. Para finalizar, fizemos introdução à terapia manual e demos exemplos de envolvimento holístico, sempre pensamos na função do indivíduo. Quando encontramos uma disfunção, principalmente testando uma mobilidade, amplitude de movimento. Por exemplo, paciente tem dor no ombro, testar mobilidade e ele tem uma limitação, precisa avaliar esse ombro e descobrir onde está a disfunção. Avaliação que cai sobre a mobilidade, às disfunções pode ocorrer em várias estruturas, essa limitação do movimento do ombro, remete a uma disfunção em outras cadeias musculares envolvidas, pode ter uma disfunção no musculo. Outra estrutural pode estar disfuncional, o que vem na cabeça é uma disfunção articular, manguito rotador, articulação gleno umeral, mas ela não é necessariamente articular, pode ser gleno umeral, tração muscular ou pode ser de uma inibição do manguito rotador, se pensar na biomecânica do ombro, tendão. Uma cicatriz abdominal pode gerar uma limitação de flexão do ombro, por aderência miofáscial vai diminuir a ADM não deixando alongar. Paciente com espasmos do diafragma pode limitar a flexão do ombro. BOM ESTADO DE SAÚDE O que nos fisioterapeutas acreditam que seja um bom estado de saúde: Diretamente voltado a terapia manual - Boa estrutura biomecânica (equilíbrio muscular, simetria postural e de forças, liberdade articular - amplitude normal, linhas de gravidade – relação com postura, simetriacorporal). Ex se tem o quadríceps com grau de força muscular, avaliação isocinética indicando que o torque do quadríceps é maior que o Isquíotibiais isso tende ao paciente a ter uma hiperextensão de joelhos, gerando um desequilíbrio de forças, portando predispondo a lesão. - Boa irrigação sanguínea (inexistência de compressões, regulação do sistema autônomo simpático e parassimpático). A relação com a irrigação sanguínea é a ligação direta, é o responsável pela contração da musculatura dos vasos sanguíneos, (Controle vasomotor, contração e relaxamento dos vasos sanguíneos). Simpático: responsável por situações de fuga, a grande tendência é gerar atenção ao indivíduo. Trabalham em conjunto, haja equilíbrio entre esses dois sistemas. Muitas das queixas são de formigamento e muitas vezes estão relacionadas a um déficit de irrigação sanguínea, seja por desregulação entre tônus simpático ou parassimpático ou compressão de víscera. Ex. quando a pessoa está ansiosa, encontramos aumento da FC, FR, PA. É necessário equilibrar esses sistemas. - Boa conduta nervosa (inexistência de compressões, radiculares, neurais seja periférico ou na sua raiz, integridade do SNC). Pode estar ligado aos dermátomos. - Boa nutrição tecidual (alimentação, sistema metabólico e endócrino), alimentação equilibrada e o equilíbrio de sistema metabólico ou endócrino. Ex. Retirada da vesícula biliar, é possível que esse paciente tenha algum distúrbio metabólico em relação a gordura. Ou uma alimentação desiquilibrada, ingestão de doce, gordura, doença metabólica sistêmica, tudo isso interfere. HOLISMO OU TERAPIA HOLÍSTICA Mental/emocional, ponto de equilíbrio do corpo. Holismo e um termo que remete ao todo, terapia holística é a terapia que visa a função harmônica entre todos os órgãos do corpo humano. Busca pela função harmônica de todas as estruturas do corpo. Ex. família que mantem suas contas em dia, quem tem orçamento apertado preciso trabalhar de uma forma harmônica, se fosse ao contrário, se não for conversado pode gerar uma complicação. HOLISTICO = ENVOLVER O TODO E COM HARMONIA FISIOLOGICA COMO TRABALHAR A FORMA HARMONICA? Caminhos para trabalhar essa intervenção. Têm relação com o estado mental. Exemplo de somatização Síndrome do pânico. A pessoa fica em um estado tão alto de ansiedade que ela começa a gerar alterações físicas. Chega a um grau de ansiedade. Taquipneia leva a uma tensão exacerbada no diafragma. AS LEIS DE STILL STILL = criador da osteopatia Conceitos que estabelecem os pilares da osteopatia/terapia manual moderna: 1º A estrutura determina a função (enfermidade não se desenvolve se a estrutura está em harmonia realizando sua função). Ex. Se o ombro está com uma amplitude normal, ou seja, a estrutura está em bom estado funcional, e essa estrutura, a enfermidade não se desenvolve. Estrutura precisa estar funcional e integra. Se não em uma integridade só nos resta trabalhar uma função. Se recuperar a função, ela pode moldar a estrutura em uma condição de cicatrização. 2º A unidade do corpo (uma lesão limitante pode provocar sintomas em regiões distantes da lesão) – isso dá um caráter único ao corpo. Ex. Uma disfunção do ilíaco (osso), quando realiza a flexão do quadril o osso ilíaco move para posterior (é reduzida, mas tem um grau de mobilidade) e quando realiza a extensão move para anterior. Disfunção de ilíaco posterior, ao pensar na anatomia esse ilíaco posterior pode sensibilizar/repercutir no musculo grande dorsal/ latíssimo do dorso, tanto faz, musculo grande – coluna torácica processos espinhosos e desce até a toracolombar, recobre o ilíaco (acima do ilíaco), se insere nas vertebras lombares e sacrais (formando um delta) e tem inserção no tubérculo menor do úmero, função do grande dorsal é rotação interna e medial, faz extensão e adução. Se o grande dorsal é um rotador interno (predispõe um impacto subacromial) então não é incomum o paciente que tem dor no ombro, a gente manipula o ilíaco e re testa e a do paciente sumiu. Uma lesão limitante pode gerar uma lesão a distância. Cadeias mais distantes, calcâneo supinado (joelho varo ou lateralidade externa do joelho) esse paciente tem dor no ombro. É comum manipular o calcâneo e a dor no ombro sumir. 3º A autocura (o corpo é capaz de se auto curar-se). “Quando trata um paciente, deve-se tratar e deixe”. Faz a sessão e deixe o corpo se recuperar, essa é a ideia da osteopatia. Muitas vezes o paciente não sai 100% logo após a sessão. 4º A lei da artéria - “o sangue é o meio de transporte de todos os elementos, assegurando uma imunidade natural”. Um dos princípios da osteopatia, o sangue deve circular de forma harmônica, pois ele e um meio de transporte das substancias para um bom funcionamento, um dos princípios do porque o osteopata manipula a coluna vertebral, se tem uma disfunção vertebral (vertebra rodada), ela pode estar interrompendo ou dificultando a circulação naquela região, por isso manipulamos a coluna. Disfunção somática – antes tinha outro nome DISFUNÇÃO OSTEOPÁTICA, outras áreas passaram a obter esse termo, por isso a mudança de nome. DISFUNÇÃO SOMÁTICA E INTERAÇÃO VISCERAL Cadeia simpática e parassimpática Representação da medula espinhal (C1 – S5) e lá em cima representação do nervo vago (núcleo do nervo vago) no crânio e o vago vão inervar todas as vísceras, faz a inervação parassimpática. E no sacro (s2 – 24) há outros núcleos parassimpáticos. Os nervos cranianos por exemplo, o nervo vago é um dos pares de nervos cranianos (10º) e ele se encontra na ponte e no bulbo, na região da medula, portanto ele está dentro do crânio Sistema nervoso parassimpático = sistema nervoso crânio - sacral Sistema nervoso simpático, os núcleos do SNS se encontram de T1 a L2, chamado de SISTEMA NERVOSO TORACO – LOMBAR, os núcleos se encontram em nível de T1 a L2. Essa diferença de localização é a mais importante no momento. DISFUNÇÃO SOMÁTICA E INTERAÇÃO VISCERAL DERMÁTOMOS Dermátomos: Alteração sensitiva/pele. Dormência parestesia, paciente pode referir dor. Testa com sensibilidade ou referencia de dor do paciente. Miótomos: Refere-se ao musculo, ex. Miótomos de C5, é o deltoide, então esse Miótomos pode estar alterado a partir do teste de força do ombro. Alteração da parte motora, função contrátil do musculo. DISFUNÇÃO SOMÁTICA VERTEBRAL Caracteriza-se por uma restrição da mobilidade (ex. vertebral), mas pode ser de qualquer segmento, quase sempre dolorosa, em um ou vários dos parâmetros fisiológicos dos movimentos (flexão, inclinação, extensão, rotação). Restrição de mobilidade vertebral tem que entender todo o componente vertebral – vertebra que se articula com a de baixo, todo envoltório capsulo ligamentar e esse envoltório tem sua inervação própria e tem a sua relação com a saída da raiz nervosa (raiz do nervo espinhal). Formação do nervo espinhal a partir da raiz motora (anterior) e da raiz sensitiva que é a posterior, (anterior e posterior vão formar o nervo espinhal) O conjunto de uma unidade vertebral possui todos esses componentes e quando há uma disfunção somática (vertebra rodada, por exemplo) isso gera uma perturbação nos influxos nervosos, saindo lá da medula da raiz para o nervo espinhal. METÂMERA – informação neurológica de cada nível vertebral caracterizada pelos seus 5 componentes: Essa informação neurológica que sai de uma unidade vertebral, Ex C5, ela compõe uma metâmera. Quais componentes da metâmera da c5,dermátomo (sensibilidade da pele), miotomo (musculo ou capacidade de contração do musculo), esclerotomo (relação com a dor óssea, dor ligamentar, capsular), angiótomo (componente relacionado aos vasos sanguíneos, Ex. edema), viscerotomo (ou víscera, Ex. coração). Quando uma vertebra entra em disfunção ou está “rodada”, ela gera uma informação para capsula articular de que ela está em uma posição disfuncional (alteração da sua posição), vai gerar uma repercussão na capsula articular, mesmo que pequena essa informação é captada pelos mecanorreceptores (capsuloligamentares), ou seja, nossas capsulas articulares, tendões, possuem informação que captam o posicionamento dessas estruturas. E também repercutem nos músculos que estão ali inseridos, se pensar na vertebra e quando ela roda ou em uma posição anormal ela vai tensional/alongar o musculo intertransverso. Normalmente ela esta disfuncional em três parâmetros: extensão, rotação e inclinação. Por exemplo, se a vertebra roda para direita, ela “olha” para direita o musculo intertransversos que está inserido no processo transverso direito e lá no processo transverso direto de baixo, o musculo vai se estirar (alonga) esse alongamento vai repercutir no fuso neuromuscular -> capta essa informação de estiramento do musculo e como ele percebe uma ação de estiramento ele passa a mandar influxo nervoso para o musculo se contrair. QUADRO ALGICO, também localizado no musculo, mas originado na vertebra. Fica claro que corrigindo a postura a dor no musculo melhore Está diretamente relacionada com: - Mecanorreceptores capsuloligamentares - Fusos neuromusculares FISIOLOGIA DO ESPASMO MUSCULAR Disfunção em C3, e os músculos intertransversos e o musculo transverso espinhoso. Essa vértebra estar em disfunção em EXTENSAO – ROTAÇÃO E INCLINAÇÃO PARA DIREITA (ERS D) Essa posição está gerando um espasmo/encurtamento dos músculos intertransversos e transverso espinhoso, gerando um processo de facilitação medular ou aumento dos influxos para o fuso neuromuscular. A disfunção vertebral vai gerar uma repercussão no musculo, estimulando o fuso neuromuscular. O fuso gera uma informação sensitiva para o corno posterior da medula, há uma sinapse no corno anterior da medula e o corno anterior da medula repassa a informação neurológica de contração desses musculo. A informação aferente – informação chega eferente que sai da medula e gera a contração muscular e esse espasmo muscular e chamado de FACILITAÇÃO MEDULAR. DIAGNOSTICO DA LESÃO SOMÁTICA Disfunções bilaterais (posturais) – se a vertebra está em flexão (disfunção de flexão vertebral), por exemplo, da torácica essa vertebra vai ser uma característica de cifose. Essa vertebra estará em posição de flexão, e pode ter uma disfunção postural de extensão, essa nomenclatura foi substituída por outra a disfunção de flexão = DISFUNÇÃO DE POSTERIORIDADE, ou seja a vertebra vai estar em flexão e posteriorizada EXTENSÃO tende a levar o corpo vertebral para anterior = DISFUNÇÃO DE ANTERIORIDADE Se pensarmos em uma disfunção vertebral torácica, o que seria mais comum? Disfunção de flexão ou posterioridade bilateral? CIFOSE, na coluna torácica é comum posterioridade bilateral ou de flexão bilateral. O mais comum é isso. Extensão – quando pede para fazer uma flexão do tronco percebe uma zona plana uma ausência de flexão, o nível encontra-se plano, pois essa vertebra não aceita esse movimento de flexão. OBS: testes principais para saber se a vertebra esta em disfunção ou não é a flexão do tronco, se ao solicitar a flexão do tronco e conseguir realizar observa-se uma curva harmônica, ela entrou normalmente em flexão, se for exagerada – pode dizer que há uma disfunção na flexão ou na posterioridade. POSTERIOR – AUMENTO DE CURVA – HIPERCIFOSE. Quando o paciente faz uma flexão de tronco precisa entrar em flexão, se não acompanhar a flexão nota-se uma zona plana – estão em EXTENSAO. E no caso de uma flexão, extensão do tronco e esta extensão não ocorrem é por que as vertebras estão em flexão ou posterioridade. UM É O INVERSO DO OUTRO. ISSO SERVE PARA TODA A COLUNA. RESUMO CRIADO COM BASE NO MEU ENTENDIMENTO DA AULA DE TERAPIA MANUAL 2 – UNIFAJ 2020 OBSERVAÇÕES_________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________
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