Buscar

Ambiental_Aula 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

AULA 2: PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
O Direito Ambiental estrutura-se metodologicamente através da sua 
interdisciplinaridade, visa lançar mão dos conceitos e conhecimentos de outras 
ciências. No entanto, é uma DISCIPLINA AUTÔNOMA, possui seu regime jurídico, seu objetivo e seus princípios gerais, independentes.
Os princípios do Direito Ambiental são vistos como a base, o alicerce da disciplina e têm por escopo proteger toda espécie de vida no planeta, propiciando uma qualidade de vida satisfatória ao ser humano das presentes e futuras gerações. São eles:
1. PRINCÍPIO DO DIREITO HUMANO 
- Fundamento Legal – Arts. 5º e 6º e 225 da CF; Art. 2º da Lei 6.938/81.
 Art. 225, CF: Prevê o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, como um direito humano fundamental
- É o responsável pela existência dos demais princípios de Direito Ambiental.
- O direito ao meio ambiente protegido é um DIREITO DIFUSO, já que pertence a todos e é um DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL
- Origem: Decorre dos Princípios 1 e 2 da Declaração de Estolcomo de 1972: “os seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas com o desenvolvimento sustentável”, e reafirmado na Declaração do Rio. 
2. PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
- Fundamento Legal – Arts. 170, VI e  225 da CF. 
 De se ressaltar que a CF, ao adotar o modelo econômico de produção capitalista, em seu artigo 170, traz em si diretriz que não autoriza o profissional do setor produtivo a se eximir de seu compromisso social, inclusive ambiental. O texto constitucional é claro e não permite evasivas: "a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social", observando-se, dentre outros princípios, "a defesa do meio ambiente".
- Decorre do Princípio nº 4, insculpido na Declaração da RIO/92, que contém a seguinte dicção: "Para se alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção do meio ambiente deve constituir parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente em relação a ele".
- Procura CONCILIAR a PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE com o DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO para a MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA do homem. É a utilização racional dos recursos naturais não renováveis. 
- Também conhecido como meio ambiente ecologicamente equilibrado ou ecodesenvolvimento. 
- Leia o texto “O Direito Ambiental e o princípio do desenvolvimento sustentável”, disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2974 
* Após a leitura,  clique em ANOTAÇÕES e registre um resumo do que você compreendeu. 
No tocante ao princípio do desenvolvimento sustentável, importante destacar que a CF, ao adotar, em seu art. 170, o modelo econômico de produção capitalista, traz em si diretriz que não autoriza o profissional do setor produtivo a se eximir de seu compromisso social, inclusive ambiental. O texto constitucional é claro e não permite evasivas: "a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social", observando-se, dentre outros princípios, "a defesa do meio ambiente".
Dessa forma, não é consentido ao empresário atuar de maneira aleatória e indiferente em relação aos bens ambientais. Deve, ao revés, em ATITUDE ÉTICA E SOCIALMENTE RESPONSÁVEL, internalizar no processo produtivo todos os custos, inclusive ambientais, empregando os avanços tecnológicos a serviço da sociedade, mas em harmonia com o meio ambiente. Deve evitar e prevenir condutas lesivas ao meio ambiente, como também empregar mecanismos eficazes na restauração de eventuais danos ambientais.
Exemplo pertinente de aplicação do princípio do desenvolvimento sustentável pode ser encontrado no manejo florestal, nas atividades de reciclagem, na produção de energia limpa, como aquelas obtidas a partir da luz solar ou dos ventos, dentre outras.
Não se trata, portanto, de cercear a atividade econômica que tem como meta a satisfação das necessidades e aspirações humanas. Reconhece-se que no mundo contemporâneo milhares de pessoas ainda sofrem de males primários, como fome e analfabetismo, vindo, por vezes, a óbito quando lhes são negados o acesso à infra-estrutura básica na área da saúde. Muito ainda há a ser feito de forma a plasmar a dignidade do ser humano que se arvora no limiar do Século XXI, não sendo concebível o sobrestamento de novas tecnologias, ou a estagnação no desenvolvimento de uma sociedade estruturada em economia de mercado.
No entanto, esse "desenvolvimento" há de ser "sustentável", vale dizer, deve ser implementado mediante uma visão holística e sistêmica, inserida no complexo indissociável que une homem e natureza, concretizando entre ambos um convívio sóbrio e saudável, ecologicamente equilibrado, propiciando ao homem de hoje e ao de amanhã, uma sadia qualidade de vida.
3. PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO 
- PARTICIPAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS: assegura ao cidadão a possibilidade de participar das políticas públicas ambientais. 
- Essa participação poderá dar-se em três esferas:
 ESFERA LEGISLATIVA: o cidadão poderá diretamente exercer a soberania popular por meio do plebiscito, referendo e iniciativa popular (I, II, III do Art. 14, CF).
 ESFERA ADMINISTRATIVA: o cidadão pode utilizar-se do direito de informação, do direito de petição e do estudo prévio de impacto ambiental. Fundamento Legal:  XXXIII, XXXIV do Art. 5º e IV do Art. 225, todos da CF. 
 ESFERA PROCESSUAL: o cidadão poderá utilizar-se da:
- ação civil pública
- ação popular
- mandado de segurança coletivo
- mandado de injunção
- ação civil de responsabilidade por improbidade administrativa e 
- ação direta de inconstitucionalidade. 
- Fundamento: LXX, LXXIII do art. 5º; § 4º do art. 37; art. 103; art. 129, III. Todos da CF. 
4. PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO E DA PRECAUÇÃO. 
- Não são equivalentes. 
a) PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO 
- Refere-se ao DANO CONHECIDO: previne-se porque se sabe quais as conseqüências de se iniciar determinado ato, prosseguir com ele ou suprimi-lo. O nexo causal é cientificamente comprovado, é certo, decorre muitas vezes até da lógica. 
- Ex: Quando da instalação de um empreendimento de processamento de cimento, que inegavelmente gera material particulado em uma área que já existe uma grande incidência da poluição atmosférica, o Poder Público competente para autorizar a instalação de referida empresa tem por obrigação negar o referido alvará ou licença, fazendo a aplicação imediata do Princípio de Prevenção. 
 De fato, a prevenção é preceito fundamental, uma vez que os danos ambientais, na maioria das vezes, são irreversíveis e irreparáveis. Para tanto, basta pensar: como recuperar uma espécie extinta? Como erradicar os efeitos de Chernobyl? Ou, de que forma restituir uma floresta milenar que fora devastada e abrigava milhares de ecossistemas diferentes, casa um com o seu essencial papel na natureza?
- O licenciamento ambiental e os estudos de impacto ambiental são informados pelo Princípio da Prevenção, com o objetivo de prevenir os danos ambientais que uma determinada atividade poderia causar ao meio ambiente, caso a mesma operasse a revelia do licenciamento.
- A CF expressamente adotou o princípio da prevenção, ao preceituar, no artigo 225, o dever do Poder Público e da coletividade de proteger e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações.
 
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 
- É considerado quando o risco de dano ambiental é elevado e, mesmo sem uma total certeza científica para sua comprovação, deve ser exigido. Assim, previne-se porque não se pode saber quais as conseqüências que determinado ato, ou empreendimento, ou aplicação científica causarão ao meio ambiente no espaço e/ou no tempo, quais os reflexos ou conseqüências. Há incerteza científica não dirimida.
- Ex: Uma espécie extinta é um dano irreparável. Uma floresta desmatada causa uma lesão irreversível, pela impossibilidade de reconstituição da fauna e da flora e detodos os componentes ambientais em profundo e incessante processo de equilíbrio, como antes se apresentavam.
- Pode-se dizer que tem como data de nascimento a Rio/92, sendo o principio de º 15– ausência de absoluta certeza científica. Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental.
- Graças a esse Princípio, a disponibilização de certos produtos é por muitas vezes criticada pelos vários segmentos sociais e o próprio Poder Público, como aconteceu no recente episódio dos transgênicos, já que não foi feito o EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental), exigência constitucional que busca avaliar os efeitos e a viabilidade da implementação de determinado projeto que possa causar alguma implicação ambiental.
* Portanto: Enquanto o Princípio da Precaução se preocupa com os POSSÍVEIS RISCOS, o Principio da Prevenção se debruça aos IMPACTOS AMBIENTAIS JÁ CONHECIDOS, ao longo do tempo.
5. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO 
- Resultado global. É o princípio pelo qual devem ser pesadas todas as implicações de uma intervenção no meio ambiente, buscando-se adotar a solução que melhor concilie um resultado globalmente positivo.
- É voltado para a administração pública, que deve pensar em todas as implicações que podem ser desencadeadas por determinada intervenção no meio ambiente, devendo adotar a solução que busque alcançar o desenvolvimento sustentável. 
6. PRINCÍPIO DO LIMITE 
- Fixar parâmetros 
- É o princípio pelo qual A ADMINISTRAÇÃO TEM O DEVER DE FIXAR PARÂMETROS MÍNIMOS a serem observados em casos como emissões de partículas, ruídos, sons, destinação final de resíduos sólidos, hospitalares e líquidos, dentre outros, visando sempre promover o desenvolvimento sustentável. 
- Fundamento Legal – V, § 1º do Art. 225, CF 
7. PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR E PRINCÍPIO DO USUÁRIO-PAGADOR. 
- Consubstanciados no Art. 4º, VIII da Lei 6.938/81, levam em conta que os recursos ambientais são escassos. Além do mais, ao utilizar gratuitamente um recurso ambiental está se gerando um enriquecimento ilícito, pois como o meio ambiente é um bem que pertence a todos, boa parte da comunidade nem utiliza um determinado recurso ou se utiliza, o faz em menor escala.
PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR:
- Impõe ao poluidor o DEVER DE ARCAR COM AS DESPESAS de evitar a ocorrência de danos ambientais (caráter preventivo) e, ocorrido o dano, em razão da atividade desenvolvida, ser RESPONSÁVEL POR SUA REPARAÇÃO (caráter repressivo). 
- Fundamento: Princípios 13 e 16 da Declaração do Rio/92. 
- Fundamento Legal - § 3º do Art. 225 da CF e  § 1º do Art. 14 da Lei 6.938/81. 
PRINCÍPIO DO USUÁRIO-PAGADOR:
- Estabelece que QUEM UTILIZA O RECURSO AMBIENTAL DEVE SUPORTAR SEUS CUSTOS, sem que essa cobrança resulte na imposição taxas abusivas. Então, não há que se falar em Poder Público ou terceiros suportando esses custos, mas somente naqueles que dele se beneficiaram. 
8. PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL 
- O poluidor, PF ou PJ, responde por suas ações ou omissões em prejuízo do meio ambiente, ficando sujeito a sanções cíveis, penais ou administrativas. Logo, a responsabilidade por danos ambientais é objetiva, conforme prevê o § 3º do Art. 225 CF/88.
* OBS: PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL 
- Instituições financeiras. Trata-se de concessão de financiamento de projetos que deverá respeitar o princípio da responsabilidade social consubstanciado no atendimento de critérios mínimos para a concessão de crédito
9. PRINCÍPIO DA RESPONSABILIZAÇÃO
- A CF, art. 225, § 3o, preceitua que as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
O aludido dispositivo constitucional pátrio prevê, pois, o TRÍPLICE APENAMENTO DO RESPONSÁVEL POR DANOS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE, tanto pessoa física como jurídica: 
a) a sanção penal, por conta da responsabilidade penal, que importa a limitação da liberdade, a restrição de direitos ou a multa; 
b) a sanção administrativa, em decorrência da responsabilidade administrativa, que acarreta a advertência, a multa, a suspensão ou a interdição da atividade; 
c) a sanção civil, em razão da responsabilidade civil, que implica a indenização ou reparação do dano. 
10. PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO
- Refere-se à necessidade que deve ser dada à COOPERAÇÃO ENTRE O ESTADO E A SOCIEDADE para a resolução dos problemas das degradações ambientais. Exemplo concreto deste princípio são as AUDIÊNCIAS PÚBLICAS em sede de ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL.
- Indissociável dos princípios da informação e da cooperação 
- A efetividade do princípio da participação pressupõe o acesso adequado dos cidadãos às informações relativas ao meio ambiente de que disponham os órgãos e entidades do Poder Público. É que mais bem informados os cidadãos têm melhores condições de participar ativamente nas decisões sobre matéria ambiental.
- No Brasil, o princípio da participação está presente em vários dispositivos da CF:
art. 225, caput: impõe ao poder público e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações; 
art. 225, § 1º, IV: Exige, para instalação da obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade, 
art. 37, § 3º: Determina que a lei disciplinará as novas formas de participação do usuário no serviço público; 
art. 5, XXXIII: Outorga a todos o direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestados no prazo da lei, sob pena de responsabilidade; 
art. 5º, LXXIII: Confere a qualquer cidadão o direito de propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
OBS. Alguns doutrinadores apresentam ainda outros princípios além dos elencados.
* Para complementar o assunto explanado na tela anterior, leia o artigo “Meio ambiente equilibrado e sadio - Um Direito Fundamental” de Uélton Santos, disponível em: http://www.escritorioonline.com/webnews/noticia.php?id_noticia=6548& .
 Após a leitura,  clique em ANOTAÇÕES e registre um resumo do que você compreendeu. Não se esqueça de tornar seu texto público.
 A Carta Magna, em seu art. 225, consagrou o princípio do desenvolvimento sustentável ao garantir o direito e dever ao meio ambiente ecologicamente equilibrado a toda coletividade. 
 Assim, o DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO é considerado um 3º GÊNERO, pois não se enquadra na esfera pública ou privada. Trata-se de DIREITO DIFUSO, que pode ser definido como um INTERESSE OU DIREITO TRANSINDIVIDUAL, ou seja, que transcende o indivíduo e ultrapassa a esfera de direitos e obrigações de caráter individual. Tem como titulares pessoas indeterminadas e é, ao mesmo tempo, pertencente a todos, sem se vincular a ninguém especificamente. Trata-se de traço diferenciador entre direito difuso e coletivo, pois o último tem uma determinabilidade de seus titulares.
 Ainda que não expresso no art. 5º, CF, não restam dúvidas de que o direito a um meio ambiente sadio trata-se de um direito fundamental, a ser protegido e usufruído por todos.
Com efeito, a Carta brasileira erigiu-o à categoria de um daqueles valores ideais da ordem social, dando-lhe a natureza de bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. O bem jurídico que se almeja proteger pode ser tanto a qualidade de vida, quanto o meio ambiente sadio.
 Importante destacar que o princípio da defesa do meio ambiente conforma a ordem econômica, de forma que a conciliação entre desenvolvimento e proteção ambiental deve pautar-se no chamado DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, queconsiste na exploração equilibrada dos recursos naturais, nos limites da satisfação das necessidades e do bem-estar da presente geração, assim como de sua conservação no interesse das gerações futuras. 
 A Constituição, ao incluir a proteção ao meio ambiente na Ordem Econômica em seu art. 170, novamente trouxe a lume o princípio do desenvolvimento sustentável, cuja meta consiste em buscar a aliança entre o desenvolvimento econômico e o aproveitamento racional e ecologicamente sustentável da natureza, preocupando-se em conservar a biodiversidade, sem que haja o esgotamento dos recursos ambientais, os quais devem ser preservados para as futuras gerações, garantindo ainda, uma condição mais digna aos habitantes do planeta, especialmente os que vivem em condições subhumanas.
 Forçoso concluir, portanto, que o precitado artigo eleva à condição de princípio da ordem econômica a defesa do meio ambiente, visando uma mudança no padrão de acumulação de capital, de crescimento econômico, a fim de que se alcance o desenvolvimento sustentável, reforçando a importância da utilização de tecnologias limpas, de baixo impacto ambiental, que gozam de tratamento diferenciado. 
......
1. De acordo com o senso comum, a sociedade humana não se limita às nossas pessoas (gerações presentes) nem termina em nossos dias (gerações futuras). Somos responsáveis pela propagação da espécie, não somente sob o ponto de vista biológico mas, ainda, sob outros pontos de vista (histórico, cultural, econômico etc). Incumbe, pois, a sociedade construir, mas do que o seu mundo atual, o mundo do amanhã. Tomando o texto como referência, analise as afirmativas acerca do Princípio do Desenvolvimento Sustentável: 
I. O objetivo do desenvolvimento sustentável é melhorar a qualidade da vida humana, permitindo que as pessoas realizem o seu potencial e vivam com dignidade, com acesso à educação, com liberdade política, com garantias de direitos humanos e com ausência de violência. O desenvolvimento só é real se o padrão de vida melhorar em todos esses aspectos: simples crescimento econômico e aumento de riquezas não sinonimizam desenvolvimento harmonizado.
II. Todas as sociedades precisam de um alicerce de informação e conhecimento, de uma estrutura de leis e instituições e de políticas econômicas e sociais sólidas para poder progredir de forma racional. Qualquer programa de sustentabilidade deve abranger todos os interesses e procurar identificar e evitar os problemas antes que eles surjam. Deve ser adaptável, redirecionando continuamente o seu curso, em resposta à experiência e às novas necessidades.
III. A sustentabilidade global vai depender de uma firme aliança entre todos os países. Todavia, como os níveis de desenvolvimento do mundo são desiguais, os países de menor renda devem ser ajudados a se desenvolver de maneira sustentável e a proteger seu meio ambiente.
IV. O princípio do desenvolvimento sustentável procura conciliar a proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico para a melhoria da qualidade de vida do homem. É a utilização racional dos recursos naturais não renováveis. Também conhecido como meio ambiente ecologicamente equilibrado ou ecodesenvolvimento.
Com base nas proposições acima, assinale a alternativa CORRETA: 
Parte superior do formulário
a) I, II e III; 
b) I, II e IV;
c) Todas estão incorretas;
d) Todas estão corretas. 
 R: d
Parte inferior do formulário
2. A CTNBio aprovou ontem, na primeira reunião plenária deste ano, uma resolução com novas regras para liberação comercial de transgênicos. A liberação ou não de transgênicos tem como base qual princípio ambiental? IDENTIFIQUE dentre os princípios o que responde à pergunta da questão:
Parte superior do formulário
a) Princípio da precaução: previne-se porque não se pode saber quais as conseqüências que o agir poderá causar ao meio ambiente, ou seja, qual o risco, seus reflexos ou conseqüências. Quando houver perigo de dano grave ou irreversível, a falta de certeza científica absoluta não deverá ser utilizada como razão para se adiar a adoção de medidas eficazes, em função dos custos, para impedir a degradação do meio ambiente;
b) Princípio da informação: a possibilidade de saber o que está ocorrendo permite que as pessoas se mobilizem e participem da preservação ambiental. Abrange o dever legal do Poder Público garantir o acesso aos bancos de dados disponíveis e organizados e fornecer informações quando solicitadas;
c) Princípio da responsabilização: decorre dele a obrigação do poluidor, independente de culpa ou dolo, de indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por sua atividade; 
d) Princípio da prevenção: a degradação ambiental deve ser prevenida através de medidas de combate à degradação do meio ambiente, em vez de esperar que aconteça para depois tentar combater o dano ambiental ou exigir a tutela jurisdicional para sua reparação. 
R: a
Parte inferior do formulário
3. Conforme vimos, nas nossas aulas on-line, a aplicação do Princípio da Prevenção se dá nos casos em que os impactos ambientais já são conhecidos, restando certo a obrigatoriedade do licenciamento ambiental e do estudo de impacto ambiental (EIA), este é uns dos principais instrumentos de proteção ao meio ambiente. Quanto ao princípio da prevenção, pode-se afirmar que: 
Parte superior do formulário
a) É o princípio pelo qual a ameaça e a dúvida quanto à dimensão de danos sérios e irreversíveis, norteia a tomada de decisão para o melhor e mais necessário desenvolvimento da sociedade; 
b) Trata-se de um princípio que engessa a economia e o desenvolvimento, devendo ser afastado quando há existência de dúvidas quanto aos efeitos ambientais da intervenção;
c) Refere-se à necessidade que deve ser dada à cooperação entre o Estado e a sociedade para a resolução dos problemas das degradações ambientais; 
d) Pressupõe o acesso adequado dos cidadãos às informações relativas ao meio ambiente de que disponham os órgãos e entidades do Poder Público. É que mais bem informados os cidadãos têm melhores condições de participar ativamente nas decisões sobre matéria ambiental.
 R: a
Parte inferior do formulário
Queridos Alunos! 
Postei, na data de hoje, na BIBLIOTECA VIRTUAL, da disciplina DIREITO AMBIENTAL, o artigo "O principio da precaução no Direito Ambiental" , de Silvana Brendler Colombo, texto extraído do site: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5879 , que indico a leitura, para bem compreender o conteudo da AULA 2.
Queridos, visitem o site:
http://www.jurisway.org.br/v2/cursosentrar.asp?id_curso=472
O conteúdo é muito interessante, e traz informações úteis, destinadas não somente para os estudantes e os operadores do direito, como também oferece suporte para o cidadão em geral, que não raro se depara com uma série de implicações de cunho ambiental. O conteúdo é apresentando em formato de curso.
RECOMENDO!!!
O PRINCIPIO DA PRECAUÇÃO NO DIREITO AMBIENTAL
Silvana Brendler Colombo
RESUMO
No Brasil, a questão ambiental passou a ter relevância jurídica, pois o direito de viver num ambiente ecologicamente equilibrado foi erigido à categoria de Direito Humano Fundamental pela Constituição Federal de 1988. 
Neste sentido, enfatiza-se um dos princípios fundamentais do Direito Ambiental, mais especificamente o princípio da precaução, com o intuito de analisar a incorporação destes no ordenamento jurídico e sua aplicabilidade frente ao desafio de proteger o meio ambiente em que vivemos.
1. DEFINIÇÃO
É mister dizer que os princípios do direito ambiental, adotados pela Constituição Federal, tiveram forte influência da doutrina alemã. Neste sentido, Correia destaca:
Seguindo de perto a doutrina alemã, poderemos dizer que o direito do ambiente é caracterizado por três princípios fundamentais: 
o princípio da prevenção 
o princípio do poluidor-pagador ou princípio da responsabilização 
o princípio da cooperação ou da participação 
É preciso destacar que O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO SE CONSTITUI NO PRINCIPAL NORTEADOR DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS, à medidaque este se reporta à FUNÇÃO PRIMORDIAL DE EVITAR OS RISCOS E A OCORRÊNCIA DOS DANOS AMBIENTAIS. 
Entretanto, a efetivação do referido princípio pressupõe a aplicação do princípio do poluidor-pagador, porque há de se considerar que os danos ambientais verificados devem, necessariamente, ter seus autores identificados, a fim de responsabilizá-los pelos seus atos.
Ambos os princípios propiciam a VIABILIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS AMBIENTAIS NECESSÁRIAS ao cumprimento da tarefa de proteger o meio ambiente. 
2. O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
É pacífico entre os doutrinadores que O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO SE CONSTITUI NO PRINCIPAL ORIENTADOR DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS, além de ser a base para a estruturação do direito ambiental. Isso porque prevenir a degradação do meio ambiente passou a ser preocupação constante de todos aqueles que buscam melhor qualidade de vida para as presentes e futuras gerações.
É preciso, antes de tudo, se antecipar e prevenir a provável e/ou efetiva ocorrência de uma atividade lesiva, pois há de se considerar que nem todos os danos ambientais podem ser reparados pela ação humana.
A Alemanha aborda o referido princípio desde 1970, na Declaração de Wingspread, juntamente com o princípio da cooperação e do poluidor-pagador. Assim, o doutrinador alemão Kloespfer afirma que "a política ambiental não se esgota na defesa contra ameaçadores perigos e na correção de danos existentes. Uma política ambiental preventiva reclama que as bases naturais sejam protegidas e utilizadas com cuidado, parciosamente." (apud DERANI, 1997, p. 165).
- Fundamento do princípio da precaução no direito positivo brasileiro: art. 4º, I e IV da Lei 6.938/81, que expressa a NECESSIDADE DE HAVER UM EQUILÍBRIO ENTRE O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E A UTILIZAÇÃO, DE FORMA RACIONAL, DOS RECURSOS NATURAIS, inserindo também a avaliação do impacto ambiental.
- O referido princípio foi expressamente incorporado em nosso ordenamento jurídico, no artigo 225, § 1o, V, CF, e também através da Lei de Crimes Ambientais (lei 9.605/1998, art. 54, § 3o).
 O artigo 225, § 1o, inciso IV da Constituição Federal expressa que:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1o - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
IV - Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio do impacto ambiental.
Convém, a título de esclarecimento do conceito do princípio da precaução, citar Derani:
Precaução é cuidado. O princípio da precaução está ligado aos conceitos de AFASTAMENTO DE PERIGO E SEGURANÇA DAS GERAÇÕES FUTURAS, como também de SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DAS ATIVIDADES HUMANAS. Este princípio é a tradução da busca da proteção da existência humana, seja pela proteção de seu ambiente como pelo asseguramento da integridade da vida humana. A partir desta premissa, deve-se também considerar não só o risco eminente de uma determinada atividade, como também os riscos futuros decorrentes de empreendimentos humanos, os quais nossa compreensão e o atual estágio de desenvolvimento da ciência jamais conseguem captar em toda densidade [...]. (1997, p. 167).
Dessa forma, o princípio da precaução implica uma ação antecipatória à ocorrência do dano ambiental, o que garante a plena eficácia das medidas ambientais selecionadas. 
Mas A PRECAUÇÃO TAMBÉM ATUA, QUANDO O DANO AMBIENTAL JÁ ESTÁ CONCRETIZADO, desenvolvendo ações que façam cessar esse dano ou pelo menos minimizar seus efeitos.
Acrescenta-se a esse panorama que a maior dificuldade na implantação do princípio da precaução é a RESISTÊNCIA DE ALGUNS ESTADOS EM APLICAR A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL, devido ao fato de que as normas relativas ao meio ambiente implicariam estagnação da economia, o que, na verdade, não se concretiza, porque o que se propõe é a utilização de novas tecnologias que contribuam para a manutenção do equilíbrio ecológico sem prejuízo ao desenvolvimento.
3. O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO x PREVENÇÃO
A CF não faz uma distinção propriamente dita entre a expressão prevenção e precaução, e as utiliza quase como sinônimas. 
	PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO
	PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
	- Exige que os perigos comprovados sejam eliminados
	- Determina que a ação para eliminar possíveis impactos danosos ao ambiente seja tomada antes de um nexo causal ter sido estabelecido com evidência científica absoluta.
	- A atuação preventiva é o ponto central do direito ambiental, e se traduz numa frase do senso comum: "Mais vale prevenir do que remediar." Ou seja, a degradação do meio ambiente deve ser evitada antes de sua concretização e não apenas combater e/ou minimizar os efeitos dessa degradação.
	- É prioritariamente utilizado quando o risco de degradação do meio ambiente é considerado irreparável ou o impacto negativo ao meio ambiente é tamanho que exige a aplicação imediata das medidas necessárias à preservação.
	- Ambos têm um objetivo comum que é o de preservar o meio ambiente, exigindo para tanto, a atuação do Estado da organização de uma política de proteção do meio ambiente.
 
4. O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO E A DECLARAÇÃO DO RIO DE JANEIRO
O princípio da precaução encontra-se inserido nos Princípios 15 e 17 da Declaração do Rio de Janeiro, que expressam o seguinte:
Princípio 15: de modo a proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental. (apud MACHADO, 2001, p.50).
Princípio 17: a avaliação do impacto ambiental, como instrumento internacional, deve ser empreendida para as atividades planejadas que possam vir a ter impacto negativo considerável sobre o meio ambiente, e que dependam de uma decisão de autoridade nacional competente. (apud AYALA, 2000, p.77).
Os princípios acima mencionados se fundamentam numa POLÍTICA AMBIENTAL PREVENTIVA, que busca a UTILIZAÇÃO RACIONAL DOS RECURSOS NATURAIS e a IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS E PERIGOS EMINENTES, a fim de que seja evitada a destruição do meio ambiente. 
A Declaração do Rio de Janeiro estabelece também a NECESSIDADE DA AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL, determinando que ao ser identificado ameaça de danos sérios ou irreversíveis, prescindindo, portanto, do critério da absoluta certeza científica, medidas ambientais eficazes devem ser tomadas a fim de preservar o meio ambiente.
Há discussão na doutrina quanto à IMPERATIVIDADE JURÍDICA DO PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO emanado da Declaração do Rio de Janeiro mas não há dúvidas de que o princípio da precaução, estabelecido pela Declaração do Rio de Janeiro, deve ser obrigatoriamente respeitado no ordenamento jurídico interno, como assenta Trindade: "os princípios oriundos das declarações internacionais são juridicamente relevantes e não podem ser ignorados pelos países na ordem internacional, nem pelos legisladores, pelos administradores públicos e pelos tribunais na ordem interna." (apud MIRRA, 2000, p. 65).
Deste teor, resulta que a partir da Declaração do Rio de Janeiro (1992), o princípio da precaução passou a incorporar o ordenamento jurídico brasileiro e a orientar as políticas ambientais desenvolvidas. 
5. O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS
5.1 Incerteza do Dano e Nexo Ambiental
Em caso de certeza do dano ambiental, este deve ser prevenido, como preconiza o princípio da prevenção. Em caso de dúvida ou incerteza, também se deve agir prevenindo. Essa é a grande inovação do princípio da precaução. A dúvida científica expressa com argumentos razoáveis, não dispensa a prevenção.
Assim, é pacífico entre os doutrinadores e demais estudiosos da questão ambiental que, quando houver incerteza científicado dano ou também risco de sua irreversibilidade, o dano deve ser prevenido e, indiscutivelmente, se houver certeza científica do mesmo.
5.2 A Inversão do Ônus da Prova
Na esfera ambiental, diferentemente do que se verifica nas outras áreas do direito, vigora a RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA (art. 14, Lei PNMA; art. 225, § 3o, CF, que expressa: "O poluidor é obrigado, independentemente da existência da culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por esta atividade") porque o princípio da precaução traz consigo a idéia da inversão do ônus da prova em favor do meio ambiente. 
 "A incerteza científica milita em favor do meio ambiente, carregando-se ao interessado o ônus de provar que as intervenções pretendidas não trarão conseqüências indesejadas ao meio considerado." (Milaré). Isso implica dizer que o provável autor do dano precisa demonstrar que sua atividade não ocasionará dano ao meio ambiente, dispensando-o de implementar as mediadas de prevenção.
Para o reconhecimento da responsabilidade civil da indústria poluente, É IRRELEVANTE A CIRCUNSTÂNCIA DE ESTAR ELA FUNCIONANDO COM A AUTORIZAÇÃO DAS AUTORIDADES MUNICIPAIS, OU FATO DE NUNCA TER SOFRIDO AUTUAÇÕES DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS ENCARREGADOS DO CONTROLE DO MEIO AMBIENTE. Demonstrada a relação causa e efeito entre a exagerada missão de poluentes e os danos experimentados pelo autor, emerge clara e inafastável a responsabilidade civil da ré. 
5.3 Os Custos das Medidas de Prevenção
As políticas e medidas adotadas para enfrentar a mudança do clima devem ser eficazes em função dos custos, de modo a assegurar os benefícios mundiais ao menor custo possível.
A orientação é que OS CUSTOS DAS MEDIDAS AMBIENTAIS a serem implementados como forma de prevenir a ocorrência do dano ambiental sejam COMPATÍVEIS COM A CAPACIDADE ECONÔMICA DE CADA PAÍS. Isso não afasta a responsabilidade e o compromisso que os Estados têm de adotar as políticas ambientais necessárias à preservação do meio ambiente e, conseqüentemente, da espécie humana.

Continue navegando