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eletrocardiograma normal

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Nome: Amanda Duro Marques 
R.A.: 92774 
ELETROCARDIOGRAMA NORMAL 
SURGIMENTO DOS VETORES DE 
DESPOLARIZAÇÃO E REPOLARIZAÇÃO: 
 como se sabe, o coração apresenta 4 câmaras 
cardíacas: 2 átrios e 2 ventrículos. Entretanto, na topografia 
anatômica real, as câmaras direitas se apresentam à direita e à frente, 
enquanto às câmaras esquerdas à esquerda e atrás. Assim, num corte 
transversal do tórax na altura do coração, na direção de frente para 
trás, temos a parede livre do Ventrículo Direito (VD) como primeira 
estrutura vista, seguida do Septo Intraventricular (SIV) e, por último, 
a parede livre do Ventrículo Esquerdo (VE). Em decorrência disso, 
para o estudo do ECG, tem-se que o SIV representa a parede anterior 
do coração, sendo a primeira porção dos ventrículos a ser ativada. 
 o nó SA é considerado o primeiro 
marca-passo natural por apresentar células marca-passos e que 
apresentam ondas de despolarização numa frequência maior, 
comandando o ritmo cardíaco. A despolarização segue da base do 
coração (localização do NSA) para o ápice (localização do NAV). Por 
isso, as células MP do nódulo sinoatrial mandam uma onda de 
despolarização que é conduzida pelo sistema de condução – o qual é 
composto pelo NSA, fascículo de Backmann, feixes intermodais, 
NAV, feixe de His e ramos direito e esquerdo e suas subdivisões –, 
alcançando as células musculares cardíacas provocando a contração 
muscular e quando alcança outras células MP inibe-as. Basicamente, 
é a inibição sobre estimulação. 
 a onda de 
despolarização percorre o seguinte caminho: AD → Fascículo de 
Backmann → AE → nó AV. Todo estímulo supraventricular que 
chega só pode passar pelo nó AV, em decorrência disso tem sua 
velocidade diminuída cerca de 100x. Isso acontece para que o átrio 
possa ser esvaziado antes de encher o ventrículo e para proteger o 
ventrículo de taquiarritmias supraventriculares. Após passa pelo nodo 
AV, vai para o Feixe de His novamente, aumentando sua velocidade 
e divide-se aos ramos direito e esquerdo, e destes para os fascículos e 
fibras de Purkinje, para, então, chegar às células musculares. 
 sabemos que a despolarização 
causa alteração da membrana e da permeabilidade dela a 
determinados íons, que vão entrar na célula e inverter a polaridade, 
tornando-a predominantemente positiva no meio intracelular (lembrar 
da sinapse). 
OBS: O SIV despolariza primeiro pelo ramo E (cerca de 95%), o 
ramo D só participa da despolarização da parte basal. 
Nome: Amanda Duro Marques 
R.A.: 92774 
Assim, teremos que o 
vetor da despolarização ira 
do dipolo mais 
eletronegativo para o dipolo mais eletropositivo. 
 Considerando a despolarização dos átrios, tem-se que primeiro 
despolariza-se o AD e logo depois, o AE. Este fenômeno dá origem a 
um vetor orientado no plano frontal para a esquerda e para baixo. Já 
no plano horizontal, o vetor se projeta praticamente no centro de 
divisão entre frente e dorso. A despolarização dos átrios leva à 
formação da onda P, que representa a contração muscular dos átrios. 
No caso dos ventrículos, as 
primeiras porções a serem 
despolarizadas são as 
porçãos do SIV, seguido da 
parede livre do VE e do 
VD, por fim, as bases. O 
fenômeno de 
despolarização ventricular ocorre do endocárdio para o epicárdio e o 
vetor tem projeção predominantemente à esquerda tanto no plano 
frontal quanto no horizontal. 
 na fase de repolarização, teremos 
o “contrário”, isto é, o meio intracelular volta a ficar negativo e o 
extracelular positivo (lembra sinapse). Dessa forma, teremos que o 
vetor de repolarização será de mesmo sentido e direção oposta ao do 
vetor de despolarização nos átrios. 
Entranto, nos ventrículos será diferente. Isso ocorre por que há uma 
isquemia fisiológica na parede do endocárdio, por onde se começaria 
a repolarização. Assim, a repolarização nos ventrículos se inicia no 
epicárdio e se dirige para o endocárdio. Por esse motivo, o vetor de 
Nome: Amanda Duro Marques 
R.A.: 92774 
repolarização tem o mesmo sentido e direção do vetor de 
despolarização. 
REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO: 
 a onda P é 
formada pela captação do vetor resultante de despolarização dos 
átrios e representa a contração muscular dos átrios. O complexo QRS 
é formado pela captação do vetor resultante de despolarização dos 
ventrículos e representa a contra muscular dos ventrículos. A onda T 
é formada pela captação do vetor resultante de repolarização dos 
ventrículos e representa o relaxamento 
muscular dos ventrículos. De uma forma mais 
clara, teremos que o traçado do ECG pegará, 
respectivamente, contração atrial 
(despolarização atrial) → contração ventricular (despolarização 
ventricular) → relaxamento ventricular (repolarização ventricular). É 
importante lembrarmos um pouco do ciclo cardíaco, onde teremos 
primeiro a contração atrial, seguida da contração isovolumétrica, 
ejeção, relaxamento isovolumétrico. 
 o eletrodo explorador, é um 
eletrodo que faz a captação dos vetores gerados pela despolarização e 
repolarização. Quando ele capta a parte mais eletropositiva do vetor, 
teremos uma derivação positiva no eletro. Quando ele capta a parte 
mais eletronegativa do vetor, teremos uma derivação negativa no 
eletro. 
Nos ECGs habituais a velocidade com que o papel corre é de 25mm/s. 
Já a amplituda de um vetor é registrada de modo que, para cada 
1,0mV, a altura corresponde a 10 mm (n). Assim, quando mudamos 
a padronização para 2n, teremos uma altura de 20mm e amplitude de 
2,0mV (se mudarmos para n/2 → 5mm e 0,5mV; cada 1mm então 
corresponderá a 0,1mv de amplitude). Se na ordenada temos a 
amplitude, na abscissa cada 1mm corresponde à duração de 0,04s 
(40ms). 
DERIVAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS: 
 é representado pelas derivações clássicas, que 
são obtidas colocando-se 4 eletrodos, um em cada braço e cada perna 
(o eletrodo colocado na perna direito funciona como fio terra). A 
Nome: Amanda Duro Marques 
R.A.: 92774 
máquina alterna a positividade de cada eletrodo e, desse modo, 
elabora as diferentes derivações. 
 as derivações clássicas formam um 
sistema de retas separadas por ângulos de 30º. Logo, o estudo do vetor 
cardíaco nestas derivações permite a determinação do ângulo deste 
vetor no plano frontal. Convencionou-se que estes ângulos seriam 
positivos no sentido horário, partindo de D1 e parando na extremidade 
oposto desta mesma derivação. No sentido anti-horário os ângulos 
recebem o sinal negativo. z 
Através desse triangulo podemos verificar qual quadrante o coração 
está voltado para, isto é, o eixo cardíaco. A posição do eixo cardíaco 
em relação ao coração envolve vários fatores. De forma bastante 
intuitiva, podemos afirmar que quanto mais vetores houver em uma 
direção e sentido e quanto maior forem esses vetores, maior será a 
capacidade deles determinarem o eixo. Assim, levando em 
consideração a grande massa ventricular esquerda, principalmente em 
sua parede livre, no plano frontal a orientação do vetor resultante 
normal pode variar de -30° a +90° e, geralmente, pode ser descrito 
como para direita e para baixo. 
 é representado pelas derivações precordiais, 
que são todas unipolares e sua obtenção é feita com a colocação dos 
eletrodos na seguintes posições: 
 V1 – 4º espaço intercostal à borda esternal D; 
 V2 – 4º espaço intercostal à borda esternal E; 
 V3 – metade de uma linha traçada entre V2 e V4 
 V4 – 5º espaço intercostal à linha hemiclavicular esquerda; 
Nome: Amanda Duro Marques 
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 V5 – mesma altura de V4 na linha axilar anterior; 
 V6 – mesma altura de V5/V4 na linha axilar média; 
CARACTERÍSTICAS DO ECG NORMAL: 
 os parâmetros normais da onda P 
são: 
 Duração: < ou = a 2,5mm (100ms); 
 Amplitude: < ou = a 2,5mm (0,25mV); 
 Eixo: entre 0º e - 90º no plano frontal e pouco à frente no plano 
horizontal; 
 Configuração: arredondada. 
 os parâmetros normais do 
complexoQRS são: 
 Duração: < ou = a 2,5mm (100ms); 
 Amplitude: nas derivações clássicas de 5 a 20mm, nas precordiais 
de 8 a 25mm; 
 Eixo: entre -30º e 120º no plano frontal e para trás no plano 
horizontal 
 Configurações: 
 diferentemente da onda P e do 
complexo QRS, a onda T não tem referências importantes 
relacionadas à duração, amplitude ou 
eixo, sendo sua característica mais 
significativa a polaridade relacionada 
ao QRS e a configuração assimétrica. 

 Intervalo PR (PRi): medido do início da onda P até o início do 
QRS, corresponde ao tempo decorrido do início da despolarização 
atrial até o início da despolarização ventricular, avaliando a função do 
NAV. Seu valor normal é de > ou = a 3mm (120ms) a 5mm (200ms). 
Nome: Amanda Duro Marques 
R.A.: 92774 
 Segmento ST (STs): medido no final do QRS ao início da onda T. 
A análise mais importante é o desnivelamento com a linha de base do 
ECG. 
➢ Infradesnivelamento: quando a alteração do segmento em relação 
à linha de base é inferior; pode indicar angina instável e infarto do 
miocárdio. 
➢ Supredesnivelamento: quando a alteração do segmento em relação 
à linha de base é superior; pode indicar infarto do miocárdio. 
Intervalo QT (QTi): represental a sístole elétrica ventricular, 
correspondente ao tempo total de despolarização e repolarização dos 
ventrículos no ECG; é medido no início de QRS até o final da onda T 
e varia com a FC; portanto, sua medição mais correta é feita 
corrigindo-se o QT pela Fórmula de Bazet (QTc): 
O valor normal deve ser < 450ms 
 
 
RESUMINDO: 
Onda e 
Complexo 
Duração Amplitude Eixo Configuração 
Onda P < ou = 
2,5mm 
(100ms) 
< ou = 
2,5mm 
(0,25mV) 
0º e -90º 
no plano 
frontal 
arredondada 
Complexo 
QRS 
< ou = 2,5 
mm 
(100ms) 
5 a 20 mm 
(derivações 
clássicas) 
ou 8 a 25 
mm 
(derivações 
precordiais) 
- 30º e 
120º no 
plano 
frontal 
pode variar, 
observar as 
imagens 
Onda T - - - assimétrica 
 
OBS: D2 na derivação de 60º determina o ritmo e, portanto, é a 
derivação em que melhor se projetará a grande maioria dos 
vetores da onda P. O ritmo sinusal é definido pela presença da 
onda P positiva em D2, seguida de complexo QRS e onda T. 
As derivações clássicas são mais fácies de determinar o eixo da 
onda P e do complexo QRS. Se a onda P e o QRS forem 
predominantemente positivos em D1 e aVF, é porque estão entre 
0º e 90º, ou seja, dentro da normalidade. 
Nas derivações precordiais analisar a onda P em VI e a progressão 
do QRS (onda R pequena em V1 crescendo até V6; onda S maior 
em V1 e diminuindo até V6)

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