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ARCO REFLEXO

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Arc� Refl��
ANA JÚLIA MARQUES OLIVEIRA
ORIGEM DE ALGUNS REFLEXOS -
Três características do protoplasma são especialmente
importantes: irritabilidade (sensibilidade a estímulos do
ambiente), condutibilidade (condução do impulso
produzido através do protoplasma) e contratilidade
(encurtamento da célula, visando fugir de um estímulo
nocivo).
Há o desenvolvimento de algumas dessas
características, por exemplo: as esponjas
desenvolveram as propriedades da irritabilidade e
condutibilidade, sendo suas células encontradas no
epitélio de revestimento. Nos metazoários as células
musculares ocuparam posições mais internas. Houve o
surgimento de células especializadas em irritabilidade e
condutibilidade (NEURÔNIOS) nos celenterados, sendo
neurônios unipolares, responsáveis pela comunicação
com as células musculares mais internas.
No ápice dessas células localizadas na superfície,
surgiram receptores, responsáveis por transmitir
estímulos físicos e químicos em forma de impulsos
nervosos ao efetuador (músculo ou glândula).
Em alguns organismos, há a organização de sistemas
difusos mas, a partir dos platelmintos e dos anelídeos
surgiram agrupamentos em Sistema Nervoso Central.
Nas minhocas, há neurônios que, por meio dos axônios,
estão ligados a outros neurônios cujos corpos se
encontram em gânglios no sistema nervoso central.
Este, por sua vez, possui um axônio que faz conexão
com os músculos.
Neurônios de superfície (neurônios
sensitivos/aferentes) e neurônios responsáveis pela
condução do estímulo nervoso ao efetuador (neurônios
motores/eferentes). A conexão entre eles é feita por
uma sinapse localizada no gânglio. Isso compreende um
ARCO REFLEXO SIMPLES e INTRA SEGMENTAR, já que a
conexão entre o neurônio aferente e eferente envolve
apenas um segmento.
Além desses, há o neurônio de associação (ou
internuncial), que faz associação entre um segmento e
outro. Assim, o impulso nervoso passa pelo neurônio
sensitivo até o gânglio, faz sinapse com o neurônio de
associação, que estabelece sinapse com o neurônio
motor do segmento vizinho. Dessa forma, o estímulo se
inicia em um segmento e termina em outro, sendo
denominado ARCO REFLEXO INTERSEGMENTAR.
ALGUNS REFLEXOS DA MEDULA ESPINHAL
DOS VERTEBRADOS
É encontrado arcos re�exos simples e intra
segmentar, tendo como exemplo o re�exo patelar. O
martelo produz um estiramento do tendão que acaba
por estimular receptores do quadríceps, dando origem a
impulsos nervosos que sobem pelos neurônios
sensitivos. Penetram na medula e fazem sinapse com os
neurônios motores do local. O impulso sai da medula
pelo axônio do neurônio motor, estimulando as �bras do
quadríceps, indo para frente.
A maioria dos re�exos nos vertebrados são
intersegmentares, podendo produzir respostas
eferentes em segmentos às vezes muito distantes do
impulso aferente. Exemplo é o “re�exo de coçar” do
cão.
EVOLUÇÃO DOS TRÊS NEURÔNIOS
FUNDAMENTAIS DO SISTEMA NERVOSO
● NEURÔNIO AFERENTE (ou sensitivo) -
Função de levar informações sobre modi�cações no meio
externo ou, após evoluções, do meio interno. Ocorrem
mudanças na posição dos corpos dos neurônios em
relação a outros seres vivos. Nos vertebrados, os
corpos normalmente se localizam internamente,
próximo ao SNC, nos gânglios sensitivos. A posição do
corpo do neurônio na superfície não é vantajosa.
Já na extremidade periférica dos neurônios sensitivos,
surgiram receptores, capazes de transformar vários
estímulos químicos e físicos em impulsos nervosos.
● NEURÔNIO EFERENTE (ou motor) -
Conduzir o impulso nervoso ao órgão efetuador
(músculos ou glândulas) determinando a contração ou a
secreção. A maioria dos corpos dos neurônios eferentes
permanece dentro do SNC, menos os que inervam os
músculos lisos, cardíacos e glândulas, que têm suas
estruturas em gânglios viscerais (neurônios
pós-ganglionares = SNA). Já os outros neurônios que
inervam os músculos estriados esqueléticos têm seu
corpo dentro do SNC.
● NEURÔNIOS DE ASSOCIAÇÃO -
O aparecimento resultou no aumento dos números de
sinapses e complexidade do SNC. O corpo desses
neurônios permanece dentro do SNC. Alguns possuem
axônios longos e fazem comunicação com neurônios de
áreas distantes. Outros possuem axônios curtos e
ligam-se apenas a neurônios vizinhos (INTERNUNCIAIS
ou INTERNEURÔNIOS).
referência:
MACHADO, Angelo B. M.; HAERTEL, Lucia Machado. Neuroanatomia
funcional. 3. ed São Paulo, SP: Atheneu, 2014.

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