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03-Âmbito de Eficácia da Lei Penal – P-I - Prof. PES

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Direito Penal I 
Profº. Paulo Eduardo Sabio
Direito Penal I – Aula 03
Âmbito de Eficácia da Lei Penal
Lei Penal no Tempo
Leis Excepcionais e Temporárias
Extra-atividade da Lei Penal
Hipóteses de Conflito de Leis Penais no Tempo
Tempo do Crime
1 – Considerações Iniciais
Nesta aula, começaremos a ver que a lei penal, assim como qualquer outra lei, não tem eficácia universal e permanente, ou seja, não vige em todo o mundo e nem é eterna�. A limitação do âmbito de eficácia da lei penal pode ser estudada sob três aspectos, quais sejam: 
 A – Lei Penal no tempo
B – Lei Penal no espaço
C – Em relação às funções exercidas por certas e determinadas pessoas 
A propósito: feitas estas sucintas considerações, convém estudarmos cada uma das três formas de limitação da “área de alcance” da lei penal, sendo que, num primeiro momento trataremos dos aspectos relativos à “Lei Penal no Tempo”. 
2 - Lei Penal no Tempo
Antes de explicarmos um pouco sobre a eficácia da lei penal no tempo, temos por extremamente conveniente que se faça uma atenta leitura aos dispositivos legais que cuidam do tema, pois, por óbvio, todo e qualquer estudo jurídico sobre um determinado tema deve se iniciar com uma análise dos artigos de lei que o regulam, por serem estes a fonte primária de interpretação. 
Saiba que: com o intuito de facilitar a leitura supra recomendada, trataremos, tanto nesta como em aulas futuras, de transcrever os artigos de lei relativos ao tema em estudo, que, neste momento, diz respeito à Lei Penal no Tempo. 
Não se esqueça que: por óbvio, os negritos e notas inseridos nos dispositivos transcritos, não constam nos textos legais originais, e aqui são usados por questões didáticas, para facilitar o estudo e compreensão de temas que, por vezes injustamente, são encarados como verdadeiros “monstros” pela comunidade acadêmica. Passemos aos dispositivos então: 
Lei Penal no Tempo�
Art. 2º Ninguém poderá ser punido por fato que lei posterior deixar de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais� da sentença condenatória.
Parágrafo Único. A lei posterior que, de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
Lei Excepcional ou Temporária 
Art. 3º A Lei excepcional ou temporária , embora decorrido o período de sua duração� ou cessadas as circunstâncias que a determinaram�, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 
Tempo do Crime 
Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
Pois bem: Feita a leitura de alguns dos dispositivos legais pertinentes a aula de hoje, é chegado o momento de fazermos algumas explicações. Passemos a elas. 
Veja: assim como todos os diplomas legais existentes em nosso ordenamento jurídico, é evidente que a lei penal nasce, vive e morre, sendo que, convém que façamos uma breve exposição acerca de cada um dos momentos cruciais de uma lei . São eles: 
Sanção: É o ato pelo qual o Presidente da República, expressa ou tacitamente, anui ao projeto que lhe foi remetido pelo Congresso Nacional. Em outras palavras: a sanção é o ato através do qual o Presidente da República expressa sua concordância com um determinado projeto de lei que lhe foi enviado pelo Congresso Nacional. 
Promulgação: é o ato pelo qual o Executivo autentica a lei, isto é, atesta sua existência ordenando sua aplicação e conseqüente cumprimento. Ou seja, é o ato que faz nascer a lei, autorizando a deflagração� de seus efeitos. É o ato que confere existência à lei e proclama sua executoriedade. 
Publicação: é o ato por intermédio do qual dá-se conhecimento da lei aos seus destinatários, tornando-a, portanto, eficaz e exigível. Na verdade é uma condição de exigibilidade e não de formação da lei, uma vez que não se pode exigir de um determinado cidadão que este cumpra uma lei que não teve como saber que existia, sendo que tal assertiva se constitui em sendo uma das premissas básicas de nosso ordenamento jurídico. 
Exemplificando: O novo Código Civil foi publicado em 10 de janeiro de 2002, e só começou a ter eficácia, ou seja, “validade”, em 10 de janeiro de 2003, uma vez que o artigo 2044 do referido diploma legal dispõe que ele entraria em vigor um ano após sua publicação. 
A propósito: a função deste lapso temporal, existente entre a publicação e o início da vigência de uma lei nova�, é possibilitar que os operadores do Direito e os cidadãos possam tomar conhecimento das regras às quais terão que se submeter à partir do início da vigência desta lei. 
Revogação: é o ato pelo qual o poder competente faz cessar a obrigatoriedade de uma determinada lei. Sobre o assunto “revogação”, é importante que se atente para o artigo 2º da LICC� ( Lei de Introdução ao Código Civil), que assim determina: “Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra lhe modifique ou revogue.” 
Saiba ainda que: no tocante à revogação, podem ser feitas as seguintes classificações: 
a – Ab-rogação: produz a extinção do texto integral de um determinado diploma legal. É também denominada de revogação total. 
b – Derrogação: é um ato que produz a extinção de apenas de uma parte do texto de um determinado diploma legal. É também conhecida como revogação parcial.
c – Revogação Expressa: Quando a lei nova, expressamente, determinar a cessação de vigência da norma anterior. 
d – Revogação Tácita: esta ocorre quando o texto novo é incompatível com o anterior ou regula inteiramente matéria precedente. Nesses casos, os diplomas legais que passam a regular a matéria geralmente trazem, ao final, a expressão “revogam-se as disposições em contrário”. 
3 – Leis Excepcionais e Temporárias
Neste momento de nossa aula, trataremos de conceituar essas duas espécies de lei, para que, posteriormente, quando estudarmos algumas regras de aplicação temporal peculiares destas duas espécies legislativas, não tenhamos dificuldades. 
Saiba que: tanto as leis excepcionais como as temporárias são espécies legislativas que mencionam em seu próprio texto o término de sua vigência. 
Leis Excepcionais: são aquelas leis que têm sua eficácia condicionada à duração das situações que as originaram. Como, por exemplo, guerras, epidemias, etc...Para que se ilustre o conceito de lei excepcional, imaginemos, hipoteticamente, que seja editado um diploma legal em virtude de uma epidemia da tão temida gripe asiática, e que este diploma legal assim disponha: 
Art. 1º. Ficam proibidos de desembarcar em solo brasileiro os passageiros oriundos de aeronaves ou embarcações oriundas do continente asiático e da Austrália. 
Parágrafo único. Esta Lei apenas será revogada quando se comprovar que o surto de tal epidemia esteja totalmente controlado. 
Leis Temporárias: estas trazem, de maneira preordenada, a data de cessação de sua vigência. À título de exemplificação, imaginemos um diploma legal que objetive controlar as variações do dólar, e que assim disponha: 
Art. 1º. Veda-se, a partir da vigência da presente lei, que o dólar seja comercializado dentro do território nacional por valor superior à R$ 2,00 ( dois reais). 
Parágrafo único: esta Lei vigorará até 30 de setembro de 2003. 
4 – Extratividade da Lei Penal 
	Convém, agora, estudarmos as regras relativas à extratividade da lei penal, que é um dos temas relacionados à aplicação da lei penal no tempo. 
Não se esqueça que: tal como dissemos anteriormente, via de regra, uma lei só começa a produzir efeitos à partir da data determinada para o início de sua vigência, entretanto, tal regra não é absoluta, tanto que, a lei penal, poderá, por exemplo, ser aplicada em relação a fatos ocorridos antes do início de sua vigência. 
Em outras palavras: em determinadas situações, pode existir uma aplicação retroativa da lei penal ( quando ela atingir fatos ocorridos antes do início de sua vigência). 
Prestemuita atenção: a retroatividade da lei penal não é regra, e não poderá ser admitida em todos os casos. 
Isto porque: para que uma lei penal atinja fatos ocorridos antes do início de sua vigência, é preciso, antes mais nada, que se obedeça o dispositivo constitucional que cuida do tema, o artigo 5º, inciso XL da Constituição Federal. Vamos dar uma olhada no citado dispositivo: 
“Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito á vida, á liberdade, á igualdade, á segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
( ...) 
XL – A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
A propósito: tal como enfatiza o Profº. Fernando Capez, este preceito constitucional estabeleceu uma regra e uma exceção. E como disso não temos dúvidas, vejamos qual é a regra e a qual é a exceção: 
“A Regra”: como se disse anteriormente, a regra geral é que nenhuma lei, inclusive a lei penal, pode querer regular fatos anteriores à sua vigência. Ou seja, temos como regra que a lei penal não poderá retroagir. 
“A Exceção”: entretanto, de acordo com os preceitos legais que regulam o tema, podemos concluir que a lei penal retroagirá quando trouxer algum benefício para o agente no caso concreto. 
Não podemos nos esquecer que: além do dispositivo constitucional supracitado, o Código Penal, através do parágrafo único do artigo 2º, também cuidou de disciplinar a retroatividade da lei penal ao estabelecer que “a lei posterior que, de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.” 
 
Também não se pode esquecer que: esta sistemática de aplicação se restringe às normas de caráter penal, não se submetendo, portanto, às regras da retroatividade da lei mais benigna as normas de caráter processual penal. 
Ou seja: no tocante aos dispositivos do Código de Processo Penal vige a regra da aplicação imediata das normas processuais, sem efeito retroativo uma vez que, tal como leciona o Profº. Fernando Capez¸ “se as normas processuais tivessem efeito retroativo, anulariam os atos processuais já praticados antes do início de sua vigência, o que não ocorre. 
Mas enfim: não nos aprofundaremos muito neste tema, por fugir de nossa disciplina. Os aspectos relativos a lei processual penal são estudados dentro de outra disciplina, que se denomina “Processo Penal”. Mesmo assim, é oportuno que façamos uma rápida leitura do dispositivo processual que consagra a irretroatividade da lei processual penal, qual seja, o artigo 2º do Código de Processo Penal pátrio. Vejamos, então, o dispositivo legal em questão: 
“Art. 2º. A lei processual aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo de validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”
 
Perceba, portanto, que: a lei penal poderá retroagir, poderá regular fatos anteriores à sua vigência desde que, de alguma forma, beneficie o acusado, 
Pare, pense e veja que questão interessante: e se, um determinado sujeito pratica um fato sob a vigência da lei “A”, e durante o curso do processo, antes da sentença, esta lei é derrogada ( lembra da derrogação ? ) e entra em vigor a lei “B”, que é mais severa que a lei anterior ? 
Saiba que: nesses casos poderá ocorrer que a lei que já tenha sido revogada, continue, excepcionalmente, a produzir efeitos. É o que se denomina “ultra-atividade” da lei penal. Nesses casos, sustenta a melhor doutrina que o caso deve ser apreciado sob a eficácia da lei antiga, em face da exigência de não recair sobre o agente uma valoração mais grave que a existente no momento da prática da conduta delituosa
Pode parecer complicado, mas não é bem assim: Tais regras podem ser bem fixadas, desde que se em tenha mente a regra básica, que é bastante sucinta: a lei penal pode ser aplicada, mesmo que já tenha cessado sua vigência, desde que mais benéfica� em face da lei posterior. Da mesma forma, a lei penal mais benéfica pode atingir fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor.
Não se esqueça que: a atividade da lei penal é a regra, uma vez que ela, assim como as outras leis, é feita para regular situações ocorridas entre a promulgação e a revogação, e a extratividade é exceção. Lembrando que a extratividade comporta duas classificações, quais sejam: 
a ​ - Retroatividade: quando a lei penal retroagir para atingir fatos ocorridos antes do início de sua vigência, sendo que, tal como já dissemos anteriormente, esta retroatividade deve obedecer os limites impostos pela constituição e pelo Código Penal. 
b - Ultra-atividade: quando a lei penal, mesmo após ter cessado sua vigência, vier a produzir efeitos. 
Preste muita atenção à um aspecto de extrema relevância: no que tange às leis excepcionais e temporárias, as regras de extra-atividade� da lei são totalmente diferenciadas. 
Em outros termos: as leis excepcionais e temporárias representam uma exceção à regra que proíbe a ultra-atividade da lei mais gravosa uma vez que tanto as leis excepcionais como as temporárias continuam a produzir efeitos depois de cessada sua vigência, mesmo que não sejam mais benéficas para o réu. 
Vamos exemplificar: Suponha-se que o Congresso Nacional editasse uma Lei, para vigorar apenas nos quatro dias de carnaval, ( sendo, portanto, temporária), estabelecendo que o adultério cometido durante este período devesse ser punido com uma pena de 04 ( quatro ) à 08 ( oito ) anos de reclusão, enquanto que, segundo o artigo 240 do Código Penal, à tal crime está relacionada uma pena de detenção de 15 ( quinze) dias a 6 ( seis ) meses. 
Pois bem: Partindo desta hipótese, suponha-se que uma mulher cometa adultério no período de carnaval, e seja processada por tal conduta. 
Sendo que: quando a sentença condenatória for prolatada, a lei temporária que estabelecia uma sanção muito mais grave à sua conduta não estará mais em vigor, e mesmo assim, se ela fosse condenada, a pena a ser cominada seria a mais grave, imposta pela lei temporária, que já não mais vige. 
Preste muita atenção: com base no exemplo supra, podemos fazer as seguintes afirmações: 
A Lei temporária estabelecia uma sanção de 04 ( quatro) à 08 ( oito) anos de reclusão. 
O Código Penal comina, para tal conduta, uma pena de 15 ( quinze ) dias a 06 ( seis) meses de detenção. 
Com o término de vigência da lei temporária ( mais prejudicial), o artigo 240 do Código Penal, que estabelece uma sanção menor, voltaria a regular a conduta de cometer adultério. 
Entretanto, mesmo após o término de sua vigência, a lei temporária, mais gravosa, produz efeitos, ou seja: uma lei mais gravosa ultra-agiu, indo assim de encontro à todas as regras relativas a extra-atividade da lei penal. 
Saiba que: tal diferenciação tem uma razão de ser. 
Pare e pense: tais espécies legislativas, via de regra, têm “vida curta”, têm um período de vigência reduzido, e portanto, perderiam toda sua força intimidativa se não “ultra-agissem”. 
Saiba, ainda, que: tal excepcionalidade é prevista pelo artigo 3º do Código Penal, que assim preceitua: 
“Art. 3º. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração� ou cessadas as circunstâncias que determinaram�, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 
Atentemos ainda para um outro aspecto: existe uma “exceção à excepcionalidade supra exposta”. E isto ocorrerá quando a lei posterior à lei temporária ou excepcional for mais benéfica e fizer expressa menção ao período anormal ou ao tempo de vigência. Nestes casos, a lei posterior, mais benéfica, poderá regular o fato praticado sob a égide da lei temporária ou excepcional. 
5 - Hipóteses de Conflito de Leis Penais no tempo: 
Toda vez que uma lei penal entrar em conflito com uma lei anterior, quatro situações distintas poderão ocorrer. Vejamos quais são elas, para posteriormente fazer os devidos comentários: 
Abolitio Criminis
Novatio Legis Incriminadora
Novatio Legis in Pejus
NovatioLegis in Mellius
 
5.1. Abolitio Criminis: esta ocorrerá quando uma lei nova deixar de considerar um fato como criminoso. Ou seja: nestes casos lei nova revoga normas incriminadoras anteriormente existentes. Tal como leciona o o Profº. Fernando Capez, “trata-se de lei posterior que revoga o tipo penal incriminador, passando, o fato, a ser considerado atípico.”
A propósito: a hipótese da abolitio criminis vem expressa no “caput” do artigo 2º do Código Penal, e apesar de tal dispositivo já ter sido transcrito anteriormente, para facilitar as coisas, vamos transcrevê-lo novamente: 
Art. 2º Ninguém poderá ser punido por fato que lei posterior� deixar de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Note que: nos casos da denominada abolitio criminis, é fácil perceber que a lei a ser aplicada é a nova, que tratar de descriminalizar a conduta. 
Isto porque: a supressão de uma lei que define um fato como criminoso por uma lei que estabelece o contrário, ou seja, que faz lícita uma conduta anteriormente tida como ilícita faz crer que o Estado não mais considera uma determinada conduta contrária aos interesses da sociedade. 
Saiba ainda que: a abolitio criminis é elencada, no artigo 107, inciso III do Código Penal, como sendo uma causa de extinção da punibilidade, como sendo uma causa que extingue o direito de punir do Estado. 
A propósito: o tópico das ”Causas Extintivas de Punibilidade” será abordado em momento futuro, provavelmente no semestre que vem, mas convém darmos uma olhada no dispositivo supracitado, que determina que a abolitio criminis é uma causa extintiva da punibilidade. Vejamos o dispositivo: 
Art. 107 Extingue-se a Punibilidade: 
( ... ) 
III – pela retroatividade da lei que não mais considera o fato como sendo criminoso. 
Por isso: quando se questionar sobre a natureza jurídica da abolitio criminis, devemos ter mente que esta se constitui em sendo um fato jurídico extintivo da punibilidade. 
A propósito: não poderíamos deixar de tecer alguns comentários acerca dos efeitos oriundos da chamada abolitio criminis. 
Sendo que: a regra básica em relação à este tópico pode ser extraída do próprio artigo 2º, “caput” do Código Penal, o qual pode ser qualificado como “auto-explicativo”. 
Veja: preceitua a parte final do dispositivo legal em questão que cessarão, em virtude da abolitio criminis, a execução da pena e os efeitos penais� da sentença condenatória. Sendo que quando a lei fala em efeitos penais, podem-se incluir neste rol os chamados efeitos penais secundários, como por exemplo: indução de reincidência e revogação de sursis� anteriormente concedido
Em outras palavras: A lei nova, descriminante, atuando retroativamente, exclui todos os efeitos jurídicos penais� do comportamento antes considerado ilícito. 
A propósito: é importante que se faça uma exposição acerca dos diferentes efeitos que a abolitio criminis pode gerar, de acordo com a fase processual na qual ela venha a incidir. 
Se apenas o Inquérito Policial foi instaurado, o processo em si, que se inicia com a denúncia do promotor ou queixa-crime da vítima, não poderá ser iniciado. 
Se o processo estiver em andamento, deverá ser “trancado”, mediante decretação de causa extintiva de punibilidade, nos moldes do artigo 107, inciso III do Código Penal. 
Se já existir sentença condenatória transitada em julgada�, a pena não poderá ser executada. 
Se o condenado já estiver cumprindo pena, deve-se decretar a extinção da punibilidade e soltar-se o réu. 
5.2. Novatio Legis Incriminadora: está hipótese se afigura em sendo o oposto da abolitio criminis. 
Isto porque: Nesta hipótese, a lei nova, ao invés de descriminalizar uma conduta, criminaliza, tipifica, taxa como ilícita uma conduta que anteriormente era considerada um indiferente penal. 
Perceba que: por tudo que já fora aqui exposto, se torna óbvio que a esta lei nova, que trata de criminalizar uma determinada conduta, de forma alguma poderá ter efeito retroativo, posto que apenas prejudicaria o réu, 
A propósito: para que se facilite a compreensão do instituto em estudo, temos por oportuno fazermos uso de um exemplo de novatio legis incriminadora, que nos é fornecido pelo Profº. Damásio Evangelista de Jesus. Vamos ao exemplo: 
“ Tício, em outubro de 1964, sem autorização legal,plantou um ramo de cannabis sativa ( Maconha) no quintal de sua residência, com intenção de produzir o entorpecente. Tal fato não constituía crime em face do artigo 281 do Código Penal vigente à época. A lei que introduziu a expressão plantar no núcleo do tipo foi a Lei 4.451 de 04 de novembro de 1964. Assim, nessa linha de raciocínio, conclui-se: a referida lei não poderá retroagir pois se trata de verdadeira novatio legis incriminadora, e assim, Tício não poderá ser incriminado por tal conduta. 
5.3. Novatio Legis In Pejus: nestas hipóteses, a lei não cria nenhum tipo incriminador, mas agrava de qualquer forma a situação do agente. Não há que se olvidar que, também nesta hipótese, a retroatividade é vedada. 
A propósito: vejamos agora alguns exemplos de casos nos quais uma lei nova pode prejudicar o réu, mesmo que não crie tipos penais antes inexistentes: 
a - A pena imposta em face da lei nova é mais severa qualitativa ( de detenção passa-se para reclusão) ou quantitativamente ( a pena imposta pela lei nova é de 10 á 20 anos, enquanto que a anterior era de 02 à 05 anos). 
b - São excluídas circunstâncias que favoreceriam o sujeito de acordo a lei antiga ( atenuantes ou causas de diminuição de pena), ou, a contrario sensu, são criadas novas qualificadoras anteriormente inexistentes. 
5.4 - Novatio Legis In Mellius: estas se afiguram em sendo aquelas hipóteses onde uma lei nova, sem excluir a figura típica, acabam por favorecer de qualquer modo o agente. 
Saiba que: esta hipótese de conflito de leis penais no tempo é prevista no parágrafo único do artigo 2º do Código Penal, que assim preceitua: 
Parágrafo Único. A lei posterior que, de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
Preste atenção: quando o parágrafo único do dispositivo supracitado faz uso da expressão “de qualquer modo” , devemos entender que o se faz menção á lei posterior que favoreça o agente, de modo diverso da abolitio criminis, e isto porque a abolitio criminis vem prevista, de forma autônoma, no caput do artigo 2º. 
A propósito: vejamos agora algumas hipóteses de ocorrência desta hipótese de conflito de leis penais no tempo: 
a – A lei nova cria nos circunstâncias atenuantes ou causas de diminuição de pena. 
b – A lei nova cria casos até então inexistentes de extinção de punibilidade. 
Perceba que: nesta hipótese, a lei nova é mais favorável e portanto deverá retroagir, mesmo se já existir uma sentença condenatória transitado em julgado. Como, aliás, facilmente se depreende da leitura do dispositivo legal que regula a matéria. 
6 – Tempo do Crime
	É extremamente oportuno que se estude tal tema dentro desta nossa aula, sendo que, de início, convém termos em mente que, por vezes, a ação criminosa é praticada em um dado momento, e o resultado, em si, só ocorrerá em um momento posterior. 
Sendo que: deste raciocínio, pode surgir a seguinte dúvida: em qual desses momentos, segundo a legislação vigente, deve ser considerado que o crime foi praticado ? No momento da prática da ação ou omissão ou no momento em que se consumar o resultado ? 
Perceba que: tal aspecto tem indiscutível ligação com tudo que se disse sobre aplicação temporal da lei penal e com outros aspectos penais de extrema importância.
A propósito: para que se tenha uma idéia da importância do tema, pensemos na seguinte situação: 
Suponhamos que uma mulher grávida, ingira medicamentos abortivos no dia 20 de Janeiro de 2003 ( momento da prática da ação), e que a expulsão efetiva do feto apenas ocorra em 20 de Fevereirodo mesmo ano ( momento em que ocorre o resultado). Dentro de tal situação, suponhamos que na data da ingestão de tais medicamentos o aborto não fosse considerado crime, e que, no dia 01 de Fevereiro, entrasse em vigor uma lei incriminando tal conduta. Nesse caso, para resolver o problema, temos que saber qual é, segundo a legislação vigente, o momento em que se considera praticado o crime. 
Preste muita atenção: é importante que se compreenda que no exemplo supra formulado não existia uma lei anterior mais benéfica, e portanto não se poderia falar em ultra-atividade de uma lei anterior mais benéfica. 
Em outros termos: no exemplo supra formulado, num momento não existia nenhuma lei regulando a matéria, e num momento posterior entrou em vigor um diploma legal que se incumbiu de tal tarefa. 
Perceba que: não há que se falar, no exemplo supracitado, de um “conflito de leis penais no tempo”. 
Pois bem: tomando por base o exemplo supracitado, se, para o legislador, o momento da prática do crime for o momento da ação ou omissão, a gestante não poderá ser incriminada, ante a inexistência de lei que incriminasse tal conduta neste momento ( da prática da ação).
Porém: se o momento da prática do crime, para o legislador, for o momento da ocorrência do resultado, a gestante do exemplo supracitado deverá ser responsabilizada penalmente por tão repugnante conduta. 
Saiba que: acerca do “Tempo do Crime”, foram formuladas três teorias, quais sejam:
Teoria da Atividade: segundo a qual o crime se considera praticado no momento da ação ou omissão. 
Teoria do Resultado: de acordo com esta teoria, considera-se praticado o crime no momento em que ocorrer o resultado pretendido . 
Teoria da Ubiqüidade: para esta teoria, o momento da prática do crime pode ser tanto o momento da prática da ação ou omissão como o momento da produção do resultado. 
A propósito: entre nós, o tema é regulado pelo artigo 4º do Código Penal, sendo que uma vez feita a leitura deste dispositivo, se poderá facilmente perceber qual destas três teorias foi adotada pelo legislador pátrio. Vamos ao dispositivo 
Art. 4º. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
Perceba que: tal como dissemos anteriormente, não é difícil, após a leitura do dispositivo legal supracitado, perceber qual das três teorias foi por nós adotada. Entretanto, para que não pairem dúvidas, convém expor que a teoria adotada pelo legislador pátrio foi a teoria da atividade. 
Saiba que: nós, particularmente, cremos que a opção do legislador, neste caso, foi extremamente coerente, uma vez que, tal como a maioria dos doutrinadores, cremos que é no momento da ação ou omissão que o sujeito manifesta sua vontade de ir ou não de encontro aos preceitos penais que regulam a vida em sociedade. 
Preste atenção: acerca deste particular aspecto, temos por oportuno que se atente para as elucidativas lições do Profº. Alberto Silva Franco, que podem assim serem transcritas: 
“É exatamente no instante da ação que a inteligência que pensa e a vontade que quer se manifestam no mundo exterior, tornando-se relevantes ao direito. É neste momento da ação ou omissão que se objetiva o querer do agente, e portanto, revela-se sua rebeldia ao comando da lei.” 
Questão – Problema
Na hora do almoço, na empresa onde você trabalha como secretária, uma colega se aproxima de você dizendo que precisa desabafar sobre um assunto muito sério, e você, muito prestativa, se dispõe a ouvir o que ela tem a dizer. Com muita dificuldade sua colega lhe conta que tem ficado muito constrangida com algumas atitudes de um dos diretores da empresa, pois este tem, com incomum insistência , lhe dirigido convites para ir até um motel após o expediente, além do que, segundo sua colega, toda vez que ela tem que se dirigir à sala deste diretor ele tenta, de todas as formas, apalpar alguma parte de seu corpo. Depois de muita resistência por parte de sua colega, o diretor, em 15 de Abril de 2001, a ameaça de despedi-la, caso ela continue se recusando a satisfazer seus desejos sexuais. 
Após o desabafo, e sabendo que você conhece bastante de Direito Penal, sua colega lhe pergunta quais poderiam ser as conseqüências jurídicas impostas ao diretor da empresa que vem lhe causando tantos constrangimentos. O que você responderia ? 
A Propósito: Para responder tais indagações, é importante que você saiba que, no dia 16 de maio de 2001 entrou em vigor a Lei 10.224 / 2001, que cuidou de criminalizar o assédio sexual, e para tal finalidade, esta lei acrescentou ao Código Penal o artigo 216-A que tem a seguinte redação: 
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. 
Pena – detenção de 1 ( um ) a 2 ( dois ) anos
 De posse destas informações, esclareça as dúvidas de sua angustiada colega, e comente sobre a regras que regem a aplicação da lei penal no tempo, com base em tudo que foi exposto na presente aula. 
Quadro Sinóptico 
1. A Lei Penal não tem eficácia universal e permanente, ou seja, não vige em todo o mundo e nem é eterna. 
2. A eficácia da Lei Penal é por três fatores, quais sejam: 
Tempo
Espaço
Função exercida por determinadas pessoas
3. Da Lei Penal no Tempo: a norma penal, assim como todos os outros diplomas legais, nasce, vive e morre. Vamos relembrar os momentos cruciais na vida de uma lei: 
Sanção: É o ato pelo qual o Presidente da República, expressa ou tacitamente, anui ao projeto que lhe foi remetido pelo Congresso Nacional. Em outras palavras: a sanção é o ato através do qual o Presidente da República expressa sua concordância com um determinado projeto de lei que lhe foi enviado pelo Congresso Nacional. 
Promulgação: é o ato pelo qual o Executivo autentica a lei, isto é, atesta sua existência ordenando sua aplicação e conseqüente cumprimento. Ou seja, é o ato que faz nascer a lei, autorizando a deflagração de seus efeitos. É o ato que confere existência à lei e proclama sua executoriedade. 
Publicação: é o ato por intermédio do qual dá-se conhecimento da lei aos seus destinatários, tornando-a, portanto, eficaz e exigível. Na verdade é uma condição de exigibilidade e não de formação da lei, uma vez que não se pode exigir de um determinado cidadão que este cumpra uma lei que não teve como saber que existia, sendo que tal assertiva se constitui em sendo uma das premissas básicas de nosso ordenamento jurídico. 
Revogação: é o ato pelo qual o poder competente faz cessar a obrigatoriedade de uma determinada lei. 
4. Lembre-se que existem as seguintes espécies de revogação: 
a – Ab-rogação: produz a extinção do texto integral de um determinado diploma legal. É também denominada de revogação total. 
b – Derrogação: é um ato que produz a extinção de apenas de uma parte do texto de um determinado diploma legal. É também conhecida como revogação parcial.
c – Revogação Expressa: Quando a lei nova, expressamente, determinar a cessação de vigência da norma anterior. 
d – Revogação Tácita: esta ocorre quando o texto novo é incompatível com o anterior ou regula inteiramente matéria precedente. Nesses casos, os diplomas legais que passam a regular a matéria geralmente trazem, ao final, a expressão “revogam-se as disposições em contrário”. 
5. Leis Penais Excepcionais e Temporárias: tanto as leis penais excepcionais como as leis penais temporárias mencionam em seu próprio texto a data da revogação. Vamos recordar a diferença entre as leis excepcionais e as leis temporárias: 
a. Leis Excepcionais: são aquelas leis que têm sua eficácia condicionada à duração das situações que as originaram. Como, por exemplo, guerras, epidemias, etc... 
b. Leis Temporárias: estas trazem, de maneira preordenada, a data de cessação de sua vigência.
6. Extratividade da Lei Penal: vida de regra, uma lei produz efeitos depois que entraem vigor e para de produzir efeitos com sua revogação. 
7. Mas pode acontecer que uma lei penal regule fatos ocorridos antes de sua entrada em vigor ( retroatividade). Não se esqueça que, tal como preceitua o artigo 5º, inciso XI da Constituição Federal, a lei penal só pode retroagir se for mais benéfica para o réu. 
8. Além do citado dispositivo constitucional, o artigo 2º do Código Penal também cuidou de disciplinar a retroatividade da lei penal.
9. Quando uma lei nova for mais prejudicial para o réu, não se aplicará aos processos em andamento. Nesses casos, a lei anterior, por ser mais benéfica que a lei nova, continuará a produzir efeitos mesmo depois de ter sido revogada. É o que se denomina ultra-atividade da lei penal. 
10. Não se esqueça que: as leis excepcionais e temporárias representam uma exceção à regra que proíbe a ultra-atividade da lei mais gravosa uma vez que tanto as leis excepcionais como as temporárias continuam a produzir efeitos depois de cessada sua vigência, mesmo que não sejam mais benéficas para o réu.
11. Esta exceção, que é regulada pelo artigo 3º do Código Penal, tem uma razão de ser. Tanto as leis excepcionais como as leis temporárias, via de regra, têm “vida curta”, têm um período de vigência reduzido, e portanto, perderiam toda sua força intimidativa se não “ultra-agissem. 
12. Hipóteses de conflito de leis penais no tempo: toda vez que uma lei penal entrar em conflito com uma lei anterior, poderão ocorrer quatro situações distintas, quais sejam: 
Abolitio Criminis: esta ocorrerá quando uma lei nova deixar de considerar um fato como criminoso. 
Novatio Legis Incriminadora: está hipótese se afigura em sendo o oposto da abolitio criminis. Nesta hipótese, a lei nova, ao invés de descriminalizar uma conduta, criminaliza, tipifica, taxa como ilícita uma conduta que anteriormente era considerada um indiferente penal. 
Novatio Legis In Pejus: nestas hipóteses, a lei não cria nenhum tipo incriminador, mas agrava de qualquer forma a situação do agente. 
Novatio Legis In Mellius: estas se afiguram em sendo aquelas hipóteses onde uma lei nova, sem excluir a figura típica, acabam por favorecer de qualquer modo o agente. 
13. Tempo do crime: as regras relacionadas ao “tempo do crime”t6em inquestionável ligação com as regras de aplicação da lei penal no tempo. Vamos relembrar as teorias elaboradas à respeito do tempo do crime: 
Teoria da Atividade: segundo a qual o crime se considera praticado no momento da ação ou omissão. 
Teoria do Resultado: de acordo com esta teoria, considera-se praticado o crime no momento em que ocorrer o resultado pretendido . 
Teoria da Ubiqüidade: para esta teoria, o momento da prática do crime pode ser tanto o momento da prática da ação ou omissão como o momento da produção do resultado.
14. Em face do preceitua o artigo 4º do Código Penal, é de se concluir que a teoria adotada pelo legislador pátrio foi a teoria da atividade. 
� - Como nos ensina Damásio Evangelista de jesus
� - Via de regra, os dispositivos legais transcritos, em nossas aulas, constam, originalmente, do Nosso Código Penal vigente. Então quando se vê, por exemplo, “Art. 2º...”, estamos transcrevendo o artigo 2º do Código Penal
� - Note que a Lei fala em efeitos penais, subsistindo, portanto, os efeitos civis, como por exemplo, a obrigação de indenizar. 
� - Leis Temporárias ( serão estudadas logo adiante, ainda nesta aula)
� - Leis Excepcionais (serão estudadas logo adiante, ainda nesta aula)
� - Deflagrar: atear, provocar. 
� - tecnicamente denominado de vacatio legis, por ser o período de vacância da lei, , ou seja, a lei existe mas ainda não se exige o seu cumprimento. A lei está apenas “vagando” no ordenamento jurídico. 
� - A Lei de Introdução ao Código Civil, também denominada de “Lei das Leis”, estabelece regras de formação, extinção e interpretação das leis. Atente-se que as regras ali inscritas não se dirigem apenas ao Código Civil, como pode parecer, e portanto, as leis penais também se submetem aos seus preceitos. 
� - Para que tenha uma idéia do que é uma leis benigna, usaremos dos ensinamentos do Mestre Damásio Evangelista de Jesus, que preceitua que leis meis benigna é “de modo geral, toda norma que amplie o âmbito da licitude penal...”
� - que como bem se viu pode compreender a ultra-atividade ou retroatividade. 
� - No caso das Leis Temporárias
� - No caso das Leis Excepcionais
� - para saber quando uma lei é posterior á outra, devemos levar em conta a data da promulgação, e não da entrada em vigor. Assim, Lei Posterior é aquela que foi promulgada por último. 
� - Lembrando que os efeitos “extrapenais” da sentença condenatória poderão subsistir, como por exemplo, uma eventual obrigação de indenizar oriunda desta sentença. 
� - Que se traduz em sendo uma “suspensão condicional da pena” imposta na sentença condenatória, e que será estudada futuramente. Porém, achamos por bem esclarecer que, caso se queira ler os dispositivos legais que regulam a matéria, estes são os artigos 77 e seguintes do Código Penal. 
� - Inclusive os efeitos secundários, como se expôs. 
� - Cumpre expor que sentença transitada em julgado é aquela contra a qual não cabe mais nenhum recurso. A expressão “trânsito em julgado” traduz a idéia de definitividade da sentença. 
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