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TRIPANOSSOMÍASE- PARASITOLOGIA

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TRIPANOSSOMÍASE 
DOENÇA DE CHAGAS: 
✓ Tripanosoma cruzi, flagelado que 
determina no homem casos quadros 
clínicos com características diversas; 
✓ A infecção apresenta uma fase aguda, 
com lesão localizadas, e outra fase, 
crônica, que pode produzir quadros 
clínicos variados e incuráveis; 
CARACTERIZAÇÃO DO PARASITO: 
✓ Vários grupos de protozoários parasitam o 
homem, contudo existe um que se destaca 
com uma organela bem singular, o 
cinetoplasto; 
- É formado por um segmento de sua 
longa mitocôndria onde se encontra 
abundante DNA de tipo especial, o KDNA; 
✓ Possui núcleo único, havendo um só 
flagelo, que nasce do corpúsculo basal ou 
blefaroplasto, junto ao cinetoplasto; 
✓ O grupo constitui a ordem Knetoplastida 
-> kineto proteína; 
✓ Trypanosoma cruzi apresenta muitas 
variações morfológicas, fisiológicas e 
ecológicas, além da variação de 
inefetividade e patogenicidade; 
✓ Três grupos de T. cruzi foram propostos 
recentemente: 
- Grupo 1: é aquele encontrado em animais 
silvestres e triatomíneos que com eles 
convivem, particularmente na região da 
Amazônia; -> mantêm- se no ciclo 
silvestre e provoca no homem infecções 
esporádicas e assintomáticas; 
- Grupo 2: é o prevalente nas áreas 
endêmicas da doença humana e tem como 
principal vetor o Triatoma infestans, ele é 
responsável pela forma sintomática e 
grave da doença; 
- Grupo 3: de ocorrência mais rara, é uma 
zoonose de animais silvestres; 
✓ Trypanosoma cruzi pode apresentar 
formas diferentes durante o ciclo vital: 
- Amastigota: quando se apresenta como 
um microrganismo de pequenas 
dimensões, circular, ovoide ou fusiforme; 
seu corpo é achatado, com pouco citoplasma 
e com núcleo relativamente grande, 
redondo e excêntrico; 
- Epimastigota: caracteriza-se por sua 
forma alongada e por ficar o cinetoplasto 
discoide nas proximidades do núcleo; 
- Tripomastigota: forma que apresenta o 
corpo celular longo e achatado, tem os 
flagelos percorrendo toda a extensão da 
célula; 
CICLO E FORMAS EVOLUTIVAS DO 
HOSPEDEIRO EM VERTEBRADOS: 
3º Período Medicina Faculdade Atenas- Sete Lagoas - 2021 
PARASITOLOGIA 
❖ São doenças transmitidas entre 
animais e pessoas e que podem ser 
causadas por bactérias, parasitas, 
fungos e vírus. 
1°CICLO 
✓ Trypanosoma cruzi infecta grande 
número de mamíferos e é transmitido de 
um hospedeiro a outro por intermédio de 
insetos; 
- Pode se dar também pela transfusão de 
sangue; 
✓ No organismo dos vertebrados (animais 
ou homem) os parasitos assumem a forma 
de tripomastigotas (no sangue) ou de 
amastigotas (no interior das células), 
enquanto que nos insetos se encontram 
no tubo digestivo como epimastigotas ou 
tripomastigotas; 
✓ Existe um nítido polimorfismo entre os 
tripanossomos sanguícolas; 
- Formas finas: sinuosas, fina e delgada, 
rápida na infecção e no deslocamento; 
contudo não é tão resistente ao sistema 
imune; 
- Formas largas: recurvadas em C, largas, 
movimentação lenta e não infecta tanto 
quanto as finas, mas são mais resistentes 
ao sistema imune; 
✓ Existe um processo de fagocitose induzida 
das amastigotas para a entrar na célula 
do tecido do hospedeiro; 
✓ Após entrar dentro da célula podem se 
reproduzir e transformar-se em 
tripomastigotas e sair da célula e infectar 
outros locais; 
- Tripomastigota -> amastigota -> 
tripomastigota; 
CICLO E FORMAS EVOLUTIVAS EM 
HOSPEDEIRO INVERTEBRADOS: 
✓ Quando o triatomíneo, ao sugar sangue de 
um vertebrado infectado, ingere 
tripanossomos sanguícolas e tem início a 
um ciclo de desenvolvimento de T. cruzi 
no tubo digestivo do inseto; 
✓ Quando entram no intestino encontram 
um meio extremamente favorável, 
onde assume a forma epimastigota, 
e se instala permanente; 
✓ São levadas ao reto e aderidas lá até o 
inseto fazer as fezes e vão ficar inseridas 
nela; 
Inefetividade: 
✓ O tripomastigoto contidos nas fezes dos 
insetos, penetram facilmente através das 
mucosas e das conjuntivas ou de qualquer 
solução de continuidade da pele; 
✓ Não atravessam a pele integra, mas o 
próprio local da picada do inseto pode 
construir a porta de entrada, por meio de 
feridas e escoriações provocadas ao coçar; 
✓ Na região do tegumento aonde se deu a 
penetração, os tripomastigotas são 
fagocitados pelos macrófagos (célula de 
defesa), por mecanismo de endocitose 
mediado por determinados receptores de 
membrana, e não são destruídos nos 
fagossomos, mas se transformam em 
amastigotas; 
- Produzem uma substancia que faz o pH 
ficar ácido e rompe a parede do vacúolo 
fagocitário, invadem o citoplasma das 
células hospedeiras e aí se multiplicam até 
destruí-las completamente; 
✓ Alguns desses flagelos podem invadir 
novas células, enquanto outros são 
disseminados pela corrente sanguínea; 
✓ No sangue eles sobrevivem longamente 
apenas nos períodos iniciais da infecção 
(fase aguda) antes de se desenvolver a 
reação imunitária; 
✓ Na fase crônica, a presença de flagelados 
no sangue é raramente observada, sendo 
demonstrada apenas por técnicas 
especiais, como o xenodiagnóstico; 
Resistencia ao Parasitismo: 
✓ Depois de superadas as barreiras 
anatômicas à penetração, a defesa do 
organismo depende da reação 
inflamatória local e da fagocitose, ou de 
substancias antiparasitárias do soro e do 
tecido; 
✓ Em pacientes que se encontram na fase 
aguda da doença, tem sido comprovado 
um aumento significativo das 
imunoglobulinas do tipo IgM, 
acompanhado de uma elevação das IgG, 
porem na fase crônica, apenas a IgG 
costumam ser aumentadas; 
MECANISMOS PATOGÊNICOS: 
✓ As células e fibras parasitadas não 
despertam, inicialmente, nenhuma reação 
em torno, mas quando rompem 
destruídas pelos parasitos, são envolvidas 
por um processo inflamatório focal (fase 
aguda) caracteriza-se por infiltração 
fugaz de neutrófilo; -> podem ser vistos 
amastigotas fagocitadas; 
✓ Se o organismo sobreviver ao período 
agudo, surgem as reações imunológicas e, 
a partir da terceira semana, os monócitos 
e linfócitos passam a predominar nos 
exsudatos inflamatórios; 
ALTERAÇÕES ANATOMO E 
FISIOPATOLÓGICO: 
✓ A lesão inicial chama 
particularmente a atenção 
quando se implanta no olho 
ou em suas imediações; 
- Podendo ocorrer edema palpebral 
✓ O coração é um órgão que se 
encontra afetado com 
maior frequência; 
- Se multiplicam no 
interior das fibras; 
- Aumento do volume cardíaco; 
✓ Ocorrem alterações no sistema digestório, 
os parasitos são encontrados na 
musculatura lisa, nas células nervosas e 
em outros elementos da parede do tubo 
digestivo; 
SINTOMATOLOGIA E FORMAS 
CLINICAS: 
Período de Incubação: 
✓ Varia entre uma e três semanas; 
Fase Aguda: 
✓ Os sintomas manifestam-se geralmente 
em indivíduos jovens e sobretudo os que 
encontram nos primeiros anos de vida; 
✓ Corresponde ao período em que o 
tripanossomo é encontrado facilmente no 
sangue; 
❖ Consistia na exposição do 
paciente com indícios de 
infecção às picadas do vetor 
da doença de Chagas, o 
barbeiro, para apurar a 
possível contaminação. 
✓ Febre, sensação de fraqueza, poliadenite, 
aumento do fígado e do baço; 
Fase Crônica: 
✓ Desenvolve de forma assintomática 
assumindo o caráter latente desde o início; 
✓ Pode causar cardiopatia crônica devido ao 
Trypanosoma cruzi; 
✓ Casos com megas, em que o colón e o 
esôfago aumentam de tamanho; 
DIAGNÓSTICO: 
Diagnóstico Clínico: 
✓ Região e procedência do paciente ou o fato 
de viver ou ter vivido ou pernoitado em 
casas onde havia triatomíneos; 
✓ Paciente ter recebido transfusão 
sanguíneas, mesmo fora das áreas 
endêmicas; 
✓ Sinal de Romanã (edema); 
✓ Métodos de laboratório devem ser 
utilizados para confirmar o diagnóstico; 
Diagnóstico Parasitológico: 
✓ Pesquisa de parasitos no sangue: a rápida 
movimentação dos flagelos, deslocando as 
hemácias em torno, facilita a sua 
visualização; 
- Utilizaçãode esfregaço corados pelo 
Giemsa ou pelo Leishman; 
✓ Punção-biópsia de Linfonodo: pode-se 
encontrar T. cruzi em macrófagos ou no 
exsudato inflamatório; 
✓ Hemocultura: utilizam-se os meios 
difásicos, com base de ágar-sangue, ou o 
meio de Warren para a cultura dos 
parasitos; 
✓ Xenodiagnóstico: alguéns exemplares 
criado em laboratório e alimentados com 
sangue de aves, depois mantidos em jejum 
por 3 a 4 semanas, são postos a sugar o 
sangue do paciente suspeito; 
- Quando há tripanossomo os insetos se 
infectam e passam a eliminar parasito 
nas suas fezes; 
- Xenodiagnóstico artificial é o que se faz 
in vitro, para evitar o contato dos insetos 
com o paciente; 
✓ Diagnóstico Imunológico: grande 
sensibilidade e facilidade de execução; são 
realizados testes sorológicos; 
- Estabelecer ou afastar um diagnóstico 
de tripanossomo; no exame de gestantes 
para o controle da transmissão congênita; 
em bancos de sangue, para evitar a 
transmissão por transfusão; em inquérito 
soroepidemiológico; no acompanhamento 
de pacientes tratados; 
- Imunofluorescência Indireta: grande 
sensibilidade; o teste é aplicado nas 
formas crônica da doença; 
- Imunotestes Enzimáticos (ELISA): a 
reação faz-se e, um tubo ou em cavidade de 
uma placa de matéria plástica em cuja a 
superfície interna os extratos do antígeno 
solúvel de T. cruzi foram fortemente 
adsorvidos; se houver anticorpo no soro do 
paciente eles se ligarão ao antígeno e 
fixarão as antiglobulinas humanas; pode 
ser usado tanto na fase aguda quanto na 
crônica; 
 
- Hemaglutinação: diluição do soro em 
solução salina a 0,85%, na porção de 1:30 
misturar duas gotas em uma suspensão 
de hemácias sensibilizadas, agitar e ler o 
resultado duas horas depois; 
- Hemaglutinação Indireta: 
PROGNÓSTICO: 
✓ Depende da fase ou forma da doença, 
requer uma série de exames além do exame 
clínico; 
✓ Na fase aguda, hoje cada vez mais rara, a 
evolução da infecção por T. cruzi pode ser 
grave ou fatal; 
✓ A mortalidade não chega a 10%; 
✓ Forma indeterminada: sem a 
manifestação clínica e sem alterações 
eletrocardiográficas, a taxa de 
mortalidade, dez anos depois de 
estabelecido o diagnóstico; a doença não 
cura espontaneamente, mas pode 
permanecer assintomática; 
✓ Forma crônica: nos casos com 
sintomatologia clínica e com alterações 
eletrocardiográficas precoces, o 
prognóstico é menos favorável; 
TERAPÊUTICA: 
✓ O tratamento especifico encontra em etapa 
experimental; 
✓ Apenas um medicamento utilizado para o 
tratamento: benznidazol; 
✓ Benznidazol: o tratamento é indicado nos 
casos agudos e em jovens com forma 
indeterminada; 
- Nos casos agudos, a droga produz 
remissão rápida da febre e dos outros 
sintomas; 
- Deve ser utilizado na dose de 5 mg por 
quilograma de peso do paciente por dia, 
durante 30 a 60 dias; 
- Intolerância: anorexia, náuseas e 
vômitos, cefaleia, dor abdominal e perda 
de peso;

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