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livro LINGUAGENS - 7 ano livro professor

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7oano
4a edição
São Paulo
2015
TANIA AMARAL OLIVEIRA 
Formada em Letras, Pedagogia e Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). 
Mestra em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Formadora 
de educadores nas áreas de Língua Portuguesa e de Comunicação. Professora do Ensino 
Fundamental das redes pública e privada de ensino de São Paulo.
ELIZABETH GAVIOLI DE OLIVEIRA SILVA
Bacharel e licenciada em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade de 
São Paulo (USP). Professora do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens 
e Adultos. Autora de livros didáticos de Língua Portuguesa e de Letramento e 
Alfabetização (Ensino Fundamental e EJA). Professora do Ensino Fundamental 
da rede particular de ensino de São Paulo.
CÍCERO DE OLIVEIRA SILVA
Bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de 
São Paulo (PUC-SP). Graduando em Linguística e Língua Portuguesa pela 
Universidade de São Paulo (USP). Autor de livros didáticos de Língua Portuguesa 
e de Letramento e Alfabetização (Ensino Fundamental e EJA). Educador em 
projetos sociais nas áreas de Comunicação e Educação para a Cidadania.
LUCY APARECIDA MELO ARAÚJO
Bacharel e licenciada em Língua Portuguesa e Linguística pela Universidade de 
São Paulo (USP). Especialista em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestranda em Língua Portuguesa pela Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora do Ensino Fundamental 
da rede particular de ensino de São Paulo.
ENSINO FUNDAMENTAL
LÍNGUA PORTUGUESA
TECENDO 
LINGUAGENS
LÍNGUA PORTUGUESA
 MANUAL DO PROFESSOR
pnld2017_miolo_7TL_p3_U00_18ago15.indd 1 8/19/15 17:55
Coleção Tecendo Linguagens
Língua Portuguesa – 7o ano
© IBEP, 2015
4a edição – São Paulo – 2015
Todos os direitos reservados.
Av. Alexandre Mackenzie, 619 – Jaguaré
São Paulo – SP – 05322-000 – Brasil – Tel.: (11) 2799-7799
www.ibep-nacional.com.br editoras@ibep-nacional.com.br
 Diretor superintendente Jorge Yunes
 Diretora editorial Célia de Assis
 Gerente editorial Maria Rocha Rodrigues
 Coordenadora editorial Simone Silva
 Editora Fabiana Panhosi Marsaro
 Assistente editorial Karina Danza
 Revisora técnica Márcia Chiréia
 Coordenadora de revisão Helô Beraldo
 Revisão Beatriz Hrycylo, Cássio Dias Pelin, Luiz Gustavo Bazana, 
Salvine Maciel, Sheila Saad
 Secretaria editorial e Produção gráfica Fredson Sampaio
 Assistentes de secretaria editorial Carla Marques, Karyna Sacristan, Mayara Silva
 Assistentes de produção gráfica Ary Lopes, Eliane Monteiro, Elaine Nunes
 Coordenadora de arte Karina Monteiro
 Assistentes de arte Aline Benitez, Gustavo Prado Ramos, 
Marilia Vilela, Thaynara Macário 
 Coordenadora de iconografia Neuza Faccin
 Assistentes de iconografia Bruna Ishihara, Camila Marques, Thais Milson, 
Victoria Lopes, Wilson de Castilho
 Ilustração Jótah e Renato Arlem
 Processos editoriais e tecnologia Elza Mizue Hata Fujihara, Fernando Cardille
 Projeto gráfico e capa Departamento de Arte – IBEP
 Imagens da capa João Prudente Pires/Pulsar Imagens, Goodluz/Shutterstock
 Diagramação Bertolucci Estúdio Gráfico
Os textos e as imagens reproduzidos nesta coleção têm fins exclusivamente didáticos 
e não representam qualquer tipo de recomendação de produtos ou 
empresas por parte do(s) autor(es) ou da editora.
pnld2017_miolo_7TL_p3_U00.indd 2 5/18/15 6:12 PM
APRESENTAÇÃO
Caro aluno e cara aluna, 
Não sabemos quem vocês são, mas imaginamos que estejam 
curiosos para saber o que lhes trazem as páginas deste livro. Por 
isso adiantamos algumas respostas. Esta obra foi escrita especial-
mente para vocês que gostam de fazer descobertas por meio de 
trabalhos individuais ou em grupo e de se relacionar com as pessoas 
ao seu redor.
Para vocês que gostam de falar, de trocar ideias, de expor suas 
opiniões, impressões pessoais, de ler, de criar e escrever, foram pre-
paradas atividades que, certamente, farão com que gostem mais de 
estudar Língua Portuguesa. Estão duvidando disso? Aguardem os 
próximos capítulos e verão que estamos certos. 
Este livro traz algumas ferramentas para tornar as aulas bem mo-
vimentadas, cheias de surpresas. Vocês terão oportunidade de ler e 
interpretar textos dos mais variados gêneros: causos, mitos e lendas 
do Brasil e de outras regiões do planeta, textos teatrais, poemas, 
textos retirados de revistas e jornais, textos instrucionais, histórias 
em quadrinhos e muito mais. 
Mas não estamos rodeados apenas de textos escritos. Vivemos em 
um mundo em que a imagem, o som e a palavra falada ou escrita se 
juntam para construir atos de comunicação. Por isso, precisamos des-
vendar o sentido de todas essas linguagens que nos rodeiam para me-
lhor interagir com as pessoas e com o mundo em que vivemos. Assim, 
descobriremos os múltiplos caminhos para nos comunicar. 
Acreditem: vocês têm uma capacidade infinita e, por isso, a res-
ponsabilidade de desenvolvê-la. Pesquisem, expressem suas ideias, 
sentimentos, sensações; registrem suas vivências; construam e 
reconstruam suas histórias; sonhem, emocionem-se, divirtam-se, 
leiam por prazer; lutem por seus ideais e aprendam a defender as 
suas opiniões, oralmente e por escrito. Não sejam espectadores na 
sala de aula, mas agentes, alunos atuantes. Assim, darão mais senti-
do às atividades escolares, melhorarão seu desempenho nessa área 
e, com certeza, descobrirão a alegria de aprender.
Um abraço!
Os autores 
7TL.indb 3 5/18/15 8:38 AM
Para começo de conversa
Momento inicial de cada capítulo, que propõe uma discussão prévia sobre o gênero ou o tema a 
ser estudado.
CONhEÇA SEu livRO
Prática de leitura
Momento de ler textos verbais e não verbais e desenvolver a competência leitora.
ANTES DE LER
Momento de explorar os conhecimentos prévios dos alunos sobre determinado tema ou 
gênero, levantar hipóteses e fazer inferências.
 POR DENTRO DO TEXTO
Momento de verificar se o texto e as informações que ele apresenta foram compreendidos e 
de interpretar também aquilo que não está escrito. 
 TROCANDO IDEIAS
Momento de discutir oralmente sobre os aspectos apresentados pelo texto e de dividir com os 
colegas o que cada um compreendeu, as hipóteses e as opiniões. 
 CONFRONTANDO TEXTOS
Momento de comparar os textos já lidos ou esses textos e outros apresentados na seção. 
 TEXTO E CONSTRUÇÃO
Momento de organizar a aprendizagem sobre os textos, sua construção, forma, seus conceitos e 
sua definição. 
7TL.indb 4 5/18/15 8:38 AM
 TEXTO E CONTEXTO
Momento de ampliar a leitura e estabelecer relações entre texto e contexto.
Momento de ouvir
Momento em que o professor fará a leitura de textos para a turma.
De olho na ortografia
Momento de conhecer os aspectos ortográficos da língua e aprender a 
escrita correta das palavras.
Reflexão sobre o uso da língua
Momento de estudar e refletir sobre os aspectos gramaticais da língua escrita e oral.
 DE OLHO NO VOCABULÁRIO
Momento de conhecer os aspectos semânticos da língua e de usar o dicionário. 
 APLICANDO CONHECIMENTOS
Momento de colocar em prática aquilo que foi estudado.
 APRENDER BRINCANDO
Momento de fixar os novos conhecimentos por meio de atividades lúdicas variadas.
7TL.indb 5 5/18/15 8:38 AM
Hora da pesquisa
Momento de aprender de maneira mais autônoma por meio de pesquisas orientadas.
Atividade de criação
Momento de produzir colagens, ilustrações e pequenos textos.
Na trilha da oralidade
Momento de analisar questões próprias da língua oral.
Produção de texto \’
Momento de produzir textos orais e escritos.
7TL.indb 6 5/18/15 8:38 AM
Preparando-se para o próximo capítulo
Momento de realizar atividades que exploram o tema 
do capítulo seguinte.
iMPORTANTE SABER
Momento de organizar, ampliar e sistematizar os 
conhecimentos.
Projetos em ação
Momento de realizar um conjunto de atividades que resultam na elaboração de um produto 
final comum à turma ou a um grupo de alunos.
Momento de ler curiosidades e informações interessantessobre os gêneros ou os temas abordados no capítulo.
PARA vOCÊ QuE É CuRiOSO
Momento de conferir sugestões para ampliar as 
leituras feitas no capítulo.
leia mais
7TL.indb 7 5/18/15 8:38 AM
Capítulo 1 
COMuNiCAÇÃO EM difERENTES 
liNguAgENS ................................................................... 14
XX Para começo de conversa .................................... 14
XX Prática de leitura .................................................... 15
Texto 1 – Crônica ....................................................... 15
(Comunicação, Luis Fernando Verissimo)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 18
TEXTO E CONTEXTO ................................................... 18
TEXTO E CONSTRUÇÃO .............................................. 19
DE OLHO NO VOCABULáRIO ....................................... 20
APRENDER BRINCANDO .............................................. 21
XX Reflexão sobre o uso da língua .......................... 22
Código, língua e linguagem
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................... 23
XX Hora da pesquisa .................................................. 24
Sinais
XX Prática de leitura .................................................... 24
Texto 2 – Crônica ....................................................... 24
(A vaguidão específica, Millôr Fernandes)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 25
TEXTO E CONSTRUÇÃO .............................................. 26
TEXTO E CONTEXTO ................................................... 26
XX Reflexão sobre o uso da língua .......................... 26
Discurso, situação de comunicação e interlocutores
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................... 27
XX Prática de leitura .................................................... 30
Texto 3 – Bilhetes ...................................................... 30
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 31
TEXTO E CONTEXTO ................................................... 32
TROCANDO IDEIAS ..................................................... 32
Texto 4 – Tela ...................................................................... 32
(O grito, Edvard Munch) 
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 33
TEXTO E CONTEXTO ................................................... 33
TROCANDO IDEIAS ...................................................... 34
XX Hora da pesquisa ................................................... 34
SuMáRiO
Influência das cores
XX Atividade de criação.............................................. 34
Exposição de obras de arte
XX Prática de leitura .................................................... 35
Texto 5 – Chat ............................................................ 35
(Meninas na linha www............, Heloisa Prieto e Gilberto 
Dimenstein)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 37
XX Na trilha da oralidade ........................................... 37
Chat
XX Produção de texto .................................................. 39
Crônica
XX Leia mais .................................................................. 40
XX Preparando-se para o próximo capítulo .......... 40
Capítulo 2 
TROCANdO EMOÇÕES E iMPRESSÕES 
PESSOAiS ........................................................................... 41
XX Para começo de conversa .................................... 41
XX Prática de leitura .................................................... 41
Texto 1 – História em quadrinhos ............................ 41
(Persépolis 2, Marjane Satrapi)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 43
TROCANDO IDEIAS ...................................................... 43
XX Prática de leitura .................................................... 43
Texto 2 – Romance (fragmento) ............................... 43
(A nuvem, Gudrun Pausewang)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 46
TEXTO E CONSTRUÇÃO .............................................. 47
DE OLHO NO VOCABULáRIO ....................................... 48
XX Reflexão sobre o uso da língua .......................... 49
Advérbio e locução adverbial
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................... 51
XX Prática de leitura .................................................... 52
Texto 3 – Carta pessoal ............................................. 52
(Foi! Não foi! Foi!, Luzia Lacerda)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 53
TEXTO E CONSTRUÇÃO .............................................. 54
13
uNidAdE 1
ligAdO NA ERA dA COMuNiCAÇÃO
7TL.indb 8 5/18/15 8:38 AM
Capítulo 1 
TROCANdO PASSES ..................................................... 72
XX Para começo de conversa .................................... 72
XX Prática de leitura .................................................... 73
Texto 1 – Notícia ........................................................ 73
(Troca de figurinhas do álbum da Copa vira febre em 
Curitiba, Ana Ehlert)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 74
TEXTO E CONTEXTO ................................................... 75
TEXTO E CONSTRUÇÃO .............................................. 75
XX Prática de leitura .................................................... 76
Texto 2 – Notícia ........................................................ 76
(Um exemplo de civilidade: japoneses voltam a recolher seu 
lixo após partida, Chandy Teixeira e Jocaff Souza)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 77
XX Prática de leitura .................................................... 78
Texto 3 – Artigo de opinião ....................................... 78
(Não somos macacos, Breiller Pires)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 80
TEXTO E CONSTRUÇÃO .............................................. 80
TROCANDO IDEIAS ...................................................... 81
XX Reflexão sobre o uso da língua .......................... 81
Pronome indefinido
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................... 82
XX Prática de leitura .................................................... 83
Texto 4 – Narração de jogo de futebol ..................... 83
(Hoje “um leão morre e o outro vive” em busca do caneco do 
Brasileirão, Éder Luiz)
XX Na trilha da oralidade ........................................... 84
Narração de jogo de futebol
APRENDER BRINCANDO .......................................... 85
XX Prática de leitura .................................................... 87
Texto 5 – Conto (fragmento) ..................................... 87
(Corinthians (2) × Palestra (1), Antônio de Alcântara Machado)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 88
TEXTO E CONTEXTO ................................................... 88
CONFRONTANDO TEXTOS .......................................... 90
XX Reflexão sobre o uso da língua .......................... 91
Modos verbais: indicativo, imperativo e subjuntivo
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................... 93
XX Prática de leitura .................................................... 94
Texto 6 – Poema ........................................................ 94
(Fla-Flu, Max Nunes)
CONFRONTANDO TEXTOS .......................................... 94
XX Produção de texto .................................................. 95
Notícia
XX Hora da pesquisa ................................................... 96
História de um esporte
XX Leia mais .................................................................. 96
XX Preparando-se para o próximo capítulo .......... 96
Capítulo 2 
A iMAgiNAÇÃO EM CENA ........................................ 97
XX Para começo de conversa ....................................97
XX Prática de leitura .................................................... 98
71
uNidAdE 2
ENTRETENiMENTO É COiSA SÉRiA
XX Na trilha da oralidade ........................................... 56
Marcas da oralidade
XX Prática de leitura .................................................... 57
Texto 4 – Carta pessoal ............................................. 57
(Ana e Pedro: cartas, Vivina de Assis Viana e Ronald Claver)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 58
TROCANDO IDEIAS ...................................................... 59
XX Prática de leitura .................................................... 60
Texto 5 – Diário .......................................................... 60
(O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra, 
Zlata Filipović) 
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 61
TEXTO E CONSTRUÇÃO .............................................. 62
TEXTO E CONTEXTO ................................................... 62
XX Reflexão sobre o uso da língua .......................... 63
Usos do verbo
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................... 66
XX Produção de texto .................................................. 67
Carta
XX Atividade de criação.............................................. 68
Painel com recortes e colagens
XX Projetos em ação ................................................... 69
Campanha pela paz
XX Leia mais .................................................................. 70
XX Preparando-se para o próximo capítulo .......... 70
7TL.indb 9 5/18/15 8:38 AM
Capítulo 1 
O lugAR dO livRO EM MiNhA vidA ........... 124
XX Para começo de conversa .................................. 124
XX Prática de leitura .................................................. 125
Texto 1 – Depoimento ............................................. 125
(A troca, Lygia Bojunga Nunes)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 126
TROCANDO IDEIAS .................................................... 126
TEXTO E CONTEXTO ................................................. 127
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 127
Estrutura das palavras
APLICANDO CONHECIMENTOS ............................ 129
XX Prática de leitura .................................................. 129
Texto 2 – Fotografias ............................................... 129
(Fotos 1 e 2)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 130
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 130
Coesão e coerência
XX Hora da pesquisa ................................................. 132
Livro impresso e digital
XX Prática de leitura .................................................. 134
Texto 3 – Conto maravilhoso .................................. 134
(Os dois pequenos e a bruxa, Consiglieri Pedroso)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 135
TEXTO E CONSTRUÇÃO ............................................ 136
TROCANDO IDEIAS .................................................... 137
TEXTO E CONTEXTO ................................................. 137
XX Prática de leitura .................................................. 139
Texto 4 – Capa de livro ............................................ 139
(Os mais belos contos de Perrault, Charles Perrault)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 140
XX Prática de leitura .................................................. 140
Texto 5 – Resenha.................................................... 140
(Resenha: Livro das mil e uma noites – volume 1 – 
ramo sírio, Juliana Magalhães)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 141
TROCANDO IDEIAS .................................................... 142
XX Na trilha da oralidade ......................................... 143
Júri simulado
XX De olho na ortografia .......................................... 144
S com som de z
APRENDER BRINCANDO ............................................ 144
XX Prática de leitura .................................................. 145
123
uNidAdE 3
lER É uMA viAgEM 
Texto 1 – Texto dramático ......................................... 98
(A fuga, Maria Clara Machado)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 101
TROCANDO IDEIAS .................................................... 101
TEXTO E CONSTRUÇÃO ............................................ 102
XX Na trilha da oralidade ......................................... 102
Marcas de oralidade no texto dramático
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 104
Preposição
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 105
XX Momento de ouvir ............................................... 109
XX Prática de leitura .................................................. 109
Texto 2 – Trabalho escolar ....................................... 109
(Os saltimbancos, Clara Sales)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 110
TEXTO E CONTEXTO .................................................. 111
XX Prática de leitura ................................................... 111
Texto 3 – Sinopse ..................................................... 111
(Os saltimbancos, O Imparcial)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 112
TEXTO E CONTEXTO ................................................. 112
TEXTO E CONSTRUÇÃO ............................................ 112
TROCANDO IDEIAS .................................................... 112
XX Reflexão sobre o uso da língua ......................... 113
Discurso direto e discurso indireto
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 114
XX Prática de leitura ................................................... 115
Texto 4 – Auto de Natal (fragmento) ....................... 115
(Fantasma de camarim, Sylvia Orthof)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 116
TEXTO E CONTEXTO ................................................. 119
XX Produção de texto ................................................ 120
Texto dramático
XX Projetos em ação ................................................. 121
“Arte em família”
XX Leia mais ................................................................ 122
XX Preparando-se para o próximo capítulo ........ 122
7TL.indb 10 5/18/15 8:38 AM
Capítulo 1 
hiSTÓRiAS PARA fAZER PENSAR E hiSTÓRiAS 
dE ARREPiAR... ............................................................. 176
XX Para começo de conversa ................................. 176
XX Prática de leitura .................................................. 177
Texto 1 – Narrativa de enigma ............................... 177
(A liga dos cabeças vermelhas, Arthur Conan Doyle) 
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 179
TEXTO E CONSTRUÇÃO ............................................ 179
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 180
Frase e oração
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 181
XX Prática de leitura .................................................. 181
Texto 2 – Narrativa de enigma ............................... 181
(O pé do diabo, Arthur Conan Doyle)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 183
175
uNidAdE 4
fiCÇÃO E REAlidAdE
Texto 6 – Paródia de conto maravilhoso ............... 145
(Senhorita Vermelho, Pedro Bandeira)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 146
TROCANDO IDEIAS .................................................... 147
XX Momento de ouvir ............................................... 147
XX Produção de texto ................................................ 147
Conto
XX Leia mais ................................................................ 149
XX Preparando-se para o próximocapítulo ........ 149
Capítulo 2 
guERREiROS, MiTOS E hERÓiS ........................... 150
XX Para começo de conversa .................................. 150
XX Prática de leitura .................................................. 151
Texto 1 – Letra de canção ....................................... 151
(João e Maria, Sivuca e Chico Buarque) 
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 152
XX Atividade de criação............................................ 152
Ilustração de letra de canção
XX Prática de leitura .................................................. 152
Texto 2 – Mito .......................................................... 152
(A Guerra de Troia, Ruth Rocha)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 154
TEXTO E CONSTRUÇÃO ............................................ 154
TROCANDO IDEIAS .................................................... 157
XX Prática de leitura .................................................. 157
Texto 3 – Lenda ........................................................ 157
(A história de Chico Rei, Theobaldo Miranda Santos)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 158
TROCANDO IDEIAS .................................................... 159
TEXTO E CONTEXTO ................................................. 160
TROCANDO IDEIAS .................................................... 160
XX Hora da pesquisa ................................................. 160
Mural de verbetes ilustrados
XX Momento de ouvir ............................................... 161
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 161
Classes gramaticais (revisão)
XX Prática de leitura .................................................. 163
Texto 4 – Romance (fragmento) ............................. 163
(O leão, a feiticeira e o guarda-roupa, C. S. Lewis)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 165
TEXTO E CONSTRUÇÃO ............................................ 165
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 167
Verbos de elocução
DE OLHO NO VOCABULáRIO ..................................... 169
XX De olho na ortografia .......................................... 169 
Acento diferencial
XX Prática de leitura .................................................. 170
Texto 5 – Texto informativo ..................................... 170
(Quais foram os doze trabalhos de Hércules?, Mundo estranho)
XX Produção de texto ................................................ 172
O 13o trabalho de Hércules
XX Projetos em ação ................................................. 173
Incentivo à leitura 
“Ver e escrever”
XX Leia mais ................................................................ 174
XX Preparando-se para o próximo capítulo ........ 174
7TL.indb 11 5/18/15 8:38 AM
XX Apêndice .......................................................................................................................................................... 221
XX Glossário .......................................................................................................................................................... 250
XX Indicações de leituras complementares .................................................................................................. 252
TEXTO E CONSTRUÇÃO ............................................ 184
XX Atividade de criação............................................ 185
Descrição
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 185
Sujeito e predicado
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 186
XX Na trilha da oralidade ......................................... 187
Audiolivro
XX Prática de leitura .................................................. 189
Texto 3 – Narrativa de terror ................................... 189
(O gato preto, Edgar Allan Poe)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 191
TEXTO E CONSTRUÇÃO ............................................ 192
TEXTO E CONTEXTO ................................................. 192
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 193
Uso da vírgula
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 194
XX Produção de texto ................................................ 194
História em quadrinhos
XX Leia mais ................................................................ 196
XX Preparando-se para o próximo capítulo ........ 196
Capítulo 2 
lER PARA iNfORMAR-SE ......................................... 197
XX Para começo de conversa ................................. 197
XX Prática de leitura .................................................. 198
Texto 1 – Cartaz de campanha................................ 198
(Quem emprega crianças mata a infância, Ministério do 
Trabalho, RS)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 198
TROCANDO IDEIAS .................................................... 199
TEXTO E CONTEXTO ................................................. 199
XX Prática de leitura .................................................. 199
Texto 2 – Fotografias ............................................... 199
(Fotos 1, 2, 3, 4 e 5)
TEXTO E CONTEXTO ................................................. 200
XX Prática de leitura .................................................. 203
Texto 3 – Primeira página de jornal ....................... 203
(O Globo, 15 fev. 2015)
TEXTO E CONSTRUÇÃO ............................................ 204
XX Atividade de criação............................................ 204
Partes de um jornal
XX Prática de leitura .................................................. 206
Texto 4 – Notícia ...................................................... 206
(MPT faz campanha no Carnaval contra o trabalho infantil, 
Cristina Indio do Brasil)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 206
XX Prática de leitura .................................................. 208
Texto 5 – Reportagem ............................................. 208
(Reduto de difamação na web, Secret faz vítimas 
em Londrina, Tatiane Salvático)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 209
TEXTO E CONSTRUÇÃO ............................................ 210
TROCANDO IDEIAS .................................................... 211
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 211
Tipos de sujeito
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 214
XX De olho na ortografia .......................................... 216
Sons do x
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 216
APRENDER BRINCANDO ............................................ 217
XX Na trilha da oralidade ......................................... 217
Telejornal
XX Produção de texto ................................................ 218
Reportagem
XX Projetos em ação ................................................. 220
Jornal escolar
7TL.indb 12 5/18/15 8:38 AM
Unidade
Nesta unidade, você vai pensar sobre as diferentes formas de 
comunicação humana e suas características. Olhe ao seu redor: 
as cores, os sinais de trânsito, as obras de arte. Tudo isso comu-
nica algo. 
Imagine-se encontrando um manuscrito de uma civilização per-
dida ou tendo de transmitir uma mensagem a um amigo. O que 
você faria? Essa é uma das propostas do Capítulo 1. 
No Capítulo 2, você vai conhecer outros modos de se comuni-
car, revelando impressões pessoais a respeito de situações-limi-
te, como a guerra e a pobreza vividas por crianças e adolescentes. 
Quais são os sentimentos das pessoas que estão em meio a es-
ses conflitos? 
Você vai ler, dentre diferentes gêneros de texto, O diário de 
Zlata, uma adolescente que viveu a dor da guerra e nos conta o 
que é ver seu país destruído por esse tipo de conflito. 
Ainda no Capítulo 2, você analisará osdiferentes usos das 
formas verbais do pretérito, conhecerá o que são metáforas e 
expressões adverbiais, a fim de utilizar esses recursos nas suas 
próprias produções e entender melhor um texto. 
Prepare-se, pois, nas próximas páginas, você e seus colegas 
serão convidados a refletir a respeito da violência e a participar de 
uma campanha em defesa da paz.
1
LIGADO NA ERA DA 
COMUNICAÇÃO
13
7TL.indb 13 5/18/15 8:38 AM
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lo1 COMUNICAÇÃO EM DIFERENTES LINGUAGENS
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 1. Observe a imagem a seguir e responda às questões propostas. 
a) A imagem que você observou representa um touro e foi pintada na Pré-História. Formule sua 
hipótese: Por que o animal aparece pintado na parede da caverna? 
b) O que ela permite supor sobre o modo como os seres humanos pré-históricos se comunicavam? 
 2. Com o passar do tempo, o ser humano desenvolveu o alfabeto para a comunicação escrita. Será 
que o alfabeto sempre foi do mesmo jeito que o conhecemos hoje? Formule sua hipótese. 
Resposta possível: Porque provavelmente era um animal importante para o ser humano pré-histórico. 
Resposta pessoal. Professor, espera-se que os alunos reconheçam o papel das imagens na comunicação e no registro da vida dos seres humanos pré-históricos. 
Professor, espera-se que o aluno suponha mudanças. O objetivo desta atividade é levantar os conhecimentos prévios dos alunos com relação aos primórdios da 
escrita e sua evolução com o passar do tempo.
Pintura rupestre no complexo de cavernas de Lascaux, França, datada de c. 17 000 anos atrás.
Para começo de conversa
14
7TL.indb 14 5/18/15 8:38 AM
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 3. Faça uma pesquisa sobre a história do desenvolvimento do alfabeto. Em seguida, verifique se a 
hipótese que você formulou na questão anterior foi confirmada. 
 4. Não existe apenas um alfabeto no mundo. Você conhece algum dos alfabetos registrados nas 
imagens a seguir? Qual? Respostas pessoais. 
importante que a busca seja realizada em sites confiáveis. Estimule os alunos a compartilhar suas descobertas com os colegas. No Manual do Professor (de agora em 
diante, referido apenas como Manual), há um quadro com a representação de alguns alfabetos desenvolvidos ao longo da história. 
 5. Em sua opinião, podemos dizer que o alfabeto contribuiu para a comunicação humana? Por quê?
 6. Conhecer a língua é suficiente para estabelecermos uma boa comunicação? Comente. 
Professor, espera-se que o aluno responda que sim, pois o alfabeto permitiu um registro mais aprimorado e econômico dos sons da língua.
Sugestão: Não, pois é preciso também saber usá-la nas diversas situações de comunicação, adequando-a ao contexto, ao momento.
Alfabeto russo (cirílico) minúsculo. 
Alfabeto grego minúsculo. 
Resposta pessoal. Professor, a pesquisa pode ser realizada em duplas ou em pequenos grupos. Oriente os alunos na seleção das fontes de pesquisa. Eles podem 
encontrar esse tipo de informação em livros de histó-
ria, almanaques ou na internet. Nesse último caso, é 
Texto 1 – Crônica 
Prática de leitura
1. Você já se esqueceu de uma palavra importante durante uma conversa? Como você reagiu? 
2. Como você agiria se estivesse no papel do interlocutor de alguém que passa por uma situa-
ção como essa? 
3. Como as pessoas costumam agir quando se deparam com uma dificuldade na comunicação? 
 Leia o próximo texto para saber o que aconteceu em uma inesperada situação de comunicação.
Resposta pessoal. 
Resposta pessoal. 
Resposta possível: Das mais diversas maneiras. Algumas ficam nervosas, outras riem, outras rapidamente solucionam o problema, algumas se sentem constran-
gidas, outras demoram, pensam, gesticulam etc. 
ANTES DE LER
Caracteres do alfabeto japonês (hiragana).
Alfabeto coreano caligráfico (hangul).
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É importante saber o nome das coisas. Ou pelo menos saber comunicar o que você quer. Ima-
gine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome? 
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?” 
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...” 
“Pois não?” 
“Um... como é mesmo o nome?” 
“Sim?” 
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo. É uma coisa sim-
ples, conhecidíssima.” 
“Sim, senhor.” 
“O senhor vai dar risada quando souber.” 
“Sim, senhor.” 
“Olha, é pontuda, certo?” 
“O quê, cavalheiro?” 
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, 
entende? Depois vem assim, assim, faz uma 
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta 
tem uma espécie de encaixe, entende? Na pon-
ta tem outra volta, só que esta é mais fechada. 
E tem um, um... Uma espécie de, como é que se 
diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra 
ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, 
entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontu-
da que fecha. Entende?” 
“Infelizmente, cavalheiro...” 
“Ora, você sabe do que eu estou falando.” 
“Estou me esforçando, mas...” 
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. 
Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.” 
“Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa ponta. Posso não saber o 
nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero.” 
“Sim, senhor. Pontudo numa ponta.” 
“Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem?” 
“Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la outra vez. Quem sabe o 
senhor desenha para nós?” 
“Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da chaminé. Sou uma negação em 
desenho.” 
“Sinto muito.” 
“Não precisa sentir. Sou técnico em contabilidade, estou muito bem de vida. Não sou um débil 
mental. Não sei desenhar, só isso. E hoje, por acaso, me esqueci do nome desse raio. Mas fora isso, 
tudo bem. O desenho não me faz falta. Lido com números. Tenho algum problema com os números 
mais complicados, claro. O oito, por exemplo. Tenho que fazer um rascunho antes. Mas não sou um 
débil mental, como você está pensando.” 
Comunicação 
Jó
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h
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7TL.indb 16 5/18/15 8:38 AM
“Eu não estou pensando nada, cavalheiro.” 
“Chame o gerente.” 
“Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de que chegaremos a um acordo. Essa coisa que o 
senhor quer é feita do quê?”
“É de, sei lá. De metal.” 
“Muito bem. De metal. Ela se move?” 
“Bem... É mais assim. Presta atenção nas minhas mãos. É assim, assim, dobra aqui e encaixa na 
ponta, assim.” 
“Tem mais de uma peça? Já vem montado?” 
“É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço.” 
“Francamente...” 
“Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta aqui, vem vindo, vem vindo, 
outra volta e clique, encaixa.”
“Ah, tem clique. É elétrico.” 
“Não! Clique, que eu digo, é o barulho de encaixar.” 
“Já sei!” 
“Ótimo!” 
“O senhor quer uma antena externa de televisão.” 
“Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo...” 
“Tentemos por outro lado. Para o que serve?” 
“Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda que prende. Você enfia a ponta pontuda 
por aqui, encaixa a ponta no sulco e prende as duas partes de uma coisa.” 
“Certo. Esse instrumento que o senhor procura funciona mais como um gigantesco alfinete de 
segurança e...” 
“Mas é isso! É isso! Um alfinete de segurança!” 
“Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, cavalheiro!” 
“É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um... um... Como é mesmo o nome?” 
Verissimo, Luis Fernando. Amor brasileiro. rio de Janeiro: José olympio, 1977. 
Jó
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7TL.indb 17 5/18/15 8:38 AM
“Um sulco onde encaixa a outra ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica 
fechado. É isso.” 
“Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la outra vez.” 
“Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da chaminé. Sou 
uma negação em desenho.” 
“Sinto muito.” 
 POR DENTRO DO TEXTO
 1. O texto o surpreendeu? Por quê? Resposta pessoal.
 2. Que personagensestão envolvidas na situação de comunicação apresentada no texto? 
 3. Por que o homem que deseja comprar o objeto tem dificuldades para realizar a compra? 
 4. Diante da dificuldade em se lembrar da palavra, o comprador tenta uma alternativa para conseguir 
transmitir sua mensagem. Indique como ele procede e transcreva um trecho do texto que com-
prove sua resposta. 
 5. Como o vendedor procura ajudar seu interlocutor? 
 6. Por que o comprador não aceita a sugestão? 
 7. Nessa situação de comunicação, qual das personagens usa uma linguagem mais informal: o ven-
dedor ou o comprador? Por que você acha que isso acontece? 
 8. Leia os trechos a seguir, observando as palavras em destaque. 
Um vendedor e um comprador. 
Porque ele não se lembra do nome daquilo que quer comprar. 
O comprador descreve o objeto. Um trecho que comprova essa resposta é: “Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? 
Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende?”.
O vendedor sugere que o comprador desenhe o que deseja comprar. 
O comprador. O vendedor, por estar em uma situação profissional, é mais polido e objetivo; já o comprador encontra-se em uma situação de ansiedade e fala de uma 
maneira espontânea, revelando seu estado emocional. 
• Responda: Por que nesses trechos são usados tantos artigos ao mesmo tempo? 
 9. Encontre no texto e anote no caderno outras palavras que as personagens usaram por não conse-
guirem nomear o alfinete de segurança. 
• Essas palavras conseguiram definir o objeto? Por quê? 
Porque quem fala não sabe exatamente se a palavra que nomeia o objeto é masculina ou feminina; então, enquanto faz tentativas de acertar o nome do objeto, 
acaba empregando tanto o artigo masculino quanto o feminino. 
As palavras “isso”, “coisa”, “raio”, “negócio” e “instrumento”. 
Não, porque têm significado muito amplo, genérico. 
 TEXTO E CONTEXTO
 Leia o trecho a seguir: 
 1. A expressão ”sinto muito”, usada pelo vendedor, pode ter mais de um significado no contexto (ou 
situação de comunicação) em que foi empregada. Explique os sentidos possíveis. 
 2. Como o comprador entendeu essa expressão? 
 3. Você considera que o uso dessa expressão pelo vendedor foi adequado? Por quê? 
 4. Se você fosse o vendedor, o que diria no lugar da expressão “sinto muito” para que ela fosse in-
terpretada sem parecer uma ofensa ao comprador? 
Espera-se do aluno uma resposta que não gere ambiguidade. Resposta possível: “Infelizmente, ainda não consegui compreender de que objeto se trata.”. 
Espera-se que o aluno perceba que a expressão é ambígua (tem duplo sentido), pois serve tanto para se referir ao fato de o vendedor não conseguir atender ao comprador
 quanto ao fato de o comprador não saber desenhar. 
Ele entendeu que o vendedor lamentava o fato de ele não saber desenhar. 
O aluno poderá responder que não, pois o uso da expressão possibilitou ao comprador uma interpretação negativa da fala do vendedor, por isso é que o primeiro fica irritado. 
Ele alega não saber desenhar.
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 TEXTO E CONSTRUÇÃO
 1. Os itens a seguir referem-se a características do gênero crônica. Indique se elas aparecem no 
texto “Comunicação” e justifique sua resposta, retomando os elementos do texto. 
a) Trata-se de um texto que narra um fato do cotidiano, do dia a dia. 
b) Há o uso de linguagem informal. 
c) O texto tem a intenção de divertir. 
d) O texto tem a intenção de fazer o leitor refletir. 
Sim, pois o texto trata de uma situação cotidia na: fazer compras, não se lembrar do nome de alguma coisa, passar por situações em que a comunicação não acontece 
de maneira desejável, efetiva. 
Sim, tanto o narrador quanto a personagem que quer comprar o objeto usam a linguagem coloquial. 
Sim. Ao mesmo tempo em que faz rir, a crônica nos leva a refletir a respeito dos 
problemas de comunicação vivenciados pelas pessoas no dia a dia. 
Sim. O texto provoca humor pelo fato de vendedor e comprador não se entenderem e pelas inúmeras tentativas de descrição do objeto. Além disso, o efeito surpresa 
no final do texto completa essa intenção do autor: o vendedor descobre o nome do objeto sem querer e o comprador esquece novamente o nome “alfinete”. Professor, 
lembre a seus alunos que nem todas as crônicas produzem humor, mas muitas são 
escritas para divertir o leitor. 
A crônica é um gênero textual de narrativa breve, geralmente produzida para ser publicada em 
jornais ou revistas. Refere-se a assuntos do cotidiano, apresenta linguagem coloquial e, às vezes, 
mistura os níveis de linguagem formal e informal. Muitas crônicas se estruturam em forma de diá-
logo, total ou parcialmente, o que produz no texto um efeito de atualidade e dinamismo. 
Uma das características desse gênero textual é levar o leitor a refletir sobre um fato ou situação 
do cotidiano. Para isso, pode ou não utilizar o humor como recurso expressivo na construção de 
sentido do texto. 
Alguns autores consideram a crônica como um gênero que navega entre o literário e o não literá-
rio. Outros afirmam que é muito difícil definir crônica, já que ela pode se alterar com o tempo ou 
conforme as intenções de quem a produz. 
IMPORTANTE SABER
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Índice da crônica 
“A viagem do 
Peregrino da 
Alvorada”, retirada 
de: LewIs, C. s. As 
crônicas de Nárnia. 
são Paulo: Martins 
Fontes, 2004. 
 2. Há algumas obras literárias intituladas “crônicas” que apresentam características diferentes da-
quelas encontradas nos textos breves, publicados em jornais e revistas, que narram assuntos do 
cotidiano. Observe a capa do livro As crônicas de Nárnia e o sumário de uma das crônicas. 
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“Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta aqui, vem 
vindo, vem vindo, outra volta e clique, encaixa.” 
“Ah, tem clique. É elétrico.”
a) Qual das acepções do dicionário corresponde à obra As crônicas de Nárnia? Por quê? 
b) E o texto “Comunicação”, a qual acepção do dicionário corresponde? Por quê? 
 4. Podemos considerar As crônicas de Nárnia como um exemplo de crônica jornalística? Explique. 
A acepção 6, pois define crônica como uma narrativa em prosa que tem personagens e acontecimentos grandiosos. A palavra “romance”, utilizada para 
definir a crônica, se refere a um texto longo, que geralmente possui divisão em capítulos. Essas são características de As crônicas de Nárnia. 
Não, pois ela não traz assuntos do cotidiano, não foi feita para ser publicada em um jornal e também não é uma narrativa breve. 
Professor, dada a diversidade de possibilidades de estruturar uma crônica, sugerimos que, com base nas definições apresentadas pelo Dicionário Houaiss, você 
aprofunde com os alunos a discussão sobre esse gênero.
 DE OLHO NO VOCABULÁRIO
 1. Releia o trecho a seguir:
Na primeira vez que aparece é uma onomatopeia; na segunda, é substantivo. 
crônica 
■ substantivo feminino 
1 Rubrica: história. 
compilação de fatos históricos apresentados segundo a ordem de sucessão no 
tempo [Originalmente a crônica limitava-se a relatos verídicos e nobres; a partir 
do século XIX passou a refletir também a vida social, a política, os costumes, o 
cotidiano etc.] [...]
5 Rubrica: literatura. 
texto literário breve, frequentemente narrativo, de trama quase sempre pouco 
definida e motivos geralmente extraídos do cotidiano imediato
6 Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: literatura. 
prosa ficcional, relato com personagens e circunstâncias alentadas, evoluindo 
com o tempo; romance
instituto Antônio Houaiss. Dicionário eletrônico 
Houaiss da língua portuguesa. rio de Janeiro: objetiva, 2009. 
a) Observe a divisão em capítulos apresentada no índice da crônica “A viagem do Peregrino da 
Alvorada” e responda: Os assuntos destacados no índice estão relacionados a acontecimentos 
que costumam ser vividos por nós no dia a dia? Justifique seu ponto de vista com basenos 
exemplos do texto. 
b) É possível dizer que a crônica “A viagem do Peregrino da Alvorada” é uma narrativa breve? 
Como você chegou a essa conclusão? 
 3. Leia algumas definições que o Dicionário eletrônico Houaiss apresenta para “crônica”. 
Espera-se que os alunos percebam que não. Os títulos dos capítulos servem como exemplo. “O livro 
mágico”, “As aventuras de Eustáquio”, “As maravilhas do Mar Derradeiro” etc. Professor, os títulos dos 
capítulos remetem às características do conto maravilhoso (conto de fadas) e às narrativas de aventura. 
Não. A história é dividida em vários capítulos e tem muitas páginas (mais de 508). Isso pode ser 
comprovado com a leitura do índice, que contém o nome dos capítulos e a indicação da página 
de início de cada um deles. 
À acepção 5, pois é uma narrativa breve que apresenta um assunto relacionado ao cotidiano. 
a) No caderno, copie do trecho uma palavra que apresenta duplo sentido, ou seja, que pode ser 
compreendida de duas maneiras diferentes. 
b) Explique por que escolheu essa palavra e indique a que classe gramatical ela pertence. 
A palavra é “clique”, que pode se referir ou a um objeto elétrico (representa o som de liga e desliga), ou ao barulho de encaixar. 
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7TL.indb 20 5/18/15 8:38 AM
“Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, cavalheiro!” 
 2. Releia a afirmação do vendedor, no final do texto: 
• Você concorda com o vendedor? Explique sua resposta. 
 3. Procure no dicionário e copie em seu caderno a explicação para o sentido da palavra “sulco”. 
a) Essa palavra lhe parece adequada para descrever o alfinete? Por quê? 
b) Que outra palavra poderia ser usada no lugar de “sulco”? 
 4. Para descrever ou se referir ao objeto, o comprador emprega as palavras a seguir: 
 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 
fecha 
encaixa 
move 
dobra 
prende
ponta 
encaixe
sulco
simples 
conhecidíssima 
pontuda 
de metal 
inteiriço
a) A que classe gramatical pertencem as palavras de cada grupo? 
b) Por que elas foram importantes para a descrição do alfinete de segurança? 
Sulco: fenda; fresta; depressão deixada na terra pelo arado, marca mais estreita que comprida e mais ou menos profunda em um material, traço profundo ou 
depressão na pele.
Grupo 1: verbos; grupo 2: substantivos; 
grupo 3: adjetivos e uma locução adjetiva (de metal). 
Porque elas indicam, na descrição: ações relacionadas às funções do objeto, grupo 1; um elemento que faz parte do objeto (tem um sulco) e aquilo que ele 
contém (ponta, encaixe), grupo 2; como é o objeto, as suas características; grupo 3.
Professor, não há dados no texto que confirmem isso, mas o aluno pode alegar que, enquanto descrevia o objeto, o comprador fazia gestos muito amplos, 
pois, ao final, ele concorda com o vendedor: “É que eu sou meio expansivo.”.
Espera-se que o aluno perceba 
que não é adequada, porque se refere a algo de grande profundidade, o que não corresponde à característica de um objeto tão pequeno como um alfinete. 
“Orifício”, “pequeno buraco”. 
 TROCANDO IDEIAS APRENDER BRINCANDO
O texto 1 apresentou uma situação do cotidiano relacionada à comunicação verbal. Mas nós sabemos 
que podemos nos comunicar não apenas por meio da língua. Para comprovar isso, participe deste jogo: 
•	 Conforme orientação do professor, dez alunos escrevem, em segredo, o nome de uma profissão 
em um pedaço de papel, dobram o papel e o entregam ao professor. 
•	 Dois alunos são convidados a escolher um dos papéis e fazer uma mímica referente à profissão 
indicada. Eles podem compor uma cena e atuar em conjunto, mas não podem falar, escrever nem 
apontar objetos. 
•	 Os outros colegas da turma devem tentar adivinhar o significado dos gestos. É importante organi-
zar o jogo de maneira que quem achar que já sabe a resposta levante a mão para falar. 
•	 Depois de descoberta a profissão representada, uma nova dupla se apresenta. O processo é re-
petido até que os papéis acabem. 
Com seus colegas e o professor, avaliem a atividade.
Para isso, respondam às questões a seguir:
 1. O que você aprendeu com essa atividade? 
 2. Que tipos de recursos foram empregados para transmitir a mensagem aos colegas? 
 3. Você acha que foi fácil para os alunos descobrir o significado da profissão escolhida pelo grupo? 
Por quê? 
Professor, caso queira continuar a brincadeira, solicite aos alunos que 
preparem mais papéis contendo temas escolhi dos pela turma para a 
realização de novas mímicas. Uma outra ideia é a representação por desenho. 
É interessante falar com os alunos que essa brincadeira envolve algumas 
das principais habilidades estudadas em Língua Portuguesa: ler, interpretar, 
escrever, falar. Também é importante relacionar a brincadeira com o conteúdo 
estudado neste capítulo: recursos usados para comunicar, emprego de 
linguagem verbal e não verbal, interação, situação de comunicação. 
Respostas pessoais.
21
7TL.indb 21 5/18/15 8:38 AM
Código, língua e linguagem 
 1. Observe as imagens a seguir e identifique o que cada uma quer comunicar: 
Professor, esta imagem faz parte do código de trânsito 
de diversos países, como Portugal e Tailândia, e significa 
“Proibido estacionar”. 
 3. Compare as imagens das atividades 1 e 2. 
a) Por que foi possível entender as imagens da atividade 1? 
b) O que seria preciso para que a imagem da atividade 2 tivesse sentido para você? 
 4. Leia esta tirinha: 
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Folha de S.Paulo, São Paulo, 18 jul. 2005. 
 2. Agora, observe esta outra imagem. Você é capaz de responder o que ela significa? 
Só foi possível entender as imagens porque já havia um conhe-
cimento anterior do seu significado. Professor, é importante res-
saltar que essas informações só são carregadas de sentido por-
que são compartilhadas pelo grupo social do qual fazemos parte. 
Saber que essa imagem faz parte de determinado código e conhecer seu significado. 
a) Nesse caso, por que não foi possível que o garoto lesse a mensagem do bilhete? 
b) O que seria preciso para que o rato conseguisse se comunicar com o garoto? 
Porque o rato não compartilhava o mesmo conhecimento, já que não sabia escrever. 
Seria preciso que o rato soubesse escrever ou utilizasse um outro modo de se comunicar conhecido pelo garoto. 
Reflexão sobre o uso da língua
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Resposta pessoal. Espera-se que o aluno identifique que o polegar levantado indica o sinal de positivo; que a caveira no frasco indica substância tóxica, veneno; 
que a cor vermelha no sinal de trânsito indica “pare”, e que o dedo indicador em frente aos lábios indica um pedido de silêncio.
22
7TL.indb 22 5/18/15 8:38 AM
Há milhares de anos o ser humano tenta registrar seus pensamentos, sentimentos e aspectos da vi-
da. Inicialmente por meio de imagens, a humanidade, ao longo de sua história, criou outras lingua-
gens gráficas, números, ideogramas, letras, permitindo maior comunicação, ou seja, criou códigos. 
Para que possamos nos comunicar com alguém, é preciso que os códigos utilizados sejam compar-
tilhados pelos indivíduos que participam dos atos de comunicação. Podemos citar, como exemplo, o 
código de trânsito, que permite ao motorista e aos pedestres estabelecerem uma comunicação. 
A língua também é um código, pois é um conhecimento partilhado que permite a comunicação 
entre os indivíduos de um grupo social. Cada língua se organiza de acordo com hábitos e tradições 
de determinado grupo, refletindo sua cultura. 
Podemos dividir as formas de comunicação em dois grandes grupos, de acordo com o código que utilizam: 
 • Linguagem verbal – quando o ser humano utiliza a palavra para se comunicar. A palavra, também 
chamada de signo linguístico, pode ser observada em situações de comunicação falada ou escrita. 
 • Linguagem não verbal – quando o ser humano se comunicacom gestos, expressões fisio­
nômicas, imagens, sinais etc.
IMPORTANTE SABER
 APLICANDO CONHECIMENTOS
 1. Observe as situações de comunicação a seguir, identifique se a linguagem utilizada é verbal ou não 
verbal e qual é a mensagem comunicada. Ambas fazem uso da linguagem não verbal. As mensagens comunicadas são: proibido 
pescar e vaga para deficiente físico.
 2. O que foi preciso para que você compreendesse as imagens da atividade anterior? 
 3. Leia estes quadrinhos: 
Reconhecer e interpretar a linguagem não verbal utilizada.
a) De acordo com a histó-
ria, qual era a intenção de 
Suriá ao ensinar o carro sel-
vagem a escrever? 
b) Depois de ensinar a lingua-
gem verbal ao carro, Suriá 
conseguiu se comunicar 
com ele? Justifique. 
3. a) Suriá queria que o carro representasse na escrita, ou 
seja, por meio da linguagem verbal, o que ele expressava 
por meio dos sons de buzina, uma linguagem não verbal. 
Não, porque o carro expressou por escrito 
apenas o som da buzina, escrevendo uma 
onomatopeia. 
LAERTE. Suriá. Folha de S.Paulo, São Paulo, 28 maio 2005. 
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23
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Trata-se de prosa. O texto é formado por linhas 
contínuas e está organizado em parágrafos. 
Não é possível, pois todo o texto é formado pelas falas diretas das personagens, indicadas pelo travessão. 
Na crônica “Comunicação”, as falas são marcadas pelas aspas; no texto “A vaguidão específica”, as falas são marcadas pelo travessão. 
Sinais
Que outras combinações de sinais encontramos em nosso dia a dia? Responda a essa questão rea-
-lizando a tarefa apresentada a seguir: 
Hoje, como em outros dias, você saiu de sua casa para vir à escola, provavelmente pelo caminho 
que já conhece bem. Amanhã, você fará esse mesmo percurso, mas com uma missão especial: ob-
servar todos os sinais que indiquem, para você, uma tentativa de comunicação – desde aqueles que 
se utilizam de signos verbais (palavra) até, por exemplo, os movimentos dos braços de um guarda de 
trânsito. Ao observar uma ação, pergunte a si mesmo: Ela é um ato de comunicação? Tem a intenção 
de comunicar algo a alguém? 
Anote suas conclusões no caderno e prepare-se para apresentá-las nas próximas aulas, conforme 
orientação do professor. 
Texto 2 – Crônica 
Hora da pesquisa
Professor, oriente os alunos a observar, durante o trajeto para a escola, o que as cores, 
os sinais, as palavras e os gestos comunicam e, se juntos, esses elementos tornam a 
comunicação mais eficaz. Peça a eles que organizem as informações observadas em 
duas listas: uma de elementos verbais e outra de elementos não verbais. Organize as 
apresentações dos alunos conforme seu planejamento. 
Prática de leitura
Leia apenas as oito primeiras linhas do próximo texto e responda a estas questões: 
1. Observando a organização visual do texto, o que podemos descobrir a respeito dele? Trata-
-se de poema ou de prosa? Justifique sua resposta. 
2. É possível identificar claramente quem está narrando o texto? Como você concluiu isso? 
3. Identifique a semelhança entre o trecho lido e a crônica “Comunicação” quanto ao uso do 
diálogo.
ANTES DE LER
– Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte. 
– Junto com as outras? 
– Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir 
alguém e querer fazer qualquer coisa com elas. Ponha no 
lugar do outro dia. 
– Sim, senhora. Olha, o homem está aí. 
– Aquele de quando choveu? 
– Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo. 
– Que é que você disse a ele? 
– Eu disse pra ele continuar. 
– Ele já começou? 
A vaguidão específica 
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A
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 Agora, leia o texto completo. 
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– Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde quisesse. 
– É bom? 
– Mais ou menos. O outro parecia mais capaz. 
– Você trouxe tudo pra cima? 
– Não senhora, só trouxe as coisas. O resto não trouxe porque a senhora recomendou pra deixar 
até a véspera. 
– Mas traga. Na ocasião, nós descemos tudo de novo. É melhor, senão atravanca a entrada e ele 
reclama como na outra noite.
– Está bem, vou ver como. 
FernAndes, millôr. 30 anos de mim mesmo. 
são Paulo: Círculo do Livro, 1975. 
 POR DENTRO DO TEXTO
 1. Quantas pessoas dialogam nesse texto? 
 2. São personagens masculinas ou femininas? Como você concluiu isso? 
 3. Observe as frases a seguir: 
 
– Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte. [...]
– Sim, senhora. Olha, o homem está aí. 
a) Qual dessas frases exprime ordem, autoridade? Por quê? 
b) Qual das falas indica que alguém vai cumprir ordem, executar alguma coisa? Como você perce-
beu isso? 
 4. Que tipo de relação deve existir entre as duas personagens? Dê um exemplo desse tipo de relação. 
 5. Releia o trecho seguinte: 
 
– Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte. 
– Junto com as outras? 
– Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir alguém e querer fazer qualquer coisa 
com elas. Ponha no lugar do outro dia. 
a) As palavras “isso” e “outras” se referem a um único objeto? 
b) O termo “elas”, na terceira fala, refere-se a qual das palavras destacadas no trecho: “isso” ou “outras”? 
c) O termo “outras”, também na terceira fala, refere-se a qual das palavras destacadas no trecho? 
d) É possível ao leitor identificar os objetos de que falam as personagens? Por quê? 
e) O que torna possível às duas personagens compreenderem sobre quais objetos ambas estão 
falando? 
Duas pessoas. 
As duas personagens são femininas. Uma é identificada pelo nome: Maria; a outra, pelas respostas da personagem: “Sim, senhora”. 
A primeira, porque está se dirigindo à personagem usando uma forma imperativa de falar. 
A segunda fala. A expressão ”Sim, senhora” indica que a personagem vai acatar, cumprir uma ordem. 
Há uma relação de chefe, patroa e subordinada, empregada. Exemplos possíveis: uma empregada doméstica e a sua patroa; uma vendedora e sua chefe ou gerente; 
uma funcionária de um salão de eventos e sua chefe. 
Não, podem ou não se referir a objetos da mesma espécie. 
À palavra “outras”. 
À palavra “outras” que aparece na segunda fala. 
Não, porque não foram discriminados pelas personagens. 
As duas personagens estão no mesmo ambiente, na mesma situação de comunicação. 
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 6. Transcreva, no caderno, outro trecho da crônica em que não é possível ao leitor compreender a 
que objeto as personagens se referem. 
 7. Levante hipóteses: Qual é a situação em que as personagens estão envolvidas, com base no diá-
logo que estabelecem? 
 TEXTO E CONSTRUÇÃO
 1. Explique o que provoca o humor no texto. 
 2. Em sua opinião, qual é a intenção do texto? 
 3. Indique o que o texto consegue comunicar a respeito dos aspectos apontados a seguir: 
a) A importância de nomear os objetos. 
b) A importância de conhecer o contexto comunicativo. 
 4. Por que o texto que você acabou de ler pode ser considerado uma crônica? 
 TEXTO E CONTEXTO
 1. Você já viveu uma situação em que as pessoas falavam e você não compreendia sobre o que es-
tavam falando? Por que você acha que isso aconteceu? Resposta pessoal. 
 2. Você já combinou com alguém um tipo de comunicação que outras pessoas não pudessem enten-
der? Conte para sua turma. Resposta pessoal. 
 3. Uma pessoa pode se sentir excluída em uma conversa? Por que isso pode acontecer?
Reflexão sobre o uso da língua
Discurso, situação de comunicação e interlocutores
A crônica “A vaguidão específica” consiste em um diálogo. Sobre ela, responda:
 1. Qual é a função dos travessões no texto? Os travessões marcam as falas das personagens.
 2. Quem faz a primeira enunciação, ou seja, a quem pertence a primeira mensagem? À patroa ou chefe de Maria.
 3. Quem é o interlocutor dessa primeira mensagem? Maria, uma empregada doméstica ou subordinada.
 4. Por que o conteúdo do diálogo não fica completamente esclarecido para o leitor? 
 5. Apesar de o leitor não conseguir identificar precisamente sobre oque as personagens conversam, 
é possível deduzir qual é o contexto, ou seja, qual é a situação de comunicação. Identifique-a e 
explique qual é ela. É uma conversa entre patroa e empregada ou chefe e subordinada, em que uma recebe orientações da outra.
 6. Para nos comunicarmos, usamos diferentes códigos. Na crônica, foi utilizada a linguagem verbal 
ou não verbal?
O texto indica que as personagens participam de uma situação que envolve a arrumação de objetos em um espaço, que 
pode ser uma casa, um local de trabalho, salão de eventos etc. 
O fato de comunicar os fatos de forma vaga, imprecisa, sem que se dê nome às personagens e às coisas. Porém, as personagens 
conseguem se entender, uma à outra. 
Chamar os objetos pelo nome permite que outras pessoas entendam do que se está falando. 
O contexto apresenta os elementos para se compreender o que está sendo comunicado. 
Resposta pessoal. Professor, discuta com os alunos a possibilidade de exclusão e inclusão das pessoas a partir de um código de comunicação. Discuta também a ne-
cessidade de adequarmos a fala de modo a nos fazermos entender pelas pessoas a quem nos dirigimos.
Foi usada a linguagem verbal. Professor, explique aos alunos que o autor do texto usou a linguagem verbal escrita. Comente, porém, que a 
situação de comunicação em que as personagens da crônica estão envolvidas é um diálogo, um gênero oral que utiliza tanto a linguagem 
verbal quanto a linguagem não verbal (gestos, postura, entonação etc.).
“– Você trouxe tudo pra cima? 
– Não senhora, só trouxe as coisas. O resto não trouxe porque a senhora recomendou pra 
deixar até a véspera. 
– Mas traga. Na ocasião, nós descemos tudo de novo.” 
Resposta pessoal. O texto procura demonstrar que, apesar da comunicação entre as personagens ser imprecisa, elas conseguem se entender pelo contexto em que 
estão inseridas.
O texto é breve, narra um fato do cotidiano, usa uma linguagem informal e o humor como recurso expressivo. 
Espera-se que o aluno per-
ceba que há, na crônica, 
uma situação de comunicação específica, na qual os interlocutores se entendem por estarem envolvidos no contexto, por terem conhecimento prévio sobre o assunto 
tratado. Professor, este é um momento propício para conversar com a turma sobre a importância de se considerar o contexto na interpretação de uma enunciação.
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Para compreender melhor as situações de comunicação, cabem algumas perguntas: 
 • Que informações são dadas a respeito do assunto de que se fala? 
 • Que informações são dadas sobre os interlocutores, ou seja, as pessoas ou personagens en-
volvidas: Como falam? Qual é o repertório desses falantes (ou seja, que posição social ocu-
pam, que profissão exercem, quais são seus costumes, suas crenças, seus valores, o nível de 
linguagem de seu grupo social)? 
 • Quais são as informações sobre o lugar e a época em que ocorre a situação de comunicação? 
 • Quais são as informações sobre a intenção dos interlocutores com seu discurso? 
Para enunciar um discurso, além dos recursos expressivos, ou seja, do conjunto de signos utiliza-
dos, outros elementos devem ser considerados: o locutor e o locutário (interlocutores), a intenção dos 
interlocutores e o contexto ou situação de comunicação. 
Observe, na representação a seguir, a relação entre esses elementos:
IMPORTANTE SABER
Professor, segundo Ducrot, em O dizer e o dito 
(1987), enunciação é um acontecimento único, 
possível graças à produção das frases ditas. 
 APLICANDO CONHECIMENTOS
 1. Leia esta tira em quadrinhos: 
GonsaLes, Fernando. Níquel Náusea: com mil demônios. são Paulo: Devir, 2002. 
a) Por que as crianças não compreenderam a atitude da avó, apesar de ela dizer que estava fazendo 
um cachecol? 
b) o que ocasionou a falta de compreensão da mensagem por parte dos netos? 
c) De que maneira o mal-entendido poderia ser desfeito? 
Porque um cachecol, normalmente, não tem um tamanho tão grande. 
O fato de não saberem que a avó estava fazendo um cachecol para uma girafa. 
A avó poderia explicar para quem ela estava fazendo um cachecol. 
Situação de comunicação 
interlocutores
locutor
contexto
enunciação
locutário
Fe
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do
 G
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a) De quem é a primeira fala? 
b) Com quem essa personagem fala? 
c) Na primeira fala, o que a mãe sugere que Pedro e Maria façam? 
Da mãe. 
Com seus filhos: Pedro e Maria. 
Ela sugere que levem o avestruz ao zoológico. 
Pedro e Maria encontram um avestruz na rua. A mãe lhes diz: 
– É melhor levá-lo ao zoológico! 
– É uma boa! – respondem os filhos. 
À tarde, a mãe vê de novo as crianças com o avestruz. 
– Mas vocês não iam levá-lo ao zoológico? 
– E levamos! Agora vamos levá-lo ao cinema! 
Alegria & Cia. São Paulo: Ed. Abril, 1990. 
 3. Leia o texto a seguir: 
a) Quem faz a primeira enunciação, ou seja, a quem pertence a primeira mensagem? À mãe do garoto.
b) Quem é o interlocutor da pessoa que faz a primeira enunciação? O pai do menino.
c) Qual é o conteúdo da mensagem do bilhete de Zezo? “Bfff”, que pode ser uma espécie de onomatopeia.
d) O autor do bilhete utilizou a linguagem verbal ou a não verbal? Utilizou a linguagem verbal, escrita.
e) Em que contexto ou situação a comunicação ocorreu? 
f) Explique o efeito de humor gerado na história em quadrinhos. 
Zezo não estava se comunicando oralmente com os 
pais, mas apenas por meio de bilhetinhos.
 2. Agora, leia esta história em quadrinhos, que tem Zezo, o menino mais mal-humorado do mundo, 
como personagem principal:
A
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Itu
rr
us
ga
ra
i
ITURRUSGARAI, Adão. Zezo. Folha de S.Paulo, São Paulo, 12 jul. 2005.
No último quadrinho, o leitor percebe que, apesar de dar um bilhete para os pais, Zezo não está, de fato, se comunicando com eles. Essa quebra de expectativa gera 
o efeito de humor.
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CABRAL, Ivan. Charge do dia: É fogo. Sorriso Pensante, 17 set. 2011. Disponível em: 
<http://www.ivancabral.com/2011/09/charge-do-dia-e-fogo.html>. Acesso em: 31 mar. 2015.
a) Qual é a palavra empregada com duplo sentido na charge? A palavra “fogo”.
b) Qual é a intenção da personagem que olha no relógio ao empregar essa palavra? 
c) O que podemos deduzir sobre a personagem da esquerda, ao observarmos sua fala e sua atitude? 
d) Em que sentido a fala da personagem que olha no relógio foi interpretada pela personagem da direita? 
e) Que elemento não verbal contribui para a interpretação dessa personagem? 
f) Levante uma hipótese: Qual pode ter sido o contexto de publicação dessa charge? Resposta pessoal. 
 5. Leia este bilhete: 
Ela quis dizer que utilizar ônibus em Natal está muito difícil, porque demora.
Espera-se que o aluno perceba que, pela forma como foi caracterizada, a personagem parece estar indo ou voltando do trabalho e está preocupada com o horário, 
provavelmente porque está atrasada. 
Um ônibus se aproximando, pegando fogo.
Interpretou no sentido literal: à palavra “fogo” foi atribuído o sentido de combustão, de incêndio. 
Professor, informe aos alunos que a charge foi publicada em 2011, no período em que houve a tentativa de incêndio, por criminosos, de pelo menos seis ônibus em 
Natal e Parnamirim, no Rio Grande do Norte, como informa o site do qual foi retirada. 
d) Com que intenção a mãe expressa essa mensagem? 
e) Por que a mãe não conseguiu transmitir a sua mensagem? Por que as crianças deram uma res-
posta diferente daquela que ela esperava ouvir? 
f) Determine o contexto em que se realiza o diálogo: onde ele ocorre e quando? 
g) Por que esse texto é engraçado? 
 4. Leia a charge a seguir, observando atentamente os elementos verbais e não verbais que a compõem:
Sugerir que o avestruz fosse entregue ao zoológico. 
A construção “levar a algum lugar” é muito usada no sentido de “levar para pas-
sear“. As crianças interpretaram dessa forma a sugestão da mãe, como podemos 
perceber na última frase: “E levamos! Agora vamos levá-loao cinema!” .
Porque houve um mal-entendido, as crianças não compreenderam a intenção da mãe e fizeram algo diferente do que ela lhes sugeriu. 
• Que informação poderia ser acrescentada ao bilhete para que a mensagem ficasse mais clara?
Identificar a novela a que Bia estava se referindo. Professor, discuta com os alunos o quanto pode haver de implícito no bilhete: dependendo do relacionamento entre 
as meninas, da frequência com que se falam e do assunto sobre o qual conversam, Mariana pode saber a que novela Bia está se referindo. A discussão pode ajudar 
a aprofundar a compreensão do papel que cumprem os agentes do discurso em um ato de comunicação. 
Oi, Mariana! 
Você assistiu ao último capítulo da novela? 
Foi maravilhoso! 
Bia 
Iv
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 C
ab
ra
l
Na rua. A primeira parte, provavelmente pela manhã; a segunda, à tarde. 
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Prática de leitura
Texto 3 – Bilhetes 
Em diferentes situações do cotidiano, as pessoas usam a comunicação escrita para deixar recados, 
avisar alguém sobre algo, marcar um encontro, revelar seus sentimentos etc. Fazem isso por meio de 
um gênero de texto muito conhecido: o bilhete. Conheça alguns exemplos de situações comunicativas 
estabelecidas por meio desse gênero. 
Bilhete 1
A personagem Júlia, do livro Foi! Não foi! Foi!, escreve um bilhete a seu amigo Deusinho:
Deusinho, 
Você sabe onde moro. Sabe o terreno do lado? 
Lá tem uma cabana abandonada. É fácil pular o muro. Sobe no ipê-amarelo, sobe no muro e pula. 
É baixo. 
Espero você lá, segunda-feira, às 3 da tarde. 
 Júlia 
LACerdA, Luzia. Foi! Não foi! Foi. rio de Janeiro: record, 2004. 
Bilhete 2
O bilhete a seguir foi escrito por Oswald de Andrade e dirigido a Clarice Lispector, dois grandes 
nomes da literatura brasileira: 
Clarice, 
Você quer perguntar? Pergunte. E converse também comigo e com minha mulher, Maria 
Antonieta d’Alkmin e com minha filhinha de 4 meses, Antonieta Marília de Oswald de Andrade. 
Responda de Berna ou do alto-mar que se parece com você. 
Devotadamente, 
o Oswald 
R. Mons. Passalagna, 142. 
soUsA, Carlos m. Clarice Lispector e a literatura brasileira. disponível em: <https://0posmoderno.wordpress.com/
clarice-lispector-e-a-literatura-brasileira-by-carlos-mendes-de-sousa/>. Acesso em: 13 jan. 2015.
Bilhete 3
Antes de viajar para a Itália, em 1952, o cantor Chico Buarque, então com 8 anos, escreveu algumas 
palavras para a avó: 
Se quando eu chegar aqui e você já estiver no céu, lá mesmo veja que eu serei um cantor de rádio.
memÓriAs. Revista E, sesc, 2005. disponível em: <http://www.sescsp.org.br/ 
online/artigo/compartilhar/3003_memoriA>. Acesso em: 12 jan. 2015.
30
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Bilhete 4
Sofia Amundsen, personagem da obra O mundo de Sofia, começa a receber estranhas correspon-
dências. A menina recebe uma mensagem neste bilhete anônimo: 
Quem é você? 
GAArder, Jostein. O mundo de Sofia. são Paulo: Companhia das Letras, 1995. 
 POR DENTRO DO TEXTO
 1. Identifique nos bilhetes 1 e 2 os seguintes elementos: 
a) O nome de quem o escreveu (emissor/locutor). 
b) A quem o bilhete se dirige (destinatário/locutário). 
c) As intenções de quem escreve a mensagem. 
 2. Em qual desses bilhetes é possível conhecer melhor o contexto comunicativo a que se refere o 
assunto tratado no texto? Explique sua resposta. 
 3. Estabeleça uma comparação entre os bilhetes 2 e 3 quanto aos elementos que os constituem. 
 4. Copie em seu caderno o bilhete 3, acrescentando a ele os elementos que faltam para torná-lo 
semelhante ao bilhete 1. 
 5. Releia o bilhete 4 e responda: 
a) É possível considerar esse bilhete como uma comunicação misteriosa? Por quê? 
b) Há uma intenção do emissor do bilhete 4 ao omitir sua identificação (assinatura)? Explique. 
c) É possível considerar semelhantes as intenções de quem omitiu as assinaturas nos bilhetes 3 e 
4? Por quê? 
d) Em sua opinião, qual(ais) dos quatro bilhetes mais se aproxima(m) do modelo geralmente usado 
no dia a dia? Justifique. 
 6. Compare o conteúdo dos bilhetes, copiando o quadro a seguir em seu caderno e completando-o 
com as informações que faltam.
Bilhete 1: Júlia; bilhete 2: Oswald. 
Bilhete 1: Deusinho; bilhete 2: Clarice Lispector. 
Bilhete 1: marcar um encontro e indicar o lugar e como fazer para chegar até ele; bilhete 2: declarar a Clarice que ela poderá fazer a pergunta que quiser e contar com 
ele e com sua família para conversar. 
O bilhete 2 apresenta o nome do destinatário, o corpo do bilhete (mensagem), a despedida (devotadamente) e a assinatura do emissor (Oswald). Já o bilhete 3 apresenta 
apenas o corpo do texto. 
Espera-se que o aluno inclua o nome do emissor e do destinatário. 
Sim, porque não há informações sobre quem o envia e com que intenção faz isso. 
Sim, se ele envia mensagens anônimas, não quer ser identificado. 
Não, Chico escreve para a avó e deseja que ela saiba quem escreve, mesmo não assinando o bilhete. Já o emissor do bilhete 4 não 
tem intenção de se identificar, como foi possível perceber pelo contexto dado pela informação que o antecede. 
O bilhete 1 traz informações mais explícitas sobre o contexto: a menina marca 
um encontro com o menino e dá as informações necessárias para isso acontecer. O bilhete 2 não revela o que, de fato, Clarice gostaria de perguntar a Oswald. Trata-se 
de um assunto do conhecimento apenas do emissor/locutor e destinatário/locutário do bilhete. 
Espera-se que os alunos reconheçam os bilhetes 1 e 2 como mais próximos dos modelos mais adotados no dia a dia. Eles 
apresentam emissor, corpo do bilhete e destinatário. É o modelo mais comum de bilhete, usado na maioria dos contextos que envolvem esse gênero de texto. 
Bilhete 1 Bilhete 2 Bilhete 3 Bilhete 4 
Emissor e destinatário De Júlia para Deusinho 
De Oswald 
para Clarice
De Chico Buarque 
para a avó
De um anônimo para 
Sofia
Texto breve Sim Sim Sim Sim 
É possível compreender o bilhete 
sem texto complementar 
Sim Sim Não Não 
Trata de assuntos pessoais Sim Sim Sim Sim
Apresenta a estrutura formal 
de um bilhete 
Sim Sim Não Não 
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Resposta pessoal. 
 TEXTO E CONTEXTO
Os bilhetes 2 e 3 tratam de correspondências que envolvem personalidades conhecidas, como os 
escritores Oswald de Andrade, Clarice Lispector e o compositor e escritor Chico Buarque. O que os 
bilhetes e as informações dadas nesses textos revelam de novo sobre a vida das três personalidades? 
 TROCANDO IDEIAS
O Sesc Pinheiros, que fica na cidade de São Paulo (SP), promoveu uma exposição com as correspon-
dências de artistas conhecidos, que incluiu o bilhete escrito por Chico Buarque à avó (bilhete 3). Em sua 
opinião, é importante conhecer os aspectos pessoais dessas personalidades? Por quê? 
Prática de leitura
Texto 4 – Tela 
No caso do bilhete 2, o nome da esposa e da filha de Oswald de Andrade, a sua relação de amizade com Clarice Lispector e o lugar para onde a escritora viajou (Berna/Suíça). No 
caso do bilhete 3, a viagem que Chico fez para a Itália aos 8 anos, a afetividade pela avó que poderia falecer enquanto ele não estivesse e o desejo que tinha de ser cantor de rádio. 
Professor, se julgar interessante, leia para os alunos a declaração do presidente da Biblioteca Nacional (RJ), Pedro Corrêa do Lago, sobre o valor desse 
tipo de correspondência: “Em muitos casos, esses documentos apresentam novos dados sobre o pensamento e a vida de personagens da história, servindo 
como uma espécie de nova peça em um quebra-cabeça biográfico. Outras vezes, revelam facetas surpreendentes e inesperadas, exatamente por se tratar 
de documentos não destinados à divulgação pública, nos quais seu s autores abordam temas e questões íntimas, quase sempre ausentes em suas obras”. 
O bilhete de Chico Buarque, assim como outras correspondências manuscritas, revela 
muito sobre quem os produz e sobre seus interlocutores. 
As cores podem re-
presentar sentimentos.

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