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GIOVANA SANTA MARIA – UFMS CPTL 1 FPM VI PEDIATRIA Disturbem respiratórios são causa frequente de mortalidade e morbidades na unidade neonatal. Desenvolvimento pulmonar: 1. Embrionário 2. Fetal INTRAUTERINO: 4ª semana= tubo laringotraqueal 8ª semana= mini pulmões formados Desenvolvimento pulmonar com as 4 subdivisoes: pseudoglandular, canalicular, sacular e alveolar Pneumócito tipo 1 e 2, sendo o 2 responsável pela formação do surfactante a partir da 27ª semana até a 26ª (diminui a tensão e o colabamento dos alvéolos). Ápice com 35 semanas Obs1: surfactante possui lipídeo, proteínas, colesterol, fosfolipídeos, fosfatidilcolina Obs2: inativação do surfactante pode ocorrer por: excesso de liquido pulmonar (ausência de TP); hemorragia pulmonar; aspiração meconial; pneumonia OBS3: fatores aceleradores da maturação pulmonar (surfactante é produzido antes): pré-eclampsia; RPMO; RCIU; uso materno antenatal de corticoides ATENÇÃO FR EM NEONATO: 30-60 IRMP Parâmetros para classificar grau de desconforto do recém-nascido 0 pontos: sem dificuldade respiratória 1-3 pontos: dificuldade respiratória leve 4-6: dificuldade respiratória moderada 7-10: dificuldade respiratória severa • Apneia por imaturação do centro respiratório • Síndrome do desconforto respiratório do RN – doença da membrana hialina • Taquipneia transitória do RN • Síndrome da aspiração meconial Apneia = parada da respiração Definição: apneia acima de 20 segundos, podendo apresentar dessaturação, bradicardia, cianose e hipotonia Classificação: • Obstrutiva: fluxo gasoso é interrompido, mas movimentos respiratórios persistem • Central: movimentos respiratórios presentes e fluxo gasoso cessam simultaneamente Reação paradoxal à hipoxemia do RN: hipóxia → liberação de ATP → liberação de adenosina que atua no centro respiratório, ocasionando na reação paradoxal: inicialmente faz bradipneia, para preservar o ATP Tratamento: • Fisioterapia • Suporte com oxigenioterapia CPAP GIOVANA SANTA MARIA – UFMS CPTL 2 FPM VI PEDIATRIA • Medicamento: xantinas (impedem a adenosina, melhorando o centro respiratório) • Método mãe canguru (MMG) • Prona • Principal doença neonatal de desordem pulmonar • Incidência e gravidade: relação direta com o grau de prematuridade • 50% dos rpnt FISIOPATO: deficiência de surfactante → aumento da tensão superficial dos alvéolos → redução da complacência pulmonar e da capacidade funcional residual → atelectasia → hipercapnia, hipoxemia e acidose → vasoconstrição pulmonar → aumento da resistência vascular pulmonar Oxigênio passa pelo: surfactante → pneumócito 1 achata para passar o gás → espaço intersticial → endotélio → vaso Fatores de risco: • Prematuridade • Idade materna • Drogas, tabagismo • DM (insulina faz parte da síntese do surfactante) • Hemorragias maternas no ultimo trimestre • Doença hipertensiva específica da gestação • Parto cesáreo Fatores “protetores” (estrese ao RN → produção de glicocorticoide que é protetor) • PIG por RCIU • Rotura prolongada de membrana • RN parto vaginal • Desnutrição intrauterina • Mães que usam glicocorticoides DIAGNÓSTICO: • Clínico (síndrome acontece nas primeiras 24h – taquipneia de mais de 60 irpm, retração intercostal, batimento de asa de nariz...), com pico em 48h • Laboratorial o Gasometria com hipoxemia (aumento de gás carbônico → acidose respiratória) • Radiológico - 2 achados o Infiltrado reticuloglandular fino (direito) o Broncograma aéreo (esquerdo) TRATAMENTO: • Cuidados gerais • Controle da temperatura • Hidratação • Oxigeniterapia • Surfactante exógeno (a depender do grau de desconforto do RN) Protocolo INSURE: Intubar → fazer surfactante → extubar → CPAP Saturação sempre entre 91-95% COMPLICAÇÃO: displasia broncopulmonar Agressão pulmonar recorrente de VM (ventilação mecânica) + exposição prolongada ao O2. Dano pulmonar secundário a lesão e reparação, com edema alveolar e intersticial precoce, inflamação e fibrose Tratamento: • Suporte nutricional • Hidratação • Diuréticos • Beta agonista. • Rnt ou rnpt > 34 semanas • Melhora após 24-72h de vida ➔ Parto cesariana, sem ter entrado em TP (mas pode acontecer no parto normal) ➔ Demora no clampeamento do cordão ➔ Asfixia perinatal GIOVANA SANTA MARIA – UFMS CPTL 3 FPM VI PEDIATRIA ➔ Diabetes gestacional ou asma materna ➔ policitemia Achados radiológicos: • Congestão parahilar simétrica • Espessamento de cissuras interlobares e hiperinsuflação podem estar presentes • Discreta cardiomegalia ou derrame pleural Achados laboratoriais: hemograma normal TRATAMENTO: suporte com O2 (normalmente se resolve em 48 a 72h) -CPAP Mecônio: pasta estéril, composta por liquido amniótico, vernix caseoso, células epitelias descamadas do intestino e debris celulares. Produzido entre a 10 e 16 semana de gestação, mas só está no cólon a partir da 34ª semana A eliminação só acontece em casos de: • Asfixia – sofrimento fetal = relaxamento do esfíncter anal • Maturidade fetal • Compressão mecânica do abdome durante o trabalho de parto Quando um feto entra em hipoxemia, há um processo de centralização, em que o sangue é redirecionado principalmente para o cérebro, o coração e as adrenais, sendo que o intestino fica menos irrigado, liberando o mecônio Aspiração de mecônio acontece graças aos movimentos tipo gasping intra uterino (asfixia) e primeiros movimentos respiratórios do RN FISIOPATO: sofrimento fetal → eliminação mcônio intra- útero + gasping → aspiração meconial → inflamação (infecção secundária) + inativação surfactante + obstrução (atelectasia + hiperinsuflação → shunt intrapulmonar → hipoxemia → vasoconstrição pulmonar → hipertensão pulmonar) Complicações: • Pneumonite química • Aprisionamento aéreo (mecanismo valvar – “rolha de mecônio”) → pode gerar pneumotórax • Atelectasia • Shunt: vaso sanguíneo próximo ao alvéolo faz vasoconstrição para redirecionar o sangue para locais com O2. A ocorrência constante de shunt faz com que haja um retorno de sangue pela artéria, ocasionando em uma hipertensão pulmonar persistente • Inativação do surfactante • Happ – hipertensão pulmonar persistente Quadro clínico: ➔ Impregnação de mecônio em pele, unha e cordão umbilical ➔ Presença de mecônio na traqueia ➔ Quadro variável ➔ Cianose e hipoxemia resistente = gravidade Radiológico: ➔ Infiltrado grosseiro, não uniforme, com distribuição do hilo para a periferia ➔ Atelectasia ➔ Condensações ➔ Áreas enfisematosas TRATAMENTO: • Medidas gerais • Ventilação mecânica • Surfactante complementar • Antibioticoterapia: gentamicina • Fisioterapia
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