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MMA_Producao e consumo sustentavel

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Sumário
Produção e consumo sustentáveis ...................................................................... 4
Introdução ...................................................................................................... 4
Meio Ambiente e Desenvolvimento ................................................................. 4
Produção sustentável ..................................................................................... 5
Ferramentas/linhas de atuação ...................................................................... 6
Prevenção da poluição ................................................................................... 7
Ferramentas de Prevenção da Poluição .......................................................... 8
Avaliação do ciclo de vida (ACV) ..................................................................... 9
Aplicação da ACV ......................................................................................... 10
Softwares de ACV ......................................................................................... 10
Ecodesign .................................................................................................... 11
PSS (Sistema Produto-Serviço) e Meio Ambiente ......................................... 13
Eficiência energética .................................................................................... 14
Eficiência energética em sistemas de iluminação ......................................... 15
Medidas de eficiência energética em sistemas de iluminação ....................... 16
Economia Verde ........................................................................................... 18
Logística Verde ............................................................................................ 20
Construção sustentável ................................................................................ 21
Projeto de construção sustentável ................................................................ 22
Varejo sustentável ........................................................................................ 26
Agricultura sustentável ................................................................................ 27
Selos de agricultura sustentável ................................................................... 29
Conceitos iniciais de consumo ..................................................................... 30
Direitos e deveres dos consumidores ............................................................ 31
5R - repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar ........................................ 35
Logística reversa .......................................................................................... 35
Rotulagem ambiental e selos verdes ............................................................. 36
Compras sustentáveis .................................................................................. 39
Compras sustentáveis no setor privado ........................................................ 40
Compras Públicas Sustentáveis - CPS .......................................................... 40
Encerramento .................................................................................................... 42
Referências Bibliográficas ................................................................................. 43
4Produção e consumo sustentáveis
Produção e consumo sustentáveis
Introdução
Meio Ambiente e Desenvolvimento
O crescimento e o desenvolvimento da humanidade estão diretamente ligados à 
história social, econômica e cultural, refletidas nas interrelações do homem com 
o ambiente. Em outras palavras, a forma como a humanidade concebe e utiliza a 
natureza serve de suporte ao nosso modo de vida, de produção e de consumo.
Assim sendo, essa relação sociedade/ambiente nos proporcionou incríveis avanços 
ao longo dos diversos períodos de desenvolvimento humano. Nesse sentido, a 
transformação da relação ambiente/sociedade, da maneira como concebemos 
crescimento e desenvolvimento, é a chave para a melhoria da qualidade de vida da 
humanidade e da manutenção dos sistemas naturais.
Nota-se, atualmente, que crescimento econômico e conservação do meio ambiente 
podem conviver em harmonia, num cenário de práticas de produção e consumo 
sustentáveis.
Durante um longo período a humanidade utilizou a natureza a favor de um tipo 
de crescimento e desenvolvimento que não previu a escassez dos recursos 
naturais e o impacto da poluição e da degradação ambiental. Entretanto, podemos 
transformar nossa relação com o ambiente, com os termos crescer e desenvolver 
incorporando novos conceitos ligados à qualidade de vida das populações e de 
relações sustentáveis entre as necessidades de produção e consumo, com as 
potencialidades dos ambientes naturais.
5Produção e consumo sustentáveis
Você sabia?
Existem indicadores de desempenho ambiental que já são mundialmente utilizados, 
tais como a Pegada Ecológica, Pegada de Carbono, Pegada Hídrica e muito mais.
NOTANOTA
Produção sustentável
Hoje temos todas as condições para produzir e consumir, satisfazendo nossas 
necessidades, em uma relação sustentável de uso e conservação dos recursos 
naturais.
O conceito de Produção Sustentável amplamente utilizado é relativo à incorporação, 
ao longo de todo o ciclo de vida de bens e serviços, das melhores alternativas 
possíveis para minimizar custos ambientais e sociais. Acredita-se que essa 
abordagem preventiva melhore a competitividade das empresas e reduza o risco 
para saúde humana e meio ambiente. Sob uma perspectiva planetária, a produção e 
consumo sustentáveis incorporam a noção das possibilidades do uso e conservação 
dos recursos naturais, minimizando os impactos da ação humana.
NOTANOTA
A seguir, apresentaremos algumas estratégias que têm sido em função da produção 
e consumo sustentáveis.
6Produção e consumo sustentáveis
Ferramentas/linhas de atuação
A partir do conceito de Produção Sustentável, pode-se enumerar as diferentes 
ferramentas/linhas de atuação utilizadas em favor da sustentabilidade nos meios 
de produção. Algumas dessas ferramentas/linhas de atuação serão apresentadas 
ao longo do curso:
Todas as ferramentas de produção sustentável devem estar de acordo com o tripé 
da sustentabilidade, as três bases fundamentais: econômica, social e ambiental. A 
partir dessa abordagem é possível compreender que produção sustentável enseja 
o alcance dos três níveis.
7Produção e consumo sustentáveis
Prevenção da poluição
Na década de 60, século XX, organizações mundiais começaram a incorporar as 
noções de geração de resíduos e escassez relativa dos recursos naturais. Dessa 
forma, foram criadas entidades internacionais para transformar essas noções em 
ações práticas. Entre essas instituições criadas estavam a Organização das Nações 
Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO); o Programa de Meio Ambiente 
das Nações Unidas (UNEP); e a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos 
da América (EPA).
Frente aos desastres ambientais ocorridos entre os anos 
de 1960 e 1980, como os ocorridos com usinas nucleares 
na Pensilvânia (1979, Estados Unidos) e o de Chernobyl 
(1984, Ucrânia), a EPA anunciou, em 1990, uma política para 
diminuir a quantidade dos resíduos industriais a serem 
tratados no final do processo (fim de tubo), com a ideia de 
estimular um pensamento inovador: reduzir o desperdício 
na fase inicial, na aquisição da matéria-prima e também 
durante o processo produtivo (BISHOP, 2000). 
Para entender o conceito de Prevenção da Poluição, é preciso compreender a 
palavra Poluição.
“Poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que 
direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da 
população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) 
afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias 
do meio ambiente; e) lancem matérias ou energiaem desacordo com os padrões 
ambientais estabelecidos”. (BRASIL, 1981)
8Produção e consumo sustentáveis
A Norma Brasileira (NBR) ISO 14001:2004 define Prevenção da Poluição como: “O 
uso de processos, práticas, técnicas, materiais, produtos, serviços ou energia para 
evitar, reduzir ou controlar (de forma separada ou combinada) a geração, emissão 
ou descarga de qualquer tipo de poluente ou rejeito, para reduzir os impactos 
ambientais adversos”. (ABNT, 2004)
Dessa forma, a partir da definição, fica evidente que a Prevenção da Poluição 
incorpora tanto elementos relacionados com a modificação de processos industriais 
com foco na minimização de desperdícios, quanto na implementação de práticas 
de sustentabilidade voltadas para o uso e a conservação dos recursos naturais. 
Essa estratégia, que deve ser considerada como uma ferramenta da gestão 
ambiental, pode partir da mudança de um insumo, de processos ou até padrões de 
gerenciamento que atuam para reduzir ou eliminar os poluentes e resíduos na fonte 
geradora.
Ferramentas de Prevenção da Poluição
Produção mais limpa (p+l)
Produção mais Limpa (P+L) é uma das ferramentas utilizadas para melhorar o 
desempenho das empresas e também adicionar ganhos ambientais, econômicos e 
técnicos, incorporando os princípios da sustentabilidade.
Produção Mais Limpa, ou P+L, é uma abordagem metodológica criada em 1994, 
pela UNIDO/UNEP, para tratar da prevenção da poluição nas indústrias. Reduzir 
a poluição, ou seja, a degradação da qualidade ambiental, é o combustível 
motivador das medidas de P+L. Dessa forma, a Produção Mais Limpa sempre vai 
detectar a origem dos resíduos e das emissões, evitando o uso das técnicas de 
fim de tubo. Nesse sentido, a proteção ambiental se integra à ideia do produto, 
bem como do processo produtivo. Os resultados da implantação de uma 
P+L são diretos: redução do consumo de material; economia de energia e água; 
redução de riscos ambientais; melhoria da imagem da empresa; e cumprimento do 
princípio constitucional do desenvolvimento sustentável.
9Produção e consumo sustentáveis
Avaliação do ciclo de vida (ACV)
O conceito de avaliação do ciclo de vida surgiu no intuito de identificar as 
possibilidades e alternativas sustentáveis no âmbito da produção e consumo de 
bens e serviços. Esse novo paradigma se configura como uma visão sistêmica, ou 
seja, completa, uma visão do todo, da relação do produto ou serviço com o meio 
ambiente, considerando todas as etapas do seu ciclo de vida. Com relação às etapas 
do ciclo de vida de um produto a partir da perspectiva ambiental, desde a extração 
dos recursos naturais até o fim de vida do produto, podemos observar:
10Produção e consumo sustentáveis
Aplicação da ACV
O principal objetivo da aplicação da ferramenta do ciclo de vida é fornecer dados, 
por meio de indicadores, para oportunidades de eliminação ou minimização dos 
impactos ambientais. De uma forma geral, a ACV é usada para subsidiar decisões 
que promovam o aumento da ecoeficiência dos produtos, a partir da redução do uso 
de recursos e da geração de resíduos em todas as fases do seu ciclo de vida.
Ecoeficiência: A ecoeficiência é uma das principais medidas que contribuem para 
um futuro sustentável. Esse conceito se refere à disponibilização de serviços e bens 
capazes de satisfazer as necessidades humanas e proporcionar qualidade de vida 
sem causar impactos ambientais e gastando o mínimo dos recursos naturais não 
renováveis. O objetivo da ecoeficiência é trazer mais rentabilidade, utilizando menos 
matérias-primas. (www.https://www.ecycle.com.br)
Hawkins (2013) constatou, por meio de um estudo de ciclo de vida comparativo entre 
veículos convencionais e elétricos, que os carros elétricos emitem menos Gases de 
Efeito Estufa (GEE) do que os veículos convencionais a combustão, mesmo usando 
energia elétrica gerada a partir de fonte fóssil.
EXEMPLOEXEMPLO
Softwares de ACV
Estudos de ACV envolvem uma grande quantidade de dados de inventário, portanto, 
demandam tempo da equipe para o levantamento desses dados. Dessa forma, os 
softwares e bases de dados são ferramentas imprescindíveis na ACV, pois auxiliam 
e viabilizam a condução do estudo de forma mais prática e rápida, além de garantir 
cálculos e conclusões com menores chances de erros.
11Produção e consumo sustentáveis
Existem diversos softwares e base de dados disponíveis no mercado, a exemplo do 
Simapro, Umberto e Gabi.
EXEMPLOEXEMPLO
Ecodesign
O design é aplicável a diversas áreas, como serviços, produtos e processos produ- 
tivos. São bem amplas as possibilidades de sua aplicação e, por isso, é muito im- 
portante que você compreenda seu conceito e o relacione com a questão ambien- 
tal.
A pessoa que atua na área do design é chamada de 
designer, e se dedica a “desenhar” produtos, ou seja, 
projetar a forma dos produtos para que atendam aos 
requisitos do consumidor e também aos demais aspectos 
de seu desenvolvimento. São vários aspectos que devem 
ser considerados para a realização de um bom design, 
que, segundo Venzke (2002), podem ser ergonômicos, 
tecnológicos, econômicos, ambientais, sociais, estéticos e 
antropológicos.
O termo Ecodesign surgiu na década de 1990, quando a indústria eletrônica dos EUA 
procurava minimizar o impacto no meio ambiente decorrente de sua atividade. Dessa 
forma, a Associação Americana de Eletrônica (American Electronics Association) 
buscou desenvolver projetos com a preocupação ambiental. A partir de então, o 
interesse pelo assunto cresceu e os termos Ecodesign e Design for Environment 
(desenho para o meio ambiente) passaram a ser incorporados em programas de 
gestão ambiental (BORCHARDT et al., 2007 apud BORCHARDT et al, 2008).
12Produção e consumo sustentáveis
Ventilador de teto convencional com 4 paletas e o inovador com 2 paletas; Cadeira 
de sala de estar convencional e a inovadora (pequena e com pouco material); Carro 
de passeio convencional e um carro de passeio inovador (pequeno e leve); Garrafa 
de água mineral plástica convencional (resistente) e a inovadora (leve e mais frágil, 
ou seja, verdadeiramente descartável).
EXEMPLOEXEMPLO
Avaliando os critérios, observamos que não basta ser menor para ser mais 
sustentável. Se a embalagem maior for capaz de amaciar uma quantidade maior de 
roupas (rendimento), então pode ser que a embalagem menor seja mais impactante, 
pois serão necessários vários amaciantes de embalagem menor para chegar ao 
resultado maior de lavagem. Ou seja, não basta olhar apenas um aspecto do produto, 
temos que avaliar critérios que agregam sustentabilidade à produção e consumo. 
Estes são alguns princípios de Ecodesign, de acordo com o MMA:
Escolha de materiais de baixo impacto ambiental
Advindos de produção sustentável, reciclados, reutilizados, ou que requerem menos 
energia na fabricação.
Eficiência energética
Utilizar processos de fabricação mais eficientes.
Qualidade e durabilidade
Produzir produtos que durem mais tempo e funcionem melhor a fim de gerar menos 
resíduos sólidos.
Modularidade
Criar objetos cujas peças possam ser trocadas em caso de defeito, pois assim não 
é todo o produto que é substituído, o que também gera menos resíduos sólidos.
13Produção e consumo sustentáveis
PSS (Sistema Produto-Serviço) e Meio Ambiente
Utilizar a tecnologia a nosso favor é uma das estratégias adotadas frente aos 
desafios impostos pela busca da sustentabilidade. A proposta do sistema 
denominado Sistema Produto-Serviço (PSS) é valorizar a função e a utilidade do 
produto, associando produto e serviço (IPT, 2011). Existem três categorias em 
que o sistema PSS normalmente é dividido (Turkker, 2004 citado em Borchardt, et. 
al.,2010):
• PSS orientado ao produto/serviço: o produto é vendido e é oferecida 
assessoria para obter um uso mais eficiente. Exemplo: manutenção de 
máquinas;
• PSS orientado ao uso: um produto é disponibilizado para uso, mas o provedor 
(empresa fabricante) mantém direito sobre o bem e oferece manutenção, 
reparo e controle; paga-senormalmente taxa. Exemplo: Sinal digital das 
TVs à cabo.
• PSS orientado ao resultado: parte das atividades de uma empresa é 
terceirizada - o consumidor não compra um produto e, sim, o resultado. 
Exemplo: pagar pela cópia impressa à empresa que realiza o serviço.
Estratégias de controle de qualidade são aplicadas desde a origem do produto, no 
design (ecodesign) até na sua destinação final. Devemos entender que, ao associar 
produtos e serviços, o produto ganha em eficiência e sustentabilidade (Ideia 
Sustentável, 2010). Uma das estratégias do PSS é conservar recursos naturais/
energéticos associada ao crescimento econômico. Podemos citar a experiência de 
algumas empresas que modificaram seus produtos para atender o PSS e diminuir o 
impacto gerado com a produção de resíduo:
14Produção e consumo sustentáveis
Eficiência energética
Como o próprio nome diz, Eficiência Ener- 
gética é a utilização de energia de forma 
mais eficiente, com menor desperdício, 
menor consumo e melhor rendimento. O 
conceito de Eficiência Energética está inti-
mamente ligado com o conceito de Energia, 
cuja ori- gem vem do grego, energeia, que 
significa “operação, atividade”. 
Eficiência Energética é 
a utilização de energia 
de forma eficiente, 
minimizando seu consumo.
15Produção e consumo sustentáveis
Todo equipamento já sai de fábrica com o valor de sua 
Potência Elétrica, e, normalmente, já conta com placas 
indicativas ao fundo ou no manual. Através da placa 
indicativa do equipamento é possível saber, dentro de 
uma mesma categoria, que eletrodoméstico consome 
menos energia; ou seja, aquele que apresenta um 
melhor nível de eficiência energética. Trata-se do que
chamamos de “Selo PROCEL Eletrobrás de Economia de Energia”, ou simplesmente 
Selo PROCEL. É um programa de conservação de energia elétrica que, por meio 
do seu selo, indica a eficiência energética de um eletrodoméstico. De acordo com 
seus níveis de eficiência energética, os aparelhos são classificados pelo Inmetro 
em categorias que vão de “A” a “G”. O Inmetro é o órgão executor do Programa 
Brasileiro de Etiquetagem (PBE), cujo principal produto é a Etiqueta Nacional de 
Conservação de Energia (ENCE). Normalmente, os produtos contemplados com o 
Selo Procel são caracterizados pela faixa “A” da ENCE.
Eficiência energética em sistemas de iluminação
A iluminação representa o maior percentual de consumo 
de energia elétrica nas indústrias e consome 19% de toda a 
eletricidade do mundo (LIGHTING PHILIPS, 2014). É também 
muito utilizada em residências, vias públicas etc., e, por isso, 
é necessário conhecer bem as lâmpadas para saber que tipo 
utilizar. Quanto menos watts uma lâmpada consome e mais luz 
ela emite, mais eficiente ela é.
16Produção e consumo sustentáveis
Medidas de eficiência energética em sistemas de 
iluminação
Já existem várias soluções/medidas de eficiência energética para iluminação de 
diferentes ambientes pelas empresas fabricantes de lâmpadas, onde até a escolha 
da tonalidade da cor da luz que a lâmpada emite é importante, pois vai gerar 
temperaturas diferentes. Observe algumas medidas de eficiência energética no uso 
das lâmpadas:
 Utilize lâmpadas que emitam muita luz e consumam menor quantidade de 
energia.
 Utilize lâmpadas que possuam uma maior vida útil.
 Aproveite sempre a iluminação natural (luz do dia). É aconselhável a insta- 
lação de telhas translúcidas ou transparentes em galpões.
 Estude a viabilidade de substituir as lâmpadas incandescentes pelas fluo- 
rescentes e LED, que são mais econômicas.
 Limpe as lâmpadas e luminárias periodicamente. A poeira acumulada na 
superfície reduz o fluxo de luz.
 Verifique a possibilidade de instalação de sensores de presença em 
ambientes como halls, banheiros, corredores, almoxarifados etc.
 Use luminárias espelhadas para aumentar a eficiência da iluminação. Assim, 
você pode reduzir o número de lâmpadas por luminárias e obter economia 
de energia.
 Desligue as lâmpadas ao se ausentar da sala ou local de trabalho.
Eficiência energética em edificações
Os edifícios - sejam residências, escritórios, hospitais, indústrias etc. - consomem 
uma grande quantidade de energia, não apenas com o sistema de iluminação, mas 
também com o sistema de aquecimento ou resfriamento, com a movimentação 
de máquinas etc. O aspecto da eficiência energética deve ser pensado desde 
a concepção da construção de um edifício. Ou seja, o projeto já deve estimar a 
17Produção e consumo sustentáveis
posição adequada para um melhor aproveitamento de ventilação natural, o uso de 
energias renováveis, como o aproveitamento da luz solar em painéis solares, dentre 
outras medidas.
Medidas de eficiência energética em edificações
- Projetar a localização do edifício de acordo com os pontos cardeais (norte, sul, 
leste e oeste), visando o aproveitamento da luz solar e ventilação natural.
- Incentivar o uso de energias renováveis como utilização de energia solar térmica 
e energia solar fotovoltaica.
* Energia Solar Térmica. A energia do sol pode ser captada através de painéis solares 
e transferida para um meio portador de calor (água ou o ar), aquecendo esses meios, 
e, se necessário, gerar vapor para posterior produção de energia elétrica.
* Energia Solar Fotovoltaica. Consiste na transformação direta da energia solar em 
energia elétrica. É possível devido às propriedades de materiais semicondutores 
de eletricidade por meio das células fotovoltaicas, que tem como material básico o 
silício.
- Utilizar materiais de isolamento adequado para prevenir perdas de calor, evitando 
maior consumo de energia pelo uso de ventiladores e aparelhos de ar condicionado.
- Substituir elevadores convencionais elétricos pelos elevadores hidráulicos de 
última geração.
Podemos destacar como benefícios: a redução dos custos de produção no caso 
de uma indústria; a redução do valor da conta de luz, no caso de uma residência; 
a redução de consumo de fontes de energia; a diminuição da contaminação 
ambiental, que, no caso de empresa, estará cumprindo com requisitos solicitados 
pelas normas internacionais: ISO 9000, ISO 14000 e a mais recente, ISO 50001; e 
a melhoria da imagem da empresa frente a seus clientes, pois demonstra o seu 
comprometimento com o meio ambiente.
18Produção e consumo sustentáveis
Economia Verde
O conceito de Economia Verde foi lançado pelo Programa das Nações Unidas para 
o Meio Ambiente - PNUMA, United Nations Environment Programme (UNEP). A Eco-
nomia Verde pode ser definida como “aquela que resulta na melhoria do bem-estar 
humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente 
os riscos ambientais e promove a produção e consumo sustentáveis”; em síntese, 
uma economia de baixo-carbono, eficiente no uso de recursos naturais e social-
mente inclusiva (UNEP, 2011, p.16).
Possui três estratégias principais: a redução das emissões de carbono, uma maior 
eficiência energética e no uso de recursos, evitando a perda de biodiversidade e 
conservando os serviços ecossistêmicos.
Assim, a Economia Verde é constituída de mecanismos que estão relacionados a 
três vertentes:
19Produção e consumo sustentáveis
Para centralizar os esforços na Economia Verde, foram priorizados alguns temas.
 Energia e Mudanças Climáticas: A Economia Verde promove ações 
relacionadas ao combate às mudanças climáticas, além de impulsionar 
mecanismos que promovam processos produtivos limpos e de geração de 
energia limpa, com a priorização de energias sustentáveis para todos.
 Cidades Habitáveis - Construção Civil e Transporte Sustentável: Envolve 
melhorias em transporte público e na construção civil, por meio de 
compromissos de governos, instituições financeiras internacionais, 
autoridades locais e comunidades, buscando uma melhor qualidade de vida 
nas cidades, por meio do fortalecimento dos serviços prestados à sociedade. 
Assim, planejamento urbano focado na melhoria da mobilidade para 
usuários de transporte público, ciclistas e pedestres; aumento da eficiênciano uso da água; melhoria da qualidade dos empreendimentos de habitação 
de interesse social, eficiência energética nas habitações, bem como 
redução do impacto nos ecossistemas naturais, foram temas inseridos na 
agenda da Economia Verde para promoção de cidades habitáveis. Podemos 
citar como exemplo o Transporte de Baixo Carbono, como trens e ônibus 
elétricos, e o o sistema BRT (Bus Rapid Transit), sistemas de transporte 
sustentáveis, compostos por ônibus de alta capacidade que circulam por 
corredores exclusivos.
 Agricultura e Alimentos: A Economia Verde busca disseminar boas práticas 
agrícolas usando tecnologias acessíveis a pequenas propriedades rurais 
e à agricultura familiar, objetivando cultivos sustentáveis e o aumento na 
produção de comida e na renda de pequenos agricultores.
 Oceanos e Pesca: Segundo a ONU (2012), 85% de todas as espécies de 
peixes estão sobre-exploradas, esgotadas, em recuperação ou plenamente 
exploradas, assim foi enfatizada a necessidade de ações nesse segmento, 
que envolvam governos, a ONU e as organizações regionais e não 
governamentais para conter a sobrepesca. 
20Produção e consumo sustentáveis
 Indústria, Químicos e Resíduos: Em relação ao setor industrial, há proposição 
de ações que busquem ampliar o uso de fontes de energia ou de matérias- 
primas renováveis, alternativas não contaminantes ou substituição de 
produtos perigosos aos ecossistemas, uso mais eficiente dos recursos 
ambientais (energia, materiais, solo, água etc.) e a redução de qualquer 
forma de desperdício (resíduos, efluentes, gases de efeito estufa etc.).
 Florestas e Uso da Biodiversidade: A Economia Verde propõe atividades 
que avisam o uso e conservação das florestas e da biodiversidade, 
considerando que essas práticas são indutoras de emprego, além de 
gerarem benefícios relacionados à produção e conservação dos serviços 
ecossistêmicosflorestais, que incluem o gerenciamento de carbono e a 
regulação do clima, a manutenção da qualidade da água, o fornecimento de 
energia, bem como todas as atividades planejadas de turismo na natureza.
Os serviços ecossistêmicos são conservados quando o homem trabalha para a 
preservação do ecossistema, executando um serviço ambiental. Essas práticas 
promovem a manutenção da qualidade de vida no planeta (clima, qualidade dos 
recursos hídricos e manutenção da biodiversidade).
Logística Verde
A Logística, segundo Simonato (2011, p.123), é “um conjunto de recursos (mão de 
obra, recursos de produção, máquinas, elementos de movimentação e armazenagem) 
empregados para desenvolver fisicamente todas as operações de fabricação, 
espaço físico para armazenagem e movimentação, que permitam assegurar o fluxo 
de matérias desde os fornecedores até o cliente”.
Quando a gestão ambiental é aplicada à Logística, passa a denominá-la de Logística 
Verde, que, segundo Donato (2013):
“É a área da logística que se preocupa com os aspectos e impactos 
da atividade logística sobre o seu entorno (comunidade e meio 
ambiente). Esse é o termo usado para definir um instrumento de 
gestão que irá mensurar os aspectos e impactos da atividade 
21Produção e consumo sustentáveis
logística e dessa forma criar mecanismos para: conter o aumento 
abusivo de emissão de resíduos ao meio ambiente, o armazenamento 
desprotegido de materiais, melhorar a eficiência nas formas de uso, 
reaproveitando materiais e energia por meio da reciclagem, reuso e 
redução na demanda.”
São várias as ações a serem tomadas para garantir um sistema logístico verde.
Definir roteiros mais curtos para reduzir o gasto de combustível, pneu, óleo, 
baterias, dentre outros itens relacionados ao transporte, assim como as emissões 
atmosféricas; utilizar combustível renovável ou com baixa emissão de carbono, a 
exemplo do álcool, biodiesel e gás natural; reciclar os resíduos gerados, tais como 
pneu, óleo lubrificante e baterias; utilizar transporte menos impactante considerando 
não somente rodovia, mas também as hidrovias, ferrovias e aéreo, entre outros.
EXEMPLOEXEMPLO
A Logística Verde, além de ajudar na proteção ambiental, pode conferir ganhos 
econômicos às empresas porque reduz os gastos, inclusive com acidentes 
ambientais, emissões atmosféricas, dentre outros; melhora a imagem da empresa 
para todas as partes interessadas (comunidade, clientes, governo...) e confere 
melhor qualidade de vida à população.
Construção sustentável
A construção civil vem ganhando destaque por promover a construção de edificações, 
obras viárias, infraestrutura (rodoviária e portuária) e industriais sustentáveis, que 
visa conciliar ganho financeiro, proteção ao meio ambiente e qualidade de vida 
por meio da adoção de práticas de produção e consumo de bens e serviços mais 
eficientes, e é um dos setores econômicos que mais gera emprego em nosso país. 
22Produção e consumo sustentáveis
De acordo com a Agenda 21 para a Construção Sustentável em países em 
desenvolvimento, o conceito de construção sustentável é “um processo holístico 
que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural 
e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade humana e 
encorajem a equidade econômica”.
A construção sustentável tem como principal compromisso a redução de possíveis 
impactos ambientais que possam vir a surgir com as construções, desde a fase de 
obra até o seu uso.
Essa nova tendência foi inicialmente disseminada em 1992, quando o evento Rio-92 
abordou as possíveis práticas sustentáveis na construção civil. Naquele momento 
se estabeleceu diretrizes para alcançar um modelo de edificações que refletisse 
as características do ambiente natural, aliando aos processos da construção o 
conceito de ecologia. Após a Rio-92, encontros e conferências foram realizadas 
para discutir esse novo modelo, e, em 1998, no Reino Unido, foi lançada a primeira 
entidade de certificação de prédios sustentáveis no mundo a BREEAM – Building 
Research Establishment Environmental Assessment Method, que significa Método 
de Avaliação Ambiental do Estabelecimento de Pesquisa para Edifícios (IDHEA, 
2014).
Projeto de construção sustentável
Para conseguir vencer os desafios, e realizar projetos de construções sustentáveis, é 
necessário que haja adoção de práticas sustentáveis, desde a elaboração do projeto 
até a execução da obra. Pensando nas estratégias sustentáveis para a construção, 
foi lançado, em 2010, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), 
o Programa de Construção Sustentável. Os sete temas definidos pela CBIC como 
prioritários para a elaboração de projetos sustentáveis na construção civil (CBIC, 
2014) são:
23Produção e consumo sustentáveis
Meio ambiente, infraestrutura e desenvolvimento urbano: esse tema propõe associar 
os aspectos ambientais e sociais na elaboração dos projetos, tendo em vista a 
elaboração de propostas sistêmicas em harmonia com o ambiente. Uma estratégia 
a ser utilizada é o planejamento do uso e ocupação do solo, essencial para a 
sustentabilidade, propondo soluções para adensamento populacional, alteração de 
paisagem natural, desmatamento, desvio de cursos d´água, formação de barreiras 
arquitetônicas, alteração de microclimas, mobilidade urbana e gerenciamento de 
resíduos sólidos.
Nesse tema, algumas das ações sugeridas pelo Programa de Construção Susten- 
tável são: Incentivo a iniciativas para a recuperação de áreas degradadas com o 
estabelecimento de critérios e procedimentos para agilizar processos de recupera- 
ção; estímulo a iniciativas para aproveitamento da madeira apreendida pelo Ibama; 
valorização das boas práticas e dos atores dos municípios para a formulação de 
políticas públicas em sintonia com necessidades e interesses dos habitantes das 
cidades.
Água: as estratégias devem promover o uso eficiente da água, proporcionando 
diminuição do custo e redução dos impactos socioambientais. São exemplos de 
algumas ações: formulação de políticas públicas que estimulem o reaproveitamento 
das águas pluviais em edifíciosresidenciais, comerciais e públicos; propor 
uma legislação para a medição individual de consumo nas edificações novas e 
construídas; reduzir perdas na distribuição e etc.
Energia: as estratégias de ação devem se preocupar em oferecer qualidade de 
vida ao consumidor e cuidado ambiental com redução de consumo de energia. 
Podemos citar como ações prioritárias: capacitar atores e consultores que atuam 
na cadeia produtiva; uso de fontes renováveis e da criação de redes que permitam 
o compartilhamento da energia local excedente nas edificações.
Mudanças climáticas: a estratégia de ação é a aquisição de materiais de construção 
oriundos de produção sustentável, com baixa emissão de CO2, um dos fatores 
responsáveis pelas mudanças climáticas. Podemos citar como ações: estímulo à 
legislação específica, inclusive nos códigos de obras e elaboração de ferramentas 
para produção de inventários de gases de efeito estufa.
24Produção e consumo sustentáveis
Materiais e sistemas: a estratégia é utilizar materiais reciclados ou ecológicos na 
estrutura e no acabamento, tornando a construção mais sustentável. Sugere-se 
como ações: reforçar a obrigatoriedade de compra de produtos em conformidade 
com as Normas ABNT (PSQs – do SiMAC/PBQP-H), visando garantir padrões 
mínimos de qualidade e fomentar a pesquisa, desenvolvimento e inovação de novos 
materiais, com menor impacto ambiental.
Resíduos: a estratégia é incentivar a gestão dos resíduos, e, como ações, podemos 
citar a promoção de parcerias público-privadas para implementação das áreas de 
manejo de resíduos e estabelecer, efetivamente, a logística reversa, por parte dos 
fornecedores, a ser prevista nos acordos setoriais.
Desenvolvimento Humano: a estratégia prevê identificar a demanda e disseminar 
boas práticas de responsabilidade social com vistas à promover a qualificação 
profissional por meio de ações como: mapeamento socioeconômico e capacitação 
de profissionais para aplicação da Lei 11.888/2008, que assegura às famílias de 
baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de 
habitação de interesse social.
Os estudos e planejamentos são realizados desde o momento de elaboração do 
projeto até a execução e uso do espaço a ser utilizado para construção. Algumas 
inovações e alternativas que são utilizadas para viabilizar as construções 
sustentáveis, como a certificação de práticas sustentáveis e os selos, estimulam a 
implementação de práticas sustentáveis. Como exemplos, podemos citar:
O Selo AQUA (Alta Qualidade Ambiental)
Desenvolvido em 2008, primeiro selo de certificação de construções sustentáveis 
no Brasil; e o Selo Casa Azul CAIXA, desenvolvido em 2009, para racionalizar o uso 
dos recursos naturais e reduzir os custos de manutenção dos edifícios.
25Produção e consumo sustentáveis
Selo PROCEL EDIFICA, voltado à Eficiência Energética das Edificações – EEE
Tem como meta o desenvolvimento de um conjunto de projetos visando 
(ELOBRAS,2014): investir em capacitação tecnológica e profissional com o objetivo 
de estimular a pesquisa e o desenvolvimento de soluções adaptadas à realidade 
brasileira, de forma a reduzir o consumo de energia elétrica nas edificações; 
atrair um número cada vez maior de parceiros ligados aos diversos segmentos 
da construção civil, para melhorar a qualidade e a eficiência das edificações 
brasileiras; divulgar os conceitos e práticas do bioclimatismo, por meio da inserção 
dos temas conforto ambiental e eficiência energética nos cursos de Arquitetura 
e Engenharia, para formar uma nova geração de profissionais compromissados 
com o desenvolvimento sustentável do País; disseminar os conceitos e práticas 
de EEE entre os profissionais de arquitetura e engenharia, e aqueles envolvidos em 
planejamento urbano; apoiar a implantação da regulamentação da Lei de Eficiência 
Energética (Lei 10.295/2001) no que toca às edificações brasileiras; e orientar 
tecnicamente os agentes envolvidos e técnicos de Prefeituras, para adequar seus 
Códigos de Obras e Planos Diretores.
Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design)
Existe também a certificação LEED, que atesta que a obra (antes, durante e depois) 
atende aos princípios da sustentabilidade para a construção civil. No Brasil, a 
certificação LEED é representada oficialmente pelo Green Building Council Brasil 
(GBC-Brasil), que certifica empreendimentos e construções em quatro níveis, sendo 
avaliado: a eficiência energética; o uso racional da água, materiais e recursos; a 
qualidade ambiental interna; os espaços sustentáveis; as inovações e tecnologias; 
e, os créditos regionais (GBC, 2014).
Para assegurar que o empreendimento esteja em conformidade com a 
sustentabilidade, além dos selos, existe a certificação das empresas do setor pelo 
Sistema de Avaliação da Conformidade de Serviços e Obras (SIAC), do Programa 
Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). Enfim, um projeto de 
construção sustentável deve satisfazer ao consumidor, ser viável economicamente 
para os investidores e ser produzido com técnicas que proporcionem a proteção ao 
meio ambiente.
26Produção e consumo sustentáveis
Varejo sustentável
Operações e lojas sustentáveis: optando por construções mais 
sustentáveis e adoção da gestão ambiental;
Gerenciamento da cadeia produtiva: o setor de varejo pode incentivar 
seus fornecedores a desenvolver produtos sustentáveis. 
Educação e informação para os consumidores: o varejo pode 
incentivar os consumidores a realizarem compras sustentáveis, além 
de educá-los no uso e descarte de produtos de maneira adequada.
O varejo é composto por uma gama de empresas que tem como objetivo vender 
produtos e serviços que atendam uma necessidade pessoal do consumidor final 
(PARENTE, 2000, p.22 apud AMADEU JUNIOR, 2009).
Trata-se da principal ligação entre a indústria (produção) e o consumidor (consumo), 
ou seja, é o local onde ocorre boa parte das transações de mercado.
Segundo o Fórum de Varejo e Consumo Sustentável realizado pela Fundação 
Getúlio Vargas, o varejo sustentável é aquele em que: (...) por meio da promoção de 
produtos mais eficientes e menos poluentes, da mobilização da cadeia produtiva e da 
educação e informação dos seus consumidores, o varejista irá atender ao anseio dos 
consumidores que buscam consumir de forma a produzir menores impactos sociais 
e ambientais (FGV, 2009). Dessa maneira, podemos dizer que varejo sustentável 
corresponde à atividade varejista preocupada com a comercialização de produtos 
ambientalmente corretos, além de contribuir com o processo de sensibilização 
dos consumidores a comprar produtos que sejam menos impactantes ao meio 
ambiente.
27Produção e consumo sustentáveis
Outro fator que contribui para o desenvolvimento de ações sustentáveis no setor 
de varejo é a imagem perante a sociedade. As empresas que são negligentes com 
o meio ambiente podem ter sua imagem comprometida no mercado, gerando 
efeitos negativos na lucratividade. Em contrapartida, empresas preocupadas com 
as questões ambientais podem ganhar visibilidade e maior competitividade em 
relação aos seus concorrentes.
Agricultura sustentável
A agricultura é uma atividade muito importante para a sociedade e para economia, 
pois ao tempo que produz alimentos de qualidade e necessários à vida humana, 
fortalece a economia do País. No entanto, alguns aspectos relacionados à produção 
na agricultura causam impactos ambientais e, dentre eles destacamos: consumo de 
água, uso de produtos químicos no solo e nas plantações, alterações nos padrões 
de uso e ocupação de solo, eutrofização de mananciais, e geração de resíduos 
de embalagens de produtos químicos. Esses aspectos, por sua vez, podem gerar 
impactos na qualidade do solo e da água superficial e subterrânea; contribuir com 
a escassez da água; e, por meio da cadeia alimentar, contaminar o ser humano.
Com o tempo, despertamos para a necessidade de desenvolver boas práticas 
agrícolas, que assegurem um meio ambiente saudávele estabeleçam um padrão de 
desenvolvimento sustentável que equilibre a produção e o consumo de alimentos. 
O conceito de agricultura sustentável surge após o Relatório de Brundtland, que 
abordou a questão da sustentabilidade para os mais distintos ramos, inclusive 
a agricultura. Em 1987, o relatório já chamava a atenção para os insustentáveis 
padrões de produção e consumo.
Assim, a agricultura sustentável visa a conservação dos recursos naturais (solo, 
água) e recursos genéticos (animais e vegetais) com o uso de técnicas apropriadas 
que assegurem o desenvolvimento econômico e social com a proteção ambiental. 
Conforme a Agenda 21 (Capítulo 14, p 175): “O principal objetivo do desenvolvimento 
rural e agrícola sustentável é aumentar a produção de alimentos de forma 
sustentável e incrementar a segurança alimentar. Isso envolverá iniciativas na área 
da educação, o uso de incentivos econômicos e o desenvolvimento de tecnologias 
28Produção e consumo sustentáveis
novas e apropriadas, dessa forma assegurando uma oferta estável de alimentos 
nutricionalmente adequados, o acesso a essas ofertas por parte dos grupos 
vulneráveis, paralelamente à produção para os mercados; emprego e geração de 
renda para reduzir a pobreza; e o manejo dos recursos naturais juntamente com a 
proteção do meio ambiente.”
Dessa forma, o desafio da agricultura sustentável é estimular modelos de sistemas 
agrícolas inovadores, que promovam o desenvolvimento rural socialmente justo 
e que busquem associar o conhecimento técnico e científico ao conhecimento 
tradicional existente.
É preciso destacar que o termo agroecologia é bastante utilizado quando se trabalha 
com o tema da agricultura sustentável.
A Agroecologia é uma ciência que se propõe a manejar os sistemas agrários de forma 
integrada e sustentável, através da construção de estratégias de desenvolvimento 
rural, com produção, consumo e comercialização sustentáveis dos alimentos 
(RIECHMANN, 2002 apud EMBRAPA, 2006).
NOTANOTA
Ao sugerir alternativas de manejo dos recursos naturais, de forma sustentável, com 
participação social e equilíbrio entre produção e consumo, surge a Agroecologia, 
que propõe a aplicação dos princípios ecológicos à produção agropecuária, e 
incorporação de técnicas para diversificação de sistemas de produção com redução 
da degradação e impacto ambiental (EMBRAPA, 2006).
A Agroecologia possui várias linhas de ações que buscam estabelecer uma prática 
que contribua para alcançar uma Agricultura Sustentável. O entendimento é de que 
a agroecologia é de extrema importância, pois a base para seus principais sistemas 
de produção são os conhecimentos tradicionais. Existe na literatura diferentes 
nomenclaturas para os sistemas da agricultura ecológica. Vamos conhecer de 
forma mais detalhada as mais abordadas, que, segundo a EMBRAPA (2006), são:
29Produção e consumo sustentáveis
Agricultura Orgânica
Vertente mais conhecida da agroecologia que se baseia na adoção de boas práticas 
para manter a fertilidade do solo e a saúde das plantas. Diversificam as culturas, 
realizam a rotação de culturas, adubação orgânica (adubos verdes e compostagem), 
fazem manejo ecológico de pragas e doenças.
Permacultura
Esse método se preocupa em criar sistemas agrícolas integrados com o ambiente 
natural, com disposição espacial das espécies vegetais semelhante ao encontrado na 
natureza e associadas à produção animal. Assim como em outros sistemas, busca- 
se a cooperação do homem com a natureza, respeita-se os princípios da natureza e 
valoriza o conhecimento tradicional. Uma característica marcante da permacultura 
é o paisagismo, que normalmente busca criar um ambiente saudável e sustentável, 
inspirado nas cadeias alimentares. As edificações e infraestrutura (energia, água) 
necessárias ao ambiente humano poderão estar presentes, associadas às plantas 
e animais, e às áreas de preservação ambiental.
Sistema Agroflorestal – SAF
Prática utilizada há bastante tempo pelos indígenas que consiste na exploração dos 
solos com modelos que mais se aproximem do sistema natural, com uso sustentável 
do ecossistema e que combinem espécies florestais, culturas agrícolas e/ ou com 
a pecuária (CEPLAC, 2014). O sistema agroflorestal se caracteriza por combinação 
de cultivos agrícolas com plantações de árvores frutíferas ou florestais, com 1 ou 2 
espécies de plantas (ou plantas e animais), utilizando técnicas de cultivos e manejo 
que valorizam a cultura tradicional da região.
Selos de agricultura sustentável
Para assegurar que o produto foi produzido a partir de sistemas que preconizam a 
agricultura sustentável, a agroindústria se submete aos sistemas de certificação 
para obtenção de selos. Dessa forma, os consumidores têm a garantia da qualidade 
dos produtos e da preservação ambiental. No Brasil, um exemplo de empresa 
certificadora, é o Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural (IBD). Esse 
instituto verifica se o produto está sendo cultivado e/ou processado de acordo 
30Produção e consumo sustentáveis
com as normas de produção orgânicas e seu certificado é aceito no mundo inteiro. 
Os seguimentos certificados pelo IBD são os mais diversos possíveis, podemos 
citar como exemplos: apicultura, cosméticos, vinho, alimentos, pousadas, hotéis, 
silvicultura e produtos extrativistas etc.
Por seguir as normas nacionais e internacionais, os produtos certificados são 
reconhecidos na Europa, Estados Unidos e Japão. De fundamental importância no 
processo de incentivo à agricultura ecológica, o processo de certificação traz como 
novidade o envolvimento de projetos de pesquisas e assessoramento técnico aos 
produtores, promovendo consciência ecológica e fortalecendo o desenvolvimento 
sustentável.
É importante termos conhecimento de como a agricultura brasileira é sustentável. 
Hoje, o Brasil figura entre os maiores produtores de alimentos do mundo, mantendo 
mais de 60% da vegetação nativa conservada, a maior biodiversidade do planeta e 
um estoque de 20% da água doce potável do mundo.
IMPORTANTEIMPORTANTE
Conceitos iniciais de consumo
O padrão de vida socioeconômico é um dos pontos que mais influencia o padrão 
de consumo das pessoas. Por exemplo, quanto maior o poder aquisitivo, maior o 
consumo que, por sua vez, acarreta aumento na demanda de energia, água e outros 
elementos naturais. Assim, é preciso discutir alguns conceitos para definir práticas 
que visem o consumo sustentável.
Consumo e consumismo: Cada vez mais ouvimos nos meios de comunicação as 
palavras consumo e consumismo. Enquanto o consumo é a necessidade de obter 
um serviço ou produto para atender a uma finalidade específica, o consumismo 
não analisa a real necessidade. Cabe destacar que o consumo interage diretamente 
com a sustentabilidade e pode ser um poderoso instrumento para alcançá-la. Já o 
consumismo vem a ser o ato de consumir, em excesso, produtos e serviços que, na 
31Produção e consumo sustentáveis
maioria das vezes, o consumidor não tem necessidade alguma de adquirir. Muitos 
de nós não paramos para pensar de que forma compramos, por que compramos e 
o que pode estar associado ao ato de comprar.
- Consumo verde: Ao escolher produtos sustentáveis o consumidor tem a 
possibilidade de valorizar seu poder de compra e influenciar o mercado produtor. 
Nessa estratégia, as empresas investem em inovação e tecnologia para a produção 
de produtos verdes. No entanto, esses produtos se tornaram mais caros, não 
atingindo a maioria da população. O consumidor passa a trocar de marcas e continua 
a consumir na mesma velocidade, mas, por outro lado, passa a dar preferência a 
produtos ambientalmente corretos.
- Consumo consciente e responsável: A proposta do consumo consciente e 
responsável, também conhecido como consumo ético, é a mudança individual no 
padrão de consumo considerando não somente o aspecto ambiental, mas, também, 
o social. Esse consumidor se preocupa com suas escolhas, pesquisa informações, 
analisa o produto e dá preferência por empresas sérias, comresponsabilidade 
ambiental e que sejam socialmente justas, economicamente viáveis e ambiental e 
socialmente corretas, de acordo com os princípios da sustentabilidade.
- Consumo Sustentável: O consumo sustentável é uma proposta mais ampla que 
as anteriores, pois além das inovações tecnológicas e das mudanças nas escolhas 
individuais de consumo, enfatiza ações coletivas e mudanças políticas, econômicas 
e institucionais para fazer com que os padrões e os níveis de consumo se tornem 
mais sustentáveis.
Direitos e deveres dos consumidores
A construção do padrão consciente de consumo exige relações mais estreitas entre 
governo, produtores, comerciantes e consumidores em busca de formas alternativas 
e solidárias de produção, articulando experiências de mercados limpos e justos 
com o movimento de consumidores. 
Normalmente o consumo e a cidadania são pensados juntos e o ato de adquirir 
um bem de consumo segue as forças do mercado que influenciam e direcionam 
32Produção e consumo sustentáveis
muitas de nossas ações. Para se proteger, o consumidor deve ser crítico, ético e 
responsável por suas atitudes, ter interesse pelos problemas coletivos, se associar 
e sempre reivindicar novos direitos.
Quando o consumidor, após adquirir um produto, ficar insatisfeito, perceber que foi 
ou poderá ser lesado, ele poderá agir de duas formas: individualmente, buscando 
um ressarcimento pelo dano causado ou coletivamente, se possuir informações 
necessárias para uma análise crítica e perceber que o produto adquirido ou o serviço 
contratado não é seguro ou traz prejuízos sociais e ambientais, entrando com ação 
coletiva contra a empresa ou acionando o Ministério Público, ou seja, agindo de fato 
como um cidadão. 
Podemos citar como estratégias de proteção do consumidor:
33Produção e consumo sustentáveis
Perceba que no momento em que as insatisfações são identificadas e discutidas 
coletivamente, temos a possibilidade de contribuir para uma sociedade mais justa. 
Para assegurar nosso direito enquanto consumidores, várias leis foram elaboradas 
para garantir o direito do consumidor e uma relação saudável entre as empresas e 
a sociedade.
No Brasil, no início dos anos de 1990, iniciou a vigência da mais importante lei para 
os consumidores, o Código de Defesa do Consumidor, que institui vários tipos de 
proteção para quem adquire produtos e serviços no mercado. O documento prevê 
também padrões de conduta, prazos e penalidades em caso de desrespeito à lei 
(BRASIL, 2009).
Os direitos dos consumidores, em geral, têm consagração no artigo 6º do Código 
de Defesa do Consumidor, Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, sintetizados da 
seguinte forma:
• Proteção da vida, saúde e segurança;
• Educação para o consumo;
• Informação adequada e clara sobre produtos e 
serviços;
• Proteção contra a publicidade enganosa e 
abusiva e métodos comerciais ilegais;
• Proteção contra práticas e cláusulas abusivas 
nos contratos;
• Prevenção e reparação de danos patrimoniais e 
morais;
• Adequação e prestação eficaz dos serviços 
públicos em geral;
• Acesso à justiça e aos órgãos administrativos e 
facilitação da defesa em favor do consumidor.
34Produção e consumo sustentáveis
Além do mercado, o setor público também começou a atuar com essas pautas, pois, 
como grande consumidor, consegue influenciar na produção e consumo sustentáveis 
dos bens e insumos. Segundo o Guia Nacional de Contratações Sustentáveis 
(Advocacia Geral da União – AGU, 2020), estima-se que as contratações públicas 
federais no Brasil representam 20,2% do Produto Interno Bruto (Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística – IBGE. Participação da Despesa de Consumo das 
Administrações Públicas em Relação ao Produto Interno Bruto. Séries Históricas e 
Estatísticas).
Dessa forma, a licitação/contratação sustentável constitui significativo instrumento 
do qual dispõe a Administração Pública para exigir que as empresas que pretendam 
contratar com o Poder Público cumpram requisitos de sustentabilidade social, 
econômica e ambiental, desde a produção até a distribuição de bens, assim como 
na prestação de serviços e na realização de obras de engenharia.
A A3P é um programa de responsabilidade socioambiental, de adesão voluntária, 
e se destina às três esferas de governo (federal, estadual e municipal) e aos três 
poderes da república (executivo, legislativo e judiciário). O programa tem por 
objetivo estimular os gestores públicos a incorporar princípios e critérios de gestão 
sustentável em suas atividades rotineiras. Baseado em eixos temáticos, visa reduzir 
gastos institucionais por meio do uso racional dos recursos naturais e dos bens 
públicos, da gestão adequada dos resíduos, e de outros princípios. É importante 
destacar que a A3P tem como foco a mudança de comportamento e que a redução 
de gastos é consequência de uma gestão eficiente, e não o seu objetivo final.
SAIBA MAISSAIBA MAIS
Essas ações embasam e estruturam os seis eixos temáticos da A3P. A Agenda se 
encontra em harmonia com o princípio da economicidade, que se traduz na relação 
custo-benefício positiva e, ao mesmo tempo, atende ao princípio constitucional da 
eficiência na administração pública, incluído no texto da Carta Magna (art. 37) por 
meio da Emenda Constitucional nº 19/1998.
35Produção e consumo sustentáveis
A A3P pode ser considerada como o marco indutor de adoção da gestão ambiental 
no âmbito da Administração Pública brasileira. É um programa de cará ter voluntá-
rio, sem natureza impositiva e regulatória. O que se busca é uma ação exemplar do 
gestor público a partir da compreensão do que é a responsabilidade organizacional 
nos âmbitos social, econômico e ambiental.
5R - repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar
A Agenda Ambiental do Ministério do Meio Ambiente prioriza como um dos seus 
princípios a política dos 5 Rs:
 Repensar a necessidade de consumo e os padrões de produção e descarte 
adotados.
 Recusar possibilidades de consumo desnecessário e produtos que gerem 
impactos ambientais significativos.
 Reduzir significa evitar os desperdícios, consumir menos produtos, 
preferindo aqueles que ofereçam menor potencial de geração de resíduos e 
tenham maior durabilidade.
 Reutilizar é uma forma de evitar que vá para o lixo aquilo que não é lixo, 
reaproveitando tudo o que estiver em bom estado. É ser criativo, inovador 
usando um produto de diferentes maneiras.
 Reciclar significa transformar materiais usados em matérias-primas para 
outros produtos por meio de processos industriais ou artesanais.
Logística reversa
A palavra “reversa” é para indicar o “retorno”, ou seja, a logística reversa visa garantir 
o retorno do resíduo sólido para o processo produtivo, como matéria-prima, ou para 
outra forma de destinação final ambientalmente adequada.
Veja a seguir o conceito de logística reversa, segundo a Lei Federal nº 12.305, de 
2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em seu Art. 
36Produção e consumo sustentáveis
3º: “A logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social 
caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a 
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para 
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação 
final ambientalmente adequada (BRASIL, 2010).”
São muitos os ganhos com a reciclagem e eles são possíveis devido à ajuda da 
logística reversa. A redução: (i) do consumo de recursos naturais como matéria-
prima; (ii) do consumo de energia; (iii) da perda da biodiversidade com a exploração 
de recursos naturais; (iv) da geração de resíduos sólidos, efluentes e emissões 
atmosféricas; e do (v) custo de tratamento dos resíduos, podem ser citados como 
ganhos com a prática de reciclagem. Já os ganhos econômicos, apesar do custo 
com o sistema logístico, consistem em obter uma matéria-prima mais barata.
NOTANOTA
Além de todas as contribuições em relação aos ganhos ambientaise econômicos, 
somente com a PNRS, a logística reversa passou a ser considerada e instituída 
como um instrumento de gestão dos resíduos sólidos. Sendo assim, não somente 
o governo é responsável pela gestão dos resíduos, mas, também, as empresas e 
consumidores. A essa responsabilidade pela gestão dos resíduos dá-se o nome de 
responsabilidade compartilhada.
Rotulagem ambiental e selos verdes
Os termos rotulagem e selos ambientais, também conhecidos como rotulagem 
ecológica e selos verdes, estão relacionados com certificação de produtos adequa- 
dos ao uso e que apresentam menor impacto no meio ambiente em relação a outros 
produtos comparáveis disponíveis no mercado.
Os selos, como também outras atividades dos programas de rotulagem ambiental, 
servem a uma variedade de propósitos e têm como objetivo um público específico 
(BARBOZA, 2001).
37Produção e consumo sustentáveis
Com o despertar para a relevância das questões ambientais, alguns países desen- 
volvidos saíram na frente em relação à Rotulagem Ambiental. O primeiro selo ver-
de foi o “Anjo Azul” (Blauer Engel), em 1978, selo do governo alemão, certificava 
os produtos que eram provenientes de reciclagem, com baixa toxicidade, sem CFC 
(clorofluorcarbonetos) etc. Proliferaram, assim, rótulos e declarações de desempe- 
nho ambiental, quer voluntários ou quer obrigatórios.
Dessa forma, mesmo com a variedade de rótulos ambientais a rotulagem ambiental 
se tornou um poderoso instrumento de mercado, pois as empresas que passam a 
reconhecer as preocupações ambientais ganharam vantagem competitiva e come- 
çaram a despertar o interesse do consumidor, sendo diferencial para escolha na 
hora da compra. Essa iniciativa alcançou grande repercussão e houve a preocu- 
pação com a credibilidade e a busca pela imparcialidade. Assim, foram formadas 
organizações públicas (entidades governamentais) e privadas (entidades indepen- 
dentes) com o objetivo de validar produtos e serviços rotulados.
Nesse contexto, em 1993, foi criada a série de Normas ISO 14020. Esta série surge 
como resultado da necessidade de normatizar a relação entre produtos e consumi-
dores, ou seja, as relações B2B (Business to Business) a nível internacional. Des-
sa maneira, além dos rótulos ambientais, os produtores passaram a apresentar a 
metodologia de avaliação e verificação geral, fazendo autodeclarações ambientais 
de que os seus produtos são ambientalmente orientados, através de instrumento 
denominado “declaração ambiental” (BARRETO, 2007).
A rotulagem ambiental, de acordo com a norma ISO 14020, determinou um conjunto 
de critérios para avaliar os esquemas de rotulagem ambiental que busca estimular 
a procura de produtos e serviços por meio de um conjunto de informações indica-
tivas e relevantes sobre os seus desempenhos ambientais, conforme veremos a 
seguir:
Rotulagem Tipo I – Rótulos ambientais certificados ou Programas de Selo Verde – 
ISO 14024
Os rótulos ambientais (Tipo I) são utilizados por produtos ou embalagens, verificados 
por uma parte independente da produção ou venda dos produtos, podendo esta 
ser executada por instituições governamentais, do setor privado ou organizações 
38Produção e consumo sustentáveis
sem fins lucrativos. Também são conhecidos por programas de 3ª parte que 
estabelecem critérios de forma independente, proporcionando assim credibilidade 
e transparência à certificação do processo. Atualmente, no Brasil, somente de 
agricultura orgânica são cerca de 20 selos no mercado.
Em relação à faixa de consumo de energia dos eletrodomésticos, o país apresentou 
importantes avanços com o selo “Procel”, por exemplo, do Instituto Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Na área de manejo 
florestal, se instalaram no Brasil algumas das certificadoras internacionais, tais 
como: Forest Stewardship Council (FSC), o maior certificador de mundial, que aqui 
chama-se Conselho Brasileiro de Manejo Florestal.
Rotulagem Tipo II – Autodeclarações Ambientais - ISO 14021
As Rotulagens Tipo II, conhecidas como “autodeclarações”, são feitas pelos 
produtores, importadores ou distribuidores, de modo a comunicar informação 
sobre aspectos ambientais dos seus produtos e serviços. São também chamadas 
de Programas de 1ª Parte, pois envolvem rotulagem de produtos ou embalagens, 
declarados diretamente por aqueles que serão beneficiados, que geralmente são: 
fabricantes, varejistas, distribuidores ou comerciantes do produto. 
Esses rótulos ou declarações surgiram no final dos anos 80 e início dos anos 90 e 
são feitos pela parte que faz a reivindicação ambiental, uma empresa ou instituição, 
que declara sem verificação independente. Entretanto, existe a Norma ISO 14021, 
que “especifica os requisitos para autodeclarações ambientais, incluindo textos, 
símbolos e gráficos, no que se refere aos produtos”. 
Rotulagem Tipo III – Declarações Ambientais de Produto (EPDs)
A Rotulagem Tipo III, ou Declaração Ambiental de Produto (Environmental Product 
Declaration, EPD), é um conjunto de dados ambientais quantificáveis ao longo 
do ciclo de vida do produto ou serviço, através de diagramas que apresentam 
indicadores ambientais (aquecimento global, depleção de recursos, resíduos, entre 
outros), acompanhados da sua respectiva interpretação, baseados nos requisitos 
específicos para as diferentes categorias de produto.
39Produção e consumo sustentáveis
São também chamados de 2ª parte, pois não é o próprio produtor, nem uma terceira 
parte desinteressada da venda do produto quem garante as informações prestadas, 
mas um grupo de pessoas ou empresas que se reuniu para definir alguns critérios 
a fim de que os produtos adquiram o selo.
Esse tipo de rotulagem é definido pela norma NBR ISO 14025, a qual estabelece 
categorias de parâmetros para a elaboração de declarações ambientais do 
produto e é desenvolvida por iniciativa da própria indústria, por associações 
comerciais, ou por determinados segmentos empresariais que se responsabilizam 
pelo fornecimento das informações contidas nos selos. Esses rótulos não estão 
consolidados tecnicamente, pois somente incluem as categorias de impacto que já 
foram estudadas no âmbito de cada produto e as linhas diretrizes para o estudo do 
Avaliação do Ciclo de Vida - ACV.
Compras sustentáveis
Falando em conceitos, a palavra rastreabilidade tem o seu significado vinculado à 
capacidade de seguir o rastro, a pista, a vida anterior do produto comprado. Essa 
noção está ligada à Avaliação do Ciclo de Vida, e é a forma do consumidor ou do 
comprador entender a origem do produto adquirido. Rastreabilidade é um tema 
muito interessante e já vem sendo trabalhado no Brasil para garantir, por exemplo, a 
procedência (origem) da madeira através do Documento de Origem Florestal (DOF).
Para o consumidor é importante observar o rótulo do produto, pois esse deve conter 
as informações da empresa e do seu conteúdo; pesquisar sobre a empresa também é 
uma postura consciente, pois muitas apresentam diversas certificações ambientais, 
rótulos de projeção internacional e, também, sistemas de gestão reconhecidos 
pelos seus pares. Por outro lado, é difícil fazer a escolha do produto ou do serviço 
baseando-se nesses critérios, pois, para o cidadão que também é consumidor, os 
parâmetros de preço e custo-benefício ainda são os mais importantes. 
40Produção e consumo sustentáveis
Compras sustentáveis no setor privado
O olhar focado em preço, prazo e qualidade faz parte da interminável jornada do 
comprador institucional (BETIOL et al., 2012). Nesse sentido, ainda segundo os 
autores, “a aquisição de bens e serviços pode representar mais de 50% dos gastos 
de uma empresa, podendo ultrapassar a marca dos 80% em setores como o varejo 
e as indústrias eletrônica e automotiva” (BETIOL et al., 2012). 
No setor privado, o processo de aquisição é relativamente mais simples, seguindo 
geralmente o critério de “menor preço”, não incluindo o sistema licitatório observado 
no setor público. Dessa forma, diversosfatores podem ser levados em consideração 
dentro das organizações, além do ciclo de vida do produto, a localidade do produto/ 
serviço, o tipo de descarte e tantos outros.
Dentro da lógica que atenda aos critérios da sustentabilidade, o setor público (que 
efetua um grande volume de aquisições anualmente) também começou a aderir às 
compras sustentáveis, mas com uma nomenclatura diferente: Compras Públicas 
Sustentáveis (CPS).
Compras Públicas Sustentáveis - CPS
Por que é tão importante para o setor público realizar compras sustentáveis? De 
acordo com o ICLEI (2014), “as compras e contratações públicas movimentam entre 
10 e 20 % do PIB nos países latino-americanos”, conforme divulgado pela Rede 
Interamericana de Compras Governamentais. Ainda, segundo a rede, ao constatar 
alternativas inovadoras e adotar novos conceitos e critérios, “é possível incentivar 
um desenvolvimento mais sustentável por meio da ampliação de oferta de produtos 
mais sustentáveis e inovadores pelo mercado” (ICLEI, 2014).
IMPORTANTEIMPORTANTE
41Produção e consumo sustentáveis
De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, “a prática de 
CPS permite atender as necessidades específicas dos consumidores finais através 
da compra do produto que oferece o maior número de benefícios para o ambiente e 
para a sociedade”. 
As compras públicas sustentáveis são um subtema dentro da proposta das 
compras sustentáveis que merecem um destaque diferenciado, pois adiciona 
requisitos especiais nas aquisições, uma vez que são feitas exclusivamente pelo 
setor público. Outrossim, os compradores do setor público precisam cumprir as 
determinações relativas à Lei nº 8666/1993, que determina a compra por meio de 
processo de licitação, com as aplicações do Decreto nº 7746/2012, que permite a 
adoção de critérios e práticas de sustentabilidade nas aquisições públicas.
Adicionar critérios de sustentabilidade nas aquisições públicas não é mais uma 
novidade no mundo e no nosso país, pois já vem sendo adotado por alguns estados 
e até pela federação. Dessa forma, amadurecer alguns processos, adotar sistemas 
de gestão e aliar-se a empreendedores sustentáveis tem sido uma inteligente 
medida do setor público.
42Produção e consumo sustentáveis
Encerramento
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43Produção e consumo sustentáveis
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	Produção e consumo sustentáveis
	Introdução
	Meio Ambiente e Desenvolvimento
	Produção sustentável
	Ferramentas/linhas de atuação
	Prevenção da poluição
	Ferramentas de Prevenção da Poluição
	Avaliação do ciclo de vida (ACV)
	Aplicação da ACV
	Softwares de ACV
	Ecodesign
	PSS (Sistema Produto-Serviço) e Meio Ambiente
	Eficiência energética
	Eficiência energética em sistemas de iluminação
	Medidas de eficiência energética em sistemas de iluminação
	Economia Verde
	Logística Verde
	Construção sustentável
	Projeto de construção sustentável
	Varejo sustentável
	Agricultura sustentável
	Selos de agricultura sustentável
	Conceitos iniciais de consumo
	Direitos e deveres dos consumidores
	5R - repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar
	Logística reversa
	Rotulagem ambiental e selos verdes
	Compras sustentáveis
	Compras sustentáveis no setor privado
	Compras Públicas Sustentáveis - CPS
	Encerramento
	Referências Bibliográficas

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