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Assunto 3 - Operações sustentáveis

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Operações sustentáveis
APRESENTAÇÃO
Hoje em dia, o meio ambiente é um assunto de grande relevância, 
dadas as condições atuais e as perspectivas futuras com relação ao tema, baseadas em fatores 
como as severas mudanças climáticas e seus impactos sobre a sociedade, em várias dimensões, 
trazendo à 
tona a necessidade de a sociedade agir frente a essa situação com a maior brevidade possível.
Nesse cenário, as organizações, como importantes membros da sociedade, têm grandes 
responsabilidades e obrigações, devendo 
tratar dos impactos que suas operações causam ao meio ambiente, 
de maneira a reduzi-los ao máximo. Isso demanda compreensão e prática da sustentabilidade por 
parte das empresas, tanto em suas atividades produtivas quanto naquelas desempenhadas pelas 
demais organizações a elas conectadas, fomentando a consciência geral sobre a importância da 
sustentabilidade para o bem-estar das gerações atual 
e futuras.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre a sustentabilidade, começando pelo seu 
conceito em âmbito 
geral e empresarial, depois examinando como suas práticas 
se relacionam com as atividades de produção e, por fim, levando 
a teoria à prática por meio da verificação de casos de algumas empresas que servem de exemplo 
da sustentabilidade no cenário empresarial.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o conceito de sustentabilidade empresarial. •
Relacionar as práticas de sustentabilidade com as atividades 
de produção.
•
Avaliar práticas e exemplos de sustentabilidade empresarial.•
DESAFIO
Quando se fala em sustentabilidade empresarial, muitas pessoas podem pensar que isso é algo a 
ser perseguido e implementado 
apenas nos casos das grandes empresas, em especial as indústrias com operações produtivas 
robustas que fabricam produtos em larga escala. Outros podem supor que a sustentabilidade 
empresarial é algo que gera custos maiores, sem gerar resultados efetivos para a empresa.
Por sorte, tais ideias têm sido abandonadas, uma vez que a sustentabilidade vem sendo cada vez 
mais reconhecida como 
algo necessário, passível de aplicação em todos os tipos e tamanhos 
de empresas e que gera resultados efetivos para as organizações e a sociedade como um todo.
A gestão sustentável tornou-se parte fundamental do planejamento das empresas que desejam 
garantir seu futuro e seu sucesso, reforçado pelo fato de que os consumidores estão mais bem 
informados e atentos em relação à sustentabilidade empresarial, o que se reflete em suas opções 
de compra e consumo. 
Esse é o contexto do Desafio, o qual você é convidado a solucionar. 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Diante da situação-problema, considere que a empresa contratada é a consultoria na qual você 
trabalha e que você foi o consultor destacado para auxiliar Fernando.
Para tanto, você deve providenciar um relatório preliminar contendo o conceito base que será 
utilizado para tratar do cenário apresentado e algumas práticas ou ações que podem ser 
implementadas na empresa, devidamente acompanhadas de comentários a respeito dos 
resultados que essas ações podem promover, relacionando-os aos problemas apresentados para 
facilitar a compreensão por parte de Fernando.
INFOGRÁFICO
A sustentabilidade empresarial está pautada no objetivo central de reduzir ao máximo os 
impactos que suas operações causam ao meio ambiente ou, ao menos, buscar formas de 
compensar os efeitos que 
não puder eliminar totalmente.
Para isso, as empresas precisam tornar suas operações sustentáveis, 
o que requer a prática da sustentabilidade em suas atividades produtivas, ao longo de todo o 
fluxo produtivo, tomando como base 
as diferentes etapas do ciclo de vida do produto, incluindo desde sua concepção até os descartes 
ocorridos ao término da produção e uso 
do produto.
Além disso, é necessário que a empresa promova a prática da sustentabilidade em todas as 
atividades envolvidas na produção, 
o que inclui tanto as desempenhadas dentro da empresa quanto as realizadas por outros agentes 
com os quais ela interage e que formam sua cadeia de suprimentos.
Veja, no Infográfico, o processo produtivo e suas diferentes etapas, reconhecendo algumas das 
práticas que podem ser adotadas ao longo das diversas fases da produção, pelos diferentes 
agentes envolvidos no processo, levando a sustentabilidade a ser desempenhada ao longo da 
cadeia de suprimentos.
CONTEÚDO DO LIVRO
Problemas ambientais são uma realidade do mundo atual, fazendo com que a sociedade em geral 
sofra com os efeitos de fatores como as severas mudanças climáticas. Isso faz com que a 
preocupação com o meio ambiente se torne uma questão de crescente importância, evidenciando 
a necessidade de a sociedade desenvolver e implementar alternativas de ação frente a essa 
situação com a maior brevidade possível.
Nesse contexto, as organizações têm grandes responsabilidades e obrigações, devendo buscar 
formas de minimizar os impactos que suas operações causam ao meio ambiente, ao mesmo 
tempo em que promovem o uso consciente dos recursos necessários às suas operações. E isso 
inclui compreender, praticar e fomentar a sustentabilidade nas atividades produtivas e nas 
demais operações a elas conectadas, promovendo a consciência geral sobre a importância da 
sustentabilidade para o bem-estar da sociedade e a sobrevivência humana.
No capítulo Operações sustentáveis, da obra Planejamento e controle de produção, base teórica 
desta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre esse cenário, com especial ênfase a três 
relevantes tópicos: o conceito de sustentabilidade empresarial, a relação das práticas de 
sustentabilidade com as atividades de produção e exemplos de sustentabilidade empresarial.
Boa leitura.
PLANEJAMENTO E 
CONTROLE DE 
PRODUÇÃO
Gisele Lozada
Operações sustentáveis
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir o conceito de sustentabilidade empresarial.
  Relacionar as práticas de sustentabilidade com as atividades de 
produção.
  Avaliar práticas e exemplos de sustentabilidade empresarial.
Introdução
A preocupação com o meio ambiente vem ganhando progressiva impor-
tância ao longo do tempo, já que cada vez mais o mundo enfrenta muitos 
e expressivos problemas ambientais, fazendo com que várias dimensões 
da sociedade, em diferentes pontos do planeta, sofram efeitos de severas 
mudanças climáticas. As organizações, como importantes membros 
da sociedade, têm significativas responsabilidades e obrigações nesse 
contexto, devendo buscar formas de minimizar os impactos que suas 
operações causam ao meio ambiente e ao mesmo tempo promover o 
uso consciente dos recursos necessários a suas operações. Para que isso 
seja possível, as empresas precisam compreender, praticar e fomentar a 
sustentabilidade, tanto em suas atividades produtivas quanto em todas 
as demais operações a elas conectadas.
Neste capítulo, você vai estudar a sustentabilidade, partindo de seu 
conceito, passando por suas práticas e como elas se relacionam com as 
atividades de produção e concluindo com a apresentação de exemplos 
de sustentabilidade no cenário empresarial.
1 O que é sustentabilidade empresarial
A sustentabilidade é um assunto tratado por diversas áreas do conhecimento, 
como ciências em geral, economia e negócios, engenharia, entre outras, o 
que demonstra a importância do tema no contexto acadêmico. Contudo, 
cabe destacar que a sustentabilidade é um tema bastante abrangente, que 
não se limita ao mundo acadêmico, compreendendo também cenários so-
ciais e econômicos. Para que exista sustentabilidade, é necessário que uma 
civilização possua e pratique princípios relacionados à responsabilidade 
ecológica e ao uso cauteloso da natureza, que são a base para a geração 
do desenvolvimento sustentável, importante conceito que infl uencia as 
característicasdos negócios e das indústrias no século XXI (MANFRIN 
et al., 2013).
A primeira utilização do termo desenvolvimento sustentável se deu em 
1987, em um documento intitulado Relatório Brundtland, emitido pela Or-
ganização das Nações Unidas (ONU), em que o termo foi apresentado como 
um conceito que tem por objetivo promover o atendimento das necessidades 
atuais de recursos para o progresso técnico e econômico, ao mesmo tempo 
que garante as condições para que as gerações futuras também possam 
satisfazerem as suas necessidades (MANFRIN et al., 2013, CORRÊA; 
CORRÊA, 2019).
Partindo dessa definição mais genérica, o conceito de sustentabilidade 
foi levado ao contexto organizacional, em que, com o passar do tempo e por 
diversas transformações pelas quais este cenário passou, foi se se transformando 
junto com ele. Atualmente, existe uma maior consciência de que o lucro não 
deve ser o único elemento a ser considerado para direcionar o sucesso das 
empresas e da economia. O lucro segue sendo necessário para o futuro da 
organização, mas junto com essa questão (ou até mais importante do que ela) 
tem-se agora a preocupação com o futuro das pessoas e do planeta — afinal, 
esses são aspectos que afetam diretamente o resultado das organizações 
(CORRÊA; CORRÊA, 2019).
Assim, a sustentabilidade se mostra como algo abrangente, que inclui 
as empresas e seus stakeholders, formando um cenário no qual as organi-
zações têm um papel muito importante, devendo agir para proporcionar a 
sustentabilidade de forma geral. Ou seja, a sustentabilidade geral requer 
que a sustentabilidade empresarial seja praticada, demandando que as 
empresas atuem de maneira a influenciar aspectos internos e sobretudo 
externos a ela.
Operações sustentáveis2
Se, por exemplo, uma empresa polui (mesmo que dentro dos parâmetros legais), isso 
pode comprometer a saúde das pessoas e, se estas estiverem doentes, deixam de comprar 
e consumir, o que afeta os resultados da empresa. Por isso, as empresas precisam se 
preocupar com a saúde das pessoas, buscando minimizar os impactos de sua operação 
sobre elas. O mesmo acontece em relação à renda: as empresas precisam colaborar para 
a geração de renda, uma vez que sem renda as pessoas não compram ou consomem, e 
isso novamente afeta os resultados da organização. Ou seja, não basta que as empresas 
sejam competitivas, elas precisam atuar no mercado de maneira a garantir a continuidade 
dos negócios, o que pode fazer, por exemplo, mediante a geração de empregos.
Desse modo, a sustentabilidade na esfera organizacional levou ao de-
senvolvimento de modelos de gestão que consideram a sustentabilidade, 
muitos deles construídos tendo como referência o Triple Bottom Line (TBL 
ou 3BL), também conhecido como os três pês da sustentabilidade (people, 
planet, profit — ou pessoas, planeta, lucro). O TBL é considerado o tripé da 
sustentabilidade (Figura 1), uma vez que cobre os três aspectos que definem 
a sustentabilidade: impacto ambiental, responsabilidade social e contribuição 
econômica (CORRÊA; CORRÊA, 2019; MANFRIN et al., 2013; SLACK; 
BRANDON-JONES; JOHNSTON, 201;).
Figura 1. O tripé da sustentabilidade.
Fonte: Oliveira (2014, p. 312).
3Operações sustentáveis
Os modelos baseados no TBL partem da consciência de que o cresci-
mento e o desenvolvimento econômico têm gerado reflexos potencialmente 
nocivos, pois demandam um considerável volume de operações produtivas 
que, por sua vez, implicam em grandes exigências energéticas e de outros 
recursos de produção para satisfazer as demandas de consumo de centenas 
de milhares de pessoas no mundo inteiro. Isso ainda leva à emissão de 
poluentes em escala cada vez maior, o que tem prejudicado a qualidade 
do ar, da água e do solo, além de contribuir para o gradual aquecimento 
do planeta. Além disso, com um maior volume de produtos e serviços 
sendo oferecidos, maior é a quantidade de resíduos decorrentes de seu 
uso ou consumo, como é o caso das embalagens de produtos consumidos 
diretamente pelas pessoas ou utilizadas pelas organizações na prestação de 
serviços. Tudo isso gera uma espécie de “rastro” que a atividade produtiva 
vai deixando, o que gera um considerável impacto ambiental que carece 
de tratamento adequado.
Nesse cenário, o conceito do TBL visa promover o acompanhamento 
e a gestão do desempenho organizacional de modo a mitigar os impactos 
gerados pelas empresas e suas operações. Para isso, são usados indicadores 
de desempenho que mesclam medidas econômicas com indicadores socioam-
bientais, a fim de promover o desenvolvimento de estratégias fundamentadas 
em operações sustentáveis.
Embora no mundo dos negócios seja mais “normal” que as empresas 
utilizem indicadores econômicos para medir a eficácia de suas operações, 
tal realidade vem sendo transformada com o avanço do conceito de sus-
tentabilidade no contexto organizacional. Essa realidade que vem sendo 
impulsionada por fatores como a conscientização dos clientes e da sociedade 
em geral, que passaram a requerer relatórios que incluam, além das informa-
ções econômicas, também informações sobre sustentabilidade. Diante disso, 
muitos são os casos de organizações que elaboram e publicam relatórios 
empresariais que incluem essa perspectiva, promovendo a integração de 
informações econômicas, ambientais e sociais. 
Operações sustentáveis4
Ainda que a definição dos aspectos envolvidos no tripé da sustentabilidade (pessoas, 
planeta, lucro) seja algo relativamente fácil, medi-los não é algo tão simples, pois 
enquanto o lucro pode ser mensurado, os dois outros aspectos são mais subjetivos. 
Para lidar com tal situação, o capital humano pode ser avaliado via aspectos como 
equidade salarial, cumprimento da legislação trabalhista e qualidade de vida dos 
funcionários, enquanto o fator ambiental pode ser percebido nas ações praticadas pelas 
empresas para diminuir o impacto ecológico negativo causado por suas atividades, ou 
pelo menos pela busca por compensar aquilo que não pode ser totalmente evitado. 
Ainda que isso não seja algo obrigatório por lei, muitas vezes tem um 
peso enorme quando empresas disputam a preferência de um cliente, como 
nos casos de licitações ou concorrências em que tais aspectos podem render 
a empresa um “peso” maior em suas avaliações, ou até mesmo sendo uma 
condição crucial para que possam fornecer produtos e serviços a determina-
das empresas, que tratam o aspecto da sustentabilidade como uma exigência 
interna para contratação de fornecedores.
Muitas empresas exigem que seus fornecedores demonstrem certificações específicas, 
como aquelas relacionadas à preocupação com a sustentabilidade. Um exemplo disso 
é a norma ISO 14001, que consiste em um conjunto de diretrizes que servem de guia 
para a formação e desenvolvimento da área de gestão ambiental dentro de empresas.
Assim, uma organização torna-se sustentável quando atinge a susten-
tabilidade empresarial, sendo considerada sustentável a operação que cria 
lucro aceitável para seus proprietários e acionistas, ao mesmo tempo em que 
minimiza os danos ao meio ambiente e aprimora o bem-estar das pessoas 
5Operações sustentáveis
que se relacionam com a empresa de alguma forma. Em outras palavras, um 
negócio sustentável é aquele que equilibra interesses econômicos, ambientais 
e sociais e cujas chances de sucesso a longo prazo são maiores do que aqueles 
que se concentram apenas em metas econômicas.
Pela multidisciplinaridade do tema, a sustentabilidade se espalha pela or-
ganização e sua rede de contatos de tal forma que promove o engajamento não 
somente da empresa, mas também de todos os agentes que com ela interagem. 
Isso reforça a relação entre as práticas de sustentabilidade e as atividades de 
produção, levando a contextos como o da gestão sustentável das operações e 
da cadeia de suprimentos, assunto do próximo tópico.
2 Relação entre práticas de sustentabilidade 
e atividades de produção
A sustentabilidade no contexto empresarial está associada ao desempenho 
organizacionalem três dimensões, econômica, ambiental e social, conforme 
proposto pelo conceito do TBL. Esse conceito pode ser empregado como 
mecanismo para aferir a dimensão dos impactos gerados pelas organizações 
(em especial as indústrias) e, a partir dessa perspectiva, para mensurar o 
desempenho das empresas nos aspectos econômico, social e ambiental, for-
mando o conceito de produção sustentável. É importante destacar que esses 
três aspectos precisam ser conduzidos de forma integrada para que possam 
de fato proporcionar sustentabilidade para a organização e para o ambiente 
do qual ela faz parte (MANFRIN et al., 2013).
Nesse contexto, são desenvolvidos modelos de referência que servem 
de suporte para que as empresas possam compreender e praticar o conceito 
de produção sustentável e ainda possam avaliar a eficácia de seus sistemas 
fazendo uso de indicadores de sustentabilidade. Ou seja, o objetivo desses 
modelos é formar uma metodologia ou processo de avaliação por meio de um 
conjunto de indicadores que possam guiar a tomada de decisão e monitorar 
o progresso das ações para a formatação de sistemas de produção que sejam 
mais sustentáveis. Para isso, tais modelo geralmente possuem uma estrutura 
formada por cinco níveis, que classificam os indicadores em relação a princípios 
básicos de sustentabilidade, focados em: 
  uso de energia e de matérias-primas; 
  impacto ao meio ambiente; 
  desenvolvimento econômico e justiça social; 
Operações sustentáveis6
  utilização da força de trabalho; 
  características dos processos, produtos e serviços.
A partir da adoção de modelos baseados no tripé da sustentabilidade, muitas 
empresas promovem a conexão entre as esferas da sustentabilidade e da produ-
ção pelo engajamento em ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. Tais 
ações consistem essencialmente na produção de bens e serviços por meio de 
processos e sistemas não poluentes, que consomem energia e recursos naturais 
com responsabilidade e parcimônia, e que são desenvolvidos e entregues de 
forma criativa, segura e gratificante para todos os stakeholders, o que inclui 
consumidores, colaboradores e comunidades.
A partir daí, surge a gestão sustentável, que envolve as práticas adotadas 
pela organização para que avance rumo a seus objetivos ambientais, o que 
inclui aspectos como responsabilidade socioambiental e sistema de gestão 
ambiental. Contudo, cabe destacar que a questão de gestão sustentável é 
bastante abrangente, indo além da responsabilidade social, pois envolve 
fatores econômicos e ambientais que devem ser tratados simultaneamente. 
Além disso, a gestão sustentável pode incluir a busca por inovação como 
forma de alcançar a sustentabilidade, uma vez que fomenta a aprendizagem 
e o desenvolvimento contínuo, levando à geração de novas ideias que viabi-
lizem a prática da responsabilidade social. Isso permite que a organização 
estabeleça metas e estratégias ambientais que estejam integradas com seus 
objetivos corporativos, permitindo que alcance uma vantagem competitiva 
(D’AGOSTINI, 2015).
Nesse cenário, a gestão sustentável nas organizações pode ser percebida 
como a base sobre a qual se estabelece um amplo conjunto de práticas de ope-
rações sustentáveis, que incluem planejamento, produção, compras e logística, 
aplicadas de forma a promover a incorporação da perspectiva sustentável nas 
operações. Tais práticas contemplam todas as fases da vida útil do produto, 
desde seu projeto até o descarte das sobras dos processos (de produção e 
consumo), que são etapas sobre as quais a organização consegue agir, modi-
ficando, intensificando ou eliminando o que desejar. Entre as diversas práticas 
de operações sustentáveis, é possível destacar alternativas como ecodesign, 
cadeia de suprimentos verde, produção mais limpa e logística reversa, que 
ocorrem em diferentes fases do processo produtivo, tal como demonstrado 
na Figura 2 e detalhado a seguir (CORRÊA; CORRÊA, 2019; D’AGOSTINI, 
2015; OLIVEIRA, 2014).
7Operações sustentáveis
Figura 2. Práticas de operações sustentáveis e as fases do processo produtivo em que 
ocorrem.
Fonte: D’Agostini (2015, p. 20).
O ecodesign, também conhecido como projeto verde, pode ser definido 
como uma coleção de práticas de operações sustentáveis que são aplicadas 
durante a elaboração do projeto do produto para torná-lo mais ecológico. No 
contexto do ecodesign, os projetistas pensam o produto em todas as fases de 
seu ciclo de vida, incluindo etapas como fabricação, uso, recuperação, reuso, 
reciclagem e descarte, buscando maneiras de minimizar o consumo de recursos 
e a geração de resíduos a cada uma dessas etapas. Assim, a adoção do conceito 
de ecodesign leva a diversas práticas, dentre as quais podemos destacar:
  Escolha de materiais de baixo impacto ambiental, que possam ser uti-
lizados em menor quantidade, que demandem menos energia em sua 
transformação, que sejam passíveis de reaproveitamento e que gerem 
menos poluentes em todos os processos (produção, uso, reciclagem e 
descarte).
  Fomento ao menor consumo de energia, seja na fabricação, distribuição 
(por toda cadeia produtiva, da aquisição da matéria-prima até a entrega 
ao consumidor final) e até mesmo na utilização do produto, bem como 
incentivo ao uso de formas renováveis de energia (solar, eólica e/ou 
hidroelétrica, em substituição aos combustíveis fósseis).
  Desenvolvimento de produtos com maior durabilidade, multifuncionais, 
simples e moduláveis, que demandem menor quantidade e variedade 
de materiais, gerando menor custo de produção, que possam ser mais 
facilmente montados/desmontados, com peças e componentes que 
possam ser facilmente substituídos.
Operações sustentáveis8
Assim, um projeto verde bem feito permite não apenas fabricar produtos 
de forma menos nociva ao meio ambiente, mas também criar produtos que 
consumam menos energia e outros recursos naturais durante sua utilização, 
que possam ser mais facilmente recuperados para aumentar sua vida útil e 
que possam até mesmo ser melhor aproveitados após o término de sua vida 
útil, em processos de reciclagem. Para promover tais condições, o ecodesign 
costuma englobar três principais aspectos: projeto de produtos sustentáveis, 
análise de ciclo de vida e inovações verdes. 
Os projetos de produtos sustentáveis representam os esforços empenha-
dos na fase de pesquisa e desenvolvimento de um novo produto levando em 
consideração seu desempenho ambiental, analisando seu ciclo de vida (tanto 
em relação a aspectos econômico quanto ambientais) e sugerindo formas de 
torná-lo menos nocivo ao ambiente. O projeto de um produto sustentável se 
distingue do projeto de um produto convencional por diferenças fundamen-
tais na estrutura do seu desenvolvimento, como: compreensão do aspecto 
ambiental como influenciador da satisfação do cliente; consideração do ciclo 
de vida do produto, incluindo etapas pós-descarte (como reuso, remanufa-
tura ou reciclagem); visão global da cadeia de suprimentos envolvida no 
projeto; preocupação com a não incidência de encargos, multas ou passivos 
ambientais oriundos do produto; promoção da melhoria e preservação da 
imagem da organização.
Por sua vez, a análise do ciclo de vida (ACV) é uma técnica utilizada para 
a avaliação do desempenho ambiental de um produto ao longo do seu ciclo 
de vida, desde a obtenção dos recursos naturais a serem empregados na sua 
produção até o descarte final do produto. Essa análise inclui a identificação 
das interações ocorridas entre o produto (em cada fase do ciclo de vida) e o 
meio ambiente e ainda a avaliação dos impactos ambientais que essas intera-
ções podem promover. Assim, a ACV visa identificar, avaliar e interpretar os 
aspectos e impactos envolvidos em etapas como extração de matérias-primas, 
manufatura, distribuição, uso/consumo e gestão de resíduos.
As inovações verdes podem ser definidas como práticas de desenvolvi-
mento voltadas à minimização de impactos ambientais negativos e à criação 
de diferencial competitivo.Representam ideias inovadoras que podem ser 
aplicadas no projeto, na manufatura ou no marketing de novos produtos, de 
modo a torná-los ambientalmente melhores. As inovações verdes podem ser 
classificadas em dois grupos básicos, aquelas voltadas a produtos e aquelas 
voltadas a processos. As inovações verdes em produtos, que são as que in-
9Operações sustentáveis
tegram o contexto do ecodesign, incluem resultados como desenvolvimento 
de materiais ecologicamente corretos e produtos menos poluentes ou com 
menos materiais tóxicos, e mais recicláveis ou biodegradáveis, e até mesmo 
detentores de selos ou certificações ambientais.
A cadeia de suprimentos verde (green supply chain — GSC) parte da 
ideia de que a ocorrência de impactos ambientais pode se dar em quaisquer 
dos estágios do ciclo de vida de um produto, o que leva ao envolvimento dos 
diversos elos da cadeia de suprimentos. A cadeia de suprimentos, por sua vez, 
consiste na rede de relacionamentos que envolve diferentes empresas, como 
fornecedores de matéria-prima, fabricantes, operadores logísticos, atacadistas, 
varejistas e também os clientes.
Nesse contexto, a GSC se apresenta como um modelo pelo qual as orga-
nizações podem atingir o lucro e a participação de mercado almejados, mas 
conjuntamente com a diminuição dos riscos e impactos ambientais envolvidos, 
o que leva à melhoria da eficiência ecológica de sua operação. Para isso, a GSC 
indica como necessária a condução das iniciativas pró-ambientais ao longo de 
toda a cadeia de suprimento, gerando uma interação que fomenta a colabo-
ração entre as partes, o que as motiva a desenvolver recursos e compartilhar 
conhecimentos, e acaba resultando em vantagem competitiva sustentável por 
meio de esforços ambientais.
Uma das motivações para a aplicação do conceito da GSC é o fato de que 
as empresas são pressionadas por seus stakeholders para que tenham mais 
consciência ecológica e integrem a gestão ambiental em seus processos e 
estratégias organizacionais. Nesse cenário, a empresa principal da cadeia é 
pressionada para que implemente e certifique um sistema de gestão ambiental, 
o que acaba por acarretar determinados controles ambientais que abrangem as 
operações da empresa e das organizações que com ela interagem, como seus 
fornecedores. Isso acaba difundindo as práticas de operações sustentáveis 
por toda a cadeia de suprimentos mediante o desenvolvimento e aplicação de 
estratégias verdes. Tais ações geram como reflexo a melhoria em aspectos 
como desempenho financeiro, ambiental e operacional de todas as organizações 
envolvidas na cadeia.
Sendo assim, a GSC requer a atuação da organização e dos integrantes 
de sua cadeia de suprimentos, para que todos analisem suas operações e 
processos internos e passem a considerar as preocupações ambientais e agir 
para mitigá-las ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos. 
Operações sustentáveis10
Entre as práticas para mitigação de impactos ambientais negativos, é possível listar 
ações como redução de resíduos durante a operação, bem como a redução dos 
transportes e das embalagens utilizadas. No caso das embalagens, é possível, por 
exemplo, fazer uso de invólucros de material reciclado e recipientes reutilizáveis, como 
já é praticado em alguns produtos de higiene, como sabonetes líquidos e xampus, 
que são vendidos em refis cujo conteúdo é colocado no recipiente que o cliente já 
possui, ou ainda no caso de algumas bebidas como refrigerantes, que são vendidos 
em recipientes de vidro que retornam ao fabricante para que sejam reutilizados no 
envaze de novos produtos.
É fato que existem regulamentos ambientais que as empresas são obrigadas a 
atender, mas a pressão feita por agentes como organizações não governamentais 
(ONGs) estimulam as grandes corporações globais a serem ambientalmente 
conscientes, servindo de exemplo e estimulando outras empresas e também 
os consumidores a terem essa mesma consciência. Com isso, a certificação do 
sistema de gestão ambiental por meio de normas como a ISO 14.001 vem sendo 
cada vez mais difundida, inclusive consistindo em requisito para fornecimento 
em grandes organizações.
A produção mais limpa, geralmente chamada de P+L, PML ou PmaisL, 
pode ser definida como uma estratégia de produção que unifica aspectos eco-
nômicos, ambientais e tecnológicos, aplicados de forma contínua e integrada 
aos processos, produtos e serviços. Sua principal finalidade é transformar a 
operação em um todo mais eficiente, promovendo ações como a utilização 
consciente dos recursos naturais e a redução dos resíduos gerados pelos pro-
cessos produtivos. 
No que diz respeito ao aspecto ambiental, a P+L é uma ferramenta que 
integra os objetivos ambientais aos processos produtivos, reduzindo a geração 
ou emissão de resíduos, tanto em quantidade quanto em grau de periculosidade. 
Com relação aos aspectos tecnológico e econômico, a P+L promove uma espécie 
de desafio: ela não é contra o desenvolvimento ou expansão industrial, mas 
prega que esse crescimento precisa ocorrer de forma sustentável. Para isso, foca 
em ações que permitam produzir bens e serviços gerando o mínimo possível 
de efeitos negativos ao meio ambiente. Essas ações podem ser desempenhadas 
em diferentes níveis de prioridade, como:
11Operações sustentáveis
  prioridade máxima (nível 1) — ações que implicam em modificar pro-
dutos e processos para reduzir impactos (como geração de resíduos e 
emissão de poluentes) ainda na fonte geradora;
  prioridade alta (nível 2) — ações para fazer com que a própria empresa 
aproveite eventuais resíduos gerados pela operação (ou seja, reciclagem 
interna);
  prioridade secundária (nível 3) — ações para buscar alternativas de 
reciclagem externa quando a interna não for possível ou para buscar a 
destinação adequada dos resíduos quando a reciclagem não for possível 
de forma alguma.
Assim, a prática da P+L promove ganhos econômicos, que resultam de 
ações como economia de energia, redução no consumo de água, melhor apro-
veitamento de matérias-primas e insumos e menor geração de resíduos, além 
de reduzir também eventuais custos com despoluição, descarte e tratamento 
de resíduos quando esses forem inevitáveis. Desse modo, a P+L revela-se 
capaz de gerar impactos positivos no desempenho organizacional, tanto em 
aspectos ambientais quanto financeiros.
A logística reversa, por sua vez, pode ser definida como o processo pelo 
qual é realizado o movimento de retorno de bens, que ocorre no sentido 
inverso do processo produtivo. Ou seja, ao invés de ir da fonte produtora 
até o consumidor, os bens seguem do consumidor até a fonte produtora. Tal 
movimento pode envolver o produto em si ou parte dele, que pode ou deve 
retornar à origem. O principal objetivo dessa movimentação promovida pela 
logística reversa é gerar valor mediante a recaptura do bem ou de uma parte 
dele após seu uso, ou ainda prover a destinação adequada ao que não puder ser 
recapturado. Tais propósitos são concretizados via três funções fundamentais 
da logística reversa: reuso, remanufatura e reciclagem.
A logística reversa tem se mostrado um assunto de crescente importância 
para as organizações, seja por uma cultura de preocupação interna com a 
sustentabilidade, seja em resposta a pressões sociais e governamentais para 
que as empresas adotem tal prática. Seja qual for a motivação, a crescente 
importância dada à logística reversa pode ainda incentivar a adoção de outras 
práticas sustentáveis, como as anteriormente mencionadas, que podem reduzir 
a própria necessidade de fazer logística reversa.
Operações sustentáveis12
3 Práticas e exemplos de sustentabilidade 
empresarial
Empresas dos mais diversos tipos, ramos de atuação e portes praticam a 
sustentabilidade em suas operações, com algumas delas inclusive apresentado 
relatórios corporativos com indicadores que remetem ao desempenho não 
fi nanceiro, dedicando parte de suas auditorias a fenômenos socioambientais. 
Logicamente, por sua maior visibilidade,o que é feito pelas organizações 
de maior porte gera mais repercussão — o que pode ser um ponto bastante 
positivo, se olharmos pelo ângulo do exemplo que elas podem (e devem) dar 
aos demais negócios, servindo de inspiração para que outras empresas também 
pratiquem a sustentabilidade em suas operações.
O fato é que a sustentabilidade empresarial é atualmente um tema de 
grande relevância, sendo muito valorizado no cenário organizacional e 
social. Ações praticadas pelas empresas são monitoradas por todo o mundo, 
sendo inclusive tópico de importantes publicações na esfera dos negócios a 
nível global, que é caso do ranking das 100 empresas mais sustentáveis do 
mundo, publicado anualmente pela revista canadense Corporate Knights. A 
lista costuma ser compartilhada durante o Fórum Econômico Mundial, em 
Davos, geralmente no início de cada ano, contendo os resultados apurados 
no ano anterior (IBGC). 
Para a elaboração do ranking, são avaliadas mais de 7 mil empresas de 
todas as partes do mundo, sendo o estudo pautado na análise de seus aspectos 
econômicos, sociais e ambientais. O ranking 2020 traz no primeiro lugar da 
lista a empresa dinamarquesa do setor de energia Orsted, seguida pela Chr. 
Hansen Holding, também dinamarquesa, do ramo de alimentos e agentes 
químicos, e em terceiro lugar a petroleira finlandesa Neste Oyj.
É gratificante podermos mencionar que, entre essas 100 companhias mais 
sustentáveis do mundo em 2020, estão três empresas brasileiras, que figuram 
nessa lista já há vários anos: Banco do Brasil (9º lugar), Companhia Energética 
de Minas Gerais (Cemig) (19º) e Natura (30º). Vamos examinar um pouco 
do que é feito por essas empresas em relação à sustentabilidade empresarial 
e que ações elas praticam para que sejam merecedoras de figurar nessa lista 
tão seleta de corporações.
13Operações sustentáveis
Banco do Brasil
Atualmente, o Banco do Brasil (BB) ocupa o 9º lugar no ranking das 100 
companhias mais sustentáveis do mundo. Considerado o primeiro banco do 
Brasil, o BB foi fundado em 1808 pelo então príncipe-regente D. João (futuro 
rei D. João VI), recém-chegado ao país, quando existiam apenas três bancos 
emissores no mundo — na Suécia, na França e na Inglaterra.
No seu site, no que diz respeito à gestão ambiental, a instituição afirma que 
a melhoria contínua é a melhor forma de alcançar a excelência no desempenho 
ambiental. Para isso, possui um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) que segue 
as especificações da Norma Brasileira ABNT NBR ISO 14.001 de 2015, a 
partir do qual define e monitora ações de controle dos impactos ambientais, 
bem como coordena de forma sistemática os esforços para a melhoria contínua 
de seu desempenho, tendo como foco a ecoeficiência a fim de minimizar o 
consumo de recursos naturais, a geração de resíduos e as emissões de gases 
do efeito estufa. Entre as iniciativas ambientais praticadas pelo BB, estão:
  Critérios ambientais, econômicos e sociais são sempre levados em 
consideração durante os processos de contratação e compras, mediante 
os quais são escolhidos os bens, obras e serviços a serem contratados 
pelo banco.
  O fornecimento de papel utilizado pelo banco advém de empresas que 
possuem certificações específicas que garantem que a madeira utilizada 
na fabricação do papel provém de florestas bem gerenciadas; além 
disso, a gráfica do próprio banco possui certificação que indica que a 
empresa está ajudando a cuidar das florestas para as gerações futuras.
  Para o descarte de bens móveis e resíduos tecnológicos, o banco segue 
as normas da Política Nacional de Resíduos Sólidos, promove iniciativas 
de conscientização, disseminação de conhecimento e capacitação sobre 
a destinação sustentável de resíduos e ainda possui uma plataforma para 
mapeamento e destinação ambientalmente adequada dos materiais a 
serem descartados.
  A sede administrativa do BB em Brasília possui certificação pela norma 
ISO 14001, que é voltada para a qualidade do SGA, e ainda possui selo 
de construção sustentável emitido pelo Green Building Council (maior 
organização mundial direcionadora do mercado da construção civil em 
prol da sustentabilidade).
  O banco publica seu inventário de emissão de gases de efeito estufa 
anualmente, apresentando a mensuração das emissões de CO2.
Operações sustentáveis14
Além dessas iniciativas ambientais, o BB também possui programas am-
bientais, com destaque para:
  Programa de conservação de energia, que promove o uso responsável 
de energia elétrica nos imóveis da empresa.
  Programa de uso racional de água, que promove o consumo inteligente 
de água mediante ações de conscientização, manutenção e instalação 
de equipamentos para consumo otimizado.
  Programa de recondicionamento de cartuchos de toner, que realiza a 
gestão ecoeficiente do insumo utilizado nas impressoras pela prática 
de logística reversa.
  Programa de coleta seletiva, que promove a destinação dos resíduos 
sólidos não perigosos (papel, plástico, metal e vidro) a cooperati-
vas de catadores e/ou coleta pública, conforme legislação de cada 
município.
  Programa BB papel zero, que fomenta iniciativas para o desenvolvimento 
de soluções que buscam a redução do consumo de papel na empresa.
Além das ações destinadas à gestão ambiental, o BB possui também possui 
iniciativas focadas na gestão de pessoas e de fornecedores, todas compatíveis 
com os princípios da responsabilidade socioambiental. A política de gestão 
de pessoas é voltada ao compromisso da empresa em relação a aspectos de 
qualidade de vida, aprimoramento profissional e capacitação e satisfação dos 
funcionários, provendo o envolvimento e atuação do BB junto a colaboradores, 
sociedade e mercado. Já a política de relacionamento com fornecedores foca 
no melhor tratamento e condições de trabalho de seus parceiros, bem como 
no desenvolvimento de iniciativas para relações duráveis e equilibradas, 
conduzidas com base em um padrão de compras e descartes sustentáveis, que 
orienta as práticas de licitações e contratações, estabelecendo e fortalecendo 
a cultura de sustentabilidade entre o BB e seus fornecedores.
Cemig
Atualmente, a Cemig ocupa o 19º lugar no ranking das 100 companhias mais 
sustentáveis do mundo. Fundada em 1952, a Cemig é uma holding composta 
por mais de 200 empresas e consórcios e possui ativos e negócios em 24 esta-
dos brasileiros e no Distrito Federal. Atua nas áreas de geração, transmissão, 
distribuição e comercialização de energia elétrica, distribuição de gás natural 
e uso efi ciente de energia.
15Operações sustentáveis
Em seu site, a empresa defende o lema “trabalhar no presente garantindo 
o futuro”. Com base nisso, investe no desenvolvimento de tecnologias alter-
nativas para geração mais eficiente de energia, por meio de programas de 
pesquisa e desenvolvimento que visam gerar novas metodologias, processos, 
software, materiais, dispositivos e equipamentos voltados para as melhorias 
do sistema elétrico, tudo com o intuito de promover inovações tecnológicas 
no setor energético.
A empresa destaca que a sustentabilidade representa um fator fundamental 
para as empresas que almejam prosperar em seu mercado de maneira res-
ponsável. Além disso, ressalta que empresas reconhecidas como sustentáveis 
têm suas ações valorizadas no mercado de capitais e melhoram a imagem 
perante seus públicos de interesse. Nesse sentido, reforça esse pensamento, 
apresentando-se como “a única empresa do setor elétrico presente há dezes-
sete anos no Índice Dow Jones de Sustentabilidade, do qual faz parte desde 
sua criação, em 1999, sendo já eleita líder mundial em sustentabilidade do 
supersetor de utilities” (COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS, 
2020a, documento on-line).
Entre as preocupações da Cemig em relação ao contexto da sustentabili-
dade, e que dão origem a suas ações e práticas, estão questões como eficiência 
energética, mudanças climáticas e redução da emissão de CO2, além da forte 
relação existente entre elas. Tanto que empresa“considera que a eficiência 
energética representa uma das opções mais eficazes para a redução das emis-
sões de gases de efeito estufa” (COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS 
GERAIS, 2020b, documento on-line).
Assim, preocupada com as mudanças climáticas, a empresa prioriza os 
recursos oriundos de fontes de energia renováveis para compor sua matriz 
energética. Desde 2014, faz parte da Renova, empresa líder no mercado de 
energia eólica no Brasil, que também possui investimentos em energia solar 
e renováveis. Praticamente toda a geração de energia da Cemig é proveniente 
de fontes renováveis, como hidráulica e eólica, o que proporciona à empresa 
uma baixa emissão de gases de efeito estufa. 
Além disso, como forma de reforçar seu compromisso na mitigação de 
suas emissões de gases que contribuem para a mudança global do clima, 
a Cemig possui metas corporativas de redução constante da intensidade 
das emissões diretas. Também investe no desenvolvimento de projetos de 
Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), previstos no Protocolo 
de Kyoto, o que rendeu à empresa autorização para obter e comercializar 
créditos de carbono.
Operações sustentáveis16
Um crédito de carbono é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser 
emitida para a atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa. A geração de 
créditos de carbono pode ser conduzida de diversas maneiras, como em fábricas que subs-
tituem o uso de biomassas não renováveis (como lenha de desmatamento) por biomassas 
renováveis. Iniciativas como essas, além de reduzirem gases geradores de efeito estufa, 
ainda contribuem para a diminuição do desmatamento (SUSTAINABLE CARBON, 2020). 
A Cemig ainda investe no desenvolvimento de pesquisas e projetos de 
inovação tecnológica na busca por alternativas energéticas renováveis, redes 
inteligentes (smart grids) e veículos elétricos. Tais pesquisas e projetos são 
realizados por meio de parcerias entre a Cemig e instituições de pesquisa e 
universidades, contando com a participação ativa da empresa no processo, desde 
o desenvolvimento do projeto-piloto até sua operação em escala comercial.
Alternativas energéticas são conjuntos de tecnologias de transformação, fontes e 
usos de energia considerados não tradicionais e potencialmente sustentáveis, por 
promoverem fatores como baixo impacto ambiental, viabilidade econômica, justiça 
social e aceitação cultural.
Nesse contexto, a Cemig investe em projetos de utilização de fontes de 
energia renováveis, como biomassa, pequenas centrais hidrelétricas, energia 
solar e geração eólico-elétrica. Além desses, a empresa investe ainda em 
projetos de uso racional da energia, cogeração e geração distribuída, utilizando 
diferentes combustíveis, como hidrogênio, gás natural, álcool e biodiesel.
Natura
Atualmente, a Natura ocupa o 30º lugar no ranking das 100 companhias 
mais sustentáveis do mundo. A empresa foi fundada em 1969, com a missão 
de promover o “bem-estar-bem”, que consiste em relações harmoniosas do 
indivíduo consigo mesmo, com os outros e com a natureza.
17Operações sustentáveis
Em seu site, a empresa declara que busca na inovação os meios para reduzir 
o impacto de seus produtos no meio ambiente, procurando usar cada vez mais 
ingredientes vegetais e materiais reciclados. Para isso, promove a geração de 
soluções inovadoras nas diversas dimensões do negócio.
  Inovações em negócios: a empresa atualmente realiza suas operações 
por venda direta, e-commerce e varejo, o que lhe permite atender a 
milhares de consumidores no Brasil, América Latina, Estados Unidos 
e França.
  Inovação em produtos: a empresa investe parte de sua receita em ino-
vação e conta com uma ampla equipe de pesquisa, desenvolvimento e 
marketing, para que possa manter e ampliar seu portifólio de produtos.
  Inovação em operações logísticas: a empresa possui uma das mais mo-
dernas estruturas de logística do Brasil e do mundo, o que lhe permite 
atingir altos níveis de produtividade e de serviço.
Entre as práticas de sustentabilidade adotadas pela Natura, a empresa 
destacada ações com os seguintes propósitos:
  Fórmulas naturais: a empresa prioriza a utilização de ingredientes na-
turais, renováveis e provenientes da biodiversidade amazônica, investe 
em biotecnologia e busca inovações inspiradas na natureza, buscando 
potencializar a performance e os benefícios de seus produtos.
  Cuidado com a origem: a empresa valoriza o manejo das florestas e as 
práticas agrícolas sustentáveis, atuando no combate ao desmatamento, 
além de promover oportunidade de renda e o desenvolvimento social 
dos pequenos produtores.
  Ingredientes seguros: a empresa tem como política realizar a substitui-
ção de ingredientes que venham a ser considerados controversos, por 
apresentarem potencial riscos ao meio ambiente ou à saúde humana, 
ainda que não se configure uma exigência legal.
  Sem testes em animais: para testar seus produtos, a empresa investe 
no desenvolvimento de métodos alternativos e superavançados, como a 
pele 3D, não compra insumos ou ingredientes que tenham sido testados 
em animais e não utiliza qualquer ingrediente que envolva a morte de 
animais, utilizando apenas ingredientes derivados, como cera da abelha.
  Embalagem ecológica: neste quesito, a empresa busca gerar o menor 
impacto possível, priorizando a utilização de materiais que podem 
ser reciclados após o consumo e que sejam provenientes de origem 
Operações sustentáveis18
renovável, além de desenvolver soluções que facilitem a reciclagem, 
trazendo benefícios para as famílias envolvidas nas atividades de coleta 
e reaproveitamento.
  Compromisso com o clima: a empresa trabalha para reduzir ao máximo 
as emissões de carbono ao longo de toda sua cadeia produtiva, monito-
rando impactos gerados desde a extração dos ingredientes até o descarte 
do produto; emissões que não podem ser evitadas são compensadas 
pela empresa mediante a compra de créditos de carbono de projetos 
que geram benefícios sociais e ambientais.
A partir dessas ações, a Natura promove iniciativas que geram resultados 
bastante expressivos. Sua sede em Cajamar (SP) é um exemplo: nela a Natura 
instalou um imenso conjunto de painéis solares, em um projeto de 1.800 m2 de 
filmes fotovoltaicos orgânicos que gera energia suficiente para abastecer toda 
a iluminação do prédio, com 160 estações de trabalho dispostas em 21 salas e 
ainda dois auditórios, permitindo evitar a emissão de 37 toneladas de CO2 por 
ano (o que equivale ao consumo mensal de mais de 450 residências brasileiras).
A Natura investe também em ações pela conservação da Amazônia, atu-
ando em iniciativas que, de 2000 a 2019, permitiram preservar 1,8 milhões 
de hectares de floresta, área que equivale a 12 vezes o tamanho da cidade 
de São Paulo. Além disso, a empresa procura utilizar o máximo de materiais 
reciclados em suas embalagens e oferece a maior parte de sua linha de produtos 
em embalagens do tipo refil, feitas de material de origem renovável, o que 
permite à empresa economizar por ano o equivalente ao lixo produzido por 
3,5 milhões de pessoas em um dia. Além disso, a Natura possui também um 
programa de responsabilidade compartilhada entre a empresa e seus forne-
cedores de embalagens, no qual promove a rastreabilidade, a homologação 
e a logística reversa em todos os seus fornecedores de materiais reciclados, 
com os quais compartilha conhecimento técnico e instrumental para garantir 
a profissionalização de todos os elos de sua cadeia.
Esses são alguns exemplos de empresas preocupadas com a sustenta-
bilidade e as ações por elas desenvolvidas como forma de colaborar para a 
disseminação deste importante conceito. Muitos outros casos práticos podem 
ser encontrados nas diferentes bases de pesquisa disponíveis, tendo em vista 
que a sustentabilidade pode ser aplicada nos mais variados contextos, especial-
mente o empresarial, dado o expressivo impacto que esse pode causar. Assim, 
a sustentabilidade empresarial é uma responsabilidadede toda e qualquer 
empresa, já que a sustentabilidade em seu conceito mais abrangente é algo 
importante para todos nós. 
19Operações sustentáveis
COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS. Redução de emissão de CO2. CEMIG, 
2020b. Disponível em: https://www.cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/susten-
tabilidade/nossos_programas/Eficiencia_Energetica/Paginas/Reducao_emissao_CO2.
aspx. Acesso em: 22 abr. 2020.
COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS. Sustentabilidade: o desafio de crescer de 
maneira responsável. CEMIG, 2020a. Disponível em: http://www.cemig.com.br/pt-br/A_
Cemig_e_o_Futuro/sustentabilidade/Paginas/sustentabilidade.aspx. Acesso em: 22 abr. 2020.
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações: manufatura e 
serviços: uma abordagem estratégica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
D’AGOSTINI, M. Operações sustentáveis e desempenho: revisão sistemática e metanálise. 
Dissertação (Mestrado) — Universidade de Caxias do Sul, 2015. Disponível em: https://
repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/handle/11338/1046/Dissertacao%20Marina%20
D%27agostini.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 22 abr. 2020.
MANFRIN, P. M. et al. Um panorama da pesquisa em operações sustentáveis. Revista Produção 
Online, v. 23, n. 4, p. 762–776, out./dez. 2013. Disponível em: https://prod.org.br/article/10.1590/
S0103-65132013005000029/pdf/1574685864-23-4-762.pdf. Acesso em: 22 abr. 2020.
OLIVEIRA, O. J. (Org.). Gestão da produção e operações: bases para competitividade. 
São Paulo: Atlas, 2014.
SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 8. ed. São 
Paulo: Atlas, 2018.
SUSTAINABLE CARBON. 2020. Disponível em: http://www.sustainablecarbon.com. 
Acesso em: 22 abr. 2020. 
Leituras recomendadas
BANCO DO BRASIL. Disponível em: https://www.bb.com.br/. Acesso em: 22 abr. 2020.
COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS. Disponível em: http://www.cemig.com.
br/. Acesso em: 22 abr. 2020.
CORPORATE KNIGHTS. 2020 Global 100 ranking. 21 jan. 2020. Disponível em: Disponível 
em: https://www.corporateknights.com/reports/2020-global-100/2020-global-100-
-ranking-15795648/. Acesso em: 22 abr. 2020.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. BB, Cemig e Natura compõem 
ranking global das 100 empresas mais sustentáveis: brasileiras foram citadas em lista da 
revista canadense Corporate Knights. IBCG, 23 jan. 2020. Disponível em: https://www.
ibgc.org.br/blog/ranking-2020-corporate-knights. Acesso em: 22 abr. 2020.
NATURA. Disponível em: https://www.natura.com.br/. Acesso em: 22 abr. 2020.
Operações sustentáveis20
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cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
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local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
21Operações sustentáveis
DICA DO PROFESSOR
A sustentabilidade é um conceito abrangente que, quando levado ao contexto organizacional, dá 
origem à sustentabilidade empresarial. 
Esta, por sua vez, diz respeito à aplicação do conceito da sustentabilidade sobre a operação 
produtiva, visando a reduzir os impactos dela sobre o meio ambiente. Isso envolve agir sobre as 
atividades desempenhadas dentro da empresa e sobre as executadas pelos demais agentes com 
os quais ela interage, que formam sua cadeia de suprimentos, a qual se torna igualmente 
sustentável.
Na Dica do Professor, são apresentadas considerações sobre como 
a sustentabilidade empresarial é levada à cadeia de suprimentos, especialmente em relação aos 
fornecedores da organização, 
com ênfase em algumas certificações e normas que auxiliam as empresas na implementação e na 
prática desse relevante conceito.
Veja a seguir:
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EXERCÍCIOS
1) A sustentabilidade na esfera organizacional é aplicada com o apoio de modelos de 
gestão, muitos deles construídos com base no Triple Bottom Line (TBL), que faz 
referência a três aspectos: impacto ambiental, responsabilidade social e contribuição 
econômica. Quando representado graficamente, o TBL costuma ser apresentado 
como um conjunto de três esferas que se sobrepõem, sendo que a área em que as três 
esferas se sobrepõem, na literatura que trata do tema, é denominada:
A) viável.
B) inviável.
C) equitativa.
D) suportável.
E) sustentável.
2) A partir da adoção de modelos com base no tripé da sustentabilidade, muitas 
empresas promovem a conexão entre as esferas da sustentabilidade e da produção 
por meio do engajamento em ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. Diversas 
são as práticas voltadas para o estabelecimento de operações sustentáveis, sendo que 
elas ocorrem em diferentes fases do processo produtivo.
Entre as práticas listadas a seguir, assinale aquela que ocorre na fase de gestão dos 
resíduos da operação:
A) Projeto verde.
B) Ecodesign.
C) Cadeia de suprimentos verde.
D) Logística reversa.
E) Produção mais limpa.
3) Uma das práticas para operações sustentáveis é a produção mais limpa, que 
corresponde a uma estratégia que unifica aspectos econômicos, ambientais e 
tecnológicos com a finalidade de tornar a operação mais eficiente, promovendo ações 
como a utilização consciente dos recursos naturais e a redução dos resíduos gerados 
pelos processos produtivos. Essas ações podem ser desempenhadas com diferentes 
níveis de prioridade, sendo que um deles implica em modificar produtos e processos 
para reduzir impactos. Esse nível, em específico, é denominado:
A) nível 1 = prioridade alta.
B) nível 2 = prioridade secundária.
C) nível 3 = prioridade máxima.
D) nível 2 = prioridade alta.
E) nível 1 = prioridade máxima.
4) A empresa X é uma indústria fabricante de condicionadores de ar que recentemente 
lançou um produto no mercado totalmente projetado pela própria empresa, que 
antes apenas produzia produtos idealizados por outras organizações. Porém, o 
produto oferecido está apresentando baixa eficiência energética durante o uso, 
fazendo o consumo de energia dos clientes compradores aumentar muito e fazendo a 
empresa receber muitas reclamações de clientes e perder mercado.
Entre as práticas listadas a seguir, assinale aquela que poderia ter sido implementada 
pela empresa X para evitar tal problema:
A) Cadeia de suprimentos verde.
B) Projeto verde.
C) Produção mais limpa.
D) Logística reversa.
E) Reúso, remanufatura e reciclagem.
A empresa Y é uma fabricante de produtos eletrônicos que, atualmente, vem 5) 
apresentando elevados custos com a gestão de resíduos, sobras de produção e 
produtos defeituosos, o que vem comprometendo parte expressiva de seus lucros e, ao 
mesmo tempo, causando danos ao meio ambiente. Para tratar tal cenário, a empresa 
quer adotar práticas para tornar sua produção mais sustentável e, assim, minimizar 
os impactos negativos sobre os aspectos econômico e ambiental.
Entre as ações listadas a seguir, assinale aquela que representa a opção mais efetiva 
(por agir na causa, e não nos efeitos) para a redução de custos em decorrência da 
geração de resíduos:
A) Contratar uma empresa para fazer logística reversa.
B) Praticar a destinação apropriada dos resíduos gerados.
C) Promover o reúso das sobras de produção.
D) Remanufaturar produtos que apresentarem defeitos.
E) Adotar a prática da produção mais limpa.
NA PRÁTICA
Durante muito tempo, acreditou-se que a sustentabilidade era algo que custava caro e, por isso, 
aplicável apenas a grandes empresas. Para o bem da sociedade como um todo, essas ideias estão 
ficando no passado e as empresas e as pessoas (integrantes das organizações ou clientes) estão 
se mostrando cada vez mais conscientes da necessidade de agir pela sustentabilidade e dos 
potenciais benefícios que esse conceito pode promover em várias esferas, como ambiental, 
social e econômica.Gestores mais bem informados e atualizados já estão conscientes de que ser ambiental e 
socialmente responsável é uma conduta que traz vantagem competitiva para as empresas e que, 
embora tornar uma empresa sustentável seja realmente um desafio, pode também representar 
oportunidades de novos negócios e crescimento, 
o que colabora para o desenvolvimento e a perenidade das empresas, seja qual for seu tipo de 
negócio ou o tamanho da sua estrutura.
A partir de um estudo de caso, veja, em Na Prática, como uma 
empresa, com ações simples, pode se tornar sustentável e ainda conscientizar seu público.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Sustentabilidade: a prática que só gera vantagens
Atualmente, muito se fala sobre sustentabilidade. Entretanto, o que realmente isso significa? 
Como e por que praticar a sustentabilidade? Este link traz considerações que auxiliam na 
resposta a essas questões, apresentando alguns exemplos de empresas que praticam a 
sustentabilidade. Confira.
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10 formas de poluir menos o planeta Terra
Ser sustentável. Esta é uma responsabilidade que, nos dias atuais, é fortemente atribuída às 
empresas. Porém, as pessoas também têm muito a contribuir, cada uma fazendo a sua parte, 
gerando colaboração para a promoção da sustentabilidade. Neste vídeo, acompanhe sugestões 
interessantes sobre como é possível praticar sustentabilidade e ainda questões importantes desse 
contexto, como o efeito estufa e os créditos de carbono.
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Cadeia de fornecimento sustentável
Para que uma empresa torne a sua operação realmente sustentável, é importante que ela faça 
com que o conceito de sustentabilidade seja praticado na condução de todas as atividades 
envolvidas na operação, o que inclui as tarefas realizadas pela empresa, mas também pelos 
demais agentes com os quais ela interage. Este vídeo traz considerações relevantes sobre esse 
contexto, tratando sobre a cadeia de suprimentos sustentável. Aproveite.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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