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PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS 
EM MADEIRA
UNIDADE IV
TÉCNICAS DE TRATAMENTO
Elaboração
Vinícius Sandovani da Silva Alves
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE IV
TÉCNICAS DE TRATAMENTO ............................................................................................................................................................5
CAPÍTULO 1 
TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM LIGAÇÕES ................................................................................................................... 6
CAPÍTULO 2 
TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM ADESIVOS E RESINAS .......................................................................................... 10
CAPÍTULO 3 
TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM REFORÇO E SUBSTITUIÇÃO .............................................................................. 15
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................22
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UNIDADE IVTÉCNICAS DE TRATAMENTO
Após detecção de manifestações patológicas na madeira, o inspetor deve avaliá-las 
para identificar os agentes causadores e determinar os danos provocados. Com essas 
informações será possível sugerir uma ou mais técnicas para tratamento da estrutura. 
Objetiva-se com o tratamento manter ou restaurar as características estéticas, funcionais 
e/ou estruturais das estruturas de madeira.
Os tratamentos estruturais podem ser divididos em duas classes: reforços e reabilitação. 
Quando a estrutura apresenta capacidade resistente residual, mas em valor inferior ao 
necessário, e por meio de alguma técnica é adicionada capacidade portante à estrutura, 
esse método é denominado de reforço. Já na reabilitação a peça é reconstituída (reparada) 
para que retome sua capacidade original. Porém, para questões práticas, a diferenciação 
entre reforço e reabilitação não tem muita serventia, visto que nos dois, o objetivo 
principal é tratar a estrutura, tornando-a funcional novamente.
Diversos fatores podem afetar o tipo de técnica a ser utilizado, desde questões financeiras 
(mais econômica) até problemas executivos. Logo nunca existirá uma única forma de 
tratar uma manifestação patológica, pois o tratamento ideal dependerá de análise do 
caso em particular. Brito (2014) afirma que o profissional responsável pelo tratamento 
deve possuir experiência suficiente para determinar os melhores métodos possíveis, 
considerando diversos fatores, tais como: interesse dos usuários, custos, sustentabilidade 
e prevenção a ataques futuros.
O trabalho de intervenções em estruturas é repleto de singularidades, uma vez que erros, 
durante a execução ou em estimativas, podem levar ao colapso total da estrutura. De 
maneira geral, as intervenções em estruturas de madeira devem ser acompanhadas de 
um engenheiro estrutural, capaz de avaliar a capacidade resistente residual e, conforme 
o caso, determinar se é necessário escoramento; caso seja, como este será disposto.
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CAPÍTULO 1 
TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM LIGAÇÕES
Dentre as diversas técnicas de tratamento em estruturas de madeira, uma das principais e 
mais utilizadas é a utilização de elementos de fixação (em regra, metálicos ou de madeira) 
para reforço ou enrijecimento dos elementos estruturais. Geralmente o reforço é realizado 
com materiais e métodos tradicionais (como madeira ou aço). Uma das desvantagens 
dessas técnicas é que podem alterar a aparência e autenticidade da estrutura de madeira 
(BRITO, 2014).
1.1. Adição de peças utilizando pregos e parafusos
Nessa técnica a seção transversal da peça é aumentada por meio da adição de um material 
resistente. Essa peça adicionada pode ser metálica, de madeira, ou outro elemento com 
capacidade resistente o suficiente para reforçar a estrutura, e a ligação do reforço poderá 
ser realizada de diferentes maneiras, com pregos, parafusos e raramente com adesivos 
(COSTA, 2009). Dias (2008) alerta que, caso seja utilizado madeira como material de 
reforço, esta deve ter um teor de água semelhante (ou o mais próximo possível) ao da 
madeira reforçada.
Segundo Ritter (1990), essa técnica pode ser utilizada de duas maneiras:
 » tratamento com adição de peças pontuais: nesse caso, serão reforçadas somente regiões 
críticas que tiveram um processo deteriorativo grave, reduzindo consideravelmente 
a seção; que, como consequência dos danos e redistribuição de esforços, ficaram 
mais solicitadas do que o previsto em projeto; ou que tiveram outro tipo de dano 
que afetou pontualmente a estrutura. Para que seja utilizado o reforço pontual, 
é preciso que o local de reforço esteja claramente definido. De acordo com Brito 
(2014), para garantir a transmissão do esforço da peça danificada para o reforço, 
a região danificada deve ser cortada da forma mais simétrica possível.
Figura 33. Reforço com adição de peças pontuais.
Reforço com peças de madeira Reforço com perfis metálicos 
 
Fonte: Uzielli, 1995 apud Brito, 2014. Fonte: Arriaga et al., 2002 apud Costa, 2009. 
 
 » tratamento com adição de peças ao longo de todo o elemento: nesse caso, o reforço 
será utilizado/fixado ao longo de todo o elemento estrutural, ou em parte substancial 
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TÉCNICAS DE TRATAMENTO | UNIDADE IV
deste. Segundo Brito (2014), essa técnica está mais relacionada ao enrijecimento 
do elemento estrutural, que apresenta capacidade resistente insuficiente.
Figura 34. Reforço com adição de peças ao longo de todo o elemento.
Fonte: Arriaga et al., 2002 apud Costa, 2009.
A definição de qual método será utilizado dependerá de diversos fatores, como custo 
total, estética, grau de deterioração da estrutura, prazo, dentre outros. Porém, apesar 
da maneira de reforço escolhida, é importante que seja realizada a análise global da 
estrutura, para que se possa verificar a distribuição de tensões após dano e após reforço. 
Para Brito (2014), independentemente da maneira de reforço, são desaconselháveis 
situações que resultem em cargas excêntricas ou tensões perpendiculares às fibras.
1.2. Adição de peças coladas
O sistema de tratamento por adição de peças coladas nada mais é que a colagem de 
placas ou chapas (metálicas ou de madeira) nas regiões danificadas, utilizando adesivos 
epóxis. Assim como nas demais situações em que é usado, devem ser tomados cuidados 
para garantir a adequada adesão do adesivo, como não utilizar madeira com umidade 
elevada ou tratada com preservativos oleosos (BRITO, 2014). As peças podem ser coladas 
pontualmente ou em torno de todo o elemento.
Para que essa ligação trabalhe adequadamente, é importante que o material de reforço 
se fixe corretamente na peça e, assim, consiga transferir e receber esforços da estrutura. 
No caso de adição de peças de madeira, para melhorar a transferência de esforços e a 
ligação entre as peças, podem ser utilizadas barras, transpassando os dois elementos, 
que funcionarão como um elemento adicional de transferência de solicitações.
Figura 35. Técnica para aumento da inércia por adição de peças coladas.
Fonte: Arriaga et al., 2002 apud Costa, 2009.
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UNIDADE IV | TÉCNICAS DE TRATAMENTO
Quanto à ligação das peças, Uzielli (1995) apud Brito (2014) alerta que, para os casos 
em que foram usadas diferentes técnicas de ligação em um mesmo elemento, como 
pregos ou parafusos com adesivos, a eficiência da ligação não será igual à soma de seus 
valores individuais, pois, como os adesivos são mais rígidos, estes trabalharão quase 
que sozinhos e, somente no caso de falha, o parafuso ou prego (mais dúcteis) começarão 
a trabalhar. Portanto é interessante utilizar o prego ou parafuso quando o método de 
ligação é o adesivo, para funcionar como um sistema de segurança. 
1.3. Costuras ou travamentos de fendas e delaminações 
das placas coladas
Um dos defeitos naturais típicos associados à madeira é o desenvolvimento de fendas 
longitudinais de extremidade. Esses fendilhamentos podem ser observados principalmente 
em madeiras serradas ouem madeira laminada colada (MLC). No caso da MLC, essas 
fendas surgem principalmente devido a problemas na colagem entre as lâminas da 
peça e são denominados também de delaminações (destacamento de lâminas coladas). 
Independentemente do tipo de fenda detectada, o primeiro ponto a ser determinado 
é se a fenda é originária de um defeito natural durante a secagem ou gerada por uma 
sobrecarga ou falha nos detalhes do projeto estrutural (RITTER, 1990). 
Essa técnica é usada sobretudopara a contenção do fendilhamento, pressionando a peça 
na direção perpendicular à fenda, evitando que esta continue crescendo. Para Ritter 
(1990), a contenção pode ser feita de dois modos:
 » travamento: realizado com abraçadeiras compostas por chapas metálicas, parafusos 
passantes, com arruelas e porcas. Dentre os dois métodos possíveis, esse é o mais 
eficiente para seções não reduzidas e para evitar a evolução das fendas; 
 » costura: nesse caso, podem ser utilizados parafusos passantes, como arruelas 
e porcas, ou parafusos de rosca soberba, que são fixados por meio do elemento 
estrutural. 
Brito (2014) cita uma série de cuidados que devem ser tomados, quando utilizado o 
método da costura ou travamento, para que estes sistemas funcionem corretamente, 
tais como:
 » os parafusos não podem possuir área de seção transversal superior ao valor máximo 
de área transversal permitido para um nó na peça de madeira;
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TÉCNICAS DE TRATAMENTO | UNIDADE IV
 » o travamento ou os parafusos devem ser apertados somente até o ponto em que 
começam a comprimir a madeira, caso contrário, podem levar ao esmagamento 
da peça na região;
 » não se deve tentar unir uma fenda caso seja possível que o fendilhamento se estenda, 
atingindo uma ligação existente.
Figura 36. Técnica de costura (à esquerda) e travamento (à direita) para contenção de fendas 
longitudinais.
Fonte: Uzielli, 1995 apud Brito, 2014.
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CAPÍTULO 2 
TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM ADESIVOS E RESINAS
Adesivos epóxis são formados por bases de resina e por um composto endurecedor 
(catalizador), que permite o endurecimento do material quando os époxis são misturados. 
O material sólido formado apresenta elevada resistência a ataques biológicos e ação 
de intempéries, além de proporcionar uma ligação com elevada resistência mecânica 
(RITTER, 1990).
Na escolha do adesivo adequado, é importante que o profissional consiga ponderar, 
chegando à melhor combinação possível entre aqueles que apresentam maior desempenho, 
porém sem se esquecer dos custos (BRITO, 2014). Conforme a composição química, os 
adesivos podem ser divididos em:
 » orgânicos: recomendados para uso em madeira, sendo utilizados para formação das 
madeiras laminadas e coladas e outras que utilizam colas. Dividem-se em colas de 
origem natural (derivadas de amido, caseína, dentre outros elementos) e sintéticas 
(OLMOS, 1992 apud FIORELLI, 2002). Segundo Fiorelli (2002), são os adesivos 
mais utilizados pela indústria madeireira, principalmente pela sua resistência à ação 
da água e ao ataque de biodeterioradores. Esses adesivos sintéticos se dividem em:
 › termoplásticos: podem ser reaquecidos, reestabelecendo suas propriedades 
iniciais, podendo ser novamente moldados;
 › termofixos: indicados para ambientes com alta umidade e calor, que após 
endurecerem por processos químicos não podem retornar as características 
iniciais.
 » inorgânicos: em regra, são à base de silicatos, gerando ligações inter e intramoleculares 
de elevada resistência mecânica (SOUZA, 2015). 
Outra forma de classificação desse material é segundo a forma física deles, que pode 
ser: filme adesivo, adesivo em pasta, líquidos adesivos, adesivos em solução e adesivo 
de contato (SOUZA, 2015). Devido suas propriedades mecânicas e físicas, tem sido 
amplamente utilizado como tratamento de estruturas de madeira. Dentre os principais 
usos está a sua utilização como elemento de ligação (adesivo), o reforço contra esforços 
cisalhantes e o material de preenchimento de vazios (gerados por fissuras e trincas, por 
exemplo). 
Como a maioria dos seus usos se justifica pelo grau de adesão no substrato, para que 
esses adesivos possam trabalhar adequadamente, é importante que a madeira seja 
preparada para sua aplicação. Dentre as condições, presentes na superfície do substrato, 
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TÉCNICAS DE TRATAMENTO | UNIDADE IV
que podem influenciar na adesão do material, e devem ser evitadas, pode-se citar: 
presença de pó e demais partículas; presença de graxas ou óleos; umidade elevada ou 
superfície demasiadamente seca; madeira tratada com preservativos à base de óleo; e 
uma superfície demasiadamente lisa e polida.
Assim como no caso dos demais tratamentos, vale a ressalva quanto à análise estrutural 
global da estrutura tanto após a determinação dos danos gerados quanto após o reparo. 
Desse modo, é possível determinar como será a nova distribuição dos esforços, e se 
alguma região será mais solicitada do que o previsto. 
Existem diversas técnicas de tratamento para a estrutura de madeira utilizando adesivos 
epóxis, devido principalmente à diversidade de funções que podem ser utilizadas (cola, 
material de preenchimento, reforço, matriz em compósito) e aos diferentes elementos 
estruturais (viga, pilar, estacas etc.). A decisão sobre onde e como usar os adesivos epóxis 
é tomada com auxílio do engenheiro estrutural e com devida análise das estruturas e 
dos danos gerados. 
A técnica de adição de peças coladas poderia ser incluída no Capítulo 1 e neste 
capítulo. Por questões de similaridade, como é uma variação da técnica utilizando 
parafusos e pregos, foi alocada no Capítulo 1.
2.1. Compósitos formados por fibras e matrizes
O compósito pode ser definido como a junção de dois ou mais materiais, não solúveis 
entre eles, que, quando unidos, geram um novo material com propriedades diversas 
das dos constituintes. Em regra, o compósito deve apresentar pelo menos uma matriz 
polimérica (adesivos epoxídicos), material de maior composição e onde serão adicionados 
os demais, e um ou mais reforços, que ficarão dispersos na matriz (fibras). 
As fibras podem ser utilizadas de diversas formas, tais como lâminas, tecido (mantas) ou 
barras, que são coladas à estrutura com adesivos epoxídicos, em diferentes formatos, de 
acordo com o objetivo do reforço. São utilizadas para reforço de matrizes epoxídicas e 
podem ser sintéticas (vidro, carbono, aço, kevlar etc.) ou naturais (algodão, sisal, linho, 
aramida etc.).
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UNIDADE IV | TÉCNICAS DE TRATAMENTO
Figura 37. Reforço estrutural usando fibra de carbono.
Materiais de carbono utilizados para reforço Laje de concreto reforçada com 
fibra de carbono Lâmina Barra Tecido 
 
 
Fonte: Borges, 2016. Fonte: Intech, 20--. 
 
Dentre as diferentes fibras, uma das que tem ganhado muito destaque é a fibra de 
carbono, principalmente por suas propriedades mecânicas. Contudo essa fibra apresenta 
custo muito elevado, o que levou (e leva) a várias pesquisas com fibras alternativas, com 
custos menores e com propriedades similares. Dentre essas pesquisas, vale destacar a 
de Fiorelli (2002), que comparou as fibras de carbono com as de vidro (menos onerosa) 
e concluiu que elas podem substituir a de carbono no reforço de vigas de madeira de 
maneira eficiente e por um custo inferior. 
2.2. Argamassa epoxídica 
Os compostos epoxídicos podem ser utilizados também como material de preenchimento 
de fendas, trincas e outros vazios presentes na estrutura de madeira. Esses materiais são 
resistentes à maioria dos agentes químicos, físicos e biológicos deterioradores da madeira, 
pois são capazes de vedar eficientemente os vazios em que são aplicados. A escolha e 
aplicação desses compósitos dependerão: da região de aplicação, das características do 
adesivo epóxi a ser utilizado e dos equipamentos à disposição do profissional.
Figura 38. Selagem de fendas usando argamassa epoxídica.
 
 
1 
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3 
4 
Fonte: Rotafix, 2007 apud Costa, 2009.
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TÉCNICAS DE TRATAMENTO | UNIDADE IV
2.3.Pinos, barras ou placas coladas
Essa técnica possui uma série de variações, que dependerão do esforço (como cisalhamento 
ou flexão), do dano causado e do elemento que se deseja reforçar (viga, estaca, laje, 
dentre outros). Contudo, em síntese, esse tratamento consiste em fixar cavilhas, pinos 
ou barras de madeira ou metálicas, utilizando adesivo epóxi, à peça degradada para 
aumentar sua capacidade resistente.
As barras ou cavilhas podem ser coladas em diversas disposições na peça de madeira, 
como nas laterais da peça ou no interior. A disposição dessas barras no elemento estrutural 
dependerá do tipo de esforço solicitante que se deseja combater (como esforços axiais 
ou flexão) e que foi prejudicado pelo processo deteriorativo. Para Brito (2014), as barras 
utilizadas para reforço são principalmente de aço ou de fibra de vidro. De acordo com 
Dias (2008), além das barras, também podem ser utilizadas placas metálicas inseridas 
no interior da peça de madeira.
Figura 39. Reforços de estruturas com barras ou placas coladas e seladas com adesivo epóxi.
Reforço com barras horizontais 
 
Reforço com barras inclinadas coladas 
 
Reforço com chapas coladas internamente 
 
 
Fonte: Arriaga et al., 2002 apud Dias, 2008.
Também é possível utilizar pinos ou cavilhas (comumente de madeira ou metálicos) para 
reforçar a estrutura, de modo semelhante à técnica de costura com parafusos (tratados no 
Capítulo 1 desta unidade), contudo os materiais, ao invés de cravados, são colados com 
adesivo epóxi. Esses elementos funcionarão principalmente como elemento resistente 
ao esforço cisalhante.
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UNIDADE IV | TÉCNICAS DE TRATAMENTO
Figura 40. Reforço com pinos colados na estrutura.
Fonte: Arriaga et al., 2002 apud Brito, 2014.
Dentre as novidades para reforço da estrutura devido aos esforços cisalhantes, tem-se 
o uso de pinos de compósitos reforçados com fibras. Basicamente, o orifício formado 
tem suas paredes revestidas pelo tecido de fibra, e a colagem e o preenchimento do furo 
são realizados com o adesivo epóxi. Essa técnica ainda é recente, mas tem mostrado 
resultados promissores, principalmente no concreto, destacando-se o uso de fibra de 
carbono.
2.4. Reconstrução da peça danificada com adesivo epóxi
Em determinadas situações, como resultado do processo deteriorativo, tem-se a perda 
de seção líquida efetiva do elemento estrutural. Uma solução para aumentar a seção 
transversal da peça, de maneira eficiente, é reconstruindo a peça com cola epoxídica. 
Igualmente ao tratamento em que são coladas peças à seção existente, para que se garanta 
que ocorra a efetiva transmissão de esforços entre o elemento danificado e a região 
reconstruída, devem ser utilizadas barras fixadas entre os dois elementos (demonstrado 
na figura 41) e sinuosidades (“dentes”) no substrato (região onde será colado o reforço).
Figura 41. Reconstrução da parte danificada com adesivo epóxi.
Fonte: Arriaga et al., 2002 apud Brito, 2014.
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CAPÍTULO 3 
TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM REFORÇO E 
SUBSTITUIÇÃO
Além das técnicas de tratamento citadas anteriormente, existem outros métodos de 
reforço e reabilitação a serem utilizados em estruturas de madeira, que, devido ao seu 
uso e à sua disseminação, devem ser citados. Também serão discutidas neste capítulo 
as particularidades e os cuidados a serem tomados para tratar pavimentos, apoios e 
substituir os elementos estruturais quando as técnicas possíveis não são aplicáveis, 
independentemente do motivo (prazo, custo, capacidade técnica).
3.1. Encamisamento usando aço, graute ou concreto 
armado
No encamisamento toda a peça de madeira é envolvida com um material, de modo a 
aumentar a sua inércia, além de confinar a peça de madeira, aumentando a resistência e 
outras propriedades do elemento estrutural. Esse envoltório também funcionará como 
uma barreira física, dificultando a deterioração da madeira por agentes externos. 
Diversos materiais podem ser utilizados para o encamisamento da peça de madeira; 
quatro merecem destaque:
 » aço: nesse caso, é utilizada uma forma metálica no entorno da peça. Essa técnica não 
difere muito das já citadas, em que as placas metálicas são ligadas por parafusos ou 
coladas. Mas como elemento monolítico, além do ganho de inércia, pelo aumento de 
seção da peça, tem-se um acréscimo nas propriedades pelo efeito de confinamento;
 » concreto: material compósito formado, em regra, por cimento, agregado graúdo, 
agregado miúdo e água. Apresenta boa resistência mecânica e baixo custo, e uma 
das principais vantagens é a facilidade de moldagem enquanto fresco. Ritter (1990) 
recomenda que sejam utilizadas fôrmas de plástico, reforçadas com fibras ou tecido 
para preenchimento do concreto. Para melhorar suas propriedades, podem ser 
utilizadas barras de aço ao redor da peça (resultando em concreto armado);
 » graute: pode ser considerado um tipo de concreto, porém com materiais controlados 
industrialmente, além de conter diferentes aditivos na mistura. Com isso, gera-
se um compósito de elevada resistência, autoadensável e com grande capacidade 
de adesão ao substrato (madeira). Sendo seu sistema de aplicação similar ao do 
concreto;
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UNIDADE IV | TÉCNICAS DE TRATAMENTO
 » compósito reforçado com fibra: nesse caso, o compósito é colado em torno de todo 
o elemento estrutural.
Figura 42. Reforço de uma estrutura de madeira com encamisamento de concreto.
 
 
Pilar de madeira 
Reforço com tela de aço 
Região deteriorada 
Concreto de reforço 
Forma de plástico 
Fonte: Ritter, 1990.
3.2. Tratamento com barras ou cabos de aço tensionados
O uso de barras ou cabos de aço tensionados na parte inferior da viga tem a função de 
reforçar as estruturas existentes, corrigindo deformações excessivas, causadas pela 
redução da seção resistente. Uma das vantagens dessa técnica é que é uma intervenção 
externa à estrutura e que pode ser revertida, contudo necessita de técnicos especializados, 
altera o aspecto visual da peça e tem custo elevado (COSTA, 2009). 
Figura 43. Reforço estrutural utilizando tirantes pré-tensionados.
Fonte: Arriaga et al., 2002 apud Dias, 2008.
Uzielli (1995) apud Brito (2014) alertam que os tirantes podem sofrer deformações ao longo 
do tempo, principalmente devido às variações de temperatura, exigindo manutenções 
periódicas ou que sistemas de compensação sejam utilizados para manter as mesmas 
tensões.
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TÉCNICAS DE TRATAMENTO | UNIDADE IV
3.3. Problemas nos apoios
O apoio é uma das partes da estrutura de maior importância e, assim como todos os 
demais elementos estruturais, está sujeito à deterioração por agentes deterioradores. 
Segundo Costa (2009), alguns tipos de tratamentos que podem ser utilizados para tais 
elementos são:
 » introdução de frechal de madeira ou de concreto;
 » utilização de cantoneiras, chapas ou perfis metálicos;
 » utilização de peças novas junto às antigas;
 » introdução de elementos metálicos no interior de seções;
 » utilização de adesivo epóxi.
Todos esses tratamentos são derivados ou variações das técnicas citadas anteriormente, 
contudo, neste capítulo, vale destacar uma solução própria e mais comum para apoios, 
que é a modificação da posição do apoio com adição de consolo.
3.3.1. Técnica de modificação da posição de apoio com adição 
de consolo
Nessa técnica, os apoios posicionados em regiões biodeterioradas são alterados para 
partes sãs da madeira, geralmente para regiões internas, reduzindo o vão das vigas 
(COSTA, 2014). Apesar de teoricamente simples, esse método exige análise estrutural 
global da estrutura danificada e da mudança de posição dos apoios, pois pode-se alterar 
consideravelmente a distribuição das tensões.
Em determinadas situações, o simples deslocamento dos apoios não é suficiente para 
manter a estrutura estável, sendo necessário adicionar elementos estruturais adicionais 
para absorver as cargas residuais pela modificação da disposição estrutural. Esses 
elementos (vigas, pilares, dentre outros) podem ser de madeira, aço ouconcreto (BRITO, 
2014).
3.4. Restabelecimento da estabilidade
Quando a estrutura de madeira sofre algum processo deteriorativo, pode perder seção 
transversal efetiva, resultando na diminuição da resistência e de outras propriedades 
mecânicas consideradas no projeto inicial. As patologias também podem ser geradas por 
falhas durante o projeto, a execução ou manutenção. Independentemente do motivo, 
os elementos estruturais podem, além das outras diversas manifestações patológicas 
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UNIDADE IV | TÉCNICAS DE TRATAMENTO
possíveis, apresentar deformações e/ou deslocamentos excessivos e, como resultado 
destes, a instabilidade estrutural. 
Conforme Uzielli (1995) apud Brito (2014), para restabelecer a estabilidade estrutural 
(restabelecendo a geometria original), podem ser utilizados sistemas de contraventamentos, 
em regra, com elementos de aço tracionados ou peças de madeira comprimidas. Como os 
elementos estruturais não sofrem intervenções, a autenticidade e a estética da estrutura 
sofrem poucas alterações, porém, do ponto de vista estrutural, esses contraventamentos 
podem alterar a concepção estrutural original, reorganizando a distribuição de cargas. 
3.5. Reabilitação ou reforço de pavimentos 
No caso de pavimentos de madeira, quando deteriorados, os processos de tratamento 
apresentam algumas particularidades. Para tratar esses pavimentos, podem ser utilizadas 
chapas de madeira, elementos em aço ou até mesmo concreto armado. As técnicas são 
diversas e variam conforme a disponibilidade de material, prazo, custos e capacidade 
técnica. Contudo, dentre os métodos utilizados, os principais são:
 » reforço ou reabilitação com concreto armado: nesse caso, o pavimento existente 
servirá como fôrma para a aplicação do concreto com armação (concreto armado), 
em que, para critérios estruturais, desconsidera-se o pavimento de madeira. A laje 
de madeira ficará somente fixada no pavimento de concreto, sem qualquer função 
estrutural. Esse sistema apresenta uma série de desvantagens, dentre elas: altura 
irregular da laje formada, necessidade de abrir rasgos na parede para apoiar a 
estrutura e sobrecarga da estrutura de madeira em que é apoiada. Em regra, a laje 
de concreto é apoiada em vigas e pilares de concreto ou nas estruturas de madeira 
reforçadas (encamisadas) com concreto (DIAS, 2008);
Figura 44. Reforço de pavimento de madeira com concreto armado.
 
 
Fonte: Di Stefano, 1990 apud Dias, 2008. Fonte: Dias, 2008. 
 
 » reforço com tábuas cruzadas ou placas de madeira: assim como no sistema misto de 
madeira e concreto armado, para que o sistema funcione efetivamente, é essencial 
que as ligações sejam eficientes. Nesse caso, podem ser utilizados na ligação: 
19
TÉCNICAS DE TRATAMENTO | UNIDADE IV
pregos, parafusos, (menos convencional) barras ou pinos metálicos colados com 
adesivo epóxi. Para Uzielli (1995) apud Brito (2014), uma das vantagens desses 
sistemas é o reduzido peso específico, se comparado ao concreto armado, contudo 
ele é menos eficiente sob o ponto de vista estrutural; 
Figura 45. Reforço de pavimento de madeira com elementos de madeira.
Reforço com madeiras cruzadas Reforço com painéis de madeira 
 
 
Fonte: Di Stefano, 1990 apud Dias, 2008. Fonte: Dias, 2008. 
 
 » reforço com elementos metálicos: os elementos metálicos (perfis e chapas) podem 
ser utilizados tanto para reforçar a viga quanto para fortalecer os pavimentos. 
Um exemplo de reforço de viga é o sistema Nou/Bau, que utiliza perfil metálico 
em U, envolvendo a vida danificada, sendo, posteriormente, preenchido com 
graute ou argamassa de cimento (DIAS, 2008). Dentre as técnicas para reforçar 
o pavimento de madeira, com elementos metálicos, cita-se: utilização de perfis 
metálicos intermediários às vigas existentes, diminuindo os vãos; utilização de 
placas metálicas como pavimento, em que o pavimento de madeira não terá mais 
função estrutural; e utilização de manta metálica sobre o pavimento existente, 
reforçando-o. 
Figura 46. Reforço de pavimentos de madeira utilizando elementos metálicos.
Reforço de vigas utilizando sistema Nou/Bau 
 
Fonte: Noubau, 20--. 
Reforço de pavimento com mantas metálicas 
 
 
 
Fonte: Marini et al., 2006 apud Dias, 2008. 
 
Manta 
metálica Conector 
Pavimento de 
madeira 
Conector 
Manta 
metálica 
20
UNIDADE IV | TÉCNICAS DE TRATAMENTO
3.6. Substituição de elementos estruturais
Em determinadas situações, as técnicas de tratamento da estrutura de madeira possíveis 
são insuficientes, e a única solução viável para manter a estrutura em uso é a substituição 
das peças danificadas. As substituições de peças de estruturas em serviço devem ser 
executadas de modo planejado e considerando a distribuição dos esforços durante as 
trocas. Em regra, será necessário o escoramento da estrutura, necessitando do auxílio do 
engenheiro estrutural para determinar a quantidade e os pontos em que serão utilizadas. 
Em alguns casos, para que a estrutura possa se manter funcional, pode ser preciso que 
se substitua uma peça por vez, ou seja, utilizar um elemento estrutural provisório.
Contudo a substituição não elimina os agentes causadores das patologias. Logo, antes 
de realizar a substituição de qualquer peça danificada, é importante determinar o agente 
causador do dano e eliminá-lo, para que a nova peça não sofra o mesmo ataque. Outro 
cuidado necessário é inspecionar todos os elementos adjacentes à peça substituída 
em busca de sinais patológicos que estavam cobertos e que podem contaminar o novo 
elemento (RITTER, 1999).
As peças novas podem ser fixadas às antigas de diferentes maneiras, sendo que algumas 
das técnicas para emenda são:
 » empalme dentado, associado a cintas e cavilhas ou barras de reforço coladas com 
adesivos epóxis (COSTA, 2009); 
 » cortes oblíquos fixados por processos mecânicos, proposto por Mettem (1993), 
fixados com pinos metálicos ou cavilhas de madeira, associados ou não a adesivos 
epóxis (técnica também denominada de emenda do tipo bisel) (COSTA, 2009);
 » utilizando elementos metálicos, tais como: chapas internas, cobrejuntas, cantoneiras 
metálicas parafusadas, dentre outros;
 » utilizando cobrejuntas de madeira parafusadas;
 » empalme de caixa com espiga reta, sugerido por Landa (1999) apud Costa (2009).
De acordo com Ritter (1999), em algumas situações, principalmente em estruturas 
antigas, é impossível retirar a peça para substituí-la. Assim, nesses casos, serão utilizados 
sistemas de reforço utilizando peças novas paralelamente à danificada ou qualquer outro 
método de reforço para tentar manter a estrutura funcional. 
21
TÉCNICAS DE TRATAMENTO | UNIDADE IV
Figura 47. Técnica de ligação de peças novas à estrutura.
Emenda do tipo 
bisel 
Emenda com 
cantoneira metálica 
Emenda com chapa 
metálica interna 
Emenda com 
cobrejuntas metálicas 
 
 
Fonte: Uzielli, 1995 apud Brito, 2014. 
Empalmes denteados com cintas metálicas e 
cavilhas 
Empalme de caixa com espiga reta 
 
 
Fonte: Arriaga et al., 2002 apud Costa, 2009. 
 
As técnicas para emenda de peças podem se confundir com as utilizadas para reforços/
reabilitação, principalmente para danos pontuais. Isso ocorre porque, assim como na 
emenda, alguns reforços têm o objetivo de ligar as partes sãs da peça, como se a patologia 
tivesse dividido o elemento em dois. Logo a fissura ou dano, em síntese, é tratado como 
um corte na peça, que gerou duas peças distintas, em que, por meio do tratamento serão 
ligadas. Em alguns métodos de tratamento, a parte danificada pode ser até removida, 
utilizando algum elemento de preenchimento na região retirada e alguma técnica de 
emenda para unir novamente as partes do elemento.
22
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	UNIDADE IV
	Técnicas de tratamento
	Capítulo 1 
	Técnicas de tratamento com ligações
	Capítulo 2 
	Técnicas de tratamento com adesivos e resinas
	Capítulo 3 
	Técnicas de tratamento com reforço e substituição
	Referências

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