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Notarial_Aula 1

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DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL
AULA 1: FUNÇÃO DOS REGISTROS PÚBLICOS 
* Objetivo da aula: Identificar a função social dos registros públicos. 
1. INTRODUÇÃO
REGISTRO (do latim regestus): copiado, transladado. 
Nesta disciplina, significa ASSENTAMENTO, EM LIVRO PRÓPRIO, DE ATO JURÍDICO PRATICADO OU DE DOCUMENTO PASSADO. Também existe a forma registo, menos usada. 
O registro confere ao ato ou ao documento autenticidade, publicidade e perpetuidade. 
Pode ser obrigatório ou facultativo:
a) Registro obrigatório: deriva da própria lei, a exemplo o registro de casamento (Lei 6.015, de 31.12.1973, art. 70), e dele o ato jurídico retira sua eficácia;
b) Registro facultativo: depende do próprio interessado. Ex: A hipótese do art. 127, VII, in verbis: 
Art. 127. No Registro de Títulos e Documentos, será feita a transcrição:         
I - dos instrumentos particulares, para a prova das obrigações convencionais de qualquer valor; 
II - do penhor comum sobre coisas móveis. 
Os ATOS DE REGISTRO incluem inscrição, transcrição, arquivamento e averbação. 
O termo “registro” denomina também a própria instituição Registros Públicos ou serviços destinados à autenticação, publicidade e perpetuidade de atos jurídicos e documentos. Neste caso, os registros podem ser CIVIS, segundo o disposto na Lei 6.015, de 31.12.1973, e MERCANTIS, segundo o disposto na Lei 8.934/94.
- Função dos registros públicos> Conferir PUBLICIDADE aos atos e negócios jurídicos por meio de seus 2 aspectos fundamentais: 
a inscrição desses atos e 
a informação deles a quem o solicitar, já que se trata de um serviço público. 
		
Para a sociedade civil, existem razões de SEGURANÇA JURÍDICA, pelas quais o Estado se encarrega da inscrição de determinados atos e negócios para dotá-los de certos efeitos que são próprios da publicidade dos registros (EFICÁCIA).
No Estado de Direito, a atividade registradora é um dos cometimentos do Estado, a serviço da comunidade, para a consecução da pacífica, sadia e plena convivência social. Permitindo a qualquer interessado obter informações sobre determinado negócio ou pessoa, a função registradora é a parte medular do sistema e a razão de ser do Registro como instituição, já que é o que assegura a contratação.
Cumpre ressaltar que, em nosso sistema, OS REGISTROS SÃO PÚBLICOS; logo, estão abertos à consulta por qualquer pessoa interessada em conhecer a situação registradora de bens ou pessoas. Tais informações são prestadas por meio de CERTIFICADOS que têm o caráter de documentos públicos.
2. REGISTRO E AVERBAÇÃO 
Neste momento, é necessário distinguir entre o conceito de registro e o de averbação: 
Registro é o principal ato ocorrido no cartório, visto que são registrados nascimentos, casamentos, óbitos, emancipações, interdições, ausência, opção de nacionalidade e adoção. Tais atos se realizam no Registro Civil de Pessoas Naturais. A função do registro é dar publicidade, eficácia e segurança aos atos jurídicos. 
Averbação é o ato de escrever à margem de determinado objeto. No plano do Registro Público, é utilizado com freqüência por profissionais que trabalham como registradores e notários. Esses profissionais, que prestam um serviço privado por meio de delegação do poder público, averbam sentenças judiciais nos livros de registro que ficam guardados sob os cuidados dos titulares em seus cartórios. Trata-se de um ato secundário em relação ao registro, feito por determinação judicial. 
- Vejamos então um exemplo prático para melhor compreensão: 
Uma certidão de casamento é registrada no cartório. Em caso de separação judicial, a decisão será escrita, ou seja, averbada na 3ª e última coluna do livro de registros.
		
- A averbação modifica uma informação contida no registro. Ex: No registro de imóveis, você, proprietário, figura na qualificação como solteiro, todavia quando você vai realizar a venda do imóvel se estiver casado terá que AVERBAR junto a matricula do imóvel sua certidão de casamento para nova informação do estado civil de casado.
- Já o registro modifica um direito anterior, caso de transferência da propriedade, a exemplo.
3. PRINCÍPIOS NORTEADORES DO SISTEMA REGISTRADOR
a) Princípio da Publicidade 
- Os atos publicados no Registro são disponíveis a terceiros desde o momento da inscrição.
b) Princípio da Rogação 
- O oficial público não pode atuar de forma extra-oficial, o que torna necessária a prévia solicitação do interessado para que ingresse um documento no Registro.
c) Princípio da Legalidade 
- Os atos que se inscrevem devem se ajustar às disposições legais e cumprir os requisitos formais, substantivos e fiscais estabelecidos pela legislação aplicável.
d) Princípio da Inscrição 
- Tem por origem o princípio de publicidade
- A lei determina os atos e negócios jurídicos inscritíveis, e, de forma exclusiva, eles sujeitam-se à registração.
e) Princípio da Matriculação 
- Realizada a 1ª inscrição relativa a um bem móvel ou imóvel no sistema registrador, impõe-se caracterizá-lo por meio da atribuição de um n° de matrícula, descrevê-lo e determinar-lhe o titular. 
 Realizada a matriculação, efetiva-se a abertura de uma ficha especial ou folha real, onde serão anotados cronologicamente, no futuro, todos os negócios que se apresentem para inscrição, relacionados com esse bem.
f) Princípio de Incorrigibilidade 
- A inscrição não convalida os atos e negócios jurídicos nulos ou anuláveis, nem corrige os vícios ou defeitos que tiveram de acordo com a lei; logo, não possui capacidade ou objetivo saneador.
g) Princípio de Seqüência Sucessiva 
- É obrigatório o assentamento das sucessivas transmissões de bem imóvel ou móvel de forma cronológica, com o objetivo de permitir a perfeita compreensão da seqüência.
4. MODALIDADES REGISTRAIS
1ª) Consiste no assentamento e na inscrição de atos, de fatos, da capacidade e do estado de pessoas naturais e da existência das PJ´s.
2ª) Refere-se aos registros comerciais.
5. REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
- Pessoa natural ou física: O próprio ser humano, sujeito de DIREITOS em função de sua racionalidade. 
- Lei 6.015/73 (Lei de Registros Públicos) – Art. 29 e ss 
- Itens sujeitos a registros ou averbações:
Art. 29. Serão registrados no registro civil de pessoas naturais:
I - os nascimentos;			II - os casamentos;
III - os óbitos;			IV - as emancipações;
V - as interdições;			VI - as sentenças declaratórias de ausência;
VII - as opções de nacionalidade;	
VIII - as sentenças que deferirem a legitimação adotiva.
§ 1º Serão averbados:
a) as sentenças que decidirem a nulidade ou anulação do casamento, o desquite e o restabelecimento da sociedade conjugal;
b) as sentenças que julgarem ilegítimos os filhos concebidos na constância do casamento e as que declararem a filiação legítima;
c) os casamentos de que resultar a legitimação de filhos havidos ou concebidos anteriormente;
d) os atos judiciais ou extrajudiciais de reconhecimento de filhos ilegítimos;
e) as escrituras de adoção e os atos que a dissolverem;
f) as alterações ou abreviaturas de nomes.
§ 2º É competente para a inscrição da opção de nacionalidade o cartório da residência do optante, ou de seus pais. Se forem residentes no estrangeiro, far-se-á o registro no DF.
- Cumpre ressaltar que o registro civil de pessoas naturais funciona em todos os dias, sem exceção, e não pode ser adiado. Os oficiais são civilmente responsáveis pelos prejuízos que, pessoalmente ou por prepostos ou substitutos que indicarem, venham a causar, por culpa ou dolo, aos interessados no registro.
* MACETE: REGRAS P/ REGISTRO CIVIL
O homem nasce (I), cresce (IV), fica louco (V) e casa (II). Como não agüenta o casamento, desaparece (VI) ou morre (III, VI).
Aí compare com o artigo 9º, CC:
Art. 9º Serão REGISTRADOS em registro público:
I, II, III - os nascimentos, casamentos e óbitos
IV - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz
V - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa
VI - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
* Fica faltando incluir: 
VII - as opções de nacionalidade;VIII - as sentenças que deferirem a legitimação adotiva.
TESTE
(FCC TRT-17R-An.Jud-Área Adm-Jud-A01 maio/2004)
43. De acordo com o Código Civil brasileiro, far-se-á, em registro público, a averbação
a) da interdição por incapacidade absoluta ou relativa.
b) dos nascimentos, casamentos e óbitos. 
c) da emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz.
d))das sentenças que decretarem o divórcio.
e) da sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
Resposta correta letra "D"
6. REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS
- As pessoas jurídicas, também chamadas pessoas coletivas ou morais, dividem-se em PJ´s de direito público e PJ´s de direito privado, a saber:
PJ´s de direito público interno: U, E, DF, M, entidades que integram a organização político-administrativo do Brasil (CF, art. 18, caput).
PJ´s de direito privado: sociedades civis, religiosas, pias, morais, científicas ou literárias, as associações de utilidade pública e as fundações, bem como as sociedades mercantis (C.Com., art. 287 a 353).
- A existência legal das PJ´s de direito privado tem início com a INSCRIÇÃO de seus contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos no seu registro peculiar, regulado por lei especial, ou com a autorização ou aprovação do Governo, quando necessária. 
- São averbadas no Registro as alterações que esses atos receberem.
- A Lei de Registros Públicos trata do registro nos seus artigos. 114 e ss, cuja
leitura torna-se obrigatória a fim de possibilitar uma compreensão da matéria desta
aula.

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