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CITAÇÃO E INTIMAÇÃO (Comunicação dos atos processuais) | Processo Penal

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Aula 15 
 
É o ato de comunicação processual por meio do qual o acusado toma 
ciência do recebimento de denúncia ou queixa contra sua pessoa, ao 
mesmo tempo em que é chamado para se defender. Concretiza os 
princípios do contraditório e ampla defesa. 
 A ausência ou vício na citação gera a nulidade absoluta (ab initio) 
do ato (art. 564, III, “e”). 
↳ Circundução: ato que declara a citação nula ou sem eficácia. 
 A nulidade absoluta pode ser convalidada por meio do 
comparecimento do acusado antes de o ato se consumar (art. 570; 
princípio da instrumentalidade das formas). 
 Tem como objetivo a apresentação da resposta à acusação no prazo 
de 10 dias (art. 396-A). 
 A citação válida no processo penal tem como efeito estabelecer a 
angularidade da relação processual. Difere-se do Processo Civil porque 
não induz litispendência: 
- Litispendência no Processo Penal: dois ou mais processos instaurados contra 
o mesmo acusado versando sobre a mesma imputação. É formada com o 
recebimento da segunda peça acusatória. 
- Prevenção do juízo no Processo Penal: ocorre com o primeiro ato decisório, 
ainda que anterior ao início do processo. 
 A citação não interrompe a prescrição. 
 Embora seja possível a utilização de meio eletrônico no Processo 
Penal, não se admite a citação eletrônica. 
↳ contudo, recentemente a 5ª Turma do STJ entendeu ser possível a citação do 
acusado via WhatsApp, desde que sejam adotadas medidas suficientes para 
atestar a autenticidade do número e a identidade do indivíduo. 
 Aula 15 
Feita na pessoa do próprio acusado (regra), podendo ser realizada por 
mandado, Carta Precatória, Carta Rogatória ou Carta de Ordem. 
 Citação de pessoa jurídica: realizada na pessoa de seu representante 
legal. 
 Citação de funcionário público: citação pessoal, sendo notificado o 
chefe da repartição (art. 359). 
 Citação de acusado preso: citação pessoal (art. 360). 
↳ Prisão em outra unidade da federação: 
- Doutrina: citação pessoal; 
- Jurisprudência (STF e STJ): citação por edital. 
É nula citação por edital de réu preso na mesma 
unidade da Federação em que o juiz exerce sua jurisdição (sendo válida 
no caso de réu preso em localidade diversa). 
 
 Citação de acusado portador de doença mental: 
- 1ª corrente: a citação deve ser pessoal. 
- 2ª corrente: citação imprópria, com aplicação do art. 245 do CPC – 
instauração de incidente de insanidade mental e citação na pessoa do 
curador especial. 
 
1.1.1 Citação por mandado 
 
- Realizada por oficial de justiça, quando o acusado reside na mesma 
comarca (art. 351). 
 Requisitos intrínsecos do mandado (art. 352): conteúdo do mandado. 
 
 
I - o nome do juiz; 
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; 
IV - a residência do réu, se for conhecida; 
V - o fim para que é feita a citação; 
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. 
 Aula 15 
 Requisitos extrínsecos do mandado (art. 357): diz respeito à 
formalidade da citação. 
 
 
↳ a contrafé é a cópia da peça acusatória. 
 
 Restrições à citação: a única restrição no Processo Penal é a 
inviolabilidade domiciliar. 
 
1.1.2 Citação por carta precatória 
 
- Realizada no caso de acusado residente em comarca diversa (art. 
353). 
 Requisitos da precatória: 
 
 Carta precatória itinerante: é uma medida de economia processual. 
Se o juiz deprecado verificar que o acusado se encontra em outra 
comarca, remeterá os autos ao local para realização da diligência (art. 
355, §1º). 
 Se o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça do juízo 
deprecado fará a citação por hora certa, à luz do art. 362. 
 
1.1.3 Citação por carta rogatória 
 
- Cabível quando o acusado se encontra no estrangeiro e em lugar 
sabido, sendo suspensa a prescrição até seu cumprimento (art. 368). 
 A Lei 9.099/95 prevê expressamente a impossibilidade de citação 
por edital nos Juizados. Do mesmo modo, a doutrina entende não ser 
possível a citação por Carta Rogatória nos Juizados. 
Art. 357. São requisitos da citação por mandado: 
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se 
mencionarão dia e hora da citação; 
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação 
ou recusa. 
Art. 354. A precatória indicará: 
I - o juiz deprecado e o juiz deprecante; 
II - a sede da jurisdição de um e de outro; 
Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações; 
IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer. 
 Aula 15 
 Citação em legações estrangeiras – consulados ou embaixadas em 
território nacional (art. 369): realizada por meio de Carta Rogatória, mas 
o art. 369 não menciona a suspensão da prescrição: 
- 1ª corrente: aplica-se, por analogia, o previsto no art. 368; 
- 2ª corrente: não se aplica a suspensão da prescrição, por ser analogia in 
malam partem. 
 
1.1.4 Citação por carta de ordem 
 
- Ocorre quando há hierarquia entre órgãos jurisdicionais. 
Ex: Lei 8038/90, art. 9º, § 1º - O relator poderá delegar a realização do interrogatório ou de outro ato da 
instrução ao juiz ou membro de tribunal com competência territorial no local de cumprimento da carta de 
ordem. 
 
 
Em situações excepcionais, quando esgotados todos os meios possíveis 
para citação pessoal, a citação se dará por ato indireto (edital ou 
citação por hora certa), presumindo-se, por ficção normativa, que o 
acusado tenha conhecimento dela. 
 
1.2.1 Citação por edital 
 
 Requisitos: 
 
 O prazo do inciso V é o chamado prazo de dilação. O prazo para 
apresentação de resposta à acusação só se inicia após o decurso do 
prazo de dilação. 
Art. 365. O edital de citação indicará: 
I - o nome do juiz que a determinar; 
II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como 
sua residência e profissão, se constarem do processo; 
III - o fim para que é feita a citação; 
IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer; 
V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou 
da sua afixação. 
Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e será 
publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial 
que a tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, 
da qual conste a página do jornal com a data da publicação. 
 Aula 15 
 Juizados Especiais: por não ser possível a citação por edital nos 
Juizados, os autos são remetidos à Justiça Comum, que será 
competente para sua realização e andamento do processo. 
 Hipóteses que autorizam a citação por edital: 
a) Acusado em local inacessível: aplica-se o art. 256 do CPC. 
Ex: país que recusar o cumprimento de carta rogatória. 
b) Acusado em local incerto ou não sabido: utilizado de forma 
excepcional. 
 
 Pressupostos para aplicação do art. 366: 
a) Citação do acusado por edital; 
b) Não apresentação da resposta à acusação. 
 
 Consequências da aplicação do art. 366: 
1) Produção antecipada de provas urgentes; 
2) Possibilidade de decretação da prisão preventiva; 
3) Suspensão do processo e da prescrição. 
 

- O entendimento atual do STF e STJ, à luz da é que a 
duração da suspensão do prazo prescricional nos casos do art. 366 será 
calculada de acordo com a prescrição da pretensão punitiva abstrata. 
Findo o prazo, a prescrição começa a correr, mas o processo 
permanece suspenso. 
Ex: crime de furto simples – a pena prescreve em 8 anos. A prescrição poderá 
ficar suspensa por 8 anos. 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão 
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção 
antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisãopreventiva, nos termos 
do disposto no art. 312. 
 Aula 15 
 
- Segundo entendimento do STJ, a prova testemunhal será considerada 
urgente somente se presente uma das hipóteses do art. 225 (caso da 
testemunha se ausentar, ter enfermidade ou ser idosa). 
A decisão que determina a produção antecipada de 
provas com base no art. 366 deve ser concretamente fundamentada, 
não a justificando unicamente o mero decurso do tempo. 
↳ o próprio STJ relativiza essa súmula nos casos que envolvem agentes 
de segurança pública. 
 
 
- Não se trata de consequência automática, sendo necessária 
fundamentação adequada nos termos dos arts. 312 e 313. 
 
* O art. 366 não se aplica à Lei de Lavagem de Capitais por expressa 
previsão legal. De acordo com art. 2º, §2º da referida lei, o feito 
prosseguirá até julgamento, com nomeação de defensor dativo. 
 
1.2.2 Citação por hora certa 
 
Aplicável quando o réu se oculta para não ser citado (art. 362), ocasião 
em que o oficial de justiça observará o disposto nos arts. 252 a 254 do 
CPC. 
 Consequência: decretação de revelia, com nomeação de defensor 
dativo e prosseguimento do feito. 
 Requisitos: 
a) Ocultação para não ser citado; 
b) Procurado por duas vezes sem ser encontrado. 
 
 
 
 Aula 15 
 
 
- O CPP não possui um rigor na diferenciação dos dois institutos. 
 Intimação: é a comunicação feita a alguém sobre ato processual já 
realizado. 
 Notificação: é a comunicação sobre ato processual a ser realizado. 
 
 
- A regra constante do caput do art. 798 diz respeito ao início do prazo, 
o que não se confunde com o início da contagem do prazo. O marco 
inicial do prazo é, em regra, aquele em que ocorre a intimação. Quanto 
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou 
residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua 
falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. 
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação a 
que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência. 
 
Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao 
domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência. 
§ 1º Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por 
feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias. 
§ 2º A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver sido intimado 
esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a receber o mandado. 
§ 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família ou vizinho, 
conforme o caso, declarando-lhe o nome. 
§ 4º O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador especial se houver 
revelia. 
 
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou 
interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou 
correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência. 
Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se 
interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. 
§ 1o Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento. 
§ 2o A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém, considerado findo 
o prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que começou a correr. 
§ 3o O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil 
imediato. 
§ 4o Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial oposto 
pela parte contrária. 
§ 5o Salvo os casos expressos, os prazos correrão: 
a) da intimação; 
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte; 
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho. 
 Aula 15 
à contagem, o dia do início não é computado, incluindo-se o do 
vencimento. Ademais, o prazo que terminar em domingo ou feriado será 
prorrogado até o próximo dia útil. 
- Quando a intimação ocorrer na sexta-feira, o prazo terá início na 
segunda, ou no primeiro dia útil que se seguir (SÚM. 310 STF). 
- Contam-se os prazos da data da intimação, não da juntada aos autos 
do mandado ou da carta precatória ou de ordem 
 Início do prazo: data da intimação. 
 Início da contagem do prazo: primeiro dia útil subsequente. 
* A contagem dos prazos somente em dias úteis não se aplica ao CPP. 
 
 
 Intimação e notificação do MP: a intimação do MP é pessoal, sendo 
o termo inicial da contagem do prazo a data da entrega dos autos na 
repartição administrativa do órgão, independentemente da intimação 
ter se dado em audiência, cartório ou mandado. 
↳ o STJ aplica o mesmo entendimento à Defensoria Pública. 
 Intimação e notificação do Defensor Público: também é pessoal e o 
prazo é em dobro. 
 O advogado dativo possui direito à intimação pessoal. A intimação do 
advogado constituído ocorre por meio de publicação (art. 370). 
 
 É possível intimação por hora certa. 
 Intimação por meios eletrônicos: a Lei do Processo Eletrônico prevê 
dois tipos de comunicação dos atos processuais – pelo Portal Eletrônico 
e pelo Diário da Justiça Eletrônico. 
↳ de acordo com o STJ, em caso de duplicidade de intimações eletrônicas, o 
termo inicial de contagem do prazo se dá com aquela realizada pelo portal 
eletrônico. 
 Aula 15 
 Necessidade de observância de prazo mínimo entre a publicação da 
pauta e o julgamento de recurso: será nulo o julgamento de recurso 
que não observar o prazo, salvo em habeas corpus. 
↳ haverá nulidade quando o impetrante do HC manifestar interesse 
na realização de sustentação oral. 
↳ o CPC estabelece o prazo mínimo de 5 dias.

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