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Lombalgi� @fisio.larissareis INTRODUÇÃO - O termo lombalgia refere-se à dor na coluna lombar. - Essa é uma disfunção que acomete ambos os sexos, podendo variar de uma dor súbita à dor intensa e prolongada, geralmente de curta duração, porém com padrão de recorrência em 30% a 60% dos casos quando relacionados ao trabalho. AVALIAÇÃO - A avaliação clínica da lombalgia inclui anamnese e exame físico para avaliar sinais e sintomas que indiquem a necessidade imediata de um parecer radiológico e avaliações posteriores. Geralmente, pacientes com lombalgia aguda ( < 4 semanas) não necessitam de exames complementares na avaliação inicial. SINAIS DE ALERTA - Sinais de alerta: 1. Lombalgia há mais de 1 mês; 2. Perda ponderal inexplicada; 3. Dores noturnas; 4. Irradiação da dor lombar para membro inferior, seguindo a topografia da raiz acometida, típico das radiculopatias compressivas; 5. Dores contínuas e associadas à mudança postural estão mais relacionadas a distúrbios musculoesqueléticos; 6. Rigidez matinal pode sugerir espondiloartropatia; 7. Dor que piora ao longo do dia pode sugerir compressão radicular. - Sintomas associados: Febre, distúrbios motores e alteração de sensibilidade em membros inferiores, incontinência fecal e/ou retenção urinária; perda ponderal. EXAME FÍSICO - O exame físico tem por objetivo identificar alterações que sugerem que avaliação complementar deva ser realizada, devendo focar nos seguintes procedimentos: 1. Inspeção lombar e postura: avaliar a presença de escoliose e/ou cifose; 2. Palpação espinhal: avaliar dor à palpação vertebral e do tecido subcutâneo paravertebral, podendo sugerir o diagnóstico de infecção ou metástase vertebral; 3. Exame neurológico: avaliar força muscular, sensibilidade, marcha e reflexos dos membros inferiores. 4. Elevação do membro inferior em extensão (teste de Lasègue): dor ao teste de Lasègue pode sugerir compressão radicular. 5. Cessação do tabagismo 6. Broncodilatadores inalatórios, corticoides, ou ambos 7. Tratamento de suporte (p. ex. suplementação de oxigênio, reabilitação pulmonar) CLASSIFICAÇÃO - A partir da anamnese e do exame físico, podemos classificar as dores lombares em três categorias principais que nos sugerem uma abordagem complementar específica: 1. Dor lombar de origem potencialmente radicular: pacientes que apresentam o quadro típico de lombalgia com irradiação para membro inferior. 2. Dor lombar potencialmente associada à doença específica espinhal: corresponde aos pacientes sem história típica de lombalgia com irradiação, porém com sinais de alarme para outras doenças medulares (tumores, infecções, fraturas e síndromes específicas). 3. Dor lombar inespecífica: corresponde a 90% dos casos de dores lombares. Compreende o grupo de pacientes cuja sintomatologia não sugere compressão radicular e não sugere doenças mais graves (infecção, neoplasia e outros), ou seja, na ausência de sinais de alarme. Atribui-se os sintomas a dor musculoesquelética, que tende a desaparecer em poucas semanas (em geral em menos de 4 semanas)
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