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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho Campus Abolicionista Joaquim Nabuco Coordenação do Curso de Engenharia Civil MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 2 PROF.ª SIMONE PERRUCI GALVÃO RELATÓRIO TÉCNICO DE ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS DE VEDAÇÃO Bruno dos Santos Coelho de Pontes Gabriela Cardoso de Matos Cabo de Santo Agostinho - Pernambuco 1 de Janeiro de 2017 Bruno dos Santos Coelho de Pontes (engtecbruno@gmail.com) Gabriela Cardoso de Matos (gabicmmsn@hotmail.com) RELATÓRIO TÉCNICO DE ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS DE VEDAÇÃO Relatório apresentado à Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (UACSA), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em cumprimento às exigências da disciplina Materiais de Construção II. Orientador: Prof. Dra. Simone Perruci Galvão Cabo de Santo Agostinho - Pernambuco 1 de Janeiro de 2017. Sumário 1. Introdução 4 2. Métodos de Ensaio Utilizados 4 2.1. Inspeção Geral 4 2.2. Inspeção por Ensaios 5 2.2.1. Determinação das Características Geométricas 5 2.2.2. Aparelhagem e Instrumentação 6 2.2.3. Ensaios 6 2.3. Determinação da Massa Seca e do Índice de Absorção D`água 8 2.3.1. Aparelhagem e Instrumentação 8 2.3.2. Determinação da Massa Seca (Ms) 8 2.3.3. Determinação da Massa Úmida (Mu) 9 2.3.4. Determinação do Índice de Absorção D´água (AA) 9 3. Resultados e Discursões 10 3.1. Inspeção Geral 10 3.1.1. Primeira Amostragem 10 3.2. Inspeção por Ensaios 11 3.2.1. Ensaio de Características Geométricas 11 3.2.2. Descrição das Amostras 11 3.2.3. Ensaio de Determinação da Massa Seca (Ms) 12 3.2.4. Ensaio de Determinação da Massa Úmida (Mu) e Índice de Absorção 12 4. Conclusão 13 5. Referências 13 1. Introdução Relatório de ensaio referente aos resultados de inspeção geral e inspeção por ensaios específicos de blocos cerâmicos de vedação, previstos por norma, como exigência da disciplina de Materiais de Construção II, realizado em 19 de Dezembro de 2017, no laboratório de Materiais, com a finalidade de identificar possíveis deficiências nas amostras coletadas e apresentar a aprovação ou reprovação do respectivo lote. 2. Métodos de Ensaio Utilizados 2.1. Inspeção Geral Para execução da inspeção geral foi adotado amostragem simples para os item 4.2 e adotado dupla amostragem para o item 4.4, ambos retirados da NBR 15270-1, representado nos quadros e de acordo com a tabela abaixo: Quadro 1. Item 4.2 sobre condições mínimas visuais Fonte: NBR 15270-1 Quadro 2. Item 4.4 sobre condições mínimas visuais Fonte: NBR 15270-1 Lotes Número de Blocos Verificações 1ª amostragem ou amostragem simples 2ª amostragem 1 000 a 100 000 13 13 4.2 4.4 NOTA Recomenda-se que, por questões de racionalidade, a inspeção por ensaios seja realizada após a aprovação do lote na inspeção geral. Tabela 1 — Número de blocos dos lotes e da amostragem Fonte: NBR 15270-1 As exigências quanto aos aspectos visuais foram verificadas na amostragem, considerando 4.2 e 4.4. O não atendimento do 4.2 em qualquer corpo-de-prova é suficiente para a rejeição do lote. Quanto ao item 4.4 foi aplicada a tabela abaixo: Nº de blocos constituintes Unidades não-conformes 1ª amostragem 2ª amostragem 1ª amostragem 2ª amostragem Nº de Nº de Nº de Nº de Aceitação rejeição Aceitação Rejeição 13 13 2 5 6 7 Tabela 2 — Tabela 6 - Aceitação e rejeição para 4.4 Fonte: NBR 15270-1 2.2. Inspeção por Ensaios 2.2.1. Determinação das Características Geométricas O método de ensaio prescrito em norma para determinação das características geométricas é o seguinte: a) medidas das faces – dimensões efetivas; b) espessura dos septos e paredes externas dos blocos; c) desvio em relação ao esquadro (D); d) planeza das faces (F); e) área bruta (Ab) e área líquida (Aliq). 2.2.2. Aparelhagem e Instrumentação A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a seguinte: a) paquímetro com sensibilidade mínima de 0,05 mm; b) régua metálica com sensibilidade mínima de 0,5 mm; c) esquadro metálico de 90 ± 0,5°; d) balança com resolução de até 10 g. 2.2.3. Ensaios a) Medidas das Faces – Dimensões Efetivas Os blocos foram colocados sobre uma superfície plana e indeformável. Os valores da largura (L), altura (H) e comprimento (C) foram obtidos fazendo-se as medições nos pontos indicados no Quadro 3 a seguir: Quadro 3: Locais para medições da largura, altura e comprimento respectivamente do bloco de vedação Fonte: NBR 15270-1 b) Espessura dos Septos e Paredes Externas dos Blocos A espessura das paredes externas foram medidas no mínimo nos pontos indicados na figura 1, buscando o ponto onde a parede apresenta a menor espessura, na região central destes, utilizando no mínimo quatro medições. Figura 1: Posições esquemáticas para medições das paredes e septos – bloco de vedação Fonte: NBR 15270-1 c) Desvio em Relação ao Esquadro (D); Foi medido o desvio em relação ao esquadro entre uma das faces destinadas ao assentamento e a maior face destinada ao revestimento do bloco, conforme a figura 2, empregando-se o esquadro metálico e a régua metálica. Figura 2: Desvio em relação ao esquadro – bloco de vedação Fonte: NBR 15270-1 d) Planeza das Faces (F); Foi determinada a planeza de uma das faces destinadas ao revestimento através da flecha formada na diagonal, conforme a figura 3, empregando-se o esquadro metálico e a régua metálica. Figura 3: Planeza das faces – bloco de vedação Fonte: NBR 15270-1 e) Área Bruta (Ab). · Foi medida a largura (L), a altura (H) e o comprimento (C) dos blocos a serem ensaiados, conforme já mostrado; · A área bruta de cada bloco é obtida pela expressão L x C, expressa em centímetros quadrados, com aproximação decimal. 2.3. Determinação da Massa Seca e do Índice de Absorção D`água 2.3.1. Aparelhagem e Instrumentação A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é composta de: a) Balança com resolução de até 5 g; b) Estufa com temperatura ajustável a (105 ± 5) ºC. 2.3.2. Determinação da Massa Seca (Ms) a) Retirar do corpo-de-prova o pó e outras partículas soltas; b) Submeter os corpos-de-prova à secagem em estufa a (105 ± 5) ºC; c) Determinar a massa individual, em intervalos de 1 h, até que duas pesagens consecutivas de cada um deles difiram em no máximo 0,25%, pesando-os imediatamente após a remoção da estufa; d) Medir a massa seca (ms) dos corpos-de-prova após a estabilização das pesagens, nas condições acima estabelecidas, expressando-as em gramas. 2.3.3. Determinação da Massa Úmida (Mu) a) Após a determinação da massa seca (ms), os corpos-de-prova foram colocados em um recipiente de dimensões apropriadas, preenchido com água à temperatura ambiente, em volume suficiente para mantê-los totalmente imersos; b) O recipiente deveria ser gradativamente aquecido até a água no seu interior entrar em ebulição e os corpos-de-prova deveriam ser mantidos completamente imersos em água fervente por 2 h. No entanto, alternativamente, esta operação foi substituída pela imersão completa dos corpos-de-prova em água à temperatura ambiente durante 24 h, assim como é indicado também pela NBR 15270-11. c) Estando a água do recipiente à temperatura ambiente, os corpos-de-prova saturados foram removidos e colocados em bancada para permitir o escorrimento do excesso de água; d) A água remanescente foi removida com o auxílio de um pano limpo e úmido, observando-se que o tempo decorrido entre a remoção do excesso de água na superfície e o término das pesagens não deveria ser superior a 15 min; e) A massa úmida (mu), expressa em gramas, foi determinada pela pesagem de cada corpo-de-prova saturado; f) Os resultados das pesagens foram expressos em gramas. 2.3.4. Determinação do Índice de Absorção D´água (AA) O índice de absorçãod´água (AA) de cada corpo-de-prova é determinado pela expressão: Onde mu e ms representam a massa úmida e a massa seca de cada corpo-de-prova, respectivamente, expressas em gramas. 3. Resultados e Discursões 3.1. Inspeção Geral 1. 2. 3. 3.1. 3.1.1. Primeira Amostragem Na realização da primeira inspeção geral que consta na tabela abaixo pode-se perceber que, dentre os treze blocos, quatro deles apresentam defeitos sistemáticos, um deles está sem a inscrição de identificação da empresa e outro sem a inscrição das dimensões, sendo estes alguns dos motivos pelos quais o lote todo pode ser considerado não-conforme. BLOCO VEDAÇÃO (BV) Inscrição (L x H x C) Inscrição Identificação empresa Altura de caracteres (>= 5 mm) APRESENTAÇÃO DE DEFEITOS SISTEMÁTICOS 4.4 - SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO - BV1 X X X X BV2 X X X X BV3 X X X TRINCAS BV4 X X X X BV5 X X X X BV6 X X X X BV7 X X X X BV8 X X X X BV9 X X X QUEBRAS BV10 X X X QUEBRAS BV11 X X X TRINCAS BV12 X X X X BV13 X X X X Nº de blocos constituintes SITUAÇÃO (NÃO-CONFORMES) 1ª amostragem 2ª amostragem 1ª amostragem 2ª amostragem 4 13 13 ACEITAR REJEITAR X 2ª A. X ACEITAR REJEITAR 3.2. Inspeção por Ensaios BLOCO VEDAÇÃO Medidas das faces Espessura dos septos/paredes Desvio ao esquadro (D) Planeza das Faces (F) Área Bruta (Ab) L H C SEPTO (mm) PAREDE (mm) BV1 9,1 19,1 19,1 0,350 0,450 0,3 0,2 173,81 BV2 9,0 18,9 19,0 0,300 0.425 0,2 0 171,00 BV3 9,2 19,1 18,9 0,375 0,450 0,2 0,1 173,88 BV4 9,1 19,0 19,1 0,3375 0,400 0,1 0,0 173,81 BV5 9,1 19,1 19,1 0,275 0,3625 0,2 0,6 173,81 BV6 8,9 18,9 19,1 0,300 0,4375 0,0 0,5 169,99 BV7 9,0 19,0 19,2 0,2875 0,275 0,1 0,4 172,80 BV8 9,0 19,0 19,2 0,325 0,4125 0,0 0,1 172,80 BV9 9,0 18,7 18,9 0,3125 0,325 0,0 0,0 170,10 BV10 9,1 19,0 19,2 0,325 0,4875 0,0 0,2 174,72 BV11 9,0 18,9 19,2 0,375 0,300 0,0 0,1 172,80 BV12 9,2 19,0 19,1 0,3375 0,450 0,0 0,1 175,72 BV13 9,1 19,0 19,2 0,3875 0,475 0,2 0,4 174,72 MÉDIA 9,06 18,98 19,1 0,33 0,404 0,1 0,2 174,14 3.2.1. Ensaio de Características Geométricas De acordo com os dados da coleta das características geométricas foi possível observar que, em relação às dimensões dos septos, paredes e planeza das faces, alguns blocos não estão conformes com estipulado nos itens 5,2 e 5.4 da NBR 15270. 3.2.2. Descrição das Amostras Bloco Descrição BE1 Cor escura BE2 Som mais rígido BE3 Cor mais escura BE4 Cor escura (padrão) e som abafado BE5 Manchas de queimado e som mais rígido BE6 Cor escura som abafado BE7 Cor escura (padrão) e som abafado BE8 Cor escura e som abafado BE9 Cor mais clara BE10 Cor escura (padrão) e som abafado BE11 Cor escura e som abafado BE12 Cor (padrão) e som rígido BE13 Manchas de queimado 3.2.3. Ensaio de Determinação da Massa Seca (Ms) Para o ensaio de determinação da massa seca foram escolhidos seis blocos aleatoriamente dos treze blocos da primeira amostragem. 1º PESAGEM PESAGEM (1º HORA) PESAGEM (2º HORA) Diferença Percentual (1) % Diferença Percentual (2) % Massa Seca (Ms) BV1 2,300 2,260 2,260 -1,739 0,000 2,260 BV2 2,245 2,235 2,235 -0,445 0,000 2,235 BV3 - - - - - - BV4 2,270 2,240 2,240 -1,322 0,000 2,240 BV5 - - - - - - BV6 2,265 2,250 2,250 -0,662 0,000 2,250 BV7 2,085 2,060 2,060 -1,199 0,000 2,060 BV8 - - - - - - BV9 - - - - - - BV10 - - - - - - BV11 - - - - - - BV12 2,335 2,305 2,305 -1,285 0,000 2,305 BV13 - - - - - - 3.2.4. Ensaio de Determinação da Massa Úmida (Mu) e Índice de Absorção Índice de absorção(AA) BV1 15,044 BV2 12,752 BV3 - BV4 14,732 BV5 - BV6 14,222 BV7 14,806 BV8 - BV9 - BV10 - BV11 - BV12 14,534 BV13 - Massa úmida (Mu) BV1 2,6 BV2 2,52 BV3 - BV4 2,57 BV5 - BV6 2,57 BV7 2,365 BV8 - BV9 - BV10 - BV11 - BV12 2,64 BV13 - 4. Conclusão Após serem executados os ensaios descritos pela norma da ABNT NBR 15270-1, em treze blocos cerâmicos selecionados randomicamente, foi possível chegar à conclusão de que o lote deveria ser rejeitado pois falha no item 8.1.2, onde é descrito que nenhuma das unidades pode estar sem as identificações de fabricante e especificações do bloco. Além disso, também foi possível verificar falha nos itens 8.1.3, após a rejeição tanto das primeira quanto a segunda amostragem de acordo com as instruções do item 4.4, e nos itens 8.2.2 e 8.2.3 – referentes à dimensão efetiva, planeza das faces, desvio em relação ao esquadro e espessura das paredes externas e septos –. 5. Referências ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15270-1: Componentes cerâmicos Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação — Terminologia e requisitos. Rio de Janeiro, 2005.
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