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MESCLADO Facial

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Estética Facial
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Paula de França Carmo da Silva
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Limpeza de Pele
• Limpeza de Pele.
• Avaliar biotipo e estado cutâneo;
• Selecionar cosméticos adequados para cada pele;
• Realizar limpeza de pele de modo seguro e efi caz;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre uso de fotoprotetor.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Limpeza de Pele
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Limpeza de Pele
Limpeza de Pele
A limpeza de pele é o procedimento de higienização no qual se objetiva a remoção 
da oleosidade e das sujidades (superficiais e profundas), além da retirada de conteúdos 
cutâneos que obstruem os óstios (poros) e levam a afecções inestéticas como: come-
dões, pápulas e pústulas.
A poluição e resíduos de células mortas na superfície da pele (queratinócitos) é no-
tória em qualquer biotipo cutâneo. As peles mistas e oleosas que apresentam óstios 
mais dilatados e possuem maior produção sebácea têm esse aspecto mais aparente 
e, por isso, necessitam de maior frequência no procedimento de limpeza de pele.
A limpeza de pele se faz necessária em qualquer biotipo cutâneo, o que se dife-
rencia é a frequência de execução do procedimento, a forma de extração, o tipo de 
cosmético utilizado e o tempo de permanência na emoliência. Deve ser realizada 
por um profissional que higieniza a pele profundamente e a prepara para outros 
procedimentos estéticos.
O procedimento é constituído pela aplicação de cosméticos que são utilizados em 
uma sequência lógica e específica, objetivando a remoção de células mortas, oleosi-
dade e resíduos que obstruem os canais foliculares e geram os comedões (Figura 1 
 - popularmente chamados de cravos); pápulas (Figura 2 - espinhas vermelhas); pús-
tulas (Figura 3 - espinha com pontos brancos) e miliuns (Figura 4 - encapsulamento 
do sebo dentro do folículo, gerando uma bolsa consistente, esbranquiçada e saliente 
em relação à pele). 
Figura 1 – Comedões abertos
Fonte: Getty Images
Figura 2 – Pápulas
Fonte: Getty Images
Figura 3 – Pústula
Fonte: Getty Images
Figura 4 – Miliun
Fonte: Getty Images
8
9
Para o sucesso do protocolo, procuramos proporcionar o mínimo de desconforto 
possível, evitando ao máximo que o cliente sinta dor durante a extração, bem como 
evitar hiperemia excessiva, sangramento e hipersensibilidade tecidual. Para tanto, a 
habilidade e o treino profissional são importantes, mas as particularidades de cada 
pele constituem um desafio para o profissional, mesmo os mais experientes.
A limpeza de pele tem como objetivo extrair conteúdo sebáceo e sujidades do 
interior dos óstios, mas para se chegar a esta etapa, outras se fazem necessárias e 
importantes para o sucesso do procedimento.
As sujidades, que estão no interior do óstio ou do folículo pilo sebáceo, bloqueiam 
ou diminuem o aproveitamento dos princípios ativos fornecidos pelos cosméticos. 
Excesso de oleosidade, maquiagem, resquícios de poluição, suor, filtro solar, células 
mortas são partes do que consideramos sujidades.
Os cosméticos de limpeza facial removem apenas as sujidades superficiais do dia a 
dia, enquanto os esfoliantes removem os queratinócitos, células mortas que se encon-
tram na superfície da pele e que devem se renovar pelo turn over celular (renovação 
celular fisiológica).
Tanto a limpeza superficial como a esfoliação (que pode ser química, física ou 
enzimática) facilitam o processo de extração (retirada de sujidades do interior dos 
óstios), mas na limpeza de pele um outro passo fundamental é a emoliência, que é 
realizada com cosméticos emolientes e aplicação de calor úmido (vapor de ozônio), 
calor seco ou máscara térmica. Essa etapa segue para auxiliar a dilatação dos óstios 
e amolecimento dos resíduos foliculares, facilitando sua saída e tornando o procedi-
mento minimamente agressivo para a cútis.
Importante!
O princípio ativo cosmético mais utilizado para emoliência é a Trietanolamina. Excelente 
princípio ativo para emoliência, porém as peles sensíveis não a toleram.
Você Sabia?
Após a emoliência, inicia-se a extração dos comedões, pústula e miliuns (pápulas 
não devem ser retiradas) seguida pela aplicação de alta frequência e/ou LED azul, 
Laser vermelho. Em seguida, aplica-se uma máscara facial cosmética e finaliza-se 
com a aplicação de fotoprotetor.
Antes de iniciar a limpeza de pele, é fundamental o preenchimento da ficha de 
anamnese (entrevista inicial que coleta dados pessoais, dados de saúde, cosméticos 
que utiliza, histórico de cirurgias, entre outros dados). Ao finalizar a ficha de anamne-
se, inicia-se a avaliação facial.
Na avaliação facial, identificaremos o biotipo cutâneo (alípico, lipídico ou mis-
to), o estado cutâneo (hidratado, desidratado (xerose cutânea), sensível, acneico), 
observa-se se há presença de lesões elementares que precisem de avaliação e/ou 
cuidados médicos (neste caso, você esteticista é responsável pelo encaminhamento 
deste cliente ao médico). Analisará ainda a presença de comedões, pápulas, pústu-
las, nódulos, cistos, discromias, telangiectasias, entre outros.
9
UNIDADE Limpeza de Pele
Importante!
A presença de cistos e/ou nódulos decorrentes de acne graus III e IV é um indicativo de 
que o cliente necessita de cuidados médicos. Nesses casos, não realizaremos a limpeza 
de pele sem prévia autorização médica.
Importante!
Indicações de Limpeza de Pele
• Preparo cutâneo para aplicação cosmética sobre a pele;
• Preparo cutâneo para tratamentos eletrotermofototerapêuticos estéticos;
• Controle da oleosidade e remoção de sujidades;
• Tratamento coadjuvante para acne;
• Remoção de comedões e pústulas;
• Higienização profunda da pele.
Contraindicações para Limpeza de Pele
A limpeza de pele é um procedimento extremamente seguro, quando bem exe-
cutado, porém, como todo e qualquer procedimento estético, tem suas contraindi-
cações relativas. São elas: 
• Gestantes e lactantes: as gestantes sempre devem ter autorização de seu obs-
tetra para realização de qualquer procedimento estético. A utilização de alta 
frequência em gestantes tem suas ressalvas. Alguns produtos cosméticos com 
emoliente, a basede trietanolamina, e peelings químicos são contraindicados. 
As lactantes têm como contraindicações alguns cosméticos, mas, diferente das 
gestantes, nelas pode ser utilizada a alta frequência;
Gravidez e lactação trazem uma particularidade que é a probabilidade de hiperpig-
mentação pós-inflamatória (devido a alteração hormonal, o melanócito fica mais 
ativo), portanto, cuidado na extração. As lesões podem trazer hiperpigmentações 
pós-inflamatórias que conferem um aspecto inestético à pele.
• Acne grau III e IV podem apresentar quadro inflamatório intenso e/ou infec-
cioso, necessitando de tratamento médico. Devemos atuar nesses graus diante 
da autorização do médico responsável;
• Infecções de modo geral;
• Hipersensibilidade e alergias (contraindicação relativa);
• Lesões elementares desconhecidas e não diagnosticadas;
• Feridas abertas na área que receberá a limpeza de pele.
10
11
Avaliação Pré Limpeza de Pele
Embora a limpeza de pele siga um passo a passo, não temos receita de bolo que 
seja seguida em todos os casos. Para isso, se faz necessária uma avaliação da pele e 
das particularidades de cada caso.
Além da coleta de dados individual de cada paciente (anamnese), devemos reali-
zar uma inspeção da pele observando biotipo cutâneo, estado cutâneo (hidratação, 
sensibilidade, discromias, envelhecimento, lesões elementares, entre outros).
Tabela 1 – Modelo de Ficha de Anamnese Facial 
FICHA DE ANAMNESE FACIAL
Dados pessoais
Nome: _____________________________________________
Endereço:__________________________________________
Bairro: ________________________ E-mail:_______________
Data de Nascimento: ____/____/___Telefone(s): ________________
Dados específicos, clínicos, hábitos e episódios orgânicos 
Objetivo pretendido com esta limpeza de pele: _____________________
Já fez este tratamento antes? ( )Sim ( )Não
Tem preferências?
_______________________________________________
Utiliza cosméticos de manutenção? Qual(is)?
_______________________________________________
Tratamento médico atual? ( )Sim ( )Não
Medicamentos:______________________________________
É portador(a) de: ( ) epilepsia ( ) diabetes ( ) neoplasias ( ) trombose ( ) marca passo 
ou problemas cardiácos ( ) hipotensão arterial ( ) hipertensão arterial.
Está fazendo ou fez recentemente algum procedimento médico estético como 
Implante, Preenchimento, Cirurgia Facial, Ácidos, Botox ou outros?
Especifique tipo e período de aplicação: ________________________
Tem reações alérgicas a cosméticos ou qualquer produto de seu conhecimento:
_______________________________________________
Regularidade e qualidade alimentar: __________________________
Ingestão diária de água: ( ) menos de 1 litro ( ) 1 litro ( ) mais de 1 litro.
Suspeita de gestação? ( ) Sim ( ) Não.
Data da última menstruação (DUM): ____________________
11
UNIDADE Limpeza de Pele
Tabela 2 – Modelo ficha de avaliação facial (esta análise deve ser feita com lupa: Figura 5)
• Manchas pigmentares relacionadas à melanina: Acromia, Cloasma, Efélides, 
Hipercromia, Hipocromia. 
• Manchas por alterações vasculares: Angioma, Cianose, Eritema, Hematoma, 
Petéquias, Teleangectasias. 
• Formações sólidas: Ceratose, Nódulos, Pápulas, Verrugas, Comedão, Milium. 
• Necrose formações com conteúdo líquido: Bolha, Pústula, Vesícula. 
• Lesões de pele: Crosta, Descamação, Escara, Escoriação, Fissura, Fístula, Ulceração. 
• Sequelas: Atrofia, Cicatriz, Pelos Hipertricose, Hirsutismo, Alterações da Queratini-
zação, Eczema, Hiperqueratose, Psoríase.
• Classificação do tipo cutâneo 
• Quanto à hidratação: Desidratada, Normal. 
• Quanto ao grau de oleosidade: Alípica, Lipídica, Normal, Seborreica.
• Quanto à espessura: Espessa, Fina, Muito Fina.
Figura 5 – Análise de Pele com Lupa
Fonte: Getty Images
Após a avaliação, é possível a escolha dos cosméticos mais adequados para aquela 
pele (princípios ativos e veículos, tipo mais adequado à pele no momento da limpeza 
de pele).
Preparo para o Ambiente de Trabalho
O ambiente de trabalho deve estar organizado e pronto antes de iniciar o proce-
dimento. O carrinho auxiliar já deve estar com todos os consumíveis descartáveis 
(algodão, touca, máscara, gaze, cotonete, agulha 0,30 x 13mm). Deve ser organizado 
de modo que fique fácil a visualização e o acesso. 
O ambiente precisa ser bem iluminado e, se necessário, com um foco de luz, que 
geralmente vem acoplado à lupa e pode ser de pala ou tripé.
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Os equipamentos como alta frequência, laser e LED, máscara térmica, vapor 
de ozônio, peeling ultrassônico, peeling de cristal e de diamante também já devem 
estar disponíveis para a utilização, além de estarem encapados com filme osmótico 
(seguindo os preceitos de biossegurança).
Os algodões devem ser disponibilizados secos e úmidos (objetivos diferentes). 
Espátulas de plástico ou descartáveis também devem estar disponíveis para a reti-
rada dos cosméticos de seus respectivos frascos. 
Importante!
Ao manipular os cosméticos, jamais coloque as mãos ou dedos dentro dos frascos, esse 
contato pode contaminá-los.
Importante!
Lenços de papel também devem estar disponíveis para o momento da extração 
ou ainda para secar a pele.
Em relação ao preparo do paciente/cliente, ele deve estar acomodado na maca
previamente preparada (forrada com lençol de algodão, coberto com lençol 
descartável, que pode ser de TNT ou de papel), os membros inferiores devem estar 
posicionados em semiflexão de joelhos (apoiados em um coxim para estabilização 
da coluna lombar). 
Deve-se retirar brincos, piercings (que estejam na face) e colares/correntes. O clien-
te/paciente pode estar com o colo nu (coberto com uma toalha de rosto), com a roupa 
protegida com um babador de TNT, papel ou toalha de rosto. Os cabelos devem estar 
protegidos com touca descartável e faixa.
O profissional deve estar com jaleco de mangas longas, toucas e máscara. As unhas 
devem estar curtas e bem lixadas para que não machuque o cliente, principalmente 
durante a extração.
As luvas devem ser usadas do início ao fim do procedimento, dando preferência 
às luvas de vinil ou vinílicas, estas são mais confortáveis tanto para o cliente quanto 
para a sensibilidade tátil do profissional e o potencial alergênico é muito menor.
As bandejas de apoio devem ser descartáveis ou de inox (para que possam ser 
esterilizadas). Todo material que tenha sido contaminado com fluidos corporais de 
sangue e secreção purulenta, como exemplos, deve ser descartado em lixo especial 
(infectante), respeitando as normas de biossegurança.
As agulhas utilizadas na extração de miliuns ou na drenagem de pústulas devem 
ser descartadas em caixa de material perfuro cortante.
13
UNIDADE Limpeza de Pele
Importante!
Todo material contaminante deve ser descartado em lixo específico identificado e o ma-
terial perfuro cortante descartado em caixa específica para esse material, bem como 
a coleta também não pode ser feita por coletores de lixo doméstico, visto que é uma 
questão de biossegurança e uma exigência da Vigilância Sanitária.
Você Sabia?
Passo a Passo da Limpeza de Pele
Fundamentalmente, a limpeza de pele segue os seguintes passos:
• Higienização: é o primeiro passo da limpeza de pele. Caso o cliente/paciente 
esteja usando maquiagem, antes de higienizar, deve-se usar cosmético dema-
quilante e em seguida remover as sujidades, como resíduos de poluição, cosmé-
ticos, protetor solar, maquiagem, suor e oleosidade excessiva. 
A escolha do melhor produto de limpeza facial deve levar em consideração o bio-
tipo e o estado cutâneo. O pH da pele é cerca de 5,5, ou seja, um meio ácido pela 
presença de ácidos graxos livres provenientes do sebo, suor, ácido lático e ami-
noácidos livres. Quanto maior o pH do produto cosmético utilizado na limpeza 
facial, maior será a dilatação dos óstios. E quanto menor for o pH, menor será 
essa dilatação. 
Na prática, quanto maior o pH do produto, maior é a abertura dos poros e mais 
profunda é a higienização da pele.No entanto, quanto menor for o pH do pro-
duto, menor a dilatação dos orifícios, o que pode dificultar a ação de limpeza, 
mas será muito importante para controle da oleosidade e revitalização tecidual. 
Os limpadores de pH fisiológico (igual ao da pele) são ideais para peles sensíveis 
por respeitarem o pH e não promoverem seu desequilíbrio. Os limpadores de 
pH neutro desequilibram suavemente, produzindo discreta abertura dos poros e 
remoção controlada da oleosidade. Por fim, os limpadores de pH alcalino (acima 
de 7), que desestabilizam a pele em proporções maiores que os demais produtos, 
geram maior abertura dos poros e remoção profunda da oleosidade.
Os veículos dos higienizantes faciais são variados e a escolha também é influen-
ciada pelo tipo de pele. Sabonete e gel de limpeza são indicados para peles 
oleosas por conterem maior poder adstringente. Os leites e emulsões de limpeza 
devem ser utilizados em peles secas e sensíveis por conterem um teor oleoso 
maior, deslizarem de forma suave e serem facilmente removidos, evitando abra-
são sobre a pele durante sua aplicação ou retirada, além de manterem a umec-
tação superficial.
Para as peles mistas, o sabonete líquido suave ou a loção de limpeza são indicados 
por constituírem o meio-termo entre os higienizantes citados anteriormente. Os 
higienizantes devem ser aplicados com a ponta dos dedos, espalhados em movi-
mentos circulares por toda face, pescoço e colo, retirado com algodão úmido com 
14
15
movimentos ascendentes. Espojas feitas com gaze e algodão também podem ser 
utilizadas para retirada dos cosméticos. Estas também devem estar úmidas. 
• Esfoliação: tem a função de reduzir a camada córnea da pele a fim de remover 
as células mortas.
Pode ser realizada com um cosmético esfoliante, microdermoabrasão (peeling 
de cristal ou peeling de diamante), com um peeling enzimático, com peeling 
químico (queratolítico – geralmente sabonete com ácido glicólico, ácido salicílico 
ou ambos) ou ainda com a associação de dois tipos de esfoliantes.
O esfoliante cosmético deve ser aplicado em toda região a ser esfoliada com a 
região interdigital, polpa dos dedos, em movimentos circulares (Figura 6). O po-
tencial de esfoliação depende da pressão exercida sobre a pele, veículo (quanto 
mais oleoso, menor o poder de abrasão), tamanho das esferas (quanto menor as 
esferas, maior o poder de abrasão. Quanto maior as esferas, menor o poder de 
abrasão) e quantidade de esferas (quanto maior a quantidade de esferas, maior 
o poder abrasivo).
Peles maduras, sensíveis e alípicas devem usar esfoliantes com menor abrasão. 
Peles oleosas, mais queratinizadas e espessas, devem utilizar esfoliantes 
mais abrasivos.
• Microdermoabrasão (peeling diamante/cristal): substitui a esfoliação cos-
mética, sua abrasão dependerá da quantidade e tamanho de micras e pressão 
negativa (no caso de peeling de diamante: Figura 7), quantidade de óxido de 
alumínio e pressão negativa utilizada (no caso do peeling de cristal). A micro-
dermoabrasão não deve ser realizada em peles sensíveis, com presença de 
pápulas e/ou pústulas.
Figura 6 – Esfoliação Cosmética / Esfoliação Física
Fonte: Getty Images
Figura 7 – Peeling Diamante - Esfoliação Física
Fonte: Getty Images
• Peeling enzimático ou biológico: a esfoliação enzimática se dá com a utiliza-
ção de peeling cosmético a base de enzimas como, por exemplo, bromelina, 
papaína, renew zyme, pumpkin enzyme, entre outros. O poder de abrasão 
dependerá da concentração dos princípios ativos e tempo de permanência na 
pele. Os peelings enzimáticos ou biológicos hidrolisam a queratinatina, facili-
tando a extração. Eles ficam sobre a pele por um tempo médio de 15 minutos. 
Após este tempo, retira-se o produto com algodão úmido.
15
UNIDADE Limpeza de Pele
O peeling enzimático é uma excelente opção para peles acneicas, sensíveis 
e maduras.
• Emoliência: é etapa fundamental da limpeza de pele, pois, se não for eficaz, 
mesmo com todo o preparo anterior, haverá dificuldade na retirada dos conte-
údos cutâneos durante a extração. Recomenda-se a utilização de produtos de 
pH alcalino, que diminuam a resistência da pele, dilatem os óstios e amoleçam 
a superfície da pele, facilitando a remoção dos comedões e das pústulas na 
extração. Um dos princípios ativos mais utilizados nesta etapa é a trietanola- 
mina (triethanolamine).
Os cosméticos emolientes, em sua maioria, são 
loções e devem ser aplicados com compressas de 
algodão ou gaze sobre toda a região que será ma-
nipulada e se deseja fazer a extração. Quando es-
tão em forma de creme, devem ser aplicados com 
abaixador de língua, espátula ou com os dedos. 
Em ambas as formulações, o tempo ideal de con-
tato com o produto é entre 10 e 20 minutos, con-
forme recomendação do fabricante.
As compressas devem ser removidas gradativa-
mente conforme a evolução da extração. Nessa 
etapa, o profissional utiliza ainda o vapor de ozô-
nio (que oferta um calor úmido à superfície da 
pele: Figura 8), o qual proporcionará uma dilata-
ção dos óstios e umidificará a superfície cutânea, 
facilitando a extração.
A máscara térmica também pode ser utilizada para emoliência, porém, além 
de muitos clientes/pacientes não a tolerarem, não tem boa indicação para peles 
mais maduras, alípicas e desidratadas.
É interessante que peles alípicas ou desidratadas sejam expostas ao calor seco?
Não! O calor seco desidrata ainda mais a pele.E
xp
lo
r
Caso o profissional tenha disposição, nenhum dos dois recursos supracitados 
pode potencializar a ação do emoliente, posicionando sobre as compressas 
com cosmético emoliente e papel alumínio.
Figura 8 – Emoliência 
vapor de ozônio
Fonte: Getty Images
16
17
Importante!
Peles oleosas muitas vezes não necessitam de exposição ao calor, seja ele úmido ou seco, 
pois os óstios encontram-se bem dilatados. O calor estimula ainda mais a produção de 
sebo. Nas peles acneicas, onde temos presença de inflamação, também não é interes-
sante a exposição da cútis por muito tempo ao calor. Estas peles devem ser expostas ao 
calor por cerca de 5 a 10 minutos, permanecendo os outros 10 minutos apenas com o 
cosmético emoliente.
Importante!
• Extração: é o momento mais importante da limpeza de pele, pois nessa etapa 
será obtida a remoção do sebo e dos resíduos foliculares. A extração é recomen-
dada em todos os óstios e não apenas onde se evidenciam pústulas e comedões. 
Para a realização da extração manual, posiciona-se a polpa interdigital latera-
lizando o comedão, exercendo pressão ascendente para a extração. As unhas 
não devem ser utilizadas para realização das extrações. Para que seja um pro-
cedimento menos dolorido e menos traumático à pele, utiliza-se dedeira de al-
godão ou de lenço de papel para conferir um toque mais agradável e absorver 
conteúdos líquidos que se encontram no interior dos óstios (Figura 9).
Não se deve comprimir o folículo para baixo com a utilização da ponta dos de-
dos, isso traz riscos para lesões na pele e não expulsão do conteúdo do interior 
do óstio. A pressão deve ser exercida até que todo conteúdo interno do folículo 
seja extraído.
Podemos também utilizar curetas para a realização de extrações (Figura 10). 
As curetas auxiliam principalmente em áreas de difícil acesso como orelhas, 
canto dos olhos e aba do nariz. Há profissionais que realizam todo o pro-
cedimento de extração com curetas, isso não é contraindicado, porém é 
mais agressivo à pele, conferindo maior probabilidade de lesões superficiais 
e hiperpigmentações.
Figura 9 – Extração Manual
Fonte: Getty Images
Figura 10 – Extração com Cureta
Fonte: Getty Images
17
UNIDADE Limpeza de Pele
Existe ainda a extração a vácuo que pode ser realizada com um aparelho que 
confere pressão negativa, ofertada por um equipamento de vacuoterapia.
Para a retirada do conteúdo dos óstios, é necessária utilização de pressões ne-
gativas altas (que giram em torno de -600mmHg). Muitas vezes estas extrações 
não são eficazes para a retirada completa destes conteúdos,além de favorecem 
quadros inflamatórios e consequentes hiperpigmentações.
Na presença de milium, faz-se necessário a utilização de uma agulha de insuli-
na para extraí-lo. Com a ponta da agulha, empurrando-a contra a membrana 
que recobre o milium, por cima ou pela lateral, rompemos a pele para criar um 
canal de saída para seu conteúdo. Como pode haver sangramento, a dedeira 
de algodão ou papel-toalha será de grande ajuda para absorver o sangue.
• Desinfecção: pode ser realizada com cosméticos que tenham funções antis-
sépticas e anti-inflamatórias (melaleuca, hamammelis, tomilho) com a alta fre-
quência (Figura 11 - aplicação direta (em toda a face) ou faiscamento (nas 
pústulas extraídas)). Equipamento que por meio da produção de ozônio provê 
intenso efeito antisséptico e, no caso de peles acneicas, podemos utilizar o 
LED azul (Figura 12 - cerca de 5 minutos por região) que tem um efeito bacte-
ricida e fungicida. Independentemente do tipo de pele e do agente utilizado, é 
indispensável finalizar a extração com a desinfecção.
Figura 11 – Aplicação de alta frequência
Fonte: Getty Images
Figura 12 – Aplicação de LED azul
Fonte: Getty Images
No caso de extração de pústulas ou presença de pápulas, podemos utilizar o 
laser vermelho em cima das lesões (2 J/cm2), este tem um efeito anti-inflama-
tório, cicatrizante e analgésico.
• Máscara cosmética: tem a finalidade de ocluir a superfície da pele, impedindo 
a evaporação de água na camada córnea, o que aumenta a hidratação e facilita 
a permeação dos seus princípios ativos.
Após o procedimento de limpeza de pele, ela pode apresentar-se irritada, sen-
sibilizada, ressecada, descamativa ou pálida. São características que determina-
rão o tipo de máscara e os princípios ativos a serem aplicados nesse momento. 
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Geralmente, a máscara calmante ou suavizante é a mais utilizada no proce-
dimento de limpeza de pele após a extração, pois é comum as peles ficarem 
sensibilizadas. Se a pele não ficar irritada ou sensibilizada, podemos utilizar 
máscaras hidratantes, nutritivas, revitalizantes e secativas. 
Quanto à indicação dos ativos utilizados nas máscaras, os calmantes e os des-
congestionantes são mais indicados para peles sensíveis ou sensibilizadas pela 
extração; os rubefacientes são vasodilatadores e se enquadram muito bem para 
peles pálidas e de fumantes; os antioxidantes para nutrição e efeito tensor nas 
peles mais envelhecidas, com rugas e flacidez; os queratolíticos, antissépticos, 
secativos e adstringentes para peles oleosas e acneicas.
As máscaras podem ser aplicadas com os dedos ou com abaixador de língua. 
Deve-se aplicar uma camada uniforme, porém, não espessa, que cubra toda a 
superfície da pele da área que está sendo tratada.
O tempo de permanência da máscara varia entre 10 a 30 minutos. Devemos 
seguir a orientação do fabricante, pois algumas máscaras podem ser deixadas 
na pele sem a necessidade de retirar com algodão úmido, mas, em sua maioria, 
os fabricantes recomendam retirar.
• Tonificação: os tônicos têm o intuito de equilibrar o pH da pele e contrair os 
óstios. Podem ter ativos calmantes, hidratante, umectante, cicatrizante e adstrin-
gente; dependerá dos princípios ativos utilizados no cosmético.
Se aplicado em compressas geladas, tem um efeito de vasoconstricção e, desta 
forma, diminui o rubor e o calor local após a extração. A aplicação das loções 
tônicas, independentemente de sua função, deve ser aplicada com o algodão to-
talmente umedecido com a loção (mas sem excessos para não ficar escorrendo), 
sendo então deslizado sobre toda a superfície tratada, ou aplicada com pancadi-
nhas, visando depositar o produto sobre a pele; não deve ser retirado, deve-se 
esperar a secagem do produto para aplicar os cosméticos finalizadores.
• Finalização: pode ser aplicado fluído ou sérum que tenham propriedades hi-
dratantes, nutritivas, secativas, antioxidantes, entre outras. Fundamentalmen-
te, finaliza-se a limpeza de pele com a aplicação de FPS, que deve ter o veículo 
adequado para cada tipo de pele, com FPS mínimo de fator 15.
Após a limpeza de pele, recomenda-se que o cliente/ paciente não se exponha 
ao sol por pelo menos 7 dias, caso tenha agredido a pele de modo que surjam 
pontos de inflamação (observar sinais flogísticos), este tempo se estende por no 
mínimo 15 dias, para se evitar uma hiperpigmentação pós-inflamatória.
A periodicidade da limpeza de pele varia para cada pele e para cada biotipo, 
mas prioriza-se um intervalo de pelo menos 30 dias entre uma limpeza e outra. 
De maneira geral, com base em alguns autores, recomenda-se a limpeza de pele 
de forma bimestral ou trimestral para a maior parte das peles (secas e mistas), 
entretanto, para peles oleosas, mensalmente.
19
UNIDADE Limpeza de Pele
Material Complementar
 
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Cosmetologia: Descomplicando os Princípios Ativos
GOMES, R. K.; DAMAZIO, M. G. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos 
3. ed. rev. São Paulo: LMP, 2009.
Eletrotermoterapia: Teoria e Prática
AGNE, J. E. Eletrotermoterapia: teoria e prática. Santa Maria: Orium, 2005. p. 85-109.
 Terapêutica em Estética [Recurso Eletrônico]: Conceitos e Técnicas / Organização
BORGES F. S.; SCORZA, F . A. Terapêutica em estética [recurso eletrônico]: conceitos 
e técnicas / organização. 1. ed. - São Paulo: Phorte, 2016.
 Vídeos
Blackhead! (Mitesser,point noir,espinilla)
https://youtu.be/HMtGeFzjBeQ
20
21
Referências
BORGES, F.S. Dermato Funcional - Modalidades Terapêuticas nas Disfunções 
Estéticas. São Paulo: Editora Phorte, 2010.
FONSECA, A.; PRISTA, LN. Manual de Terapêutica Dermatológica e Cosme-
tológica. São Paulo Editora Roca; 2000.
HARRIS, M. I. Pele: do Nascimento a Maturidade. Editora Senac.
SOUZA, V. M.; JÚNIOR, D.A. Ativos Dermatológicos Dermocosméticos e 
Nutracêuticos. 9 volumes - São Paulo: Editor: Daniel Antunes Júnior, 2016.
21
Estética Facial
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Paula França
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Acne
• Introdução;
• Definição de Acne;
• Etiologia da Acne;
• Fisiopatologia da Acne;
• Classificação da Acne;
• Avaliação de Acne;
• Cosméticos Aplicados ao Tratamento da Acne;
• Eletrofototerapia Aplicada ao Tratamento de Acne.
• Avaliar cada acne, determinando o seu grau;
• Selecionar os recursos de tratamento adequados, seguros e efi cazes, de modo individual 
e personalizado;
• Tratar a acne de modo seguro e efi caz;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre práticas de vida diária que contribuam ao sucesso do tratamento.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Acne
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite sedistrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Acne
Introdução
A pele possui vários tipos de células que constituem duas camadas, epiderme 
–camada mais superficial – e derme – camada mais profunda, que possui impor-
tantes estruturas do tecido tegumentar (Figura 1).
Pele Humana
Epiderme
Derme
Hipoderme
Músculo
Poros
Glândula
sebácea
Glândula
sudorípara
Folículo capilar
Adipócitos
Figura 1 – Camadas da pele e as suas estruturas
Fonte: Getty Images
Na epiderme encontraremos quatro tipos de células diferenciadas estrutural e fun-
cionalmente: os queratinócitos, melanócitos, as células Lagerhans e células de Merkel.
A derme pode ser analisada em duas partes distintas: aquela que fica mais pró-
xima à epiderme, a derme papilar, e a que fica mais próxima ao tecido adiposo, a 
derme reticular. Nesta camada da pele é que encontramos as glândulas sebáceas 
– entre outras estruturas – que, quando se unem a outros fatores – descritos poste-
riormente –, favorecem o surgimento e a piora do quadro de acne.
Para uma pele saudável é necessária a integridade e normalidade funcionais das 
células da epiderme e derme.
A acne se desenvolve apenas em peles lipídicas, de modo que algumas caracterís-
ticas desse biotipo cutâneo contribuem ao surgimento e à piora do quadro acneico.
8
9
Quadro 1
Pele Características
Normal
 · Secreção sebácea equilibrada;
 · Poros não visíveis;
 · Elasticidade e espessura normais.
Oleosa
(lipídica)
 · Capa córnea grossa;
 · Glândulas sebáceas hipertróficas;
 · Secreção “abundante” das glândulas sebáceas e sudoríparas;
 · Pele com tendência a processos comedogênicos;
 · Aspecto brilhante, tato untuoso e úmido.
Acneica
 · Capa córnea grossa;
 · Orifício dilatado de saída da glândula sebácea;
 · Secreção sebácea excessiva e mais espessa;
 · Com comedões, pústulas, processo inflamatório;
 · Aspecto brilhante.
Seca
(alípica)
 · Pele com fina espessura;
 · Sensível por ter menor secreção sebácea;
 · Maior tendência de formação de rugas.
Mista · É a mais comum: com característica oleosa na zona T, e seca nas regiões malares – bochechas.
Peles oleosas e mistas têm maior probabilidade do desenvolvimento de acne pela dilatação dos 
óstios e pelo excesso de produção de sebo. Assim, realize a limpeza de pele com frequência.
Definição de Acne
Acne é uma patologia que envolve a unidade pilossebácea (Figura 2). A sua origem 
é multifatorial, de modo que estudos comprovam que o seu aparecimento pode estar 
ligado a um mecanismo hormonal, um fator genético e um acúmulo de células no infra-
-infundíbulo e acroinfundíbulo. Essa afecção surge no período da adolescência e pode 
perdurar alguns anos. Dependendo da sua gravidade, pode deixar sequelas permanen-
tes como, por exemplo, cicatrizes (Figura 3) e hiperpigmentações pós-inflamatórias (Fi-
gura 4). A acne ocorre com maior intensidade no sexo masculino do que no feminino.
Acne
Folículo Piloso Saudável
Glândula Sebácea
EPIDERME
DERMA
GORDURA
Espinha
Células Basais
Glândula
Sudorípara
Vasos 
Sanguíneos
Folículo Capilar
(entupido
e in­amado)
Liberação
Nervosa Livre
Figura 2 – Acometimento da unidade pilosebácea para a formação da acne
Fonte: Getty Images
9
UNIDADE Acne
Figura 3 – Cicatriz de acne
Fonte: Getty Images
Figura 4 – Hiperpigmentação 
pós-inflamatória, decorrente de acne
Fonte: Getty Images
Etiologia da Acne
A etiologia da acne é multifatorial, englobando componente hereditário hor-
monal, hipersecreção sebácea, distúrbio de queratinização folicular e ação do 
Propionibacterium acnes na conversão da acne comedogênica – não inflamatória 
– para a inflamatória. Dieta e higiene parecem exercer mínima influência sobre o 
quadro acneico.
Ocorre em todas as etnias, tendo preferência pelo sexo masculino – isso pela 
influência hormonal dos andrógenos –, mas também pode ser comum em mulheres 
acima de trinta anos de idade, a qual denominamos acne da mulher adulta. Ade-
mais, mulheres que tenham ovário policístico também tendem a desenvolver acne 
devido ao hiperandrogenismo.
A utilização de cosméticos inadequados e o uso de alguns medicamentos tam-
bém são causas do aparecimento de acne.
Importante!
Como a hiperqueratinização da pele é o primeiro mecanismo de piora da acne, esta pele 
deve passar por esfoliações, semanalmente.
Importante!
10
11
Fisiopatologia da Acne
A acne é classificada como não inflamatória quando apresenta somente come-
dões, sem sinais inflamatórios; ou inflamatória que, conforme o número, a inten-
sidade e as características das lesões, é classificada entre os graus I – leve – e
IV – intensa.
Atualmente, acredita-se que a acne tenha quatro fatores primários (Figura 5) 
para o seu desenvolvimento:
• Obstrução dos óstios – folículos pilosos –, ocorrendo por hiperqueratiniza-
ção folicular;
• Produção excessiva de gordura – sebo – na glândula sebácea;
• Proliferação de microrganismos – principalmente a bactéria Propionibacterium 
acnes, ou P. acnes;
• Processo inflamatório e, inclusive, infeccioso.
Dependendo do grau inflamatório/infeccioso poderão ocorrer cicatrizes permanentes.
FORMAÇÃO DA ACNE
Poro Glândula
Sebácea
Epiderme
Folículo Capilar
Acúmulo
de Células
Mortas e Sebo
Sebo
Bactérias
Proliferam
Espinha In�amação
Derme
Ruptura do
Canal Folicular
Figura 5 – Fatores para a formação da acne
Fonte: Getty Images
11
UNIDADE Acne
O início da acne se dá pelo surgimento dos comedões, podendo ou não evoluir 
para lesões inflamatórias tais como pápulas, pústulas, cistos e nódulos (Figura 6).
Figura 6 – Evolução da acne
Fonte: Getty Images
Classificação da Acne
Os comedões são compostos por queratina, detritos celulares, sebo, pelos, 
bactérias e fungos, escurecendo quando entram em contato com o ar. Especifi-
cando, temos:
• Comedões fechados: pequenos pontos de gordura brancos e salientes;
• Comedões abertos: pontos escuros que, quando extraídos, apresentam uma 
cor branca amarelada, constituídos de células córneas envolvidas no sebo;
• Pápulas: são pequenas inflamações visíveis da acne – saliências vermelhas, 
duras e de pequenas dimensões;
• Pústulas: desenvolvem-se sobre as pápulas, quando apresentam um ponto pu-
rulento;
• Nódulos: são as lesões que apresentam uma inflamação de maior dimensão 
e profundidade.
12
13
Graus de Acne
Conforme o número, a intensidade e as características das lesões, a acne pode 
ser classificada em formas clínicas – ou graus – de I a IV; ou seja, acne:
I. Comedogênica: caracteriza-se pela presença de muitos comedões, sem 
processo infl amatório;
Figura 7
Fonte: Getty Images
II. Pápulo/pústula: caracteriza-se pela presença de comedões e algumas 
pústulas e pápulas; 
Figura 8
Fonte: Getty Images
13
UNIDADE Acne
III. Nódulo cística: há comedões, pápulas e pústulas, assim como reação 
inflamatória, atingindo a profundidade do folículo até o pelo – sendo 
necessária orientação médica;
Figura 9
Fonte: Getty Images
IV. Conglobata: constitui uma forma grave de acne, superior ao quadro 
anterior, apresentando nódulos purulentos – com pus – numerosos e 
grandes, formando abscessos e cicatrizes atróficas – sendo necessária 
orientação médica.
Figura 10
Fonte: Getty Images
Avaliação de Acne
Antes de iniciar a avaliação de acne, o esteticista deve proceder ampla e cuida-
dosa anamnese, com o intuito de identificar possíveis fatores causais para o apare-
cimento da acne.
14
15
Após o preenchimento da anamnese,o profissional iniciará a avaliação, anali-
sando a pele e observando, a olho nu, a presença de oleosidade, comedões aber-
tos e fechados e pápulas, pústulas ou cistos e nódulos. Após a análise superficial, 
avaliará a pele com uma lupa, identificando lesões menores que possam provocar 
a piora do quadro acneico.
Cosméticos Aplicados
ao Tratamento da Acne
As bases cosméticas para utilizar em peles acneicas devem ser totalmente livres 
de óleo.
Ativos Cosméticos para Tratamento de Peles Oleosas e Acneicas 
Os princípios ativos são utilizados na maioria dos produtos para o tratamento de 
acne e o controle de oleosidade, em forma de loções secativas, sabonetes, loções 
tônicas, entre outros recursos.
Os antiacneicos são princípios ativos que possuem a capacidade de atuar na 
glândula sebácea, desencadeando os seguintes efeitos e propriedades:
• Anti-inflamatórias, descongestionantes e calmantes;
• Antissépticas;
• Queratolíticas;
• Seborreguladoras.
São princípios ativos utilizados na pele oleosa e acneica:
• Ácido glicólico: regula a queratinização por meio da diminuição das ligações 
entre os corneócitos;
• Ácido salicílico: ácido com propriedades queratolíticas e antimicrobianas, ou 
seja, afina a camada espessa da pele e evita a contaminação por bactérias e 
fungos oportunistas;
• Agrião: antiacneico e antisseborreico;
• Alfa bisabolol: anti-inflamatório e calmante;
• Azuleno: anti-inflamatório;
• Calêndula: cicatrizante e anti-inflamatório;
• Camomila: calmante e anti-inflamatório;
• Hamamélis: adstringente;
• Triclosan/irgasan: bactericida;
15
UNIDADE Acne
• Óleo de melaleuca: antimicrobiano e anti-inflamatório;
• Própolis: antimicrobiano e anti-inflamatório;
• Sulfato de zinco: adstringente e antisséptico;
• Argila verde: ação secativa e redutora de oleosidade.
Esses princípios ativos podem ser empregados em sabonetes, loções tônicas 
adstringentes, loções secativas e máscaras.
Eletrofototerapia Aplicada 
ao Tratamento de Acne
A eletrofototerapia entra no tratamento de acne como recurso auxiliar. Potencia-
liza os efeitos dos cosméticos utilizados, auxiliando na redução do processo infla-
matório e da proliferação bacteriana.
Microcorrentes
As microcorrentes atuam no equilíbrio da bioeletricidade celular, mostrando a mi-
tocôndria através da transmissão de uma corrente elétrica sub-sensorial, estimulando 
ou reduzindo a quantidade de trifosfato de adenosina (ATP) ao tecido biológico.
No quadro acneico, esse recurso traz benefício no equilíbrio de produção de 
ATP, efeito analgésico e ainda, estimula a drenagem de fluidos.
Dosimetria na etapa:
• Normalização: frequência de 03 a 0,6 Hz, intensidade de 500 µA, tempo de 
20 minutos;
• Tonificação: frequência de 300 a 500 Hz, intensidade de 80 a 280 µA, tempo 
de 15 a 20 minutos;
• Ionização: frequência de 500 Hz, intensidade de 100 a 280 µA, tempo de 5 
a 10 minutos.
Para o tratamento de acne utiliza-se a etapa normalização.
16
17
Técnicas de Aplicação
Manobras de Drenagem Linfática e Estimulação da Camada Basal
Estas manobras permitem produzir uma estimulação da malha linfática, facilitan-
do a eliminação de toxinas e líquidos retidos; além disso, estimula a camada basal 
da epiderme, promovendo a renovação da superfície cutânea.
Modo de aplicação:
• Pele limpa, livre de creme ou de produto que impeça a condutividade;
• Pele hidratada;
• De duas a três vezes por semana;
• De dez a quinze aplicações.
Alta Frequência
A alta frequência é uma técnica estética onde são utilizados diversos modelos de 
eletrodos de vidro, que são conectados a um “porta-eletrodo”. É produzida por um 
equipamento que provoca correntes variáveis alternadas de elevada frequência – 
superior a 100.000 Hz –, recebendo o nome genérico de alta frequência.
Possui efeito bactericida, cicatrizante e antisséptico e pode ser aplicado por toda 
a área acometida pela acne.
Conforme o método de aplicação da alta frequência pode-se obter diferentes 
ações fisiológicas. 
Modo de aplicação direta:
Ação fisiológica: calmante e descongestionante.
O eletrodo é aplicado diretamente sobre a pele, de modo que seja mantido 
permanentemente em contato com a qual. Essa aplicação deve ser efetuada onde 
houver necessidade, com uma massagem suave e lenta em toda a superfície.
Modo de aplicação direta com pequena distância:
Ação fisiológica: bactericida e antisséptica.
Essa ação é desencadeada quando se aplica o eletrodo de vidro em uma peque-
na distância da pele – milímetros. A ação bactericida e antisséptica é, sobretudo, 
desencadeada devido à formação de ozônio que ocorre quando a chispa – faísca – 
sai do eletrodo e, ao atravessar a pequena camada de ar que existe entre o eletrodo 
e a pele, desencadeia um fenômeno de ação física que converte o oxigênio ambien-
tal em ozônio – o que explica as suas propriedades bactericidas e antissépticas.
A alta frequência também é empregada na estética com fins de cauterização de 
pequenas lesões cutâneas – por meio do efeito térmico.
17
UNIDADE Acne
Ademais, essa técnica se aplica a uma pequena distância da pele, com um ele-
trodo pontiagudo denominado cauterizador, onde se concentra toda energia em 
um único ponto.
Importante!
Em sua utilização, deve-se tomar muito cuidado para não desencadear uma queimadura 
na pele.
Importante!
Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation (Laser) 
de Baixa Intensidade e Light Emitting Diode (LED) 
A fototerapia se faz cada vez mais presente nos tratamentos de acne, isto porque 
tem um efeito anti-inflamatório, bactericida, cicatrizante, estimulando a drenagem 
linfática e promovendo a redução do desconforto desencadeado pelo processo in-
flamatório; de modo que contamos com:
• LED azul: pode ser utilizado no tratamento de acne, pois tem função altamen-
te bactericida, eliminando algumas bactérias que causam acne. No tratamento 
de acne, o LED azul estimula a produção de citocinas pró-inflamatórias, in-
cluindo interleucinas 1 (IL-1), fatores de necrose tumoral (TNF) e estimulação 
de colônias de macrófagos e granulócitos (GM-CSF). Para esta abordagem, 
aplica-se o LED azul em varredura lenta, por aproximadamente 5 minutos na 
área acometida;
• Laser vermelho: utilizado no tratamento da acne por ser altamente cicatrizan-
te, melhorando o aporte sanguíneo ao local da lesão, controlando o processo 
inflamatório e as fases de cicatrização. Utiliza-se 2J/cm2, com a técnica pontu-
al, em cada lesão inflamatória;
• Luz Laser infravermelha: fortalece o sistema imunológico no local do trata-
mento e auxilia na penetração de cosméticos, já que aumenta a permeabilida-
de da membrana celular, além de ter um efeito de drenagem linfática quando 
aplicada no trajeto linfático da área acometida. Utiliza-se 2J/cm2, de forma 
pontual sobre as lesões, nas localizações dos linfonodos e por todo o trajeto 
linfático em que desejamos o estímulo na drenagem linfática.
Drenagem Linfática
O estímulo ao sistema linfático no processo acneico é de fundamental impor-
tância para que tenhamos um efeito descongestionante, melhora do sistema imu-
nológico e, consequentemente, diminuição do processo inflamatório com posterior 
conforto ao paciente.
Essa drenagem pode ser realizada de forma manual, contudo, quando houver a 
presença de muitas pústulas, não será possível executar tais manobras. Para casos 
assim, podemos utilizar o Laser infravermelho – tal como já mencionado.
18
19
São sugestões de protocolos para o tratamento de acne:
Limpeza de pele:
• Higienização com cosmético específico para pele acneica;
• Esfoliação: se houver presença de pústulas, deve ser realizada com esfoliante 
enzimático para que não agrida ainda mais a pele sensibilizada;
• Emoliência: na presença de quadro inflamatório, prioriza-se exclusivamente o 
emoliente líquido, pois o calor (seja úmido ou seco) piora o quadro inflamatório;
• Alta frequência;
• LED azul;
• Nas pústulas, aplicar Laser vermelho (2J/cm2), de forma pontual;
• Se não houver lesões abertas, aplicar máscarasecativa ou argila verde;
• Se houver lesões abertas, aplicar secativo apenas onde a pele estiver íntegra;
• Finalizar com FPS à base de água.
Para o controle da acne com cosméticos – peelings:
• Higienização com sabonete de própolis;
• Loção desengordurante pré-peeling;
• Aplicar máscara de peeling físico e químico de alfa hidroxiácidos (AHA’S) e beta 
hidroxiácidos (BHA), com micropartículas; deixe agir por quinze minutos – e 
massagear caso não exista processo inflamatório;
• Retirar com algodão embebido em água;
• Com a pele seca, aplicar peeling químico – ácidos salicílico e mandélico –; 
deixar agir o tempo recomendado pelo fabricante, ou conforme a tolerância 
do paciente;
• Retirar com algodão embebido em água;
• Borrifar água termal;
• Aplicar gel seborregulador;
• Aplicar FPS oil free;
Este protocolo pode ser aplicado semanalmente e, quando houver melhora, es-
paçar para quinzenalmente.
Ademais, enquanto protocolo com microcorrentes:
• Higienização facial;
• Peeling enzimático, deixando agir entre cinco e quinze minutos para, en-
tão, retirar;
• Aplicar microcorrentes com gel neutro – etapa de normalização com frequên-
cia de 03 a 0,6 Hz, intensidade de 500 µA, tempo de vinte minutos;
19
UNIDADE Acne
• Retirar o gel neutro;
• Aplicar fluido seborregulador;
• Finalizar com FPS oil free.
Orientações para home care:
• Dia:
 » Sabonete líquido de própolis;
 » Loção adstringente sem álcool;
 » Gel hidratante para pele acneica;
 » FPS oil free.
• Noite:
 » Sabonete líquido de própolis;
 » Loção adstringente sem álcool;
 » Gel hidratante para pele acneica;
 » Secativo em bastão – com ácido salicílico e melaleuca –; aplicar sobre as 
pápulas e pústulas.
20
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Manual de terapêutica dermatológica e cosmetológica
FONSECA, A.; PRISTA, L. N. Manual de terapêutica dermatológica e cosmetoló-
gica. [S.l.]: Roca, 2000.
Rejuvenescimento facial
GOLDBERG, D. J. Rejuvenescimento facial. [S.l.]: Guanabara Koogan, 2007.
Pele: do nascimento à maturidade
HARRIS, M. I. Pele: do nascimento à maturidade. [S.l.]: Senac, [20--?].
Diretrizes modernas no tratamento da acne vulgar: da abordagem inicial à manutenção dos benefícios clínicos
MONTAGNER, S.; COSTA, A. Diretrizes modernas no tratamento da acne vulgar: da 
abordagem inicial à manutenção dos benefícios clínicos. Surg. Cosmet. Dermatol.,
v. 2, n. 3, p. 205-213, 2010.
 Leitura
ACNE – o que é?
ACNE – o que é? SBD, [2017].
http://bit.ly/2IrqOpf
21
UNIDADE Acne
Referências
ANTUNES, D.; SOUZA, V. M. Ativos dermatológicos dermocosméticos e 
nutracêuticos. 9 v. [S.l.]: Daniel Antunes Júnior, [20--?].
BORGES, F. S. Dermatofuncional – modalidades terapêuticas nas disfunções 
estéticas. [S.l.]: Phorte, [20--?].
CUCÉ, L. C. Manual de dermatologia. [S.l.]: Atheneu, 2001.
22
Estética Facial
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Paula França
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Envelhecimento
• Definição de Envelhecimento Cutâneo;
• Classificação do Envelhecimento da Pele;
• Teorias do Envelhecimento;
• Rugas;
• Avaliação do Envelhecimento Cutâneo;
• Classificação de Glogau;
• Cosméticos Aplicados ao Envelhecimento;
• Eletrotermofoterapia Aplicada ao Envelhecimento;
• Protocolo Cosmético para Rejuvenescimento Facial.
• Avaliar grau de envelhecimento;
• Selecionar recursos de tratamento adequados seguros e efi cazes de modo individual 
e personalizado;
• Tratar de modo seguro e efi caz o envelhecimento, selecionando melhores recursos;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre Práticas de Vida Diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Envelhecimento
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Envelhecimento
Definição de Envelhecimento Cutâneo
O envelhecimento do organismo como um todo se relaciona ao fato de as células 
somáticas do corpo começarem a morrer e não serem substituídas por novas, como 
acontece na juventude. Isso está ligado, entre outros fenômenos, ao envelhecimen-
to celular.
Fisiologicamente, o envelhecimento está associado à perda de tecido fibroso, à 
taxa mais lenta de renovação celular e à redução da rede vascular e glandular.
A função de barreira que mantém a hidratação celular também fica prejudicada. 
Dependendo da genética e do estilo de vida, as funções fisiológicas normais da pele 
podem diminuir 50% até a meia-idade.
Como a pele é o órgão que mais reflete os efeitos da passagem do tempo, sua 
saúde e sua aparência estão diretamente relacionadas aos hábitos alimentares e ao 
estilo de vida escolhido. 
A radiação ultravioleta, o excesso de consumo de álcool, o abuso de tabaco e a 
poluição ambiental, entre outros, são fatores que “aceleram” o trabalho do relógio 
biológico, provocando o envelhecimento precoce.
Além disso, o aumento do peso corporal e dos níveis de açúcar no sangue tam-
bém colabora para a pele envelhecer antes do tempo.
Classificação do Envelhecimento da Pele
Envelhecimento intrínseco da pele
Uma das alterações mais significativas que encontramos na pele com o enve-
lhecimento cronológico (intrínseco) é a diminuição da junção dermoepidérmica, 
devido ao achatamento dos cones interpapilares que reduzem a coesão de contato 
entre a derme e epiderme e, consequentemente, ocorre a diminuição dos nutrientes 
necessários às células epidérmicas. Esse fato torna, histologicamente, a epiderme 
atrófica em virtude da redução da taxa de renovação das células epidérmicas.
Derme
Com o envelhecimento cronológico, as alterações dérmicas são notórias e as 
principais responsáveis pelo aspecto da pele envelhecida, já que ocorrem várias 
alterações em seus componentes. 
Ocorre uma diminuição dos fibroblastos e, automaticamente, há perda do volu-
me dérmico, alterações químicas nas fibras elásticas e diminuição da espessura das 
fibras colágenas e das fibras reticulares (Figura 1).
8
9
Figura 1 – Envelhecimento cutâneo facial
Fonte: Getty Images
As glândulas sudoríparas écrinas (independente do folículo) apresentam achata-
mento do epitélio secretor, atrofia dos acínos (regiões secretoras) e diminuiçãodo 
número e do volume de suor eliminado.
Glândulas sudoríparas apócrinas (ligada ao folículo) apresentam aspectos diversos.
Algumas estão completamente atrofiadas, outras discretamente e outras com 
aspecto histológico normal.
As glândulas sebáceas não apresentam alterações no volume e no número, a 
hipossecreção é devida à diminuição do estímulo androgênico (podendo ser ativada 
pela ação de andrógenos).
Não exibem alterações morfológicas, ainda que possam estar ativas ou inativas 
e possuem menor número de vasos sanguíneos ao seu redor. 
As terminações nervosas livres na derme não se alteram com a idade, porém, os 
órgãos terminais – como corpúsculos de Meisser, Vater-Pacini e Merckel – dimi-
nuem em número e volume no idoso.
E qual o resultado?
Diminui a sensibilidade da pele do idoso, o que favorece a ocorrência de lesões 
traumáticas, pois a diminuição da sensibilidade à dor leva a uma maior demora nas 
respostas defensivas em relação ao agente agressor (Figura 2).
A microcirculação cutânea diminui com a idade em decorrência da regressão e 
da desorganização dos pequenos vasos.
9
UNIDADE Envelhecimento
Com a reabsorção das papilas, muitas reações capilares desaparecem e há dimi-
nuição das luzes vasculares dos capilares da derme.
Músculos
Derme
Hipoderme
Cutícula
Ácido hialurônico
Fibra elástica (quebrada)
Colágeno (atrofia)
Células de gordura
Epiderme
Pele Jovem Pele Envelhecida
Figura 2 – Envelhecimento da pele
Fonte: Adaptado de Getty Images
Envelhecimento extrínseco da pele
O envelhecimento extrínseco da pele é causado por agentes exógenos (mecânicos, 
químicos e climáticos, entre outros) como, por exemplo, a irradiação solar ultravioleta 
(UVA e UVB) é considerada o grande agente causador do Fotoenvelhecimento.
Fotoenvelhecimento é o termo utilizado para explicar, principalmente, a ação 
cumulativa da radiação solar, determinando uma série de alterações nas células e 
nos constituintes da pele (Figura 3 – pele fotoenvelhecida).
Figura 3 – Pele fotoenvelhecida
Fonte: Getty Images
O fotoenvelhecimento está presente em todos os habitantes da terra e a época 
do seu desenvolvimento depende do tipo de pele e da intensidade e quantidade 
(tempo) de exposição solar.
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11
Teorias do Envelhecimento
A Teoria que explica o Fotoenvelhecimento é a Teoria dos Radicais Livres. 
Teoria dos Radicais Livres
Esta Teoria estabelece que as alterações fisiológicas e degenerativas que ocor-
rem com o passar dos anos devem-se ao acúmulo no organismo de substâncias 
tóxicas, conhecidas como Radicais Livres. 
Radicais Livres (RL)
De maneira simples, o termo Radical Livre refere-se a átomo ou molécula alta-
mente reativos, que contém número ímpar (ou desemparelhado) de elétrons em sua 
última camada eletrônica. 
É este não emparelhamento de elétrons da última camada que confere alta re-
atividade a esses átomos ou moléculas. Essa instabilidade estrutural faz com que 
essas moléculas tendam desesperadamente a roubar um elétron de qualquer outra 
substância, a fim de se estabilizar.
Radicais livres são produzidos continuadamente nas células, tanto por meio de 
processos patológicos quanto por meio de mecanismos fisiológicos. 
Pode ser por fonte: endógena e exógena.
Principais fontes endógenas (internas):
• Respiração celular: processo que ocorre nas mitocôndrias, 4% do oxigênio 
consumido durante a respiração celular, transforma-se em radical livre;
• Reações de defesa: atuação dos neutrófilos e macrófagos (fagocitose) contra 
bactérias e micro-organismos.
Principais radicais livres produzidos em processos metabólicos também chama-
dos de Espécies Reativas do Metabolismo do Oxigênio (ERMO ou ERO):
• Ânion superóxido (O2– );
• Peróxido de hidrogênio (H2O2 – água oxigenada);
• Radical hidróxila (OH– ).
Principais enzimas que participam da defesa celular das fontes endógenas (internas):
• Catalase: proteína que degrada o peróxido de hidrogênio (H2O2) em água;
• Superóxido dismutase (SOD): que transforma o ânion superóxido (O2– ) em 
peróxido de hidrogênio;
• A dupla glutationa-peroxidase e glutationa-redutase, que atua na remoção de 
hidroperóxidos (OH–) orgânicos durante a peroxidação dos lipídios.
11
UNIDADE Envelhecimento
Fontes exógenas (externas) que contribuem 
para acelerar o envelhecimento cutâneo
• Excesso de bebida alcoólica;
• Antibióticos, quimioterápicos;
• Tabaco (vasoconstrição diminuindo a oxigenação);
• Agressões ambientais (frio, vento, poluição);
• Fatores nutritivos (falta de vitamina A, C e E);
• Fatores nutritivos (falta de oligoelementos: cobre, zinco etc.);
• Radiação ultravioleta – luz solar abundante nos horários em que os UV são 
mais agressivos.
Quanto mais são os fatores estressantes para a pele, maior a ação dos radicais livre de oxigê-
nio e, consequentemente, o envelhecimento é mais precoce.Ex
pl
or
Mecanismos de defesa de fontes exógenas
• Os mecanismos de defesa contra os radicais livres são: enzimas antioxidantes 
e os compostos antioxidantes.
Enzimas antioxidantes
São proteínas capazes de promover a transformação dos radicais livres em pro-
dutos mais estáveis e menos tóxicos.
Compostos antioxidantes
É um conjunto heterogênio de substâncias formadas por vitaminas, minerais, 
pigmentos naturais e outros compostos e, enzimas, que bloqueiam o efeito danoso 
dos radicais livres, provindos da alimentação, suplementação alimentar, cosméticos 
e também fármacos, sendo que muitas vezes os próprios medicamentos aumentam 
a geração intracelular desses radicais.
A utilização de compostos antioxidantes encontrados na dieta ou mesmo sintéti-
cos é um dos mecanismos exógenos de defesa que podem evitar os danos oxidati-
vos gerados pelo estresse oxidativo. 
O desequilíbrio entre a produção de EROs e a remoção pelo sistema de defesa 
antioxidante (endógeno, fisiológico) é denominado estresse oxidativo. 
12
13
Aspectos histopatológicos e 
histoquímicos no fotoenvelhecimento
• Alteração do melanócito – hiper ou hipopigmentação;
• Diminuição da capacidade imunológica (células de Langherans diminuem 
aproximadamente 50%);
• Alteração na produção de fibras colágenas e de elastina (Figura 4);
• Modificação do tecido conjuntivo;
• Superprodução da enzima elastase que degrada as fibras colágenas;
• Aumento das colagenases que degradam as fibras colágenas.
Músculo
Hipoderme
Derme
Epiderme
Cutícula
Pele jovem Pele envelhecida
Células de gordura
Colágeno
Elastina
Figura 4 – alteração nas fi bras de colágeno e elastina
Fonte: Adaptado de Getty Images
Rugas
As rugas faciais são um dos sinais do envelhecimento cutâneo e representam um 
dos principais motivos de procura de cuidados corretivos e tratamentos. Podem ser 
desencadeadas pela alteração nas fibras elásticas e pela diminuição da espessura da 
pele e do tecido subcutâneo, decorrentes do processo de envelhecimento ou pela 
ação dos músculos da mímica ou da gravidade agindo sobre a pele flácida.
Podem ocorrer em toda a superfície cutânea, sobretudo nas áreas do corpo que 
ficam descobertas a maior parte do tempo, como face e mãos, o que demonstra a 
importância dos raios solares no agravamento das rugas fisiológicas. 
13
UNIDADE Envelhecimento
A sequência de alterações e a velocidade com que ocorrem se dá de maneira variá-
vel em cada indivíduo. Fatores ambientais e de estilo de vida (fumo, álcool, exposição 
solar e alterações nos níveis de estrogênio) podem acelerar seu desenvolvimento.
Rugas dinâmicas
Decorrentes da ação repetida 
dos músculos faciais sobre uma 
pele que perdeu a elasticidade ou 
a capacidade de recuperar sua 
forma, estão localizadas em cima 
do nariz, horizontal ou vertical-
mente, na testa, no canto exter-
no dos olhos e no lábio superior. 
Surgem mais cedo em pes-
soas com grande expressividade 
da mímica facial (Figura 5 – Ru-
gas dinâmicas).
Rugas Estáticas
São produtos do envelhecimento da pele e mais comuns ao redor dos olhos, 
testa e lábios. 
Aparecem quando a face está em repouso, sem que haja nenhuma expressão 
forçada(Figura 6 – Rugas estáticas).
Figura 6 – Rugas estáticas
Fonte: Getty Images
Figura 5 – Rugas dinâmicas
Fonte: Getty Images
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Avaliação do Envelhecimento Cutâneo
A pele envelhecida perde o contorno 
facial devido à flacidez tissular, à flacidez 
muscular e à diminuição do coxim gor-
duroso. Isso é extremamente perceptível 
quando olhamos o cliente de frente, com a 
face sobre a ação da gravidade, e observa-
mos perda do contorno da face (Figura 7 
– Perda de contorno facial).
Além da perda de contorno facial, 
observa-se durante a avaliação da face a 
presença de hipercromias, hipocromias ou 
acromias. Isso ocorre devido a lesões nos 
melanócitos. A essas alterações denomi-
namos discromias (Figura 8 – Discromias).
Figura 8 – Discromias
Fonte: Getty Images
Classificação de Glogau
Sistema criado pelo Dr. Richard Glogau, com objetivo de quantificar o envelhe-
cimento de cada faixa etária.
Toda tentativa de criar uma classificação não é perfeita, pois uma pessoa pode 
ou não se enquadrar no nível de sua faixa etária. Dessa forma, é de grande impor-
tância a experiência e o bom senso do profissional.
Figura 7 – Perda de contorno facial
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Envelhecimento
Tipo I – Envelhecimento leve
• Idade: 28 a 35 anos; 
• Descrição: sem rugas;
• Característica da pele: alterações pigmentares suaves (manchas de pele), sem 
queratose (aquelas manchas mais avermelhadas e ásperas), sem rugas.
Tipo II – Envelhecimento moderado
• Idade: 35 a 50 anos;
• Descrição: rugas em movimento ou de expressão;
• Característica da pele: manchas marrons visíveis, pele áspera, linhas parale-
las ao sorriso, inclusive o sulco nasogeniano e as rugas perioculares começam 
a aparecer. 
Tipo III – Envelhecimento avançado
• Idade: 50 a 65 anos;
• Descrição: rugas em repouso, mesmo sem expressão;
• Característica da pele: manchas escuras (hipercromias), avermelhadas (nevos 
rubi), às vezes, algumas esbranquiçadas (hipocromia) e ásperas (queratose) visí-
veis, teleangiectasias, rugas perioculares e sulco nasogeniano aparecem mes-
mo em repouso, ou seja, mesmo sem expressão facial, as rugas são visíveis.
Tipo IV – Envelhecimento grave da pele do rosto
• Idade: 60 a 75 anos;
• Descrição: rugas e extrema flacidez da pele;
• Características da pele: manchas escuras (hipercromia), brancas (hipocro-
mia) e vermelhas (nevo rubi) podem coexistir, neoplasias cutâneas (câncer de 
pele), rugas por todo o rosto, flacidez pela falta de colágeno, não podem usar 
maquiagem, porque ela borra e forma grumos grossos.
Cosméticos Aplicados ao Envelhecimento
Os cosméticos são um recurso imprescindível na prevenção e no tratamento da 
pele envelhecida. Não há um princípio ativo único que seja suficiente para tratar o 
envelhecimento cutâneo. É necessário o uso de hidratantes, antioxidantes, clarea-
dores e estimulantes, entre outros.
O maior impacto na pele envelhecida é a desidratação.
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A desidratação e a diminuição da elasticidade ocorrem quando a perda de água 
do extrato córneo é maior do que a sua reposição
As formulações de hidratantes podem conter produtos de ação semioclusiva 
(óleos vegetais, óleos minerais, gorduras, ácido hialurônico e ceras vegetais); pro-
dutos umectantes (propilenoglicol, sorbitol, glicerina, pantenol) e produtos hidro-
-repelentes (derivados do silicone).
Exemplos de ativos hidratantes
• Ácido hialurônico: devido a seu grande peso molecular, não é absorvido pela 
epiderme. Forma um fino filme viscoelástico, levemente permeável e invisível, 
que protege e retém grande quantidade de umidade na superfície da pele;
• Algas marinhas: ricas em vitaminas, sais minerais, proteínas, iodo e polissa-
carídeos, promovem tonificação e hidratação;
• Aminoácidos: unidades formadoras das moléculas de proteína. Tem um bom 
poder de penetração, vez que seu peso molecular é baixo;
• Aveia: rica em proteínas, vitaminas do complexo A, B e E, enzimas, sais de 
cálcio, ferro, sódio e potássio. Atua como hidratante, emoliente e revitalizante;
• Ceramida: constituinte da camada córnea. Regenera a pele danificada por 
agentes químicos, peeling e condições climáticas;
• Colágeno: proteína estrutural do organismo. Retém a umidade na camada 
córnea e reduz a ação irritante causada por alguns detergentes;
• Elastina: responsável pela elasticidade dos tecidos. Retém a umidade na ca-
mada córnea;
• NMF: reprodução do fator de hidratação natural, de origem sintética. Mistura 
de aminoácidos, lactato de sódio, ureia, alantoína. Altamente umectante;
• Ureia: hidratante e estimulante da regeneração celular.
Os nutritivos são responsáveis por repor nutrientes e substâncias recuperadoras 
na camada hidrolipídica da pele. Eles contêm ativos que promovem a regeneração, 
a conservação e a proteção dessa camada, prevenindo o envelhecimento cutâneo.
Como o processo de mitose celular é maximizado durante as primeiras horas da 
manhã, a nutrição da pele deve ser feita durante a noite, visando a repor os com-
ponentes lipídicos do manto córneo. Entre os princípios ativos nutritivos, podemos 
citar os antioxidantes (antirradicais livres), os oligoelementos e as vitaminas.
Antioxidantes agem combatendo a ação dos radicais livres de oxigênio (antirra-
dicais livres).
Como exemplos de princípios ativos antioxidantes temos:
• Ácido alfalipóico: antioxidante universal. Melhora a aparência, promove dimi-
nuição dos poros dilatados, das linhas de expressão e das olheiras;
17
UNIDADE Envelhecimento
• Coenzima Q10: ação antioxidante e estabilizadora de membrana celular;
• Drieline: estimulante da síntese de colágeno, antirradicais livres, cicatrizante, 
anti-irritativo, anti-inflamatório e regenerador celular;
• Extrato de artemísia: extrato das flores de artemísia rico em flavonoides, tani-
nos, lactonas, ácido clorogênico e óleos essenciais, que apresenta propriedades 
antioxidante, antirradicais livres, anti-inflamatória e antimicrobiana;
• Matrixyl: estimula a formação de colágeno na derme. Possui propriedades de 
renovação celular mais efetiva que a vitamina C.
Os oligoelementos são substâncias que existem em quantidades minúsculas nos 
organismos vivos. São importantes porque ativam e catalisam grande número de 
reações que ocorrem nos seres vivos. 
Exemplos:
• Enxofre e selênio: o enxofre interage com o selênio para formar a enzima 
glutationa-peroxidase, com importante ação antirradicais livres;
• Zinco: necessário para a síntese de proteínas. Regula o fluxo sebáceo e junto 
com a vitamina A é responsável pela renovação celular. Possui propriedades 
calmantes e antirradicais livres;
• Cálcio e magnésio: regulam as trocas celulares e participam da síntese de 
neuromediadores;
• Silício: atua diretamente sobre o metabolismo celular, estimulando as fibras de 
sustentação da pele (colágeno, elastina e proteoglicanas), conferindo firmeza e 
tonicidade aos tecidos e prevenindo o envelhecimento da pele. Protege as células 
cutâneas dos radicais livres. Auxilia na retenção de moléculas de água sobre a pele.
As vitaminas são, normalmente, adicionadas a produtos cosméticos como esti-
mulantes da proliferação celular e como antioxidantes. 
Podem ser:
• Hidrossolúveis: complexo B e vitamina C;
• Lipossolúveis: vitaminas A, D, E, K e F.
Eletrotermofoterapia 
Aplicada ao Envelhecimento
Eletroestimulação
São correntes excitomotoras, utilizadas para melhorar a tonicidade muscular. 
Possuem efeitos químicos polares semelhantes aos produzidos pela corrente con-
tínua, porém de intensidade muito menor. O que se tem observado é que muitos 
18
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impulsos na mesma polaridade tornam as correntes para a eletroestimulação na 
musculatura estriada mais incômoda e desagradável, o polo negativo gera uma 
contração mais intensa e vigorosa.
Características das correntes para a eletroestimulação na musculatura estriada:
• Intensidade: possuir umbral liminar ou umbral de excitação (intensidade míni-
ma necessária para obter uma contração muscular) miliampere mA. A intensi-
dade dependerá da tolerânciado cliente;
• Frequência (Hz): estudos comprovam que a musculatura estriada (facial) res-
ponde melhor a uma frequência de 50 a 80Hz;
• Tempo de contração: necessário um tempo mínimo suficiente de emissão de 
descarga ou rajadas de impulsos para que ocorra a contração; 
• Tempo de repouso: é necessário que ocorra um intervalo suficiente entre uma 
contração e outra para que haja o relaxamento completo das fibras musculares;
• Colocação dos eletrodos: origem e inserção muscular.
Radiofrequência
Onda eletromagnética que atua por conversão. Essa conversão é gerada pelos 
fenômenos físicos:
• Movimento iônico: as cargas elétricas são atraídas e repelidas ao mudar a 
polaridade da corrente e, dessa forma, resulta em calor;
• Movimento da rotação de moléculas dipolares: a molécula de H²O, quando 
exposta à radiofrequência, gira em torno de seu eixo, aproximando as áreas de 
carga ao eletrodo de polaridade oposta, causando colisão entre os tecidos e, 
consequentemente, aumentando a temperatura;
• Distorção molecular: os elétrons em torno do núcleo são atraídos para so-
frer uma distorção de sua órbita, gerando uma conversão de energia elétrica 
em calórica.
• As radiofrequências podem ser:
• Mono ou unipolares: somente um eletrodo se insere no circuito com o equi-
pamento e o paciente; atuam em tecidos mais profundos;
• Bipolares: dois eletrodos (um ativo e um dispersivo). Podem estar separados 
ou numa mesma ponteira (atuam em tecidos mais superficiais).
Efeitos biológicos da radiofrequência: hiperemia cutânea profunda, aumento da 
atividade do sistema nervoso parassimpático e diminuição do sistema simpático, 
neocolagenogênse e neoelastogênese, liberação de proteínas de choque (HSP47 e 
HSP 42 que atuam protegendo as células do calor excessivo).
Para a eficácia da radiofrequência, devemos sempre aquecer o local tratado e 
manter esse aquecimento por cerca de 7 minutos.
19
UNIDADE Envelhecimento
Aquecimento facial: entre 38°C e 39°C
A dosimetria é dependente de cada equipamento, o veículo condutor pode ser 
gel, gel glicerinado ou glicerina líquida (isso é determinado pelo fabricante do equi-
pamento).
Sempre se deve levar em consideração a hiperemia local e o conforto do pacien-
te durante a aplicação. 
A temperatura do local deve ser aferida do início ao final da sessão, com inter-
valos máximos de 1 minuto. Os intervalos para aplicação de radiofrequência facial 
são quinzenais.
Fototerapia no envelhecimento cutâneo
O led azul estimula compostos presentes na melanina, promovendo o clarea-
mento de hipercromias faciais, olheiras. Promove alteração da tensão superficial da 
pele, com efeito estético de expansão dos tecidos e hidratação facial. 
A aplicação do led azul deve ser feita em forma de varredura, por 5 minutos, 
por hemiface.
O led com luz visível âmbar estimula a organela ribossômica, otimizando a 
síntese de colágeno; espessamento homogêneo não térmico das fibras adensadas, 
que confere ao rosto uma expressão saudável; estímulo ao metabolismo celular e 
iluminação facial.
O laser vermelho aumenta o metabolismo dos fibroblastos, com consequente 
aceleração na produção de fibras colágenas, otimização da circulação periférica, 
melhorando a nutrição celular. Utiliza-se uma dose de 2J/cm2, em modo de aplica-
ção pontual.
O laser infravermelho aumenta o metabolismo dos fibroblastos, com conse-
quente aceleração na síntese de fibras colágenas, altera a permeabilidade da mem-
brana plasmática das células favorecendo a permeação dos princípios ativos. Utili-
za-se uma dose de 2J/cm2, em modo de aplicação pontual.
Microagulhamento
O microagulhamento tem como pro-
posta estimular a produção de colágeno, 
sem provocar a retirada da epiderme, 
mantendo, dessa forma, a pele protegi-
da, hidratada e com menor chance de 
lesões, como discromias e desidratação. 
O equipamento para realizar o micro-
agulhamento é conhecido como Roller 
(Figura 9).
Figura 9
Fonte: Getty Images
20
21
Existem vários tipos de Roller no Mercado. Eles são fabricados em polietileno 
com agulhas de aço inoxidável e estéreis, que devem ser alinhadas simetricamente 
em fileiras.
Os equipamentos variam o número de agulhas entre 190 a 540 e o comprimen-
to da agulha varia de 0,2mm a 3,0mm.
A qualidade do Roller está diretamente relacionada à resposta ao tratamento. 
Ele deve ter registro na ANVISA. Muitos equipamentos que não possuem registro 
na ANVISA acabam prejudicando o resultado do tratamento e colocando em risco 
o cliente/paciente, pois possuem agulhas tortas, de comprimentos e diâmetros ina-
dequados, que podem levar a uma lesão não controlada e, ao invés de obtermos um 
processo de reparação tecidual, teremos um processo de cicatrização.
Os tamanhos de agulhas disponíveis no mercado são: 0,2; 0,3; 0,5; 1,0; 1,5; 
2,0; 2,5 e 3,0mm.
Atua como drug delivery (Sistema de Acesso Transdermal de Ingrediente) para 
aumentar a permeação dos princípios ativos dos cosméticos (os cosméticos devem 
ser fluídos ou em sérum com ativos lipossomados ou com nanotecnologia) e com a 
produção natural de colágeno por meio do processo de reparação tecidual.
A partir da perda da integridade da barreira cutânea, a dissociação dos querati-
nócitos, resulta na liberação das citocinas como a interleucina – 1ª, interleucina – 8, 
TNF – a e GM – CSF, o que causará vasodilatação dérmica e migração de querati-
nócitos para o reparo tecidual.
Temos 3 fases do processo: 
• Injúria: imediatamente após o microagulhamento, ocorre liberação de plaque-
tas e neutrófilos que são responsáveis pela liberação de fatores de crescimento;
• Fase de maturação: na qual ocorre a angiogênese, a epitelização e a prolifera-
ção de fibroblastos, com produção de colágeno, elastina, glicosaminoglicanos 
(gags). Essa fase inicia 5 dias após a injúria;
• Fase de remodelamento: na qual o colágeno tipo III é substituído pelo colá-
geno tipo I, que pode durar de 6 meses a 2 anos.
• Vantagens da técnica: baixo down time, segura em fototipo alto, ampla acei-
tação, excelente custo benefício, não remove a epiderme, diminuindo o risco 
de fotodano, desidratação.
No caso de drug delivery, pode ser usado associado a cosméticos.
O intervalo varia de acordo com o tamanho da agulha utilizada. Para agulhas 
até 3mm, pode ser usada até 3 vezes/semana, de 0,5mm a 1,5mm, em intervalo 
mínimo de 15 dias (tempo necessário para remodelação de colágeno) e acima de 
2,0mm a cada 6 meses, visto que as lesões são mais profundas.
Varia de 3 a 8 sessões, dependendo da intenção do tratamento. Após a aplica-
ção, sugere-se um intervalo de 24 horas para aplicação do FPS e da maquiagem.
Não se deve utilizar cremes ou máscaras calmantes após a aplicação, haja vista 
que o objetivo é manter um processo inflamatório na lesão, para a reparação tecidual.
21
UNIDADE Envelhecimento
Pode-se aplicar fluídos de colágeno, ácido hialurônico, fator de crescimento e 
vitamina C.
Sem associação cosmética, justifica-se o uso do microagulhamento pela libe-
ração dos fatores de crescimento plaquetário para homeostasia no processo de 
reparação tecidual.
Figura 10 – Microagulhamento facial
Fonte: Getty Images
Direção do microagulhamento: http://bit.ly/2NNLJsq
Ex
pl
or
Protocolo Cosmético para 
Rejuvenescimento Facial
• Aplicar a Espuma de Limpeza com ácido glicólico, realizando movimentos 
circulares. Remover com algodão umedecido;
• Aplicar esfoliante facial, realizando movimentos circulares;
• Retirar com algodão umedecido;
• Aplicar algodão umedecido em Tônico Pré-Peeling sobre a região a ser tratada;
• Aplicar ácido mandélico sobre a região a ser tratada e deixar agir por até 
10 minutos;
• Retirar com água abundante (*Observação: a tolerância ao ácido deve ser sem-
pre respeitada, havendo desconforto intenso antes do tempo indicado, neutra-
lizar o ácido imediatamente);
• Aplicar loção tônica hidratante em toda a face e deixar secar naturalmente;
• Aplicar o fluido de colágeno, com movimentos de massagem e pinçamentos;
• Aplicar FPS.
22
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Material

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