Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
● Conceito ➤ Processo Fisiológico: Cálcio ou sais é depositado naturalmente em ossos e dentes em situações necessárias. É um processo de mineralização dos tecidos duros. ➤ Processo Patológico: Cálcio ou sais é depositado em tecidos não osteóides (sem matriz óssea), podendo provocar lesão. É irreversível. ➤ Mineralização: Termo mais amplo que engloba a presença de outros sais minerais além do cálcio, como fósforo, cálcio e magnésio. ➤ Calcinose: Termo que envolve um processo sistêmico, com mineralização em vários tecidos. ● Metabolismo ➤ Normal do Cálcio: Cálcio é ingerido na alimentação e absorvido pelo intestino para a corrente sanguínea com auxílio da vitamina D. Em seguida, o cálcio é direcionado por proteínas plasmáticas até o seu depósito (osso ou dente), onde é captado por osteoblastos, que realiza a mineralização. Os osteoclastos e osteócitos fazem o papel inverso, captando o cálcio e sais da matriz. ● Macroscopia: Coloração branca e brilhante. A consistência é dura e range ao corte (como areia). ● Microscopia: Granular. Pode ser corado pela hematoxilina (roxo) ou von Kossa (preto). ● Classificação ➤ Distrófica ☞ Ocorrência: É necessária uma lesão prévia (degeneração ou necrose) e normocalcemia (nível normal de cálcio sanguíneo). ☞ Localização: Apesar de poder acontecer em qualquer tecido, sua frequência é maior em tecido muscular. ☞ Mecanismo Lesão celular: Degeneração ou necrose provocam desregulação da membrana plasmática, que permite a entrada de íons cálcio. Lá, o cálcio tem afinidade pela mitocôndria; e se une ao fosfato resultante da quebra de ATP formando o fosfato de cálcio. Essa molécula aglutina e permanece depositada. pH: um pH alcalino da célula estimularia a deposição de cálcio no tecido. ☞ Exemplos Tecidos necrosados: Necrose caseosa, parasitos mortos, trombos antigos, necrose da gordura. Tecidos degenerados: calcinose circunscrita, uremia, dura-máter, arteriosclerose. ➤ Metastática ☞ Ocorrência: É necessário o aumento da concentração de cálcio plasmático (hipercalcemia), e nenhuma lesão tecidual. Não é um processo comum. ☞ Localização: Encontrada com maior frequência em coração, rim, artérias e pulmão. ☞ Mecanismo Solubilidade do Cálcio++: O excesso de cálcio aumenta a sua solubilidade nos tecidos, facilitando a sua deposição. Proteoglicanos: O excesso de cálcio facilita a união com proteoglicanos, sendo depositado. ☞ Exemplos Excesso de Vitamina D: A hipervitaminose D provoca uma alta captação de cálcio pelo intestino, levando ao aumento de cálcio plasmático. Síndromes Paraneoplásicas: Um tumor pode ter repercussão sistêmica; onde produz proteínas com função idêntica ao paratormônio, que transfere o cálcio do osso e do dente para o sangue. Hiperparatireoidismo: Uma maior função da paratireoide, que produz paratormônio excessivamente. O primário é raríssimo, com tumor na paratireoide. O secundário nutricional envolve uma alimentação rica em fósforo e pobre e cálcio, levando a ativação de paratormônios para equilibrar o cálcio plasmático (já que o cálcio se ligou ao fósforo em excesso). O secundário renal envolve uma lesão no rim, dificultando a produção de vitamina D e consequentemente ativando a paratireoide. Insuficiência renal: mesmo mecanismo do secundário renal, explicitado no tópico anterior. O rim deixa de produzir a vitamina D e não exclui fósforo, ativando a paratireoide. ➤ Associada ao Consumo de Plantas Calcinogênicas ☞ Ocorrência: Plantas tóxicas, ex. Solanum malacoxylon (bovinos), Nierembergia veitchii (pequenos ruminantes). ☞ Mecanismo: As plantas tóxicas possuem fitosubstâncias idênticas à vitamina D3 (forma ativa da vitamina D). Em consequência, há hipercalcemia pela alta captação no intestino.
Compartilhar