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Introdução ao Sistema Digestório

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Unidade 1 1
Unidade 1
Created
Person Camilla Nunes
INTRODUÇÃO
💥 O sistema digestório é formado pelo trato digestório, composto pela: boca (cavidade oral), faringe, esôfago, 
estômago, intestino delgado e grosso, além das glândulas anexas, como o fígado 
Sistema digestório e sistema respiratório: tem em comum a faringe
>> Quais as principais funções do sistema digestório?
triturar e dissolver os alimentos, digestão com a absorção, eliminação das fezes através da defecação. Transforma os 
alimentos ingeridos para serem absorvidos
alimento → bolo alimentar (faringe)→ quimo (saindo do estômago) → bolo fecal (intestino delgado) → fezes
>> Comente as principais disfunções do sistema digestório
Azia, dispepsia (má digestão), SII
@August 9, 2021 9:52 AM
Unidade 1 2
>> Há correlação entre sintomas de mal funcionamento de órgãos do sistema digestório com órgãos de outros 
sistemas? Pode explicar com exemplos?
Sim. Por exemplo, dores nas costas, podem ser infarto ou dores gástricas. 
Atividade Unidade 1
“Úlcera péptica é a erosão em um segmento de mucosa gástrica que pode atingir a camada muscular da mucosa. No 
estômago, essa condição é conhecida como úlcera gástrica, e quando ocorre nos primeiros centímetros do duodeno, é 
denominada úlcera duodenal. Praticamente todas as úlceras são causadas por Helicobacter pylori ou uso de anti-
inflamatórios não esteroides (AINE). Os sintomas consistem, tipicamente, em dor epigástrica e queimação, que em geral é 
aliviada com a alimentação. O diagnóstico é por endoscopia e teste para Helicobacter pylori. O tratamento consiste em 
supressão ácida, erradicação de H. pylori (se presente) e abstenção do uso de AINE”.
VAKIL, N. Doença ulcerosa péptica. https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-
gastrointestinais/gastrite-e-doen%C3%A7a-ulcerosa-p%C3%A9ptica/doen%C3%A7a-ulcerosa-p%C3%A9ptica
“O gastrinoma, ou síndrome de Zollinger-Ellison, é um tumor produtor de gastrina geralmente localizado no pâncreas ou na 
parede duodenal. Hipersecreção de ácido gástrico e ulceração péptica refratária agressiva são os resultados. O diagnóstico 
se faz pela mensuração da gastrina sérica. O tratamento consiste em uso de inibidores da bomba de prótons e remoção 
cirúrgica”.
LIVSTONE, E. M. Gastrinoma. https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/tumores-
do-trato-gastrointestinal/gastrinoma?query=Zollinger-Ellison.
Baseado nas informações dos textos e em seu conhecimento, estabeleça uma relação entre a regulação neuro-
hormonal da mucosa gástrica e duodenal com a doença ulcerosa péptica.
A relação entre os dois pontos, a regulação neuro-hormonal da mucosa gástrica e duodenal, com a úlcera péptica é baseada 
no fato que, quando nos alimentamos ou mesmo quando temos estímulos sensoriais ou pensamentos em relação a algum 
alimento, nosso sistema nervoso já envia comandos, que irão aumentar a liberação de acetilcolina e também, um aumento na 
secreção de gastrina e ácido gástrico (aumento no fluxo parassimpático excitatório) e após, de fato, consumirmos o alimento 
em questão, teremos maior liberação de secreção ácido gástrica, para que possamos realizar a digestão de fato e todos os 
processos envolvidos.
Falando de modo bem resumido, nós temos dois sistemas atuando em nosso trato gastrointestinal, o sistema nervoso 
autônomo (parassimpático e simpático) e o sistema nervoso entérico e, caso haja algum desequilíbrio por diversos motivos, o 
sistema nervoso autônomo pode prevalecer sob a função do sistema nervoso entérico e causar alguma modificação no 
processo de digestão. 
Caso tenhamos outros hábitos associados (por ex, abuso de AINEs, tabagismo ou abuso de bebidas alcoólicas, infecção por 
H. pylori, estresse, etc) e não estivermos com nosso revestimento do trato digestivo normal, não estivermos com um 
estômago ou duodeno saudável, podemos ter uma probabilidade maior de desenvolver úlcera péptica, pois os ácidos 
estomacais são bem agressivos e poderão "destruir" a nossa parede estomacal/duodeno.
Resumo dos tecidos - não entra no estudo da unidade
Unidade 1 3
UNIDADE 1
Organogênese do sistema digestório
Resumo - Gastrulação
Processo que marca o início da 3ª semana do desenvolvimento embrionário. Nesta fase, o rápido desenvolvimento 
do embrião a partir do disco embrionário trilaminar é caracterizado por:
Aparecimento da linha primitiva.
Desenvolvimento da notocorda.
Unidade 1 4
Diferenciação das três camadas germinativas.
A 3ª semana do desenvolvimento fetal coincide com a semana seguinte à primeira ausência do período menstrual, 
em outras palavras, corresponde a 5 semanas após o primeiro dia do último ciclo menstrual normal.
A gastrulação consiste no processo pelo qual as três camadas germinativas – que são as precursoras de todos os 
tecidos embrionários e a orientação axial – são estabelecidos nos embriões.
Durante essa fase, o disco embrionário previamente bilaminar (epiblasto e o hipoblasto) é convertido em um disco 
embrionário trilaminar (ectoderma, mesoderma e endoderma).
Grandes mudanças na forma celular, reorganização, movimentação e alterações nas propriedades das proteínas de 
adesão celular contribuem substancialmente para este importante processo.
A gastrulação é o marco que dá início à morfogênese (isto é, o desenvolvimento da forma do corpo do embrião) e é o 
evento mais importante que ocorre durante a 3ª semana e é mediado por inúmeras proteínas morfogenéticas ósseas 
e/ou outras moléculas de sinalização (como, FGF – fator de crescimento do fibroblasto, SHH– sonic hedgehog). 
Durante essa semana, o embrião é referido como uma gástrula.
Cada uma das três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) dá origem a tecidos e órgãos 
específicos, conforme o embrião se desenvolve.
Ectoderma embrionário: dá origem à epiderme, aos sistemas nervosos central e periférico, aos olhos e ouvidos 
internos, às células da crista neural e a muitos tecidos conjuntivos da cabeça.
Endoderma embrionário: consiste na fonte dos revestimentos epiteliais dos sistemas respiratório e digestório, 
incluindo as glândulas que se abrem no trato digestório e as células glandulares de órgãos associados ao trato 
digestório, como o fígado e o pâncreas.
Mesoderma embrionário: origina todos os músculos esqueléticos, às células sanguíneas, ao revestimento dos 
vasos sanguíneos, à musculatura lisa das vísceras, ao revestimento seroso de todas as cavidades do corpo, aos 
ductos e órgãos dos sistemas genitais e excretor e à maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, ele é a 
fonte de todos os tecidos conjuntivos, incluindo cartilagens, ossos, tendões, ligamentos, derme e estroma (tecido 
conjuntivo de suporte, sem função de parênquima) dos órgãos internos.
O desenvolvimento do sistema digestório inicia-se durante a 4ª semana de gestação, com a formação do intestino 
primitivo (que ocorre quando o endoderma e a parte do saco vitelínico são incorporados pelas pregas cefálicas, laterais e 
caudais durante o dobramento do embrião). 
O estudo do desenvolvimento do intestino primitivo e derivados, é segmentado em 4 partes:
O intestino anterior é subdivido em: intestino faríngeo e a porção caudal
Seguida, pelo intestino médio 
Unidade 1 5
Seguida, pelo intestino posterior
Intestino anterior:
Intestino faríngeo
delimitado, anteriormente, pela membrana orofaríngea e continua até o divertículo respiratório.
Após essa região, o restante do intestino anterior tem uma posição caudal ao tubo faríngeo e prolonga-se até a 
evaginação hepática.
Porção caudal
O desenvolvimento do intestino anterior originará diversos órgãos do sistema digestório:
Esôfago
Forma-se a partir da separação do divertículo respiratório da porção dorsal do intestino anterior.
Essa separação ocorre durante a 4ª semana de gestação, com o desenvolvimento do septo traqueoesofágico, 
que separa esse divertículo da porção dorsal do intestino anterior.
Após essa divisão, forma-se na porção ventral, o primórdio respiratório(dará origem a traqueia e brotos 
pulmonares) e porção dorsal (esôfago)
Inicialmente, o esôfago é curto, porém se alongará devido ao crescimento e descida do coração e pulmões.
O esôfago atinge seu comprimento final durante a 7ª semana de gestação.
O epitélio que reveste o esôfago e suas glândulas, derivam do endoderma.
O músculo estriado que forma a camada muscular externa do terço superior do esôfago é derivado do 
mesênquima, do 4º ao 6º arco faríngeo
O músculo liso, presente no terço inferior do esôfago, origina-se do mesênquima esplâncnico.
Estômago
Durante a 4ª semana de gestação, a região do intestino anterior, localizado abaixo do esôfago, apresenta uma 
dilatação fusiforme no plano mediano, que indica o local do estômago primitivo.
Com o avançar do desenvolvimento, o controle da proliferação celular ocorre de maneira diferente nas várias 
regiões das paredes do estômago, fazendo com que haja maior crescimento da borda dorsal, em relação a borda 
ventral. Esse fenômeno demarca a formação da grande curvatura do estômago.
Além disso, o estômago apresenta uma modificação da sua posição, girando 90º no sentido horário, ao redor do 
seu eixo longitudinal.
Após a rotação, ocorre a movimentação do estômago ao longo do eixo anteroposterior, fazendo com que a região 
cardíaca ou cefálica mova-se para a esquerda e levemente para baixo e a porção pilórica ou caudal mova-se 
para a direta e cima.
Unidade 1 6
Duodeno
Formação na 4ª semana, ocorre a partir do desenvolvimento da região caudal do intestino anterior e da porção 
cranial do intestino médio.
O epitélio e as glândulas são originadas do endoderma
O tecido muscular é derivado do mesênquima esplâncnico, associado ao endoderma das porções do intestino 
primitivo.
Com a proliferação das células, o duodeno alonga-se, formando uma alça em formato de C, que se posiciona 
ventralmente e à medida que o que o estômago rotaciona
A alça duodenal gira para a direita e vai se localizar retroperitonealmente.
Durante a 4ª e a 6ª semanas, a luz do duodeno é obliterada, devido à proliferação de suas células epiteliais, 
recanalizando normalmente no final do período embrionário
As glândulas acessórias, também se originam dessa porção do intestino primitivo:
Fígado
Assim como os ductos hepáticos, vesícula biliar e ducto biliar, origina-se a partir do primórdio hepático (presente 
na 3ª semana) caracterizado por uma protuberância do epitélio endodérmico (localizado na extremidade distal do 
intestino anterior)
Vesícula biliar
Pâncreas
Desenvolve-se a partir dos brotos pancreáticos dorsal e ventral, ambos originados do revestimento endotelial do 
duodeno, localizados na porção caudal do intestino anterior.
No 3º mês de gestação, as ilhotas pancreáticas diferenciam-se a partir do tecido pancreático parenquimatoso 
(derivado do endoderma) e o mesoderma visceral, localizados em torno dos brotos pancreáticos e formam o 
tecido conjuntivo pancreático.
Intestino médio e posterior:
Estruturas que se originam do intestino médio: abrange a região entre o broto hepático (caudal) e a junção dos 
dois terços direitos com o terço esquerdo do colo transverso no adulto.
O desenvolvimento do intestino médio originará o intestino delgado, o ceco, o apêndice, o colo ascendente e a 
metade a dois terços do colo transverso.
Quanto ao intestino posterior: ele abrange a região compreendida entre o terço esquerdo do colo transverso até a 
membrana cloacal. 
Unidade 1 7
Em relação às estruturas, o intestino posterior irá formar o terço distal do colo transverso, o colo descendente, o 
sigmoide, o reto e à porção superior do canal anal.
Principais funções do sistema digestório
🗯 A principal função consiste na obtenção de moléculas necessárias para o crescimento, manutenção e 
obtenção de energia do organismo, por meio dos alimentos ingeridos durante as nossas refeições. 
Sistema responsável por degradar o alimento que comemos e preparar esse alimento, para que este seja 
usado pelas nossas células
Como os alimentos são processados pelo nosso organismo, para que essas moléculas 
sejam absorvidas? Como essas moléculas são capazes de nos fornecer energia?
Processo de digestão
Quebra do alimento em moléculas menores, passíveis de serem absorvidas pelo revestimento do trato digestório, 
principalmente, pelo intestino delgado.
Produção de moléculas na digestão
Os alimentos são formados, principalmente, por grandes moléculas de proteínas, lipídios e carboidratos complexos.
A digestão das proteínas irá dar origem aos aminoácidos.
A digestão dos lipídios, produzirá moléculas de ácidos graxos.
A digestão dos carboidratos complexos (polissacarídeos) fornecerá os carboidratos simples (monossacarídeos).
As micromoléculas provenientes da digestão das macromoléculas, são capazes de serem absorvidas pelo 
revestimento do intestino delgado, passando para o líquido intersticial. 
De lá, elas vão para o sangue ou para a linfa e são distribuídas para todo o corpo, sendo utilizadas em diversas 
funções envolvidas no crescimento e manutenção do organismo.
Digestão mecânica e digestão química
Os alimentos também são importantes fontes de água, vitaminas e sais minerais, que também são absorvidos pelo 
epitélio dos órgãos do sistema digestório.
O processo de digestão envolve dois principais mecanismos:
Digestão mecânica: alimentos são reduzidos a tamanhos menores, por processos físicos.
O processo de digestão começa na boca, quando o alimento é triturado com o auxilio dos dentes.
Digestão química: alimentos são envolvidos por saliva, que possui uma enzima responsável por degradar as 
moléculas de açúcares.
A digestão química envolve a participação de proteínas com capacidade enzimática.
Continuando a trajetória dos alimentos pelo trato digestório.
1. Após a passagem pela boca, o alimento é conduzido ao estômago, por um tubo oco, o esôfago
2. No estômago, o alimento é transformado em seus elementos básicos, processo que continua na 1ª porção do 
intestino delgado, o duodeno
3. No intestino delgado, ocorrerá a absorção dessas micromoléculas, pelo epitélio de revestimento desse órgão
4. O produto da digestão é conduzido para o intestino grosso, onde ocorrerá a absorção de água.
Composição anatômica e estrutura geral do sistema digestório
🗯 O sistema digestório é formado pelo trato digestório e pelas glândulas acessórias (órgãos anexos) 
>> trato digestório: cavidade oral, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso, reto e ânus. 
>> glândulas acessórias: glândulas salivares, fígado e pâncreas.
Unidade 1 8
Estômago: localizam-se as glândulas que produzem o suco gástrico e também produz uma nova camada de muco a 
cada 2 semanas, protegendo as paredes do estômago das pepsinas e ácido clorídrico. Pode ser dividido em 4 partes:
Cárdia
Fundo gástrico
Corpo 
Piloro
Pâncreas: Tem duas funções diferentes: a endócrina e a exócrina e é dividido em 3 regiões:
Cabeça
Corpo 
Cauda
Intestino grosso: porção final do trato digestório, responsável pela formação da massa fecal e está dividido em 4 
partes:
Ceco
Cólon
Reto
Ânus
Fígado: responsável pela regulação do metabolismo de vários nutrientes e atua na síntese de proteínas e outras 
moléculas, degradação de hormônios, armazenamento de substâncias (glicogênio) e excreção de substâncias 
tóxicas.
Vesícula biliar: função de armazenar a bile, produzida no fígado, para a digestão de gorduras no intestino. Tem a 
forma de saco e está localizada abaixo do lobo direito do fígado.
Intestino delgado: tem formato tubular e abrange uma área desde o estômago, até o intestino grosso. É composto 
de 3 partes distintas:
Duodeno
Jejuno
Íleo
Unidade 1 9
O trato digestivo é formado por um tubo oco, com todos os órgãos revestidos por 4 camadas distintas:
Camada mucosa
encontra-se em contato com o lúmen dos órgãos. É formada externamente pelo epitélio de revestimento, que terá a 
sua composição alterada de acordo com o órgão.
Abaixo do epitélio, existe a lâmina própria, constituída de tecido conjuntivo frouxo,com alguns vasos sanguíneos e 
linfáticos e células musculares lisas.
Separando a camada mucosa da submucosa, tem a estrutura muscular da mucosa, constituída de 2 camadas 
delgadas de células musculares lisas, a camada circular intensa e a longitudinal externa.
1 Tecido epitelial (barreira, absorção, secreção de enzimas), 2 lâmina própria (vasos sanguíneos e linfáticos) 3 
camada muscular da mucosa (limite da mucosa e submucosa)
Camada submucosa
Formada principalmente por tecido conjuntivo denso não modelado (rico em fibras elásticas e colágenas), com 
abundância de vasos sanguíneos e linfáticos.
Nessa região, também ocorre a presença de glândulas, tecido linfoide e de um plexo nervoso submucoso.
Camada muscular
Localizada logo após a submucosa, é constituída de tecido muscular liso. Dividida em 2 subcamadas, de acordo com 
a orientação das fibras musculares.
Subcamada interna (mais próxima ao lúmen): fibras possuem orientação circular
Subcamada externa: fibras possuem orientação longitudinal.
Entre as camadas de células musculares, há a presença de plexos nervosos e uma delgada camada de tecido 
conjuntivo com vasos sanguíneos e linfáticos.
Camada serosa
Externamente, os órgãos do trato digestório, são revestidos pela serosa, que é constituída por tecido conjuntivo 
frouxo, delimitado por um epitélio simples pavimentoso (mesotélio).
Unidade 1 10
Estrutura e função da cavidade oral, faringe e esôfago
Cavidade oral:
Os primeiros estágios da digestão, iniciam-se com a mastigação e a secreção da saliva, por 3 pares de glândulas 
salivares.
As glândulas sublinguais estão localizadas abaixo da língua e as glândulas submandibulares e as parótidas, são 
encontradas abaixo do osso maxilar e perto da articulação da mandíbula, respectivamente.
A camada mucosa da cavidade oral é revestida por epitélio pavimentoso estratificado, que pode ser corneificado ou 
não.
Epitelio cornificado é encontrado na gengiva e no palato duro.
O não cornificado é encontrado no palato mole, lábios, bochecha e assoalho da boca. 
Língua:
Dividida em corpo e raiz.
Função de realizar processos mecânicos, movimentos que ajudam na mastigação e deglutição, percepção sensorial, 
temperatura e gustação e secreção de proteínas (lipases linguais liberadas pelas glândulas serosas).
Receptores gustatórios são encontrados ao longo das margens das papilas linguais.
Formada por tecido muscular esquelético, organizado em 3 diferentes camadas com orientações distintas.
Dentes:
Envolvidos na trituração dos alimentos.
Os adultos possuem normalmente, 32 dentes permanentes, organizados em 2 arcos bilaterais sobre os ossos maxilar 
e mandibular.
Cada dente é dividido em coroa - acima da gengiva e raiz - abaixo da gengiva.
A formação interna é composta do, esmalte (tecido mineralizado), dentina e polpa.
Faringe:
Região de transição entre a cavidade oral e o trato respiratório e digestório.
Órgão comum tanto ao sistema digestório, quanto ao respiratório.
Dividida em 3 regiões:
Nasofaringe:
Porção superior da faringe. Comunica-se com as cavidades do nariz (por meio das coanas) e com as orelhas médias 
(pela tuba auditiva de cada lado).
A faringe próxima a cavidade nasal, é revestida pelo epitélio simples cilíndrico pseudoestratificado com células 
caliciformes ou epitélio respiratório.
Unidade 1 11
Orofaringe: 
Intermediária entre as outras regiões. Comunicando-se com a abertura da boca, através da região istmo das fauces.
Laringofaringe:
Comunica-se com a entrada da laringe (sistema respiratório) e mais abaixo com a abertura do esôfago.
Revestida por epitélio pavimentoso estratificado e não queratinizado (corneificado)
Esôfago:
Tubo muscular que conduz alimentos sólidos e líquidos da faringe ao estômago.
A entrada e saída dos alimentos do esôfago é controlada pelo esfíncter esofágico superior e inferior.
Apresenta, aproximadamente, 25cm de comprimento e cerca de 2cm de diâmetro; é constituído pelas mesmas 
camadas estruturais dos demais órgãos do trato digestório, com algumas especificidades.
A mucosa é revestida por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado ao longo de toda a estrutura.
Na submucosa, existem grupos de glândulas secretoras de muco (glândulas esofágicas). O produto dessas glândulas 
(muco), possui função de lubrificar o bolo alimentar e proteger a mucosa do atrito.
Outras glândulas envolvidas na secreção dessa substância estão localizadas na túnica própria da mucosa na porção 
do esôfago próximo ao estômago (cárdia), sendo denominadas glândulas esofágicas da cárdia.
A camada muscular do esôfago apresenta variação do tipo de tecido muscular ao longo de sua extensão:
Região proximal: ambas camadas são compostas por tecido muscular estriado esquelético.
Região medial: mistura de tecido muscular estriado esquelético, com tecido muscular liso
Região distal: há apenas musculatura lisa.
A camada serosa está presente somente na parte do esôfago localizada na cavidade peritoneal, sendo o restante 
envolvido pela adventícia (composta por tecido conjuntivo - sem epitélio de revestimento)
Fisiologia da mastigação e deglutição
Mastigação:
Alimento é triturado na boca e pressionado entre o vestíbulo da boca e o restante da cavidade oral. 
O movimento é consequente da atividade dos músculos da mastigação, bochechas, lábios e língua.
Depois de processado, a língua inicia a compactação dos fragmentos do bolo alimentar para ser deglutido.
Deglutição:
Inicialmente, possui controle voluntário, seguido de etapas involuntárias.
1. Fase oral: 
a. Voluntária
b. Tem início com a compressão do bolo alimentar no palato duro e em seguida, a retração da língua que o 
força na direção da faringe, o que eleva o palato mole e isola a parte nasal da faringe
2. Fase faríngea:
Unidade 1 12
a. Ao atingir a porção oral da faringe, começam movimentos reflexos para direcionar o bolo alimentar para o 
esôfago (bolo alimentar entra em contato com os arcos palatoglosso e palatofaríngeo)
b. A faringe e a laringe são elevadas pelos músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo e a epiglote abaixa para 
direcionar o bolo alimentar para a parte laríngea da faringe.
c. São necessários menos que 1 segundo para que os músculos constritores da faringe levem o bolo alimentar 
em direção ao esôfago e nesse momento, a respiração é interrompida, pois o centro respiratório (localizado 
no tronco cerebral) é inibido.
3. Fase esofágica:
a. Inicia-se com a abertura do esfíncter esofágico superior.
b. O bolo alimentar é transportado pelo esôfago, por meio de movimentos peristálticos promovidos pela 
contração das camadas musculares do esôfago, até promover a abertura do esfíncter esofágico inferior e 
atingir o estômago.
Estrutura e função do estômago, intestino delgado e intestino grosso
Estômago:
Segmento dilatado do trato digestório.
É dividido anatomicamente em 4 regiões:
Apresenta a estrutura histológica apresentada para os outros órgãos do trato gastrointestinal, sendo dividida em: mucosa, 
submucosa, muscular e serosa.
Mucosa gástrica: é revestida por epitélio simples colunar, este sofre invaginações em direção a sua lâmina própria, 
formando depressões (fossetas gástricas) nas quais são liberadas secreções produzidas pelas glândulas ramificadas 
gástricas.
Quando a superfície luminal do epitélio do estômago é observada em pequeno aumento, pode-se observar a abertura 
das fossetas gástricas, com formato circular ou ovoide.
As células desse epitélio sintetizam um muco alcalino, que possui função de proteger o tecido de revestimento da 
acidez do ácido clorídrico, e das enzimas digestivas (pepsina, lipase lingual e gástrica)
Quando ocorre erosão em um segmento de mucosa gástrica, acontecerá uma úlcera péptica. Caso essa lesão se 
localize no estômago, será denominada de úlcera gástrica e no duodeno, úlcera duodenal.
Agentes causadores de úlceras: Bactéria H Pylori, etanol ou uso de antiinflamatórios não esteroides, que inibem a 
produção de prostaglandinas do tipo E (importantes para a alcalinizaçãoda camada de muco)
Sintomas: dor epigástrica, queimação
A lâmina própria do estômago é composta por tecido conjuntivo frouxo, contendo células musculares lisas e linfoides. 
Essa região é separada da camada submucosa adjacente, pela muscular da mucosa, que consistem em associação 
de fibras de células musculares lisas.
Cárdia (mais próxima do esôfago)
Unidade 1 13
Mucosa apresenta glândulas tubulares simples ou ramificadas, que secretam muco e lisozima e poucas 
células parietais ou oxínticas
Fundo e corpo
Maior quantidade de glândulas na lâmina própria da mucosa
Istmo: Região proximal da glândula. Possui células tronco - células mucosas que irão substituir as células 
da superfície das fossetas (produtoras de muco alcalino); e as células parietais ou oxínticas, que 
produzem os íons H+ e Cl- para a formação do ácido clorídrico.
Colo: Região media da glândula. Possui células tronco, células mucosas do colo, grande quantidade de 
células parietais ou oxínticas e as células enteroendócrinas.
Base: Região basal da glândula. Constituída principalmente pelas células parietais (oxínticas), células 
zimogênicas e células enteroendócrinas.
Piloro (mais próxima ao duodeno)
Possui fossetas gástricas profundas e glândulas mais curtas (estas secretam muco e lisozima)
Possui grande quantidade de células neuroendócrinas produtoras de gastrina.
Células envolvidas no processo de digestão:
Células parietais: produzem os íons H+ e Cl-  que irão formar o ácido clorídrico. A atividade secretora das 
células parietais é regulada pelo sistema parassimpático, histamina e pela gastrina (secretada pelas células 
enteroendócrinas).
Células zimogênicas: produzem o pepsinogênio, que ao entrar em contato com o líquido gástrico ácido do 
estômago, são ativadas em pepsina, responsável pela digestão de proteínas. Essas células também 
produzem a lipase gástrica, que atuará na digestão dos lipídios. Existem diversos tipos de células 
neuroendócrinas no estômago. As células A estão envolvidas na síntese de glucagon, atuantes na 
glicogenólise hepática. As células G sintetizam gastrina, que estimulam as células parietais a produzirem 
ácido clorídrico. As células D produzem a somatostatina, que atua localmente, inibindo outras células 
endócrinas, tais como as células G.
Além da camada mucosa, o estômago possui a camada submucosa composta principalmente por tecido conjuntivo 
denso, vasos sanguíneos e linfáticos. Possui, ainda, três camadas musculares e é revestido externamente por uma 
serosa.
Funções exócrinas: 
Diretamente relacionadas a digestão dos alimentos (digestão mecânica e química)
O estômago continuará a digestão de carboidratos, iniciado na boca, pela enzima amilase salivar
As glândulas gástricas sintetizarão o ácido clorídrico, responsável pela acidificação do líquido gástrico, ativando 
enzimas (pepsina) que atuarão no inicio da digestão de proteínas.
A digestão de lipídios também é continuada no estômago, devido a atuação da lipase gástrica (digestão dos TG 
também é realizada pela lipase lingual)
Funções endógenas
Intestino delgado:
Funções: 
Recebe secreções do fígado e pâncreas, absorve os nutrientes
Produz o quimo e transporta resíduos para o intestino grosso e impede refluxo do intestino grosso
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Envolvido, principalmente, na finalização do processo de digestão das macromoléculas e na absorção dos nutrientes 
provenientes desse processo, pelas células de revestimento.
Possui cerca de 5m de comprimento e é dividido em 3 regiões: duodeno, jejuno e íleo
A estrutura morfológica é adaptada ao processo de absorção de nutrientes. O intestino possui diversas estruturas 
que proporcionam o aumento da superfície de contato com as substâncias e, consequentemente, de absorção dos 
nutrientes.
Na camada mucosa, existem projeções alongadas em direção ao lúmen do intestino (vilosidades intestinais). estas, 
possuem formato de folhas no duodeno e passam a ter formato de dedos no jejuno e íleo. A superfície dessas 
vilosidades é revestida por epitélio colunar simples com borda em escova, constituído principalmente por células 
absortivas, que possuem microvilosidades na superfície apical.
Além de absorver os nutrientes, as células absortivas secretam dissacaridases e dipeptidades, finalizando a digestão dos 
dissacarídeos e dipeptídeos. Entre as vilosidades, numa região denominada cripta, as glândulas intestinais liberam o seu 
conteúdo.
Além das células absortivas, outros tipos celulares são encontrados na mucosa, dentre eles:
células caliciformes: presentes entre as células absortivas, possuem a função de produção de muco, com a finalidade 
de proteger o epitélio;
célula de Paneth: localizada na base das glândulas intestinais, são responsáveis pela produção de lisozima, que 
exerce papel no controle da microbiota intestinal.
Na camada submucosa do duodeno, existe uma grande quantidade de glândulas, denominadas glândulas duodenais, ou 
glândulas de Brunner, cujo produto de secreção é mucoso e alcalino (pH 8,1 – 9,3). Esse muco protege a mucosa do 
duodeno contra a acidez do liquido gástrico e também possui a importante função de neutralizar o pH do quimo, 
possibilitando a atuação das enzimas liberadas pelo pâncreas, no duodeno.
O pâncreas é uma glândula anfícrina, sua parte exócrina produz o suco pancreático, que contém enzimas digestivas, 
liberadas no duodeno. As principais enzimas digestivas do suco pancreático são: a amilase pancreática (digestão de 
carboidratos), lipase pancreática (lipídeos), tripsina e quimotripsina, ambas atuantes na digestão de proteínas.
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Para a atuação da lipase pancreática na digestão dos lipídeos, é necessário que haja a liberação de bile, pelo ducto 
hepático comum, no duodeno.
A bile é uma substância produzida pelos hepatócitos do fígado, armazenada na vesícula biliar, e atua no duodeno no 
processo de emulsificação dos lipídeos. Vamos agora saber mais sobre o intestino grosso. Continue com atenção!
Intestino Grosso:
Funções: absorção de água, produção de muco e formação da massa fecal - recebe os resíduos e faz a absorção de 
água e eletrólitos, não faz a digestão.
Anatomicamente, ele é dividido em três partes:
O ceco é o local de conexão com o intestino delgado, nessa região, também está presente um prolongamento em 
forma de tubo, o apêndice vermiforme. 
O cólon subdivide-se em quatro partes: cólon ascendente ou direito, cólon transverso, cólon descendente ou 
esquerdo e cólon sigmoide. 
O reto apresenta uma dilatação chamada ampola retal, cujo alargamento gera o ato de defecação; o ânus encontra-
se fechado, por um músculo chamado esfíncter anal, situado à sua volta, em forma de anel.
Ao contrário do intestino delegado, o intestino grosso não apresenta vilosidades e tampouco pregas na sua mucosa. 
As glândulas são longas, com grande quantidade de células caliciformes (produtoras de muco), células absortivas com 
microvilosidades na sua superfície, e algumas células enteroendócrinas. 
Na submucosa do intestino grosso, ocorre a presença de grande quantidade de tecido linfoide, que está relacionada com 
a grande quantidade de bactérias nessa região.
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