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TXXIV Larissa Cardeal 3. VIAS NERVOSAS DA DOR: ANALGÉSICOS OPIÓIDES - as vias da dor possuem uma via ascendente e uma descendente - a farmacologia atua sobre a via ascendente - os opióides advém da papoula (planta) - a substancia P é a responsável pela produção do mecanismo de dor - os opióides e opiáceos atuam sobre a substância p e sobre outros mecanismos da dor - dor é SUBJETIVA > nunca menosprezar as queixas do paciente * opióides produzem estados de euforia, gerando uma impressão de bem estar * antidepressivos atuam sobre as vias da serotonina e da noradrenalina, funcionam também como analgésicos, atuam sobre mecanismos da dor - estímulo nóxico = estímulo de dor - dores inflamatórias se resolvem muito bem com antiinflamatórios * dor > mediada por prostaglandinas > fármacos que atuam sobre esse mecanismo de dor, auxiliam > analgésicos comuns, a exemplo da dipirona - opióides atuam bem em dores neuropáticas > há situações pós cirurgia que a dipirona dá conta de resolver a dor do paciente, em decorrência de a dor ser local, e não neuronal - hipersensibilidade à dor > muito relacionada à alterações de funções de informação > a algesia passa a se manifestar em decorrência de alguma alteração na sensibilidade de algum local funcional - a nocicepção é individual > cada indivíduo tem o seu - prostaglandina e dopamina são produtores de hiperalgesia > antiinflamatórios não esteroidais são bons para esse caso - em casos de dor instalada, não recomenda-se uso de dose única, mas sim, de dose constante TXXIV Larissa Cardeal > obs: a maioria das dores passam pela via neuronal | processos crônicos, a exemplo de CA, não envolvem a via neuronal, central >> ainda assim, os opióides atenuam muito as dores | os opióides atuam a nível periférico e a nível central - há inúmeros mediadores da dor - ocorre ativação de cascatas > complemento, inflamação e lesões celular, que induzem à sensibilização à substâncias algésicas (prostaglandinas, serotinina) > esse processo se resolve ou se cronifica - nem toda dor crônica tem origem central > pode ser que haja dor crônica por mecanismo inflamatório || deve-se tratar primeiro a inflamação - obs: pregabalina trata-se de uma droga de ação central que altera canais iônicos, inclusive de sódio > sua aplicação é como anticonvulsionante, mas desempenha importante papel como analgésico - obs: antidepressivo tricíclico pode ser empregado como analgésico em casos de dores de cabeça - vias ascendente e descendente da dor - estímulo periférico > medula > tronco cerebral > tálamo > córtex >>> PERCEPÇÃO CENTRAL || analgésicos centrais atuam sobre a via ascendentes (aferentes) da dor - vias aferentes são ligadas entre si, que sinalizam da periferia ao SNC - estímulo nóxico > propagação do estímulo que excita neurônios de transmissão > dor * há substâncias excitatórias que auxiliam no mecanismo da dor >> nos quais os AINEs podem atuar > AINEs inibem liberação de mediadores da dor - obs: a depender do local que a serotonina atua, pode atuar como inibidor ou produtor da dor > esse processo não ocorre de forma direta > a serotonina estimula as fibras C >> isso se trata de uma maneira indireta da dor, visto que a estimulação das fibras C gera DOR > a maior atividade da serotonina é a via descendente, na qual inibe o mecanismo da dor > antidepressivos atuam sobre a NOR > a categoria dos tricíclicos, diminuem a captação de NOR > o maior nível de NOR evita a excitação de neurônios de transmissão, o que contribui com a analgesia * obs: a subst. P é liberada a partir de estímulos nociceptivos - opiáceo > vem da planta | opióide > genérico || diminuem liberadores neuropeptídicos; inibem porção excitatória de várias substâncias de mediação álgica (entre elas, a subst. P) TXXIV Larissa Cardeal || estimulam as vias inibitórias descendentes > Inibem a via ascendente e estimulam a via descendente (que se trata de uma via algésica) || o principal papel é o de inibir a via ascendente, que trata- se de uma via de dor * pregabalina consegue potencializar o GABA > por esse motivo funciona bem no auxílio de situações de dores - almidazolan (dormonid) muito utilizado para potencializar a GABA >> não é analgésico - todos esses transmissores podem auxiliar no mecanismo de dor - cafeína realiza vasoconstrição cerebral – atua sob os receptores de adenosina > pode auxiliar no mecanismo da dor por esse fator - opióides endógenos são liberados em mecanismos de dor > são liberados em situação de dor e de prazer | atividade física gera liberação desses peptídeos opióides - alodinia trata-se de uma resposta neurológica dolorosa a estímulos que naturalmente não são provocadores de dor - o sistema ascendente é produtor do mecanismo de dor - alodinia > indivíduo tem resposta, mas sem ter obtido o estímulo da dor | ex: tumores - a hiperalgesia depende de mecanismos periféricos que são provocados > “subida” da dor; gerada por um estímulo nóxico - os anestésicos possuem ação local - AINEs são os corticoides > atuam sobre inflamações, atuam sobre COX >> envolvem mecanismos agudos de dor - clonidina > agonista alfa-2 – não se trata de um analgésico, trata-se de um sedativo – a partir disso, ocorre diminuição da liberação da NOR - presedex > agonista alfa-2 - anandamina > canabinóide endógeno > se liga aos receptores B1 e B2 - agonistas de serotinina > pensando na via eferente - antiarrítmicos > lidocaína – anestésico local TXXIV Larissa Cardeal - gabapentina > parecida com a pregabalina > acentua a atividade gabaérgica, que pode atenuar processos de dor || dores articulares - ISRS > inibidores seletivos da receptação de serotonina - obs: dores fantasma > preferência a analgésicos opióides que induzem menos à dependência – ex: tramadol - lamotrigina trata-se de um medicamento utilizado para transtornos bipolares > atua sobre canais iônicos - anestésicos locais atuam sobre canais de Na locais – acabam tendo ação sistêmica como efeito adverso > o que pode gerar problemáticas associadas > obs: gelol/sprays de atletas > têm salicilato de metila – AINE > ação local || ação sistêmica muito pequena - lidocaína é utilizada localmente para realização de suturas, como anestésico local > deve chegar no nervo para que a ação ocorra || lidocaína promove taquicardia a nível sistêmico - propofol, quitalina > anestésicos gerais – que são divididos em halogenados (fases) ou endovenosos - analgésicos não opióides > AINEs > paracetamol, dipirona, ácido acetilsalicílico * obs: intubação – uso de bloqueador neuromuscular – receptor nicotínico de músculo esquelético - bloqueadores de canais de Na > são anestésicos locais >> não atua sobre Nt centrais - celecoxibe > AINE seletivo > atua apenas sobre a COX-2 - dores moderadas e intensas são melhor resolvidas com opióides - dores leves podem ser contornadas com AINEs > dipirona e paracetamol - obs: opióides atuam a nível central e periférico - acetominofeno = paracetamol - celecoxibe (princípio ativo do Celebra) > AINE seletivo – inibe COX-2 TXXIV Larissa Cardeal - AINEs existentes no mercado - seletivos: celecoxibe, e outros – atuam sobre COX-2 - tramadol trata-se de um opióide, que difere dos demais pela menor tendência de causar dependência > ligado a ações que modulam a adrenalina e serotonina e possui mesmos mecanismos de opióides nos mecanismos da dor – na medula e no córtex – atuam sobre receptores u (mì) >> opióides são agonistas de receptores u >> quando são ativados, os nt desenvolvedores da dor (ex: subst. P) não são liberados - agonistas de receptores u > benefícioda analgesia, mas com efeitos adversos, que variam entre os pacientes - extração do ópio da papoula > produção de fármacos e de heroína - são utilizados pré e pós cirúrgicos - a papa deriva a morfina, o ópio e a heroína - possuem facilidade de gerar dependência > dependência por opióides é comum em meios de saúde - obs: potencial de dependência com antidepressivos é menor do que os de ansiolíticos TXXIV Larissa Cardeal - sufentalina > sintético - podem dar sinais e sintomas de abstinência > a abstinência gera os sintomas opostos - subst. Análogas à morfina > opióides endógenos e sintéticos - são agonistas do receptor u (mú) - metadona é empregada em tratamento de indivíduos que se tornaram dependentes de opióides, têm menores efeitos adversos - NALOXONA e naltrexona (menos utilizada) >> substâncias para tratamento de intoxicação por opióides – são antagonistas opióides - a intensidade de ação dos agonistas como analgésicos são menores do que a morfina - podem ter também ação antitussígena (codeína) – paco (paracetamol + codeína) > indução de dependência também ocorre | tosse seca - podem ter ação antidiarreica pois diminuem a peristalse intestinal > 2 opióides mais fracos > difenoxilato e loperamida (imozec) - codeína, em regiões da Ucrânia, são inseridas no crocodail > droga feita à base de codeína - quando estimulados, os receptores geram esses efeitos citados * retenção urinária decorrente do uso de morfina pode ocorrer em pós cirúrgicos * a manipulação orgânica pode piorar a retenção - receptores delta e kapa possuem menor ação analgésica * o receptor delta modula a atividade do receptor u > quando o receptor delta é estimulado, ele mesmo repassa um estímulo em u >> estão interligados > não produz o mesmo efeito que drogas que atuam diretamente sobre o receptor u - o receptor u é o que produz maior ação analgésica, por meio da subst. P > reduzem estimulação da via ascendente (álgica) da dor e acentuam os efeitos descendentes (analgésicos) da dor - disforia: muito observada em indivíduos dependentes de drogas > ocorre quando há uma queda abrupta na produção de peptídeos endógenos >> trata-se de uma propriedade reforçadora – subst. Que, uma vez usadas, desejarão utilizá-la novamente > analgesia e sedação > ação análoga aos psicomiméticos TXXIV Larissa Cardeal > propriedade tem relação com abstinência >> para evitar uma abstinência, o indivíduo repete o uso da droga * os opióides são agonistas desses receptores > podem ser agonistas, agonistas parciais e antagonistas > para efeito analgésico, precisam ser agonistas > alguns fármacos (ex: dinorfina) se liga ao receptor e não o estimula, de forma a antagonizá-lo > naloxona (reversão de efeitos opióides) e a naltrexona são ANTAGONISTAS clássicos desses receptores > antagonistas endógeno e exógeno > a naloxona inibe liberação de peptídeos endógenos >> esses peptídeos são opióides endógenos e promovem euforia > essa euforia, promove a repetição do uso e o vício || efeito pode ser de disforia * a maior atividade dos opiódes é em porção central, mas podem atuar sobre a periferia > dores periféricas são melhor tratadas com AINEs - dipirona, paracetamol, salicitato - peptídeos endógenos atuam sobre esses receptores - podem ser liberados durante o exercício físico - eficácias altas, moderadas e baixas >> critério de escolha deve basear essa necessidade de analgesia - opióides inibem via ascendente (álgica) e reforçam via descendente (analgésica) >>> isso, por meio de estimulação de receptores u - naloxona é utilizada para reverter efeitos de opióides - a maior ação refere-se aos agonistas puros - naloxona é o antagonista mais utilizado - naltrexona tem maior utilização em reversão de efeito de uso de drogas abusivas TXXIV Larissa Cardeal - a morfina representa o protótipo > as outras subst. São a ela, comparadas - petidina (princípio ativo da dolantina) > utilizada em pacientes que se tornaram tolerantes à morfina * o uso de opióides pode provocar mecanismos de TOLERÂNCIA > receptores se sensibilizam à droga >> deve-se trocar a droga, pois o aumento da dose não traz muitos benefícios em decorrência dessa perda de sensibilização * pode-se realizar a alternância dos fármacos para que o indivíduo não se sensibilize > uma forma de “contornar” o medicamento - analgesia (principal ação) traz consigo a depressão respiratória - podem causar náuseas e vômitos > especialmente em pós cirúrgicos - os opióides são bem empregados e sugeridos para dores moderadas e severas - muito aplicados como analgésicos – dores agudas e crônicas - há inúmeras vias de administração > várias vias disponíveis * Tramadol é um opióide que produz pouca incidência de dependência - difenoxilato (princípio ativo do lomotil) > são fracos, com pouca ação central - implica em liberação de histamina > atua em vasodilatação >> pacientes podem ter hipotensão elevada TXXIV Larissa Cardeal - tem 1/10 da potência da morfina, mas ainda assim, induz a dependência - é biotransformada em NORMEPERIDINA, que se trata de um metabólito > em alguns pacientes, esse metabólito pode gerar convulsões nos pacientes - atividade cronotrópica positiva >> frequência cardíaca aumentada - liberação de histamina > pode ser que se a pressão cair muito, pode necessitar de um medicamento que eleve a pressão - não pode ser utilizada de forma crônica, pode ser empregada em alternância com outros fármacos - droga muito utilizada em meio hospitalar - sulfentanila possui potência relativa de 1000x com relação à morfina - muito utilizada em hospitais - vantagem: não libera histamina, logo, não implica em hipotensão arterial - choque cardiogênico acontece pela hipotensão severa > paciente não recebe droga vasoativa – para tirá-lo desse choque, a naloxona pode ser cogitada - glutamato e subst. P > são agonistas - antagonistas clássicos atuam ocupando o receptor TXXIV Larissa Cardeal - depressão respiratória é maior com o uso de maior concentração - para evitar a rigidez muscular, deve-se associar bloqueadores neuromusculares à utilização de opióides - metadona é utilizada em casos de intoxicação, para desmamar opióides (implica em consequências menos drásticas que o uso de opióides tradicionais, como a heroína) > é um AGONISTA > muito empregada em porções hospitalares, até para fazer desmame da morfina TXXIV Larissa Cardeal