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ESTÉTICA E HISTÓRIA DAS ARTES A arte na Idade Média Docente: Wanda Bononi 2º BIMESTRE – aula 01 ARTE BIZANTINA ARTE ROMÂNICA ARTE GÓTICA Objetivos da aula ▪ Analisar a evolução das artes visuais e de seus signos; ▪ Reconhecer a importância e a contribuição da arte na Idade Média, analisando sua evolução, influência e contribuição para a civilização ocidental; ▪ Compreender a importância da reflexão sobre as relações da arte e particularmente da arquitetura e do design com a cultura e época correspondente. ARTE PALEOCRISTÃ Durante a Idade Média a arte se manteve ligada à religião, numa sucessão de três estilos: Bizantino, Românico e Gótico. Idade Média Um período marcado por guerras, fome, miséria e de um tempo em que a maioria da população era analfabeta e a igreja facilmente conseguia concentrar a atenção e a fé do povo sob seu jugo ▪ Cristianismo: arte das Catacumbas (quando era proibido) ▪ Não dá para representar realisticamente a alma: o Figuras bidimensionais o Diluição do corpo o Diluição dos espaços o Manifestação da alma ▪ Não há representação de Cristo crucificado → cruz vazia com o cordeiro ▪ Simplicidade sem ideal de beleza, clareza; ▪ Perceber a direção que a arte estava tomando ⇒ tudo o que não fosse estritamente relevante era melhor deixar de fora. Os três homens na fornalha ardente, c. século III d.C. / Mural; catacumba Priscilla, Roma CATACUMBAS ▪ Não eram locais de culto ▪ O culto era celebrado na casa dos fiéis O Cúbiculo Velado tem o seu nome a partir da moldura inferior, que descreve uma jovem mulher em vestes ricas e cabeça velada com os braços levantados, em atitude de oração. Em ambos os lados da figura mostra duas cenas provavelmente orante referindo-se aos momentos importantes da vida do falecido Os episódios do Antigo Testamento nas pinturas simbolizar a salvação: de fato, quanto à intervenção divina foram resgatados os três jovens hebreus do fogo, o Sacrifício de Isaac e Jonah do monstro, de modo que os cristãos obter a salvação graças a Redenção. As pinturas, incrivelmente bem preservadas, são datados da segunda metade do século III. Catacumbas de Priscila, galeria central, c. século III d.C. Roma ▪ Cristãos: não sabem qual a aparência da alma ▪ Representar aquilo que o corpo guarda: a fé ou a alma ▪ Arte de símbolos: quem entendia eram os próprios cristãos Peixe = Cristo (ICTUS) Iesus = Jesus Christos = Cristo Theos = Deus Uios = Filho Soter = Salvador CRISTIANISMO ▪ A partir de 476 → Europa ocupada por bárbaros (não sabem ler nem escrever) ▪ A instituição que continua no Ocidente é a Igreja e, portanto, a igreja era uma instituição romana ▪ Império continua no Oriente ▪ Missa celebrada em latim até o século passado ▪ Rompe com o realismo brutal romano e com as concepções de beleza gregas, e altera a arte plástica do ocidente. ▪ Mantém a cultura clássica Moisés tirando água da pedra, c. 245-56 d.C. Mural, sinagoga de Dura-Europos, Síria ▪ Lei Judaica: proibia a realização de imagens por temor a idolatria; ▪ As colônias judaicas nas cidades da fronteira leste dedicaram-se à decoração das paredes de suas sinagogas com histórias do Antigo Testamento; ▪ Pinturas ⇒ quanto mais realistas elas fossem, maior o pecado contra o Mandamento que proibia imagens. ▪ Sua principal intenção era pois, lembrar aos que contemplavam a figura a ocasião em que Deus manifestara o Seu poder TOME NOTA ▪ 313: Constantino: Édito de Milão → liberdade dos cristãos o Podiam celebrar seus cultos livremente e dizer que eram cristãos o 330, Constantino (primeiro imperador cristão) transferiu a capital do império para Bizâncio (antiga colônia grega) e a renomeou para Constantinopla ▪ 380: Teodósio →transforma o cristianismo em religião oficial do Império ▪ 395: Duplica as capitais (Roma e Constantinopla) e divide o Império em dois 476 - Cai o Império Romano ▪ Início da IDADE MÉDIA ▪ Roma e o Império Ocidental estava em ruínas ▪ ao leste, Constantinopla vivia uma era radiante ARTE BIZANTINA SÉCULOS V a XIII IDADE MÉDIA – 500 a 1500 “Idade das Trevas” ARQUITETURA BIZANTINA ARQUITETURA ROMÂNICA IDADE MÉDIA ARQUITETURA GÓTICA A cidade de Constantinopla aproveitou de sua posição estratégica para transformar-se em um importante centro comercial. ▪ QUANDO: 330-1453 ▪ ONDE: Constantinopla hoje – Istambul, Turquia ▪ SOCIEDADE – Civilização cristã oriental ▪ PRINCIPAL FORMA DE CONSTRUÇÃO – Igrejas - Planta em cruz encimada por cúpulas ▪ DECORAÇÃO – Opulenta internamente Simples externamente MOSAICOS ▪ Imperador Constantino estabeleceu a Igreja Cristã como um poder no Estado ▪ Durante os períodos de perseguição ⇒ não havia locais de culto ▪ Templos tinham funções diferentes ⇒ igrejas não usavam os templos pagãos ▪ ANTES ⇒TEMPLOS o interior ⇒ pequeno sacrário para abrigar estátua de um deus o procissões e desfiles eram realizados do lado de fora ▪ AGORA ⇒ TEMPLOS o espaço para toda a congregação assistir ao serviço religioso o amplos salões de reunião conhecidos como “basílica” (pórtico real) o geralmente mercados cobertos e recintos para audiências públicas dos tribunais ▪ A mãe do imperador Constantino erigiu uma dessas basílicas para servir de Igreja e por isso o termo foi instituído e oficializado para designar igrejas desse tipo; ▪ Mais tarde, o altar-mor passou a ser chamado de “coro”; onde a congregação se reunia ⇒ “nave”, compartimentos laterais ⇒ “ala” sinônimo de “asa” ▪ A nave geralmente era coberta por teto de madeira com vigas expostas enquanto que as alas quase sempre tinham teto plano; ▪ As colunas eram suntuosamente decoradas. ABSIDE (altar-mor ⇒ “coro”) COLUNATAS ACESSO NAVE ALA ▪ Como decorar? Não poderia haver estátuas ⇒ aparência pagã ▪ Pinturas ⇒ ideias diferentes ⇒ úteis para recordar os ensinamentos ▪ Papa Gregório Magno, que viveu no final do século VI ⇒ muitos membros da igreja não sabiam ler nem escrever e que para ensiná-los estas imagens eram tão úteis quanto os desenhos em um livro ilustrado para crianças “a pintura pode fazer pelos analfabetos o que a escrita faz pelos que sabem ler.” ▪ História contada de maneira clara e simples e tudo o que pudesse desviar a atenção dessa finalidade deveria ser omitido. Basílica Santo Apolinário, o Novo, Ravena Basílica de Santo Apolinário, em Classe, Ravena, c. 530 d.C. Uma basílica cristã primitiva Basílica de Santo Apolinário, o Novo, Ravena O milagre dos pães e dos peixes, c. 520 d.C. Mosaico; basílica de Santo Apolinário, o Novo, Ravena Histórias da vida de Cristo (faixa superior), Profetas (faixa intermediária) e Teoria das Virgens (faixa inferior), c. 520 d.C. Mosaico; basílica de Santo Apolinário, o Novo, Ravena Basílica de Santo Apolinário, o Novo, Ravena Mosaico dos Três Reis Magos, Basílica Santo Apolinário, o Novo, Ravena Basílica Santo Apolinário, o Novo, Ravena Basílica Santo Apolinário, o Novo, Ravena Cenas de vida da Virgem e da infância de Cristo, c. 432-44 d.C. Detalhe do arco triunfal - mosaico; Santa Maria Maggiori, Roma ▪ No início, os artistas usaram métodos narrativos desenvolvidos pela arte romana, mas gradualmente passaram a concentrar-se no essencial ▪ Idéias egípcias sobre a importância da clareza na representação de todos os objetos tinham voltado com grande força por causa da ênfase que a igreja dava à clareza, mas as formas que os artistas usavam nessa nova tentativa não eram as formas simples da arte primitiva, mas aquelas desenvolvidas na arte grega; ▪ Assim a arte cristã da Idade Média tornou-se uma curiosa mistura de processos primitivos e métodos refinados. ▪ Prós: Papa Gregório ⇒ didática e racionalidade ▪ Contras: Bizâncio (ou Constantinopla) ⇒ recusaram a liderança do papa latino ▪ Uma parte era contrária a toda e qualquer imagem religiosa ⇒ iconoclastas ou destruidores de imagens ▪ 754 d.C ⇒ toda a arte religiosa foi proibida na Igreja Oriental ▪ Paraos adversários dos iconoclastas ⇒ imagens ⇒ úteis do ponto de vista didático e sagradas ▪ após um século de repressão ⇒ as pinturas não eram apenas ilustrações para analfabetos ⇒ eram consideradas reflexos misteriosos do mundo sobrenatural ▪ Aceitação de figuras consagradas pela tradição, respeitando modelos; ▪ Os bizantinos passaram a insistir quase tão rigorosamente quanto os egípcios na observação das tradições; ▪ Apesar de certa rigidez, a arte bizantina é mais próxima da natureza do que a arte do Ocidente. FINALIDADE DA ARTE EM IGREJAS: Nossa Senhora entronizada com o Menino, c. 1280 d.C. Possivelmente pintado em Constantinopla; têmpera em madeira, 81,5 x 49cm; Galeria Nacional de Arte Cristo como soberano do Universo, a Virgem e Menino, e santos, c. 1190 d.C. Mosaico, catedral de Monreale, Silícia Antêmio de Tales e Isidoro de Mileto Hagia Sophia, c. 523-37d.C., Constantinopla De Veneza à Russia, as catedrais se baseavam nessa escultura de domo, obra-prima da arquitetura bizantina ▪ Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia (grego: Άγια Σοφία Hagia Sophia ▪ Significa "Sagrada Sabedoria“ ▪ Construído entre 532 e 537 pelo Império Bizantino para ser a catedral de Constantinopla (atualmente Istambul, na Turquia) ▪ Foi convertido em mesquita em 1453 ▪ Até ser transformado em museu, em 1935. ▪ A riqueza e o nível artístico da basílica teria levado Justiniano a dizer Νενίκηκά σε Σολομών ("Salomão, eu te superei!"). ▪ Quatro arcos formam um quadrado que sustenta pendentes de abóbadas esféricas, que, por sua vez, apoiam o imenso domo. ▪ A base deste domo é vazada por quarenta janelas em arco que permitem a entrada da luz, dando leveza à estrutura e oferecendo a ilusão de um halo celestial. Antêmio de Tales e Isidoro de Mileto Hagia Sophia, c. 523-37d.C., Constantinopla The Palatine Chapel of the Norman Kings of Sicily ▪ Cubos de vidro brilhante ▪ Superfícies irregulares aumentam o brilho do mosaico ▪ Vidros coloridos em variada escala de cores ▪ Usado em paredes e tetos – mormente em domos e absides de igrejas ▪ Temas religiosos, Cristo como pastor ▪ Cubos grandes em desenhos estilizados ▪ Fundo abstrato: ouro sobre azul ▪ As figuras humanas são chapadas, rígidas, simetricamente colocadas, parecendo estar penduradas ▪ Figuras humanas altas, esguias, com faces amendoadas, olhos enormes e expressão solene, olhavam diretamente para a frente, sem o menor esboço de movimento ▪ Os artesãos não tinham o interesse em sugerir perspectiva ou volume MOSAICOS The Palatine Chapel of the Norman Kings of Sicily Virgem com Justiniano I e Constantino I Hagia Sophia, Constantinopla Cristo em Mosaico Hagia Sophia, Constantinopla A virgem e o Menino Hagia Sophia, Constantinopla MOSAICOS Scuola per il Restauro del Mosaico - RAVENA PERGUNTA Durante o período Bizantino é que se estabeleceram os “ícones”. Você sabe o que são e por que foram proibidos durante certo tempo? ÍCONES ▪ De acordo com o dicionário Michaelis “imagem sacra, representada de forma artística, em superfície plana, nas igrejas orientais” ▪ A palavra ícone vem do grego EIKÓN, que significa imagem ▪ Logo, ícones são pequenos painéis em madeira com imagens pintadas de santos e seres sagrados, com regras bem definidas quanto ao tema, cor, composição, em pose frontal, geralmente com halo e olhar fixo. ▪ Muitas pessoas viam nelas um poder sobrenatural, e as carregavam inclusive para a guerra. ▪ Outras pessoas gastavam a imagem de tanto beijá-las. ▪ De tão forte se tornou o culto dos ícones que eles foram proibidos entre 726 e 843 por desobediência ao mandamento contra a idolatria. ▪ Para o ortodoxo, não se adora o ícone, não há risco de idolatrar a pintura, pois essa representa uma imagem - um protótipo, um modelo - na realidade, venera-se a pessoa representada, não o objeto em si. Para eles, o ícone é uma presença misteriosa que não se define. ARTE ROMÂNICA ▪ Depois da queda do Império Romano: 500 anos (500 a 1000 d.C.) ▪ Período de invasão das tribos bárbaras ▪ (Tribos teutônicas, os godos, vândalos, saxões, suevos e vikings) ▪ Migrações guerras ▪ Pessoas com conhecimentos escassos mergulhados na escuridão ▪ Invasões bárbaras: ▪ Pilhavam, destruíam ▪ Gosto por padrões emaranhados ▪ imagens para praticar magia e espantar espíritos malignos ▪ conflito de grande nº de estilos: não há um estilo claro e uniforme ▪ Período caótico, tenebroso, com diversidade entre povos e classes ▪ Arte preservada em mosteiros e conventos Igreja de todos os Santos. Earls Barton, Northamptonshire, c.1000 d.C. Uma torre saxônica imitando uma estrutura em madeira ▪ Monges e missionários da Irlanda céltica e da Inglaterra: aplicação das tradições nórdicas à arte cristã ▪ Igrejas de pedra imitando construções em madeira ▪ Durante a Idade Média os mosteiros tornaram-se os centros culturais da Europa, onde a ciência, a arte e a literatura estavam centralizados. Abadia de Rievaulx, Yorkshire, 1132 Figura de proa de um Barco de Guerra Viking. Encontrado em Oseberg, Noruega. Página dos Evangelhos Lindisfarne, c. 698 d.C British Library, Londres Manuscritos com padrões de serpentes São Lucas, c.750 d.C De um Evangelho manuscrito; Stiftsbibliothek, St. Gallen Image of St. John Page 208, c.750 d.C De um Evangelho manuscrito; Stiftsbibliothek, St. Gallen Book of the Kells, 760-820 Trinity College, Dublin Evangelho decorado com iluminaturas Realizado por monges irlandeses São Mateus, c.800 d.C De um Evangelho manuscrito, provavelmente pintado em Aachen; Kunsthistorisches Museum, Viena São Mateus, c.830 d.C De um Evangelho manuscrito, provavelmente pintado em Reims; Biblioteca Municipal, Épernay Cristo lavando os pés dos Apóstolos, c.1000 d.C. Do Livro dos Evangelhos de Oto III; Bayerische Staatsbibliothek, Munique Os egípcios haviam desenhado principalmente o que sabiam existir, os gregos o que viam; na Idade Média, o artista aprendeu a expressar em seu quadro o que sentia. ✓ Estilo Românico: continente europeu ✓ Estilo Normando: Inglaterra ARTE ROMÂNICA Século XII ▪ 1030 – 1200 ▪ Proliferaram duas formas de construção: castelos e igrejas, para fins militares ou religiosos. ▪ As duas formas eram pesadas pilhas de pedras, e suas paredes maciças serviam não só para suporte mas também para defesa. ▪ Inspiração dos arquitetos românicos era na arquitetura romana, adaptando as técnicas das abóbodas e a planta das basílicas. CARACTERÍSTICAS Caracteriza-se por construções austeras e robustas, com paredes grossas e minúsculas janelas, cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos, aparência de fortaleza. SOCIEDADE: Sistema Feudal SERVIÇOS X SEGURANÇA Igrejas ✓ Único edifício em pedra ✓ Arcos assentados sobre pilares (arco pleno) ✓ Compacta ✓ Robustez ✓ Maior construção do local ✓ Campanário: ponto de referência ✓ Pareciam fortalezas Igreja beneditina de Murbach, Alsácia, c.1160 d.C. Uma igreja românica ▪ Desafio tecnológico: cobertura ▪ Antes: madeira ▪ falta dignidade ▪ falta de segurança ▪ Experimentos: uso da abóbada de túnel arcos para vencer vãos ▪ Nervuras transversais: ▪ 1ª aplicação Catedral de Durham, 1093-1128 d.C Uma catedral normanda Características ✓ Utilização da abóboda ✓ Pilares maciços ✓ Paredes espessas com aberturas estreitas ✓ Utilização da planta em formato de cruz latina Arquitetura Românica na Itália ✓ Catedral de Pisa ✓ Catedral - 1063 ✓ Campanário – 1174 Frontaria oeste da catedral de Durham, 1093-1128 d.C Uma catedral normanda Fachada da Igreja de St. Trophime, Arles, c.1180 d.C ▪ França: início da decoração com esculturas ▪ Esculturas: apoio para pregar a doutrina Cristo em glória Detalhe (Tímpano) Portal - Detalhe Castiçal de Gloucester, c.1104-13 d.C Bronze dourado, altura 58,4cm; Victoria and Albert Museum, Londres “Esteporta-luz é obra de virtude: com seu brilho prega a doutrina, para que o homem não se perca nas trevas do vício” ▪ Século XII: Cruzadas ▪ Contato com a arte Bizantina ▪ Imitação das imagens da Igreja Oriental ▪ Disposição rígida Reiner van Huy Pia batismal, 1107-18 d.C Latão, altura 87cm; Igreja de S. Bartolomeu, Liège ▪ A pintura românica teve pequena expressão. ▪ As Igrejas abordavam cenas retiradas do Antigo e do Novo Testamento e da vida de santos e mártires ▪ Utilização de Afrescos ▪ Formas simplistas ▪ Liberdade de composição ▪ Liberdade de cores ▪ Transmitir a ideia do sobrenatural Mural extraído da Igreja València d'Áneu - La Adoración de los Reyes. "Los reyes Melchor y Baltasar". Fragmento - Museo Diocesano de Urgell PINTURA La Adoració de los Reyes (València d'Áneu). "La Virgen y el Niño". Fragmento. PERGUNTA O que é afresco? Como é feito? Afrescos ▪ Afresco é uma técnica de PINTURA que deve o nome ao fato de que precisa ser realizada nas paredes ou tetos enquanto o emboço ainda estava úmido (ou fresco). Preferencialmente, é feito de nata de cal, gesso ou outro material apropriado. ▪ O artista trabalha com argamassa ainda úmida, pois com a evaporação da água a cor adere ao gesso, o gás carbônico do ar combina-se com a cal, a transforma em carbonato de cálcio, completando assim a adesão do pigmento a parede. ▪ O afresco se distingue das demais técnicas porque uma vez seca, a argamassa, a pintura incorpora o reboco tornando-se parte integrada dele. ▪ Na sua utilização, as tintas ou pigmentos em geral, devem ser granulados, reduzidos ao pó e depois misturados à água. ▪ O fato de os afrescos secarem rapidamente, obrigava o pintor a vencer o tempo de secagem, ser ainda mais rápido, ter traços firmes e propósito claro. Outro fator limitante era a enorme dificuldade de se realizar correções posteriores. ▪ O termo afresco hoje é sinônimo de pintura mural. PINTURAS - Iluminuras ▪ Se destaca neste período – arte que alia a ilustração e a ornamentação, muito utilizada em antigos manuscritos, ocupando normalmente as margens, como barras laterais, na forma de molduras. ▪ Artista: o Não quer imitar a natureza o Retorno a métodos simplificados A Anunciação, c.1150 d.C De um Evangelho manuscrito suábio; Württembergische Landesbibliothek, Stuttgart Santos Gereão, Willimaro e Gall e o martírio de Santa Úrsula com suas 11.000 virgens, 1137-47 d.C De um calendário manuscrito; Württembergische Landesbibliothek, Stuttgart minúsculas janelas construções austeras e robustas com paredes grossas aparência de fortaleza Arcos Plenos horizontal Maior construção do local ➢ LEITURA Românico: GOMBRICH, E.H. A história da arte in “Cap. 09: Igreja militante”. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan STRICKLAND, Carol; BOSWELL, John. Arte comentada: da Pré-História ao Pós-Moderno, in “Idade Média: o reino da religião”. Trad. Ângela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro. ➢ LEITURA Paleocristã e Bizâncio: GOMBRICH, E.H. A história da arte in “Cap. 06: Bifurcação de caminhos” e “Cap. 07: Arte ocidental em fase de assimilação”. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan STRICKLAND, Carol; BOSWELL, John. Arte comentada: da Pré-História ao Pós-Moderno, in “Idade Média: o reino da religião”. Trad. Ângela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro. ➢ PARA APROFUNDAR MAIS: LE GOFF, Jacques. Heróis e maravilhas da Idade Média. Trad. Stephania Matousek. 2 ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2011 (disponível na Biblioteca Virtual Pearson). LEMOS, Sueli; ANDE, Edna. Arte primitiva cristã: arte na Idade Média. São Paulo: Instituto Callis, 2013 (disponível na Biblioteca Virtual Pearson). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAUMGART, Fritz. Breve História da Arte. Trad. Marcos Holler. São Paulo: Martins Fontes. GOMBRICH, E.H. A história da arte. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan STRICKLAND, Carol; BOSWELL, John. Arte comentada: da Pré-História ao Pós-Moderno. Trad. Ângela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro. NUNES, Meire A. As cidades e a arte na Idade Média central. VI Jornada de Estudos Antigos e Medievais – Trabalhos Completos. SANTOS, Maria das Graças Vieira Proença dos. História da arte. 3ªed. São Paulo: Ática, 2001. MICHAELIS, Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. Editora Melhoramentos Ltda, 2015. TAMANINI, Paulo Augusto. Ícone Bizantino e a produção de sentido. Dissertação de mestrado. Universidade do estado de Santa Catarina (UDESC), 2009. REFERÊNCIAS IMAGÉTICAS Sites oficiais: Museu do Louvre Wikipédia Digitalização de fotos pela autora de “GOMBRICH, E.H. A história da arte” Fotos da autora OBS: Todas as imagens não identificadas a fonte possuem direitos autorais, estando a maioria disponível online. Um espaço para o seu talento.
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