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Água e efluentes líquidos

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ÁGUA E EFLUENTES LÍQUIDOS 
A água é um composto químico 
formado por dois átomos de hidrogênio 
e um de oxigênio – H2O. 
A água pura não possui cheiro nem cor, 
porém, um conjunto de outras 
substâncias como, por exemplo, sais 
minerais juntam-se a ela. 
Cerca de três quartos da superfície do 
planeta Terra é coberto por água; o 
corpo do ser humano é quase 
totalmente formado por água; e a água 
também é fundamental para a vida dos 
outros animais e plantas do nosso 
planeta. 
O território brasileiro contém cerca de 
12% de toda a água doce do planeta. 
Ao todo, são 200 mil microbacias 
espalhadas em 12 regiões hidrográficas. 
É um enorme potencial hídrico, capaz de 
prover um volume de água por pessoa 
19 vezes superior ao mínimo estabelecido 
pela Organização das Nações Unidas 
(ONU) – de 1.700 m³/s por habitante por 
ano. 
Apesar da abundância, os recursos 
hídricos brasileiros não são inesgotáveis. 
O acesso à água não é igual para todos. 
As características geográficas de cada 
região e as mudanças de vazão dos rios, 
que ocorrem devido às variações 
climáticas ao longo do ano, afetam a 
distribuição. 
A análise de água e efluentes é 
importante para verificar se há 
contaminação na água seja ela de 
poço, abastecimento público, mineral, 
lago, ou qualquer outra fonte. No caso 
dos efluentes é importante para verificar 
quanto o efluente ou a água residual 
está contaminada e assim fazer o melhor 
tratamento, ou até mesmo para 
dimensionar a estação de tratamento. 
Outro motivo para fazer análise de água 
e efluentes é para verificar a eficácia da 
estação de tratamento, analisando a 
amostra bruta e em seguida, uma 
amostra após o tratamento para 
verificar. Conhecendo esses resultados, 
também é possível saber quanto de 
impacto estará causando ao meio 
ambiente. 
QUALIDADE E CLASSIFICAÇÃO 
Características físicas (IQF): cor, 
temperatura, turbidez, sabor e odor. 
Características químicas (IQQ): pH, 
acidez, dureza, alcalinidade, 
flúor, cloretos, ferro e 
magnésio, presença de O2 
dissolvido, carbono orgânico total, 
metais e metaloides, fósforo e nitrogênio. 
Características biológicas (IQB): estado 
trófico, oligotrófico, mesotrófico e 
eutrófico. 
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS 
NATURAIS/DESTINOS NACIONAIS 
Classe Especial: aquelas destinadas ao 
abastecimento doméstico prévia ou com 
simples desinfecção; e à preservação do 
equilíbrio natural das comunidades 
aquáticas. 
Classe 1: destinadas ao abastecimento 
doméstico após tratamento simples; à 
proteção das comunidades aquáticas; à 
recreação de contato primário 
(natação, esqui e mergulho); à irrigação 
de hortaliças consumidas cruas e de 
frutas que cresçam rentes ao solo e 
ingeridas sem remoção de película; à 
criação natural e/ou intensiva de 
espécies destinadas à alimentação 
humana. 
Classe 2: águas destinadas ao 
abastecimento doméstico após 
tratamento convencional; à proteção 
das comunidades aquáticas; à 
 
recreação de contato primário; irrigação 
de hortaliças e frutíferas; à criação 
natural e/ou intensiva de espécies 
destinadas à alimentação humana. 
Classe 3: águas destinadas ao consumo 
humano após tratamento convencional; 
à irrigação de culturas arbóreas, 
cerealíferas e forrageiras; dessedentação 
de animais; 
Classe 4: águas destinadas à 
navegação; harmonia paisagística; e aos 
usos menos exigentes. 
PADRÃO DE POTABILIDADE 
Água potável significa consumo seguro e 
consciente, ou seja, que não oferece 
riscos à saúde do consumidor. 
Por ser um consumo necessário a todo 
ser humano – precisamos ingerir cerca 
de 3L por dia – a potabilidade da água 
compreende um rigoroso processo, 
respeitando certos padrões de 
qualidade estabelecidos pelo Ministério 
da Saúde. 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE H2O 
ETA – Estação de Tratamento de Água 
(convencional); 
Floculação; 
Decantação; 
Filtração; 
Desinfecção; 
Fluoretação. 
EFLUENTES 
Ação antrópica 
Efluentes industriais e domésticos – 
composição: esgotos domésticos e 
industriais 
Indicadores de poluição: demandas de 
O2, carbono orgânico total, indicadores 
de matéria orgânica, teor de óleos e 
graxas e toxicidade. 
Legislação (Resolução 357/2005): 
padrões de tratamento para o 
lançamento de fontes poluidoras. 
pH entre 5 e 9, temperatura inferior a 
40°C e óleos e graxas, materiais 
sedimentados e objetos flutuantes 
(quantidades). 
Condições excepcionais: interesse 
público, estudo de impacto ambiental, 
tratamento de exigência para 
lançamento e prazo para lançamento. 
EFLUENTE HOSPITALAR 
Resíduos não-perigosos 
Grupo 1 – urbanos – tratamento final: 
aterro sanitário 
Grupo 2 – hospitalares não-perigosos – 
tratamento final: valorização 
Resíduos perigosos 
Grupo 3 – hospitalares de risco biológico 
– tratamento final: autoclavagem e 
aterro sanitário 
Grupo 4 – hospitalares específicos – 
tratamento final: incineração 
TRATAMENTO 
a) simples/cloração; 
b) combinação físico-químico e 
pasteurização. 
Físico: gradeamento, floculação, 
sedimentação, flotação e filtração; 
Químico: substâncias; 
Biológico: procedimentos aeróbios e 
anaeróbios. 
1. Tratamento preliminar – 
gradeamento e desaneadores; 
2. Tratamento primário – 
agregamento de partículas, 
 
flotação (bolhas de ar) e 
floculação (sulfato de alumínio); 
3. Tratamento secundário – processos 
biológicos aeróbios (O2) e 
anaeróbio (carbono, enxofre e 
nitrogênio); 
4. Tratamento terciário – polimento e 
oxidativos avançados.

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