Buscar

Processos degenerativos e deposições intracelulares

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

De que forma as células respondem a uma lesão específica? As células podem responder 
de formas diferentes; sempre que sofrem processo de lesão, comumente começam a apresentar 
alterações regressivas (degenerações). Quando está nesse processo, sofre degeneração, que 
é um acúmulo intracelular – por algum motivo, começa a acumular alguma coisa (água, gordura, 
proteína...). Em processos degenerativos, há um mecanismo de acúmulo intracelular. Esse 
acúmulo não é um acúmulo normal, é excessivo. 
 
Alterações progressivas: função celular aumentada. 
Alterações regressivas: fundão celular diminuída. Degenerações. 
DEGENERAÇÕES são “alterações regressivas, morfológicas e funcionais da célula, 
podendo ser temporárias ou progredir para a morte celular”. “São lesões reversíveis 
decorrentes de alterações bioquímicas que resultam em acúmulo de substâncias no interior 
das células”. Processos degenerativos são reversíveis, mas vão até a célula atingir um limite. 
A função celular reduz! Ou seja, difere da hipertrofia, em que se aumenta tudo de 
forma proporcional; no processo degenerativo, ela aumenta de tamanho, mas tá acumulando 
alguma coisa. Assim, sua função está reduzida. Por exemplo: se tá cheia de água, reduz a 
função por causa da dificuldade no transporte, fica tudo mais lento dentro da célula. Processo 
reversível, a célula está com função diminuída. 
Reversíveis, em resposta a um processo de lesão celular e função celular diminuída (e, 
portanto, o tecido como um todo). 
Uma degeneração clássica é a esteatose hepática; uma das coisas que as células podem 
acumular é a gordura. 
 
Degenerações 
Entre a célula normal e a morte celular. Classificadas de acordo com a natureza da 
substancia acumulada: 
-Água e eletrólitos (degeneração hidrópica) 
-Proteínas (degeneração hialina ou mucóide) 
-Lipídios (esteatose e lipidose) 
-Carboidratos (glicogenoses e mucopolissacaridoses). 
Os processos degenerativos serão dessas substâncias. Esses quatro componentes fazem 
parte naturalmente da célula. 
 
Acúmulos intracelulares 
Também pode-se classificar se vem do acúmulo de substância comum ou anormal 
(exógena, como as proteínas de um vírus, ou endógena, como as proteínas da própria célula). 
Essas substâncias são enquadradas: 
-Constituinte celular normal em excesso 
-Substancia anormal (exógena/endógena) 
-Pigmentos. São um tipo de acúmulo, mas não entram no conceito de degeneração 
porque são irreversíveis. 
 
Esse acúmulo (pode incluir pigmento) pode ser transiente (processos degenerativos) ou 
permanente (pigmentos). Além disso, podem ser altamente tóxicos. Podem se acumular tanto 
no citoplasma como no núcleo. 
 
No citoplasma está o fagolisossomo – o fagossomo, quando está dentro da célula, atrai 
lisossomos, que se fundem ao fagossomo = > fusão é o fagolisossomo. Algumas vezes, os 
lisossomos não conseguem digerir o que tá. No núcleo, estão acumuladas proteínas, 
principalmente moléculas de RNA. Além disso, pode-se acumular vírus, seu material genético. 
Contudo, é mais comum acumular no citoplasma. 
 
Mecanismos gerais de acúmulo intracelular 
 
 
1 Alteração do metabolismo normal da célula. 
Um exemplo clássico é a esteatose hepática; nos hepatócitos se recebe ácidos 
graxos/triglicerídeos, liberando-o já metabolizado. Com alguma alteração nesse metabolismo 
normal, por alguma razão o hepatócito começa a acumular gordura; por exemplo, se vem um 
excesso de gordura, ou mesmo se ele ficou lento por algum processo. Um dos mecanismos de 
acúmulo, portanto, é o metabolismo anormal. 
 
2 Deficiência de uma enzima 
Pode vir de alteração genética, de exposição a uma substância química, e também de 
patologia. A enzima procura o substrato e quebra; se ele não for quebrado, perde o destino, 
acumula-se. Se tiver problema na enzima, acumula o substrato dentro da célula. 
Uma das doenças do teste do pezinho é a fenilcetonúria; algumas pessoas que tem a 
doença possuem um problema genético na produção da enzima que quebra a fenilalanina; caso a 
consumam, não consegue quebrar, fica dentro, e é altamente tóxica para os neurônios. 
 
3 Mutação de uma proteína 
Quando o polipeptídio sai do ribossomo, ainda não está funcional. Precisa passar pelo 
processo de amadurecimento. Pode haver um problema no processo de dobramento da proteína, 
então o polipeptídio não recebe as alterações pós-traducionais, e então ele fica inativo, sem 
destino, sem função, fica apenas vagando. A proteína ativa precisa estar no formato final 
quaternário; a primária não tem função alguma, e aí ela fica se acumulando na célula. 
 
4 Incapacidade de degradar partículas fagocitadas 
Um exemplo é o macrófago. Acumula o que não consegue degradar, não tem enzima para 
degradar, então fica com aquilo acumulado. 
 
 
 
 
TIPOS DE ACÚMULO 
-Água (degeneração hidrópica ou parenquimatosa) 
-Lipídios (degeneração gordurosa) 
-Proteínas (degeneração hialina) 
-Muco (degeneração mucóide) 
-Carboidratos (degeneração glicogênica) 
 
1. ÁGUA (DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA) 
Também chamada de degeneração vacuolar, degeneração granular, tumefação turva, 
degeneração albuminosa (quando descobriram, acharam que era albumina, mas era água, só que 
o nome ficou – não é degeneração proteica), edema intracelular, degeneração parenquimatosa. 
São sinônimos. 
É a mais comum. Acúmulo de água e eletrólitos no citoplasma, sendo mais comum nas 
células dos rins, do fígado e do coração. 
Células tumefeitas, volume aumenta. 
Empaledecimento: diminui oxigênio e nutrientes, compressão dos vasos. A região do 
tecido fica mais clara, branca, porque as células estão cheias de água e porque um grupo de 
células maior começam a empurrar os vasos sangüíneos próximos, o que faz com que a oferta 
de sangue da região diminua. Com menos sangue, reduz oxigênio e nutrientes. 
A curto prazo, pode passar muito tempo: pode começar a comprometer a chegada de 
oxigênio e nutrientes, acumulando também metabólitos secundários. Ou seja: a curto prazo e 
numa extensão pequena, o prejuízo não é tão grande. 
Bomba de sódio e potássio é a grande responsável pelo controle hidroeletrolítico da 
célula. Todo acúmulo celular está associado a uma alteração nela. Dentro da célula, tem mais K+ 
e fora tem mais Na+. A bomba não é de via única, faz acoplado: entra um K+ enquanto retira um 
Na+. Qualquer coisa que altere automaticamente vai deixar que a osmose atue sozinha, deixando 
tudo na mesma concentração, o que significa que a concentração de Na+ dentro da célula 
aumentará, e ele tem muita afinidade pela molécula de água, arrastando a molécula de água e 
causando o acúmulo de água, carreado justamente pelo Na+ que entrou. 
 
Patogenia: 
Comprometimento da regulação do volume celular; bomba de Na+/K+ retenção do 
Na+ e redução do K+. 
 
Etiologia: 
-Queda de ATP: anóxia, falta de substratos (se falta a enzima, falta ATP, então a bomba 
não funciona), destruição de ATPase. Qualquer coisa que atrapalhe a disponibilidade de ATP. A 
bomba de Na+/K+ é um processo ativo, precisa de energia. Se falta, ela é comprometida. 
-Lesão da membrana: vírus, toxinas bacterianas. Danifica fisicamente a membrana; 
qualquer coisa que altere fisicamente a membrana, altera automaticamente o funcionamento da 
bomba. 
-Perda acentuada de eletrólitos (K+): vômitos e diarréias. A perda de potássio 
acentuada no sangue (meio extracelular) leva a um mau funcionamento da bomba porque não 
tem o potássio para puxar pra dentro, então não consegue pegar o sódio e colocar pra fora. 
Redução da disponibilidade de potássio —> bomba não tem como puxar —> não tem como jogar 
fora o sódio. 
-Integridade da mitocôndria: mitocôndria é essencial na produção de ATP; várias 
condições interferem na produção da mitocôndria. 
-Hipertermia: maior consumo de ATP. Com hipertermia, células do corpo aumentam 
metabolismo e consumo energético, o que causa oferta reduzida de ATP, o que leva ao mau 
funcionamento dabomba de Na+ e K+. 
 
Células hepáticas com acúmulo de água 
 
2. LIPÍDIOS: DEGENERAÇÃO GORDUROSA 
Dividida em dois grandes grupos: acúmulo de triglicerídeos (esteatose) ou de colesterol 
e/ou fosfolipídio (lipidose, que tem outras subcategorias). 
 
 
 
Esteatose ocorre nos hepatócitos, as lipidoses ocorrem em outras células, principalmente 
nos macrófagos. 
 
Esteatose 
Acúmulo anormal de triglicerídeos no interior das células parenquimatosas (fígado). É 
normal para os hepatócitos pegar os ácidos graxos livres pegar os triglicerídeos, associar com 
a apoproteína e jogar na corrente. Por algum motivo, isso fica alterado. 
 
Etiologia: 
Toxinas, desnutrição, diabetes, obesidade, anóxia, alcoolismo, distúrbios genéticos. Algo 
disso vai alterar alguma etapa da via de metabolização. 
Defeito em qualquer evento de metabolização dos ácidos graxos no fígado. 
 
 
 
 
Causas da esteatose: 
-Agentes tóxicos que lesionam o RER granular. O RER tem como principal função a 
produção de proteínas; se há lesão, fica comprometida a produção da apoproteína que se associa 
ao triglicerídeo para que ele saia do hepatócito. Assim, se tem problema no RER, o triglicerídeo 
fica na célula. 
Observe que, num corte 
histológico, o aspecto da 
gordura fica bem redondo, 
uniforme, regular. No da água, 
era mais irregular, dá pra ver 
alguns constituintes... não fica 
a “bolha” de gordura, que 
empurra todas as organelas 
para o lado. Por isso que dá 
para distinguir. 
 
 
-Álcool: aumenta a concentração do Acetil CoA, que, em altas concentrações, induz a 
síntese de ácidos graxos, o que leva ao acúmulo. Se chega muito ácido graxo, o hepatócito 
continua a trabalhar na velocidade dele, então fica se acumulando. 
-Paracetamol: fármaco que causa hepatotoxicidade. Toda e qualquer substância química, 
a depender da concentração, causa hepatotoxicidade, mas o paracetamol faz isso até em 
pequena quantidade. Quando ele é processado no fígado, gera um componente muito tóxico, 
então a glutationa o quebra/cliva em duas moléculas inofensivas. Só que, com o aporte muito 
grande de paracetamol, acaba o estoque da glutationa, então o componente se acumula, gerando 
toxicidade. 
-Aumento da síntese de lipídios: lipólise e ingestão. Ingestão: com uma dieta rica em 
lipídios, o hepatócito continua trabalhando no ritmo dele, então se acumula. Com o aumento da 
lipólise, as células procuram energia nos adipócitos, o que aumenta o aporte de ácidos graxos 
que chegam ao hepatócito. Também pode ocorrer com processo de desnutrição, inanição, 
diabetes... Anorexia também pode causar esteatose por aumento da lipólise. 
-Desnutrição proteica/obesidade: síntese de apoproteínas e mobilização do tecido 
adiposo. Sem proteína disponível, tem esteatose. 
-Inanição (desnutrição acentuada – já tá acabando tudo, é de longo prazo): aumento da 
mobilização de ácidos graxos. Se começa a mobilizar muito, joga uma enxurrada deles nos 
hepatócitos. 
-Anóxia: inibe a oxidação de ácidos graxos. O oxigênio é necessário para a via dos ácidos 
graxos. Sem ele, a via não vai funcionar bem. 
-Carência de fatores nitrogenados e ATP: é um processo ativo, então qualquer coisa 
que leve à ausência de ATP gera um problema na via. 
-Alterações do citoesqueleto: as substâncias envolvidas na via dos ácidos graxos têm o 
citoesqueleto como partícipes da movimentação delas; sem ele, ou com ele alterado, o encontro 
fica mais demorado, então a via fica mais lenta e, por isso, há um acúmulo. O álcool causa 
alteração no citoesqueleto. Citoesqueleto não só dá a forma da célula, mas serve como corrimão 
para a célula, para as organelas. Sem ele, as moléculas ficam vagando, à mercê de um encontro 
randômico. 
 
 
Lâmina e fígado com esteatose. 
 
Lipidose 
São acúmulos de gordura na forma de colesterol ou de fosfolipídio, que são 
encontrados principalmente nas membranas plasmáticas. Assim, são encontrados em todos os 
tipos de células; mas são mais encontrados nas células responsáveis por fazer limpeza 
celular, isto é, os macrófagos e, em menor grau, os neutrófilos (estes morrem muito rápido). 
Macrófagos tem tendência de acumular principalmente nas artérias (arteriosclerose) e 
na pele. A gordura/lipídios/colesterol, ao se acumular, forma os cristais de colesterol, como 
navalhas, que podem chegar a romper o tecido. 
 
Aterosclerose 
 
Arteriosclerose ≠ Aterosclerose 
A 1ª é a redução da complacência e elasticidade das artérias. Perde rigidez, fica flácida 
—> sangue fica turbulento. Comum em hipertensão crônica: a artéria perde rigidez em 
decorrência da hipertensão. Pode causar a aterosclerose. 
A 2 é a formação da placa de ateroma, que é basicamente uma placa de gordura e 
outros constituintes na parede da artéria. Forma mais frequente da arteriosclerose (pode 
ocorrer em consequência à arteriosclerose), forma placas de gordura, cálcio e outros 
elementos nas paredes das artérias. É um tipo de lipidose. 
 
Aterosclerose 
Quando há um aumento de LDL na corrente sanguínea, ele, além de causar dano endotelial 
na artéria (causando inflamação), penetra dentro da artéria e, oxidado, é fagocitado pelos 
macrófagos. Os macrófagos ficam cheios de lipídios, com aspecto espumoso (foam cells), 
gerando processo de inflamação, que começa a recrutar várias células, induzir proliferação 
de fibroblastos, e tudo isso (macrófagos+plaquetas+fibrinas) forma um grande acumulado, 
além de ser um processo com muita morte celular. Assim, esse processo de morte celular atrai 
cálcio, que também se deposita. A placa de ateroma não é só gordura, é todo esse apanhado 
de elementos. Quanto mais cresce, mais oclui a artéria. 
O colesterol se deposita na forma de cristais; pode romper a parede da artéria, 
formar um trombo, e então esse trombo pode ir a um vaso de menor calibre e oclui-lo. 
A lipidose em si ocorre dentro do macrófago; mas todas as outras coisas ficam na 
parede da artéria. O cristal vai romper a parede da artéria, soltando um trombo, que entra na 
corrente sanguínea. Se acumula dentro da artéria. 
 
Esquema ilustrativo sobre aterosclerose. ROS significa espécies reativas de oxigênio. 
Lipidose na pele 
Algumas pessoas apresentam xantomas (nos tendões) e xantelasmas (na pele). Os 
macrófagos, por algum motivo (geralmente associado à dislipidemia), depositam-se no 
tecido subepitelial da pele ou nos tendões. Acúmulo de colesterol nos macrófagos. 
Geralmente no tecido conjuntivo subepitelial da pele e tendões. Característicos do estado 
de hiperlipidemia. 
Apesar de ser um processo reversível, muitas vezes esse depósito é removido com 
cirurgia. 
 
Note o aspecto espumoso do corte histológico. 
 
 
Lipidoses – inflamação e necrose 
Todo processo inflamatório ocorre com morte celular (necrose = morte celular não 
programada —> automaticamente chama macrófago). Todo processo de inflamação crônica 
pode estar associado com lipidose, pois os macrófagos vão fagocitar tudo aquilo ali (MP 
cheia de lipídios, restos celulares são fagocitados), então podem ficar cheios de gordura. 
 
 
 
 
 
 
3. PROTEÍNAS – DEGENERAÇÃO HIALINA 
Pode se apresentar, morfologicamente falando, como vacúolo, gotas acidófilas 
arredondadas ou agregados no citoplasma. Possuem morfologias ≠, vai depender da proteína que 
se acumula. 
 
Acúmulo de proteína parece uma gotícula. 
Hyalos = vidro, parecia com vidro. O acúmulo pode ocorrer dentro ou fora da célula. 
ME: meio extracelular – estrutura amorfa, fibrilar ou cristalina. Depósitos anormais 
podem ocorrer (extracelular). Substrato morfológico de várias doenças importantes. 
 
Causas 
-Condensação de filamentos intermediários (filamentos intermediários são partes do 
citoesqueleto da célula). Quando se solta, se despolimeriza e fica acumulado. 
-Acúmulo de material virótico. Toda infecção viral implica multiplicação do vírus, então 
nesse momento a célula vai estar com acumulo de proteínas. 
-Corpos apoptóticos: quandoa célula sofre apoptose, esta não desengatilha inflamação, 
a célula apenas regride. A célula reduz e, como são constituídas basicamente por proteínas, 
resta apenas um corpo de acúmulo de proteína, que é fagocitado/limpado pelo macrófago. É rico 
em proteína —> macrófago fagocita essas proteínas. 
-Proteinúria – epitélio tubular renal por endocitose excessiva. Passando muita proteína 
pelo epitélio tubular, então esse excesso acaba acumulando dentro dele. É comum. 
-Síntese excessiva de proteínas secretórias normais: plasmócito, imunoglobulina, 
corpúsculo de Russell. A célula tem um papel de secretar e, por algum problema, começa a 
produzir muito e a acumular. Um exemplo clássico é o corpúsculo de Russell: os plasmócitos 
(Lø B ativado) começam a produzir muitos anticorpos, que se acumulam dentro da célula. Produz 
os anticorpos, mas não consegue soltar, então ela fica muito cheia. Corpúsculo de Russell: 
acumulo de anticorpos no plasmócito. Anticorpos são proteína pura. 
Corpúsculo de Mallory: citoesqueleto todo despolimerizado. Destruição do citoesqueleto 
(filamentos intermediários). Hepatócitos de alcoólatras crônicos, esteato-hepatite não-
alcoólica e carcinoma hepatocelular. Se tem o citoesqueleto despolimerizado, também vai 
se relacionar à esteatose: degeneração hialina pode levar à esteatose se for no 
hepatócito, que tenderá a acumular triglicerídeo também. 
 
-Defeitos no dobramento de proteínas. 
 
4. Glicogênio: degeneração glicogênica 
Armazena na forma de glicose ou glicogênio. Células que armazenam são presentes no 
fígado e nos músculos, então será nessas células que será mais comum de acumular 
excessivamente. Ocorre nas células do fígado, rins, músculos esqueléticos e coração. 
Depósitos intracelulares: anormalidades no metabolismo da glicose ou glicogênio. 
Túbulos renais na diabetes melito: reabsorção de glicose presente em excesso no 
filtrado glomerular. 
 
Causas mais comuns: 
-Defeitos de enzimas (processo de degradação). Falta de enzimas que quebram o 
glicogênio, e continua a armazenar, mas sem a enzima que o quebra. 
-Acúmulo excessivo de glicose. Alimentação, diabetes descompensada. 
Ou não tá quebrando ou tá recebendo muito! 
 
Corpúsculo hialino de Mallory. 
OBS: “corpúsculo” = acúmulo de proteína, mas 
podem ter aspectos diferentes no microscópio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. PIGMENTOS 
Lembrar que é um simples acúmulo, não é degeneração. Constituintes normais 
(melanina) ou anormais (exógenos, como a tatuagem). 
Mesmo o exógeno geralmente não induz resposta inflamatória. São inócuos. 
Um exemplo clássico é a antracose (pulmão – fuligem do carvão se deposita nas células 
pulmonares e, uma vez que se depositam, não tem mais como retirar, não tem enzima para 
degradar após o acúmulo, não tem medicamento para tirar). Apesar de o pigmento não causar 
problema em si (não causa inflamação), vai reduzir as trocas gasosas, o que causa insuficiência 
respiratória. Fumo tem uma concentração menor, a fuligem é muito mais forte, por isso que a 
doença é mais comum em quem trabalha com fuligem. 
 
Túbulos renais do diabético descompensado. 
Reabsorção excessiva da glicose se acumula no 
filtrado glomerular. O túbulo fica inchado; quando 
o patologista quer diferenciar de proteína, usa 
outro corante que não H/E. Lembra muito a do 
citoesqueleto/proteína. 
 
Fotos da glicogenose hepática: acúmulo nos hepatócitos e 
em outras células. Parece com acumulo de proteínas e 
com o da água, fica mais espalhado. Doença de von 
Gierke. Alteração na glicose-6-fosfatase, enzima que 
degrada o glicogênio. 
 
Na célula muscular, o glicogênio se acumula mais 
concentradamente – a morfologia vai variar de célula 
para célula, portanto. No muscular fica mais 
concentrado, isolado. 
Pigmentos exógenos 
Exemplos são o carbono, poeira de carvão (antracose), tatuagem. 
 
 
Pigmentos endógenos 
Pigmentos hemoglobínicos, melanina, ácido homogentísico, lipofuscina (ponto 
laranja/amarelo na figura do slide, produzida normalmente pelo envelhecimento celular, ocorre 
principalmente com a peroxidação lipídica – na pele, com o tempo passa a ficar ineficiente e vai 
acumulando o pigmento. Muito comum em coração e fígado de idosos). 
 
Lipofuscina: pigmento de desgaste ou de senescência. Proteína e lipídeos. Sinal de 
peroxidação lipídica e danos por radicais livres. Intracitoplasmático. Fígado e coração de 
idosos. 
 
Melanina 
Melanoma é excesso de pigmento em um processo cancerígeno. Para ser melanoma, 
é um processo muito intenso, localizado. 
 
Oxidação da tirosina nos melanócitos. Aumento do número de melanócitos normais e 
neoplásicos. Melanogênese ↑, eliminação da melanina ↓. 
A melanina fica se renovando. Com o bronze, a melanina não é perdida, perde o bronze 
porque tem a renovação celular; a célula sozinha, sem patologia, não consegue tirar.

Continue navegando