Buscar

vicios redibitório e evicção - DIREITO CIVIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

vicios redibitório e evicção
Matéria: Direito Civil 4
Santos - SP
2020
· INTRODUÇÃO
O objetivo é o entendimento dos institutos do vício redibitório e da evicção, expõem as várias formas de proteção às partes hipossuficientes nos contratos realizados após o advento do Novo Código Civil de 2002, onde será tratado algumas noções preliminares. Assim como o vício redibitório é uma proteção contra defeitos materiais, a evicção é uma proteção contra defeitos jurídicos vindos da alienação da coisa.
Como veremos, o vicio redibitório são falhas ou defeitos ocultos existentes na coisa recebida em virtude de contrato comutativo, não comuns às congêneres, que a tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuam sensivelmente o valor, de tal modo que o ato negocial não se realizaria se esses defeitos fossem conhecidos, dando ao adquirente ação para redibir o contrato ou para obter o abatimento do preço.
Também mostraremos que a evicção, é a perda da coisa em virtude de sentença judicial que atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato.
· DESENVOLVIMENTO: 
 2.1 Conceito: Vícios Redibitórios 
Vícios Redibitórios é um conceito muito utilizado no Direito Civil. São defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo que a tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem o valor. A coisa defeituosa pode ser enjeitada pelo adquirente.
Trata-se, na realidade, de algum defeito oculto em um bem, móvel ou imóvel, que venha a reduzir o seu valor ou a torná-lo impróprio para o consumo.
Portanto, haverá vício redibitório tanto no defeito oculto em um motor de um carro que o faz não mais funcionar, como também no defeito oculto de uma máquina que produz determinado produto, diminuindo a sua produção, embora ela ainda funcione.
Vícios redibitórios são falhas ou defeitos ocultos existentes na coisa alienada, objeto de contratos comutativos, não comuns às congêneres, que a tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem sensivelmente o valor, de tal modo que o ato negocial não se realizaria se esses defeitos fossem conhecidos. (Maria Helena Diniz, 2007)
2.1.2 Contratos comutativos
 
Comutativos são aqueles em as prestações são conhecidas de antemão por ambas as partes, ou seja, prestações certas e determinadas. 
As partes podem ver previamente as vantagens e custos decorrentes da celebração do contrato. Ao que se refere comutatividade está presente a de equivalência das prestações, pois as partes, via de regra, nos contratos onerosos se sujeitam ao sacrifício se em troca recebem uma vantagem equivalente.
· 2.2 Fundamento Jurídico
Várias teorias procuram explicar a teoria dos vícios redibitórios. Dentre as mais importantes, posso citar:
· A que se apoia na teoria do erro, não fazendo nenhuma distinção entre defeitos ocultos e erro sobre as qualidades essenciais do objeto;
· A teoria dos riscos, segundo a qual o alienante responde pelos vícios redibitórios porque tem a obrigação de suportar os riscos da coisa alienada;
· Os que se baseiam na teoria da equidade, afirmando a necessidade de se manter justo equilíbrio entre as prestações dos contratantes.
Outras teorias, como a da responsabilidade do alienante pela parcial impossibilidade da prestação, a da pressuposição e da finalidade específica da prestação, não tiveram muita repercussão.
Teoria mais aceita. A teoria mais aceita e acertada é a do inadimplemento contratual, que aponta o fundamento da responsabilidade pelos vícios redibitórios no princípio da garantia, segundo o qual todo alienante deve assegurar, ao adquirente a título oneroso, o uso da coisa por ele adquirida e para os fins a que é destinada. O alienante é, de pleno direito, garante dos vícios redibitórios e cumpre-lhe fazer boa a coisa vendida. Ao transferir ao adquirente coisa de qualquer espécie, por contrato comutativo, tem o dever de assegurar-lhe a sua posse útil, equivalente do preço recebido. O inadimplemento contratual decorre, pois, de infração a dever legal que está ínsito na contratação.
· 2.3 Requisitos para caracterização do Vício Redibitório.
Defeitos de menor importância ou que possam ser removidos são insuficientes para justificar a invocação da garantia, pois não o tornam impróprio ao uso a que se destina, nem diminuem o seu valor econômico.
Segundo se deduz dos arts. 442 e seguintes do Código Civil e dos princípios doutrinários aplicáveis, os requisitos para a verificação dos vícios redibitórios são os seguintes: Que a coisa tenha sido recebida em virtude de contrato comutativo ou de doação onerosa ou remuneratória. Que os defeitos sejam ocultos.
 2.4 Efeitos ações cabíveis.
Se o bem objeto do negócio jurídico contém defeitos ocultos, não descobertos em um simples e rápido exame exterior, o adquirente, destinatário da garantia, pode enjeitá-lo ou pedir abatimento no preço (art. 441 e 442, CC).
A ignorância dos vícios pelo alienante não o exime da responsabilidade. No entanto, assinala de modo percuciente: como esse dispositivo não foi reproduzido pelo novo Código Civil- até porque destoa da nova leitura dada aos princípios da boa fé e da vedação ao enriquecimento sem causa- a inclusão de cláusula dessa natureza só pode ser nula, não operando efeitos.
Se o alienante não conhecia o vício ou o defeito, isto é, se agiu de boa fé, “tão somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato”. Mas, se agiu de má fé, porque conhecia o defeito, além de restituir o que recebeu, responderá por perdas e danos, (art. 443, CC).
Ainda que o adquirente não possa restituir a coisa portadora de defeito, por ter ocorrido o seu perecimento (morte do animal adquirido, ex), a “responsabilidade do alienante subsiste” se o fato decorrer de “vício oculto, já existente ao tempo da tradição” (art. 444, CC). Na hipótese citada, o adquirente terá de provar que o vírus da doença que vitimou o animal, por exemplo, já se encontra encubado quando de sua entrega.
· 2.5 Espécies de Ações
O art. 442, CC deixa duas alternativas ao adquirente: 
· Rejeitar a coisa, rescindindo o contrato, mediante ação redibitória; ou (rescisão)
· Conservá-la, malgrado o defeito, reclamando o abatimento no preço pela ação quanti minoris ou estimatória. (conservação).
Assim sendo, o adquirente pode reclamar do vício redibitório em juízo optando por uma de duas ações judiciais:
A ação redibitória consiste no pedido da extinção do contrato, mediante a rejeição da coisa, com o fito de reaver o preço pago. Esse nome redibitório é para exprimir a redibição da coisa.
A ação estimatória consiste no pedido de abatimento do preço, de forma proporcional à diminuição do valor da coisa. Este prejuízo deve ser calculado no momento da celebração do contrato, e não no instante da propositura da ação. Saliente-se ainda, que se o preço já houver sido pago, o pedido da ação consistirá na restituição proporcional do pagamento.
· 2.6 Prazos Decadenciais
Os prazos para ajuizamento das ações edilícias – redibitória e estimatória são decadenciais, sendo eles: - trinta dias para bens móveis e - um ano para bens imóveis, sendo este prazo reduzido à metade se já estava na posse do bem. Nos dois casos, os prazos são contados da tradição.
· 2.7 Hipóteses de descabimento das ações edilícias:
Não cabem tais ações:
- Nas hipóteses de coisas vendidas conjuntamente. O defeito oculto de uma delas não autoriza a rejeição de todas (art. 503, CC), salvo se formarem um todo inseparável.
- Nas de inadimplemento contratual (entrega de uma coisa por outra).
- Nas de erro quanto às qualidades essenciais do objeto que é de natureza subjetiva.
· Conceito: Evicção 
	
	É a perda da coisa em virtude de sentença que reconhece a outrem direito anterior sobre ela. A evicção garante o comprador contra os defeitos jurídicos da coisa, enquanto os vícios redibitórios garantem o adquirente contra os defeitos materiais. Aplica-se à compra e venda e troca (bilateral), mas nas doações não (unilaterais). 
	Visto que se trata de um instituto jurídicoque implica na perda total ou parcial da posse e domínio do bem, por meio de sentença judicial em razão da atribuição do bem a um terceiro.
	Tal instituto é elemento natural dos contratos comutativos, bilaterais e onerosos, que estabelecem a obrigação de transferir domínio, posse ou uso de certa coisa, principalmente nos contratos de compra e venda e na troca.
· 3.1 Requisitos Necessários 
	Para que ocorra a responsabilização do alienante pela evicção será necessário observar os seguintes requisitos: - onerosidade da aquisição do bem, que está prevista no art. 447 do CC, uma vez que se o evicto for destituído do poder de uma coisa adquirida a título gratuito, não terá diminuição de seu patrimônio, não podendo, portanto, valer-se da garantia da evicção; - perda total ou parcial da propriedade ou da posse da coisa pelo adquirente, ou seja, caso não se configure a perda total ou parcial do bem não há que se falar em evicção. 
	A perda total se dá pela privação total da posse ou domínio da coisa adquirida, podendo o evicto pleitear a restituição integral do valor mais as indenizações previstas em lei (art. 450, I a III do CC). Já no que diz respeito à perda parcial, o evicto será privado apenas de uma parte do bem ou de seus acessórios, podendo neste caso optar pela rescisão contratual ou o abatimento no preço proporcionalmente a parte privada de seu domínio. “Art. 450. 
	Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: I – à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; II – à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; III – às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. Parágrafo único. 
	O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.” - sentença judicial transitada em julgado que declare a evicção, obrigando assim a restituição do bem. - inobservância, pelo adquirente da litigiosidade da coisa, conforme dispõe o art. 457 do CC: Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. - denunciação a lide, tomando como base as leis processuais, que determinam quando e como o alienante deve ser notificado do litígio, para que este intervenha no processo (art. 456 do CC).
· CONCLUSÃO
	Concluindo-se que tanto o instituto do vício redibitório como o da evicção apresentam-se como garantias que visam assegurar o direito de uso e posse da coisa adquirida, sem que o adquirente seja privado de seu direito, seja por defeito da própria coisa ou por defeito do contrato, na transmissão da mesma. 
	Embora não sendo fácil a conceituação dos dois institutos entre os doutrinadores, a tarefa foi facilitada porque o entendimento de vício redibitório e evicção decorre do próprio texto do Código Civil, cada um com seu artigo correspondente.

Outros materiais