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1 Seminário Interdisciplinar VII SOCIEDADE DE RISCO: UMA REFLEXÃO SOBRE A MODERNIDADE E A TECNOLOGIA Polo: Alenquer Curso: Licenciatura Disciplina: Seminário Interdisciplinar VII Curuá-Pará 2021 2 Subtítulo: PANDEMIA A Sociedade De Risco Hoje – Ulrich Beck Acadêmicos: CLEUMA PICANÇO, ERIANNY CARVALHO E MÁRIO MAGALHÃES Trabalho apresentado ao curso de Licenciatura Plena em Pedagogia no Centro Universitário Inta- UNINTA, Polo Alenquer-Pá, como requisito de obtenção de nota no Seminário Interdisciplinar VII, tendo como orientador o Profº Geovani Oliveira. Curuá-Pará 2021 3 OBJETIVO GERAL Pesquisar e analisar os efeitos dos impactos causados pela pandemia do covid-19 na sociedade em torno da área da saúde e da Educação. 4 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO.............................................................................................05 2- PANDEMIA: A Sociedade De Risco Hoje – Ulrich Beck............................06 2.1 – A Distribuição Desigual dos Riscos e as Incertezas nos Tempos da Covid-19..................................................................................................06 3- IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NO SISTEMA DE SAÚDE........................09 3.1- O Início – As Características do Covid-19.........................................09 3.2- A Emergência de Saúde Pública Global...........................................11 3.3- A Recessão Econômica da Saúde....................................................11 3.4- As Operadoras de Saúde.................................................................11 3.5- O SUS...............................................................................................12 3.6- Os Hospitais.....................................................................................12 3.7- Os Médicos.......................................................................................13 3.8- Os Pacientes....................................................................................13 4- EFEITOS POSITIVOS DA CRISE DO CORONAVÍRUS................................14 4.1- Mundo Conectado............................................................................14 4.2- Adoção de Novas Tecnologias.........................................................15 43- Surgimento de Inovações..................................................................16 5- D DO CORONAVÍRUS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO......................17 5.1- Quais os Impactos da Pandemia?....................................................17 5.2- Despreparo da Escola, Professor e Alunos.......................................17 5.3- As Famílias Distantes da Escola.......................................................18 5.4- Inacessibilidade a Tecnologia Educacional......................................19 5.5- Ressignificação da Educação com Novas Habilidades.....................20 5.6- Aplicação do Uso da Tecnologia como Aliado da Aprendizagem.....21 5.7- A Inovação Acelerada......................................................................22 5.8- Autonomia e Protagonismo dos Estudantes....................................23 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS: 5 INTRODUÇÃO O presente trabalho é referente ao Seminário Interdisciplinar VII, com o subtítulo: PANDEMIA – Sociedade de Risco Hoje – Ulrich Beck, elaborados pelos acadêmicos: Cleuma Picanço, Erianny Carvalho e Mário Magalhães. O trabalho abordará no seu desenvolvimento sobre a Pandemia do Covid- 19, Impactos do Coronavírus no Sistema de Saúde e os Impactos do Coronavírus na Área da Educação. INTRODUCTION The present work refers to the Interdisciplinary Seminar VII, with the subtitle: PANDEMIA – Society of Risk Today – Ulrich Beck, elaborated by the academics: Cleuma Picanço, Erianny Carvalho and Mário Magalhães. The work will address in its development about the Covid-19 Pandemic, Impacts of the Coronavirus in the Health System and the Impacts of the Coronavirus in the Education Area. 6 PANDEMIA A Sociedade De Risco Hoje – Ulrich Beck A distribuição desigual dos riscos e as incertezas nos tempos de Covid-19 Se a obra Sociedade de Risco fosse escrita hoje, Ulrich Beck teria catástrofes a mais e indagações a menos quanto às possíveis consequências da distribuição de riscos em proporções globais. À época de sua primeira edição, Beck escrevia o prefácio de sua obra a partir das preocupações com o risco da produção industrial na sociedade pós-moderna, em uma espécie de prenúncio às consequências do desastre nuclear de Chernobyl, ocorrido em 1986, pouco depois da publicação do livro. Hoje, a pandemia causada pela Covid-19 nos apresenta uma nova face dos desastres e da desconstrução da categoria do outro no que se refere às fronteiras do perigo e ao impacto social e político de uma crise global. Isso nos faz pensar que Beck é ainda mais pertinente em nossos dias do que nos dele. A passagem da Sociedade de Classes para a Sociedade de Risco apresentada na obra é fundamentada pela percepção de que os riscos da modernidade seriam globais, porém, distribuídos com intensidade diferenciada a partir das estruturas sociais. Nesse aspecto, a incerteza e a magnitude dos riscos originados do desenvolvimento científico e industrial não poderiam ser contidas espacialmente. Com a pandemia instaurada pela Covid-19, o risco abstrato retratado pelo sociólogo alemão se tornou um exemplo de ameaça concreta para o mundo. Ainda que as fronteiras reais e simbólicas entre as sociedades tenham ruído pela difusão global do coronavírus, não poderíamos afirmar que isso tenha ocorrido em relação à segregação da miséria. Embora o vírus não apresente diferenciação quanto à possibilidade de contágio nas diferentes classes sociais, Ulrich Beck – 19444-2015 7 são os menos abastados e não-brancos os mais propensos a morrer em decorrência da Covid-19. Ao prefaciar a obra, Beck estaria, mais uma vez, certo em suas análises de um futuro que se anunciava. A racionalização do risco pela governança mascara, e às vezes, fortalece as estruturas de poder que sustentam a distribuição desigual do risco e das riquezas originadas do processo de produção. Assim como nos lembra o autor, o acúmulo de riquezas é cada vez mais ofuscado pela produção de riscos, compreendidos como efeitos colaterais latentes da lógica de produção. A constatação de Beck a este respeito encontraria alicerce, hoje, nas principais causas que acentuam o surgimento de doenças zoonóticas: a destruição de florestas e outros ecossistemas naturais para a expansão de centros urbanos, terras agrícolas e produção industrial. Soma-se a isso o fato de que as mudanças climáticas impulsionam o surgimento de doença zoonóticas, na medida em que as emissões de gases de efeito estufa desequilibram a temperatura e a umidade planetária, o que acarreta impactos diretos na proliferação de micróbios. Se a Sociedade de Riscos fosse escrita hoje, seria possível oferecer algumas respostas às indagações de Beck quanto ao que poderia ocorrer diante da ampla contaminação por um elemento acentuadamente perigoso. Com a experiência em curso da pandemia causada por Covid-19, os questionamentos ventilados pelo autor quanto à possibilidade de restrições oficiais às liberdades individuais, de manutenção de países em quarentena e de instauração do caos interno apresentariam respostas positivas. Para prevenir a propagação do vírus, a pandemia modificou a organização social, cultural, política e econômica por meio de restrições ou proibições impostas pelos governantes de todos os Estados afetados. Na China, a liberdadede locomoção foi condicionada à comprovação do estado de saúde. Na Itália, as atividades produtivas não essenciais foram suspensas e eventuais deslocamentos dos cidadãos passaram a ser inspecionados por meio de drones. Imagem da internet 8 Nos Estados Unidos, os cidadãos da Califórnia foram submetidos ao confinamento obrigatório. Na Alemanha, a liberdade de reunião foi abolida. No Reino Unido, locais de entretenimento como bares e restaurantes foram fechados. No Brasil, a privacidade dos dados pessoais foi mitigada temporariamente para que o governo pudesse rastrear o contato dos indivíduos, assim como houve a suspensão de aulas em escolas e universidades. Isso nos lembra que direitos fundamentais foram suspensos ou restringidos, ainda que com o consentimento dos cidadãos. O reconhecimento social dos riscos e a aceitação das medidas imposta são amparados pela necessidade e proporcionalidade das restrições que buscam contribuir para o bem-estar da sociedade pelo tempo necessário para o controle da pandemia, fator que ressalta o potencial político das catástrofes. Não obstante, um traço marcante da Sociedade de Risco de Ulrich Beck é a ideia de que o estado de emergência, que legitima a adoção de medidas restritivas governamentais, pode se tornar a regra geral. Nesse aspecto, em uma sociedade de desastre, existe a possibilidade de uma nova organização de poder e responsabilidades públicas a partir do rearranjo dos princípios democráticos fundamentais. Essa nova configuração é impulsionada pela gestão do risco, o que abre margem ao autoritarismo legitimado pela prevenção. Hoje, Ulrich Beck poderia asseverar, assim como o fez em 1986, que nesta sociedade tudo se transforma, ao mesmo tempo que nada muda essencialmente. A produção de riscos ainda prevalece sobre a produção de riquezas e sistematicamente coloca em risco toda a civilização, o que culmina com uma sociedade mais moderna e globalizada a partir da gestão do risco e da incerteza. Embora a compreensão dos riscos futuros gerados pelas práticas atuais de controle da Covid-19 possa oferecer um caminho promissor e importante para o enfrentamento de novos desastres, quase 35 anos depois, permanece irretocável a afirmação exposta pelo sociólogo de que “os sistemas jurídicos não dão conta das situações de fato”. Durante a pandemia do Covid-19 o Brasil registra os estragou que está causando no atual cenário que a sociedade vive. Os pontos atingido no país são: Saúde, Educação, Comércio, etc. Diante das tempestade de problemas que 9 vivemos no dia a dia, o coronavírus veio para testar de fato, o limite da sociedade contemporânea. IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NO SISTEMA DE SAÚDE A pandemia ocorrida em 2020 desencadeou um período de incertezas e enormes desafios nos sistemas de saúde, econômicos e sociais. Os impactos do coronavírus afetam praticamente o mundo todo, com efeitos gravíssimos em todos os países, inclusive o Brasil. As implicações a curto prazo derivadas desse desafio global são evidentes em todos os lugares, mas as consequências a longo prazo da pandemia — ou seja, como ela vai remodelar as instituições, as ocupações e as prioridades em saúde e seu desenvolvimento — ainda são difíceis de imaginar. O INÍCIO DE TUDO - CARACTERÍSTICAS DA COVID-19 Os primeiros casos confirmados do novo coronavírus surgiram na cidade de Wuhan — capital da província de Hubei, na China —, no final de 2019. Depois disso, a COVID-19 se espalhou com rapidez e se disseminou por mais de 200 países. Com isso a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou estado de pandemia em março de 2020. A tendência é de aumento sustentado do número de pessoas acometidas pela doença. As autoridades ainda não têm certeza sobre o tempo de duração da pandemia. Ainda assim, um estudo da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, ressalta os seguintes aspectos: ➢ O período de incubação mais longo, a propagação assintomática e o potencial de transmissão alto parecem ajudar na propagação da COVID-19, inclusive com mais facilidade do que a gripe; Wuhan – China 10 ➢ As mais recentes pandemias de gripe indicam que esse surto tem uma tendência de durar de 18 a 24 meses; ➢ Sua interrupção não deve ocorrer até que 60% a 70% da população esteja imune; ➢ As medidas de controle e outros fatores interferem na ocorrência de casos. Eles podem surgir em ondas de diferentes alturas, com algumas altas sinalizando grande impacto. Ainda devem ocorrer em diferentes intervalos; ➢ Os governos devem desenvolver planos concretos, inclusive gatilhos para o restabelecimento das medidas de mitigação dos impactos do coronavírus . Assim, é possível lidar com os picos da doença quando eles ocorrerem; a pandemia não terminará em breve e as Pessoas precisam estar preparadas para possíveis ressurgimentos periódicos da doença nos próximos dois anos. A EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA GLOBAL A OMS definiu o surto dessa doença como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Entre os impactos do coronavírus, uma série de medidas foi lançada para conter a elevada disseminação do microrganismo, por exemplo: ❖ Aplicação da quarentena e proibição de viagens nacionais e internacionais; ❖ Restrições à circulação de pessoas, mercadorias e serviços; ❖ Interrupção das atividades de trabalho e lazer; Presidente da OMS – imagem da internet 11 ❖ Suspensão das atividades escolares, comerciais e de empresas com serviços ❖ Considerados como não essenciais, como lanchonetes, centros de estética, bares etc. A RECESSÃO ECONÔMICA E OS IMPACTOS DO CORONAVÍRUS O isolamento social, embora absolutamente correto para a contenção da disseminação da doença, afeta a saúde econômica global. Há expressivos resultados negativos na indústria, no comércio e no sistema financeiro mundial Todas as áreas são diretamente afetadas pela interrupção das atividades em âmbito mundial. A recessão econômica global é estimada em 3%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Os reflexos, obviamente, são gigantescos na sociedade brasileira. Isso acontece especialmente pela enorme desigualdade do País, já que os mais necessitados são ainda mais afetados nessa situação. Além da inevitável recessão, a desorganização administrativa pode acarretar um longo período de recuperação devido aos impactos do coronavírus. AS OPERADORAS DE SAÚDE No segmento da saúde suplementar, mais de 80% dos planos de saúde são empresariais. Com a recessão, pessoas estão perdendo seus empregos. A estimativa da taxa de desemprego é de 17,8% Quanto maior a taxa de desemprego, menor o número de pessoas com planos empresariais. É pouco provável que essas pessoas migrem para planos individuais, que são praticamente inacessíveis no Brasil. Em outras palavras, a saúde suplementar deve vivenciar longo período com maior nível de inadimplência, além da redução do número de usuários e da receita. Ainda é possível observar o encolhimento no número de operadoras ativas devido a fusões e aquisições por grandes empresas já verticalizadas. Imagem da internet 12 O SUS Por sua vez, o segmento de saúde pública — SUS — é cronicamente subfinanciado e deverá sofrer os impactos do coronavírus a partir de dois fenômenos: ❖ dificuldade de acesso a recursos, determinado pelas restrições orçamentárias que o governo federal deverá impor devido à contração da economia; ❖ necessidade de acolher um número maior de usuários, que migrarão da saúde suplementar. Sendo assim, o SUS, com menos recursos, terá mais pessoas para atender. OS HOSPITAIS Os hospitais passam por um período especialmente difícil e sofrem os impactos do coronavírus. Com taxas de ocupação acima de 60%, devido ao adiamento e/ou o cancelamento de procedimentos eletivos, enfrentam o desafiodo alto custo fixo de uma organização hospitalar. Há a necessidade de contratar mais profissionais e gerenciar recursos críticos, como leitos de UTI, equipamentos de proteção individual, insumos e ventiladores mecânicos. Desse modo, é possível atender os pacientes acometidos pela COVID-19 com segurança. No entanto, esse cenário faz com que o aumento das despesas seja somado à redução das receitas. OS MÉDICOS Imagem da internet Imagem da internet 13 Muitos médicos e demais profissionais de saúde têm sua renda principal derivada da sua atuação na atenção primária, como profissionais autônomos. Aqui, estão incluídos os atendimentos em ambulatórios, consultórios e clínicas. Esses profissionais já sofrem os impactos do coronavírus no quesito financeiro, com perdas significativas de investimentos realizados devido ao cancelamento de consultas e procedimentos. Por sua vez, os profissionais na linha de frente dos hospitais estão sujeitos ao risco direto de exposição ao novo coronavírus e ao alto índice de adoecimento físico e psicológico. OS PACIENTES O componente mais sensível desse Ecossistema é o paciente. Entre 20% e 30% das pessoas evoluem e apresentam a manifestação mais grave da COVID-19. Com isso, precisam de tratamento em regime de internação hospitalar — muitos em unidades de terapia intensiva. Embora qualquer pessoa esteja sob risco de adquirir a COVID-19, tipicamente, os pacientes com manifestação grave da doença são: ➢ Os mais idosos; ➢ Os portadores de doenças crônicas, com destaque para as cardiovasculares, pulmonares, hipertensão e diabetes, qualquer que seja a idade. Um dos impactos do coronavírus é, portanto, o medo que se instalou entre a população. Isso faz com que muitos pacientes com doenças crônicas suspendam o controle regular da doença e evitem comparecer aos ambulatórios com o temor de se expor ao vírus. Imagem da internet Imagem da internet 14 O movimento nas unidades de pronto atendimento também reduziu de maneira significativa. Um dos fatores foi o direcionamento aos hospitais dos pacientes com infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC) agudo em fase avançada. Com isso, perde-se a oportunidade para intervenção precoce. Esse fenômeno, provavelmente, está levando ao aumento da morbidade e da mortalidade nesses casos. De forma perversa, o aumento da morbidade em doenças crônicas impõe maior sobrecarga em todo o sistema de saúde, com elevação de custos e da letalidade, além de graves consequências sociais. Esses são os principais impactos do coronavírus, que afetam todos os envolvidos no sistema de saúde. PONTOS POSITIVOS QUE PODEMOS TIRAR DA CRISE DO CORONAVÍRUS Estamos vivendo um momento sem precedentes na história recente da humanidade. Nenhum de nós viveu algo parecido. Quarentenas no mundo inteiro, governos tendo escolher quem vive e quem morre, mercados se dissolvendo em dias. Os impactos dessa crise ainda vão durar meses e anos. Mas será que conseguimos já ver alguns pontos positivos que sairão dessa crise? MUNDO CONECTADO A transformação digital é algo que todas as empresas buscam. Mas como nem sempre é prioridade, acaba sendo um processo lento para muitas delas. O que vemos nas últimas semanas é uma necessidade instantânea de boa parte das empresas a se adequarem ao trabalho e processos remotos. Como a conexão presencial, pelo menos, por enquanto, não é possível, o mundo está se preocupando em estabelecer, da melhor forma possível, conexões online. 15 Claro que ao menos parte disso será diminuída quando a quarentena acabar, mas com certeza as pessoas estarão mais preparadas para interagir virtualmente. ADOÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS Se estamos vivendo um momento de crise, isso não é a realidade de ferramentas e plataformas online de maneira geral. Várias empresas de diversos setores, do dia para a noite, se viram obrigadas a adotar tecnologias que por anos ignoraram ou relutaram em utilizar. Vamos ver alguns exemplos claros de onde isso está acontecendo e porque este é um dos pontos positivos que destacamos aqui: Escolas e universidades tem adotado o modelo de EAD como um formato paliativo. Agora no começo existem mais dificuldades do que acertos, mas à medida que as semanas passam esse processo fica mais fluido e com certeza será uma ferramenta mais utilizada após a crise Telemedicina – Aqueles que não estão cuidando diretamente do Coronavírus muitas vezes estão vendo seus escritórios esvaziados e, por isso, tem pensado novos formatos de continuar atendendo os seus pacientes. Muitas vezes já passamos por situações de atendimentos médicos de poucos minutos, para os quais passamos horas na fila de espera. Muitos desses atendimentos podem e estão sendo feitos à distância como, por exemplo, atendimentos psicológicos. Essa é uma prática que exige principalmente mudança cultural e essa mudança está sendo acelerada pela crise. Eventos online – um grande problema dos eventos online é que a experiência ainda não consegue ser tão interativa e rica quanto momentos presenciais. A abrupta necessidade de mudar todos os eventos para o online tem feito várias pessoas do mundo inteiro se juntarem para pensar nesse formato. Com certeza este aprendizado continuará depois. Imagem da internet 16 Gestão à distância – já existem várias ferramentas de gestão de times a distância. Nos últimos dias e nas próximas semanas, times do mundo inteiro estiveram e estarão aprendendo na marra a utilizar essas ferramentas. Quando sairmos da crise, muitos deles continuarão com essas práticas ou ao menos parte delas. SURGIMENTO DE INOVAÇÕES De uma hora para outra milhares de novos problemas surgiram nas organizações. Problemas de produção, logística, RH, Marketing, vendas, etc. Esses vários problemas podem quebrar muitas empresas no processo. No entanto aquelas que estão desenvolvendo inovações irão se manter ativas e possivelmente mais fortes. Estamos vendo esse ponto positivo atuar em diferentes setores: Academias viram seus clientes sumirem do dia para a noite. Como resposta alguma migraram para aulas online, estão lançando aplicativos próprios e ampliaram a sua forma de atuação. Hoje elas estão testando isso muitas vezes de formas gratuitas, mas vários negócios surgirão dessas inovações Tudo foi para o delivery – em curto prazo a única saída para o comércio é o delivery, então estamos experimentando o delivery de tudo. Da grande rede de varejo a lojinha do bairro, todos estão inovando nos seus formatos de entrega. Alguns até criando modelos de pagamento recorrente para garantir o fluxo de clientes. Colaboração intensa entre empresas – Como os problemas enfrentados pela queda de vendas, dificuldades de logística, gestão de pessoas e vários outros pontos são comuns entre os vários tipos de empresas, várias parcerias para resolver os mesmos problemas tem surgido. Isso é a essência do open inovation sendo praticada por milhares de empresas ao mesmo tempo É claro que a crise do Coronavírus é algo terrível do ponto de vista médico, financeiro e social, mas até da pior das soluções é possível enxergar pontos Imagem da internet 17 positivos. Os empreendedores devem se atentar a ver esses pontos o quanto antes para aproveitar as oportunidades que surgem deles IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO QUAIS SÃO OS IMPACTOS DA PANDEMIA? Portões fechados e alunos distantes das salas de aulas. Esse cenário com milhares de escolas fechadas em diversos países não se repetia desde a Segunda Guerra Mundial, evidenciando novamente todo o zelo que devemos ter com o ensino, que desta vez foi escancarado pela relação indireta entre Educação e Coronavírus. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), agênciada ONU responsável por acompanhar e apoiar a educação, comunicação e cultura no mundo, a pandemia da COVID- 19 já impactou os estudos de mais de 1,5 bilhão de estudantes em 188 países – o que representa cerca de 91% do total de estudantes no planeta. Em meio a esse panorama assustador e conturbado, não apenas na questão de saúde mas também do aprendizado das crianças e dos jovens, os impactos no ensino são vários. Enquanto alguns escancaram alguns problemas na área da Educação, outros podem ter oportunidades de crescimento e evolução, basta que saibamos trabalhar de maneira coordenada, colaborativa e inovadora. DESPREPARO DAS ESCOLAS, PROFESSORES E ALUNOS A verdade é que, para não dizer ninguém, pouquíssimas pessoas imaginavam uma pandemia com as proporções que a COVID-19 alcançou. Como consequência disso, praticamente organização nenhuma estava Imagem da internet 18 preparada para lidar com as consequências naturais impostas pelo distanciamento e isolamento social. Inúmeros setores estão sofrendo para se adaptar e encontrar formas de superar essa situação atribulada. A área da Educação não teria como escapar desses enormes desafios, os quais mostram o despreparo de toda a comunidade escolar para um cenário em que a tecnologia pode ser um instrumento facilitador do processo de aprendizagem. A maioria das escolas não conta com o suporte necessário para o oferecimento do ensino remoto ou a distância. Apesar de até estarem mais presentes em instituições do Ensino Superior, as plataformas digitais eram aproveitadas pela minoria dos estudantes da Educação Básica. E do dia para a noite as escolas precisaram encontrar maneiras de se adaptar a essas “novas tecnologias” – que não são tão novas assim. Além disso, são poucos os professores que tiveram a formação adequada para lecionar a distância. Preparar uma aula remota é bem diferente da prática presencial de sala de aula, a dinâmica de interação com os alunos é outra, as formas de comunicação com familiares muda e o conhecimento das tecnologias educacionais é imprescindível. As crianças e os jovens também não estavam acostumados a rotinas mais pesadas de estudos em casa, ambiente no qual normalmente priorizavam atividades de descanso e entretenimento. De maneira geral, os estudantes não possuíam a maturidade para lidar com a autonomia implícita no ensino a distância, em especial os alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. As dificuldades são várias, mas são normais. Não devemos nos assustar, esse cenário de educação e Coronavírus é novo para todos. O importante é que saibamos, com humildade, identificar essas falhas e dediquemos esforços para corrigi-las. AS FAMÍLIAS DISTANTES DA ESCOLA Imagem da internet 19 O afastamento das escolas, levando as crianças e os jovens a estudarem em casa, mostrou em muitos casos o quanto as famílias estavam até então afastadas da escola e do aprendizado de seus filhos. Ao terem que acompanhar mais de perto a rotina de estudos deles, pais e mães perceberam a necessidade de estarem mais próximos e inteirados do material didático, das metodologias adotadas e dos professores. Esse processo tem seus desgastes para ambos os lados. Os familiares e responsáveis se vêem sobrecarregados com essa nova demanda combinada ao trabalho no formato home office e afazeres do lar, mas passam a valorizar mais os professores e a escola. Do outro lado, as instituições de ensino passam a ser mais cobradas por pais e mães agora com melhor entendimento da aprendizagem dos estudantes. Apesar de alguns entraves, o balanço dessa quarentena pode e deve ser positivo. No fim, todos querem e estão buscando o melhor ensino para as crianças e os jovens, portanto precisamos estabelecer relacionamentos respeitosos, transparentes e objetivos. INACESSIBILIDADE A TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS Outro problema que no fundo todos temos ciência, mas que foi escancarado pela pandemia do Coronavírus na Educação, é a desigualdade social e de acesso a tecnologias, o que na área da Educação causa um abismo entre aqueles que podem dar continuidade ao seu processo de Imagem da internet Imagem da internet 20 aprendizagem e outros que sequer possuem um dispositivo eletrônico com conexão à internet dentro de casa. As tecnologias educacionais são a principal solução para a situação que vivemos e de maior potencial de inovação na maneira como ensinamos crianças e jovens. Contudo, a realidade brasileira está bem longe de ser igualitária, infelizmente. Segundo pesquisa do IBGE, apenas 57% da população do nosso país possui um computador em condições de executar softwares mais recentes. Outro estudo realizado em 2018, a Pesquisa TIC Domicílio, aponta que mais de 30% dos lares no Brasil não possuem acesso à internet, que é praticamente indispensável para o serviço de ensino remoto. O resultado disso é uma inevitável acentuação da desigualdade de acesso não só ao ensino de qualidade, mas do ensino básico, causando um deficit de aprendizagem ainda maior do que já temos entre alunos do sistema público e da rede particular. RESSIGNIFICAÇÃO DA EDUCAÇÃO COM NOVAS HABILIDADES O motivo não foi agradável, é verdade, mas o distanciamento social e a suspensão das aulas presenciais impuseram um momento de reflexão para toda a comunidade escolar. Com a paralisação forçada, educadores, pesquisadores e gestores da área da Educação estão buscando meios de renovar o ensino. É a oportunidade de ressignificar a Educação e de pensar em maneiras mais efetivas de desenvolver novas competências nas crianças e nos jovens, as chamadas habilidades do futuro. E os números nos provam isso. Conforme relatório da Dell Technologies, mencionado em reportagem da Época Negócios, aproximadamente 85% das profissões em 2030, aquelas que serão ocupadas pelas gerações Z e Alpha, sequer existem hoje em dia. Em meio a esse dinamismo das forças de trabalho e das incertezas de formação, o profissional que possui interesses mais variados e estudos em Imagem da internet 21 diversos campos do conhecimento obtém muita vantagem. Dentre essas capacidades e habilidades do futuro, mas que já se mostram diferenciais, estão: ✓ Pensamento crítico e aprendizagem ativa ✓ Criatividade e originalidade ✓ Resolução de problemas complexos ✓ Flexibilidade cognitiva ✓ Inteligência emocional ✓ Trabalho em equipe ✓ Gestão de pessoas ✓ Negociação ✓ Tomada de decisões ✓ Orientação a serviços A própria pandemia da COVID-19 ressalta a relevância dessas competências. Em um mundo cada vez mais globalizado, todos estão interconectados, ou seja, uma ação pode ter impacto e influência no planeta inteiro. Assim, os profissionais de diferentes segmentos precisam ter esse entendimento e saber avaliar as consequências de decisões em diferentes contextos. Por sua vez, as escolas precisam ensinar os estudantes a pensarem, explorarem sua criatividade para solucionar problemas complexos, e não apenas decorarem o conteúdo para acertar as questões cobradas em uma prova ou trabalho – premissas que são a base das escolas inovadoras. AMPLIAÇÃO DO USO DA TECNOLOGIA COMO ALIADA DO APRENDIZADO Há alguns anos, algumas iniciativas procuram levar o ensino para fora dos muros da escola, ganhando terreno gradualmente. A pandemia fez com que esse processo fosse acelerado, e muito, provando que o processo de aprendizagem pode e deve acontecer fora da sala de aula. 22 Para isso se concretizar, o suporte da tecnologia é fundamental, primeiramente eliminando qualquer barreira física ou geográfica de comunicação e interação. Contudo, as ferramentas tecnológicas vão além, pois proporcionam a adoção de conteúdos variados e mais interativos, como videoaulas, infográficos, animações, realidade aumentada, jogoseducacionais, tours virtuais em locais famosos e muito mais, auxiliando na Educação em tempos de Coronavírus. As tecnologias educacionais promovem ainda meios de colaboração para a execução das atividades e de compartilhamento de experiências de maneira assíncrona, ou seja, as participações são registradas e acessadas por todos a qualquer momento. Os principais benefícios do uso da tecnologia educacional são: ➢ Desperta o maior interesse e prende a atenção dos alunos. ➢ Auxilia na percepção e na resolução de problemas reais. ➢ Insere os jovens no debate social e contribui para a formação do senso crítico. ➢ Trabalha a responsabilidade na utilização da internet e dos recursos digitais. ➢ Contribui para democratizar o acesso ao ensino. ➢ Oferece feedback imediato e constante a professores, alunos e responsáveis. ➢ Permite traçar um plano de ensino adequado a cada aluno. INOVAÇÃO ACELERADA Momentos de crise sempre impulsionaram a inovação da sociedade em diversas frentes, e a pandemia do Coronavírus deve ser encarada como uma Imagem da internet 23 nova oportunidade de acelerarmos não só a utilização de tecnologias educacionais, como discutimos no tópico anterior, mas também de alavancar mudanças nas metodologias de ensino amplamente adotadas pelas escolas. A suspensão das aulas forçou as instituições e órgãos educacionais do mundo todo a procurar experiências inovadoras de aprendizado remoto, mais dinâmicas, efetivas e condizentes com o ensino a distância. Enquanto isso, os educadores estão tendo a iniciativa de testar novas maneiras de ensinar, e a combinação dessas movimentações representa uma enorme evolução para a Educação. Avanço esse que era mais do que esperado e necessário para uma área tradicionalmente resistente a mudanças e adoção de novas tecnologias e metodologias. Queremos e precisamos construir jornadas de aprendizagem mais integradas e cativantes para professores, alunos e familiares. E para que isso seja alcançado, o compartilhamento de boas práticas é fundamental! AUTONOMIA E PROTAGONISMO DOS ESTUDANTES Se por um lado a imposição do ensino remoto e a distância causa uma perturbação geral da rotina de estudos, a perspectiva dessa nova realidade é o estímulo ao desenvolvimento de novas habilidades, principalmente da autonomia dos alunos, colocando-os como protagonistas do seu próprio processo de aprendizagem. Vendo-se obrigadas a direta ou indiretamente organizar sua rotina de estudos em casa, gerenciar seu tempo, planejar a realização das atividades, entre outras tarefas, as crianças e os jovens estão aprendendo sobre si mesmos. Eles estão percebendo qual é o seu ritmo de aprendizado, quais são suas aptidões e identificando quais são suas dificuldades. Imagem da internet Imagem da internet 24 Esse autoconhecimento não traz benefícios unicamente para os estudantes, mas para todos e tudo que os cercam. De maneira geral, a autonomia e o protagonismo: ❖ Reforçam o compromisso das escolas com a formação integral dos estudantes. ❖ Promovem o engajamento dos estudantes com o conteúdo e a prática pedagógica. ❖ Desenvolvem a capacidade de tomar decisões e a responsabilidade dos jovens alunos. ❖ Contribuem para o desenho do projeto de vida e a preparação do estudante para o futuro. ❖ Estimulam a participação dos jovens nas esferas política, social, econômica e cultural. Assim, nesse moderno processo educacional, o estudante tem muito mais liberdade e flexibilidade de adequar os estudos ao seu perfil de aprendizado, enquanto o professor atua muito mais como um mediador entre os conteúdos, as tecnologias e os alunos. POR UMA EDUCAÇÃO MELHOR E MAIS FORTE Conforme mencionado, é sabido que crises globais ao longo da história promoveram grandes invenções e inovações. Este momento de isolamento social que vivenciamos é complicado, mas vamos superá-lo. Porém, não podemos deixar que esse período seja desperdiçado, precisamos usá-lo como propulsor para mudar e melhorar a Educação. 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS O referente trabalho nos proporciona analisar e refletir sobre a Teoria do Filósofo Alemão Ulrich Beck, relacionado a Sociedade de Risco que estamos vivendo atualmente, a pandemia do covid-19 no mundo. Podemos analisar os impactos causados na área da saúde e educação que está afetando milhões e milhões de pessoas. Os efeitos negativos na área da saúde são: A emergência na saúde pública global, a recessão econômica da Saúde, as operadoras de saúde, o SUS, os médicos, hospitais e os pacientes, que estão sendo bastante afetados devido à falta de recursos e estruturas, que possa suprir as necessidades diante de uma catástrofe instalada no planeta. Dentre essas dificuldades na área da saúde, podemos apontar efeitos positivos como: O mundo conectado, adoção de novas tecnologias e surgimento de inovações que está ajudando os profissionais da Saúde a enfrentar e combater esses grandes desafios. Na área de educação não foi diferente quanto os outros setores que foram afetados pelo coronavírus. Um dos impactos negativos no sistema educacional foi o despreparo da escola, professor e alunos, a inacessibilidade a tecnologias educacionais e as famílias distantes das escolas. Mas porém, podemos verificar que a educação ganha um novo panorama em relação ao ensino-aprendizagem, como por exemplo: A ressignificação da educação com novas habilidades, aplicação do uso da tecnologia como aliada da aprendizagem, a Inovação acelerada e a autonomia e protagonismo dos estudantes, que está ajudando a suprir o ensino-aprendizagem do aluno pela falta das aulas presenciais. “Podemos estar no começo de um processo histórico de habituação. Pode ser que a próxima geração, ou a geração depois da próxima, não se incomode mais com imagens de defeitos congênitos, como aquelas dos peixes e pássaros cobertos de tumores que circulam agora ao redor do mundo, assim como não estamos mais incomodados hoje com valores violados, com a nova pobreza e um permanente alto nível de desemprego em massa” Ulrich Beck 26 REFERÊNCIAS https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/a-sociedade-de-risco-hoje- 05092020?amp=1 https://sae.digital/educacao-e-coronavirus/ https://www.gazetadopovo.com.br/economia/retratos-da-economia-comercio- servicos-coronavirus/ https://bizcool.com.br/pontos-positivos-da-crise-do- coronavirus/?utm_source=Aceleradas+%2B+TakeFive+- +JUL2019&utm_campaign=623b33c41d- EMAIL_CAMPAIGN_2019_07_24_02_03_COPY_01&utm_medium=email&utm _term=0_428fa86566-623b33c41d-593590881 https://www.drgbrasil.com.br/valoremsaude/impactos-do- coronavirus/#:~:text=Um%20dos%20impactos%20do%20coronav%C3%ADrus, de%20se%20expor%20ao%20v%C3%ADrus https://blogdolabemus.com/2020/08/31/o-sociologo-que-poderia-nos-salvar-do- coronavirus-por-adam-tooze/ https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/a-sociedade-de-risco-hoje-05092020?amp=1 https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/a-sociedade-de-risco-hoje-05092020?amp=1 https://sae.digital/educacao-e-coronavirus/ https://www.gazetadopovo.com.br/economia/retratos-da-economia-comercio-servicos-coronavirus/ https://www.gazetadopovo.com.br/economia/retratos-da-economia-comercio-servicos-coronavirus/ https://www.drgbrasil.com.br/valoremsaude/impactos-do-coronavirus/#:~:text=Um%20dos%20impactos%20do%20coronav%C3%ADrus,de%20se%20expor%20ao%20v%C3%ADrus https://www.drgbrasil.com.br/valoremsaude/impactos-do-coronavirus/#:~:text=Um%20dos%20impactos%20do%20coronav%C3%ADrus,de%20se%20expor%20ao%20v%C3%ADrus https://www.drgbrasil.com.br/valoremsaude/impactos-do-coronavirus/#:~:text=Um%20dos%20impactos%20do%20coronav%C3%ADrus,de%20se%20expor%20ao%20v%C3%ADrus https://blogdolabemus.com/2020/08/31/o-sociologo-que-poderia-nos-salvar-do-coronavirus-por-adam-tooze/ https://blogdolabemus.com/2020/08/31/o-sociologo-que-poderia-nos-salvar-do-coronavirus-por-adam-tooze/