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Abandono de idosos em questão na contemporaneidade 
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Abandono de idosos em questão na contemporaneidade”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
O abandono dos idosos no Brasil
Com a ilusão de ser eternamente jovem, País sofre com o aumento da expectativa de vida da população. Falta de planejamento gera impasses de difícil solução, como o crescimento do número de pessoas em asilos e a falta de uma poupança para garantir uma boa velhice.
Um país eternamente jovem está com dificuldades para lidar com seus cabelos brancos. Ficar vivo por mais tempo, o que deveria ser uma boa notícia para todos, virou um desafio econômico pessoal para os brasileiros — e uma bomba relógio de efeitos incalculáveis para o sistema de assistência social. Na parte baixa da pirâmide, onde estão os mais pobres, começa a ser sentido o aumento no número de idosos desamparados pela família. Os albergues públicos estão lotados e a demanda por vagas entre pessoas de mais de 60 anos não para de crescer, segundo estudo do Ministério do Desenvolvimento Social. Entre os mais favorecidos, o problema é de falta de poupança e planejamento. Levantamento recém-concluído pelo Banco Mundial indica que os brasileiros de todas as idades são pouco precavidos, parecem ocupados demais com seus problemas no presente e não estão se preparando para a velhice. Apenas 11% declaram fazer economia para o futuro, contra uma média global de 21%.
Envelhecimento rápido
“A situação é muito grave e só tende a piorar. As pessoas não conseguem fazer um pé de meia para ter uma renda estável e segura depois que se aposentam”, afirma Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil. “É natural que cresça o número de pessoas idosas que vivem sozinhas porque a população em geral está envelhecendo, mas o crescimento é muito alto e o número de instituições de longa permanência ou asilos não é suficiente para atender às necessidades.” Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2012 e 2017, a população de idosos no País saltou 19,5%, de 25,4 milhões para mais de 30,2 milhões de pessoas. No mesmo período, o número de homens e mulheres com 60 anos ou mais nos albergues públicos cresceu 33%, de 45,8 mil para 60,8 mil. Se forem considerados também os alojamentos privados, a cifra sobe para 100 mil. O desamparo familiar cresce mais rápido que a expectativa de vida — e o País carece de um projeto para reforçar os cuidados prolongados e a assistência na velhice.
TEXTO II
TEXTO III
Abandono de idosos
A relação da sociedade com os idosos e o tratamento dado a eles têm me preocupado muito. Só de observarmos as discussões em torno da reforma previdenciária, percebemos que estamos longe do ideal como nação. Diante disso, acredito que a informação poderá nos ajudar a mudar a conduta e, assim, a melhorarmos como país.
De acordo com a legislação brasileira, idosos são todos aqueles que completaram 60 anos. Eles constituem a camada da população que mais cresce. Dados do Censo Demográfico 2010, realizado pelo IBGE, revelaram um aumento da população com 65 anos ou mais, que era de 4,8% em 1991, passou par a 5,9% em 2000 e chegou a 7,4% em 2010. No Brasil, existem 17 milhões de idosos, número que quase dobrou nos últimos 20 anos. O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida devido ao avanço no campo da saúde e à redução da taxa de natalidade. Isso porque, também segundo o IBGE, a população brasileira vive hoje, em média, 68,6 anos.
Pouco sabemos dos delitos relacionados ao cuidado dos idosos: comete crime quem abandona o idoso em casas de saúde, entidades de longa permanência ou semelhantes; nega o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, pela recusa dele em dar procuração à entidade de atendimento; submete o idoso a condições desumanas ou degradantes ou deixa-o sem alimentos ou cuidados indispensáveis; não satisfaz as necessidades básicas do idoso quando obrigado por lei ou mandado; apropria-se de ou desvia bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, utilizando-os de forma diferente de sua finalidade; retém o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com o objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida.
Como tem aumentado o número de idosos, aumentaram também os casos de abandono, crime que pode render até 16 anos de prisão para quem o pratica. Assim, se os filhos ou parentes próximos deixarem o idoso em alguma casa de repouso, pagarem a mensalidade, mas não forem visitá-lo, isso vai caracterizar abandono afetivo. Nesse caso, cabe também processo civil indenizatório por danos morais. Além disso, quando se trata de crimes penais, o Ministério Público pode mover ação mesmo sem o consentimento da vítima. Dessa forma, a pessoa que tinha o idoso sob seus cuidados será responsabilizada.
Para o crime de abandono de incapaz a pena é de seis meses a três anos de prisão. Caso o abandono resulte em lesão corporal grave, a pena pode ser aumentada para até cinco anos. Se, no entanto, a vítima morrer por causa disso pode chegar a 12 anos. A pena aplicada pelo juiz é aumentada em um terço caso a vítima seja idosa, alcançando até 16 anos de reclusão. O Estatuto do Idoso determina a existência de entidades governamentais e não governamentais de atendimento ao idoso. Elas também devem ser responsabilizadas a partir de denúncias, podendo ser só advertidas ou até proibidas de atender os idosos.
Para que uma pessoa possa entregar um idoso aos cuidados de uma casa de repouso, ou até mesmo aos cuidados de profissional competente (enfermeiros, cuidadores), sem que isso caracterize abandono, é necessário que ela fiscalize de perto a fim de checar se o idoso recebe atendimento e atenção adequados. É importante que a pessoa faça visitas regulares ao idoso e verifique seu estado de saúde e o estado emocional.
A questão do analfabetismo digital no Brasil
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A questão do analfabetismo digital no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Analfabetos digitais no Brasil
O processo de transformação digital já se faz presente no mundo há alguns anos e nos traz novos desafios, tendências, e nos leva a repensar a forma como agimos em nossa vida privada e pessoal. São inquestionáveis os benefícios da tecnologia: a comunicação ficou muito mais fácil e o acesso às notícias e informações ficou mais fluente, a alguns toques na tela. Porém, nem tudo são flores.
Apesar de toda a facilidade e comodidade que as novas ferramentas nos proporcionam, a verdade é que muitas pessoas não as usam corretamente ou mesmo não fazem parte de sua realidade social. Para se ter uma ideia, no Brasil, enquanto ainda discutimos o analfabetismo funcional, as atenções de outros países já estão voltadas para um novo problema educacional: o analfabetismo digital.
Relatório anual The Inclusive Internet Index 2019, elaborado pela revista britânica e patrocinado pelo Facebook, avaliou, recentemente, como a internet contribui, positivamente, para melhorar fatores socioeconômicos em nível global. O Brasil aparece na 31ª posição no ranking geral de 100 países, que avalia preparo, facilidade de acesso, disponibilidade e relevância da internet em nível global. No quesito de preparo,que abrange as categorias alfabetização, confiança e segurança no uso da internet e políticas de incentivo do uso da web, o país ficou nas posições 66ª, 21ª e 50ª, respectivamente.
Infelizmente, os dados mostram que nosso país ainda tem seu avanço travado pelo nível de preparo e educação digital. Nesse contexto, gosto de destacar o conceito “cidadania digital”, que é o uso responsável das tecnologias pelas pessoas. Como cidadãos, temos o direito e o dever de saber usar corretamente as inovações tecnológicas que surgem ao nosso redor, mas nem todos se relacionam com as informações da internet. Ou pior: alguns têm fácil acesso à tecnologia, mas não a usam adequadamente e, por isso, confiam facilmente no que é dito nas plataformas on-line.
E aí digo um dos pontos que entristecem nós, educadores: uma das posições mais altas alcançadas pelo Brasil no ranking da The Economist foi o nível de confiança em informações compartilhadas em redes sociais. Enquanto ficamos em 4º lugar nesse quesito, a Suécia tem uma população mais desconfiada e ficou em 62º lugar. Ou seja, ainda não somos alfabetizados quando o contexto é a confirmação da veracidade dos fatos noticiados no meio digital.
Espero, de verdade, que nos próximos anos esses índices mudem. Afinal de contas, em uma sociedade cada vez mais dependente da tecnologia, o futuro não pertencerá mais aos que sabem usá-la, mas sim àqueles que podem geri-las. Para isso, temos um longo caminho para percorrer para que o exercício da cidadania no ambiente virtual ocorra para todos. Portanto, enfatizo a necessidade de que a educação tecnológica aconteça ainda na infância, para que nossas crianças não usem as novas ferramentas somente como um passatempo, mas também como uma poderosa ferramenta de inclusão e desenvolvimento socioeconômico.
TEXTO II
Brasil é um dos países mais visados para grandes ataques hackers, entenda
Ataques digitais de grande porte, que afetaram o STJ (Superior Tribunal de Justiça), o Ministério da Saúde e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), levantaram dúvidas sobre a situação atual da cibersegurança brasileira. Legislação ineficiente, tamanho da população e falta de educação digital são alguns dos desafios para que o país suba nesta lista, de acordo com especialistas ouvidos por Tilt.
No levantamento de 2019 da ITU (União Internacional de Telecomunicações, na sigla em inglês), o país está na 70ª colocação. Nas Américas, tem a sexta colocação, atrás do Paraguai. O índice da ITU analisa o comprometimento com segurança cibernética dos países. Leva em conta critérios como a legislação para cibercrimes, mecanismos antiataques e até mesmo sistemas de proteção online para crianças. Os três primeiros colocados do ranking são Reino Unido, Estados Unidos e França, respectivamente. Para Paulo Lício de Geus, professor associado de ciência da computação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o país tem uma infraestrutura adequada, mas a supervisão aos sistemas de informática precisa melhorar. “A gestão de TI [tecnologia da informação] deveria cuidar de segurança também, não apenas da TI funcionando”, disse.
Já o professor de direito digital da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marcelo Chiavassa, aponta que a população ativa na internet faz do Brasil algo atrativo para cibercriminosos. “O Brasil é um dos maiores países do mundo em termos econômicos, de população, por isso estamos na linha de frente dos ataques. O que adianta atacar o Paraguai e afetar 2 milhões de pessoas enquanto aqui você ataca São Paulo e acerta quase 20 milhões? Não dá para comparar com Paraguai; somos uma das dez maiores economias do mundo, estaremos sempre sendo visados”, afirma.
Causas e consequências da dependência digital dos jovens na contemporaneidade
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Causas e consequências da dependência digital dos jovens na contemporaneidade”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
1 em cada 4 jovens está viciado em celular, aponta estudo britânico
Quase um quarto dos jovens é tão dependente dos próprios celulares que eles passaram a ser considerados viciados nos dispositivos. Um estudo, realizado por pesquisadores do King’s College de Londres, afirma que esse comportamento viciante significa que as pessoas ficam “em pânico” ou “chateadas” se lhes for negado acesso constante aos aparelhos. Os jovens também não conseguem, segundo a pesquisa, controlar a quantidade de tempo que passam diante dos smartphones. Para os pesquisadores, esse vício está associado a problemas de saúde mental.
O levantamento publicado na BMC Psychiatry analisou 41 estudos anteriores envolvendo 42 mil jovens em investigações sobre o “uso problemático de smartphones”. O estudo constatou que 23% tinham comportamento classificável como vício, como ansiedade por não poder usar o telefone, por não conseguir moderar o tempo gasto e passar tanto tempo usando o smartphone que isso prejudicava a realização de outras atividades.
TEXTO II
Quando a dependência tecnológica pode se tornar doença
A dependência tecnológica, que inclui o “uso abusivo” da internet, redes sociais, celulares e jogos, não é dimensionada no Brasil, mas, para alguns especialistas, o assunto já é um problema a ser enfrentado.
Segundo relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, o Brasil tem 120 milhões de usuários de internet, o quarto maior volume do mundo, atrás de Estados Unidos, Índia e China.
Em 2016, o Brasil foi considerado o segundo país que mais usa o WhatsApp no mundo, em um levantamento do Mobile Ecosystem Forum. O primeiro lugar ficou com a África do Sul.
Embora não haja indicadores de quantos usuários são considerados dependentes, estudos dão pistas sobre os riscos de se tornar viciado.
Para o professor Rafael Sanches, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, o uso excessivo da internet pode ser uma válvula de escape.
Ele chama a atenção para o fato de a tecnologia estar muito presente no cotidiano e, por isso, nem tudo pode ser considerado vício. “A tecnologia faz parte da nossa rotina, não dá para dizer que, só pelo fato da pessoa ficar horas na internet, ela está doente e precisa de tratamento; em outros casos, quando a pessoa deixa de ter vida social para ficar no celular, ela deve procurar um médico e ele irá avaliar se precisa realmente de tratamento.”
Desafios do processo de alfabetização em questão no Brasil
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios do processo de alfabetização em questão no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
No Brasil, 7% da população com 15 anos ou mais é considerada analfabeta, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2017, o que representa 11,5 milhões de pessoas.
Além disso, 34% das crianças brasileiras chegam no final do 3º ano sem ler ou escrever adequadamente, de acordo com dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA). A alfabetização é um pilar fundamental, ao longo da vida, para o desenvolvimento pleno das crianças.
A alfabetização com qualidade é um direito de todas elas. Pessoas que têm um nível insuficiente de alfabetização ficam à margem da sociedade, possuem menos oportunidades, profissionais ou pessoais e não têm acesso aos seus direitos. O analfabetismo exclui uma parcela da população do acesso às informações mais básicas.Futura & Educação: Podemos dizer que as taxas de analfabetismo ainda são altas no país?
Inês Miskalo: São bastante altas sim, infelizmente. Dados do Índice de Alfabetismo Funcional de 2018 (INAF) mostram que tivemos redução no índice de analfabetismo no Brasil, mas estudos mostram que a redução acontece mais na faixa etária de pessoas idosas.
Cerca de 13% dos que concluíram o ensino médio são analfabetos funcionais. No ensino superior, esse índice é de 4%. Temos uma falha muito grande no processo de alfabetização.
Há muitos anos, temos várias propostas e programas para superar essa falha, mas ainda não chegamos lá. A gente precisa olhar para o jovem de 15 anos que é analfabeto funcional e deveria estar dentro de escola. Temos que ver o que aconteceu com ele e o porquê dele ter abandonado ou saído da escola. Muitas vezes, ele abandona a escola porque não consegue acompanhar os anos sequenciais, principalmente no 6º ano que muda o sistema de ensino.
Mais de 50% dos alunos do 3º ano têm nível insuficiente em leitura e matemática, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As crianças não chegaram onde elas deveriam chegar. Isso gera um aumento de índice de distorção/idade serie, reprovação, abandono e também impacta na renda. Afinal, quanto maior o nível de escolaridade maior a renda da pessoa.
Futura & Educação: Qual a diferença entre uma pessoa que é analfabeta funcional e uma que é analfabeta?
Inês Miskalo: O analfabeto funcional é aquela pessoa que consegue ler e juntar as palavras, mas não consegue ter um nível de compreensão e uso da língua de um modo mais aprofundado. A capacidade de comunicação é bastante reduzida. Ele tem fragilidade em relação à língua.
“A alfabetização é muito importante para dar liberdade e autonomia para as pessoas.”
É importante frisar que o analfabeto funcional domina o código – ou seja, junta letras e palavras – mas não tem o aprofundamento do uso dessa propriedade que ele adquiriu. Ele precisaria ler, escrever e usar mais isso para ser uma pessoa alfabetizada.
TEXTO II
Analfabetismo no país cai de 11,5% para 8,7% nos últimos oito anos
O analfabetismo de jovens e adultos vem sendo reduzido no Brasil — passou de 11,5% em 2004 para 8,7% em 2012, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). Essa redução é ainda mais intensa no Norte e Nordeste, onde estão localizados os maiores índices de analfabetismo do país. Na faixa de 15 a 19 anos, a Pnad de 2012 registra taxa de analfabetismo de 1,2%, muito inferior à média geral, o que demonstra a efetividade das políticas em curso para a educação básica.
Ao longo da última década, o Ministério da Educação construiu uma política sistêmica de enfrentamento do analfabetismo. O programa Brasil Alfabetizado é uma ação do governo federal desenvolvida em colaboração com estados, Distrito Federal e municípios. O programa garante recursos suplementares para a formação dos alfabetizadores; aquisição e produção de material pedagógico; alimentação escolar e transporte dos alfabetizandos. Prevê, ainda, bolsas para alfabetizadores e coordenadores voluntários do programa.
Entre 2008 e 2012, 6,7 milhões de jovens e adultos foram beneficiados pelo Brasil Alfabetizado, o que representou investimento de R$ 1,4 bilhão.
É importante destacar que, para uma ação efetiva, a alfabetização deve estar integrada a uma política de educação de jovens e adultos, para que os estudantes deem continuidade a seu processo educacional.
A inclusão da educação de jovens e adultos no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) foi um passo importante nesse sentido. Além disso, foi ampliado o financiamento para abertura de novas turmas de educação de jovens e adultos, com foco nas populações do campo, quilombolas, indígenas, egressos do Brasil Alfabetizado e pessoas em privação de liberdade.
TEXTO III
Quantos analfabetos o Brasil tem? A taxa de analfabetização mais atual no Brasil foi divulgada pelo IBGE em junho de 2019 na última Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua. O Brasil tem pelo menos 11,3 milhões de pessoas com mais de 15 anos analfabetas (6,8% de analfabetismo). No mundo, mais de 750 milhões permanecem nessa situação.
A falta de consciência ambiental em questão no Brasil
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A falta de consciência ambiental em questão no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
O homem influencia a natureza desde o estabelecimento da humanidade em sociedades. Os processos mais ambientalmente impactantes surgiram com a Revolução Industrial, na Europa, a partir dos séculos XVIII e XIX. Isso porque as indústrias começaram a explorar muita matéria-prima e a poluir a atmosfera. Além disso, incentivou a urbanização e a intensificação da produção de lixo.
Assim, da relação do homem com a natureza surge a consciência ambiental, que consiste em entender o meio onde está inserido. De modo geral, ter esse entendimento é saber o funcionamento do meio ambiente e como nossas ações causam impactos a curto, médio e longo prazo. Isso engloba o tipo de poluição gerada por diferentes atividades e os recursos demandados.
A consciência completa não separa o ser do ambiente, mas desperta na pessoa a percepção de que as agressões à natureza serão um reflexo dela própria. Por fim, esse conhecimento precisa ser colocado em prática de forma a mitigar os efeitos negativos com ações conscientes de preservação.
TEXTO II
TEXTO III
Em discurso na ONU, Bolsonaro nega crise ambiental no Brasil
Brasília, DF – Sob intensa pressão nacional e internacional devido aos números crescentes de queimadas e desmatamento, e diante de um país que arde em chamas, o discurso negacionista do presidente Jair Bolsonaro na 75ª Assembleia Geral da ONU envergonha o povo brasileiro e isola o Brasil do mundo.
O Brasil concentra a maior floresta tropical do mundo (Amazônia), além da maior planície interior inundável do mundo (Pantanal). No passado o país já foi líder mundial de combate ao desmatamento. Entretanto, desde que Bolsonaro assumiu o poder, o país está se transformando em líder mundial em desmatamento. Segundo dados da Global Forest Watch, o Brasil foi o país que mais destruiu suas florestas em 2019, e este ano, os dados mostram que a situação só se agravou. Os efeitos de tamanha destruição se refletem nas queimadas que estão avançando sobre alguns dos principais biomas brasileiros, como o Pantanal, a Amazônia e o Cerrado.
Em seu discurso, Bolsonaro minimizou ou procurou negar esta realidade, ainda que todas as imagens de satélite disponíveis comprovem o tamanho da destruição.
“Negar ou minimizar o drama ambiental que o Brasil vive neste momento, resultado da política do governo Bolsonaro, agrava a difícil situação que o país enfrenta. Lamentavelmente, já estamos habituados a ouvir o presidente faltar com a verdade, desqualificar a ciência e buscar culpabilizar terceiros ao invés de assumir a responsabilidade constitucional que possui. Entretanto, quando o faz numa assembleia geral da ONU, diante de centenas de líderes de países, de investidores e do mundo todo, o presidente piora ainda mais a imagem do Brasil e agrava as sérias crises que enfrentamos”, comenta Mariana Mota, coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil.
Mesmo com a proibição de queimadas imposta pela moratória do fogo desde 16 de julho, a Amazônia e o Pantanal registraram recordes de queimadas até a metade de setembro. Até o dia 21 de setembro, o Pantanal registrou 5.966 focos de calor, um aumento de 107% em relação a setembro todo do ano passado. Além do Pantanal, a Amazônia também já registrou 27.660 focosentre os dias 1 e 21 de setembro, um aumento de 38% em relação ao mês de setembro inteiro de 2019. Ao contrário do que foi afirmado pelo presidente, os incêndios na floresta amazônica não são resultado de um fenômeno natural, mas frutos da ação humana, sendo uma das principais ferramentas utilizadas para o desmatamento, especialmente por grileiros e agricultores, que o usam para limpar áreas para uso agropecuária ou especulação.
“Se considerarmos o ano todo, o Pantanal já queimou 185% a mais do que o ano passado e a Amazônia 12%. Um verdadeiro líder de um país soberano estaria neste momento colocando toda a sua capacidade de governança para agir de forma efetiva e impedir a tragédia que estamos vivenciando nos biomas brasileiros. Fingir que não viu, além de ser uma atitude irresponsável por parte de um presidente, significa condenar o futuro de todos os brasileiros”, afirma Mariana.
O mundo está vendo, horrorizado, a forma como o governo brasileiro trata as florestas a partir do desmonte sistemático das estruturas e políticas públicas que promovem a proteção ambiental. Não há planos, metas ou orçamento capazes de proteger as riquezas naturais do Brasil de forma concreta e eficaz. A política antiambiental do presidente está derretendo a imagem do país lá fora e colocando em risco a nossa economia.
“Ao invés de negar a realidade, em meio a destruição recorde dos biomas brasileiros, o governo deveria cumprir seus deveres constitucionais em prol da proteção ambiental e apresentar um plano eficiente para enfrentar os incêndios que consomem o Brasil”, finaliza Mota.
Debate sobre a implementação da telemedicina no Brasil
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Debate sobre a implementação da telemedicina no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
O que é telemedicina?
A telemedicina – uma área da telessaúde – é uma especialidade médica que disponibiliza serviços a distância para o cuidado com a saúde, o que ocorre por meio de modernas tecnologias digitais que promovem a assistência médica online a pacientes, clínicas, hospitais e profissionais da saúde. Este intercâmbio de informações acontece através da internet, em plataformas online para acesso pelo computador, celular ou tablet, que garantem alta velocidade no acolhimento.
Um importante suporte para a medicina tradicional, a telemedicina surgiu graças à evolução do conhecimento científico e ao aprimoramento dos recursos tecnológicos, levando a locais distantes o apoio de profissionais qualificados, de forma rápida, descomplicada e eficiente. Ela pode, ainda, monitorar as condições de saúde do indivíduo de forma remota e intervir quando detectar que algo está errado, antes de ser muito tarde.
A telemedicina tem o grande potencial de melhorar o atendimento em saúde no país, pois facilita os processos ao colocar um maior número de pessoas em contato com a saúde de forma online e bem estruturada, conectadas a profissionais capacitados para esse tipo de assistência.
Ao contrário dos que muitos pensam, a telemedicina não é uma inimiga da medicina tradicional, já que vem, na verdade, para aprimorá-la, e não a substituir, afinal, ela representa um avanço tecnológico na área médica e de saúde, a qual continua dependendo do lado humano.
TEXTO II
LEI Nº 13.989, DE 15 DE ABRIL DE 2020
Dispõe sobre o uso da telemedicina durante a crise causada pelo coronavírus (SARS-CoV-2).
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Esta Lei autoriza o uso da telemedicina enquanto durar a crise ocasionada pelo coronavírus (SARS-CoV-2).
Art. 2º Durante a crise ocasionada pelo coronavírus (SARS-CoV-2), fica autorizado, em caráter emergencial, o uso da telemedicina. Parágrafo único. (VETADO).
Art. 3º Entende-se por telemedicina, entre outros, o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde.
Art. 4º O médico deverá informar ao paciente todas as limitações inerentes ao uso da telemedicina, tendo em vista a impossibilidade de realização de exame físico durante a consulta.
Art. 5º A prestação de serviço de telemedicina seguirá os padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial, inclusive em relação à contraprestação financeira pelo serviço prestado, não cabendo ao poder público custear ou pagar por tais atividades quando não for exclusivamente serviço prestado ao Sistema Único de Saúde (SUS).
TEXTO III
Sistemas de saúde de todo o mundo, públicos ou privados, enfrentam uma tensão constante entre a necessidade de atender bem os pacientes e orçamentos quase sempre deficitários. A telemedicina, nesse contexto, pode surgir como uma ferramenta que permite agilidade com um custo mais baixo. Dúvidas e problemas mais simples podem ser resolvidos rapidamente sem que haja necessidade de deslocamento do paciente ou de um profissional até um estabelecimento de saúde. Na outra ponta, um robô pode ser controlado à distância para a realização de uma cirurgia em lugares onde não há possibilidade de transferência de um paciente ou ainda quando não há experiência suficiente de uma equipe local. (…)
Não devemos lutar contra a incorporação da tecnologia em saúde. Além de aproveitar o melhor que a digitalização pode trazer, qualquer situação em que sua aplicação for pertinente, ela irá se impor. Cabe aos médicos e pacientes estabelecerem quais são os limites razoáveis de ambos os lados para que essa relação seja produtiva e saudável, antes de nos submetermos a interesses puramente econômicos com o objetivo de cortar custos e aumentar lucros.
Debate sobre a qualidade do ensino superior a distância no Brasil
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Debate sobre a qualidade do ensino superior a distância no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Educação a distância cresce, mas qualidade não acompanha
Pesquisa do Todos pela Educação, com foco na formação de professores, aponta desempenho pior de quem concluiu os estudos no modelo não-presencial
Com a proposta de facilitar o acesso à educação superior para aqueles que têm dificuldades de conciliar os estudos com sua rotina, a modalidade Educação a Distância (EAD) está crescendo a passos largos no país. Passou de 843 mil ingressantes em 2016 para 1,073 milhão no ano seguinte, um aumento de mais de 27%. No Estado, o ritmo de crescimento também é forte e está perto dos 26%. E a área que puxa para cima parte dessa oferta é a de formação de professores.
Diante desse cenário, a organização Todos pela Educação fez um estudo para avaliar se o elevado número de cursos a distância levaria a uma queda na qualidade da preparação dos futuros educadores. O resultado aponta que, nas avaliações do Ministério da Educação (MEC) após a conclusão da faculdade, o desempenho daqueles que fizeram EAD tem sido pior do que dos formados presencialmente.
Entre os que concluíram o curso a distância, 75% estão abaixo da pontuação 50 no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em uma escala de 0 a 100. Esse índice é de 65% em relação aos concluintes de cursos presenciais.
O estudo revela também que, seis em cada 10 alunos no país que começaram cursos de graduação voltados à formação de professores em 2017 (Pedagogia e Licenciaturas) estavam na EAD, proporção duas vezes maior do que nas demais áreas do ensinosuperior.
A pesquisa usou como base informações do Censo da Educação Superior, do Enade, e do Conceito Preliminar de Curso (CPC), que são coletadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo MEC.
TEXTO II
EAD tem qualidade?
Toda instituição de ensino superior para começar a oferecer cursos na modalidade EAD precisa do credenciamento do MEC. É necessário cumprir requisitos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, como acontece com os cursos presenciais, e assegurar alguns itens específicos relacionados ao ensino a distância. Ao pedir o credenciamento, a instituição precisa apresentar uma série de documentos:
⦁ Qualificação da instituição: regularidade fiscal, habilitação jurídica e plano de desenvolvimento institucional, entre outros.
⦁ Funcionários: garantia de pessoal técnico e administrativo qualificado e professores com a formação exigida pela legislação, preferencialmente qualificados para o trabalho no ensino a distância.
⦁ Instalações e infraestrutura: laboratórios (quando for o caso), instalações físicas do polo de apoio presencial, infraestrutura tecnológica para atendimento remoto a estudantes e professores, bibliotecas adequadas com acervo eletrônico e regime de funcionamento adequado para atender os estudantes a distância.
⦁ Projeto pedagógico do curso: deve cumprir as diretrizes curriculares nacionais, prever o atendimento de alunos portadores de necessidades especiais, apresentar o currículo do curso e o número de vagas, bem como a forma de avaliação e a descrição de atividades presenciais obrigatórias.
TEXTO III
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os impasses éticos e morais do uso de Inteligência Artificial”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Quais são os desafios éticos da inteligência artificial
Vivemos um tempo de rápidas mudanças tecnológicas, no qual quase todos os aspectos de nossas vidas dependem de dispositivos que computam e se conectam. O aumento exponencial resultante do uso de sistemas ciberfísicos transformou a indústria, o governo e o comércio. Além disso, a velocidade da inovação não mostra sinais de desaceleração, principalmente porque a revolução na inteligência artificial (IA) tenta transformar ainda mais a vida cotidiana por meio de ferramentas cada vez mais poderosas para análise, previsão, segurança e automação de dados. Como ondas passadas de extrema inovação, como é o caso, o debate sobre o uso ético e os controles de privacidade provavelmente proliferará. Até agora, a interseção entre IA e sociedade trouxe seu próprio conjunto único de desafios éticos, alguns dos quais foram antecipados e discutidos por muitos anos, enquanto outros estão apenas começando a vir à tona. Por exemplo, acadêmicos e autores de ficção científica há muito tempo ponderam as implicações éticas de máquinas hiperinteligentes, mas apenas recentemente vimos problemas do mundo real começarem a surgir, como o viés social nas ferramentas automatizadas de tomada de decisão ou as escolhas éticas feitas por carros autônomos.
Riscos e dilemas éticos
Nas últimas duas décadas, a comunidade de segurança se voltou cada vez mais para a IA e o poder do aprendizado de máquina (ML, na sigla em inglês) para colher muitos benefícios tecnológicos, mas esses avanços obrigaram os profissionais de segurança a navegarem por um número proporcional de riscos e dilemas éticos ao longo do caminho.
Como líder no desenvolvimento de IA e ML para segurança cibernética, a BlackBerry Cylance está no centro do debate e é apaixonada por aprimorar o uso da IA ​​para sempre.
Desse ponto de vista, conseguimos acompanhar de perto a progressão técnica da IA ​​enquanto observamos simultaneamente o impacto social mais amplo da IA ​​da perspectiva de um profissional de risco. Acreditamos que a comunidade de segurança cibernética e os profissionais de IA têm a responsabilidade de avaliar continuamente as implicações humanas do uso da IA, tanto em geral quanto nos protocolos de segurança, e que, juntos, devemos encontrar maneiras de construir considerações éticas em todos os produtos e sistemas baseados em IA. Este artigo descreve algumas dessas dimensões éticas iniciais da IA ​​e oferece orientação para nosso próprio trabalho e o de outros profissionais de IA.
A ética das decisões baseadas em computador
As maiores fontes de preocupação com o uso prático da IA​​ estão relacionadas à possibilidade de as máquinas falharem nas tarefas das quais são encarregadas. As consequências do fracasso são triviais quando a tarefa é jogar xadrez, mas os riscos aumentam quando a IA é encarregada de, digamos, dirigir um carro ou pilotar um avião que transporta 500 passageiros. De certa forma, esses riscos de falha não são diferentes dos das tecnologias estabelecidas que dependem da tomada de decisão humana para operar. No entanto, a complexidade e a percepção de falta de transparência subjacentes às maneiras pelas quais a IA toma suas decisões aumentam as preocupações com os sistemas executados pela IA porque parecem mais difíceis de prever e entender. Além disso, o tempo relativamente curto em que essa tecnologia foi usada mais amplamente, somado à falta de entendimento do público sobre como, exatamente, esses sistemas movidos a IA operam, aumenta o fator medo. A novidade de um computador tomando decisões que podem ter consequências fatais assusta as pessoas e grande parte desse medo gira em torno de como esses sistemas equilibram preocupações éticas. Considere um exemplo do mundo real: a sociedade se acostumou a acidentes de carro resultantes de erro humano ou falhas mecânicas e, apesar das melhorias regulamentares e técnicas para reduzir o perigo inerente a acidentes de carro, agora os aceitamos sem questionar como parte do risco geral de dirigir.
TEXTO II
O perigo da inteligência artificial para a humanidade
Uma criatura feita por humanos mas independente deles poderia tratar as pessoas de forma terrível – não como inimigas, mas como seres desprezíveis
Na ficção científica, a inteligência artificial, ou I.A., tem alguns papéis recorrentes. Costuma brilhar como a antagonista que pretende exterminar a humanidade. Esse é o propósito da Skynet, a versão militar e maligna da internet, no filme O exterminador do futuro: gênesis, a estrear em 2015. Nos últimos meses, os perigos da I.A. vêm sendo discutidos mais seriamente, por gente brilhante como o astrofísico Stephen Hawking e o empresário Elon Musk, atuante nos setores de carros elétricos e exploração espacial. Poucos atentaram, porém, à ideia central do pensador que desencadeou a discussão. O filósofo sueco Nick Bostrom não teme que a I.A. deteste pessoas ou tente machucá-las.
“Essas máquinas serão indiferentes a nós”, afirma.
Formas de I.A. indiferentes à humanidade ou com estratégias incompreensíveis por nós poderiam causar destruição física e caos social ao controlar bancos de dados, mercados financeiros, infraestrutura, redes de distribuição e sistemas de armamentos. Bostrom, pesquisador na Universidade de Oxford, no Reino Unido, dirige o Instituto para o Futuro da Humanidade. Pesquisa riscos existenciais à vida humana, como a colisão de asteroides com a Terra. O surgimento da I.A. e seus perigos ocupam seu livro mais recente, Superintelligence (Superinteligência, ainda sem previsão de lançamento no Brasil). Bostrom alerta para o advento de sistemas não só inteligentes, mas capazes de se autoaprimorar. Um computador assim poderia se reprogramar para elevar sua própria capacidade. Mais poderoso, poderia fazer isso de novo, e de novo. Desenvolveria, assim, capacidades de observação, aprendizado e planejamento muito superiores à humana. Bostrom chama esse fenômeno de superinteligênciae conclui que ele é o principal risco existencial visível no futuro da humanidade. “Não devemos acreditar que o cérebro humano poderá competir com isso”, diz.
O filósofo acredita que o surgimento de tecnologia assim não é questão de “se”, e sim de “quando”. Em 2012 e 2013, ele fez um levantamento de opinião a respeito com 170 especialistas. Na média, eles estimaram em 50% a chance de surgir, até 2050, uma I.A. capaz de assumir a maior parte das profissões humanas e em 90% a chance de isso ocorrer até 2075. Mais da metade dos entrevistados previu que a superinteligência emergiria até 30 anos depois e que haverá 33% de chance de ela ser algo “ruim” ou “extremamente ruim”.
As preocupações se amparam na aceleração da evolução na área. Bart Selman, matemático da Universidade Cornell, estuda I.A. desde os anos 1980 e se impressiona com os avanços dos últimos cinco anos. Carros autônomos, software de tradução simultânea e de reconhecimento de imagem usam avanços obtidos com I.A. Conforme surgem aplicações comerciais, mais dinheiro flui para esse tipo de pesquisa, o que a acelera. Novas fronteiras de estudo, como as redes neurais artificiais e os chips neuromórficos, abrem frentes promissoras na tentativa de reproduzir o jeito humano de pensar.
Nada garante, porém, que uma superinteligência – uma inteligência capaz de aprimorar a si mesma – continuará a pensar imitando o jeito humano, ou de forma que seja previsível ou compreensível por nós. Diante dessa possibilidade, homens inteligentes reagiram com superlativos. Musk comparou o ato de criar I.A. com invocar o demônio. Hawking afirmou que o advento da I.A. será o maior evento da história humana. “Infelizmente, poderia também ser o último, a não ser que aprendamos a evitar os riscos”, disse. O astrofísico tocou no ponto certo. Nenhum dos estudiosos imagina interromper o avanço científico. Eles apenas ponderam que, antes de criar I.A., precisaremos criar regras para que seja seguro usá-la – ou conviver com ela.
A manipulação de imagem nas redes sociais e seus malefícios à saúde mental
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A manipulação de imagem nas redes sociais e seus malefícios à saúde mental”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Adora filtro na selfie? Cuidado, manipular sua própria imagem é perigoso
Desde 2017, redes sociais como o Snapchat e o Instagram disponibilizam filtros faciais e permitem manipular imagens acrescentando certos efeitos como a implantação de focinhos de cachorro, orelhas felinas, efeitos fosforescentes, metálicos ou surrealistas. Divulguei minha coluna aqui na UOL sobre o “Coringa”, aplicando uma máscara do inimigo de Batman sobre minha própria face. O filtro Beauty3000 produz ajustes automáticos permitindo escolher modelos de beleza, do tipo Plástica, Natural, Top Model, assim como variantes do tipo Cirurgia Plástica. 
O recurso é muito interessante quando pensamos em sua chave lúdica que nos permitiria experimentar versões de nós mesmos, mas ele pode alimentar certas disposições problemáticas, presentes em todos nós, ainda que mais agudas para alguns, particularmente em certas situações de vida. 
Tais programas de maquiagem digital exploram padrões algoritmicamente determinados de beleza. Filtros como o Fix Me e Plastic chegaram a ser retirados pelo Instagram porque eles impunham uma versão excessivamente plástica, tendente a padrões de beleza por branqueamento, por exemplo. […]
Os novos filtros podem-se instalar de forma sub-reptícia, de tal maneira a induzir uma espécie de superestimação constante de nossa imagem. De fato, isso tem preocupado os que estudam os efeitos psíquicos da vida digital, pois criaria uma espécie de elevação do patamar geral, rumo a um novo normal, dotado de um “a-mais” de agradabilidade, logo um “a-menos” de aprovação no contato real. Surge assim a síndrome da decepção continuada.
TEXTO II
Instagram começa a banir filtros de cirurgia plástica do Stories
O Instagram vai começar a remover filtros dos Stories que simulam cirurgias plásticas ou outros procedimentos estéticos. A decisão foi anunciada na última sexta-feira (18) pela Spark AR, plataforma de realidade aumentada responsável pela criação e aprovação dos efeitos na rede social. A empresa se preocupa com os impactos dos filtros na autoestima dos usuários. Em comunicado publicado no Facebook, a Spark AR disse que está “reavaliando as políticas vigentes no que diz respeito ao bem-estar” e que deseja que os filtros proporcionem uma “experiência positiva”. Além de banir todos os filtros associados à cirurgia plástica da Galeria de Efeitos do Instagram, a empresa informou que vai adiar a aprovação desse tipo de efeito. Em prol da saúde mental. […]
A remoção dos filtros de cirurgia plástica não é a primeira medida adotada pelo Instagram para proteger os usuários de conteúdos nocivos à autoestima e saúde mental. Em agosto, a rede social estipulou novas regras para restringir o alcance de posts sobre produtos de emagrecimento ou procedimentos estéticos. Usuários menores de 18 anos não têm mais acesso a publicações que incentivam a compra ou mostram o preço de produtos como sucos, chás, pirulitos com efeito laxante e outras soluções para emagrecer de forma “milagrosa”. 
TEXTO II
Debate sobre os impactos da pandemia na educação brasileira
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Debate sobre os impactos da pandemia na educação brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
A pandemia e os impactos irreversíveis na educação
As adaptações ao mundo digital na rede particular e pública diante da covid-19 é destaque do artigo de Paulo Arns, do Colégio Positivo
Mais de 1,5 bilhão de alunos e 60,3 milhões de professores de 165 países foram afetados pelo fechamento de escolas devido à pandemia do coronavírus. Nessa crise sem precedentes, de proporção global, educadores e famílias inteiras tiveram que lidar com a imprevisibilidade e, em benefício da vida, (re) aprendemos a ensinar de novas maneiras. Na China, cerca de 240 milhões de crianças e jovens se adaptaram rapidamente ao fechamento das instituições de ensino e passaram a ter aulas remotas em uma escala jamais vista, da educação básica ao ensino superior. Os chineses mostraram que é possível fechar as salas de aula sem parar de aprender. 
Recebi um meme que traduz a mais pura realidade: não é o departamento de TI, o gestor de inovação ou o presidente visionário que está acelerando a digitalização das organizações. É a covid-19. Pelo simples fato de o isolamento social ter obrigado o mundo a se adaptar às formas digitais de trabalhar, ensinar, aprender e interagir.
Uma questão a se pontuar é a desigualdade gigante entre os sistemas públicos e privados da educação básica — e a própria distância social entre as famílias dos estudantes. Enquanto alunos de escolas particulares aprendem por meio de diversos recursos e estratégias combinadas, como vídeo ao vivo ou gravado, envio de tarefas, mentoria e sessões em grupos menores para tirar dúvidas, muitos estudantes das escolas públicas sequer têm acesso à internet. 
Além disso, nem todos os municípios possuem estrutura de tecnologia para oferta de ensino remoto e nem todos os professores têm a formação adequada para dar aulas virtuais. Outra realidade que complica a adesão de alunos às aulas on-line são os softwares utilizados para esse fim,que, em sua grande maioria, são desenvolvidos para funcionar em computadores — ambiente acessado atualmente por apenas 57% da população brasileira, segundo o IBGE. Muitas crianças da geração Z nunca ligaram um computador e 97% dos brasileiros acessam a internet pelo celular.
Por isso, empresas, governos e organizações do mundo inteiro não estão medindo esforços para mobilizar recursos e aplicar soluções inovadoras e adaptadas ao contexto para oferecer aulas remotas e encontrar soluções equitativas para os 1,5 bilhão de alunos que estão em casa. É gratificante ver toda a mobilização global para aportar recursos e conhecimentos especializados em tecnologia, conectividade, inovação e criatividade a favor da educação.
A questão é que fomos todos pegos de surpresa. Em maior ou menor grau, a comunidade teve que se adequar. E o ensino nunca mais voltará a ser o que era antes. Nos libertamos das paredes da sala de aula e descobrimos um mundo de oportunidades nas mãos dos jovens. Os professores vivenciaram novas formas de ensinar, novas ferramentas de avaliação — e os estudantes entenderam que precisam de organização, dedicação e planejamento para aprender no mundo digital.
A crise do coronavírus terá efeitos perenes sobre a forma de aprender. O isolamento está criando novos hábitos e comportamentos, tanto nas famílias, quanto nas instituições de ensino, que estão revendo uma série de processos, estruturas e metodologias. Aprendemos que lidar com a imprevisibilidade exige um trabalho em grupo muito mais alinhado e que, mesmo distantes, podemos unir esforços em prol de um bem maior. Um exemplo? Nunca antes tinha visto tantos professores, de uma mesma disciplina e ano escolar, unidos no mundo digital para compartilhar atividades, experiências bem-sucedidas, tirar dúvidas e aprender uns com os outros.
Toda crise é uma oportunidade de aprendermos algo novo e a única coisa que eu tenho certeza é que o mundo vai ser diferente depois do coronavírus. As crises ensinam aos que estão abertos ao novo. Espero, sinceramente, que depois dessa pandemia a educação volte melhor e mais forte. E que todos esses efeitos sejam irreversíveis.
TEXTO II
Impacto da pandemia na educação é desigual, aponta documento
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou, na última quarta-feira (20), o adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. A polêmica em torno de uma nova data é apenas um capítulo do amplo debate sobre as consequências da pandemia de covid-19 também para a educação. Um documento elaborado por pesquisadores da Rede CoVida – Ciência, Informação e Solidariedade – alerta para os impactos do fechamento das unidades escolares sobre a vida dos 47,8 milhões de estudantes da Educação Básica no Brasil.
Apesar de defenderem as medidas de suspensão das aulas, os pesquisadores apontam uma série de questões que podem agravar o aprendizado e o aumento das desigualdades no médio e longo prazo. “O objetivo é discutir como o afastamento desses estudantes, principalmente dos 38,7 milhões que estão matriculados em escolas públicas, vai aumentar o grau de desigualdade da educação no país”, explica Márcio Natividade, professor do Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA) e um dos autores do documento.
O grupo de pesquisadores destaca a repercussão das alterações no calendário escolar, e do próprio Enem, para a saúde dos alunos. “Levantamos desde a preocupação com problemas nutricionais decorrente da interrupção do fornecimento da alimentação escolar, assim como a pressão psicológica e o impacto do longo período de isolamento social sobre a saúde mental dos estudantes”.
Outro problema discutido pelo documento é a alternativa de educação na modalidade EaD e a falta de uma política de acesso à internet mais igualitária. No Brasil, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas 42% das classes “D” e “E” estão conectadas, sendo que mais de 70% dos usuários encontram-se nas áreas urbanas. “Esse processo é agravado pela precariedade ou inexistência de internet em uma parcela significativa dos lares onde residem esses estudantes”, observa.
Ainda segundo o professor, é preciso também investir na capacitação dos educadores para uso e domínio das ferramentas digitais neste novo cenário. “São limitações pedagógicas e tecnológicas que dificultam e impedem o desenvolvimento de atividades de educação à distância em nosso país”, avalia.

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