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Educação em Saúde

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EDUCAÇÃO 
EM SAÚDE
Talita Helena Monteiro de Moura
Teorias e bases da 
educação em saúde
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer as teorias e bases da educação em saúde no Brasil.
  Descrever a aplicabilidade das teorias da educação em saúde.
  Identificar quais são as bases teóricas mais utilizadas na elaboração e 
na implementação de ações educativas em saúde.
Introdução
A educação em saúde tem como objetivo principal estimular a autonomia 
do indivíduo no cuidado de saúde, adoção de hábitos saudáveis, agre-
gando os saberes científicos, mas também respeitando as singularidades.
Na saúde coletiva, há diferenças entre os conceitos de educação em 
saúde e educação na saúde, de modo que o primeiro envolve a educação 
sanitária, educação para a saúde e educação popular em saúde, com foco 
na população. Já o segundo está respaldado na educação permanente 
em saúde dos trabalhadores, a fim de manter a qualificação profissional.
Neste capítulo, você conhecerá as teorias e bases da educação em 
saúde no Brasil, bem como sua aplicabilidade e exemplos das que são 
frequentemente utilizadas na rede de saúde.
Teorias e bases da educação em saúde no Brasil
A educação em saúde abrange as dimensões política, fi losófi ca, social, religiosa 
e cultural no contexto das pessoas/do indivíduo e grupos sociais/sociedade, 
alinhada ao processo saúde-doença para fomentar ações de promoção da saúde 
e/ou prevenção de doenças/agravos (SALCI et al., 2013).
A concepção de educação em saúde foi tradicionalmente compreendida 
como transmissão de informações, entretanto, esse modelo não correspondia 
à complexidade do conceito ampliado de saúde. Por isso, a educação em saúde 
passou a ser definida como “[...] um conjunto de práticas pedagógicas de caráter 
participativo e emancipatório, que perpassa vários campos de atuação e tem 
como objetivo sensibilizar, conscientizar e mobilizar para o enfrentamento 
de situações individuais e coletivas que interferem na qualidade de vida [...]” 
(BRASIL, 2009, documento on-line).
Ao analisar a diversidade de metodologias educacionais que podem ser 
aplicadas ao processo de ensino-aprendizagem em saúde, atesta-se que os 
processos educativos baseados na pedagogia crítica-transformadora poten-
cializam a efetividade das ações (VASCONCELOS; GRILLO; SOARES, 
2009). De forma distinta das concepções tradicionais, a educação em saúde 
deve ser contextualizada ao cotidiano dos profissionais e se fortalecer com a 
participação social, representada pelo engajamento da população.
A Carta de Ottawa foi basilar na concepção de educação em saúde, visto 
que uma das suas ações preconizava autonomia do indivíduo, além do reconhe-
cimento dos riscos à saúde e necessidade de mudanças de hábitos, alcançando, 
portanto, o empoderamento do indivíduo, principalmente no desenvolvimento 
do autocuidado (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1986). As ações 
previstas na Carta de Ottawa se aplicam na Política Nacional de Promoção 
da Saúde e em atribuições específicas da gestão, por exemplo, no fomento 
às práticas de atividade física, prevenção e controle do tabagismo e garantia 
de acesso ao serviço de saúde diante dessas necessidades (BRASIL, 2006).
Outra concepção basilar da educação em saúde está na pedagogia liber-
tadora de Paulo Freire, destacando-se o estímulo à autonomia do indivíduo 
como agente de transformação. Uma das estratégias desse modelo é o círculo 
de cultura, o qual representa um espaço de aprendizagem e troca de conheci-
mentos (BUSS, 1999). A educação popular em saúde apresenta-se como um 
caminho capaz de contribuir com metodologias, tecnologias e saberes para a 
constituição de novos sentidos e práticas na rede de atenção. É considerada uma 
estratégica para reduzir as desigualdades, fortalecer as diversidades culturais 
e potencializar a participação social (MONTEIRO, 2015).
A educação popular em saúde é uma estratégica para o enfrentamento 
dos determinantes sociais relacionados aos problemas de saúde. Trata-se de 
um campo teórico-metodológico e uma prática social que busca garantir o 
acesso às ações de saúde. Dentre os princípios, destacam-se a articulação 
entre os saberes populares e os científicos, a solidariedade entre as pessoas e 
a valorização da cultura popular (MONTEIRO; VIEIRA, 2010). 
De modo contrário ao modelo de atenção centrado na doença, as ações 
de educação popular em saúde podem contribuir com a promoção da saúde 
Teorias e bases da educação em saúde2
e a qualificação da “educação em saúde” tradicionalmente realizada, forta-
lecendo vínculos e estimulando para que as pessoas tenham cada vez mais 
autonomia para decidirem como cuidar da sua saúde. Portanto, envolve uma 
visão de mundo e de saúde que se aproxima dos princípios da integralidade, 
da humanização e do acolhimento. 
A implementação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde 
evidencia as práticas populares de cuidado, por exemplo, a importância dos 
terreiros, das parteiras, das benzedeiras, das plantas medicinais, entre outros. 
Toda atividade de educação popular em saúde necessita ser previamente 
planejada, mesmo que sejam feitas mudanças ao longo da execução. A meto-
dologia dos círculos de cultura propõe a aprendizagem integral e requer uma 
tomada de posição perante os problemas vivenciados em determinado contexto. 
Considerando-se que foram sistematizados por Paulo Freire, esses círculos 
promovem horizontalidade na relação educador-educando, valorização das 
culturas locais, contrapondo-se à visão elitista de educação (BRASIL, 2012). 
Portanto, valoriza o diálogo entre as pessoas, o compartilhamento de saberes 
e o respeito mútuo, além de proporcionar momentos de reflexão e afetividade, 
potencializando a criatividade e a autonomia, bem como a valorização das 
culturas locais. 
Considerando-se o desafio em concretizar o papel de educador no serviço 
de saúde, a ação educativa deve envolver a equipe de saúde e propiciar o 
estabelecimento de uma relação de confiança e de vínculo. As ações podem 
ocorrer de forma individual ou em grupos (crianças, adolescentes, mulhe-
res, gestantes, homens, idosos, etc.). Diferentemente do método tradicional, 
geralmente marcado por palestras, em que o profissional de saúde assume a 
postura de “professor”, a metodologia da educação popular em saúde propõe 
um modelo de ensinar e aprender, participativo, de modo que o objetivo da ação 
é proporcionar autonomia ao usuário no cuidado de sua saúde, com enfoque 
na promoção da sua saúde individual e da coletividade. 
A educação em saúde não é apenas um repasse de informações, mas sim um 
dispositivo para promover saúde. Para isso, é necessário conhecer o indivíduo 
ou a comunidade a quem se quer “educar”, a fim de proporcionar a troca de 
conhecimentos, aproximação das crenças, modos de vida e estabelecer a 
formação de vínculo. 
A abordagem educacional deve encorajar as pessoas a questionarem os 
problemas do dia a dia e a se tornarem capazes de realizar ações em saúde, 
percebendo a transformação a partir de suas próprias experiências. Assim, 
a educação popular em saúde potencializa o conhecimento sobre o direito à 
saúde e os determinantes do processo saúde/doença. 
3Teorias e bases da educação em saúde
Para conhecer algumas publicações do Ministério da Saúde sobre a educação popular 
em saúde, acesse o link a seguir.
https://qrgo.page.link/pGkLD
O Quadro 1, a seguir, apresenta um resumo de algumas concepções ou 
abordagens pedagógicas da educação que podem ser utilizadas no desenvol-
vimento de atividades de educação em saúde.
 Fonte: Adaptado de Machado e Wanderley (2012). 
Tradicional
Transmissão Condicionamento
Behaviorismo (Watson e Skinner) 
e reflexologia (Pavlov)
Transmissão 
de ideias e 
conhecimentos
Caracterizada por estímulos 
e recompensas capazes de 
“condicionar” o aprendiz 
a emitir os resultados 
comportamentais desejados
Focada no 
aprendiz
Humanista Cognitivista Sociocultural
Oprofissional de 
saúde assume 
o papel de 
facilitador da 
aprendizagem, 
uma vez que 
o “ensino” é 
centrado no 
usuário
Jean Piaget Vygotsky, 
Paulo Freire
A aprendizagem 
ocorre na intera-
ção com o meio 
ambiente
Aprendizagem 
por meio da 
problematização
 Quadro 1: Concepções ou abordagens pedagógicas 
Teorias e bases da educação em saúde4
A escolha da abordagem/teoria pedagógica deve corresponder ao objetivo da atividade 
de educação em saúde. Por isso, é possível que seja necessário utilizar, em algum 
momento, a abordagem tradicional, porém sempre considerando o usuário/a popu-
lação como protagonista, estimulando a participação, a fim de concretizar aspectos 
da promoção da saúde e prevenção de agravos.
Aplicabilidade das teorias
da educação em saúde
A partir das teorias e bases da educação em saúde, nas concepções tradicional e 
focada no aprendiz/usuário/população, verifi que, a seguir, algumas situações em 
que foram aplicadas, tanto no contexto de educação em saúde com a população 
quanto no contexto da educação permanente em saúde com trabalhadores. 
Refl ita sobre cada situação e pense como faria se estivesse no contexto do 
profi ssional de saúde exemplifi cado.
Situação 1
Ao analisar os dados epidemiológicos de uma comunidade, a equipe de edu-
cação em saúde percebeu um alto índice de adolescentes grávidas. Por isso, 
decidiu fazer uma aula em uma escola sobre a prevenção da gravidez na 
adolescência, defi niu a data e realizou a aula com a presença de adolescentes.
Na ocasião, a equipe explicou tudo o que é possível fazer para evitar a gravidez.
Essa situação representa um modelo de processo educativo tradicional, 
em que se transmite conhecimento sem contextualizar a vivência dos adoles-
centes. Certamente, o profissional espera diminuir os casos de gravidez na 
adolescência em função do que foi ensinado.
Situação 2
A gestão da atenção básica de um município publicou uma portaria sobre a 
implantação do acolhimento nas unidades básicas de saúde (UBS). Diante disso, 
elaborou uma nota sobre a determinação do Ministério da Saúde para adequação 
a esse novo modelo de atendimento, fez uma reunião e mostrou como deveria 
ser implantado e determinou um prazo para a implantação em todas as UBS.
5Teorias e bases da educação em saúde
Essa situação representa um modelo de processo educativo tradicional, 
em que os profissionais das UBS foram condicionados a implantar o modelo 
de acolhimento. Entretanto, não houve discussão sobre a efetividade dessa 
implantação; ou sobre a relevância para proporcionar mudanças ao processo 
de trabalho, melhoria na atenção à saúde e qualificar o acesso aos serviços de 
atenção básica. Também não foram discutidas as dificuldades e necessidades 
da equipe para essa implantação. Portanto, esse modelo de educação perma-
nente em saúde é voltado a resultados, sem estimular a reflexão sobre a ação.
Situação 3
No ambulatório de um hospital universitário, os estudantes, os servidores e 
os docentes organizaram espaços coletivos com os cuidadores/familiares de 
crianças que frequentavam consultas periódicas. As reuniões aconteciam antes 
das consultas individuais, com o objetivo de compartilhar informações sobre os 
cuidados às crianças para prevenção de doenças e promoção da saúde. Desde a 
implantação, os participantes foram envolvidos na construção da programação. 
Portanto, escolheram as temáticas que seriam discutidas ao longo dos encon-
tros. Os métodos utilizados pelos organizadores foram: rodas de conversas, 
dramatizações, trabalhos manuais, música, vídeo, texto, demonstrações de 
alimentos saudáveis — na temática de alimentação de transição –, manejo do 
aleitamento materno, entre outros. De modo geral, percebeu-se a participação 
ativa dos usuários na troca de experiências. Portanto, a integração dos saberes 
científi cos e populares manteve o respeito às diferentes crenças e costumes, 
mas visando à promoção da saúde.
Essa situação representa um modelo de processo educativo humanista 
cognitivista, uma vez que os profissionais de saúde consideraram a opinião 
dos participantes, os aspectos culturais e facilitaram o momento de educação 
em saúde, de modo que as pessoas foram paulatinamente desenvolvendo a 
aprendizagem significativa, fazendo interlocução com suas vivências, possi-
bilitando, portanto, a aplicabilidade do que se aprendeu.
Situação 4
A supervisão de território de unidades básicas de saúde de determinado distrito 
sanitário percebeu que uma equipe de saúde da família estava vivenciando proble-
mas atrelados à difi culdade em executar o trabalho em equipe multiprofi ssional. 
Preocupada com a situação, a supervisora solicitou uma reunião com a equipe; 
ambas acordaram uma data e local. Em reunião, foi solicitado que os profi ssionais 
Teorias e bases da educação em saúde6
defi nissem uma palavra que representasse a potencialidade do trabalho em equipe 
e outra que representasse as difi culdades do trabalho em equipe. A supervisora, 
na condição de facilitadora desse encontro, não interferiu no diálogo do grupo, de 
modo que os profi ssionais foram paulatinamente construindo sua concepção de 
trabalho em equipe. A atividade proporcionou o empoderamento social, permitiu 
a fala de todos os membros envolvidos na equipe e o reconhecimento de que o 
trabalho em equipe pode ser mais produtivo e prazeroso.
Essa situação representa um modelo de processo educativo humanista 
sociocultural, permeado pela metodologia ativa. Foi considerado o contexto 
real dos profissionais no ambiente de trabalho, de modo coerente com os 
princípios da educação permanente em saúde.
Para conhecer a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde leia a Portaria 
nº. 198/GM, de fevereiro de 2004, acessando o link a seguir.
https://qrgo.page.link/NUvfX
Conheça também o Programa de Fortalecimento das Práticas de Educação Permanente 
em Saúde no SUS – PRO EPS-SUS, cujo objetivo é fortalecer a qualificação profissional 
dos trabalhadores da saúde a partir da realidade local, acessando o link a seguir.
https://qrgo.page.link/LQJ8g
Bases teóricas mais utilizadas na elaboração
e na implementação de ações educativas
em saúde
As bases teóricas educacionais que, ao longo do tempo, se destacaram nos 
processos educativos em saúde estiveram respaldadas nos princípios de uma 
pedagogia crítica, transformadora e abrangente (VASCONCELOS; GRILLO; 
SOARES, 2009). Os serviços de saúde em todos os níveis da rede de atenção 
têm espaços potentes para a efetivação de ações educativas em saúde, a fi m 
de estimular o empoderamento do usuário/da população, contextualizando 
suas vivências e superando as concepções tradicionais.
7Teorias e bases da educação em saúde
Um estudo realizado em UBSs de Belo Horizonte, Minas Gerais, investigou 
as práticas educativas realizadas pelas equipes. O objetivo do estudo foi verificar 
se as ações eram pautadas nos princípios: multicausalidade do processo saúde-
-doença, intersetorialidade, participação social, sustentabilidade e utilização de 
métodos dialógicos (participação ativa do sujeito na prática educativa, condução 
da prática de forma a proporcionar a construção do conhecimento e utilização 
de diferentes estratégias de ensino). Por meio desse estudo, concluiu-se que a 
maioria das práticas educativas não fomentava diretamente a promoção da saúde, 
a participação social e abordagens dialógicas de ensino. No entanto, também se 
observou algumas experiências contrárias ao modelo de educação tradicional. A 
multicausalidade do processo saúde-doença foi a categoria mais incorporada às 
práticas educativas (73%), e a intersetorialidade foi a menos incorporada (9%). 
Quanto ao uso de métodos dialógicos, 38% das práticas promoveram a participação 
ativa do sujeito, 6% focaram na construção do conhecimento e 40% utilizaram 
diferentes estratégias de ensino (CARNEIRO et al., 2012).
Ao fazer uma busca no Banco de Práticas e Soluções em Saúde e Ambiente 
(IdeiaSUS), foram identificadas 50 publicações de experiênciasem ações educativas 
respaldadas na concepção focada no usuário, percorrendo diferentes caminhos me-
todológicos, mas sempre buscando a autonomia no cuidado da saúde. Por exemplo, 
em Salvador, para uma ação educativa cujo objetivo foi informar a população sobre 
a dengue, fortalecendo as medidas de prevenção e controle da doença, foi criado um 
site para utilização pública. O recurso tecnológico, além de abranger informações 
sobre a infestação predial do Aedes aegypti por localidade, principais criadouros 
do mosquito, boletins epidemiológicos, programação de áreas para mobilização 
social e comunicação, unidades de saúde, atas de reuniões dos comitês e grupos 
técnicos da dengue, também constituiu um canal direto para notificação de casos 
suspeitos de doença, sugestões, elogios e reclamações, além de jogos interativos 
on-line e redes sociais (FIOCRUZ, 2019).
Para conhecer o Banco de Práticas e Soluções em Saúde e Ambiente (IdeiaSUS), fruto da 
cooperação técnica entre a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), o Conselho Nacional de 
Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde 
(CONASEMS), no âmbito da Rede de Apoio à Gestão Estratégica do SUS, acesse o link a seguir.
https://qrgo.page.link/CsMZw
Teorias e bases da educação em saúde8
BRASIL. Ministério da Saúde. Anexo 1: Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
portaria687_2006_anexo1.pdf. Acesso em: 13 jul. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Temático promoção da saúde IV. Brasília: Organização 
Pan-Americana da Saúde, 2009. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/
images/pdf/2015/agosto/14/painel-indicadores-sus-promocao-saude.pdf. Acesso 
em: 13 jul. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Política 
Nacional de Educação Popular em Saúde no Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2012.
BUSS, P. M. Promoção e educação em saúde no âmbito da escola de governo em 
saúde da Escola Nacional de Saúde Pública. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 
v. 15, supl. 2, p. 177-185, 1999.
CARNEIRO, A. C. L. L. et al. Educação para a promoção da saúde no contexto da atenção 
primária. Revista Panamericana de Salud Publica, [s. l.], v. 31, n. 2, 2012. Disponível em: 
https://www.scielosp.org/article/rpsp/2012.v31n2/115-120/. Acesso em: 13 jul. 2019.
FIOCRUZ. IdeiaSUS: Banco de práticas e soluções em saúde e ambiente. Rio de Janeiro: 
FIOCRUZ, 2019. Disponível em: http://www.ideiasus.fiocruz.br/portal/index.php/sobre-
-o-projeto. Acesso em: 13 jul. 2091.
MACHADO, A. G. M.; WANDERLEY, L. C. S. Educação em saúde. [S. l.]: UNIFESP, 2012. Dispo-
nível em: https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/
unidade09/unidade09.pdf. Acesso em: 13 jul. 2019.
MONTEIRO, E. M. L. M. Educação popular em saúde. Recife: [s. n.], 2015.
MONTEIRO, E. M. L. M.; VIEIRA, N. F. C. Educação em saúde a partir de círculos de cultura. 
Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 63, n. 3, p. 397-403, jun. 2010. Disponível em: 
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672010000300008. Acesso em: 13 jul. 2013.
SALCI, M. A et al. Educação em saúde e suas perspectivas teóricas: algumas reflexões. 
Texto & Contexto – Enfermagem, Florianópolis, v. 22, n. 1, p. 224-230, jan./mar. 2013. Dispo-
nível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-07072013000100027&script=sci_
abstract&tlng=pt. Acesso em: 13 jul. 2019.
VASCONCELOS, M.; GRILLO, M. J. C.; SOARES, S. Módulo 4: práticas pedagógicas em 
atenção básica a saúde. Tecnologias para abordagem ao indivíduo, família e comuni-
dade. Belo Horizonte: UFMG, 2009.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. The Ottawa charter for health promotion. Ottawa: 
WHO, 1986.
9Teorias e bases da educação em saúde
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa para o Fortalecimento das Práticas de Educação 
Permanente em Saúde no Sistema Único de Saúde (PRO EPS-SUS). Brasília: Ministério da 
Saúde, 2019. Disponível em: http://www.saude.gov.br/trabalho-educacao-e-qua-
lificacao/gestao-da-educacao/qualificacao-profissional/44943-programa-para-o-
-fortalecimento-das-praticas-de-educacao-permanente-em-saude-no-sistema-unico-
-de-saude-pro-eps-sus. Acesso em: 13 jul. 2019. 
BRASIL. Ministério de Saúde. Portaria nº 198/GM, 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política 
Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de 
Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras 
providências. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/ Port2004/
GM/GM-198.htm. Acesso em: 13 jul. 2019.
PORTELA, G.; SANGAWA, M. Fiocruz no ar: os riscos do consumo de antibióticos sem 
receita médica. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2019. Disponível em: https://
www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33461. Acesso em: 13 jul. 2019.
Teorias e bases da educação em saúde10

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