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NATHÁLIA VIEIRA-MEDICINA FUNORTE MEMBRANAS FETAIS Placenta Órgão materno-fetal, que funciona como sítio primário da troca de nutriente e gases entre a mãe e o embrião/feto. A placenta é composta por: Uma parte fetal que se desenvolve do saco coriônico (mesoderma extraembrionário somático; citotrofoblasto e sincíciotrofoblasto), a membrana fetal mais externa. As vilosidades que surgem do córion se projetam para o espaço interviloso que contém sangue materno. Uma parte materna que é derivada do endométrio, chamada decídua basal, é a membrana mucosa que compreende a camada interna da parede uterina. A parte fetal está ligada à parte materna da placenta pela capa citotrofoblástica, a camada externa de células trofoblásticas na superfície maternal da placenta. Ultrassonografia do saco coriônico O tamanho do saco coriônico é útil na determinação da idade gestacional do embrião/feto em pacientes com histórico menstrual incerto. O crescimento do saco coriônico é extremamente rápido entre as semanas 5 e 10. Modernos aparelhos de ultrassom, especialmente instrumentos equipados com transdutores endovaginais, permitem aos ultrassonografistas detectarem o saco coriônico quando ele possui um diâmetro mediano de 2 a 3 mm. Os sacos coriônicos com esse diâmetro indicam que a idade gestacional é de 31 a 32 dias, que é aproximadamente 18 dias após a fecundação. NATHÁLIA VIEIRA-MEDICINA FUNORTE DECÍDUA A decídua é o endométrio do útero em uma mulher grávida. É a camada funcional do endométrio que se separa do restante do útero após o parto (nascimento da criança). As três regiões da decídua são chamadas de acordo com as suas relações com o sítio de implantação: Decídua Basal: forma o componente materno da placenta Decídua Capsular: situada entre o embrião/feto e a luz do útero; cobre o feto Decídua Parietal: todo o restante da mucosa uterina DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA O desenvolvimento inicial é caracterizado pela rápida proliferação do trofoblasto e pelo desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas. Os genes homeobox (HLX e DLX3) expressos no trofoblasto e nos seus vasos sanguíneos regulam o desenvolvimento placentário. NATHÁLIA VIEIRA-MEDICINA FUNORTE Ao final da terceira semana, os arranjos anatômicos necessários às trocas fisiológicas entre a mãe e o embrião/feto são estabelecidos. Uma complexa rede vascular é estabelecida na placenta ao final da quarta semana, o que facilita as trocas maternoembrionárias de gases, nutrientes e produtos metabólicos residuais. Durante as 2ª e 3ª semanas: - rápida proliferação do sincíciotrofoblasto - desenvolvimento do saco coriônico - desenvolvimento das VILOSIDADES CORIÔNICAS Final da 3ª semana: - arranjo anatômico necessário para as trocas fisiológicas entre mãe e embrião/feto PARTES DA PLACENTA Capa citotrofoblástica: - Camada externa de células trofoblásticas - Conecta a parte fetal à parte materna da placenta - Permite a ligação firme das vilosidades coriônicas à decídua basal - Artérias e veias endometriais passam por fendas na capa para entrarem no espaço interviloso NATHÁLIA VIEIRA-MEDICINA FUNORTE Vilosidade-tronco - Contém ramos das artérias e veias umbilicais - Rica rede de ramificações e vilosidades - Permite a troca entre o sangue materno e fetal no espaço interviloso através da membrana placentária. Cordão umbilical - Adesão próxima ao centro da superfície fetal - Componentes: 02 artérias, 01 veia, tecido conjuntivo mucoso (Geleia de Wharton) A membrana placentária é uma estrutura composta que consiste em tecidos extrafetais que separam o sangue materno do fetal. Até aproximadamente 20 semanas, a membrana placentária consiste em quatro camadas: sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e endotélio dos capilares fetais. Após a vigésima semana, as trocas celulares ocorrem nas ramificações das vilosidades que formam o citotrofoblasto, que em muitas vilosidades se tornam atenuados. CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA NATHÁLIA VIEIRA-MEDICINA FUNORTE - Artérias umbilicais (pobres em oxigênio) - Veia umbilical (rica em oxigênio) - Sistema arteriocapilar-venoso (placa coriônica) - Vilosidade- tronco METABOLISMO PLACENTÁRIO A placenta, particularmente durante a gestação inicial, sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos, que servem como fontes de nutrientes e energia para o embrião/feto. DOENÇA HEMOLÍTICA DO NEONATO Pequenas quantidades de sangue fetal podem passar para o sangue materno através de interrupções microscópicas na membrana placentária. Se o feto for Rh positivo e a mãe Rh negativa, as células sanguíneas fetais podem estimular a formação de anticorpos anti-Rh pelo sistema imunológico da mãe. Esses anticorpos passam para o sangue fetal e levam à hemólise (destruição) das células sanguíneas fetais Rh positivas,icterícia e anemia no feto. Alguns fetos com a doença hemolítica do recém-nascido, ou eritroblastose fetal, falham em fazer um ajuste intrauterino satisfatório. Eles podem morrer a não ser que seja feito o parto precoce ou que sejam dadas transfusões intrauterinas, intraperitoneal ou intravenosa de células sanguíneas Rh negativas até depois do nascimento. A doença hemolítica do recém-nascido devido à incompatibilidade de Rh é relativamente incomum atualmente devido à imunoglobulina Rh (D) dada à mãe geralmente prevenir o desenvolvimento da doença no feto. NATHÁLIA VIEIRA-MEDICINA FUNORTE Anemia fetal e a consequente hiperbilirrubinemia devido à incompatibilidade do grupo sanguíneo podem ainda ocorrer, porque elas podem ser devidas às diferenças em outros grupos sanguíneos antigênicos menores tais como o grupo Kell ou Duffy. MEMBRANAS FETAIS CÓRION - 3-4 semanas: estabelecimento de complexa rede vascular entre embrião e mãe - Partes: Córion liso: avascular e se uni as outras membranas Córion viloso: parte fetal da placenta Vilosidade coriônicas: se projetam para o espaço interviloso AMNIO: - O fino, mas resistente âmnio forma um saco amniótico membranoso preenchido por líquido que circunda o embrião e mais tarde o feto. O saco contém líquido amniótico NATHÁLIA VIEIRA-MEDICINA FUNORTE LIQUIDO AMNIÓTICO Inicialmente: secretado pelas células amnióticas Porém, a maior parte vem do líquido tecidual (intersticial) materno, por difusão através da decídua parietal Mais tarde provém do sangue do espaço interviloso da placenta Durante 3º trimestre: água do fluido amniótico é trocada a cada 3hrs Grandes volumes movimentam-se entre a circulação materno-fetal pela membrana placentária É deglutido pelo feto (cerca de 400ml/dia no final da gravidez) Funções: Meio de flutuação para o feto, capacitando-o mover-se livremente Permite crescimento simétrico do feto barreira contra infecções impede aderência entre o âmnio e o embrião/feto permite o desenvolvimento normal do pulmões protege contra choques, absorvendo impactos ajuda a manter constante a temperatura fetal NATHÁLIA VIEIRA-MEDICINA FUNORTE VESÍCULA UMBILICAL Apesar de não ser ter função diretamente ligada a nutrição, é essencial: transfere nutrientes quando a circulação útero placentária estiver sendo formada (2ª- 3ª sem) Apesar de não ser ter função diretamente ligada a nutrição, é essencial: transfere nutrientes quando a circulação útero placentária estiver sendo formada (2ª- 3ª sem) Importância: - Nutrição do embrião durante a 2ª e 3ª semanas (circulação uteroplacentária em formação). - Desenvolvimento das células sanguíneas: ocorre no mesoderma extraembrionário (até a 6ª semana). O feto ainda não faz a hemotopoiese. O mesoderma extraembrionário está na região da vesícula umbilical. - Endoderma da vesículaumbilical origina o intestina primitivo :epitélio da traqueia, brônquios, pulmões e canal alimentar. - Células germinativas primordiais se originam no endoderma na 3ª semana. Depois migram para as gônadas. ALANTOIDE Importância: Em sua parede ocorre formação de sangue Seus vasos tornam-se os vasos umbilicais (2 artérias e 1 veia) Se diferenciará em úraco e ligamento umbilical médio (liga a bexiga à região umbilical) Formação das células sanguíneas da 3ª- 5ª semama. Seus vasos persistem como artéria e veia umbilical NATHÁLIA VIEIRA-MEDICINA FUNORTE GÊMEOS Gêmeos Dizigóticos: Provenientes de dois zigotos Influência genotípica materna Sempre são Biamnióticos (dois amnios) Podem ser bicoriônicos (dois córions) ou apresentar fusão dos córions (placenta fusionada). Tem uma única placenta para os dois gêmeos. Mosaicismo (hemácias com dois fenótipos) Gêmeos monozigóticos Provenientes de um único zigoto Podem ser monocoriônicos e biamnióticos (mais comum) ou bicoriônicos e biamnióticos.
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