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FILOSOFIA GERAL E JURIDICA TEX.7

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FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA 
AULA 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Celso Luiz Ludwig 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Seja muito bem-vindo(a)! 
Esta aula tem como objetivo apresentar e refletir sobre a teoria crítica – 
ou as teorias críticas. Muitos são os conceitos que integram a formulação delas, 
e veremos os mais importantes em detalhes. 
No Tema 1 apresentaremos alguns conceitos, categorias e características 
da epistemologia que, de alguma maneira, ajudam na formulação da ideia de 
uma teoria crítica. No Tema 2 mostraremos figuras da compreensão dialética. O 
Tema 3 examina questões relacionadas ao método, especialmente ao método 
dialético. O Tema 4 consiste na apresentação de uma ideia de teoria crítica. E 
no Tema 5, por fim, temos a ideia de uma crítica jurídica, ou uma teoria crítica 
do direito. 
Bons estudos! 
TEMA 1 – A EPISTEMOLOGIA 
1.1 Conceitos fundamentais 
1.1.1 Definições 
Em termos gerais, a epistemologia é o estudo que se ocupa da verificação 
do conhecimento produzido, especialmente pelas ciências. De maneira geral, 
pode-se dizer que é a “ciência que estuda a ciência” ou, extensivamente, o 
“saber que estuda o saber”, ou ainda a “filosofia das ciências”. 
Não há, no entanto, um sentido único no uso do vocábulo pelos autores. 
O próprio termo sofreu transformações, podendo-se destacar pelos menos três 
sentidos: 
1. No sentido originário, quando era considerada como um capítulo da teoria 
do conhecimento, a epistemologia se ocupava da natureza e do alcance 
do conhecimento científico, em contraste com o conhecimento vulgar. 
Como se distingue um conhecimento científico do senso comum? Nesse 
aspecto, considera-se que o processo do conhecer (científico) já está 
previamente condicionado pela concepção que se tem do objeto. Há aí 
uma ontologia que precede ou subjaz à epistemologia. 
 
 
3 
2. Um segundo sentido está ligado à obra Tractatus logico-philosophicus, do 
filósofo Ludwig Wittgenstein, que em sua primeira fase entende que a 
“linguagem reflete especularmente o mundo”, e caberia ao epistemólogo 
analisar as proposições científicas e indicar as que são verdadeiras, isto 
é, as que descrevem o mundo natural. Portanto, nesse sentido, 
epistemologia significa analisar a linguagem da ciência, enfim, as 
proposições científicas. 
3. Esse reducionismo ficou superado num terceiro momento, quando a 
epistemologia passa a ter por objeto vários aspectos da ciência. Dos 
muitos problemas da ciência, ocupam-se diferentes setores ou disciplinas: 
lógica da ciência, metodologia da ciência, axiologia da ciência, ontologia 
da ciência, entre outras; enfim, a epistemologia nesse momento é uma 
reflexão sobre o sentido das perguntas sobre o conhecimento 
(especialmente científico) e também sobre as respostas do conhecimento 
(particularmente das ciências). 
Em síntese, nas palavras de Hilton Japiassu: “por epistemologia, no 
sentido bem amplo do termo, podemos considerar o estudo metódico e reflexivo 
do saber, de sua organização, de sua formação, de seu desenvolvimento, de seu 
funcionamento e de seus produtos intelectuais” (1986, p. 16). 
1.1.2 Tipologia 
A epistemologia surge como questão na medida em que é necessário 
situar problemas que ocorrem na prática efetiva dos cientistas. Assim, da 
reflexão epistemológica resultam alguns conceitos, categorias e características 
na configuração, que podem ser assim tipificadas: 
1. Epistemologia geral: quando se trata do saber em geral, seja problemas 
de ordem especulativa, seja científicos; 
2. Epistemologia particular: quando se ocupa de um campo particular do 
saber; 
3. Epistemologia específica: quando diz respeito a uma disciplina 
conceitual tecnicamente constituída, num sistema ou campo do saber. 
 
 
 
4 
1.1.3 Objeto da epistemologia 
A epistemologia como disciplina se estabelece a partir do século XIX. Em 
que pesem as transformações antes apontadas, sua determinação central 
consiste essencialmente no estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos 
resultados das diversas ciências. 
1.1.4 Funções clássicas da epistemologia 
1. Situar o lugar do conhecimento científico na ordem do saber; 
2. Estabelecer os limites do conhecimento; 
3. Investigar a natureza da ciência: um conhecimento-estado ou um 
conhecimento-processo? (Japiassu, 1986, p. 25-27). 
1.2 Categorias centrais 
Cabe registrar a existência de algumas importantes categorias 
elaboradas, que indicam a dramaticidade da produção do conhecimento, 
especialmente na concepção dada pela epistemologia (Japiassu, 1986, p. 19). 
1.2.1 Obstáculos epistemológicos 
Definem-se como resistência ou inércia do pensamento ao pensamento; 
ocorre resistência ao surgir uma ciência como contrapensamento ou um saber 
que se opõe ao até então aceito ou hegemônico (exemplos: o processo da pré-
ciência para a ciência normal, desta para a ciência revolucionária; o positivismo 
frente ao jusnaturalismo; a dialética em contraste com o positivismo epistêmico; 
pós-positivismo ante o positivismo jurídico); e ocorre inércia quando há uma 
parada do pensamento num determinado estágio de seu desenvolvimento (por 
exemplo, paralisia de paradigma). 
1.2.2 Corte epistemológico 
O corte (ou ruptura) diz respeito a quando determinada ciência se 
estabelece (a exemplo da ciência normal) e rompe com a pré-ciência, ou com 
sua pré-história; ou ainda quando uma nova ciência substitui uma velha ciência, 
ou com outro paradigma da ciência. De algum modo ocorre um corte na 
 
 
5 
linearidade do conhecimento (ou do saber), e tal quebra não é instantânea; ela 
decorre de um processo complexo de transformação até se constituir numa nova 
ciência. A ruptura não suprime a continuidade histórica, apenas a diferencia. 
1.2.3 A vigilância epistemológica 
Atitude reflexiva crítica constante sobre o método e os resultados da 
ciência. Exige-se uma contínua atitude crítica de retificação metódica, seja das 
premissas, dos conceitos, das definições do objeto ou dos resultados alcançados 
pela ciência (e pelo saber). É necessário autorreflexividade, atitude de percorrer 
criticamente o caminho da crítica, e tal necessidade se impõe subjetivamente, 
porque na mudança paradigmática da ciência estamos sempre mais próximos 
do paradigma dominante e ainda muito distantes do insurgente. A vigilância 
epistêmica é necessária principalmente na perspectiva da concepção 
construtivista de ciência, que atua na ótica do conhecimento aproximativo e 
corrigível, como vimos. 
1.3 Características 
 Todo conhecimento é histórico e tem sua historicidade; 
 A ideia de conhecimento-processo, e não de conhecimento-estado – é um 
devir, e não um ser; 
 A ideia de que o conhecimento não é um sistema acabado de dogmas 
evidentes; 
 A rigor não existe ciência (no singular), mas ciências (no plural); 
 A primeira e mais fundamental função do sujeito é se enganar (daí a 
necessária vigilância crítica); 
 Ainda assim, para muitos o pensamento vai ao real, não parte dele 
(Bachelard); o ponto de vista cria o objeto (Saussure); os fatos não falam 
(Poincaré), pois: o objeto é construído; 
 Não há objetividade científica no sentido de uma representação perfeita e 
fiel da realidade; 
 Existe objetivação que consiste na possibilidade, necessidade e esforço 
de aproximação ao máximo do objeto investigado. 
 
 
6 
Esses são alguns elementos que configuram a epistemologia geral. 
Problemas dessa ordem ocorrem na epistemologia jurídica (epistemologia 
específica), campo que tem sua autonomia sistêmica estabelecida. 
As premissas e questões mencionadas se aplicam ao mundo do direito 
em sua dimensão científica, hermenêutica ou prudencial – ou seja, na teoria e 
na prática. De onde surge, como se organiza, como se forma e formula, como 
se desenvolve, como funciona, qual seu lugar entre os saberes e no 
conhecimento científico? Quais os limites desse conhecimento? Qual sua 
natureza? Quais ascaracterísticas do conhecimento jurídico? Por exemplo, o 
conhecimento jurídico pode ou deve se ocupar da questão da verdade? Ou só 
com a verossimilhança? A epistemologia jurídica se relaciona diretamente com 
pressupostos e premissas típicas da epistemologia geral, diferenciando-se pela 
especificidade do jurídico. 
TEMA 2 – A DIALÉTICA 
Veremos a seguir três ideias (imagens) de dialética. O termo tem múltiplas 
definições, usos e aplicações, aparecendo como método e também como 
filosofia. Fala-se da dialética pré-socrática, socrática, platônica, aristotélica, 
plotiniana, agostiniana, kantiana, hegeliana, marxista, ou de dialética positiva, 
negativa, antiga, moderna, subjetiva, objetiva. Na síntese, três imagens – como 
veremos agora. 
2.1 Dialética como ciência 
Uma primeira ideia de dialética pode ser associada à ciência. Tal ocorre 
quando pensamos a dialética juntando materialismo e dialética, na expressão 
“materialismo dialético”, vista na perspectiva científica, ou mesmo, de maneira 
mais acentuada, como visão na qual a dialética é concebida como desprovida 
de parcialidade e de todo e qualquer juízo de valor, afirmando-se como verdade 
objetiva. 
A compreensão da dialética nesses termos tem como referência, em 
geral, as chamadas leis da dialética, em suas diversas expressões. Para 
exemplificar, Engels, preocupado em defender o caráter materialista da dialética, 
associa a dialética humana a uma certa dialética da natureza (ou pelo menos a 
 
 
7 
uma pré-dialética). Dessa relação entre dialética da natureza e dialética humana 
ele chegou às seguintes leis gerais da dialética: 
1. Lei da passagem da quantidade à qualidade (e vice-versa); 
2. Lei da interpenetração dos contrários; 
3. Lei da negação da negação. 
A ideia é mostrar a presença de leis ou princípios no processo de 
transformação das coisas, enfim, da realidade. Assim: 
1. A primeira lei refere-se à condição objetiva de que as coisas, ao mudarem, 
não o fazem sempre no mesmo ritmo; o processo de transformação passa 
por períodos lentos (alterações quantitativas) e por períodos mais 
acelerados (alterações qualitativas), estas mais radicais, nas quais 
ocorrem os “saltos” na realidade. Engels exemplifica essa lei com a água, 
que vai aquecendo até atingir cem graus centígrados e ferver, passando 
do estado líquido ao gasoso. 
2. A segunda lei mostra que existe uma relação de tudo com tudo; há uma 
conexão entre as diversas partes ou aspectos da realidade. Em diferentes 
níveis, as partes dependem umas das outras, de modo que não podem 
ser compreendidas separada ou isoladamente. Dependendo das 
conexões e do contexto, prevalece em cada parte um lado ou outro da 
realidade. Essa realidade é intrinsecamente contraditória; os diferentes 
lados se opõem e, ao mesmo tempo, estabelecem uma unidade, chamada 
de unidade da luta dos contrários; por exemplo, a luta de classes 
3. A terceira lei procura mostrar que o movimento geral da realidade faz 
sentido, isto é, tem inteligibilidade, não é irracional, caótico; ao contrário, 
uma afirmação produz necessariamente sua negação, que por sua vez 
não permanece como tal, pois, assim como a afirmação, também a 
negação é superada na síntese, que consiste na negação da negação. 
Essas chamadas leis ou princípios (que já estavam presentes no 
idealismo de Hegel) recebem novas versões em outros autores. Antonio 
Gramsci, por exemplo, fala em: 
1. Ações recíprocas (intelectual orgânico/massa, teoria/prática, 
infra/supraestrutura não seriam termos sem relação); 
2. Processo TAS (tese, antítese e síntese); 
 
 
8 
3. Passagem da quantidade para a qualidade. 
Stálin, por sua vez, retomou de Engels o esquema das três leis dialéticas 
e as desdobrou em quatro: 
1. Tudo se relaciona (conexão universal e interdependência dos 
fenômenos); 
2. Tudo se transforma (o movimento, a transformação e o desenvolvimento); 
3. Mudança qualitativa (passagem de um estado qualitativo a outro); 
4. Luta dos contrários (fonte interna do desenvolvimento, do simples ao 
complexo, do inferior ao superior). 
Na medida em que essa ideia de leis se transforma numa espécie de 
código que estabelece e fixa leis rígidas da mudança das coisas – e com isso 
acentua uma lógica da transformação comandada pela objetividade –, houve 
para muitos a compreensão da dialética como ciência. Assim, com tal base 
científica se estende o materialismo dialético, em significado amplo, a tudo: está 
na natureza, na história, na consciência, no método, no partido, ou seja, 
configura uma ontologia geral. A realidade objetiva se impõe com uma densidade 
tal que ultrapassa toda e qualquer subjetividade. Ela passa a ser autônoma e 
independente do sujeito e das ideologias, pois contém leis próprias e objetivas, 
em interpretação científica que estabelece um monismo metodológico. 
2.2 Dialética como consciência de classe 
Uma segunda ideia de dialética está associada à consciência de classe. 
Desde a obra História e consciência de classe, Gyorgy Lukács luta por recuperar 
a determinação da subjetividade como decisiva para a dialética. Seu ponto de 
partida é que a unidade (identidade) do sujeito e do objeto constitui o núcleo da 
dialética, e essa unidade é a própria dialética, pois a dialética só pode ser 
compreendida como atividade – atividade humana e histórica. 
Dessa maneira, reestabelece-se a subjetividade como necessária no 
movimento dialético, que está inserido no contexto do materialismo da realidade 
social e propõe uma ontologia do ser social. O mundo humano do ser social se 
movimenta, se produz, se reproduz e se desenvolve na imbricação entre sujeito 
e objeto, isto é, na dialética sujeito-objeto. A subjetividade, no entanto, é coletiva 
antes de ser individual. É na e pela classe social que o indivíduo e a humanidade 
 
 
9 
se libertam ou se perdem na reificação. O portador social privilegiado da 
consciência dialética é o proletariado, daí porque dialética como consciência de 
classe. 
2.3 Dialética como teoria crítica 
A terceira imagem de dialética está associada à teoria crítica (ou crítica 
social), tematizada especialmente pela chamada Escola de Frankfurt. Se na 
concepção anterior o portador social da dialética é o proletariado, agora a crítica 
pertence a todos e todas que sofrem de alguma forma de alienação e opressão. 
Em síntese, o que se afirma agora é que a base ontológica e epistemológica não 
é o proletariado como classe, mas a essência humana negada e oprimida pelo 
capitalismo. Como efeito, temos: 
1. A crítica pertence a todos e todas; 
2. A razão como categoria fundamental não pode se reduzir à razão 
instrumental; 
3. Aproximação com a psicanálise e com as artes (ampliação do conceito de 
razão), incorporação da paixão, do desejo. 
TEMA 3 – O MÉTODO 
3.1 A questão do método 
A questão tem sido proposta por todos os grandes filósofos. Assim, temos 
uma variedade enorme de métodos propostos na trajetória da filosofia do 
Ocidente. Para além do sentido mais restrito da reflexão filosófica, encontramos 
a questão também – e principalmente – no âmbito dos estudos da metodologia 
nos mais diversos ramos da pesquisa, do ensino, das ciências e áreas 
especializadas. 
No campo da reflexão filosófica, embora o tema já esteja presente nas 
obras dos filósofos antigos e medievais, é no mundo moderno que o método 
passa a ser tematizado como tal; por exemplo, em René Descartes, com seu 
Discurso sobre o método, e em Francis Bacon, com seu Novum Organum. 
Portanto, tanto a tradição filosófica racionalista quanto a empirista têm como 
ponto de partida a questão do método. A primeira elaborou, como já vimos, um 
 
 
10 
método de análise conhecido como dúvida metódica, e a segunda elaborou a 
teoria conhecida como crítica dos ídolos (ídolos da caverna, do fórum, do teatro 
e da tribo). 
Fritjof Capra1, como vimos anteriormente, afirma que o método analítico 
de Descartes se tornouo padrão essencial do moderno pensamento científico, 
ocorrendo o mesmo com sua concepção de natureza, influenciando todos os 
ramos da ciência moderna. A concepção mecânica da natureza serviu como 
padrão da ciência após Descartes. 
Reproduzimos aqui a constatação de Capra (1982, p. 56): 
Toda a elaboração da ciência mecanicista nos séculos XVII, XVIII e 
XIX, incluindo a grande síntese de Newton, nada mais foi do que o 
desenvolvimento da ideia cartesiana. Descartes deu ao pensamento 
científico sua estrutura geral – a concepção da natureza como uma 
máquina perfeita, governada por leis matemáticas exatas. 
Da mesma maneira, para reforçar a ideia, trazemos a afirmação do 
cientista físico Heisenberg, referindo-se ao modelo cartesiano: 
Essa divisão penetrou profundamente no espírito humano nos três 
séculos que se seguiram a Descartes, e levará muito tempo para que 
seja substituída por uma atitude realmente diferente em face do 
problema da realidade. (citado por Capra, 1982, p. 55) 
Dessa maneira, consagra-se o chamado método analítico de Descartes, 
que consiste em duvidar de tudo que não conhecesse à evidência como tal; 
dividir as dificuldades em tantas partes quanto possível e necessário; ordenar no 
pensamento os assuntos a começar pelos mais simples e fáceis para alcançar 
gradativamente os mais complexos; e, por fim, fazer enumerações e precisões 
gerais para se certificar de que nada foi esquecido. 
Esse método analítico, como citado, influenciou por séculos o caminho do 
pensamento, da produção do conhecimento teórico e prático, e ainda se faz 
presente em nossa formação. 
Outros métodos surgem no decorrer da história moderna e 
contemporânea. No entanto, para contrastar com o método analítico 
mencionado, dada a sequência de nosso estudo, apresentamos uma possível 
compreensão do sentido do método dialético, nos termos a seguir. 
 
1 Capra (1982). O autor trata da questão particularmente no Capítulo II. 
 
 
11 
3.2 O método dialético 
Existem distintas dialéticas porque distintas são as épocas em que foram 
formuladas, ou os problemas, enfrentados. A seguir apresentamos um esboço 
de como se pode compreender a dialética como método. Trata-se de uma 
moldura da dialética marxista, em esquematização elaborada por Enrique Dussel 
(2012, p. 49-63), em livre interpretação: 
1. O real concreto (o existente): é o ponto de partida efetivo em todo 
processo de investigação, mundo real (A); 
2. Representação plena: desse real e concreto temos inicialmente uma 
representação plena, cheia, porém, uma totalidade caótica, confusa, mas 
que de todo modo já nos situa no mundo conceituado (B); 
3. Determinações abstratas: pela abstração como ato analítico, separam-
se da representação plena conteúdos que constituem a realidade; separa 
uma parte do todo pela capacidade conceptiva da consciência, como 
objeto ou conteúdo, e ao fazê-lo a abstração produz uma determinação 
abstrata (DA), isto é, um conceito definido – a rigor, conceitos definidos; é 
ainda a esfera do simples; 
4. Totalidade construída (concreta) em geral: é a nova totalidade (não 
mais a totalidade caótica da representação plena do momento 2) em sua 
mútua codeterminação; as determinações se abstraem e ao mesmo 
tempo se produzem; a nova totalidade é construída, por isso complexa; é 
o movimento dialético propriamente dito em sua essência na passagem 
do momento 3 para o momento 4. 
Dessa maneira, de 1 a 4 temos um “ascenso” dialético; uma elevação que 
vai de A (movimento 1 ao 2) para B (movimento 2 ao 3) e de B para C (movimento 
3 ao 4). Essa elevação é a passagem do simples ao complexo. 
5. Categorias explicativas: é o movimento de retorno, ou o descenso; é 
necessário descer da totalidade construída, que é concreta em relação às 
determinações abstratas (momento 3), mas é abstrata em relação à 
totalidade concreta explicada (momento 6); novas DAs são necessárias 
como categorias explicativas, instrumentos ou mediações interpretativas; 
 
 
12 
6. Totalidade concreta histórica explicada: nesse momento temos a 
explicação de uma totalidade concreta histórica, a moderna sociedade 
burguesa; 
7. Realidade conhecida: retorno para o momento 1; refere-se ao 
conhecimento dialético da realidade. 
Nesse passo, de 4 a 7 temos um “descenso” dialético; um retorno que vai 
de D (movimento 4 ao 5) para E (movimento 5 ao 6) e de E a F (movimento 6 
ao 7). Esse descenso é a passagem do abstrato ao concreto. 
Dessa maneira, o concreto é a síntese de múltiplas determinações, isto é, 
unidade do diverso. O concreto aparece no pensamento como processo de 
síntese, como resultado, não como ponto de partida, ainda que seja o ponto de 
partida efetivo (Marx), como podemos ver nos movimentos de 1 a 7. 
TEMA 4 – TEORIA CRÍTICA 
Existem muitas teorias críticas no campo da filosofia. Como a criticidade 
é uma característica central da filosofia, podemos encontrar referências críticas 
na filosofia do Ocidente desde seu começo. Já no mundo grego, o embate 
filosófico entre Sócrates e sofistas indica o esboço de uma teoria crítica, ao 
destacar a importância da racionalidade crítica para além da razão descritiva ou 
demonstrativa. No entanto, nosso tema tem em vista o esboço de uma teoria 
crítica no sentido moderno do termo, na caracterização de um núcleo central, e 
a posterior menção da variação da teoria crítica hoje. 
4.1 Teoria e prática 
Teoria, prática e teoria crítica são termos relacionados pela semelhança 
e pela diferença, e não devem aqui ser compreendidos como partes isoladas, 
mas na sua totalidade. Vejamos algumas definições e associações entre essas 
palavras. 
Teoria e prática como contraposição: num primeiro sentido, o termo 
teoria, no uso cotidiano da filosofia implícita (senso comum), consiste na maioria 
das vezes na explicação de algum assunto ou fenômeno. Ter uma teoria sobre 
algum acontecimento natural, social, cultural ou ambiental significa ter uma 
hipótese ou conjunto de argumentos racionais que expliquem ou compreendam 
 
 
13 
tal fenômeno ou determinada conexão. Assim, a teoria pretende explicar as 
coisas como elas são ou funcionam. Assim entendida, em geral a noção de teoria 
se opõe à prática, contraposição manifesta na frase “a teoria na prática é outra” 
ou semelhantes. Nesse caso, prática significa aplicação da teoria e revela que 
existe uma diferença entre ambas. 
Teoria e prática como lógicas distintas: num segundo sentido, teoria e 
prática se contrapõem porque existe uma diferença entre como as coisas são e 
como deveriam ser. A prática não consiste na aplicação da teoria, mas num 
conjunto de ideais que orientam a ação, princípios orientadores da conduta. A 
diferença entre o que é e o que deve ser – entre teoria e prática – não deve ser 
superada, sob pena de destruição da teoria ou da prática. Elas têm lógicas 
distintas e, portanto, não devem se confundir, pois uma diz respeito ao conhecer, 
a outra ao agir. 
Teoria crítica como expressão paradoxal: qual o sentido da expressão 
teoria crítica? Se teoria significa dizer o que as coisas são, como posso fazer 
uma crítica de como as coisas são no contexto da própria teoria? Fazer a crítica 
não me levaria a negar a função da teoria de dizer o que as coisas são? A teoria 
crítica enfrenta essa primeira tarefa de questionar o sentido de teoria, prática e 
a própria distinção ente esses dois momentos. Enfim, incluir a crítica na teoria, 
isto é, sem abdicar de dizer o que as coisas são. Eis o desafio. 
4.2 Princípios da teoria crítica 
Ideia central: muitos são os sentidos da crítica, até mesmo no interior da 
tradição da teoria crítica, ao ponto de ser mais adequado falar em “teorias 
críticas”, no plural. Mas a ideia central das diferentes teorias críticas pode ser 
sintetizada da seguinte maneira: 
1. Mostrar o que e como as coisas são, desde a perspectiva de como 
deveriam ou poderiamser; 
2. Conhecer, reconhecer e diagnosticar quais são os fatores que impedem 
que as coisas não sejam como deveriam ou poderiam ser. 
Princípios: 
1. A teoria é crítica quando serve de guia para a emancipação da sociedade, 
ou seja, quando possui uma orientação emancipatória; 
 
 
14 
2. A teoria crítica exige a vigilância para sempre de novo identificar os 
obstáculos que impedem a realização das potencialidades inscritas na 
realidade, mas ainda não realizadas; 
Potencialidades: o termo se refere às potencialidades de um mundo 
melhor, no sentido das expectativas inscritas nas promessas. Não se trata 
propriamente das utopias, mas da potência que ainda não se tornou ato. Ora, se 
tais potencialidades não se realizam (por exemplo, na sociedade capitalista a 
igualdade e liberdade são promessas não cumpridas para grande parte da 
população mundial), estamos também diante de uma questão prática, de uma 
ação. Ou seja, a teoria aponta para a necessidade de uma ação; cabe à teoria 
mostrar nas tendências estruturais da sociedade as ações de atualização das 
potencialidades. 
Obstáculos: o termo se refere aos fatores ou causas que impedem a 
realização de uma sociedade ou de um mundo melhor; os obstáculos podem ser 
os mais diversos, seja na ordem econômica, social, cultural, ideológica, religiosa, 
e até mesmo na ordem jurídica. Portanto, cabe à teoria também mostrar a 
tendência que pereniza determinados obstáculos que impedem a realização das 
potencialidades, devendo se atentar aos sempre novos obstáculos que vão 
surgindo no processo histórico. 
Emancipação: como referido no primeiro princípio, uma teoria, para ser 
crítica, deve conter uma orientação para a emancipação especialmente social, o 
que exige a possibilidade de uma sociedade melhor; uma sociedade na qual 
experiências e expectativas não se confundam, pois as expectativas ante 
experiências de negação da vida devem ser de afirmação de vida, e de uma vida 
melhor. 
TEMA 5 – CRÍTICA JURÍDICA 
5.1 Dogmática e crítica 
A teoria crítica do direito – ainda que diferenças e peculiaridades devam 
sempre ser levadas em conta – se desenvolveu apresentando alguns aspectos 
que serão destacados a seguir. 
 
 
 
15 
5.1.1 No campo da filosofia geral 
Para a teoria crítica, em particular para a versão da Escola de Frankfurt, 
a teoria crítica contrasta com a teoria tradicional. Esta pode ser entendida de 
duas maneiras distintas: 
1. Compreende a filosofia do paradigma do ser e boa parte do paradigma da 
consciência (Habermas); 
2. Identifica-se com a filosofia do sujeito de Descartes (Horkheimer) ou com 
o cientificismo positivista (Adorno). De qualquer sorte, nesses casos a 
teoria crítica tem como contraimagem a teoria tradicional – esta por ser 
dogmática e aquela por ser crítica. 
5.1.2 No campo da filosofia jurídica 
Na crítica jurídica, a preocupação com a superação da racionalidade 
tradicional é o objetivo principal: 
1. A superação da filosofia do idealismo jurídico está em primeiro plano. Em 
sentido simples, o idealismo é uma corrente filosófica que se opõe ao 
materialismo: o princípio fundamental de explicação do mundo encontra-
se na ideia (no espírito, na forma, no conceito), concebida como superior 
ao mundo material, fundante da materialidade (todo real é ideal). Na 
medida em que a realidade jurídica consiste numa representação 
idealizada, uma ideia de direito, uma ideia de justiça, uma ideia de norma 
ou a norma como ideia, as instituições jurídicas, enfim, como idealizações, 
oriundas do espírito (geist), configura-se uma abstração de tipo idealista; 
2. A superação da filosofia do positivismo jurídico em seus diversos 
analogados é tarefa comum. A superação do positivismo como formalismo 
vem associada: à ideia de superação do idealismo (concepção mais 
ampla), na medida em que o interesse maior recai sobre o aspecto formal 
do direito; à superação da concepção da já mencionada definição de que 
o positivismo jurídico é aquela doutrina segundo a qual não existe outro 
direito senão o positivo, ou seja, a redução do direito à fonte estatal; por 
fim, à superação da ideia da neutralidade axiológica, segundo a qual a 
 
 
16 
validade normativa é que deve ser vista como a determinação nuclear do 
direito. 
Enfim, a crítica tem por objeto, nesse particular, mostrar as limitações do 
modelo do idealismo jurídico e do formalismo lógico-positivista, entre outros 
aspectos, frente aos desafios suscitados pelo aumento da complexidade da 
realidade nos novos tempos. Esta é mais propriamente a parte negativa da crítica 
dialética. 
5.2 Teoria crítica na dogmática 
Na parte positiva da crítica dialética, podemos destacar aspectos da teoria 
crítica operacionalizados na filosofia jurídica e a possibilidade de recepção em 
outras áreas ou disciplinas do direito. 
5.2.1 Na filosofia jurídica 
A filosofia jurídica (filosofia do direito) produziu um conjunto de reflexões, 
conceitos, categorias, objetos e características que configuram em certo sentido 
um paradigma da crítica jurídica, com destaque para: 
 A existência de um pensamento crítico, com diversas correntes e 
tendências que se ocupam em questionar, repensar e superar o modelo 
jurídico tradicional (idealismo/positivismo) com um conhecimento 
interveniente dos operadores do direito, na perspectiva de construir um 
mundo melhor; 
 A ideia de que o objeto jurídico não é algo dado, mas construído 
metodologicamente (a questão do método a ser usado, eis que ao mesmo 
tempo condiciona o objeto e por este também é condicionado); 
 A ideia de que o objeto jurídico não é algo dado, mas construído 
epistemologicamente pelos sujeitos (a concepção de conhecimento, de 
ciência e de verdade), é fator constitutivo na formulação da realidade 
jurídica em jogo; 
 A ideia de que o objeto jurídico não é algo dado, mas construído 
teoricamente (por exemplo, a concepção de direito, relação jurídica, 
sujeito de direito, a forma direito); 
 
 
17 
 A ideia de que o objeto jurídico não é algo dado, mas construído 
axiologicamente (a concepção dos valores e seu lugar no ordenamento 
jurídico, tais como igualdade, diferença, liberdade, justiça); condicionante 
condicionada; 
 Enfim, a ideia de que fazer teoria crítica do direito tem o sentido de 
compreender o direito como ele é na perspectiva do que pode e deve ser, 
descrevendo e analisando as potencialidades não atualizadas, ao mesmo 
tempo que os obstáculos que a impedem sejam detectados e explicados. 
5.2.2 Nas demais disciplinas jurídicas 
A teoria crítica também tem suas marcas nas diferentes disciplinas do 
direito; existe teoria crítica constitucional, teoria crítica no direito civil, processual 
civil, no direito penal, na criminologia, no direito do trabalho, ambiental e assim 
por diante. O que se quer indicar é a existência efetiva e a potencialidade de 
produzir e de sempre renovar a teoria crítica em cada disciplina. 
FINALIZANDO 
Na aula de hoje, nos concentramos em alguns dos mais relevantes 
conceitos, categorias e características que compõem a teoria crítica e a teoria 
crítica do direito. Algumas das noções da epistemologia – tais como obstáculos, 
ruptura e vigilância epistemológicas e objeto construído – estão presentes nas 
teorias críticas e na crítica jurídica. De igual modo, a racionalidade dialética 
fornece elementos e horizontes decisivos para compreender a materialidade tão 
necessária na filosofia crítica, bem como o método dialético. Na teoria crítica 
propriamente dita, estabelecemos um núcleo conceitual, princípios e conceitos 
que permitem um ponto de referência básico. Por fim, fizemos uma pequena 
moldura da recepção das racionalidades mencionadas no campo da crítica 
jurídica, especialmente pela filosofia do direito, e no campo das especialidades 
do direito. 
 
 
 
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