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SUMÁRIO HOMEOSTASE E O MEIO INTERNO OSMOSE O CORPO ESTÁ EM EQUILÍBRIO OSMÓTICO PRESSÃO OSMÓTICA OSMOLARIDADE CONVERSÃO DA MOLARIDADE E OSMOLARIDADE COMPARAÇÃO DE OSMOLARIDADE TONICIDADE NATUREZA DOS SOLUTOS PROCESSO DE TRANSPORTE DIFUSÃO DIFUSÃO SIMPLES LEI DE DIFUSÃO DE FICK TRANSPORTE MEDIADO POR PROTEÍNAS TRANSPORTADORES DE MEMBRANA CANAIS DE NA+ E K+ BOMBA DE SÓDIO-POTÁSSIO ESPECIFICIDADE COMPETIÇÃO SATURAÇÃO TRANSPORTE VESICULAR FAGOCITOSE ENDOCITOSE TRANSPORTE EPITELIAL POTENCIAL DE MEMBRANA MEMBRANA DE NEURÔNIO POTENCIAL GRADUADO POTENCIAL DE AÇÃO FASE ASCENDENTE FASE DESCENDENTE FASE DE HIPERPOLARIZAÇÃO HOMEOSTASE E O MEIO INTERNO - Equilíbrio osmótico - água sendo o líquido que passa livremente pelos compartimentos; - Desequilíbrio químico e elétrico entre os compartimentos. OSMOSE - Membrana seletiva a alguns solutos; - Água passa livremente pelas membranas, passando por canais iônicos e canais de aquaporina (AQP); - A base para o uso clínico da terapia intravenosa de líquidos é a relação entre o movimento do soluto e o movimento da água através das membranas celulares. O CORPO ESTÁ EM EQUILÍBRIO OSMÓTICO - O movimento da água através de uma membrana em resposta a um gradiente de concentração de um soluto é chamado osmose; - Na osmose, a água move-se para diluir a solução mais concentrada, uma vez que as concentrações são iguais, o movimento resultante da água, cessa. PRESSÃO OSMÓTICA - A pressão sobre o êmbolo que se opõe ao movimento osmótico da água no compartimento B é conhecida como a pressão osmótica da solução B (imagem). OSMOLARIDADE - Em química, concentrações são geralmente representadas como molaridade (M), que se define como o número de moles de soluto dissolvido por litro de solução (mol/L) → 1 mol = 6,02 x 1023 moléculas - O fator importante para osmose é o número de partículas osmoticamente ativas em um dado volume de solução, e não o número de moléculas, nas concentrações biológicas; - Moléculas se dissociam em íons quando se dissolvem em uma solução,sendo assim o número de partículas na solução não é o mesmo que o número de moléculas; - A água move-se por osmose em resposta à concentração total de todas as partículas (íons, moléculas sem carga ou ambos) na solução; - A osmolaridade, o número de partículas osmoticamente ativas (íons ou moléculas intactas) por litro de solução, é expressa em osmoles por litro (osmol/L ou OsM). CONVERSÃO DA MOLARIDADE E OSMOLARIDADE - A osmolaridade do corpo humano encontra-se em uma faixa entre 280 e 296 miliosmoles por litro (mOsM); - A osmolalidade é a concentração expressa como osmoles de soluto por quilogramas de água (e não por volume); - Nas soluções biológicas o pouco de seu peso vem do soluto pois são diluídas, por isso na fisiologia costuma-se usar os termos osmolaridade e osmolalidade alternadamente. COMPARAÇÃO DE OSMOLARIDADE - Se as soluções possuem o mesmo número de partículas de soluto por unidade de volume → soluções isosmóticas; - Se uma solução (A) possui uma osmolaridade maior, ou seja, mais partículas por unidade de volume (mais concentrada) que uma solução (B) → a solução (A) é hiperosmótica em relação à solução (B); - Se a solução (B) possui uma osmolaridade menor, ou seja, com menos osmoles por unidade de volume que a solução (A) → a solução (B) é hiposmótica em relação à solução (A). TONICIDADE - Tonicidade é um termo fisiológico utilizado para descrever uma solução e como esta afeta o volume de uma célula, quando colocada nessa solução até o equilíbrio. NATUREZA DOS SOLUTOS - Os solutos são penetrantes quando suas partículas (íons ou moléculas) pode entrar na célula; - Partículas que não passam pela membrana são denominadas solutos não penetrantes; - As regras para predizer a tonicidade são: (1) Se a célula possui uma concentração maior de solutos não penetrantes do que a solução, a célula incha e a solução é hipotônica - haverá um movimento de água para dentro da célula (2) Se a célula tem uma concentração de solutos não penetrantes menor do que a solução, a célula encolhe e a solução é hipertônica - haverá um movimento de água para fora da célula (3) Se as concentrações de solutos não penetrantes são as mesmas na célula e na solução, a solução é isotônica - não haverá movimento resultante de água em equilíbrio PROCESSO DE TRANSPORTE - O fluxo de massa é a forma mais geral de transporte biológico de fluidos dentro de um compartimento; - No fluxo de massa um gradiente de pressão faz o fluido seguir de regiões de pressão mais alta para regiões de pressão mais baixa; - O transporte passivo não requer a entrada de energia armazenada em um gradiente de concentração; - O transporte ativo necessita da entrada de energia a partir de alguma fonte externa. DIFUSÃO - Movimento de moléculas a partir de um compartimento de maior concentração para um de baixa concentração dessas moléculas. DIFUSÃO SIMPLES - A difusão simples ocorre quando há a difusão direta de uma molécula através da bicamada lipídica de uma membrana; - A água, íons e outros nutrientes e moléculas (que se dissolvem em água) são lipofóbicas, portanto apenas moléculas solúveis em lipídios, ou seja, moléculas lipofílicas conseguem fazer difusão simples pela bicamada lipídica; - A taxa de difusão depende da capacidade de dissolução da molécula na bicamada lipídica da membrana - é diretamente proporcional à área de superfície da membrana. LEI DE DIFUSÃO DE FICK - Alguns fatores influenciam na permeabilidade da membrana, tais como: (1) tamanho da molécula (2) solubilidade em lipídeos da molécula (3) composição da bicamada lipídica - O fluxo é definido como a taxa de difusão por unidade de área de superfície da membrana. TRANSPORTE MEDIADO POR PROTEÍNAS - A maioria dos solutos necessitam de auxílio de proteínas de membrana para atravessar as membranas, este processo leva o nome de transporte mediado; - Caso o transporte mediado mova as moléculas a favor do gradiente e for passivo, e se o transporte líquido cessa quando as concentrações são iguais em ambos os lados da membrana, o processo é denominado difusão facilitada; - Se o transporte mediado requer energia do ATP (ou outra fonte externa) e transporta uma substância contra o gradiente de concentração, o processo é chamado de transporte ativo. TRANSPORTADORES DE MEMBRANA - Os transportadores de membrana são proteínas que atravessam a membrana e ajudam no transporte de moléculas lipofóbicas. CANAIS DE NA+ E K+ - Os canais de “vazamento” de K+ permitem um pequeno “vazamento” de Na+, mas a seletividade para K+ é maior; - A diferença de permeabilidade dos íons é um fator essencial para determinar o potencial de repouso normal da membrana. BOMBA DE SÓDIO-POTÁSSIO - A bomba de Na + K + é uma bomba eletrogênica, ou seja, gera um potencial negativo no lado interno das membranas celulares e gera os gradientes de concentração para o sódio e o potássio. (SGLT) → mecanismo do cotransportador Na-glicose ativo secundário - O SGLT consegue mover a glicose para as células porque a glicose tem que seguir o gradiente de Na+; - Porém, os transportadores GLUT são reversíveis e podem transportar a glicose para dentro ou para fora das células (depende do gradiente de concentração). ESPECIFICIDADE - Refere-se à capacidade de um transportador transportar apenas uma única molécula ou grupo de moléculas relacionadas; - EXEMPLO: transportadores GLUT → movem hexoses (glicose, manose, galactose e frutose). COMPETIÇÃO - Está relacionada com a especificidade; - Um transportador pode mover vários membros de um grupo relacionado de substratos, porém os substratos competem entre si por locais de ligação no transportador; - EXEMPLO: transportadores GLUT → cada GLUT tem uma preferência por uma ou mais hexoses, baseado na sua afinidade de ligação. SATURAÇÃO - A taxa de transporte do substrato depende da concentração do substrato e do número de moléculas de transporte, esta propriedade é partilhada por enzimas e outras proteínas de ligação. TRANSPORTEVESICULAR - Existem macromoléculas que são muito grandes para entrar ou deixar as células por meio das proteínas-canal ou carreadores, portanto elas se movem para dentro e para fora da célula com a ajuda de vesículas; - As células usam dois processos para importar partículas e moléculas grandes → fagocitose e endocitose; - O material é exportado da célula pelo processo de exocitose, similar à endocitose mas que ocorre na direção contrária. FAGOCITOSE - Processo mediado pela actina; - A célula engloba um patógeno ou outras partículas em uma vesícula grande ligada à membrana (fagossomo); - O fagossomo separa-se da membrana celular e move-se para o interior da célula, onde funde-se com um lisossomo; - O processo de fagocitose requer energia do ATP para movimentar o citoesqueleto e para o transporte intracelular das vesículas; - Algumas células fazem fagocitose no corpo humano, como os fagócitos. ENDOCITOSE - Na endocitose, ao invés de se projetar para fora, a superfície da membrana se retrai; - Há a formação de uma vesícula, portanto é menor do que a formada na fagocitose; - É um processo ativo que requer energia do ATP; - Pode ser não seletiva, permitindo que o líquido extracelular entre na célula através da pinocitose. TRANSPORTE EPITELIAL POTENCIAL DE MEMBRANA - A diferença de potencial de membrana ou potencial de membrana é caracterizada pelo desequilíbrio elétrico existente entre o LEC e o LIC de células vivas; - Resulta na distribuição desigual da carga elétrica entre o LEC e o LIC. MEMBRANA DE NEURÔNIO - O neurônio possui quatro canais iônicos seletivos na sua membrana plasmática: canais de Na+, K+, Ca²+ e Cl- - Estes canais encontram-se sempre abertos (canais sem comportas ou permeáveis) ou apresentam comportas (abrem-se ou fecham-se a estímulos especificos). POTENCIAL GRADUADO - Ao responder a uma sinapse, são geradas alterações de curta duração nas membranas pós sinápticas de um neurônio, este processo leva o nome de potenciais graduados; - A amplitude do potencial graduado é diretamente proporcional à intensidade do estímulo aplicado; - Os potenciais graduados gerados nos sítios sinápticos nos dendritos e corpos celulares percorrem a membrana até alcançarem o cone axônico (zona de gatilho); POTENCIAL DE AÇÃO - Breve reversão do potencial de membrana; - Ocorre quando a permeabilidade ao Na+ e ao K+ aumenta após ativação de canais de Na+ e de K+ por voltagem; - Os sinais nervosos são transmitidos por Potenciais de ação, que se propagam com grande velocidade por toda a membrana da fibra nervosa; - Para gerar um potencial de ação, os PPSEs gerados no corpo celular e nos dendritos precisam ser grandes o suficiente para despolarizar a zona de gatilho além do limiar. FASE ASCENDENTE - Ocorre devido a um aumento súbito e temporário da permeabilidade da célula para Na+; (1) Um potencial de ação inicia quando um potencial graduado que atinge a zona de gatilho despolariza a membrana até o limiar (2) Conforme a célula despolariza, canais de Na+ dependentes de voltagem abrem-se, tornando a membrana muito mais permeável ao sódio (3) Na+ flui para dentro da célula, a favor do seu gradiente de concentração e é atraído pelo potencial de membrana negativo dentro da célula (4) O sódio continua se movendo para dentro da célula, e enquanto a permeabilidade ao Na+ continuar alta, o potencial de membrana desloca-se na direção do potencial de equilíbrio do sódio (5) O potencial de ação atinge seu pico quando os canais de Na+ presentes no axônio se fecham e os canais de potássio se abrem FASE DESCENDENTE - Corresponde ao aumento da permeabilidade do K+; (1) Canais de K+ dependentes de voltagem, semelhantes aos canais de Na+, abrem-se em resposta à despolarização (2) Os canais de K + abrem-se muito mais lentamente e o pico da permeabilidade ocorre mais tarde do que o do sódio (3) No momento em que os canais de K+ finalmente se abrem, o potencial de membrana da célula já alcançou +30 mV, devido ao influxo de sódio através de canais de Na+ (4) Quando os canais de Na+ se fecham durante o pico do potencial de ação, os canais de K+ recém se abriram, tornando a membrana altamente permeável ao potássio - Os gradientes de concentração e elétrico do K+ favorecem a saída do potássio da célula em um potencial de membrana positivo; (5) À medida que o K+ se move para fora da célula, o potencial de membrana rapidamente se torna mais negativo, gerando a fase descendente do potencial de ação e levando a célula em direção ao potencial de repouso FASE DE HIPERPOLARIZAÇÃO - Quando o potencial de membrana atinge -70 mV, a permeabilidade ao K+ ainda não retornou ao seu estado de repouso; - O potássio continua saindo da célula tanto pelos canais de K+ dependentes de voltagem quanto pelos canais de vazamento de potássio, e a membrana fica hiperpolarizada, aproximando o potencial de membrana a -90 mV; - Por fim, os canais de K+ controlados por voltagem lentos se fecham, e uma parte do vazamento de potássio para fora da célula cessa; - A retenção de K+ e o vazamento de Na+ para dentro do axônio faz o potencial de membrana retornar aos -70 mV., valor que reflete a permeabilidade da célula em repouso ao K+ , Cl- e Na+. REFERÊNCIAS Hall & Guyton. Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: elsevier, 2017. Silverthorn, D.U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 7a ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
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