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DIAGNÓSTICO DE TUMORES DE MAMA: PARTE II EXAME HISTOPATOLÓGICO O exame histopatológico de biópsias incisionais ou excisionais é o método de diagnóstico mais seguro . Além de facilitar a classificação da lesão, o exame histopatológico permite avaliar: a infiltração da pele, tecidos moles e vasos circunjacentes; detalhes da histomorfologia do tumor (presença ou ausência de pleomorfismo, grau de diferenciação, índice mitótico, presença ou ausência de necrose); e a e a avaliação da margem cirúrgica . PRINCIPAIS NEOPLASIAS MAMÁRIAS - TUMORES BENIGNOS ADENOMA: Neoplasia benigna de células bem diferenciadas, epiteliais ou mioepiteliais. Aqueles tumores compostos de células epiteliais bem diferenciadas são classificados como tubulares do tipo simples. No cão, os crescimentos sólidos compostos por células fusocelulares são designados como mioepiteliomas, podendo requerer imunohistoquímia para p63 para confirmação. ADENOMA COMPLEXO OU ADENOMIOEPITELIOMA: Tumor benigno composto pela proliferação de células epiteliais e mioepiteliais, mas sem evidência de formação de matriz mixóide. A diferenciação com carcinomas complexos bem diferenciados pode ser difícil. A presença de cápsula, ausência de necrose e atipia, e a atividade mitótica baixa dão suporte ao diagnóstico. ADENOMA BASALÓIDE: Tumor benigno composto de cordões uniformes e grupamentos de células epiteliais basalóides monomórficas. Estes tumores são usualmente pequenos. FIBROADENOMA: Tumor benigno constituído pela proliferação de elementos epiteliais e estromais. Podem ser reconhecidos os tipos pericanicular (epitélio circundado por estroma) e intracanalicular (epitélio comprimido e deformado pelo estroma), e de baixa, e alta celularidade. TUMOR MISTO BENIGNO: Os tumores mistos benignos são caracterizados pela proliferação benigna de células morfologicamente semelhantes a componentes epiteliais (luminais ou mioepiteliais) e células mesenquimais que produziram cartilagem e/ou tecido ósseo e/ou tecido adiposo eventualmente em combinação com tecido fibroso. A presença de medula óssea com tecido hematopoético e tecido adiposo de permeio pode ser observada em alguns casos (Figura 1). Figura 1: Tumor misto benigno. Fonte: Consenso para o diagnostico, prognóstico e tratamento das neoplasias mamárias da cadela, Cassali et al, 2010 PAPILOMA DUCTAL: Tumor benigno, ramificado ou lobulado em um ducto distendido. O epitélio, distribuído em uma única camada, tem pouca atipia celular, ou hipercromasia nuclear com mínima atividade mitótica assentado sobre uma continua camada de células mioepiteliais. - TUMORES MALIGNOS Os carcinomas mamários são classificados em: carcinoma in situ, carcinomas simples, carcinoma complexo, e carcinomas especiais. Os carcinomas simples possuem três variantes distintas: carcinoma túbulo-papilar, sólido e anaplásico. Além disso, dentre os tipos especiais de carcinomas estão o carcinoma micropapilar, carcinoma de células escamosas, carcinoma mucinoso, carcinoma secretor, carcinoma rico em lípides e carcinoma de células fusiformes. CARCINOMAS IN SITU: Define-se uma neoplasia como um carcinoma in situ, proliferações epiteliais confinadas aos ductos, ocupando a espessura total da parede, sem a ruptura da membrana basal (Figura 2). São lesões precursoras de transformação maligna na mama canina. Figura 2: Carcinoma in situ. Fonte: Consenso para o diagnostico, prognóstico e tratamento das neoplasias mamárias da cadela, Cassali et al, 2010 CARCINOMA EM TUMOR MISTO: Como comentado anteriormente, os tumores mistos são neoplasias freqüentes na mama da cadela. Esses tumores apresentam um padrão histológico complexo visto que, são constituídos por componentes de origem epitelial e mesenquimal e alguns deles podem malignizar originando carcinomas em tumores mistos. A proliferação carcinomatosa pode invadir ou até me smo substituir completamente a lesão benigna pré-existe nte, na época do exame histopatológico. CARCINOMA TUBULAR Carcinoma caracterizado pela proliferação epitelial em arranjo predominantemente tubular. Estes tumores têm forte tendência a infiltrar nos tecidos circunjacentes e vasos. CARCINOMA PAPILAR: Os carcinomas papilares são neoplasias caracterizadas histologicamente por padrão de proliferação epitelial arborescente papilar com estroma fibrovascular central. Boa parte destas neoplasias possui extensões infiltrativas na pele e nos tecidos adjacentes, além de possíveis invasões linfáticas. CARCINOMA SÓLIDO O carcinoma sólido é um tipo de carcinoma comum em cadelas, sendo provavelmente uma forma mais avançada que os outros tipos, visto que é mais freqüentemente observado quando os tumores se desenvolvem por longos períodos sem intervenção cirúrgica . Alguns carcinomas sólidos são compostos por células com citoplasma vacuolado, possivelmente de origem mioepitelial. - TIPOS ESPECIAIS DE CARCINOMAS CARCINOMA INFLAMATÓRIO O carcinoma inflamatório é caracterizado pela invasão dos vasos linfáticos da derme pelas células neoplásicas. O carcinoma inflamatório de mama (CIM) possui esta denominação devido ao aspecto clínico inicial da lesão, que se assemelha a um processo infamatório da pele ou mama. É um tumor pouco freqüente , de curso hiperagudo e prognóstico desfavorável . CARCINOMA MICROPAPILAR O carcinoma micropapilar invasivo da glândula mamária é uma neoplasia de rara ocorrência, bem descrita em humanos, relacionada à linfotropismo e prognóstico desfavorável . Microscopicamente, a neoplasia revela espaços císticos semelhantes a vasos linfáticos difusamente distribuídos no tecido mamário. No interior dos espaços observam-se grupamentos de células epiteliais que exibem um padrão micropapilar denominado “morule like”. O índice mitótico é variável e metástase para linfonodos é comumente observada. CARCINOMA ANAPLÁSICO Este tipo histológico é relatado em cães, sendo considerado de pior prognóstico uma vez que cadelas acometidas apresentam rápida recidiva e metástase , o que ratifica sua agressividade. Estes tumores são difusamente infiltrativos e caracterizados pela proliferação epitelial atípica, sem arranjo definido, com células individualizadas invadindo o estroma reativo, frouxo e abundante. Intenso infiltrado inflamatório é uma forte característica desde tumor (Figura 3). Figura 3: Carcinoma anaplásico. Fonte: Consenso para o diagnostico, prognóstico e tratamento das neoplasias mamárias da cadela, Cassali et al, 2010 MARCADORES PROGNÓSTICOS E PREDITIVOS Fator prognóstico pode ser definido como sendo uma ou várias características clínicas, patológicas e biológicas específicas dos indivíduos e de seus tumores que permitem prever a evolução clínica e o tempo de sobrevida do paciente , sem que o mesmo tenha sido submetido a terapias adicionas e adjuvantes após a cirurgia inicial. Por outro lado, a avaliação dos marcadores preditivos permite selecionar pacientes para tratamentos específicos e individualizados. O estudo dos fatores prognósticos é de extrema importância, pois a partir deles pode-se predizer o comportamento e a evolução clínica das neoplasias mamárias, empregando protocolos terapêuticos com intensidade e efetividades adequadas e individualizadas. Marcadores moleculares são avaliados como fontes de informações para o prognóstico e para predizer o comportamento de vários tipos de cânceres em humanos e animais. Receptores hormonais (receptor de estrógeno – RE e receptor de progesterona – RP), COX-2, marcador de índice proliferativo do tumor (MIB-1), marcador de angiogênese (CD31), fator de crescimento epidérmico (EGF), moléculas de adesão (E-caderina e β-catenina), Her-2 e p53, são exemplos de importantes marcadores prognósticos avaliados nos tumores mamários caninos por meio da técnica de imuno-histoquímica . Dentre os anticorpos mais comumente utilizadosna técnica de imuno-histoquímica para a avaliação das neoplasias mamárias estão os marcadores de receptores hormonais (RE e RP) que permitem avaliar o grau de diferenciação da neoplasia; marcadores de proliferação celular (MIB/ki67) que determinam o índice de proliferação celular; anticorpos específicos para receptores de fator de crescimento importantes para a avaliação da expressão de receptores de fator de crescimento (HER-2 e EGFR). Recentemente foi demonstrada menor sobrevida para os pacientes cujos tumores apresentavam maior densidade de microvasos e maior expressão de Cox-2. Dica baseada no “Consenso para o diagnostico, progn óstico e tratamento das neoplasias mamárias da cadela”, Cassali et al, 2010 EXAMES PRAZO DIAS CITOLOGIA 3 CITOLOGIA DE LÍQUIDO BRONCO - ALVEOLAR 3 PERFIL FACIL ITADOR - CITO E HISTOPATOLOGICO 4 HISTOPATOLÓGICO COM COLORAÇÃO DE ROTINA - HE 4 HISTOPATOLÓGICO COM MARGEM CIRURGICA 4 HISTOPATOLÓGICO COM COLORAÇÃO ESPECIAL 7 NEOPLASIA - IMUNO-HISTOQUÍMICA (1 MARCADOR) 14 NEOPLASIA - IMUNO-HISTOQUÍMICA (PAINEL GERAL) 14 IMUNOHISTOQUÍMICA - VALOR PROGNÓSTICO 14 IMUNOHISTOQUIMICA - DETECÇÃO DE MICRO - METASTASES 14 PERFIL FACILITADOR - CADEIA MAMÁRIA 4 PERFIL FACITITADOR - SÍNDROME PARANEOPLÁSICA 4 “Referencias disponíveis com autor, se necessário co nsulte-nos. " EQUIPE DE VETERINÁRIOS - TECSA Laboratórios Primeiro Lab. Veterinário certificado ISO9001 da América Latina. Credenciado no MAPA. PABX: (31) 3281-0500 ou 0300 313-4008 FAX: (31) 3287-3404 tecsa@tecsa.com.br RT - Dr. Luiz Eduardo Ristow CRMV MG 3708 Siga-nos no Twitter: @tecsalab Facebook: Tecsa Laboratorios WWW.TECSA.COM.BR ''Atendemos todo Brasil, resultados via internet, F AÇA SEU CONVENIO E PARTICIPE DO JORNADA DO CONHECIMENTO TECSA" INDIQUE ESTA DICA TECSA PARA UM AMIGO “Você recebeu este Informativo Técnico, pois acreditamos ser de seu in teresse. Caso queira cancelar o envio de futuros emails das DICAS TECSA ( Boletim de Informações e Dicas ), por favor responda a esta mensagem com a p alavra CANCELAMENTO no campo ASSUNTO do email. ”
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