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17/03/2015
1
Clínica de 
Felinos - A1
Profa. MV. MSc. Esp. Doutoranda 
Tathiana Mourão dos Anjos
1º Sem/2015
Origem do Gato 
e Felinotecnia
População Felina
Gatos já são mais populares que os cães � 240
milhões � 31 milhões a mais que os cães.
Brasil � 2a maior população de cães e gatos do
mundo (1a USA - 146 milhões: 80 gatos e 66 cães).
É um dos poucos em que o cão ainda é o
companheiro preferido � mas os números estão
mudando….
População Felina
Deve ser a maioria em 10 anos (ABINPET -
Associação Brasileira da Indústria de Produtos
para Animais de Estimação) � expectativa para >
2022.
37,1 milhões de cães (4%) x 21,3 milhões de
gatos (8%).
Índice Big Cat � indicador de progresso baseado
na população felina de cada país � quanto +
gatos, melhor e + rico é o país.
Vantagens em se ter gatos
Não precisam de banho semanal � muito
higiênicos.
Custo médio mensal � metade do custo (cão).
Não precisam sair para aliviar estresse ou
necessidades na rua � liteira.
17/03/2015
2
Vantagens em se ter gatos
Menos paciência para correr atrás dos cães e
aturar latidos � > expectativa de vida (> 73 a).
Se adaptam a ambientes pequenos � espaço
vertical.
Perfil do dono de gato
Mais exigente, mais dedicado, nível sócio cultural
maior.
Mais informado e estudioso � “Dr. Google”.
Perfil do dono de gato
Maior número de animais � reconhecimento
tardio de doença.
Gato “esconde” sinais clínicos � predador
topo de cadeia.
Motivo da consulta? Ele tá diferente ...
Perfil do veterinário
Preparado para atender gatos ???
PÂNICO ????
Perfil do veterinário
Se não estiver preparado ..... 3 opções:
Procurar conhecer a espécie � estudar !!!
Excelente opção � ter um gato !!!
Encaminhar antes que seja tarde demais �
gato enfermo não espera o veterinário
adivinhar o que tem ... ele morre antes disso
......
Taxonomia
Reino Animalia
Filo Chordata
Sub-Filo Vertebrata
Classe Mammalia
Sub-Classe Theria
Infra-Classe Placentalia
Ordem Carnivora
Sub-Ordem Felinoformia
Família Felidae
Sub-Família Felinae
Gênero Felis
Espécie Felis catus (Linnaeus, 1758)
Sinônimos Felis silvestris catus / Felis catus domestica
Classificação científica
17/03/2015
3
Classificação científica
Pantherinae Acinonycinae Felinae
Tigre
Onça
Pantera
Leão
Guepardo Jaguatirica
Garras imóveis Puma
Lince
Leopardo
Gato Selvagem
Gato Doméstico
Grandes (Rugidores) Pequenos (Não Rugidores)
Família Felidae
Classificação científica
Grandes felinos � emitem sons graves �
elasticidade do ligamento do osso hioide �
permite rugir.
Pequenos felinos � emitem sons fracos � osso
hioide forma um bloco único � permite
ronronar.
Tigre
X
Classificação científica
A = ossos muito ligados entre si (em bloco) e com pouca
vibração.
B = um desses ossos não se desenvolve (parcialmente
calcificado), a língua e a faringe estão ligadas à base do crânio
por uma formação cartilaginosa elástica, que lhes permite
rugir.
Classificação científica
Digitígrados � caminham nas pontas dos dedos
(garras retráteis).
Família Felidae
História obscura � fósseis esparsos, de difícil
distinção e tão parecidos que dificultam distinguir
o crânio de um leão do de um tigre.
Felinos atuais guardam mesmos traços de um
predador semelhante à pantera (Sudoeste Asiático
- 10,8 milhões de anos).
Família Felidae
Mudanças no nível dos oceanos � migração para
novos continentes + condições ambientais de
cada local � origem a novas espécies � 37
espécies.
Grandes felinos � 1os a se ramificarem, seguidos
por outras 7 linhagens.
17/03/2015
4
1ª onda migratória
Há 9 milhões de anos � descendentes do ancestral de todos os felinos,
migraram da Ásia � África (M1), Américas do Norte (M2) e do Sul
(M3).
Oceanos atingiram níveis extremamente baixos � “pontes” de terra pelo
estreito de Bering e os extremos norte e sul do mar vermelho.
2ª onda migratória
Entre 1 e 4 milhões de anos � nível mais baixo dos oceanos �
continentes se interligaram mais uma vez � várias migrações ocorreram.
Entre 8 e 10 mil anos � migração mais recente � pumas.
Origem do gato doméstico
Adaptação evolutiva (milhares de anos) dos gatos
selvagens � cruzamentos � menores e menos
agressivos.
F. s. lybica (africano)F. s. silvestris (europeu)
Gato doméstico
Felis silvestris catus (Linnaeus, 1758).
Considerado uma das sub-espécies do gato
selvagem � derivado da domesticação do gato da
Líbia (Felis silvestris lybica).
Não é incomum o cruzamento entre gatos
domésticos e selvagens � espécimes híbridos.
Bengal = gato doméstico x leopardo asiático
17/03/2015
5
Domesticação do gato
Especialistas tradicionalmente acreditavam �
egípcios � 1os a domesticarem o gato � há cerca
de 4.000 anos.
Deusa de Bastet
Domesticação do gato
Descobertas arqueológicas e genéticas recentes �
indicam Crescente Fértil (Oriente Médio) � há
cerca de 10.000 anos � primórdios da agricultura.
Com a agricultura, 
os povos e os gatos 
domésticos se 
espalharam do 
Crescente Fértil 
para o resto do 
mundo. 
Domesticação do gato
Agricultura (trigo e cevada) � grãos atraiam ratos
� ratos atraiam gatos.
Linha do tempo da domesticação
Há 10.500 a 9.500 anos � restos de um
camundongo doméstico preservado entre os
depósitos de grãos em Israel.
Há 9.500 anos � enterro duplo de um ser
humano e de um gato (fêmea, 8 meses) na ilha
mediterrânea de Chipre � evidência mais antiga
de uma relação especial entre pessoas e gatos.
Linha do tempo da domesticação Linha do tempo da domesticação
40
cm
17/03/2015
6
Linha do tempo da domesticação
Há 3.700 anos � estatueta de marfim, esculpida
em Israel � gatos eram comumente vistos
próximo de povoamentos no Crescente Fértil.
Gato doméstico
600 milhões de gatos domésticos no mundo atual
� genética que corresponde aos gatos selvagens
de Israel.
Originário de região desértica e de apenas uma
região do planeta.
Carnívoro verdadeiro, com todas as suas
adaptações para tal metabolismo.
Genoma do gato doméstico
65% do genoma sequenciado (2007) a partir do
DNA mitocondrial de gata da raça Abissínio.
+ 60 raças de gatos domésticos (só 10 a 12 genes
responsáveis pelas ≠ na cor, comprimento e
textura dos pelos, tonalidade e brilho da pelagem
das raças).
20.285 genes foram identificados 
Semelhanças entre o genoma do gato: 
Cão = 79%. Homem e Chimpanzé = 73%.
Ratos e Camundongos = 69%. 
Cão e o gato
Cães � variedade de tamanhos, formas e
temperamentos (criados para desempenhar tarefas
específicas e diversas, como guarda, caça,
pastoreio, puxar trenós, etc).
Gatos � homogêneos (< heterogenicidade racial)
� diferem quanto à pelagem (não foram
selecionados para desempenhar várias funções -
controle de roedores).
Entidades
Regulamentam a felinotecnia, criação, seleção e
divulgação das raças.
Associação do Gato Mineiro (FIFE) � 1ª Exposição
Internacional de Gatos de Raças.
Entidades
17/03/2015
7
Entidades internacionais
WCC � The World Cat Congress
TICA � The International Cat Association
FIFe � Fédération Internationale Féline
CFA � The Cat Fanciers' Association
GCCF � The Governing Council of Cat Fancy
WCF � World Cat Federation
CFF � Cat Fanciers' Federation
UFO � United Feline Organization
Entidades nacionais
Associação da Raça Maine Coon no Brasil.
Cat Franciers of Brazil.
Clube Brasileiro do Gato.
Clube do Gato de São Paulo.
Clube do Gato do Oeste Paulista.
Clube do Gato do Paraná.
Clube do Gato do Rio de Janeiro.
Associação do Gato Mineiro.
Entidades nacionais
Confederação de Felinos do Brasil (CFB).
Federação Felina Brasileira.
Feline Club � Associação Brasileira do Felino.
Felis Catus � Criadores Associados.
Tropicats � Federação Felina Sul-americana.
Classificação das raças (categorias)
1 � estabelecidas.
2 � novas naturais.
3� variantes ou mutantes.
4 � híbridas.
5� experimentais (em desenvolvimento).
Classificação das raças (categorias)
1 � estabelecidas.
Padrão (standard) já estabelecido.
Combinação de genes disponíveis dentro da raça
suficientemente grande � melhoramento do tipo,
aumento da resistência, adiçãode novas cores, etc.
Probabilidade mínima de encontrar gatos com
ascendência não registrada que poderiam
melhorar significativamente a raça.
Classificação das raças (categorias)
2 � novas naturais.
Recentemente reconhecidas ou relativamente raras
� necessidade de aumentar sua combinação de
genes com gatos adicionais de ascendência não
registrada.
Origem em regiões geográficas específicas �
bons exemplares da raça ainda se encontram no
seu estado nativo, como animais de estimação,
gatos de celeiro, gatos bravios, etc.
17/03/2015
8
Classificação das raças (categorias)
3 � variantes ou mutantes (em desenvolvimento).
Diferem tipicamente de uma das raças
estabelecidas, ou da população felina geral tendo
como base um locus de gene singular.
Muitas � origem em mutações espontâneas
dentro da população doméstica de gatos.
Outras � surgiram dentro das raças estabelecidas
(mutações antigas ou cruzamentos).
Classificação das raças (categorias)
4 � híbridas.
Raças novas a ser desenvolvidas através de
cruzamentos deliberados entre duas ou mais raças
existentes.
Cruzamentos frequentes com as raças parentais
para manter ou melhorar o tipo podem ser
desejáveis.
Classificação das raças (categorias)
5 � experimentais (em desenvolvimento).
Novas raças que ainda estão em desenvolvimento
ativo.
O uso de cruzamentos híbridos com gatos de
parentesco desconhecido ou não registado é
permitido.
Não há limitações nem restrições nos programas
de criação de tais raças.
Siamês Siberiano Singapura Snowball 
Somali Sphynx
Thai Tonquinês Toyger Angorá Turco Van 
Turco Household Pet
Minskin Chausie Donskoy Highlander (LH) 
Hilghlander (SH) Khaomanee 
Scottish Fold Napoleon Donskoy Highlander (LH) 
Hilghlander (SH) Khaomanee 
Scottish Fold (LH) Selkirk Rex Selkirk Rex (LH) Pixiebob (LH) 
Pixiebob (SH) Bengal 
Bombay Savana Oriental (SH) Persa 
Peterbald Ragdoll
Nebelung Norueguês da Floresta Ocicat Oriental (LH) Maine 
Coon Manx
Munchkin (SH) Munchkin (LH) Kurilian bobtail (SH) Kurilian bobtail (LH) 
Laperm (LH) Laperm (SH)
Himalaio Bobtail Japonês (SH) Bobtail Japonês (LH) Korat 
Devon Rex Mau Egípcio
Exótico (SH) Havana Brown Burmês Chartreux 
Cornish Rex Cymricl
American Bobtail (SH) American Bobtail (LH) Abissínio American Curl (SH) 
American Curl (LH) 
Balinese American Wirehair American Shorthair Sagrado da 
Birmânia American Curl 
British (LH) British (SH) Azul Russo 
17/03/2015
9
Creme Vermelh
o
Chocola
te
Branco
Preto Azul
Pelagem sólida
Pelagem Red (ruivo)
Pelagem red - lentigo
Pelagem Red (ruivo)
Pelagem red - lentigo Pelagem branca e olho azul
Olho azul ou odd eyed (heterocromia ou ímpar).
Heterocromia � variação cromossômica 15 �
quantidade de melanina (pouca - azul).
Síndrome de Waardenburg (despigmentação da
retina e degeneração progressiva da cóclea) �
surdez relacionada ao gene de pelagem.
Pelagem particolor - Bicolor
Mistura de 2 cores � branco não ocupa mais que
50% da pelagem � cobre a região ventral do
corpo e marca um V invertido na cabeça (entre os
olhos). Pode ser também van ou arlequin.
Pelagem particolor - Van
Branco ocupa praticamente toda a pelagem � a
outra cor fica restrita à cauda e ao topo da cabeça
(entre as orelhas). Se houver 2 cores na cabeça é
chamado de van cálico.
17/03/2015
10
Pelagem particolor - Arlequin
Mistura de 2 cores � branco (> 50% da pelagem)
e mais uma cor (cabeça, cauda e algumas manchas
pelo corpo distribuídaas de forma aleatória).
Pelagem bicolor, van e arlequin
Bicolor Van Arlequin
Pelagem colorpoint
(ponteada - pointed)
Extremidades do corpo (máscara, orelhas, patas,
genitália e cauda) mais escuras que o restante do
corpo � mesma cor ou 2 a 3 cores nas
extremidades.
Seal pointBlue point
Red point Lilac point
Chocolate point
Cream point
Pelagem colorpoint (ponteada -
pointed)
Pelagem escamas
(tortoiseshell / tortie)
Combinação de 2 cores (bicolores) � preto e
vermelho (intenso - dominante), azul e creme
(diluído - recessivo), lilás com creme, chocolate
com vermelho.
Marcações não tem desenhos específicos �
manchas de tamanhos e formatos aleatórios.
99% � fêmeas.
Pelagem escamas (tortoiseshell /
tortie)
Vermelho e preto
Azul e creme
17/03/2015
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Pelagem escamas (cálico / tartaruga)
Marcação de escamas com o branco distribuído
em algumas regiões da pelagem (tortie com
branco). 99% � fêmeas.
(Cálico intenso)
(Cálico diluído)
Pelagem tricolor
Menos de 1% (1 em cada 3.000 gatos) � machos
� anomalia cromossômica.
Genes das cores (preto, branco e vermelho) �
presentes no cromossomo X.
Fêmea tricolor (XX) � branco + vermelho.
Macho tricolor (XXY) � branco + vermelho �
estéril.
Gato Cão Homem
38 cromossomos (19 
pares)
78 cromossomos (39 
pares)
46 cromossomos (23 
pares)
Pelagem tabby
Gene agouti (A/a) � responsável por este padrão.
A � dominante e já resulta em um padrão tabby.
a � 2 alelos recessivos � não há o padrão.
Gene O (responsável pela cor vermelha) suprime o
efeito aa � possibilidade de ser Tabby. Alelos
MC/mc � estabelecem o padrão básico do gato
tigrado.
Pelagem tabby - Classic (blotched)
Listras muito bem marcadas, densas e largas �
formam desenhos que lembram borboletas.
Anéis em toda a extensão da cauda e a faixa que
recobre a coluna vertebral é sempre bem escura.
Pelagem tabby - Spotted (manchado)
Machas arredondadas, regulares e distintas sobre
um fundo de pelagem clara � lembra leopardo.
Pelagem tabby - Mackerel (stripped)
Listras fracas, numerosas, finas e contínuas,
sempre se estendem verticalmente pelo corpo do
gato, avançando do dorso para o corpo � lembra
tigre.
Outras linhas são transversais vindas das laterais,
podendo ser interrompidas.
17/03/2015
12
Pelagem tabby - Ticked (pontilhado)
Pequenas manchas redondas ao longo de todo o
corpo.
Linha mais escura ao longo do dorso. Blotched ou Classic
Spotted
Ticked (pontilhado)
Mackerel
Blotched ou Classic Ticked (pontilhado)
Mackerel Spotted
Torbie
(escama + tabby) 
Pelagem tabby - marca M Pelagem smoke (fumaça) e silver
Sub-pelo é clara (branca ou prata).
Gene inibidor branco é dominante � se um dos
pais for um smoke ou silver, provavelmente o
filhote também será.
Maior intensidade do gene inibidor � silver
(tabby).
Menor intensidade do gene inibidor � smoke
(sólido).
17/03/2015
13
Pelo curto brasileiro (PCB)
Também chamada de Brazilian Shorthair.
1ª e única brasileira reconhecida
internacionalmente pela WCF desde 1998.
Pelo curto brasileiro (PCB)
Comportamento � dócil, companheiro, muito
amigo, ativo e vive em busca de carinho.
Brincalhão, ágil, inteligente e bem-comportado.
Cabeça � pequena a média, + comprida do que
larga, levemente em forma de cunha.
Orelhas grandes, com tufos de pelos dentro,
colocadas quase retas para cima (altura é maior do
que o comprimento da base).
Pelo curto brasileiro (PCB)
Olhos arredondados, de todas as cores. A
distância entre os olhos é de 1 + ½ olho.
Focinho médio a grande com uma leve curvatura
na base. Queixo forte.
Bochecha levemente desenvolvidas.
Pescoço médio a grande, não musculoso.
Pelo curto brasileiro (PCB)
Pelo curto brasileiro (PCB)
Corpo firme, não compacto, ligeiramente esbelto.
Pernas firmes, pouco musculosas, comprimento
médio, pés de tamanho médio e arredondados.
Cauda de comprimento médio a longo, não grosso
na base, afinando para o final.
Pelagem curta, sedosa, bem fechada, deitada junto
ao corpo. Sem sub-pelo. Todas cores reconhecidas
são aceitas.
Pelo curto brasileiro (PCB)
Tamanho médio (3 a 5 kg).
Faltas � rabo anormal ou com nó, acentuado stop
(quebra/depressão)na base do focinho, sub-pelo,
corpo compacto.
17/03/2015
14
Como Levar o 
Gato 
ao Veterinário
≠
=
Gato não é um cão pequeno !!!
É assim que ele se vê !!! É assim que temos que vê-lo !!!
Levando o gato ao veterinário !!!
Estresse para o gato e para o proprietário.
Caixa de transporte deve fazer parte do ambiente.
Levar o gato até a caixa e sem movimentos bruscos
� gato não deve ser perseguido.
Movimento calmo e lento � encorajar o gato a
aproximar-se � guloseimas, brinquedos, afago.
Levando o gato ao veterinário !!!
Se o gato não entrar � remover a porta e/ou a
parte superior da caixa de transporte.
17/03/2015
15
Levando o gato ao veterinário !!!
No consultório � gato estressado � esperar até o
gato se acalmar (período de aclimatação - 5 a 10
minutos).
Levando o gato ao veterinário !!!
CatNip (“erva do gato”):
Erva medicinal e aromática � ingrediente ativo
Neptalactone que atrai a maioria dos felinos.
Acalma felinos agressivos, bem como excita e
exercita os mais apáticos.
Resposta ao CatNip � herança genética captada
por órgão sensorial.
Levando o gato ao veterinário !!!
CatNip (“erva do gato”):
Efeito mais intenso nos 1os 10 minutos.
Gatos em idade reprodutiva � mais sensíveis que
gatos jovens (< 6 meses).
Machos reagem mais que as fêmeas.
Droga terapêutica para recreação e controle de
estresse em gatos.
Levando o gato ao veterinário !!!
CatNip (“erva do gato”):
Sem efeitos tóxicos e nenhuma dependência física
e química. Simplesmente são atraídos por ela.
Levando o gato ao veterinário !!!
Feromônios:
Feromônio facial felino sintético dentro e ao redor
da caixa de transporte 30 min antes de colocar o
gato, no carro e consultório � tranquiliza o felino.
Substâncias químicas vola ́teis deixadas por fezes,
urina ou secretadas por gla ̂ndulas cuta ̂nea.
Sa ̃o perceptíveis ao sistema olfatório.
17/03/2015
16
Levando o gato ao veterinário !!!
O olfato é um sentido extremamente importante
para comunicação dos felinos � epitélio olfativo
(20 cm2) x humanos (2-4 cm2) (Bradshaw, 1992).
Órga ̃o acessório (Jacobson ou vômero-nasal) �
identificaça ̃o, reconhecimento de indivíduos,
aquisiça ̃o de informações � sentido fundamental
para as reações sociais felinas (Genaro, 2004).
Levando o gato ao veterinário !!!
Órgão vômero-nasal � associado ao
comportamento social � a resposta de flehmen
indica quando ele esta ́ sendo utilizado.
Flehmen � ocorre em resposta a odores de
outros gatos, quando o animal levanta o la ́bio
superior mantendo a boca aberta por alguns
segundos para a detecça ̃o do odor (Bradshaw, Cameron-
Beaumont, 2000).
Levando o gato ao veterinário !!!
Mamíferos � feromônios agem conjuntamente
com estímulos ta ́teis, olfatórios, auditivos e visuais.
Comunicaça ̃o feromonal � importante no
comportamento, nos processos reprodutivos e de
socializaça ̃o de mamíferos.
Várias gla ̂ndulas seba ́ceas e apócrinas sa ̃o
responsav́eis pela secreça ̃o de odores na pele.
17/03/2015
17
Levando o gato ao veterinário !!!
Feromônios:
A secreça ̃o de gla ̂ndulas faciais é utilizada como
forma de comunicaça ̃o pelos animais (Pal, 2003).
Pode ser utilizada para enriquecimento ambiental
sensorial de animais domiciliados bem como de
laboratórios e zoológicos (Feldman, 1994; Weels, Egli, 2004).
Existem algumas propriedades funcionais dos
feromônios faciais.
Levando o gato ao veterinário !!!
Feromônios:
Estabilidade emocional.
Familiarizaça ̃o com o ambiente.
Orientaça ̃o espacial � onde o gato marca os
objetos e assim limita as vias de passagens e suas
zonas territoriais. Opção � arranhadores.
Levando o gato ao veterinário !!!
Marcação de odor comum de grupo � atos de
esfregar e de lamber uns aos outros � sinal tátil
que expressa ligações sociais.
17/03/2015
18
Levando o gato ao veterinário !!!
Existe um antagonismo entre o comportamento
de comunicaça ̃o por meio de feromônios faciais e
o comportamento de marcaça ̃o urina ́ria.
Feromônio facial x Marcação urinária
Estabilidade Instabilidade
Emocional
� �
Levando o gato ao veterinário !!!
Os feromônios faciais são utilizados pelos gatos
quando se sentem confortav́eis.
A marcação urina ́ria ocorre em fases de
instabilidade ou excitaça ̃o emocional.
Gatos na ̃o marcam com urina um local
previamente marcado com feromônio facial (Deforet,
1995).
Levando o gato ao veterinário !!!
Gatos liberam feromônios faciais quando
esfregam a cabeça desde o queixo até a base da
orelha contra objetos � principais feromônios sa ̃o
produzidos em estruturas epiteliais faciais.
Levando o gato ao veterinário !!!
5 frações de feromônios faciais felinos já
detectadas:
F1 e F5 � função desconhecida.
F2 � marcação sexual em machos não castrados.
F3 � marcação de locais e objetos - antagonista de
marcação por urina ou arranhadura.
F4 � marcação de pessoas e outros animais afiliados -
antagonista de agressão territorial.
Levando o gato ao veterinário !!!
3 possuem funça ̃o comunicativa (F2, F3 e F4),
sendo que duas delas (F3 e F4) já são produzidas
comercialmente (Carlstead, Brown, Strawn, 1993).
Levando o gato ao veterinário !!!
Feromônio facial - Feliway® - efeito ansiolítico:
Análogo sintético da Fração F3.
Altera o estado emocional dos felinos (sensação de
bem estar e segurança).
Atua no sistema límbico hipotalâmico dos gatos.
17/03/2015
19
Levando o gato ao veterinário !!!
Feromônio facial - Feliway® - efeito ansiolítico:
Difiusor / refil � 2% Fração F3 + excipiente
q.s.p. 100 g.
Levando o gato ao veterinário !!!
Feromônio facial - Feliway® - efeito ansiolítico:
Spray � 10% Fração F3 + 90% etanol (60 ml).
Levando o gato ao veterinário !!!
Por mais dócil e manso que o gato seja, jamais
deve ser transportado no colo do proprietário.
Levando o gato ao veterinário !!!
Se o gato se assustar por qualquer motivo � seu
instinto será agredir quem o segura, no intuito de
fugir e se esconder.
Se ocorrer fora das dependências do
estabelecimento veterinário � bem possível que o
gato fuja pra longe e o proprietário nunca mais o
veja.
17/03/2015
20
Levando o gato ao veterinário !!!
Alguns gatos gostam de ver o que está
acontecendo ao seu redor.
Os mais ansiosos e/ou medrosos preferem não ver
nada � cobrir o transporte com um cobertor ou
toalha para impedir que vejam e sejam vistos.
Levando o gato ao veterinário !!!
Muito sensíveis aos odores e aromas estranhos �
podem não reconhecer o gato que saiu para visita
veterinária pelos demais gatos da casa � agressão.
Ao retornar à residência � manter o gato na caixa
de transporte por alguns minutos e observar a
reação dos demais gatos (como reagem à sua
chegada).
Levando o gato ao veterinário !!!
Seres imprevisíveis !!!
Se estressam com bastante facilidade � fora de
seu habitat domiciliar.
Mudança súbita de comportamento �
manipulação, procedimentos e medicação
administração pode tornar-se difícil e às vezes
perigosa.
Levando o gato ao veterinário !!!
Territorialistas, mesmo quando não estão em seu
ambiente.
Melhor forma de conhecer um gato … é
convivendo com ele!!!!
Levando o gato ao veterinário !!!
Comportamento fisiológico adrenérgico �
bastante aguçado � extremamente sensível e
responsivo às condições ambientais e presença de
pessoas e/ou animais � “luta ou fuga”.
Monótono e metódico � mudanças rotina =
estresse.
Reação ao estresse � previsível ou não � reagem
≠ entre indivíduos e nos próprios indivíduos ≠
ocasiões.
Levando o gato ao veterinário !!
Sinais súbitos de estresse e ansiedade (SNA):
Taquicardia, taquipneia, midríase.
Vocalização.
� força e contração muscular.
Mudanças expressão facial / corporal.
SNA + sinais agressão = fobia social 
(contato pessoas/animais) Período de socialização!!!
17/03/2015
21
Levando o gato ao veterinário !!
17/03/2015
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Journal of Feline Medicine and Surgery (2011) 13, 364-375
Medo 
“congelante”
Gato 
agressivo
Insegurança e medo
Manejo e cuidado
apropriado
Gato tranquilo
Fatores estressores para gatos em ambientesveterinários (outros animais, pessoas, barulho,
cheiros e odores....) � reconhecer medo e
ansiedade do paciente felino.
Medo 
“congelante”
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Gato agressivo Gato tranquilo
Levando o gato ao veterinário !! Levando o gato ao veterinário !!
Insegurança, medo, agressividade...
Proprietário deve ser orientado para manter a
calma.
Sala de 
espera 
Cão
Gato
Veterinário
+ =
Levando o gato ao veterinário !!
Agressão redirecionada:
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Permitir período de aclimatação...
não encarar, não sorrir, não falar alto, não gesticular...
Levando o gato ao veterinário !!
Toalhas, bolsas, máscaras, gaiola, clip, sedação.
Jamais conter gato dispneico!
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Levando o gato ao veterinário !!
Como reduzir o estresse??? Feliway / Felifriend /
Catnip.
Orientar o proprietário de como levar o gato sem
estresse.
Recepção da clínica, consultório, internação e
banho e tosa separadas � evitar o contato visual,
olfativo e auditivo.
Levando o gato ao veterinário !!
Caso não seja possível � agendar horários de
menor movimentação de cães.
Cantinho do gato � proprietário sente que seu
gato é bem vindo.
Recepção, sala de espera, consultório, banho e
tosa, internação, produtos para venda, etc.
separados.
Dia do gato!
Como reduzir o estresse ?
Feliway / Felifriend / Catnip.
Orientar o proprietário de como levar o gato sem
estresse ao médico veterinário.
Evitar o contato visual, olfativo e auditivo dos
gatos com demais espécies.
“Cat Friendly
Practice”
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Clínica amiga do gato
http://catfriendlypractice.catvets.com
Clínica amiga do gato
Você sabia?
2011 � Pesquisa da Bayer Healthcare:
Número de visitas de cães ao veterinário é 2 x a de
gatos.
Motivos apontados � visão do proprietário:
Desinteresse por parte dos veterinários pela espécie.
Estresse ao gato.
http://www.catvets.com/cat-owners/find-vets-and-practices
Clínica amiga do gato
Categorias AAFP:
Silver (nível padrão).
Gold (nível ótimo).
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Clínica amiga do gato
Projetado por veterinários.
Aprovado por proprietários.
Preferido por gatos.
Clínica amiga do gato
Melhorar a qualidade e ambientação, manejo,
saúde e bem estar dos felinos.
Ambientes amigáveis para gatos � sem a presença
de cães, grande quantidade de animais e outros
potenciais estressores.
Clínica amiga do gato
Manuseio e execução de exames com menor índice
de estresse.
Salas especificamente designadas para a espécie
felina.
Excelência em diagnóstico e tratamento das
doenças dos felinos.
Clínica amiga do gato
Caso não seja possível � agendar horários de
menor movimentação de cães.
Cantinho do gato � proprietário sente que seu
gato é bem vindo.
Recepção, sala de espera, consultório, banho e
tosa, internação, produtos para venda, etc.
Separados.
Dia do gato!
Recepção
Caixa de transporte.
Recepção distante de cães.
Mínimo tempo de espera.
Portas e janelas fechadas.
Número pequeno de pessoas.
Ambiente tranquilo, sem barulho e odores.
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Acomodações e gatis
Telas !!!! Silenciosos, limpos, arejados.
Vasilha sanitária (papel ou granulado), bebedouro,
comedouro.
Cama e nicho.
Fômites identificados.
Higienização (hipoclorito de sódio 0,2% - 10
minutos! Panleucopenia, Complexo respiratório !!!).
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Atendimento clínico
Janelas e portas fechadas.
Caixa fechada (não em emergência!).
Conversa com o proprietário (retirada da caixa).
Mesa ou balança.
Trato do animal.
Exame físico / termometria.
Considerações Finais
Mercado em franca expansão.
Pacientes e tutores exigentes.
Precisamos de mais especialistas.
Futuro promissor….
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Parâmetros 
Vitais 
PARÂMETROS VITAIS
T
(° C)
FC 
(bpm)
FR 
(mpm)
PAS
(mmHg)
PAM 
(mmHg) 
PAD
(mmHg)
FILHOTE
37,5-38 180-220 15-35 
100-160
(< 100 
hipo) 
(> 160 
hiper)
70-120
(< 65 hipo)
(> 120 
hiper)
50-90
(< 40 hipo) 
(> 100 
hiper)
ADULTO
38,0-39 140-200 15-25
100-160
(< 100 
hipo) 
(> 160 
hiper)
70-120
(< 65 hipo)
(> 120 
hiper)
50-90
(< 40 hipo) 
(> 100 
hiper)
Semiologia
Semiologia
Anamnese Geral:
Manejo hídrico � ingestão hídrica, tipo de
bebedouro.
Manejo alimentar � apetite, tipo de comedouro,
frequência, seca x úmida.
Liteira � número, tamanho, localização, tipo de
substrato, frequência de limpeza.
Semiologia
Anamnese Geral:
Convívio � outros animais, estilo de vida (indoor
x outdoor), castração.
Mudanças � rotina, comportamento, ambiente.
Exposição � fármacos, produtos, plantas,
vacinas, doenças, estresse.
Semiologia
Análise pertinente da queixa:
Início (agudo ou gradual).
Progressão (melhora, estável, piora).
Resposta à terapia prévia � cirurgia, fármacos,
dieta.
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Semiologia
Estilo de vida � indoor x outdoor.
Castrado ou não.
Origem � gatil, rua, abrigo, etc.
Presença de contactantes (rua ou não).
Testado??? FIV/FeLV. Quarentena!!!
DTUIF
Cistite Intersticial 
Felina
Ápice
Corpo
Colo
Anatomia
Anatomia
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X
Doença do trato urinário inferior felino.
Qualquer afecção que acometa o TUI dos felinos,
de etiologia conhecida ou não.
DTUIF
Denominações:
Antiga � SUF � Síndrome Urológica Felina
(FUS � Feline Urologic Syndrome).
Atual � DTUIF � Doença do Trato Urinário
Inferior Felino (FLUTD � Feline Lower Urinary
Tract Disease).
DITUIF � doença idiopática do trato urinário
inferior felino.
DTUIF
Prevalência:
Representa boa parte da casuística de atendimento
na clínica de felinos.
Percentual de gatos, no Brasil e no Mundo,
acometidos por DTUIF gira em torno de 1 a 2%.
21,3 milhões
213-426 mil casos DTUIF/ano
População Felina
Brasileira 
(Abinpet 2012)
(Kruger, J.M. et al, 1990; Gonzáles, F.D., 2003)
DTUIF
Intersticial (CIF)
(65 a 80%) 
Urolitíase
(15 a 23%)
Tampões mucosos
(“plugs” uretrais) 
(12%)
Defeitos anatômicos (2 a 22%)
Distúrbios comportamentais (2 a 10%)
Infecções (2%), Neoplasias (1 a 2%)
Anomalias vertebrais e mielodisplasia (<1%)
(Souza, 2003; Defaw et al, 2011)
Em 85% dos casos, não há
NENHUMA relação com 
alimentação !
Etiologia multifatorial:
DTUIF
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Macho ou fêmea.
Entre 2-7 anos. 
Castrado.
Sedentário.
Obeso. 
Consome ração seca e ingere pouca água. 
Domiciliado. 
Vive em apartamento. 
Vive com vários gatos. 
Pode acometer qualquer gato.
Perfil do gato acometido:
DTUIF
Apresentação clínica:
Disúria � posição de micção por muito tempo,
dificuldade de micção.
Polaquiúria � uso mais frequente da bandeja
sanitária, urina diversas x ao dia, em pequenos
volumes.
Periúria � micção em locais inapropriados ou
incomuns, diferentes daqueles locais de costume.
DTUIF
Apresentação clínica:
Estrangúria � esforço pra urinar, micção lenta e
dolorosa.
Hematúria � sangue na urina.
Iscúria � retenção por impossibilidade de
micção.
DTUIF
Apresentação clínica:
Alterações no comportamento normal e nos
hábitos de higiene � vocalização, lambedura
excessiva abdome e região genital - pênis
hiperêmico, edemaciado.
DTUIF
Disúria, Estrangúria
Disúria, Hematúria
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Hematúria
Hematúria
Periúria
Apresentação clínica:
O felino permanece por um longo período na
posição de micção, o que leva o proprietário a
relatar que o animal está constipado.
Diagnóstico diferencial:
Constipação (e/ou obstipação). Problemas
articulares. Periúria comportamental.
Gato assume a mesma posição para urinar e defecar! 
DTUIF
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(http://hoteldegatos.blogspot.com.br/2011/07/o-seu-gato-urina-fora-da-caixa-de-areia.html)
Postura de micção:
DTUIF Posição normal de urinar
Posição de disúria
Fatores de risco - Sexo:
Machos e fêmeas acometidos na mesma proporção
� forma não obstrutiva.
Machos � maior predisposição à forma
obstrutiva.
DTUIF
Fatores de risco - Idade:
Entre 2 e 7 anos (qualquer idade). Raro em gatos
com menos de 1 ano.
Gatos < 1 ano � defeitos anatômicos.
Gatos > 10 anos � neoplasias, ITU, DRC.
DTUIF
Fatores de risco - Raça:
Persa � provávelpredisposição genética (ou talvez
por serem mais letárgicos, se exercitem menos).
DTUIF
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Fatores de risco - Sedentarismo, obesidade e
castração:
DTUIF
Fatores de risco - Dieta:
Exclusivamente seca e/ou sem controle de
minerais � � da DU � RSS urinária seguida de
� da agregação e formação de cristais.
Baixa digestibilidade � � da frequência de
defecação e de perda hídrica � desidratação (fezes
- 70% de água).
DTUIF
Fatores de risco - Ingestão hídrica:
< Ingestão hídrica.
< Frequência de micção (> período de retenção).
> Exposição da mucosa vesical a substâncias
irritantes (ureia).
Favorece perda de integridade física vesical � �
RSS.
DTUIF
Fatores de risco - Liteira e granulado sanitário:
Número insuficiente de bandejas (< 1,5/gato).
Inadequada ao tamanho do gato.
Suja.
Localizada em local inadequado (barulho e/ou falta
de privacidade) ou de difícil acesso.
DTUIF
Fatores de risco - Liteira e granulado sanitário:
Aversão à bandeja sanitária após episódio (s) de
DTUIF.
Quantidade de granulado colocado na bandeja.
Frequência de limpeza da bandeja e troca do
granulado.
Tipo de granulado (preferência do gato).
DTUIF
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Fatores de risco - Liteira e granulado sanitário:
DTUIF
Granulado “diagnóstico”
Laranja e amarelo: pH ácido (inferior a 6), valores de pH felino normais.
Verde: pH neutro (entre 6-7.6).
Azul: pH alcalino (mais de 7,6), risco de formação de cristais de estruvita.
Vermelho: presença de sangue na urina (Hematúria).
Castanho: presença de sais biliares (Bilirrubinuria).
Fatores de risco - Liteira e granulado sanitário:
DTUIF
Fatores de risco - Ambiente:
Gatos que vivem dentro de casa ou em
apartamento e/ou convivem com outros gatos.
Pouco ou nenhum enriquecimento ambiental
(especialmente para CIF). Mudanças de rotina.
DTUIF
X
Fatores de risco - Estresse:
Extremamente importante predispõe aos quadros
inflamatórios vesicais (CIF).
DTUIF
Cistite intersticial felina (CIF)
Cistite idiopática felina (CIF)
Síndrome de Pandora
Cistite intersticial felina - CIF:
Em sua maioria, autolimitante, resolução
espontânea (5 a 10 dias).
Machos e fêmeas com a mesma frequência, mais
comum nos felinos castrados.
CIF
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Cerca de 65 a 80% dos casos.
Etiologia complexa, multifatorial e não
completamente conhecida.
Diagnóstico de exclusão das demais causas
potencialmente indutoras de inflamação do TUI.
Muitos casos culminam com tampões (“plugs”).
CIF
Plugs ou tampões uretrais:
Precipitados desorganizados � matriz coloidal (de
natureza desconhecida) associados a quantidades
variadas de material cristaloide.
Estruvita � principal componente mineral da
maioria dos tampões uretrais de ocorrência natural.
Mecanismo de formação desconhecido.
CIF
Cristalúria + matriz proteica +células inflamatórias,
células descamativas e gotículas de gordura.
Estes “plugs” se moldam ao lúmen uretral.
Friáveis e possuem aparência de “pasta de dente”
quando expelidos.
CIF CIF
CIF
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35 - 50% recidivam em 1 ano (média de 6 meses
após episódio inicial (recorrências múltiplas).
Sintomatologia crônica (associada às recidivas de
situações estressantes às quais o gato é submetido).
Fatores estressantes para os gatos geralmente não
são levados em consideração pelos proprietários e
pelos veterinários !!!
CIF
Estresse agrava ou desencadeia os sinais clínicos (Urologia e Nefrologia do Cão e do Gato)
Estresse � estímulo importante para � da
atividade do SNA simpático e subsequente
inflamação neurogênica.
CIF
Semelhança à Cistite Intersticial Humana
(idiopática) � doença inflamatória de caráter
neurogênico. Conscientização do tutor!
Alterações na interação entre SN, camada protetora
da parede vesical (GAGs) e compostos presentes
na urina � sinais de dor, inflamação e hematúria.
Inflamação Neurogênica vesical (Buffington, CAT)
� mastocitose (histamina), petéquias na sub-
mucosa, neuroplasticidade simpática do
SN/vesical.
CIF
Epitélio de transição revestivo por uma
camada delgada de GAGs
Impedem a 
aderência de 
microorganism
os e cristais ao 
urotélio vesical
e limitam o 
deslocamento
transepitelial de 
proteínas e 
outros solutos
urinários.
GAGs = macromoléculas extracelulares hidratadas
Defeitos
qualitativos e 
quantitativos dos 
GAGs com 
consequente
aumento de 
permeabilidade
uroepitelial.
CIF
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Cistoscopia - hemorragias petequiais na submucosa
Prevenção - Manejo hídrico:
Preferem água corrente, limpa, sempre fresca e em
mais de um local (de fácil acesso).
Torneira ou fonte com recirculação de água.
Vasilha � grande, rasa e de boca larga.
Alimento úmido, cubos de gelo, caldos.
CIF
Água sempre disponível (40 a 50 ml/kg/dia).
CIF
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Link Dropbox:
https://www.dropbox.com/sh/mg6j49qiv4oqnah/
AABxoM3eYubF2TD8KVWsrPLa?dl=0
Material de Aula e de Apoio
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Prevenção - Manejo alimentar:
Dieta específica � faixa etária. Acostumar os gatos
desde filhotes a comerem alimentos secos e úmidos
diariamente.
X
CIF
Prevenção - Manejo alimentar:
Completa, balanceada, minerais.
Alimento à vontade (mínimo 4 x ao dia) � evitar
grande onda alcalina pós-prandial ([ ] até 1,080).
Alta digestibilidade (- fezes, - perda hídrica).
CIF
Prevenção - Manejo da bandeja sanitária:
1,5 bandeja por gato (n + 1 � n = número de
bandejas/gato + 1 = 1 bandeja para casa).
Proporcional ao tamanho do gato.
Diferentes locais (tranquilo e escondido).
Local adequado � gato se sinta seguro e com
privacidade.
CIF
Prevenção - Manejo da bandeja sanitária:
Distante da água e alimento.
Limpeza diária (+ de 1 x ao dia).
Descoberta (ventilação).
CIF
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Prevenção - Manejo da bandeja sanitária:
Substrato da preferência do gato � textura,
consistência, granulosidade.
Evitar � substrato perfumado, aromatizado.
Preferência por superfícies absorventes.
CIF
Prevenção - Manejo da bandeja sanitária:
Profundidade ideal � 4,5 a 6,5 cm (Beaver, 2005).
Gatos que não enterram as fezes ou manipulam
muito a areia depois � podem precisar de maior
quantidade, mais limpeza.
CIF
1 2
4 5 6
3
CIF
Prevenção - Manejo da bandeja sanitária:
Remover urina e fezes diariamente (2 x dia) �
nunca misturar substrato úmido ao seco.
Água quente e sabão de odor fraco ou neutro
semanal � não usar pinho ou amônia. Aversão !!!
Enxaguar 12 vezes � remover todo odor residual
dos produtos de limpeza. Secar completamente
antes de colocar o substrato.
CIF
CIF CIF
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Prevenção - Manejo do granulado sanitário:
Alguns gatos adaptam-se melhor ao uso de papel
picado, jornal, tapete higiênico ou papel higiênico.
Testar vários tipos de granulado (areia ou sílica) e
optar pela preferência do felino.
Granulado sanitário de qualidade (maior absorção)
e sem perfume.
CIF
Prevenção - Alívio da Dor e Estresse, Terapêutica
e MEMO (método de enriquecimento multimodal)
CIF
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Evitar mudanças de rotina, mudanças no território,
passeios de carro, banhos em pet shop (cães).
Evitar introdução de animais (superpopulação).
Enriquecimento ambiental (arranhador, brinquedo,
local pra escalar, esconder, brincar e descansar).
Aumentar interação proprietário x gato.
Feromônio facial sintético, erva do gato.
CIF
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Manejo terapêutico - Amitriptilina:
Ansiolítico, antidepressivo tricíclico.
Anti-histamínico.
Analgésico.
Propriedades anticolinérgicas (aumentam a
capacidade de retenção vesical).
CIF
5 a 10 mg/gato/VO/SID (noite) � dose de
literatura - empírica.
Recomendação � 1 mg/kg/VO/SID (noite).
Mínimo de 1 mês de tratamento (6 meses).
Desmame lento � evitar rebote serotoninérgico
(síndrome de abstinência).
CIF
Efeitos colaterais da amitriptilina:
Ganho de peso.
Retenção urinária.
Neutropenia, trombocitopenia.
Sedação, arritmia (cardiopata!!!).
Mau aspecto da pelagem.
CIF
Manejo terapêutico - GAGs:
Reforçam o uroepitélio e reduzem a lesão sobre as
células de transição da bexiga.
Restrito (casosde cistite grave).
Glicosamina 125 mg/gato/VO/SID.
Sulfato de Pentosan 50 mg/gato/BID (segurança e
eficácia não foram definidas).
CIF
Manejo terapêutico - Analgésicos:
Tramadol (1 a 2 mg/kg/VO/SC/BID) �
excitação ou sedação.
Gabapentina (3 a 5 mg/kg/BID).
Dipirona (25 mg/kg/SC/SID).
CIF
Manejo terapêutico - Antiinflamatórios
(corticoides):
Prednisolona (0,25 a 1 mg/kg/VO/SC/BID-SID)
� evitar prednisona (só ¼ é metabolizado). Evitar
em diabético.
CIF
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Manejo terapêutico - Antiinflamatórios (AINES):
Meloxicam (0,1 mg/kg/VO/SC/SID por 3-4 d).
Cetoprofeno (1 mg/kg/VO/SC/SID por 3-4 d).
Redução de doses ou evitar em nefropatas,
proteção gastrointestinal.
CIF
Manejo terapêutico - Antibióticos:
Somente se houver cultura bacteriana positiva por
cistocentese (guiada por US).
CIF
CIF
Alimento e Água.
Bandejas e granulado sanitários.
Interações sociais, enriquecimento ambiental.
Locais de descanso e esconderijos.
Evitar estresse e mudanças na rotina.
Essencial:
CIF
CIF
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Periúria
Comportamental
Deposição voluntária de urina em um ou + locais
que não são aceitáveis ao proprietário.
Brasil � maior causa de abandono (Souza-Dantas L.M. et al,
2009).
Distúrbio comportamental + comum em gatos �
46 a 50% de queixa. 10 a 39% dos gatos � terão
ao longo da vida (Beaver BV, 2003; APBC, 2005).
Periúria Comportamental
Quem marca mais ?
Macho inteiro + que fêmea inteira.
Macho e fêmea inteiros + que macho e fêmea
castrados.
Macho castrado + que fêmea castrada.
Periúria Comportamental
Casa com 1 único gato � chance de 25%,
independente do sexo, eliminar jato de urina.
Casa com + de 11 gatos � chance de qualquer
gato eliminar jato de urina é de 100%.
Persa.
Fêmeas no cio.
Periúria Comportamental
Presença de espículas em macho supostamente
castrado � sugerem criptorquidismo oculto.
Periúria Comportamental Distúrbio de eliminação
Doença Comportamento
Marcação Eliminação inaproriada
Sexual Ansiedade Aversão Preferência Ansiedade
Substrato Localização
Aversão
Territorial
Bandeja sanitária Substrato Localização
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Levantamento do histórico + Exame físico +
Urinálise:
Hábitos de micção e postura do gato.
Características da bandeja sanitária e do substrato.
Características reprodutivas e da personalidade do
gato.
Periúria Comportamental
Levantamento do histórico + Exame físico +
Urinálise:
Manejo ambiental.
Introdução de novos gatos.
Expectativas do proprietário em relação ao gato.
Mudanças recentes.
Periúria Comportamental
Indícios do exame físico de possíveis causas físicas:
Palpação vesical (exceção se estiver repleta) com
indução de contração vulvar/prepucial (“piscar”)
� sensibilidade vesical.
Umidade (urina) ou irritação em genitália externa /
períneo � incontinência ou DTUIF.
Visão deficiente ou cegueira � relutância em
procurar a bandeja.
Periúria Comportamental
Indícios do exame físico de possíveis causas
físicas:
Queixas de constipação ou fezes ressecadas,
PU/PD � comprometimento renal.
Dificuldade em pular em diferentes níveis de altura,
membros pélvicos desiguais, dor ou intolerância à
manipulação, intolerância à compressão da coluna
lombossacral, dor no momento em que o gato se
posiciona para urinar � dor musculoesquelética.
Periúria Comportamental
Diagnóstico comportamental:
Características Micção 
inapropriada
Marcação
Local (Superfície) Horizontal Vertical
Substrato Preferência Variável
Quantidade Grande Pequena
Postura Agachado Em pé
Periúria Comportamental
Marcação de território - “spraying”:
Urina em superfície vertical, aspecto oleoso, odor
intenso, deixa a superfície manchada quando seca.
Periúria Comportamental
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Para a nossa alegria !!!
Periúria Comportamental
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Marcação de território - “spraying”:
Sonho de consumo !!!
Periúria Comportamental
Micção inapropriada - “toileting”:
Maior parte dos casos de periúria comportamental.
Postura de micção agachada.
Movimentos típicos de eliminação (cavar e enterrar).
Periúria Comportamental
Micção inapropriada - “toileting”:
Possivelmente associado à periquesia (defecação
inapropriada).
Mais comum em fêmeas.
Itens específicos.
Locais significativos.
Periúria Comportamental
Periúria
Periquesia
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Micção inapropriada - em pé:
Mais comum em machos.
Resquício de problema urinário.
Distúrbio musculoesquelético e/ou neurológico.
Aprendizado por observação.
Preferência por postura de micção em pé.
Periúria Comportamental
Marcação reacional:
Interações estressantes com gatos externos.
Acesso limitado ao lado de fora da casa.
Mudança para uma nova casa.
Presença de novos objetos inanimados.
Micção vingativa
(vingança x estresse) !!!
Periúria Comportamental
Marcação reacional:
Relacionamento difícil com o proprietário (itens
significativos).
Novo membro na família.
Mudança na rotina, menos tempo dedicado ao
gato.
Periúria Comportamental
Identificação do gato em ambiente com muitos
gatos:
Fluoresceína 50 mg/gato/VO/SID.
Observar os locais de periúria por 24 a 72 hs �
observar se a urina estará tingida (luz cobalto).
Testar os gatos (intervalo de 5 dias entre eles) até
achar o gato que está marcando.
Periúria Comportamental
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Periúria Comportamental
Limpeza adequada da urina:
Diluição 1:1 de vinagre branco e água �
impregnar na área urinada por 30 minutos � secar
com toalhas absorventes de papel.
Repetir quantas vezes for necessário � locais
novos (3 a 4 vezes/dia) e locais velhos (8 a 10
vezes/dia).
Essência laranja / limão / pinho � não apreciam
aromas cítricos.
Periúria Comportamental
Reforço positivo:
Elogiar, dar um petisco quando o gato usar
corretamente a bandeja � estímulo para usar
novamente.
Tornar a bandeja + atrativa � limpeza absoluta e
diária.
Periúria Comportamental
Reforço negativo (adestramento de aversão):
Espantar o gato na hora da micção � água, grito,
apito, objeto.
Cuidado � gato pode associar ao proprietário !!!
Ansiedade !!!
Colocação de comedouros e bebedouros, papel
alumínio, fita adesiva dupla face nos locais de
micção.
Periúria Comportamental
Opções terapêuticas:
Castração
80 a 90% dos machos ou fêmeas que são castrados
após 2 meses não eliminarão mais jato de urina.
Chance de eliminação em forma de jato aumenta
se o gato teve experiência sexual antes da cirurgia.
Periúria Comportamental
17/03/2015
63
Opções terapêuticas:
Medicação � fluoxetina (1 mg/kg/SID),
amitriptilina (1 mg/kg/SID), buspirona (1
mg/kg/SID), florais (trepadeira ou mimulus).
Mudanças ambientais.
Feromônio sintético � 30% elimina e 60%
diminui frequência de urinar. Pode haver piora
algumas vezes!!!
Periúria Comportamental
Urolitíase
Cristalúria é um achado clínico comum em gatos.
Gatos possuem alta capacidade de [ ] urinária �
simples presença de cristalúria não significa que
haverá desenvolvimento de urolitíase.
pH urinário � mantido entre 6,0 e 6,5 (abaixo de
6,0 = grande risco de acidose metabólica).
Urolitíase Urolitíase
17/03/2015
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(Moore, 2007)
Urolitíase
SUBSATURAÇÃO (solução estável)
Não há nucleação
Não há crescimento
Não há agregação de cristais
Cristais/urólitos podem dissolver
SUPERSATURAÇÃO (solução metaestável)
Nucleação heterogênea
Crescimento mínimo
Agregação mínima
Não há dissolução de cristais
SUPERSATURAÇÃO (solução instável)
Nucleação espontânea
Crescimento rápido de cristais e agregação
Não há dissolução de cristais
C
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Atividade do produto 
(produto de formação)
Produto de solubilidade
(Osborne et al., 2000; Biourge, 2007)
Urolitíase
DILUIÇÃO URINÁRIA CONSTITUI FATOR-CHAVE NA PREVENÇÃO E
TRATAMENTO DE QUALQUER TIPO DE UROLITÍASE !!!
Como promover a diluição urinária?
Manejo hídrico e alimentar.
Alimentos com � teor de umidade.
� Teores de sal dietético (NaCl).Urolitíase
Gatos com privação hídrica são + predispostos:
Que só bebem água na torneira quando os
proprietários estão em casa.
Que urinam menos (resultam em aumento da
saturação urinária) por não terem acesso à bandeja
sanitária ou que se recusam utilizá-la por estarem
sujas.
Urolitíase
Estruvita (fosfato + amônia + magnésio):
Acomete mais a bexiga.
> 95% dos casos gatos � urina está estéril.
Urolitíase estéril � associada a uma urina
concentrada e alcalina, além do excesso de consumo
e excreção de minerais calculogênicos, em especial o
magnésio.
Urolitíase
Consumo frequente de pequenas quantidades de
dieta inviabiliza a formação de urólitos de estruvita
� minimiza formação de super onda alcalina pós-
prandial.
Onda alcalina pós-prandial � [ ] urinária pode
chegar até 1,080.
Cristalização com RSS > 2.5.
Urolitíase
17/03/2015
65
pH alcalino (> 6,7).
Formação rápida (2 a 8 semanas), mas velocidade
de crescimento lenta.
Radiopacos (RX simples, US). Podem ser únicos
ou múltiplos.
Acidificação urinária (pH entre 6,0 e 6,5) e � do
volume urinário com consequente redução da DU
� dissolvem os urólitos de estruvita.
Urolitíase
Rações acidificantes � somente mediante
avaliação urinária, não deve ser oferecida por
toda a vida do animal (máximo 5 a 12 semanas)
� acidose metabólica.
Contra-indicadas� nefropatas crônicos,
cardiopatas, portadores de neoplasia, fase de
crescimento, gestação ou lactação.
Afetam balanço de K e P (diminuem), diminuem [
] plasmática de taurina em gatos adultos.
Urolitíase
ITU associada à urolitíase � se não tratada, pode
reduzir a eficácia da ração terapêutica.
Objetivo preventivo e terapêutico:
Manter a urina dentro da zona de baixa saturação.
� do volume urinário) e consequente � da [ ]
urinária (efeito diluidor).
Manutenção do pH urinário numa faixa de 6,2 a
6,5.
Urolitíase
� Na, � RSS, dieta acidificante, dissolução de 
estruvita, prevenção de oxalato
Urolitíase
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Cistotomia / coleta de urina no momento da
cirurgia e 2 horas depois.
Urolitíase
(Rafael Pinheiro)
17/03/2015
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Doris - PCB, 5 a, castrada, 5 kg, hematúria, disúria,
periúria.
Urolitíase
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Oxalato de cálcio:
Frequência � muito nos últimos 20 anos.
Modificação das dietas de prevenção e de
manutenção para minimizar cristalúria por
estruvita.
Uso disseminado, indiscriminado e inadequado de
dieta calculolítica para dissolver estruvita.
Urolitíase
17/03/2015
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Oxalato de cálcio:
Frequência � muito nos últimos 20 anos.
Modificação das dietas de prevenção e de
manutenção para minimizar cristalúria por
estruvita.
Uso disseminado, indiscriminado e inadequado de
dieta calculolítica para dissolver estruvita.
Urolitíase
Acompanhamento inconsistente (sem urinálise) da
eficácia dos protocolos de manejo dietético em
pacientes recidivantes.
Níveis sanguíneos elevados de Ca � recidivas,
principalmente se for idiopática a hipercalcemia.
Radiopacos. Formam-se em pH ácido a neutro (<
6,8). Formação lenta (meses a anos) e velocidade
de crescimento também lenta. Pequenos e
múltiplos.
Urolitíase
RSS > 12 (risco de oxalato de cálcio). Formação
não ocorre em urina com baixa saturação.
Ácido oxálico � oriundo do metabolismo do ácido
cítrico e de diversos aminoácidos presentes na dieta
como a glicina.
Urolitíase
Urina extremamente ácida (pH urinário menor que
6,2) � fator de risco para formação por causar
acidemia e calciúria, além de alterar a [ ] e função
de substâncias inibidoras de cristais (citrato,
magnésio e pirofosfato).
Inibidores (citrato) � formam sais solúveis com o
Ca ou ácido oxálico reduzindo a disponibilidade
dos mesmos para que a precipitação ocorra.
Urolitíase
Objetivo terapêutico � prevenção a partir da
inibição do crescimento e a agregação destes
cristais, já que a sua formação não pode ser
prevenida.
Controle do pH da urina, aumento do volume
urinário e consequente redução da DU, além do
controle dos níveis de Ca e oxalato da dieta.
Urolitíase
Uma vez formado � deve ser removido
cirurgicamente ou ser expelido espontaneamente
(< 1 mm em gato e < 5 mm em gata).
Urolitíase
17/03/2015
70
Mel, siamês, 6 anos, hematúria intermitente há
alguns meses, só bebe água na torneira e quando a
proprietária está em casa, dieta seca.
Urolitíase
Urolitíase
Precipitados desorganizados � matriz coloidal (de
natureza desconhecida) associados a quantidades
variadas de material cristaloide.
Estruvita � principal componente mineral da
maioria dos tampões uretrais de ocorrência
natural.
“
Tampão mucoso ("Plug Uretral”)
Mecanismo de formação do tampão �
desconhecido.
Cristalúria + matriz proteica +células
inflamatórias, células descamativas e gotículas de
gordura.
Estes “plugs” se moldam ao lúmen uretral.
Friáveis e possuem aparência de “pasta de dente”
quando expelidos.
Tampão mucoso ("Plug Uretral”)
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Tampão mucoso ("Plug Uretral”)
Tampão mucoso ("Plug Uretral”)
Obstrução 
Ureteral
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Órgãos tubulares � extensão da pelve renal.
Retroperitoneal parede dorsal abdominal.
Músculo liso e epitélio de céls. de transição.
Transporte urinário � peristaltismo.
Diurese � dilata em até 17 vezes.
Diâmetro � 1,0 mm (E) e 0,4 mm (I± fio 2-0).
Ureteres
Atualmente � principal causa de uremia aguda
grave (Pantaleo et al., 2004).
Causa + comum � cálculo ureteral (Moon e Dallman, 1991; Kyles
et al., 1998; Lekcharoensuk et al., 2002; Palm e Westropp, 2011).
Cada vez + frequente � 1º em 1990 (Califórnia) (McLouglin
e Bjorling, 2003; Hardie e Kyles, 2004).
Tampões, neoplasias, traumas, coágulos, fibrose,
estenose, ligadura � menos comuns.
Obstrução Ureteral
Nefrólito (4,95% G x 2,88% C) 
Ureterólito
Urólito
(Ling et al., 1998)
Obstrução Ureteral
Rim esquerdo � 9% bilateral (Puskar et al., 2007).
Machos e fêmeas. 7 - 10 a (8 m - 16 a) � 67 x > 1 - 2
anos (Lekcharoensuk et al., 2007).
Persa e correlatas, siamês, maine coon � oxalato de
cálcio (97%) (Elliott, 2003; Hardie e Kyles, 2004).
Obstrução Ureteral
Pode levar à restrição do fluxo de urina 
(parcial ou total)
Resultar em crises urêmicas
Alterar estrutura renal e/ou ureteral
(hidronefrose e/ou hidroureter) 
Perda da função renal
IRA, DRC, óbito
Obstrução Ureteral
Sinais clínicos dependem:
Tamanho, quantidade e localização do urólito.
Presença (grau e duração) ou ausência de obstrução
(parcial ou total) do fluxo urinário � sinais
intermitentes.
Presença de ITU.
Obstrução Ureteral
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Azotemia (83%), � P (54%), anemia (48%), � K (35%),
� Ca (14%).
Uremia � inapetência/anorexia (45%), vômito (42%),
letargia (31%), perda de peso (27%), PU/PD (18%).
Hematúria, estrangúria, polaquiúria, periúria,
desconforto, dor sublombar ou abdominal (9%).
ITU (8%), cristalúria (29%).
Obstrução Ureteral
(Osborne et al., 1996)
Diagnóstico:
Hematúria, estrangúria, polaquiúria, periúria, Alguns
respondem à fluidoterapia e diuréticos � sem
diagnóstico (Hardie e Kyles, 2004).
Suspeitar � sinais intermitentes e não responsivos
à terapia.
Definitivo � imagem (US e/ou RX):
Obstrução Ureteral
Imagem:
Sensibilidade � 77% (US), 81% (RX), > 90% (US + RX)
(Osborne et al., 1996).
Gases e fezes dificultam � preparo.
Obstrução Ureteral
RX � radiopacas
US � hiperecóicas
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Tratamento:
Sinais clínicos relacionados à uremia.
Alívio da obstrução em tempo hábil � preservar
estrutura e função dos rins.
Cirúrgico x Conservador ??? Grau de dilatação renal
x grau de prejuízo funcional
Obstrução Ureteral
�
Tratamento
Cirúrgico
Obstrução total
ITU
Risco de morte
Uroabdome
Estenose ureteral
Falência renal
Obstrução Ureteral
Tratamento
Conservador
Obstrução parcial
Paciente estável
Acompanhamento
Piora da função renal
Piora da condição clínica 
Obstrução total
Obstrução Ureteral
17/03/2015
75
Obstrução Ureteral
Fluidoterapia � IV ou SC (40-60 ml/kg).
Manejo da uremia (náusea, vômito, inapetência).
Manejo hídrico � dieta úmida, � água.
Tramadol (1 mg/kg/BID) e/ou Gaba (3-5 mg/kg/BID).
Rowatinex � 1-2 cápsulas/gato/SIDa TID.
Amitriptilina � 1 mg/kg/SID.
Obstrução Ureteral
Prazosina � 0,5 mg/gato/SID.
Citrato de K (recidiva)� 50 a 75 mg/kg/BID.
Diurético (se necessário) � manitol 20% - 0,25 a
0,5 g/kg bolus IV lento em 20-30 min/SID.
Acompanhamento semanal (1-2 x) até a migração �
> 1 mm (M) e > 5 mm (F) � cistotomia.
Considerações Finais
Sempre parte do diagnóstico diferencial do felino
urêmico.
Prognóstico reservado � recidivas e
comprometimento da função renal � danos
irreversíveis.
Fundamental � correta identificação e
consequente instituição de terapia adequada
corretiva e preventiva (recidivas).
Obstrução 
Uretral
http://www.lflivros.com.br
CAPÍTULO 1: ANATOMIA E FISIOLOGIA RENAL

CAPÍTULO 2: INJÚRIA RENAL AGUDA

CAPÍTULO 3: DOENÇA RENAL CRÔNICA

CAPÍTULO 4: DOENÇAS DO TRATO URINÁRIO EM CÃES

CAPÍTULO 5: UROLOGIA EM MEDICINA FELINA

CAPÍTULO 6: NEFROLOGIA EM MEDICINA FELINA

CAPÍTULO 7: ANÁLISES LABORATORIAIS: PRINCIPAIS ALTERAÇÕES E COMO
INTERPRETÁ-LAS

CAPÍTULO 8: ULTRASSONOGRAFIA DO SISTEMA URINÁRIO

CAPÍTULO 9: EXAME RADIOGRÁFICO DO SISTEMA URINÁRIO

CAPÍTULO 10: TERAPIAS POR DIÁLISE

CAPÍTULO 11: FLUIDOTERAPIA

CAPÍTULO 12: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

CAPÍTULO 13: ABORDAGEM NUTRICIONAL PARA CÃES E GATOS COM DOENÇAS RENAL
CRÔNICA

CAPÍTULO 14: UROLITÍASES E LITOTRIPSIA

CAPÍTULO 15: CUIDADOS PRÉ E PÓS-CIRÚRGICOS

CAPÍTULO 16: ONCOLOGIA

CAPÍTULO 17: CÉLULAS-TRONCO
17/03/2015
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Mecânica � debris, tampões uretrais, urólitos
(obstrução intraluminal) e neoplasias (obstrução
intramural).
Funcional � espasmo uretral, uretrite, trauma medular.
Obstrução Uretral
Acomete + comumente machos � conformação
anatômica (longa, estreita e curva) e diâmetro uretral.
Uretra peniana � muito + estreita comparada às
demais porções ( > incidência de obstrução).
Obstrução Uretral
Funcional:
Bexiga neurogênica reflexa (funcionamento anormal) é
em geral firme e de difícil compressão manual.
Distensão vesical prolongada, por lesão neurológica,
induz atonia do detrusor.
Capacidade Urinária Vesical - 6 a 8 ml/kg
Volume Urinário Residual - 0,2 a 0,3 ml/kg
Obstrução Uretral
Gato com atonia vesical após trauma na coluna
Lesão na medula espinhal - lombar ou sacrococcígea
(trauma, neoplasia, discopatia, linfoma espinhal -
retrovírus) � pode desinibir o reflexo do esfíncter
uretral induzindo contração contínua do esfíncter.
Obstrução Uretral Obstrução Uretral
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Espasmo uretral +
Esforço constante pra urinar +
�Tônus simpático (dor ou irritação) =
Estímulo contrátil adicional. 
Causa muito frequente: uretrite (uretra bastante
contrátil ou espástica, espasmos uretrais) pós
desobstrução anatômica (urólito/plug) por
cateterização.
Obstrução Uretral
Se a bexiga estiver muito maior que uma ameixa ao RX 
ou à palpação após micção espontânea, deve-se 
cateterizar a uretra felina para confirmar a suspeita.
Após a micção completa do gato, só deve haver 0,2
a 0,3 ml/kg de urina residual dentro da bexiga
(pequena ou indetectável à palpação e RX).
Obstrução Uretral
Gato 8 meses com atonia do detrusor e bexiga neurogênica.
Bexiga neurogênica - atonia do detrusor.
Obstrução Uretral
17/03/2015
78
Estimulantes do Detrusor (atonia/hipotonia):
Betanecol (agonista colinérgico, parassimpatomimético)
� aumenta a contratilidade vesical (estimula o detrusor).
1,25 a 7,5 mg/gato/VO/SID/TID.
Vômito, ptialismo e diarreia. Antídoto � atropina.
Contraindicação � obstrução urinária, espasmo uretral.
Obstrução Uretral
Relaxantes Uretrais (musculatura lisa):
Prazosina (antagonista α-1) � 0,25 a 1,0 (0,5)
mg/animal/VO/BID/TID (SID). Manipular !!! Convulsão.
Não usar em cardiopata.
Amitriptilina (antagonista α, anti-histamínico,
anticolinérgico, analgésico) � 1,0 a 2,0 mg/kg/SID.
Sedação, hipotensão, neutropenia, trombocitopenia, retenção
urinária, ganho de peso, aspecto ruim da pelagem. Não usar se
houver suspeita de hipo/atonia do detrusor.
Obstrução Uretral
Relaxantes Uretrais (musculatura esquelética):
Acepromazina (estriada e lisa) � 1,1 a 2,2
mg/kg/VO/SID/TID (SID). Oral � no máximo 2
gotas/gato - independente do peso! Muito sensíveis!!!
Sedação, hipotensão. Não usar em cardiopata, nefropata,
desidratados ou hipotensos.
Dantrolene (ação central) � 0,5 a 2,0 mg/kg/VO/BID.
Debilidade, alterações TGI, sedação, hepatotoxicidade. Não
usar em cardiopata.
Obstrução Uretral
Relaxantes Uretrais (musculatura esquelética):
Alprazolam ou Diazepam (ação central) � 1,0 a 2,5
mg/animal/VO/SID/TID.
Sedação, excitação paradoxal, polifagia, necrose hepática
fulminante (diazepam).
Não usar em gestante. Alprazolam para gatos
hepatopatas.
Obstrução Uretral
Deve ser tratada como emergência � óbito por
injúria pós-renal aguda (IRA).
Ficam débeis, não comem, não bebem água e se
escondem. Ficam deprimidos e desidratados.
Tornam-se progressivamente apáticos, entram em
coma, e finalmente morrem se ficarem sem
tratamento (2 a 6 dias).
Obstrução Uretral
Sinais clínicos de azotemia pós-renal:
Acidose metabólica, vômito, anorexia, depressão,
desidratação, hipotermia, hálito urêmico, arritmia,
morte.
Hipotermia � exacerba a uremia, hipercalemia,
bradicardia.
Obstrução Uretral
17/03/2015
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Grande desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido-
básico.
Alto grau de injúria renal aguda.
Prestes a ter um colapso cardíaco � hipercalemia.
Desidratação � hipovolemia e choque.
Obstrução Uretral
K deve ser mensurado antes e após a desobstrução
� apresentam inicialmente hipercalemia
(impossibilidade de excreção urinária) seguida de
hipocalemia pós-desobstrução (por intensa
diurese).
Fraqueza generalizada, arritmia e/ou bradicardia
� obstrução de longa duração em função da
hipercalemia (>7mEq/L).
[K] = 3,8 – 4,5 mEq/L
Obstrução Uretral
Todo gato bradicárdico deve ser considerado
hipercalêmico � mas nem todos hipercalêmicos
terão bradicardia!
Retenção de P � (impossibilidade de excreção
urinária) induz hipocalcemia (por ligação do fósforo
ao cálcio ionizado) � acentua alterações cardíacas
causadas pela hipercalemia.
Obstrução Uretral
Alterações eletrocardiográficas na hipercalemia �
arritmias cardíacas (bradicardia) por distúrbios da
condução supraventricular, redução da amplitude
ou ausência de ondas P, complexos QRS + largos,
ondas T + altas, intervalos QT + curtos e
depressões dos segmentos ST.
Ausência de onda P Complexo QRS largo Onda T bicuda
Obstrução Uretral
17/03/2015
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Acesso venoso � medicamentos e fluido,
fundamental para correção da perfusão tecidual e
auxílio na redução do K em gatos hipercalêmicos.
Se necessário � oxigênio direto via máscara, tenda,
colar elizabethano ou em uma câmara.
Em caso de dispneia � todo cuidado é pouco
durante a manipulação. Não estressar o paciente
neste momento � + importante.
Obstrução Uretral
Restabelecer a patência fisiológica uretral urgente
para viabilizar a excreção urinária.
Correção das alterações sistêmicas com reposição
hidroeletrolítica são os objetivos do tratamento.
Aquecer o paciente (colchão térmico, soro
aquecido).
Mensurar parâmetros vitais prontamente.
Obstrução Uretral
Antes da desobstrução:
Hipercalemia pós-renal (onda T muito “bicuda”, alta).
250 ml de NaCl 0,9% + 1 ampola glicose 50% (“puxa” K
para dentro da célula).
1a hora � 40 a 60 ml/kg/hora (dose de ataque).
Após a 1a hora � 10 a 20 ml/kg/hora.
Após a desobstrução:
Hipocalemia pós-desobstrução.
Fraqueza muscular. 
Incoordenação motora.
Obstrução Uretral
17/03/2015
81
Após todos os cuidados iniciais do paciente
obstruído � desobstrução uretral.
Contenção farmacológica � cateterização
extremamente traumática sem efeito de fármacos
anestésicos ou de potentes analgésicos.
Sondagem traumática à mucosa uretral � estenose
do lúmen e/ou ruptura � nova obstrução e/ou
extravasamento de urina para o tecido periuretral.
Obstrução Uretral
Azotemia pós-renal � cautela com anestésicos
excretados pelo rim. Dose inferior à recomendada.
Quetamina (anestésico dissociativo) � produz
rigidez muscular o que dificulta a cateterização
uretral. Baixas doses (eliminaçãoativa renal).
Diazepam (benzodiazepínico) � relaxamento
muscular � associação quetamina (1 a 2 mg/kg) +
diazepam (0,2 mg/kg), por via intravenosa.
Obstrução Uretral
Anestésicos voláteis halogenados (isoflurano) e
barbitúricos de curta ação � também podem ser
empregados.
Propofol (até 5 mg/kg - dose efeito) � bem
recomendado (bolus - dose única).
Anestesia epidural � lidocaína a 2%
c/vasoconstritor (0,25 ml/kg).
Obstrução Uretral
Anestesia epidural no felino � entre L7 e S1.
Obstrução Uretral
Após sedação e boa higienização da região genital
� desobstrução com cautela e paciência, não
sendo necessário usar força.
Manuseio do pênis � deve ser gentil para evitar o
agravamento da inflamação local já existente.
Obstrução Uretral
Em algumas situações � massagem peniana (com
o pênis fletido caudalmente) é suficiente para a
expulsão de tampão mucoso e/ou pequenos
urólitos presentes na uretra peniana.
Na maioria das vezes � a sondagem é necessária.
Massagem suave e cautelosa da uretra peniana
seguida de compressão manual da bexiga �
previne trauma iatrogênico vesical.
Obstrução Uretral
17/03/2015
82
Em suspeita de ITU � palpação vesical pode
induzir ao refluxo vesicouretral urinário, impelindo
microorganismos para o TUS.
Aplicação de pressão digital contínua e suave da
uretra peniana em direção à bexiga resulta na
expulsão de tampão ou urólito do lúmen uretral,
após a uretra ter sido irrigada.
Obstrução Uretral
Apenas a porção inicial da sonda no início da uretra
peniana deve ser introduzida.
Em seguida, injetar, por meio de seringa, solução
fisiológica acrescida de solução estéril lubrificante
(à base de água).
A irrigação do lúmen vesical minimiza uma nova
obstrução uretral na presença de grandes
quantidades de debris, coágulos ou cristais.
Obstrução Uretral
O fluxo contínuo e vigoroso da solução salina é
que desobstrui, e não a sonda!
Não se deve forçar a entrada da sonda para o
interior do lúmen uretral até a remoção do material
obstrutor � pode traumatizar a uretra, estenosá-la
e até mesmo rompê-la.
Obstrução Uretral
Em casos de estenoses uretrais ou urólitos de
oxalato de cálcio, de superfície irregular, alojados na
uretra � pode não ser possível a desobstrução.
Obstrução Uretral
Após conseguir desobstruir � sonda uretral rígida
deve ser trocada por uma sonda flexível (n.4) que é
introduzida até o ponto onde se observa saída de
urina.
Algumas vezes, nem é necessário introdução de
sonda flexível após a remoção de tampão mucoso
� simples compressão vesical após a desobstrução
é suficiente para promover a saída urinária.
Obstrução Uretral
17/03/2015
83
Cerca de 50 ml de solução isotônica estéril são
injetadas e removidas até obtenção de urina clara e
livre de cristais ou sangue.
Lembrar � volume de líquido suportado no
interior da bexiga felina é de ± 6 a 8 ml/kg e o
volume residual urinário após a diurese é de 0,2 a
0,5 ml/kg.
Obstrução Uretral
Ter cuidado � não inserir grande quantidade da
sonda uretral dentro da bexiga para evitar traumas
na sua parede ou mesmo a formação de um nó
(tendo o cateter que ser removido posteriormente
de forma cirúrgica).
Obstrução Uretral
17/03/2015
84
Sondagem incorreta � sonda rígida.
Obstrução Uretral
Com sucesso
Débito urinário = 1 a 2 ml/kg/hora
Capacidade vesical = 6 a 8 ml/kg
Hidropropulsão.
Obstrução Uretral
Hidropropulsão � seringa de 20 ml.
Obstrução Uretral
Hidropropulsão � seringa de 10 ml (ideal).
Obstrução Uretral
Após a restauração do fluxo urinário � avaliar
periodicamente a bexiga. Presença de obstrução
uretral recorrente ou atonia do músculo detrusor.
Material obstrutor ainda no interior do lúmen
uretral � realizar suave compressão digital da
uretra peniana sobre o cateter e enviar o tampão
e/ou urólito para o interior da bexiga por meio de
solução de irrigação.
Obstrução Uretral
17/03/2015
85
Na maioria dos casos � sonda flexível deve ser
fixada. Dependendo do quadro de estrangúria, ela
pode permanecer por até 48 horas.
Obstrução Uretral
A bexiga deve ser "lavada" com solução salina.
Sonda de demora é controversa � previne nova
obstrução uretral imediata e facilita a monitoração
do fluxo urinário, entretanto, pode induzir à ITU e
à uretrite.
Sondas estéreis, flexíveis e macios � menos
traumáticas à uretra e mais confortáveis para o
gato.
Obstrução Uretral
Colar elizabethano � impedir que o gato remova
ou desconecte o cateter uretral.
Atonia do detrusor por hiperdistensão � manter a
sonda por 2 a 3 dias ou compressão manual vesical
a cada 4 a 6 horas, pelo mesmo período.
Para não haver rompimento vesical � só usar
betanecol quando não houver mais obstrução
urinária.
Obstrução Uretral
Resistência ao fluxo urinário (sem relaxamento de
esfíncter uretral) � por espasmo uretral
(inflamação e/ou irritação do agente obstrutor e
da própria cateterização � diazepam.
Quando fixar a sonda uretral? Por quanto tempo?
Fluxo urinário insatisfatório, hematúria e cristalúria
intensa, suspeita de ruptura de uretra. 24-48hs / 7-
10 dias em caso de ruptura uretral.
Obstrução Uretral
Após a desobstrução (ou mesmo durante a
fluidoterapia) � pode ocorrer hipocalemia
(excesso de diurese), sendo fundamental a
reposição de potássio. Ver aula de DRC.
Tratar o espasmo � reduz dor, gravidade dos
sinais clínicos e minimiza recidiva de obstrução
uretral.
Obstrução Uretral
ANALGÉSICOS
Butorfanol Tramadol Meperidina
0,2 a 0,8 mg/kg 
IV/SC/8 horas
2,0 a 4,0 mg/kg VO/SC/ 
12 horas (7 dias)
3,0 a 5,0 mg/kg IM/ 
2-4 horas
Controle da dor � fundamental, deve ser feito
inicialmente.
Dipirona (25 mg/kg/SID), gabapentina (3 a 5
mg/KG/BID, tramadol (1 a 2 mg/kg/BID).
Metadona (0,1 a 0,3 mg/kg/TID).
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Controle da inflamação � cuidado com AINES em
obstruídos � debilidade da função renal. Não usar !!!
Caso necessário � AINES só alguns dias de início do
tratamento, preferencialmente sem IRA (não
azotêmico/urêmico) � prednisolona pode ser boa
opção (0,25 a 1,0 mg/kg/SID de prednisolona).
AINES
Cetoprofeno Meloxicam
1,0 mg/kg VO/SC/ 24 horas
3 a 4 dias
0,1 mg/kg VO/SC / 24 horas 
3 a 4 dias
Obstrução Uretral
Controle da inflamação � anti-histamínicos como a
prometazina ou hidroxizine � tentativa de diminuir o
processo inflamatório local.
DMSO a 10% � intensa hematúria. Dose empírica,
0,2 a 0,6 ml/kg diluídos em 4 a 6 ml/kg de solução
fisiológica. Via intravesical (cateter urinário) � SID (3
a 5 dias).
Prometazina Hidroxizine
0,2 a 0,4 mg/kg VO/SC 8 horas
5 a 7 dias
1,0 a 3,0 mg/kg VO/ 8 horas 
5 a 7 dias
Obstrução Uretral
Antibióticos � alguns casos reduz a incidência de
ITU em gatos obstruídos. DRC !!!
Pode selecionar microrganismos resistentes.
Estudos demonstram � sondagem e manutenção
da sonda de maneira correta não � risco de
incidência de ITU. Urocultura � após a remoção
do cateter urinário. Antibioticoterapia � por 10
dias mediante resultado da cultura.
Obstrução Uretral
Não esquecer da
hipocalemia pós-
desobstrutiva!!!
Obstrução Uretral
Quando não for
possível desobstruir?
Cistocentese.
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03/10/14 04/10/14 06/10/14 10/10/14
Ureia 612,00 379,00 75,40 41,00
Creatinina 23,83 10,11 1,17 0,78
Potássio 10,80 4,60 4,30 5,00
Fósforo 25,10 12,52 3,92 3,90
Obstrução Uretral
Suspeita de ruptura vesical e uroabdome:
[creatinina] no fluido abdominal 2 x ≥ [creatinina]
sérica � uroabdome. [creatinina] no fluido
abdominal 2 x < [creatinina] sérica � uroabdome
suspeito. Dosar K.
[potássio] no fluido abdominal > [potássio] sérica �
uroabdome bastante sugestivo. [potássio] no fluido
abdominal ≤ [potássio] sérica � uroabdome não
provável.
Obstrução Uretral
Correção cirúrgica da estenose na uretra peniana �
uretrostomia perineal.
Estenose de uretra pélvica � técnica de uretrostomia
pré ou sub-púbica.
Técnica de Wilson e Harrison (1971) modificada �
técnica base para obstrução uretral felina incorrigível
clinicamente.
Obstrução Uretral
Mínima dissecçãoda uretra intra-pélvica e transecção
dos músculos isquiouretralis e isquiocavernosos
próximos ao ísquio com preservação dos nervos
pudendos durante a dissecção ventral.
Na incapacidade da restauração da permeabilidade do
lúmen uretral através das manobras clínicas pode-se
suspeitar da presença de lesão mural ou periuretral em
um ou mais locais da uretra.
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Sonda uretral no 4 Sonda uretral no 8
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Uretrostomia Felina tem 
que penectomizar sempre !!!!!!
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Técnica bem realizada � poucas complicações
observadas. Recorrência incomum.
Complicações � técnica operatória imprópria, falta de
conhecimento anatômico da uretra felina e/ou manejo
inadequado no pós-cirúrgico.
Estenose uretral, ITU bacteriana recorrente,
hemorragia da ferida, deiscência de sutura,
incontinência urinária ou fecal, fístula reto-uretral,
hérnia perineal, prolapso retal.
Obstrução Uretral
Antibioticoterapia (amplo espectro) � 7 a 14 dias.
Analgesia (opióides) � 7 a 14 dias.
AINES � 3 a 4 dias ou prednisolona (SID/5 a 7 dias).
Relaxante musculatura uretral � diazepam (0,25
mg/kg/BID/7 a 10 dias).
Fluidoterapia subcutânea (50 ml/kg/SID/7 a 10 dias).
Obstrução Uretral
Colar elizabethano � até completa cicatrização (30
dias).
Retirada dos pontos � 15 a 20 dias.
Papel toalha � não adere à ferida cirúrgica.
Pomada para assadura (bepantol, dermodex).
Não usar cateteres de demora � predispõe às ITUs e à
deiscência da ferida.
Obstrução Uretral
Monitoramento semestral (por toda a vida do gato)
� urinálise, cultura e antibiograma. Risco de ITU
assintomática.
Prognóstico � distúrbio ou alteração do TUI,
presença e gravidade de complicações secundárias:
IRA / DRC, infecção sistêmica, necrose no tecido
da região perineal.
Obstrução Uretral Bons Estudos e Boa Prova a Todos

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